Diversificar investimentos exige critério e bom senso

Propaganda
C2
MANAUS, SEGUNDA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2015
Para evitar perdas com grande volume de capital é prudente investir em
várias atividades ao mesmo tempo, mas sempre com avaliação profissional
DÊNNIS A. LOBO*
N
a Páscoa, além do
simbolismo característico da celebração
religiosa
para cristãos, muitos presentearam e foram presenteados com ovos de chocolate.
Assim como não devemos
colocar todos os ovos na
mesma cesta – ou dar todos a uma só pessoa –, não
precisamos colocar todos
os nossos investimentos no
mesmo lugar.
A diversificação é uma lei
para quem tem certo volume financeiro destinado a
investimentos.
A diversificação não diz
respeito apenas a investimentos financeiros, mas a
qualquer espécie de investimento que tenhamos.
Também é verdade que
pulverizar os investimentos,
como tudo, tem limites. Por
exemplo, diversificar R$ 1
mil pode não fazer muito
sentido certo, mas com R$
100 mil ou R$1 milhão a
necessidade é mais clara,
pois o processo de diversificação nesses casos é bem
mais prudente.
Atenção
Diversificação também exige acompanhamento. Caso
o investidor diversifique
demasiadamente talvez o
desempenho da carteira de
investimentos (financeiros e/
ou físicos) fique bem abaixo
da própria média de retornos
dos títulos considerados de
risco quase zero, como os
títulos públicos federais.
Fique atento. Não basta
diversificar, mas saber fazêlo. O custo de oportunidade
pode ser alto caso o investidor não tenha parâmetros
comparativos. Os cenários
alteram-se ao longo do
tempo e os investimentos,
mesmo considerando uma
carteira ampla e diversa,
devem ser atualizados.
A proporção em cada tipo
de investimento merece ser
reavaliada de acordo com a
realidade, por exemplo, de
elevadas ou baixas taxas de
juros, de câmbio pressionado
ou não etc. A metodologia do
tipo investir e esquecer não é
adequada, pois a vida é muito
mais complexa, exigindo monitoramento constante por
parte do investidor ou do profissional assessorando-o.
Foco
O mercado imobiliário teve
em anos recentes uma evolução significativa, com vários
lançamentos. Muitos focaram seu dinheiro somente
nesta modalidade de investimento. Alguns, mais informados, também se beneficiaram
de lançamentos de Fundos de
Investimentos Imobiliários.
Porém, hoje, o mar não
está para peixe nesse ramo
e algumas pessoas que compraram imóveis no boom do
mercado imobiliário e agora
querem vender suas unidades não conseguem ofertas
razoáveis.
Parece óbvio, portanto, no
nosso exemplo, que eventual concentração de investimentos em imóveis deveria
ter iniciado um processo de
desconcentração há algum
tempo. Tal movimento seria para minimizar o risco
de investimento à medida
que era visível uma menor
atratividade do setor.
Juros
Esse mesmo investidor poderia atualmente, ou desde o
ano passado, estar otimizando sua carteira com inves-
timentos atrelados à taxa
de juros de mercado, atualmente em torno de 12,6% ao
ano (DI), ou em alguns títulos
públicos federais, cujas taxas são negociadas acima
de 13% ao ano.
Critério
Diversificar sim e é uma
lei, quando se trata de investimentos, mas com critério.
A razoabilidade e bom senso
sempre são aliados. A paixão
por um ativo específico, seja
imóvel ou ações de uma determinada companhia, normalmente só dá dissabores
ao investidor.
Para saber mais sobre o assunto envie uma mensagem
para o endereço de e-mail
contato@dlinvestimentos.
com.br.
*Co-fundador e sócio do
D&L Investimentos, escritório Ágora-Bradesco em
Manaus.
Mesmo em épocas
lucrativas para o
mercado imobiliário é aconselhável
investir também em
outras aplicações
MARCELLO CASAL JR./ABR
Diversificar investimentos
exige critério e bom senso
Download