às vezes, o amor é… electro

Janeiro de 2017, Nº 87 Gratuito/Mensal Diretor José Manuel Diogo
magazine.ticketline.pt
ÀS VEZES,
O AMOR É…
ELECTRO
Festival celebra
o dia dos namorados
MOONSPELL 'O mundo
seria melhor sem religião'
35 ANOS GNR 'Nem o FMI
acabou connosco'
13 JANEEXI TRA
18H00 RO
5 - 15 JAN LISBOA
MEO ARENA
CIRQUEDUSOLEIL.COM
OFFICIAL PARTNERS
MEDIA PARTNERS
PROMOTER
Cirque du Soleil and Varekai are trademarks owned by Cirque du Soleil and used under license.
6 — 7 — 8 JUL
PASSEIO MARÍTIMO DE ALGÉS
O MELHOR CARTAZ. SEMPRE!
THE WEEKND • THE XX
FOO FIGHTERS
DEPECHE MODE
5 Fevereiro • Lisboa
Teatro Tivoli BBVA
ALT-J • IMAGINE DRAGONS
KODALINE • PAROV STELAR
RYAN ADAMS • THE KILLS
WARPAINT • WILD BEASTS
DANGEROUS WOMAN TOUR
ARIANA GRANDE
14 FEV CCB
1 5 F E V H A R D C L U B M/16
Garante já o teu bilhete antes que esgote!
promoter
media partners
official sponsor
premium sponsors
naming sponsor
8 MARÇO
PARADISE GARAGE
11 JUNHO LISBOA
MEO ARENA
NOVO ÁLBUM DANGEROUS WOMAN JÁ DISPONÍVEL | ARIANAGRANDE.COM @ARIANAGRANDE
Aerosmith
26 JUNHO
LISBOA
MEO ARENA
AEROSMITH.COM
SAIBA MAIS SOBRE ESTES E OUTROS ESPETÁCULOS EM EVERYTHINGISNEW.PT
BILHETES: FNAC, WORTEN, CTT, EL CORTE INGLÉS E EVERYTHINGISNEW.PT
Ticketline: Informações e Reservas ligue 1820 (24h) www.ticketline.sapo.pt
SESSÃO
Diretor José Manuel Diogo ([email protected]) l Projeto Editorial VF Comunicação l Editora Rute Gil l Diretor de Arte Marco Neves Ferreira l Edição Online Pedro Belorico e Sueli Bento l Dep. Comercial Amparo Duque ([email protected]) l Proprietário/Editor Ticketline, SA, Ana Ribeiro – CEO, Av. Elias Garcia, 137 - 3º andar
1050-099 Lisboa NIF: 504691031 l Administação/Redacção/Publicidade Av. Elias Garcia, 137 – 3º Andar - 1050-099 Lisboa - Tel: 217 803 673 l Colaboraram neste número Sofia Canelas de Castro e Rute Sousa l Periodicidade Mensal l Tiragem 35.000 Exs. l Nº de registo na ERC 125615 (estatutos disponíveis em magazine.ticketline.pt) l
Depósito legal 293415/09 l ISSN 1647-6484 l Edição na internet em www.magazine.ticketline.pt l Encarte Diário de Notícias e Jornal de Notícias l Impressão Sogapal, SA - Rua Mário Castelhano, Queluz de Baixo, 2730-120 Barcarena - Tel: 214 347 100 l Assinatura anual 10 € l [email protected], 217 803 673 e 707 234 234
M/3
JOSÉ MANUEL DIOGO
“Sometimes I can taste the sweetness of death” - Às vezes consigo
saborear a doçura da morte, disse
Leonard Cohen. Agora, que a vida
lhe fez a vontade e partiram para
sempre as suas palavras e canções, fica pouco para dizer. R.I.P.
“Hallelujah”.
2016 foi um ano terrível para
o mundo do espetáculo. Durante
doze meses, fomo-nos despedindo
para sempre de muitos dos nossos
ídolos de juventude.
Com Prince foi adeus a “Purple
Rain”, com Bowie à “China Girl” e no
dia de Natal, George Michael a arrancar-nos do peito “Father Figure”
e “Last Christmas”. Dói saber que
nunca mais os vamos ver “ao vivo”.
Mas é preciso sonhar - o espetáculo é como a vida, é feito da matéria dos sonhos. É preciso ultrapassar o luto e encontrar nos novos artistas o talento e a graça que
nos fazem amar a música, a dança,
o bailado, o cinema e o teatro.
But the show must go on e neste primeiro mês de 2017 trazemos
muitas novidades.
Logo a começar no Tema de
Capa, onde, especialmente para si,
e em nome do amor, produzimos
uma foto exclusiva. Desafiámos o
fotógrafo Jorge Simão a recriar um
dos beijos mais famosos da história da fotografia. A partir da foto
magnum opus, “O beijo”, de Doisneau, tirada em Paris em 1950, inventámos outro beijo, desta vez só
nosso, protagonizado por Marisa e
Tiago, amantes na vida real e artistas nos Amor Electro. Um retrato
exclusivo para guardar e imprimir em alta resolução a partir do
nosso site que, também este mês
vai estar mais moderno, com mais
funcionalidades e mais conteúdos.
Bons sons, boas leituras e boa
sorte.
Um excelente 2017 para todos!
DIRETOR Ticketline Magazine
EDITORIAL
SUMÁRIO
FOTOGRAFIA E FOTOGRAFIA DE CAPA: JORGE SIMÃO | MAQUILHAGEM: CARLA PINHO MAKE UP&HAIR COM GUERLAIN
ENTRE EM 2017
COM OS MELHORES ESPETÁCULOS!
Postos de venda A.B.E.P. | Abreu | Ask Me Lisboa (Palácio Foz, Terreiro do Paço) | Campo Pequeno (Galeria Comercial) | Casino Lisboa | CCB | C.c. MMM: Almada Fórum, Espaço Guimarães, Fórum Algarve, Fórum Coimbra, Fórum Madeira, Fórum Montijo, Fórum Sintra, Fórum Viseu | C.c. Mundicenter: Spacio Shopping, Arena Shopping, Strada
Shopping Center & Fashion Outlet, Campus São João | C.c. Dolce Vita: Coimbra, Douro, Porto Estádio Dragão, Tejo | El Corte Inglês I Fnac | Forum Aveiro | Lojas Note! | MEO TV Interactivo | U-Ticketline: FCT, FPIE, ULHT, ISCSP (Lisboa) | Shopping Cidade do Porto | Super Cor | Teatro Tivoli BBVA | Time Out Mercado da Ribeira | Worten
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
14 e 15
4e5
Entrevista
Artista do Mês
Os Moonspell estão de
regresso aos palcos com
“20 Anos Irreligious”.
Fernando Ribeiro, o
vocalista, desvendou-nos,
em entrevista, os planos da
banda para o futuro.
Os GNR terminam as
celebrações dos 35 anos de
carreira com um concerto
no Casino Estoril. Conheça a
história por detrás de uma das
maiores bandas portuguesas,
numa entrevista muito especial
a Rui Reininho.
6 a 13
Música
Janeiro e fevereiro são
meses de música. Folheie
esta edição, fique a par
de tudo o que pode ver
e ouvir e escolha os seus
concertos. Tem muito
por onde escolher.
