ÁCIDOS GRAXOS NO TRATA ESQUIZOFRE RESUMO Nos últimos

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ANAIS DA MOSTRA CIENTÍFICA
TÍFICA DO CESUCA
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ÁCIDOS GRAXOS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDÍACAS,
ESQUIZOFRENIA E DEPRESSÃO
Mariana Barbosa Silva1
Mara Deonice Pinto de Lima 1
Joice dos Santos Araujo1
Ramirez Tetour Pereira1
Cinara Ramos1
Tatiana Gomes da Rosa2
RESUMO
Nos últimos 20 anos, muitos estudos
estudos e investigações clínicas têm sido realizados a
respeito do metabolismo dos ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs) em particular com
relação aos ácidos graxos ômega-3.
ômega
Esses ácidos graxos essenciais de cadeia longa
exercem importantes funções no funcionamento
funcionamento e desenvolvimento do organismo
humano. Ácidos graxos ômega-3
ômega são antiinflamatório,
inflamatório, antitrombótico, antiarrítmicos,
reduzem a dislipidemia, aliviam sintomas da esquizofrenia e reduzem as dores crônicas
e sintomas ansiosos e depressivos. Nesse trabalho observou-se
o
se que tanto pela sua ação
direta em estruturas cerebrais bem como anti-inflamatório
anti inflamatório e anti-trombolítico
anti
a
suplementação com ácidos graxos ômega-3,
ômega 3, pode ser aderida como estratégia benéfica
para melhorar os sintomas e desenvolvimento de doenças cardiovasculares,
car
esquizofrenia,, dor crônica e depressão.
Palavras-chaves:
ácidos
graxos
poliinsaturados
(PUFAs)
(PUFAs),
ômega
ômega-3,
doenças
cardiovasculares, esquizofrenia, dor crônica e depressão.
ABSTRACT
Over the past 20 years, many studies and clinical investigations
investigations have been carried out
concerning the metabolism of polyunsaturated fatty acids (PUFAs) in particular with
1
Acadêmico do curso de Enfermagem do CesucaCesuca Faculdade Ined, disciplina de Bioquímica, profª
Tatiana Gomes da Rosa-2013/2.
2
Professora orientadora. Doutora em Fisiologia.
Fisiologia
Rua Silvério Manoel da Silva, 160 – Bairro Colinas – Cep.: 94940-243 | Cachoeirinha – RS | Tel/Fax. (51) 33961000| e-mail:
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regard to omega-3(ω – 3).
). These essential fatty acids long-chain
long chain play important roles in
the functioning and development of the human organism.
organis Omega-33 fatty acids (ω – 3)
are anti-inflammatory,
inflammatory, antithrombotic, antiarrhythmic, reduce dyslipidemia, relieve
symptoms of schizophrenia and reduce chronic pain and anxiety and depressive
symptoms. In this study we observed that both by direct action on brain structures as
well as anti-inflammatory
inflammatory and anti-thrombolytic
anti thrombolytic supplementation of omega-3
omega fatty acids
(ω – 3)) can be attached as a strategy beneficial in improving symptoms and
development of heart disease, schizophrenia, chronic pain and depression.
depressio
Keywords: polyunsaturated fatty acids (PUFAs), omega-33 fatty acids, heart disease,
schizophrenia, chronic pain and depression.
INTRODUÇÃO
O Homo sapiens apareceu há cerca de 40 mil anos e a constituição da genética
humana permaneceu relativamente inalterada.
inalterada. Há cerca de dez mil anos, a agricultura
iniciou uma introdução de mudanças lentas no consumo de alimentos. Foi somente a
partir da revolução industrial que as mudanças no consumo de alimentos ocorreram
rapidamente. Essas mudanças são refletidas principalmente
principalmente no aumento de consumo de
gordura animal e no desequilíbrio dos
d ácidos graxos ômega-3 (ω-3)
3) e ômega-6
ômega (ω-6)
(Fagundes, 2002 ).
Nos últimos 20 anos, muitos estudos e investigações clínicas têm sido
realizados a respeito do metabolismo dos ácidos
ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs) em
particular com relação aos ácidos graxos ω –3.
