Quando Comprar, Quando Vender?

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Portal Sul América de Investimentos
Estratégia de Investimento
12/06/12
Quando Comprar, Quando Vender?
Uma das filosofias de investimentos mais difíceis de ser implementada é a filosofia do contrarian investing.
Ela segue um preceito bem simples: comprar na baixa e vender na alta. O que parece ser bastante obvio,
na verdade, requer uma disciplina bastante grande.
Isto ocorre porque ao agir como um contrarian investor, na maioria das vezes, o investidor tem que enfrentar
a tendência do mercado e é praticamente impossível acertar o ponto certo de inflexão, isto é, o momento
certo de reversão da tendência.
A volatilidade, neste caso, atua a favor do investidor, pois quanto maior a oscilação do ativo, maior também
a chance da recuperação surpreender. No entanto, não se pode iludir, há de se ter um “estomago de aço”
para aguentar tanta oscilação. O mercado acionário brasileiro, ao longo de sua existência, tem se mostrado
um terreno fértil para este tipo de estratégia.
Este ciclo pode ser rápido como tem se mostrado no mercado brasileiro, ou extremante lento, como observado
no mercado japonês, que atingiu seu ponto mais alto de valorização (valuation) no início da década de
90, quando a relação lucro gerado pelas empresas em relação aos seus preços atingiu valores bastante
elevados para quaisquer padrões e desde então a queda do mercado tem sido continua.
Um interessante estudo realizado por acadêmicos da London Business School mostrou que não há nenhuma
relação estatística entre o crescimento econômico em um específico ano com o desempenho da bolsa de
valores daquele país no ano subsequente. Eles realizaram um ranking com 83 países pelo crescimento
do PIB nos cinco anos anteriores, no período de 1972 a 2009, e constataram que os investidores que
apostaram nos países de baixo crescimento obtiveram retornos melhores que aqueles que apostaram no
grupo de países de alto crescimento do PIB. Novamente, a grande exceção do lado negativo é o mercado
acionário japonês.
Segundo os estudiosos, isto ocorre porque o que tende a ser mais importante para a performance do
investidor é o valuation inicial. Quando menor a relação entre o preço e lucro de um determinado ativo, tanto
melhor para o investidor. Isto é claro para a relação de títulos de renda fixa. Mas como toda regra, possui
suas exceções, ela com certeza não vale para o caso de default, isto é, quebra dos papéis.
Portanto, não é aconselhável comprar um ativo somente porque a relação preço / lucros está atraente. É
necessário fazer a lição de casa e conhecer bem o ativo que será comprado. Isso porque não é possível
prever quando a inversão acontecerá, mas para evitar maiores riscos o recomendado é ter bons indícios que
ela tem grandes chances de acontecer.
Redator: Leopoldo Barreto
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