16 a 19
Tema de capa
“Às Vezes o Amor” é o
Festival do Montepio que
vai encantar Portugal de
norte a sul. Conheça os
protagonistas e fique ainda a
saber a história da nossa capa
com os Amor Electro.
26 a 34
Agenda
Preparamos para
si a mais completa
agenda de espetáculos
em Portugal.
Sempre atualizada em
www.magazine.ticketline.pt
25
E ainda...
Um verão que promete:
Aerosmith, Guns N’ Roses e
Meo Mares Vivas. Já faltou
mais!
4
ENTREVISTA
O MUNDO
SERIA MELHOR
SEM RELIGIÃO
“A Filosofia
e o heavy
metal são
mundos
com muita
fantasia”
Fernando Ribeiro é filósofo de formação e vocalista dos Moonspell, a mais prestigiada
banda de heavy metal portuguesa. Gostava de fazer uma tournée com os Iron Maiden ou
os Metallica e arriscava um dueto improvável com o deputado comunista Manuel Tiago.
Conversámos com o ‘metaleiro-filósofo’ no estúdio da banda, onde preparam o concerto
que vai acontecer no Campo Pequeno, em Lisboa, dia 4 de fevereiro.
não aprendi na Internet nem no Google.
É sobre o lado negro do
terramoto?
Vai ser sobre uma Lisboa devastada sim,
mas sobretudo sobre o que as pessoas
fizeram para reconstruir e para levantar de novo. É um disco que fala sobretudo da relação das pessoas com Deus.
Até ao terramoto, Deus não falhava e,
depois, começaram a surgir em Portugal movimentos ateístas e críticos.
Foi uma espécie de Iluminismo tardio.
E qual é a tua relação com Deus?
Nenhuma… ou pouca. É um grande
foco de interesse. Não sou fã do monoteísmo e acho mais natural uma religião tipo a hindu, que nunca se tentou
“Não sou
escritor, sou um
músico que gosta
de escrever”
impor de forma violenta como hoje
está a acontecer com algumas fações
mais radicais do islamismo, por exemplo. Cada vez mais me convenço que o
mundo passaria melhor sem religião.
Que futuro prevês para o mundo,
perante o cenário atual?
A guerra é o pior que pode acontecer
às pessoas. Já estive mais otimista. Não
é fácil. Politicamente, praticamente
todos os governos do mundo têm falhado. Cada vez mais, isto é uma guerra
entre potências e mentalidades. Na Europa, Estados Unidos e Rússia, em vez
de tentarmos acalmar disputas que já
são milenares, ainda estamos a acicatar
mais os ânimos… E vê-se na Europa de
Leste e nos países do norte um preocupante crescimento da extrema-direita.
Tens confiança no futuro da
Europa, no projeto europeu?
A Europa só se mantém no papel. Já
há algum tempo que não acredito no
projeto europeu. Era um projeto bonito de filósofos, mas não correu bem. A
Europa sempre teve várias velocidades
e grandes assimetrias. Por exemplo,
não me faz confusão nenhuma o PCP
apresentar um projeto para sairmos do
Euro, até acho inteligente…
Acreditas então no projeto de
Governo, com a conjugação de
forças à esquerda?
Acredito, sim. E não sou só eu. Estão
a confirmar-se indicadores de que a
política do PSD não era feita para os
eleitores…
Se fizesses um dueto com
um político, com quem é que
gostarias de o fazer?
O Manuel Tiago, do PCP. Ele é nosso
fã, mas não sei se tem talento musical.
Agora vai aos nossos concertos e é um
grande fã.
Voltando à música, os Moonspell
têm uma política de autogestão.
Quem é que assume mais a
componente estratega?
Sim, para aí há uns seis anos que é assim. Dividimos a banda ao meio, tipo
Tratado de Tordesilhas: eu e o Pedro
Paixão fazemos mais a parte de estratégia; O Ricardo [Amorim], o Mike [Gaspar] e o Aires [Pereira] estão mais ligados à parte musical, às tournées, etc.
E em termos de gestão familiar,
como é que se faz com um filho
[Fausto, 4 anos], uma mulher
[Sónia Tavares, vocalista dos The
Gift]?
Faz-se com muito sacrifício. Nada é
comparável ao estar em família, com
a Sónia e o Fausto. Mas somos os dois
músicos e isso traz entendimento e
compreensão da logística extra. Agora
a saudade é muito mais intensa.
Como é que o Fausto reage à tua
música?
Adora, sabe as músicas e, quando saiu
o ‘Extinct’ [2015], foi dos maiores fãs. E
distingue perfeitamente o que é o rock,
o heavy metal, o que são os Moonspell, os The Gift. Mas não o empurramos
para nada, não o queremos influenciar,
sabemos bem a vida nómada que temos e o peso que é ser filho de músicos
e sujeito a comparações.
Com 25 anos de carreira, 11
álbuns, 1 disco de ouro, 3 de
prata, um Prémio MTV, milhares
de fãs e concertos nos quatro
continentes – o que falta fazer?
Não temos assim um objetivo brutal.
Nunca tivemos o sonho de ser os Metallica, por exemplo. Mas gostaria de
fazer uma pequena tournée com os
Metallica e com os Iron Maiden mas,
de resto, queremos continuar a fazer o
que já fazemos.
Os Moonspell fazem 25 anos
em 2017. Alguma vez pensaram
acabar?
Nunca. Sempre achámos que era parvoíce acabar tendo esta história insólita. O feeling geral é de grande fraternidade e temos relações que extravasam
para além da banda: saímos uns com
os outros, somos padrinhos dos filhos
uns dos outros. Somos uma grande família… funcional e disfuncional, como
todas (risos).
Entrevista
completa
FOTOGRAFIA: PAULO F. MENDES
E
studaste filosofia.
Que ligações há
entre a filosofia e o
heavy metal?
Como estudante de filosofia e interessado nesta
área, sempre achei que a
maioria dos nossos problemas políticos,
sociais e económicos se devem também
ao afastamento dos filósofos dos lugares de aconselhamento. Todos os grandes imperadores tinham uma assembleia de filósofos e nós temos um Conselho de Estado em Portugal mas, além
do Eduardo Lourenço – o único filósofo
que lá está –, é só formado por pessoas
ligadas à economia, à banca, aos partidos políticos… A Filosofia sofreu um
grande revés, sobretudo no século XX.
Chamam-te o metaleirofilósofo…
A Filosofia não é uma disciplina técnica, ensina o pensamento, o empírico, o
mundo das ideias. E esse é um mundo
completamente feito para a fantasia e
para os assuntos de que o heavy metal
trata e, por isso, foi logo uma relação
automática. Tentei aproveitar ao máximo tudo o que tinha aprendido para
implementar umas letras mais filosóficas e que fossem um pouco mais longe
do que as outras bandas portuguesas.
E estamos a preparar um disco assim…
Como vai ser esse novo disco?
Vai sair para o ano e é em português.
É sobre o terramoto de Lisboa (1755).
Não apenas sobre a catástrofe mas sobre tudo que aconteceu depois. E onde
é que eu contactei com isso? Na escola.
