diabéticos em empresa automobilística: o uso de calçados de

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Departamento Nacional
De Pós Graduação e Atualização
FACULDADE REDENTOR
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DO TRABALHO
DIABÉTICOS EM EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA: O USO DE
CALÇADOS DE SEGURANÇA
Diego Rodrigues França
Prof. Ms. Ivanete da Rosa Silva de Oliveira
Volta Redonda
2011
DIEGO RODRIGUES FRANÇA
DIABÉTICOS EM EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA: O USO DE
CALÇADOS DE SEGURANÇA
Artigo apresentado ao Departamento
Nacional de Pós Graduação e Atualização
da Faculdade Redentor como requisito
parcial para conclusão do Curso de
Especialização
em
Enfermagem
do
Trabalho.
Professora Orientadora: Ms. Ivanete da
Rosa Silva de Oliveira
Volta Redonda
2011
SUMÁRIO
FOLHA DE APROVAÇÃO -------------------------------------------------------------------------------- i
RESUMO ----------------------------------------------------------------------------------------------------- ii
ABSTRACT ------------------------------------------------------------------------------------------------- iii
1. INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------- 06
2. NEUROPATIA DIABÉTICA ------------------------------------------------------------------- 08
2.1.
Etiologia das úlceras diabéticas ---------------------------------------------------- 08
2.2.
Diabetes e amputação ---------------------------------------------------------------- 08
2.3.
Cuidando de uma ferida -------------------------------------------------------------- 09
3. A UTILIZAÇÃO DE EPI EM EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA ----------------------- 09
3.1.
O colaborador diabético e o uso de EPI ------------------------------------------ 10
4. AÇÕES DO ENFERMEIRO DO TRABALHO NA PREVENÇÃO DE LESÕES EM
COLABORADORES DIABÉTICOS --------------------------------------------------------- 11
4.1.
Tratando de uma ferida --------------------------------------------------------------- 12
4.2.
Prevenindo o pé diabético ------------------------------------------------------------ 12
5. CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------------------ 14
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -------------------------------------------------------- 15
FOLHA DE APROVAÇÃO
Acadêmicos: Diego Rodrigues França
Diabéticos em empresa automobilística: o uso de calçados de segurança.
Artigo apresentado ao Departamento Nacional de Pós Graduação e Atualização da
Faculdade Redentor como requisito parcial para obtenção de grau na disciplina de Metodologia
da Pesquisa Científica, do Curso de Pós- Graduação em Enfermagem do Trabalho.
AVALIAÇÃO
1. CONTEÚDO
Grau: ____________________________
2. FORMA
Grau: ____________________________
3. NOTA FINAL: _____________________
AVALIADO POR
Prof ª Ms. Ivanete da Rosa Silva de Oliveira ________________________________
(Assinatura)
Prof ª Esp. Ana Lídia de Santana Rodrigues _______________________________
(Assinatura)
Volta Redonda, _________ de _________________ de 2011
Prof ª Esp. Ana Lídia de Santana Rodrigues
i
DIABÉTICOS EM EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA: O USO DE CALÇADOS DE
SEGURANÇA
Acadêmico: Diego Rodrigues França1
Prof. Orientador: Ms. Ivanete da Rosa Silva de
Oliveira2
RESUMO
Este estudo vincula-se ao projeto de conclusão de curso de Pós-Graduação em Enfermagem
do Trabalho, o qual filia-se a Faculdade Redentor na cidade de Volta Redonda – RJ. O objeto
deste estudo consiste no uso de calçados de segurança para colaboradores com diabetes em
empresa automotiva. O interesse nesse assunto surgiu mediante reflexões sobre complicações
crônicas devido ao uso de calçados inadequados, provocando invalidez temporária ou
permanente. Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo, de caráter quantiqualitativo.
Contudo, a partir desse estudo, o enfermeiro do trabalho poderá implementar com qualidade as
intervenções por ele planejadas e com um conhecimento estruturado e consistente para
executá-las.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus, Enfermagem do trabalho e Equipamento de Proteção
Individual (EPI).