3. Hoje nós sabemos que os ácidos graxos
ω –33 são essenciais para o crescimento e o desenvolvimento normal e podem também
ter um importante papel na prevenção e tratamento de doenças
doenças coronárias, hipertensão,
diabetes, artrite, desordens inflamatórias e autoimunes e, além de tudo, o câncer
c
(Simopoulos, 1991; Salem et al., 1996).
Um estudo relacionando a nutrição das
populações do período paleolítico com a dos dias atuais, mostra que naquele período o
consumo de gorduras saturadas era muito baixo se comparado aos dias de hoje. Além
disso, havia um equilíbrio entre o consumo de ácidos graxos ω –6 e ω –3 (razão de 1–
2:1) e o consumo de gorduras trans era menor do que atualmente (Eaton,
(Eat
1985). Nas
dietas ocidentais, é muito alto o consumo de ácidos graxos ω - 6 (a razão de ω –6 para
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ω –3 é de 20–30:1).
30:1). Isto se deve ao fato de ser recomendado substituir as gorduras
saturadas pelas gorduras contendo ácidos ω –6,
6, porque a última tende a baixar as
concentrações de colesterol sérico.
O consumo de ácidos graxos ω –33 é muito baixo hoje, porque diminuiu muito o
consumo de peixe e aumentou a produção industrial e o consumo de alimentos de
origem animal rico em grãos que possuem alto teor de carboidratos
carboidratos e ácidos graxos ω –
6 e, principalmente, porque cresceu a produção de alimentos
alimentos ricos em ácidos graxos ω –
6 e pobres em ácidos graxos ω –3.
3. Recentes estudos apresentaram que uma dieta rica
em carboidratos e pobre em gorduras aumenta a resistência à insulina e
hiperinsulinemia, condições que aumentam o risco de doença coronária, hipertensão,
diabetes e obesidade (Fanaian et al. , 1996; Simopoulos et al., 1999).
Eaton e Kramer (1988) observaram um aumento no consumo de
proteínas, cálcio, potássio e ácido ascórbico e um baixo consumo de sódio nas dietas do
paleolítico mais do que nos dias atuais e em dietas ocidentais. A maior parte da nossa
alimentação é caloricamente concentrada em comparação com a dieta selvagem, frutas e
vegetais sem cultivo do paleolítico.
aleolítico. O homem do paleolítico tinha uma dieta com baixas
calorias e bebia muita água. Hoje a maioria das bebidas para acabar com a sede contém
calorias. Atualmente as sociedades industrializadas são caracterizadas por:
um aumento no consumo e pouco gasto
gasto de energia;
um aumento no consumo de gorduras saturadas, ácidos
graxos ω – 6 e gorduras trans, e uma diminuição no consumo
de ácidos graxos ω –3;
uma diminuição no consumo de fibras;
um aumento no consumo de grãos (cereais) e uma
diminuição no consumo de frutas e vegetais;
uma diminuição no consumo de proteínas, antioxidantes e
cálcio.
Os ácidos graxos ω –33 “fluidificam” nosso sangue, já que reduzem a coagulação
e agregação plaquetária, sendo importantes para prevenir a aterosclerose, o infarto do
miocárdio
cárdio e a morte súbita. Além disso, melhoram a resposta inflamatória e
imunológica.
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Há evidências de que a falta de ácidos ω –33 e os excessos de ω –6, que
caracterizam a maior parte das nossas dietas ocidentais, sejam responsáveis por muitas
doenças degenerativas
nerativas e por muitos tipos de câncer do mundo ocidental, como o câncer
de mama, de cólon e reto, de próstata, de pulmão (em não fumantes), de esôfago, etc. Os
ácidos graxos ω –33 são também essenciais para nossa saúde mental. Em resumo, a
agricultura moderna,
rna, com sua ênfase na produção, tem diminuído o conteúdo de ácidos
graxos ω –33 em muitos alimentos, tais como vegetais verdes, alimentos de origem
animal, ovos e igualmente de peixe e uma rápida mudança na nossa dieta,
particularmente nos últimos 100 anos,
anos, são potentes promotores de doenças crônico–
crônico
degenerativas como aterosclerose, hipertensão, obesidade, diabetes, depressão,
esquizofrenia, transtorno e déficit de atenção, alzheimer, doenças pulmonares
obstrutivas crônicas, osteoporose, muitos cânceres. Além
Além da dieta, o sedentarismo e a
exposição a substâncias nocivas interagem com o controle genético e bioquímico
levando ao aparecimento de doenças crônicas (Simopoulos, 2002).