Primeiro, em História, falando de toda
a reconstrução pombalina, das políticas, do termo da Inquisição… E depois,
em Filosofia, com o professor Viriato
Soromenho Marques. Tudo isto aprendi na escola e tenho na minha cabeça,
TEXTO Sofia Canelas de Castro
6
CONCERTO / MÚSICA
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
Qual é o som
da tua cara?
Quem vê caras não vê corações?
Aqueles olhos dizem-nos alguma coisa?
O que podemos contar a partir de um
corte de cabelo? Levando mais longe a
cumplicidade construída em “4 MÃOS”
(Festival Big Bang 2015), o pianista Filipe
Raposo e o desenhador António Jorge
Gonçalves estendem o seu processo de
criação à comunidade escolar. Através
de oficinas − explorando as relações
entre som e desenho − as crianças
trabalharão retratos e autorretratos.
Uma seleção do material produzido
nestes encontros será o ponto de
partida para o jogo de improvisação
entre os artistas. Sessões a 11 e 12 de
fevereiro, no CCB.
LENE LOVICH
BAND INCLUI
PORTUGAL NA
‘TOUR’
A magia dos anos 30 com a
Glenn Miller
Orchestra
UMA OPORTUNIDADE ÚNICA PARA RECORDAR
ALGUNS DOS MAIORES ÊXITOS DA BANDA
DE GLENN MILLER
“UMA BANDA DEVE TER UM SOM PRÓPRIO . Deve ter personalidade” dizia Glenn Miller.
É sob este compromisso que a Glenn Miller Orchestra vem a Portugal para recordar os
grandes êxitos da banda com três concertos: 16 e 17 de fevereiro no CCB em Lisboa, e a
18 no Coliseu Porto.
Com o seu som de jazz único, a Glenn Miller Orchestra é considerada uma das maiores
bandas de todos os tempos.
Caso de sucesso em Portugal onde esgotam sempre as salas por onde passam, a Glenn
Miller Orchestra é dirigida pelo maestro Ray McVay e continua a encantar nos seus espetáculos com os grandes sucessos, ‘Moonlight Serenade’, ‘In The Mood’, ‘Tuxedo Junction’
ou ‘Chattanooga Choo Choo’.
Ray McVay dirige cerca de 20 talentosos músicos e cantores nesta big band que em duas
horas de espectáculo, como num estalar de dedos, nos faz recuar até aos anos trinta.
A atual Orquestra Glenn Miller foi formada em 1956 e tem uma média de 300 datas ao
vivo por ano em todo o mundo. Esta é a sua oportunidade de a ver ao vivo!
AGORA PODE ADQUIRIR BILHETES PARA O MUSEU DO FC PORTO E PARA A TOUR NO ESTÁDIO DO DRAGÃO NA TICKETLINE A EXPOSIÇÃO DE
INDIVIDUAIS OU DE GRUPO, BILHETES GRATUITOS PARA CRIANÇAS ATÉ AOS 5 ANOS SABIA QUE PODE VISITAR O AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES EM
Nascida em Detroit,
USA, Lene Lovich
mudou-se para o Reino
Unido aos 13 anos. Em
1979 conseguiu o seu
primeiro êxito mundial
– “Lucky Number” transformando-se numa
coqueluche ímpar da
então new wave e do
pós-punk. Seguiram-se
êxitos como “Bird Song”,
“Angels” e “Monkey Talk”
entre outros . Álbuns
como “Flex” e “No
Man’s Land” são hoje
verdadeiros clássicos da
pop. A sua tour europeia
de 2017 passa pelo
Cineteatro D. João V na
Damaia, a 4 de fevereiro,
e traz-nos Lene Lovich
e sua banda em grande
forma.
ALDINA
DUARTE
REGRESSA À
CULTURGEST
É já no dia 27 de janeiro
que Aldina Duarte
regressa à sala onde
deu o seu primeiro
concerto, a Culturgest.
Agora, acompanhada
de vários convidados, a
fadista entrega-se, de
corpo e alma, à palavra
e à escuta, prometendo
dois novos fados.
“Arriscar é um verbo que
aplico neste palco; falo
do processo criativo,
porque aprendi aqui
que para crescer em
palco, tal e qual como
na casa de fado, devo
arriscar momentos e
alinhamentos únicos,
mais do que brilhar
fazendo o que já sei que
resulta”. A não perder!
Rui Vieira Nery
guia-nos em
viagens pelo fado
Numa coprodução CCB/EGEAC Museu
do Fado chega-nos “Viagens pela
História do Fado”, com Rui Vieira Nery,
de 28 de janeiro a 18 de fevereiro, ao
CCB. Da Lisboa oitocentista à atualidade,
dos bairros castiços às grandes salas de
concerto do mundo inteiro, conheça as
histórias e os percursos da canção de
Lisboa.
REABRE A
TEMPORADA
‘MÚSICA PARA
TI’ NO CCB
Está aberta a temporada
de miniconcertos no
CCB. Uma vez por
mês, músicos tocam
durante 30 minutos e,
no final, respondem às
perguntas do público
curioso. O concerto
oferece-se como um
momento intimista que
aposta na proximidade
com a performance, em
que o conhecimento
e a experiência do
músico são oferecidos
a crianças e a adultos
para satisfazer todas
as suas curiosidades.
As próximas sessões
trazem-nos a pianista
Pamelia Stickney a
21 de janeiro, e a 25
de fevereiro Thierry
Madiot, um artista
sonoro e construtor de
instrumentos insólitos.
A DESTACAR
HÁ FADO NO CAIS COM
CRISTINA BRANCO É a 25
de fevereiro que o CCB recebe
Cristina Branco num concerto
integrado no ciclo Há Fado no
Cais. Dentro de uma área de
fortes raízes conservadoras
e tradicionalistas como é o
fado, Cristina Branco costuma
apresentar uma alternativa
alicerçada no profundo
conhecimento dos poetas e
poemas que interpreta, em
compositores requintados e
em músicos de excelência.
“Menina” é o título do seu novo
trabalho com temas originais
de autores como Filho da Mãe e
André Henriques (Linda Martini),
Cachupa Psicadélica, Mário
Laginha e António Lobo Antunes.
Um disco de novas abordagens,
de novos compositores de várias
latitudes da música portuguesa
como os já referidos, mas
também como Peixe e Nuno
Prata (Ornatos Violeta), Pedro
da Silva Martins e Luís Martins
(Deolinda) e Jorge Cruz (Diabo
na Cruz).
Luísa Sobral
apresenta novo
disco
Luísa Sobral vai apresentar o seu novo
álbum “Luísa” no Teatro Tivoli BBVA a
1 de fevereiro e, a 8 do mesmo mês,
ruma à Casa da Música no Porto. Neste
novo álbum, gravado em Los Angeles,
no mítico United Recording Studios,
estreitam-se a cumplicidade e os laços
afetivos com quem ouve, em novas
canções e letras tocantes, que revelam
que a artista entrou num novo patamar
de maturidade criativa, uma vez mais
e como sempre, à frente da sua idade.
Luísa Sobral está ainda mais segura,
exigente e cada vez mais autêntica e
espontânea, confessando que não troca
o turbilhão da sua vida por nada deste
mundo.