1
2
2
Graduado em Enfermagem (UniFOA). Pós-graduando em Enfermagem do Trabalho (Faculdade Redentor).
Graduado em Enfermagem (UniFOA). Pós-graduando em Enfermagem do Trabalho (Faculdade Redentor).
Professora do Curso de pós-graduação em Enfermagem do Trabalho (Faculdade Redentor) e
Professora universitário (UniFOA), Doutoranda em Políticas Públicas (UERJ).
ii
ABSTRACT
This study is linked to the project completion for Graduate Diploma in Occupational Health
Nursing, which is affiliated to the Faculdade Redentor in the city of Volta Redonda – Rio de
Janeiro. The object of this study is the use of safety shoes for employees with diabetes in
automotive company. Interest in this subject came up through reflections on chronic
complications due to use of inappropriate shoes, causing temporary or permanent disability. It is
a bibliographic descriptive quanti character. However, from this study, nurses can work to
implement quality interventions planned by him and with a consistent and structured knowledge
to run them.
Keywords: Diabetes Mellitus, Nursing work and personal protective equipment (PPE).
iii
1. INTRODUÇÃO
Conforme Gonçalves e Menezes (2004), os dados do ultimo censo nacional sobre
Diabetes revelam que, em nove capitais brasileiras, cerca de 7,6% da população é composta de
diabéticos; além disso, apontam que metade das pessoas portadoras da doença desconhecem
tais condições e quase um quinto dos que a conhecem, não recebem qualquer tratamento1.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, em 2006 há cerca de 171 milhões de
pessoas doentes da diabete e esse índice aumenta rapidamente, é estimado que em 2030 esse
número dobre.
O estado diabético predispõe o paciente a complicações crônicas e, geralmente, é
hospitalizado, provocando invalidez temporária ou permanente. Aproximadamente, 15% das
internações estão relacionadas à diabetes, e dessas internações 25% relacionam-se com o
comprometimento dos pés ou outro tipo de úlcera cutânea2. As úlceras cutâneas em pessoas
com diabetes, sobretudo, nos pés são causas de invalidez que culminam em amputação do
membro afetado e pioram a qualidade de vida. Um estudo que aborda uma temática tão
preocupante torna-se relevante para a saúde pública.
A lesão neuropática periférica é uma complicação crônica do diabetes mellitus,
caracterizando-se por Infecção, ulceração e ou destruição dos tecidos profundos associadas a
anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros
inferiores.
O interesse pelo estudo surgiu a partir do ambiente de trabalho, pela quantidade de
colaboradores com este agravo e pela constatação do absenteísmo gerado em uma empresa
automotiva de grande porte.
O principal objetivo desse trabalho é analisar o uso de calçados de segurança para
diabéticos em empresa automotiva. Compõem também o referencial teórico-metodológico os
seguintes objetivos: conceituar a neuropatia diabética e sua incidência em empresa automotiva
de grande porte; investigar os procedimentos e técnicas associadas ao uso de EPI,
especificamente os calçados, como ação preventiva; especificar as ações do enfermeiro do
trabalho na prevenção de lesões periféricas, causadas pelas neuropatias diabéticas.
O quadro metodológico é configurado a partir de uma pesquisa bibliográfica descritiva,
de caráter quantiqualitativo. Justifica-se esse procedimento metodológico devido à utilização de
dados primários fornecido por uma empresa automobilística, situada no estado do Rio de
7
Janeiro. Esses dados foram analisados e interpretados resultando na análise que proporcionou
avaliar a utilização dos calçados de segurança para clientes portadores de Diabetes Mellitus.