Entre os representantes da família ômegaômega 3 temos o óleo de linhaça; que é uma
dass sementes oleaginosas tradicionais com mais história, por causa da utilização de suas
fibras em produtos têxteis, mas, também a partir da sua semente se pode obter um óleo
com propriedades secantes devido ao alto teor de ácido α-linolênico
linolênico . Além disso, existe
e
o uso medicinal da semente de linhaça em distúrbios gástricos, indigestão, úlceras
duodenais e atua ainda como laxante suave (TURATTI, 2000).
O interesse no consumo de linhaça está relacionado ao seu alto conteúdo de
ácido α-linolênico
linolênico (LNA, 18:3 .-3,
.
50-55%
55% de ácidos graxos totais), fibra da dieta,
di
ligninass e compostos fenólicos, os quais são provavelmente benéficos na redução dos
fatores de risco para doenças cardiovasculares e câncer (CHEN, et. al.,, 1994).
Oss ácidos graxos poliinsaturados ômega – 3 constituem uma de duas famílias de
ácidos graxos – as famílias ômega – 3 e ômega – 6– , que são absolutamente essenciais
para a vida humana, isto é, devem provir da dieta. A estimativa é de que os ácidos
graxos ω – 3 declinaram aproximadamente 20% do nível
nível encontrado em dietas de um
século atrás. Apesar disso, a deficiência dos ácidos graxos ômega – 3 é virtualmente
ignorada (Weber et al.,., 1986).
Ultimamente, principalmente nas áreas de nutrição e bioquímica, verifica–se
verifica
uma tendência em agrupar os ácidos
ácidos graxos insaturados em famílias conhecidas como
ômega (ω).
). Entre elas aparecem às famílias ω – 9, tendo como principal representante o
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ácido oléico, ω – 6, representado pelo ácido linoléico, e ω – 3, onde estão incluídos os
ácidos α – linolênico, eicosapentaenóico
eicosapentaenóico (EPA) e docosaexaenóico (DHA).
A letra grega ω aparece em substituição a n usada tradicionalmente, significando
o último carbono da cadeia. Nesta nomenclatura, dá–se
dá se nome aos ácidos graxos
conforme o posicionamento da última insaturação em relação
relação ao carbono do
grupamento metila terminal da cadeia. Assim, ω–33 significa que se trata de um ácido
graxo cuja última insaturação situa–se
situa se a três carbonos do carbono terminal, ou seja, ω,
do grego.
Os ácidos graxos mais abundantes na natureza têm 16 ou 18 átomos de carbono.
Estão incluídos entre eles os ácidos palmítico, esteárico, linoléico e oléico. Estes ácidos
aparecem como os principais constituintes dos triacilgliceróis dos óleos de soja, dendê,
girassol, caroço de algodão e amendoim que representam
representam 84% da produção mundial de
óleos vegetais (Topfer, et al., 1995). O grupo acila correspondente ao ácido oléico
constitui em muitos casos mais da metade do total de muitos óleos e gorduras
comestíveis.
