Influência da amostragem de táxons e variação de taxas evolutivas

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55º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 55º Congresso Brasileiro de Genética • 30 de agosto a 02 de setembro de 2009
Centro de Convenções do Hotel Monte Real Resort • Águas de Lindóia • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Influência da amostragem de táxons e variação de
taxas evolutivas em análises de tempo de divergência
Soares, AER1; Schrago, CG1
Departamento de Genética, Universidade Federal do Rio de Janeiro
[email protected]
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Palavras-chave: Relógio molecular, tempo de divergência, relógio molecular relaxado, Bayes MCMC, simulação
A teoria do relógio molecular permitiu a inferência de tempos de divergência de linhagens e, consequentemente,
possibilitou a relação destes com eventos geológicos, permitindo a reconstrução de cenários macroevolutivos.
Entretanto, a uniformidade de taxas evolutivas raramente acontece entre todos os clados analisados numa
árvore filogenética. Isso fomentou o desenvolvimento de métodos que estimam tempo sem a necessidade do
relógio molecular “estrito”. Essas metodologias permitem modelar as taxas evolutivas num contexto Bayesiano,
incluindo a flexibilização do ponto de calibração através da utilização de máximos e mínimos e de distribuições
probabilísticas. A utilização dessas novas ferramentas tem aumentando bastante na última década, entretanto,
o número de estudos de simulação ainda é reduzido. A melhor maneira de se balizar uma metodologia tão
complexa é justamente através de simulações controladas para que possamos detectar possíveis desvios nesses
algoritmos matematicamente intensos. Este trabalho expande simulações anteriores que buscavam compreender
o comportamento do acúmulo de erros quando a variação das taxas evolutivas é elevada para incluir também
a influência da amostragem de táxons nestas análises. Para isso utilizamos quatro grupos de dados diferentes
onde testamos árvores filogenéticas artificialmente geradas que possuem uma série crescente de variação de taxas
evolutivas. A influência da amostragem de táxons foi medida pela inclusão de terminais no ramo ancestral e no
ramo descendente do nó cuja idade era inferida. As simulações foram realizadas com os modelos evolutivos JukesCantor e HKY85 utilizando os modelos de evolução de taxas auto-correlacionados e independentes. Os resultados
demonstram que o modelo adotado para evolução das taxas afeta a robustez do tempo estimado e, além disso, é
evidente que o aumento da amostragem de táxons tem um efeito positivo na inferência de tempos de divergência.
Apoio financeiro: CNPq e FAPERJ
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