8
2. NEUROPATIA DIABÉTICA: Conceito e Definição
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença de prevalência crescente, com freqüência, é
responsável por complicações, levando a problemas sérios de saúde e a uma carga
socioeconômica
3,4
. Neuropatia Diabética é um grupo de doenças que afeta todos os tipos de
nervo inclusive os periféricos. A prevalência aumenta com a idade do paciente e com a duração
da doença
Calcula-se que existam cerca de 16 milhões de pacientes com DM nos Estados Unidos
da América, quase 798.000 de novos casos diagnosticados anualmente; na América Latina, há
entre 15 e 20 milhões de portadores de DM, mas as previsões indicam aumento progressivo da
doença5. Estudos clínicos controlados e randomizados demonstraram que aproximadamente 40
a 60% de todas as amputações não traumáticas dos membros inferiores são realizadas em
pacientes com diabetes. Constata-se, nesses estudos, que 85% das amputações dos membros
inferiores relacionados ao diabetes são precedidos de uma úlcera no pé; quatro entre cinco
úlceras em indivíduos diabéticos são precipitadas por trauma externo e que a prevalência de
uma úlcera nos pés é de 4 a 10% da população diabética.
2.1 Etiologia das úlceras diabéticas
A típica seqüência de eventos no desenvolvimento de uma úlcera de pé diabético
começa com uma lesão dos tecidos moles do pé, formação de fissura entre os artelhos ou em
uma área de pele seca, ou formação de calosidade. As lesões não são sentidas pelo paciente
com pé insensível e podem ser térmicas (andar descalço no concreto quente), químicas
(queimação do pé causada pelo uso de agentes cáusticos em calos) ou traumáticas (uso de
calçados com má adaptação)6.
2.2 Diabetes e amputação
Os pacientes diabéticos sofrem mais freqüentemente amputações abaixo do tornozelo
do que os pacientes não diabéticos. Como conseqüência, estudos que focalizam principalmente
as amputações acima do tornozelo, tendem a subestimar o número total de amputações
relacionadas aos diabetes. Portanto, todos os níveis deveriam ser considerados em relatos de
amputações. Mesmo em países desenvolvidos, as amputações podem ser subestimadas, caso
não se tenha um sistema de registro continuo operante. Considerando esses fatores, é provável
9
que a incidência mais comum de amputações relacionadas ao diabetes situe-se entre 5 - 24 /
100.000 habitantes por ano ou 6 – 8 / 1000 indivíduos diabéticos / ano.
As úlceras nos pés são documentadas como precedente em aproximadamente 85% de
todas as amputações diabéticas. Em vários estudos, a proporção de pacientes que sofreram
amputação com gangrena foi relatada de 50 a 70%, e a infecção está presente em 20 a 50%
dos pacientes. Na maioria dos casos, a amputação teve de ser realizada devido à combinação
da infecção profunda e da isquemia. As indicações mais comuns para amputação descritas na
literatura são gangrena, infecção e úlcera não cicatrizada. A úlcera não cicatrizada não deve ser
considerada uma indicação para amputação, embora isto seja freqüentemente assim relatado.
2.3 Cuidando de uma ferida
Tratar de uma ferida é função do enfermeiro, o mesmo deverá ir a busca das
informações, com a finalidade de capacitá-lo tecnicamente e teoricamente. Com uma bagagem
boa de conhecimento o enfermeiro terá condições de discutir com os outros profissionais e
assim estará conquistando a sua autonomia 7.
3. A UTILIZAÇÃO DE EPI EM EMPRESA AUTOMOBILÍSTICA
A Lei n. 6.514, de 1977, deu competência ao Ministério do Trabalho para regulamentar,
por meio de Portarias, os assuntos de Serviços de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho
nas empresas, sendo aprovada em 08 de julho 1978, a Portaria n. 3.214, editando Normas
Regulamentadoras Básicas, atualmente, em número de trinta e duas.