Muitas doenças comuns como obesidade, Diabete mellitus e doença coronária
tem um significante componente genético que contribui para sua susceptibilidade. E é
de vital importância entender a base biológica dessa susceptibilidade, comum a essas
desordens para desenvolver uma estratégia racional para o tratamento
tratamento e prevenção das
mesmas. Além dos fatores genéticos que estão por trás desta doença também, no
entanto,
encontramos
vários
fatores
ambientais
contribuindo
para
o
seu
desenvolvimento. Segundo Vessby(2000), os hábitos alimentares e o sedentarismo são
fatores
ores do estilo de vida associados com a resistência a insulina e o desenvolvimento de
diabetes tipo II
Diabete mellitus do tipo 2, ou diabete mellitus insulino dependente, ocorre
quando os níveis homeostásicos de glicose são alterados, devido a um impedimento
impedim
da
ação de insulina em tecidos periféricos e/ou uma secreção anormal de insulina (Kahn,
1998). Diabetes tipo II é a maior causa de cegueira, falência renal e amputação dos
membros inferiores em adultos e esta aumentando a incidência na maioria da população
popu
(O´ Rahily, 1997). Histórico familiar de obesidade, dieta e baixa ou nenhuma atividade
física são os maiores fatores e riscos para o desenvolvimento do diabetes tipo II.
Mudanças metabólicas como resistência a insulina, dislipidemia e alta pressão
sanguínea são outros fatores de risco que aparecem antes mesmo do diagnostico clinico
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ser evidenciada (Groop, 1997). Elevados níveis de ácidos graxos livres são um forte
fator de predisposição ao diabetes e está correlacionado ao aumento de glicose hepática,
uma das maiores causas de hiperglicemia diabética ( SALTIEL, 1996; BERGMAN,
2000). Além disso, o alto nível de ácidos graxo livres circulante tem sido mostrado
como uma das causas de apoptose celular pancreática em ratos obesos, o que pode estar
relacionado
do com a disfunção pancreática em diabéticos ( SHIMAKURO, 1998 ).
Atualmente inúmeros trabalhos vêm demonstrando que um grande número de
fatores nutricionais modulam as funções imunológicas, em especial os ácidos graxos
poliinsaturados (PUFAs), que são componentes
co
comuns da dieta. (Calder, 1998), A
incorporação de PUFAs na dieta pode influenciar,
influenciar por exemplo, a funcionalidade dos
linfócitos, algumas proteínas de membrana, alteram a capacidade de resposta celular
frente a estímulos, modificam a concentração e potência biológica de segundos
mensageiros e modulam a atividade de eicosanóides (CALDER; DECKELBAUM,
2001).
Experimentos ex vivo apontam que óleo de peixe aumenta a produção de TT
supressores : T “helper”, diminuir a resposta proliferativa das células T a mitógenos,
diminuir a atividade de linfócitos T citotóxicos e de células NK (CALDER, 1996).
1996)
Estudos clínicos e epidemiológicos realizados nas últimas décadas comprovam
que os ácidos graxos de cadeia longa trazem inúmeros benefícios à saúde humana.
Pesquisas
uisas apontam papel importante no tratamento e prevenção de câncer, de doenças
cardiovasculares e, mais recentemente, tratamento de doenças mentais, incluindo
depressão, déficit de atenção hiperatividade e demência. (RIEDGER, et al. 2009).
2009)
METODOLOGIA
O artigo foi produzido utilizando-se
utilizando se do método indutivo, através de pesquisas
biográficas.
REVISÃO DE LITERATURA
Quantidade diária mínima necessária.
A espécie humana experimentou mudanças drásticas na sua alimentação em
relação à ingestão de ácidos graxos
g
nos últimos
timos milênios. Com a expansão agrícola,
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houve um aumento do consumo de cereais, óleos e grãos ricos em ácidos graxos
Ômega-66 e uma diminuição paralela da ingestão de ácidos graxos Ômega-3.
Ômega A relação
Ômega-6/Ômega-3,
3, originalmente em torno de 1:1
1:1 a 2:1, hoje se situa de 15:1 a 40:1 na
dieta ocidental. (SIMOPOULOS, 2002)
Em suas
uas mais recentes publicações as Associações Norte--Americanas de
Cardiologia (American
American Heart Association e AmericanCollegeofCardiology
ardiology), Sociedade
Europeia de Cardiologia (Eu
EuropeanSociety for Cardiology) recomendam a ingestão de
1g de ômega 3 (de origem marinha) por dia para benefícios de longo prazo para a saúde.
