“É a descontinuidade entre enunciado e texto, já que há uma

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Centro universitário de João pessoa
Unipê
Português Jurídico
Professora: Rivaldete Maria O. da Silva
Turma : G
Grupo:
RODRIGO SANTOS;
RAFAEL ALVEZ;
ISAQUE SOUZA;
LEUDO ARAUJO.
Assunto Abordado:
Coesão e Coerência
Textual
Introdução
As causa do seu desenvolvimento são, dentre outras, as
falhas das gramáticas da frase no tratamento de fenômenos
como a referencia, a definição, as relações entre sentenças
não ligadas por conjunções, - a ordem das palavras no
enunciado, a entoação, a concordância dos tempos verbais,
fenômenos este que só pode ser explicados em termos de
textos ou em referencias a um contexto situacional.
“É a descontinuidade entre enunciado e texto, já que há
uma diferença qualitativa entre ambos (e não meramente
quantitativo)”.(Conte, 1977)
Sendo o texto mais que a soma dos enunciados que o
compõem, sua produção e compreensão derivam de uma
competência e derivam de uma competência especifica do
falante – a competência textual.
“Texto em sentido amplo designando toda e qualquer
manifestação da capacidade textual do ser humano ( uma
musica, a um filme, uma escultura, um poema, etc.) e, em si
tratando de linguagem verbal, temos o discurso, atividade
comunicativa de um sujeito, uma situação de comunicação
dada, englobando o conjunto de enunciados produzidos pelo
locutor e o evento de sua enunciação” ( FAVÊRO E KOCH)
O discurso é manifestado linguisticamente, por meio de
textos. O texto consiste, então, em qualquer passagem falada
ou escrita que formam todo o significativo independente de sua
extensão. Trata-se, pois, de um continuo comunicativo
contextual caracterizado pelos fatores de textualidade:
Contextualização.
Coesão,
coerência,
intencionalidade,informatividade,
aceitabilidade,
situacionalidade, e intextualidade.
Como Analisar a
coesão.
Há autores que distinguem dois níveis de análise,
correspondendo ha coesão e coerência, embora a terminologia
possa ser diferente; outros não distinguem e outros ou fazem
referência a apenas um desses fenômenos ou estudam vários
de seus aspectos sem qualquer rotulação .
A coesão e a coerência textuais constituem níveis
diferentes de análise. Isso porque pode haver um
sequenciamento coesivo de fatos isolados que não têm
condição de formar um texto. Por outro lado, também pode
poder haver textos destituídos de coesão, mas cuja
textualidade se dá no âmbito da coerência.
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um
falante de uma língua, quando não se encontra nenhum
sentido lógico entre as proposições de um enunciado oral ou
escrito. É a competência linguística, tomada em sentido amplo,
que permite a esse falante reconhecer de imediato ha
coerência de um discurso. A competência linguística combinase com a competência textual para possibilitar certas
operações simples ou complexas da escrita literária ou não
literária: um resumo, uma paráfrase, uma dissertação a partir
de um tema dado, um comentário a um texto literário, etc.
O sistema linguístico está organizado em três níveis: O
semântico, o léxico – gramatical, e o fonológico – ortográfico.
Os significados estão codificados como formas e realizadas
como expressões, porém a coesão é obtida através da
gramática e parcialmente através do léxico.
Conceito de coesão Halliday e
Hasan (1976)
Propõem a distinção dos mecanismos coesivos em cinco
categorias, divididas de acordo com o modo como os itens
lexicais e gramaticais relacionam-se com o texto e no texto:
referência, Substituição, elipse, conjunção e coesão lexical.
Para se obter a coesão é importante a escolha de
conectivo adequado para expressar as diversas relações
semânticas, o mesmo conectivo pode expressar relações
semânticas diferentes, pois é preciso saber reconhece–las.
Embora a omissão de conectivos, será admissível, quando a
relação semântica estiver bem clara para evitar ambiguidade (a
não ser que seja intencional).
Os mecanismos de coesão introduzem os argumentos e
organizam sua retomada na sequência do texto: são realizados
por um subconjunto de unidades que chamarmos de anáforas
esse procedimento concorrem, portanto, sobretudo para a
produção de um efeito de estabilidade e de continuidade.