As Normas Regulamentadoras (NRs), relacionadas à Segurança e Medicina do Trabalho
são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário que
possuam empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). As NRs foram
criadas e ampliadas para a manutenção de condições seguras, bem como potencializar o
ambiente de trabalho para a redução ou até mesmo eliminar os riscos existentes. 8
No Brasil, a obrigatoriedade dos serviços de segurança e medicina do trabalho nas
empresas foi resultado do Decreto-Lei no. 229, de 27 de fevereiro de 1967, que introduziu
modificações no texto da Consolidação das Leis do Trabalho. Essa obrigatoriedade, no entanto,
só foi regulamentada, em 27 de julho de 1972, por meio da Portaria no. 3.237, do Ministério do
10
Trabalho e da Previdência Social, sendo transformada em Norma Regulamentadora, pela
Portaria no. 3.212, em 1978, do Ministério do Trabalho. Para o desenvolvimento deste estudo
recorreu-se às normas regulamentadoras, NR-6 por ela ser referente ao objeto de estudo. 9
A Norma Regulamentadora no. 6, refere-se ao dimensionamento e uso de equipamento
de proteção individual, determina que
[...] para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR,
considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho. (BR. MINISTÉRIO DO
TRABALHO E..., 2000).
Ainda, segundo a NR-6, o empregador obriga-se a instruir o empregado quanto ao uso e
à guarda do EPI, através de atividades educativas de treinamento de integração.
3.1.
O Colaborador Diabético e o uso de EPI
O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica e se caracteriza por uma variedade de
complicações, entre as quais se destaca o pé diabético, com consequências muitas vezes
devastadoras diante dos resultados das ulcerações, que podem implicar em amputação de
dedos, pés ou pernas.
O sapato de segurança é o EPI que se deve ter cuidado no colaborador diabético, de
preferência esse tipo de calçado deve ser confortável, boas palmilhas, solas flexíveis e
resistentes, e feitos de couro. Contudo, são preferíveis os calçados de couro sintético, pois
permitem melhor oxigenação a seus pés.
Em todos os materiais que tratam do uso de EPI constatou-se a relevância dada à
obrigação do empregado em usar o EPI e cientificar-se das determinações das Normas. Assim,
enfatiza-se a responsabilidade do empregado em relação à segurança do trabalho, apesar de
ser esta, basicamente, da empresa através das políticas que influenciam e direcionam as
decisões da administração 9.
O uso do EPI é importante para o funcionário, na preservação da integridade e da saúde
11
individual. A percepção do benefício é mediada pela educação, como ato consciente,
defende Pinto (2005), levando o indivíduo a ter consciência de si e do mundo que o rodeia. Nas
apresentações dos equipamentos de proteção, são explicados os nomes técnicos e a forma de
uso, de forma padronizada, sem se atentar para o público a que se destinam, em suas
particularidades e nível de compreensão, conforme a escolaridade.
Investir na promoção da saúde nas instituições motiva os trabalhadores, reduz o
absenteísmo, os problemas pessoais e as disputas interpessoais, além de promover maior
eficiência e melhora do desempenho. Estas ações devem pautar-se na ética, assumindo
posicionamento político, crítico e consciente de modo a advogar pela saúde do trabalhador na
adoção de medidas preventivas específicas. 10
4. AÇÕES DO ENFERMEIRO DO TRABALHO NA PREVENÇÃO DE
LESÕES EM COLABORADORES DIABÉTICOS
Estamos vivendo um momento histórico relacionado aos cuidados com úlceras
cutâneas, a enfermagem cada vez mais evolui nesse sentido, adquirindo o conhecimento
técnico e cientifico sobre o assunto, como conseqüência, ganha autonomia e respeito perante
os profissionais de saúde.
Por causa dessa mudança de paradigma, os enfermeiros estão ganhando autonomia
para a realização de avaliação, prescrição e diagnostico da lesão, pois exercem um papel
importante na prevenção e tratamento das lesões cutâneas em diabéticos. Problemas com os
pés de pacientes com diabetes mellitus constituem a razão mais comum de hospitalizações
prolongadas e onerosas. As alterações verificadas nas lesões do pé do paciente diabético
podem ser causadas por neuropatias, doença vascular periférica, infecções e úlceras, podendo
evoluir para amputações.
Cabe aos enfermeiros fornecerem orientação ao paciente em relação aos cuidados com
os pés e a pele; por meio desse ato, o enfermeiro estará prevenindo complicações futuras,
realizando profilaxia de novas ulcerações, sobretudo, quando o paciente é informado, quanto ao
autocontrole diário e uso de calçados especiais.