(Von SCHACKY e HARRIS, 2007).
2007)
DOENÇAS CARDÍACAS
O resultado das análises sugere que a ingestão de ômega-33 reduz em até 20%
(p<0,005) o risco de doença coronariana fatal e em até 10% (p<0,00
(p<0,005) o risco de
doença coronariana não letal (MOYAD, 2006), reduz em 48% o risco de infarto em
mulheres, segundo Von Schacky e Harris (2007). Os benefícios cardíacos do ômega-3
ômega
se dão
ão muito em função de que, em altas concentrações, é capaz de reduzir
reduz níveis de
triglicerídeos no sangue, sendo parcialmente responsável,
responsável portanto, pela diminuição das
chances de doenças cardiovasculares.
Em um ensaio randomizado com pacientes com doença arterial
rterial coronariana,
co
a
suplementação com aproximadamente 1,5 g/dia
g/dia de ácido graxo Ômega-3
Ômega por dois anos
provocou menos progressão e mais regressão da aterosclerose coronariana.
coronariana
ESQUIZOFRENIA
A esquizofrenia é um severo transtorno do funcionamento cerebral,
cereb
que atinge
1% da população mundial. "As atuais evidências relativas às causas da esquizofrenia
são um mosaico: a única coisa clara é a constituição multifatorial da esquizofrenia. Isso
inclui mudanças na química cerebral, fatores genéticos e mesmo alterações
alterações estruturais.
A origem viral e traumas encefálicos não estão descartados. A esquizofrenia é
provavelmente um grupo de doenças relacionadas, algumas causadas por um fator,
outras,
por
outros
fatores".
A questão sobre a existência de várias esquizofrenias
esquizofrenias e não apenas uma única
doença não é um assunto novo. (Richardon AJ et al, 2000). Primeiro, pela diversidade
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de manifestações como os subtipos paranóide, hebefrênico e catatônico além das formas
atípicas, que são conhecidas há décadas. A esquizofrenia
esquizofrenia talvez sejao simples fato de
tratá-la
la como uma doença só que atrapalha sua compreensão. Poucos sabemos sobre
essa doença. O máximo que conseguimos foi obter controle dos sintomas com os
antipsicóticos.
ESQUIZOFRENIA E ACIDOS GRAXOS
Apesar da etiologia
ia incerta da esquizofrenia, evidencias apontam para um
metabolismo anormal dos fosfolipídios, particularmente na composição dos ácidos
graxos das membranas celulares. Neste contexto, estudos revelam que pacientes
esquizofrênicos apresentam níveis reduzidos
reduzidos de ácidos graxos de cadeia longa nas
membranas dos eritrócitos, provavelmente por causa da atividade excessiva de uma
fosfolipase A.(Zemdegs
(Zemdegs JCS, et al. / Rev Psiq Clín. 2010;37(5):223-7)
2010;37(5):223
É possível que alteração dietética agravem ou aliviem sintomas da esquizofrenia.
Nesse sentido, encontra-se
se correlação entre a melhora do prognostico da esquizofrenia e
o baixo consumo de gorduras totais e de gorduras de fonte animais-compostas
animais
principalmente pelos ácidos graxos saturados. Adicionalmente, observaram tendências
tend
de relação positiva entre o alto consumo de gorduras provenientes de vegetais, peixes e
animais marinhos (ricoss em ácidos graxos insaturados). (Zemdegs JCS, et al. / Rev Psiq
Clín. 2010;37(5):223-7) Estudos preliminares relatam uma melhora dos sintomas
sinto
da
esquizofrenia após a suplementação de n-3
n 3 como terapia coadjuvante aos antipsicóticos.
Segundo a pesquisa publicada (Zemdesg J.C et al, 2009) estudos
studos clínicos evidenciou a
relação entre a suplementação de EPA e a melhora dos sintomas da esquizofrenia.
esquizofreni Por
conseguinte, sugere-se
se que o paciente sejam encorajados a consumirem refeições
balanceadas e saudáveis ricas em EPA e, caso a quantidade ideal não seja atingida pela
dieta, é possível que a suplementação de n-3
n 3 seja benéfica. Vale lembrar que assim
como em qualquer forma de tratamento, a terapia nutricional deve ser supervisionada e
as doses ajustadas sempre que necessário para que o beneficio do tratamento seja
atingido.