ARQUITETURA O MUNDO NOS NOSSOS OLHOS PODE SER VISTA ATÉ 15 DE JANEIRO NO CCB O MUSEU NACIONAL FERROVIÁRIO PROMOVE VISITAS
LISBOA? O PONTO DE ENCONTRO DA ILLUMINATI TOUR É NO ARCO DA RUA AUGUSTA EM LISBOA. ENTRE NESTE MUNDO FANTÁSTICO!
8
CONCERTO / MÚSICA
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
OS QUATRO E
MEIA: NOVO
OLHAR SOBRE
A MÚSICA
PORTUGUESA
SEAN RILEY
& THE
SLOWRIDERS
NO CCB E
CINE TEATRO
AVENIDA
Depois de 3 anos
afastados dos palcos
para prosseguirem
projetos paralelos (como
no caso de Afonso
Rodrigues com Keep
Razors Sharp), Sean
Riley & The Slowriders
regressam para um
concerto a 4 de fevereiro
no CCB, enquadrado
no CCBeat, e a 5 de
fevereiro no Cine-Teatro
Avenida em Castelo
Branco, para apresentar
ao público o seu novo
álbum homónimo.
Cage The
Elephant
DEVIDO À ELEVADA PROCURA POR
PARTE DOS FÃS, A ORGANIZAÇÃO TEVE
DE MUDAR O LOCAL DO CONCERTO
PARA O COLISEU PORTO
CAGE THE ELEPHANT , a banda rock norte americana sediada em
Londres desde 2008, passa por Portugal para um concerto em nome
próprio, dia 6 de fevereiro no Coliseu do Porto. Na bagagem o grupo
traz quatro aclamados discos de originais, com destaque para “Tell
Me I’m Pretty”, editado em dezembro de 2015.
O álbum homónimo de estreia da banda, lançado em 2008, contou
com vários singles de sucesso em destaque nas principais rádios e
ganhou uma autêntica legião de seguidores. No entanto, o ano da
verdadeira explosão do grupo deu-se em 2013 com o lançamento do
terceiro disco de estúdio, “Melophobia”, nomeado em 2015 para um
Grammy, na categoria “Best Alternative Music Album”.
O quarto trabalho de originais do grupo veio comprovar o talento e
o merecido reconhecimento da banda. “Tell Me I’m Pretty” foi produzido por Dan Auerbach, dos Black Keys, e foi apresentado aos fãs no
final de 2015. Cage The Elephant são Matt Shultz na voz, Brad Shultz
na guitarra, Daniel Tichenor no baixo e Jared Champion na bateria.
Um concerto único que promete fazer o Coliseu Porto vibrar!
Best Youth no Lux
Best Youth celebram o lançamento de
"Highway Moon" com um concerto único
no Lux, em Lisboa, a 26 de Janeiro.
Entre as surpresas que serão reveladas
até à data do espetáculo encontra-se a
participação de convidados especiais
e o lançamento de um novo single.
Rume à zona ribeirinha para um
concerto a não perder!
Jacob Whitesides
no Tivoli BBVA
O cantor e compositor norte-americano
Jacob Whitesides, detentor de um
sucesso estrondoso nas redes sociais,
traz a Portugal a digressão europeia
“Lovesick Tour”, agendada para dia 5 de
fevereiro no Teatro Tivoli BBVA.
Dono de um talento inegável, de um
espírito empreendedor e protagonista
de um diálogo genuíno com os seus
fãs, Jacob Whitesides é hoje um talento
independente cujos concertos pelo
mundo têm esgotado, alguns em apenas
minutos. Do que está à espera?
A DESTACAR
BOX NOVA NO CCB COM DOIS
NOVOS ESPETÁCULOS O CCB
recebe a 13 e 14 de janeiro o
coreógrafo e intérprete Davi
Pontes, que apresenta “Sem
Título”, um trabalho a solo
que parte de uma pesquisa
que explora a emergência de
movimentos a partir de um corpo
em risco a sua presença e a sua
violência. Já a 10 e 11 de fevereiro
é a vez de “Point of you” com
Ricardo Machado e Anna Réti, um
jogo entre dois performers e a
sua audiência. Dois espetáculos
multifacetados incluídos na
programação Box Nova.
PUBLICIDADE
‘Her’ é o novo álbum
de Rita Redshoes
A CANTORA VAI APRESENTAR O NOVO ÁLBUM
A 22 DE FEVEREIRO NA CASA DA MÚSICA
NO PORTO, E NO DIA SEGUINTE, NO TEATRO
TIVOLI BBVA, EM LISBOA
O novo registo discográfico, “Her”, contou
com a produção de Victor Van Vugt, produtor
do seminal disco de Nick Cave, “Murder
Ballads” e do disco de Beth Orton, “Trailer
Park”, vencedor do prestigiado Mercury Prize.
O produtor australiano já trabalhou também
com artistas tão diversos como P.J.Harvey,
Depeche Mode, The Fall, Billy Bragg ou
Einsturzende Neubauten, entre outros.
Para além de ser o álbum em que a artista
mais instrumentos tocou (piano, omnichord,
teclados e guitarra acústica) é também o
trabalho em que Rita Redshoes escreve e
interpreta, pela primeira vez a solo, três temas
em português, um dos quais em co-autoria
com Pedro da Silva Martins.
Rita Redshoes iniciou o seu percurso como
baterista num grupo de teatro de escola,
passou por inúmeros projetos musicais como
autora e intérprete. Tem também colaborado
em inúmeras bandas sonoras premiadas para
teatro e cinema tendo, inclusivamente, discos
editados nesta área. Se ainda não a viu ao
vivo, escolha o local e compre já o seu bilhete.
VEM AÍ O CARNAVAL E UM DOS LOCAIS MAIS EMBLEMÁTICOS DESTA ÉPOCA DO ANO ESPERA POR SI. A BRINCADEIRA INVADE TORRES VEDRAS
PARA MAIS UMA EDIÇÃO DO GRANDIOSO CARNAVAL EM 2017! VISTA-SE A RIGOR E JUNTE-SE À FESTA!
NUNO FONTINHA
vai encher o
Coliseu Porto
Atualmente formado
por seis elementos,
Os Quatro e Meia
procuram de uma
forma descontraída e
bem-disposta conferir
novas sonoridades e
olhares sobre a música
portuguesa. Integrados
na digressão “P’ra
frente é que é Lisboa”,
expressão que dá nome
ao single da avanço
do projeto, a banda
vai dar dois concertos:
a 28 no Auditório do
Conservatório de Música
de Coimbra e a 25 de
fevereiro no Centro
Cultural Olga Cadaval.
BREVEMENTE
COMING SOON
6 - 15 ABRIL APRIL 2017
10
The
Temper
Trap
de visita
a Portugal
A BANDA AUSTRALIANA
VAI ATUAR A 14 DE FEVEREIRO
NO CCB EM LISBOA E NO
DIA SEGUINTE NO HARD CLUB,
PORTO
CONCERTO / MÚSICA
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
‘Há Sempre uma
História’ com António
Manuel Ribeiro
Ivan Pedreira apresenta
‘FuzaMiura’
“FuzaMiura” é o nome do primeiro álbum de Ivan
Pedreira, com sonoridades pop-rock, e vai ser
apresentado a 11 de fevereiro, no Teatro Municipal
D. João V, na Damaia.
O nome FuzaMiura surgiu da origem deste projeto,
da dualidade masculino/ feminino existente em
todos os relacionamentos e no interior de todos
nós: Fuza, (fusa) representa a sensibilidade,
delicadeza e fragilidade do lado feminino; Miura,
(touro bravo) a força, robustez e determinação do
lado masculino.