A coesão relaciona-se com o modo como os
componentes do universo textual conectam-se numa relação
de dependência para a formação de urna, sequência linear. Em
outras palavras, a coesão diz respeito aos processos de
sequêncialização que asseguram urna ligação linguística entre
os elementos da superfície textual.
Coesão Referencial
Pode ser caracterizada pela alta repetição do texto falado
e é perceptível com facilidade isso acontece para facilitar o
sentido da fala.
Certos itens na língua que tem função de estabelecer
referência,ou seja, não são interpretados semanticamente por
um sentido próprio,mas referem-se a alguma coisa necessária
a sua interpretação.O leitor/alocutário relaciona determinado
signo a um objeto tal como ele percebe dentro da cultura em
que vive. A coesão referencial pode ser obtida por substituição
e por reiteração.
A proforma (elemento gramatical representante de uma
categoria), ligada na substituição, podem ser, pronominais,
verbais, adverbiais, numerais e exercem função de pró–
sintagma, pró–constituinte, ou pró–oração.
Analisando a reiteração que se baseia na repetição de
expressões no texto ou a recorrência de termos, produz o que
se chama de coesão sequencial parafrástica. Nessa repetição,
um novo sentido vai sendo impresso à palavra que está sendo
repetida. Não é, portanto, uma repetição pura e simples, mas
adquire um novo significado, pois vai contribuindo para
intensificar os diferentes efeitos.
Manifesta-se também através da anáfora (algo que será
dito posteriormente)e também o estabelecimento das
referências pode se dar tanto pela referência endofórica
(Ocorre entre elementos do próprio texto) e como pela
referência exofórica ( ocorre entre elementos do texto e outros
dados da realidade exterior – situação).
Coesão Recorrencial
A coesão recorrencial se da quando, apesar de haver
retomada das estruturas, itens ou sentenças, o fluxo
informacional caminha, progride; tem então,por função levar
adiante o discurso.
Constitui um meio de articular informação nova (
aquela que o escritor/locutor acredita em um ser conhecido) à
velha ( aquela que acredita ser conhecido ou porque está
fisicamente no contexto ou porque já foi mencionada no
discurso).
OBS: Não se deve confundir recorrência com reiteração.
A recorrência tem por função, repito, assinalar que a
informação progrida; e a reiteração tem por função assinalar
que a informação já é conhecida de e mantida.
Recorrência de termos
Dressler reconhece, na recorrência de termos, dentre outras,
as funções de ênfase, intencificação.
Paralelismo
Ocorre paralelismo quando as
reutilizadas, mais com diferentes conteúdos.
estruturas
são
No poema de Manoel Bandeira “Irene no céu”, há não
só recorrência de termos, mais também de estruturas.
Paráfrase
A paráfrase é uma atividade efetiva de reformulação
pela qual, como diz Fuchs, “bem ou mal, na totalidade ou em
parte, fielmente ou não,se restaura o conteúdo de um texto de
texto-fonte, em um texto-derivado” como aponta Fávero e
Urbano.
“Todo e qualquer texto tem uma multivocidade inerente
(muitas leituras); o enunciador faz sempre uma interpretação
do texto-fonte e, assim, não só o restaura de modo diferente,
mais também faz uma interpretação do texto-derivado no
momento em que o produz como paráfrase.
Constituem exemplos de paráfrases as fabulas de La Fontaine.
Coesão seqüencial
Definição: São as que tem por função da mesma forma
dos os de recorrência, fazer progredir um texto, fazer caminhar
um fluxo informacional.
Podem ocorrer de três formas:
Sequencial temporal;
Sequencial por conexão;
Sequencial temporal.
Definição: Embora todo o texto tenha uma
sequenciarão temporal, uso o termo d em sentido escrito: para
indicar o tempo do “mundo real”.
Sequenciação por conexão
Definição: Em um texto tudo está relacionado; um
enunciado a outra na medida em que não só se compreende
por si mesmo, mas ajuda na compreensão dos demais.
Disjunção
Combina proposições por meio do conector “ OU” que
poder ser: inclusivo: significando um ou outro, possivelmente
ambos.
Condicionalidade
Conecta proposições que mantêm entre si ma relação
de dependência entre antecedentes e conseqüente: afirma-se
não que ambos são verdadeiras, mas que a consequente será
verdadeira se for:
- Factual ou real;
-Não factual ou hipotética
-Contrafactual ou irreal.
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