TOC, TOC: Tem alguem em casa?

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TOC, TOC: Tem alguem em casa?
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TOC, TOC: TEM ALGUÉM EM CASA?
© Dr.
Alessandro Loiola
http://www.dralessandroloiola.blogspot.com/
Recentemente,
um grupo de cientistas da USP procurava voluntários para um estudo sobre Transtorno
Obsessivo-Compulsivo. Devido à dificuldade para atingir o número suficiente de
pacientes para a pesquisa, publicaram um anúncio no jornal local. A estratégia
foi um sucesso: uma hora e meia após a publicação, já haviam recebido 2.875
ligações.
Todas da mesma
pessoa.
Apesar de engraçado à primeira vista, o
Transtorno Obsessivo-Compulsivo – ou TOC, como é chamado pelos mais íntimos - pode
tornar o dia-a-dia tão frustrante quanto o horário eleitoral gratuito. De tão
comum, ele já foi até tema de filme: em Melhor Impossível, o sempre excelente
Jack Nicholson sofre de um TOC de causar inveja. Especialmente pela Helen Hunt
que vem de bônus...
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Produzido em: 18 June, 2017, 18:43
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Bom, mas o que seria
o TOC?
O TOC é a
manifestação de um mau funcionamento de certas partes do cérebro.
Inicialmente, o
curto-circuito resulta no desenvolvimento de uma Obsessão, um pensamento fixo.
Os mais comuns são receio de representar um perigo para si mesmo ou para
terceiros, medo exagerado de contaminação, necessidade de exatidão ou ordem em
tudo, e fantasias de cunho sexual freqüentes envolvendo praticamente qualquer
situação ou objeto, entre outros.
Com o tempo, para
se ver livre da Obsessão, a vítima desenvolve uma Compulsão, uma mania que ela
acredita ser capaz de “apagar” o pensamento obsessivo. Algumas compulsões são
bastante típicas: tornar-se fixado em um determinado número (p.ex.: estalar os
dedos 3 vezes antes de começar a falar), checar repetidamente se fez algo
(p.ex.: o sujeito volta várias vezes do meio da rua para ver se travou mesmo a
porta do carro), usar luvas e lavar exageradamente as mãos o tempo todo, arrumar
as coisas sobre a mesa até que elas estejam em uma disposição “perfeita”, etc.
O diagnóstico de Transtorno
Obsessivo-Compulsivo vem se tornando mais freqüente a cada dia: estima-se que
uma em cada 50 pessoas sofra do distúrbio. Seria um reflexo dos altos níveis de
estresse da sociedade moderna? Vivemos entre tantas cobranças de qualidade no
trabalho, insegurança na rua, salários apertados, pesadelos com o cheque
especial, SPC e SERASA, que é possível – e provável - que vez ou outra o
cérebro chute o balde, grite “Chega!” e vá para a galera.
Entretanto, apesar
dos cientistas ainda não terem descoberto exatamente a causa, eles são unânimes
em afirmar que o TOC não ocorre porque a pessoa é fraca ou possui distúrbios de
personalidade. Infelizmente, devido aos preconceitos que ainda cercam as
doenças mentais, muitas vítimas do TOC se sentem embaraçadas demais para
admitir o problema, e isto só piora as coisas. Sem tratamento adequado, os sintomas
tendem se agravar com o tempo.
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Pessoas
perfeccionistas, excessivamente devotadas ao trabalho, pouco generosas e incapazes
de jogar algo fora (mesmo quando aquele objeto não possui mais qualquer valor
sentimental ou financeiro), podem apresentar um risco maior para desenvolver
TOC. O mais aconselhável, nestes casos, é reduzir o nível geral de estresse
procurando atividades e hobbies que diminuam a ansiedade.
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Não é qualquer maniazinha à toa que pode ser
classificada de Transtorno Obsessivo-Compulsivo, mas, se você perceber que um
tic nervoso está prejudicando sua vida pessoal ou social, ligue a luz de
alerta, procure ajuda profissional.
A Informação é maior arma contra a doença. Se você
recebeu o diagnóstico de TOC, leia, informe-se, e não tenha vergonha de
procurar acompanhamento profissional. O tratamento
correto é capaz de eliminar os sintomas em mais de 90% dos casos.
Finalmente, caso conheça alguém com TOC, ofereça
apoio, não julgamento - comentários e críticas pouco construtivas não ajudam
muito. Se você tem um parente com TOC, saiba que problemas familiares não
causam a doença, mas o modo como os familiares reagem pode afetar a intensidade
dos sintomas. Em todos os casos, seja paciente: o Mundo foi feito em 7 dias. A
solução do problema certamente levará um pouco mais que isso. Mas ela existe.
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Dr. Alessandro Loiola é
médico, escritor e palestrante. Autor, entre outros, de PARA ALÉM DA JUVENTUDE
– GUIA PARA UMA MATURIDADE SAUDÁVEL, pela Editora Leitura
(http://www.editoraleitura.com.br/detalhe7.asp?id=33
).
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