Rui Veloso por
Rogério Charraz
Rogério Charraz apresenta "Chico Fininho",
uma celebração dos 35 anos de carreira
de um dos músicos mais consensuais
e admirados da música portuguesa. O
palco do Cineteatro Municipal D. João V
vai receber, a 21 de janeiro, um desfile de
canções que marcaram várias gerações
de portugueses, entre os quais os cinco
magníficos músicos que prestam este
tributo, onde não faltam algumas das
pérolas menos divulgadas pelas rádios.
DIVIRTA-SE
NO CARNAVAL
DE TORRES
VEDRAS
A brincadeira invade a
Cidade de Torres Vedras
de 25 a 28 de fevereiro
para mais uma edição
do Grandioso Carnaval
de Torres Vedras em
2017. “Brinquedos e
Brincadeiras” é o tema
oficial e melhor não
poderia condizer com
o espírito dos foliões!
Aproveite da melhor
forma esta época em
família.
HÁ FADO NO CAIS
COM TERESA
SIQUEIRA
Dia 3 de fevereiro o CCB
acolhe mais uma sessão
de Há Fado no Cais,
desta vez com Teresa
Siqueira, “fadista por
destino e convicção”.
Teresa Siqueira cantou
em palcos como o
Coliseu dos Recreios,
Europália, em Macau
ou na Festa do Fado
e, paralelamente,
transmitiu aos filhos
Carminho, Francisco
e Rodrigo Rebelo de
Andrade, o mesmo amor
pelo Fado.
ANTÓNIO PINTO BASTO EM
CONCERTO Após gravar, em 1988,
o sucesso “Rosa Branca”, um
fado escrito
pelo seu
avô João,
cujas vendas
atingiram
o disco de
platina e
renderam
cerca de 120
espetáculos
em apenas
um ano, António Pinto Basto
tem-se dedicado exclusivamente
ao fado. A 20 de janeiro, vamos
poder vê-lo ou revê-lo no
Cineteatro Municipal D. João V.
PUBLICIDADE
THE TEMPER TRAP , a banda de Melbourne lidera-
da por Dougy Mandagi, vai passar por Portugal para
dois concertos em nome próprio a meio de fevereiro. O grupo atua dia 14 de fevereiro no CCB, em
Lisboa, e dia 15 de no Hard Club, no Porto. Os The
Temper Trap, que nasceram em 2005, são conhecidos pelo seu som atmosférico, com
guitarras e um grande conjunto de ritmos pulsantes. Na bagagem trazem
o mais recente longa duração “Thick
as Thieves”, editado no passado mês
de junho. A música dos The Temper
Trap tem influência principalmente de
artistas como U2, Radiohead, Massive
Attack e Prince. A banda chegou ao seu nome a partir da combinação da música favorita dos membros, ‘The Lady Is A Tramp”, com
o seu filme favorito “The Parent Trap”.
A banda, que atraiu a atenção da indústria
e dos fãs graças a temas de sucesso como “Sweet Disposition”, “Fader” ou “Love
Lost”, conta hoje com mais de um milhão
de álbuns vendidos, mais de 150 milhões
de streams no Spotify, e uma longa lista
de prémios e nomeações.
António Manuel Ribeiro apresenta-se num
espectáculo em que a voz e a guitarra
acústica recriam o universo original de um
lote de canções muito queridas. Na noite
do dia 27 de janeiro, no palco do Cineteatro
D. João V, na Damaia, canções de sempre e
canções esquecidas regressarão ao formato
de onde um dia partiram: o cantor e o
contador de histórias na intimidade.
A DESTACAR
ADRIANA
CALCANHOTTO
NA CASA DA
MÚSICA
A Casa da Música
recebe, a 5 de fevereiro,
o espetáculo “Das
Rosas”, de Adriana
Calcanhotto. Apresentado
originalmente em
Dezembro de 2015,
na Biblioteca Joanina,
este espectáculo de
homenagem à língua
portuguesa foi criado
pela cantora para o
encerramento das
Comemorações do
725º Aniversário da
Universidade de Coimbra.
Com a participação
especial do guitarrista
Arthur Nestrovski, Adriana
Calcanhotto viaja pela
poesia e pela música de
Portugal e do Brasil, num
alinhamento composto
por “estilos e tempos
diferentes”.
Orquestra Sinfónica
Portuguesa toca
Tinoco, Cherubini
e Mendelssohn
Sob a direção de Pedro Neves, a Orquestra
Sinfónica Portuguesa apresenta a 19 de
fevereiro, no CCB, “Cherubini, Tinoco e
Mendelssohn”. Um destaque para a estreia
mundial do “Concerto para Violoncelo e
Orquestra” do Compositor Residente no
Teatro Nacional de São Carlos, o português
Luís Tinoco. Para além desta obra escrita
propositadamente para o violoncelista
Filipe Quaresma, a OSP traz-nos ainda
a Abertura da ópera cómica de Luigi
Cherubini, “L‘hôtellerie portugaise”. Já do
compositor, pianista e maestro alemão
Mendelssohn vamos poder ouvir a “Sinfonia
n.º 3 em lá menor, op. 56”. Um concerto
com três momentos muito distintos que,
certamente, não vai querer perder.
CONCERTO / MÚSICA / CLÁSSICA
Brad
Mehldau
Trio
com dois concertos
em fevereiro
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
Concertos
comentados
para crianças
A Fábrica das Artes associou-se à
Orquestra Sinfónica Portuguesa para dois
concertos comentados, destinados aos
mais novos. Dirigidos pelos maestros
Pedro Neves e Alain Buribayev, nos meses
de fevereiro e maio vamos descobrir
dois gigantes da música clássica: Felix
Mendelssohn e Piotr Ilitch Tchaikovsky.
O primeiro concerto, dedicado à sinfonia
“Escócia” acontece já no dia 20 de
fevereiro no CCB. Marque antes
que esgote.
O VIRTUOSO MÚSICO FAZ-SE
ACOMPANHAR DOS AMIGOS DE
LONGA DATA JEFF BALLARD E LARRY
GRENODIER PARA DOIS CONCERTOS
IMPERDÍVEIS: 24 DE FEVEREIRO
NO CCB E 25 NA CASA DA MÚSICA
DE BRAD MEHLDAU já muito foi dito. Soberbo na sua formação
e técnica clássica, Mehldau é alguém que transforma o standard de jazz em fugas Bachianas, transforma êxitos de rock
nas mais brilhantes composições de jazz. Se, por um lado, a
sua mão esquerda é capaz dos mais intrínsecos arpeggios, por
outro lado, a sua mão direita executa complexos exercícios. Um
músico que tem dois cérebros. Brad Mehldau é, sem sombra
de dúvida, um dos mais consensuais nomes do jazz contemporâneo e um dos mais brilhantes compositores das últimas
décadas. Com 15 discos editados, Mehldau começou a tocar
piano aos seis anos de idade e mais tarde também se especializou em composição na famosa Berklee College of Music e na
New School for Jazz & Contemporary Music.
