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Dias
(HNMD) – referência no tratamento
de vítimas de acidentes radioativos
Reprodução
Hospital Naval Marcílio Dias
Quando da ativação do Serviço de
Medicina Nuclear no HNMD, em 1972,
iniciou-se o preparo das equipes médicas e paramédicas com cursos de adestramento básico na área de radioproteção. Oficiais e praças participaram dos
cursos de Higiene de Radiações Ionizantes e Emergências em Acidentes
Nucleares, ministrados por Furnas.
Houve também a formação de especialistas em Medicina Nuclear e cursos
expeditos na área de Radioproteção e
Atendimento a Paciente Irradiado. Desta forma, o HNMD passou à condição
de unidade capacitada para o atendimento a radioacidentados. Esta capacitação viabilizou, em 1978, o convênio
Marinha/Furnas Centrais Elétricas para
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Acidente radioativo com o Césio137:
a participação da Marinha no atendimento às vítimas
o atendimento a pacientes irradiados,
em vigor até hoje.
Em 1981, foi ativada a Enfermaria de
Pacientes Irradiados, construída em
área afastada das Unidades de Internação e Serviços Ambulatoriais. Além do
acesso normal pelo complexo hospitalar, esta enfermaria possui um acesso
externo independente, permitindo o
ingresso dos pacientes diretamente da
ambulância, sem que transitem pelo
interior do hospital. Esta enfermaria especializada possui, além de paredes blindadas e ar-condicionado central, os demais parâmetros necessários à internação de pacientes radioativos. Sua capacidade era, na época, de oito pacientes,
distribuídos em quatro apartamentos.
Entretanto, sua flexibilidade permitiu,
em um determinado período, alojar 14
pacientes.
É importante destacar que um acidente com radiações ionizantes envolve um padrão de risco que somente
uma organização militar, com sua estrutura hierarquizada, tem condições
de assumir. Soma-se a isto a capacidade de mobilização rápida, em termos
nacionais e não somente regionais, de
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equipes médicas e de enfermagem, todas com o mesmo adestramento básico. Distribuídas por várias unidades
militares, estas equipes podiam ser reunidas sempre que necessário.
O HNMD é, ainda hoje, o centro de
referência para assistência a radioacidentados, conforme indicação da
CNEN, capaz de prestar um atendimento intensivo e multidisciplinar de
alta qualidade. Possui uma gama de
serviços especializados, inclusive com
facilidades para transfusão de plaquetas, além de especialistas em microcirurgia, cirurgia plástica e reparadora, entre outras. O hospital é capaz de
atender acidentados graves, principalmente os portadores da Síndrome
Aguda da Radiação, que requerem
cuidados semelhantes aos de um imunodeprimido.
E esta era a situação das vítimas do
acidente em Goiânia, já que a radiação
comprometeu seriamente sua medula
óssea. A necessidade de permanecerem
em ambiente extremamente asséptico,
sem qualquer tipo de ameaça de infecção, confirmava a necessidade de transferir os doentes para o HNMD.
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