Ao iniciar o tratamento de uma lesão faz-se necessário realizar uma avaliação da ferida,
pois toda e qualquer proposta de tratamento de uma lesão, deve levar em conta não só a lesão
a ser tratada, mas o paciente com suas características e necessidades, baseado na avaliação
12
da ferida a ser tratada faz-se a escolha adequada do produto a ser utilizado.
A avaliação é uma parte fundamental do processo de tratamento das lesões da pele,
pois só o diagnóstico preciso do tipo e estágio da lesão vai permitir a correta tomada de decisão
sobre as medidas a serem implementadas e os recursos que serão utilizados11.
Esse estudo visa contribuir na formação do enfermeiro do trabalho, aumentando o
conhecimento técnico e científico sobre a temática, otimizando a prevenção e o cuidado ao
paciente com pé diabético. Esperamos que outros estudos venham se desenvolver para melhor
elucidação do cuidado de enfermagem neste contexto.
Tratar feridas tornou-se mais que um procedimento de enfermagem, é uma
especialidade que a cada dia mais exige dos profissionais atualização e estudo12.
4.1.
Tratando de uma ferida
Tratar de uma ferida é função do enfermeiro, o mesmo deverá ir à busca das
informações, com a finalidade de capacitá-lo tecnicamente e teoricamente. Com uma bagagem
boa de conhecimento o enfermeiro terá condições de discutir com os outros profissionais e
assim estará conquistando a sua autonomia 12.
4.2 Prevenindo o pé diabético
Ensinar os pacientes sobre os cuidados com os pés é uma prescrição de enfermagem
que pode evitar complicações dispendiosas, dolorosas e debilitantes. Os cuidados preventivos
com os pés começam com exame diário minucioso dos pés. Além da inspeção manual e visual
diária dos pés, estes devem ser examinados durante cada visita de avaliação ou, pelo menos,
uma vez por ano (mais amiúde, quando existe um aumento no risco do paciente) por um
podiatra, médico ou enfermeiro.
Os pacientes com neuropatia também devem submeter-se à avaliação do estado
neurológico por meio de um dispositivo monofilamentar controlado por um examinador
experiente. Os pacientes com áreas de pressão, com calos, ou unhas do pé espessas devem
ser examinados rotineiramente pelo podiatra para tratamento dos calos e para aparar unhas. O
controle de glicemia é importante para evitar a resistência diminuída às infecções e a neuropatia
diabética.
13
5. CONCLUSÃO
AA lesão neuropática é uma evolução tardia da diabete mellitus. Ocorre alteração da
sensibilidade na extremidade distal dos membros. Ela ocorre com frequência em pacientes que
não se cuidam corretamente ou que não tiveram informações sufucientes para previnir essa
evolução patológica. A partir deste estudo, o enfermeiro do trabalho poderá implementar com
qualidade as intervenções por ele planejadas e com um conhecimento estruturado e consistente
para executá-las.
Segundo Brunner e Suddarth (2006) que mais de 50% das amputações sejam evitáveis,
desde que os pacientes (colaboradores) sejam ensinados sobre medidas de cuidados com os
pés e as pratique em uma base diária, assim podemos acreditar que este estudo poderá alertar
a esses futuros enfermeiros do trabalho sobre seus próprios conhecimentos para que eles
possam fundamentarem as ações de enfermagem e contribuir para uma diminuição das
complicações da diabetes mellitos.
Ressalta-se a importância do enfermeiro do trabalho em conhecer melhor os produtos
disponibilizados no mercado, ter conhecimento mais profundo do processo de cicatrização e os
fatores que nele interferem. Assim, o profissional de enfermagem do trabalho poderá melhor
intervir valendo-se tanto de seus conhecimentos técnicos quanto científicos.
14
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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da amplitude de movimentos os tornozelos de sujeitos inseridos no Proadif/UNB. Rev.
Diabetes Clinica 2004; 8(2): 129-133
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7. Declair V. Atualização em enfermagem em Dermatologia. Rev. Enfermagem Atual 2003;
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13. PINTO, A .V. Sete lições sobre educação de adultos.14 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
15
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