O regresso a Portugal em formato de trio com Jeff Ballard, baterista, e Larry Grenadier, baixista, acontece em Fevereiro de
2017 para dois concertos absolutamente imperdíveis no Centro
Cultural de Belém, a 24, e na Casa da Música a 25. Não perca a
oportunidade de os ver ao vivo!
“DE QUE SÃO FEITOS OS SONHOS?” UM ESPETÁCULO DE TEATRO QUE FOI CRIADO PARA UM PÚBLICO ENTRE OS 6 MESES E OS 2 ANOS, MAS QUE É UMA
EMANNUEL SCHMITT” NO AUDITÓRIO MUNICIPAL EUNICE MUÑOZ RUI SINEL DE CORDES COM “CORDES OUT” EM DIGRESSÃO PELO PAÍS NOS PRÓXIMOS
Especial Orquestra Metropolitana de Lisboa
12
A DESTACAR
ÓPERA CÓMICA EM VILA REAL
“Os dilemas dietéticos de uma
matrioska do meio” é uma
ópera do género buffa (cómica)
com autoria de António Durães
(encenação), Nuno Cortê-Real
(composição) e Mário João Alves
(libreto). É uma criação que apela
a uma interação com o público
mais jovem e integra no elenco
elementos de artistas locais de
teatro amador. Para ver a 28 de
janeiro no Teatro de Vila Real.
O que há ‘Para lá
de Schubert’?
A Orquestra Metropolitana de Lisboa coloca a questão
no dia 12 de fevereiro, no CCB. Quem não ouviu falar da
precocidade de Mozart, ou da surdez de Beethoven? E
as depravações de Schubert e a sua condição humilde
que o levaram a uma morte precoce?
E para lá das escassas dezenas de nomes que são
normalmente recordados? E para lá de Schubert?
O maestro Jonas Alber traz-nos a “Sinfonia N. 9” de
Schubert e apresenta-nos um ilustre desconhecido, o
sueco Franz Berwald, com a melhor das suas quatro
sinfonias, “A Singular”. Datada de 1845, distingue-se
por uma unidade estilística irrepreensível entre os três
andamentos, uma orquestração transparente, uma
ousadia formal que prenuncia os grandes sinfonistas
de finais do século XIX.
‘LA SERVA
PADRONA’ NO
MUSEU DE
ARTE ANTIGA
Ópera no Teatro mostra
jovens cantores
O Ateliê de Ópera da Metropolitana dedica a sua 4.ª
edição a “La Clemenza di Tito”, a ópera séria que
Mozart compôs nos últimos meses de vida. Jovens
cantores em início de carreira lançam-se uma vez
mais à frente de uma orquestra profissional, desta vez
para interpretar os seis papéis de um libreto que se
desenrola em torno da figura do imperador romano
Tito, numa trama palaciana que culmina, precisamente,
com a sua glorificação. A “Ópera no Teatro” vai
acontecer nos dias 24 e 26 de fevereiro no Teatro
Thalia, em Lisboa.
QUANTAS
VEZES SE
REINVENTA A
MÚSICA?
A Orquestra
Metropolitana de
Lisboa, sob direção do
maestro Pedro Neves,
apresenta “Le Bourgeois
Gentilhomme”, música
de Jean-Batiste Lully
para o espetáculo que
a trupe de Molière
apresentou à frente da
corte do rei Luís XIV
em 1670, e que a dado
instante, em registo
de sátira, reproduz
grotescamente uma
marcha turca que
troçava de um episódio
relacionado com um
embaixador daquele
país. Seguem-se Strauss,
sob o mesmo enredo e
“Paraphrase”, de Pedro
Amaral. 4 de fevereiro no
Teatro Thalia, em Lisboa.
O Museu Nacional de
Arte Antiga recebe a
temporada barroca da
Orquestra Metroplitana
de Lisboa já a 18 de
fevereiro com a ópera
comédia “La Serva
Padrona”. Esta é uma das
óperas cómicas mais
celebradas nos palcos
líricos de todo o mundo.
Neste concerto, a função
de prelúdio é cumprida
por um dos concertos
grossos Op. 6 de
Händel, que, por sinal,
foram compostos para
preencher os intervalos
das suas oratórias.
VENHA VER
E OUVIR UMA
ORQUESTRA
POR DENTRO
Dia 5 de fevereiro, no
Teatro Thalia, aceite o
desafio da Orquestra
Metropolitana. Nesta
experiência, o espetador
senta-se no interior da
orquestra e, ao longo
de uma hora, tem a
experiência de “ouvir
uma orquestra por
dentro”, de frente para
a plateia e partilhando,
por uma vez, a escuta,
o tipo de atenção e
o campo visual do
próprio intérprete. É o
“Dia Seguinte IV”. A não
perder!
ANNA BOLENA REGRESSA AO
SÃO CARLOS Trinta e dois anos
depois de ter sido cantada pela
última vez em São Carlos, “Anna
Bolena”, a ópera de Donizetti, traz
consigo também o regresso de
Graham Vick, numa encenação
estreada no Teatro de Verona em
2007. A ópera, que estreou em
Milão em 1830, e foi a primeira
do ciclo das “Três Rainhas de
Donizetti” (a par de Maria Stuarda
e Roberto Devereux) vai regressar
em fevereiro ao Teatro de São
Carlos, de 4 a 14 de fevereiro.
VENHA AO CCB QUINTAS, ÀS
SETE! Às quintas, a música
acontece no CCB. Para 19 de
janeiro, a programação é com
Mafalda Santos ao violoncelo
e Alexei Eremine no piano. A
2 de fevereiro, os Dryads Duo,
com Carla Santos e Saul Picado,
interpretam três obras para
violino e piano: a “Sonata Op. 105”
de Schumann, os “Três Mitos Op.
30” de Szymanowski e a “Sonata
Op. 82”, de Elgar. A 16 de fevereiro,
João Miguel Silva no oboé, Vasco
Dantas Rocha no piano e Luís
Duarte Moreira na trompa.
VIAGEM COM BILHETE PARA TODAS AS IDADES. 5 DE FEVEREIRO NO CC OLGA CADAVAL CONTINUA EM CENA NO MÊS DE JANEIRO “ANNE FRANK DE ERIC
MESES AS NOITES ACÚSTICAS REGRESSAM AO AUDITÓRIO MUNICIPAL DE LOUSADA, ENTRE JANEIRO E JUNHO, COM MAIS SEIS CONCERTOS IMPERDÍVEIS.
14
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
ARTISTA DO MÊS
NEM O F.M.I.