DOR CRÔNICA E SINTOMAS ANSIOSOS E DEPRESSIVOS
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Dor crônica é um problema de saúde
saúde que afeta um terço dos adultos. Atenuados
por fatores como etilismo, tabagismo, sobre peso, sedentarismo, situação conjugal e
ocorre mais no gênero feminino.
Esta entre as maiores
maiore causas de absenteísmo e redução da produtividade do
trabalho é a maior causa de licenças médicas e outros benefícios. (Cortes M.L et al,
2013) Por isso frequentemente é acompanhadas por comorbidades psiquiátricas como
depressão e ansiedade.
Apesar desta associação tanto a dor quanto os distúrbios são tratadas de forma
inadequada,
quada, resultando no aumento da dor, incapacidade para o trabalho, redução da
saúde eda qualidade de vida, elevado custo de tratamento.
O uso de ômega - 3, nutriente a que se atribui propriedades nutracêuticas, parece
que pode atenuar a dor e os distúrbios.
distúrbios
Para analisar essa hipótese, foi realizada a revisão das ações terapêuticas do ômega – 3
no tratamento dos pacientes com dor crônica e distúrbios psiquiátricos.
A dor pode contribuir para a manifestação da ansiedade, pois a falta de
diagnostico leva esses
ses pacientes
paciente a um sentimento de desesperança, impotência,
desespero, tornado-se
se então um processo crônico.
Os pacientes com ansiedade e depressão aumentam sua vulnerabilidade á dor em
momento de estresse,, pois é nessa situação de excitação física tem um o aumento da
sensibilidade á dor.
Através de inúmeros estudos foram comprovados que comorbidades associadas com
ansiedade, depressão e dor crônica eram significamente maiores do que aquelas
associadas apenas com a dor crônica.
A TERAPEUTICA COM ÔMEGA-3
ÔMEGA
A busca por alternativas não farmacológicas, é utilizada para tratar dor crônica e
suas conseqüências, destaca-se
destaca se os nutrientes similares aos fármacos com propriedades
antiinflamatórias não esteróides como o ômega - 3.
Os estudos mostram que quando comparado
comparado exames de pacientes com dor
crônica e pacientes saudáveis, em média 68% dos pacientes saudáveis possuem uma
taxa de ômega - 3 elevado, e os pacientes portadores desta doença tem déficit desse
nutriente e elevação de ômega 6.
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Corroborando com estas observações,
observações, estudo indicou que a depressão clínica é
acompanhada de menor nível de ômega - 3, assim como reduzidos níveis plasmáticos e
cerebrais desse ácido graxo (Brunner J, et al, 2001). Em adição afirmam que elevada
concentração de ácido araquidônico no sangue,
sangue, plasma e eritrócitos estão associados
com aumento da gravidade dos sintomas depressivos.
Assim, leva-se
se em consideração a associação já estabelecida entre a presença de dor e
os sintomas ansiosos e depressivos, é possível que a melhora dos sintomas psicológicos
possa estar relacionada á ação do ômega - 3 direta através de seu nível cerebral elevado,
ou indireta, pela ação antiinflamatória no local onde levaria á dor.
CONSIDARAÇÕES FINAIS
Tanto pela sua ação direta em estrutura cerebrais assim como pela sua ação antiinflamatória e anti-trombolítica
trombolítica a suplementação com ácidos graxos ômega-3,
ômega pode ser
aderida como estratégia benéfica para melhorar os sintomas e desenvolvimento de
doenças cardiovasculares, esquizofrenia depressão.
Lembrando que como qualquer tipo de tratamento, a terapia nutricional coma
suplementação do ácido graxo ômega -3 devem ser supervisionadas,, havendo ajuste na
dosagem sempre que necessário para que assim possamos atingir um resultado
satisfatório.
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