ACABOU
COM
OS GNR
O meu
MP3
CAN
Vitamine C
P.J. HARVEY
The Orange
Monkey
SAMUEL ÚRIA
Aeromoço
BARRY WAUGH
Money Poem
RITA REDSHOES
Take me to the
Moon
JAMES BLAKE
Choose Me
MARK KOZELEK
X.mas Time is
Here
CAPITÃO FAUSTO
Alvalade Chama
por Mim
RODRIGO
AMARANTE
Narcos Theme
Já tocaram com crianças, com a Guarda Nacional Republicana
e com muitos músicos de excelência. No próximo dia 9
de fevereiro no Casino Estoril, e dia 11 no Coliseu Porto,
voltam a chamar ao palco Isabel Silvestre, Javier Andreu e
Rita Redshoes para uma visita única ao baú das memórias. É
numa noite de festa e na companhia dos amigos que os GNR
encerrarão as celebrações dos 35 anos de carreira.
TEXTO Sofia Canelas de Castro
PARA O ENCERRAMENTO desta celebração, “havia o compromisso de nos
voltarmos todos a juntar”: o vocalista
dos GNR não se refere aos elementos
da banda mas sim aos convidados especiais, Isabel Silvestre, Javier Andreu
e Rita Redshoes, que se juntam no
espetáculo de encerramento da Tour
dos 35 anos.
“Vai ser especial, seguramente; a
nossa última vez no Casino foi surpreendentemente quente”, recorda
Rui Reininho, que espera que o público se levante das mesas e cadeiras do
salão Preto & Prata para dançar ao som
de ‘Vídeo Maria’. “Espero mesmo que
também seja um concerto dançante...
mas não será um espetáculo indecente, nem pornográfico, apesar de se dirigir a outra geração”, brinca o vocalista
a propósito dos clientes habituais do
Casino. A música, essa é transversal a
todas as gerações. Hoje, são os graúdos, quarentões, aos pulos na plateia,
a recordar momentos da década de oitenta, a par de miúdos, teenagers, que
também já sabem muitos temas de cor.
O Grupo Novo Rock, a banda GNR,
começou em 1981, no Porto, com Tóli
César Machado, Vítor Rua e Alexandre
Soares, que deu voz ao hit ‘Portugal na
CEE’, um daqueles temas que ficaram
no ouvido para sempre. Só um ano depois entraria em cena Rui Reininho, a
substituir Alexandre Soares como vocalista da banda e nada voltaria a ser
como dantes.
O que menos gente sabe é que o
icónico vocalista da banda portuense
só entrou para os quadros dos GNR
depois de os ter entrevistado para um
jornal local. “Era um pasquim muito simpático (de que não se recorda o
nome), com sede na Ribeira, e que me
dava a liberdade para entrevistar quem
queria. E lá fui”, lembra o vocalista.
Não lhe passaria pela cabeça integrar a
banda mas o convite surgiu. Reininho
já tinha passado por outros grupos e
conhecia os GNR, que também o conheciam a ele. “Já me tinham espreitado nos ensaios. Ainda comecei pela
guitarra mas eu tocava muito mal e
resolveram apostar na minha voz melodiosa”, ironiza.
Este e outros episódios estão retratados na recente biografia dos GNR, onde
se contam tantas e tantas estórias do
grupo que há mais de três décadas se
mantém coeso no trio principal – Rei-
ninho, Tóli César Machado e Jorge Romão. ‘Onde nem a beladona cresce’ recupera o refrão da música ‘Ao Soldado
Desconhecido’ e relembra o tom sempre provocatório dos GNR na flor de
grande toxicidade. E se Reininho gosta
de flores?! “Isto vai soar um bocadinho
mórbido, mas gosto sobretudo daquelas flores que se encontram nos cemitérios, como as violetas. As preferidas
da minha mãe, como aquela música da
Sara Montiel, ‘La Violetera’”, conta o
vocalista. “Um dia, eu e um grupo de
amigos até fomos buscar uma daquelas
coroas de flores de cemitério, com uma
faixa a dizer ‘Eterna Saudade’, para levar para o casamento de uns amigos.”
Os GNR são um caso sério de longevidade e de sucesso. Um cliché, talvez,
para reafirmar outro. Os GNR confundem-se com o rock português. Por isso,
para recordar uma carreira tão recheada, a banda decidiu chamar ao palco
três amigos de longa data. Nas palavras
do líder da banda, Isabel Silvestre não
podia faltar por ser “a fada madrinha” –
vai cantar, claro, a ‘Pronúncia do Norte’; Javier Andreu, o vocalista dos La
Frontera, “nuestro hermano”, traz ao
palco ‘Sangue Oculto’ e Rita Redshoes,
CONCERTO DE
ENCERRAMENTO
TOUR 35 ANOS GNR
9 FEVEREIRO 21H30
Casino Estoril
Salão Preto & Prata
PREÇO ENTRE
40€ e 75€
11 FEVEREIRO 22H
Coliseu Porto
PREÇO ENTRE
25€ e 60€
“a nossa mais nova”, canta ‘Dançar
Sós’, ela que tem a idade da banda. “E
permite que não dancemos sós”, sublinha Reininho.
Pelo meio, há surpresas. Umas mais
esperadas do que outras. O single ‘Arranca Corações’, mais recente, estará no
alinhamento e, “quem sabe, ainda haja
tempo para outros temas inéditos!?”
Três décadas e meia depois, uma
pergunta é inevitável: Então e nunca
pensaram acabar com tudo? “Pois houve anos difíceis e momentos em que às
vezes pensámos que teríamos de fazer
outras coisas”, admite Reininho. Por
exemplo em meados dos anos oitenta,
“na altura da primeira intervenção do
FMI (em 1984) esse foi um ano desastroso, com poucos espetáculos, poucas
vendas”. Mas os GNR sobreviveram – e
bem – e continuam de olhos postos no
futuro. “Os GNR nunca param. Nunca
estivemos mais de três meses sem fazer espetáculos”.
Aos 61 anos Rui Reininho acha normal chegar aos 73 a trabalhar em cima
de um palco como Mick Jagger. Mas
só isso – adverte – “Com essa idade
não me estou a ver a ser pai como ele.
Avô…talvez!”
16
TEMA DE CAPA
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
VER,
OUVIR E
AMAR
“ÀS VEZES O AMOR” É O ÚNICO FESTIVAL
DE MÚSICA FEITO PARA O AMOR, SOBRE O
AMOR, A PENSAR NO AMOR E NO DIA DO AMOR.
ESTÁ OU ESTEVE APAIXONADO? ENTÃO ESTAS
PÁGINAS SÃO PARA SI.
TEXTO Sofia Canelas de Castro
“ÀS VEZES O AMOR” é um festival
apaixonado que anualmente, em fevereiro, renova votos na agenda da
música nacional. Uma dúzia de espetáculos, noutras tantas cidades, promete arrepiar corações, esgotar salas
e celebrar o amor à boleia do dia dos
namorados. É no sábado, dia 11, e no
próprio dia de São Valentim, dia 14,
que muitas cidades vão ser, como se
canta em Coimbra, capitais do amor
em Portugal.
Já na terceira edição, o “Festival
Montepio – Às Vezes o Amor” volta a apostar na “excelência, diversidade e muito talento” da oferta para
assinalar esta data especial. Os artistas mais veteranos e mais recentes
tocam diferentes gerações e sonoridades que “vão desde o fado ao pop
rock numa mescla muito diversificada”. Mas o amor está sempre presente e “são os próprios artistas que
têm a preocupação de incluir no alinhamento destes espetáculos temas
ajustados ao Dia dos Namorados”, explica Luís Pardelha, diretor do festival. Afinal, “quase todos temos músicas que associamos a relações e a
paixões e aos momentos mais especiais das nossas vidas”, reforça. Este é
um evento 100 por cento português e
que junta várias gerações de bandas e
artistas mas também de público.
São duas datas, com muito para ver,
ouvir e amar.
FOTOGRAFIA: JORGE SIMÃO | MAQUILHAGEM: CARLA PINHO MAKE UP&HAIR COM GUERLAIN
18
TEMA DE CAPA
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
Viana do Castelo
Rui Veloso
Vila Nova de Gaia
Rita Guerra
Centro Cultural - 11 fev (22h00)
São músicas que fazem parte da
banda sonora de muitos amores e
desamores. ‘Não há estrelas no céu’,
‘Chico Fininho’, ‘Jura’ e ‘Porto Covo’,
entre tantos outros, compõem a
memória coletiva do rock português
e Rui Veloso promete incluí-los no
repertório que revisita esta noite
em Viana. Na plateia, o eco está
garantido. Como o próprio diz em
‘Paixão: ‘Não se ama alguém que não
ouve a mesma canção’.
Centro Cultural e Social do Olival
11 fev (22h00)
São já 30 anos de sucessos, muitos
fãs e seguidores nas redes sociais –
no Facebook, são mais de 500 mil –
e uma grande dose de paixão a cada
nova música. O amor dá o mote para
mais este espetáculo no qual a voz
da cantora faz metade do ‘serviço’.
Tempo para revisitar êxitos de carreira
e do seu mais recente disco ‘No Meu
Canto – O melhor de Rita Guerra’.
Porto
Amor Electro
Leiria
André Sardet
Teatro José Lúcio da Silva
14 fev (22h00)
Protejam-se os apaixonados em
Leiria que André Sardet promete
‘arrasar’ com todo o seu charme
e o poder de sedução das suas
canções. Afinal, não é à toa que
os singles ‘O Azul do Céu’ e ‘Foi
Feitiço’ permaneceram por 55
semanas no top de vendas nacional,
ultrapassando as 150 mil cópias
vendidas – o que lhe valeu chegar à
marca de sete platinas. Vem aí um
espetáculo cheio de romantismo.
Castelo Branco
Aurea
Cine-Teatro Avenida - 11 fev (22h00)
‘Restart’, álbum de 2016, pode
também expressar, em português, o
‘recomeço’ da esperança a cada novo
amor. Com Aurea, o São Valentim
em Castelo Branco faz-se no embalo
do jazz, do soul, do rock e da pop.
Uma mescla de estilos, ao estilo da
artista que canta descalça, com as
emoções à flor da pele e com uma
voz envolvente que promete aquecer
os corações apaixonados.
REINVENÇÃO
DE UM BEIJO
Lagoa
Paulo Gonzo
Centro de Congressos do Arede
14 fev (22h00)
Falar de Dia dos Namorados sem
nomear algumas das mais famosas
músicas de Paulo seria deixar o
tema incompleto. Canções como
‘Dei-te quase tudo e ‘Sei te de cor’
são sabidos de cor por fãs de todas
as idades e é certo que vão fazer-se
ouvir bem alto entre a plateia.
Nesta edição celebramos o amor. Com tantos
espetáculos sobre este tema quisemos encontrar
uma forma de o representar numa só imagem.
Procurámos em diversas formas de arte mas foi na
fotografia que encontrámos algo especial. Paramos na
icónica imagem de Robert Doisneau “O Beijo do Hotel
de Ville”, tirada em 1950 em Paris e encontrámos
inspiração.
Decidimos recriar essa fotografia. Então surgiunos um dilema: no meio de tantos e tão bons
artistas como escolher o par ideal? Foi aí que nos
apercebemos que o melhor era ouvirmos o coração. E
tornar a câmara uma testemunha do amor. Chegámos
assim à Mariza Liz e ao Tiago Pais Dias, a vocalista
e o multi-instrumentista do Amor Electro, pois para
além de partilharem o gosto pela música e a banda,
partilham também a vida. É amor!
Porque o amor em português tem um outro encanto,
foi também por isso que para esta produção
convidámos um dos fotógrafos retratistas mais
conceituados de Portugal, o Jorge Simão. A toda a
equipa que esteve presente, o nosso muito obrigado.
Tal como diz a letra dos Amor Electro, que foi hino
da RTP no Europeu deste ano, “juntos somos mais
fortes!” R.S.
Download
da fotografia
A história de uma imagem
Assim que chegaram à perfumaria Marionnaud
nos Restauradores para serem maquilhados,
sentiu-se logo um ambiente especial. Com
olhos enormes e um sorriso de menina, Mariza
Liz conquistou de imediato os presentes. Vinha
ao telefone, mas apressou-se a desligar para
distribuir sorrisos e beijos por toda a equipa. O
Tiago ia dizendo umas piadas para a delícia dos
presentes. Estava confirmado, íamos conseguir
fazer algo mágico.
Foi no dia 28 de dezembro a meio da tarde que
nos juntámos à vocalista dos Amor Electro e ao
seu multi-instrumentista para esta produção
muito especial, a reinvenção de um beijo.
O dia estava frio e o sol já se queria despedir de
nós quando nos dirigimos para a praça D. Pedro
IV. Ficámos preocupados com a luz, mas de
imediato essa mesma luz tornou-se especial, a
tarde tornou-se quente, o amor tinha chegado.
O casal aqueceu-nos a alma com a troca de
olhares e beijos. A letra da música ganhou vida,
foram a voz que acende o amor. Foi mágico
poder testemunhar a paixão do casal, em cada
olhar faziam-se juras de amor. Aos olhos de
todos os presentes e dos curiosos que iam
passando no Rossio, Mariza passava a imagem
de uma mulher forte, com um olhar penetrante
e uma beleza digna dos filmes clássicos de
Hollywood, mas quando o Tiago a olhava essa
imagem caía por terra, dava lugar a uma mulher
apaixonada que se perdia no amor que os dois
construíram.
Como diz a letra, “só é fogo se queimar”, mas
neste dia só era fogo se fosse amor, e é. R.S.
FOTOGRAFIA: JORGE SIMÃO | MAQUILHAGEM: CARLA PINHO MAKE UP&HAIR COM GUERLAIN
Teatro Aveirense - 11 fev (22h00)
Impossível ficar indiferente às
atuações ímpares de Jorge Palma.
O tom descontraído, intimista e
informal cola-se-lhe às canções
que embalam já mais de 40 anos
de carreira e lhe valeram dois
Globos de Ouro na categoria de
Melhor Intérprete. Pelo seu último
disco, ‘Com Todo o Respeito’, Jorge
Palma foi ainda galardoado pela
SPA. Vicente Palma e Gabriel Gomes
(ex-Madredeus e Sétima Legião)
acompanham-no no seu formato
acústico.
FOTOGRAFIAS: PRODUTORES ASSOCIADOS
Aveiro
Jorge Palma
Coliseu - 14 fev (22h00)
‘Juntos Somos mais Fortes’,
cantavam eles no hino da RTP para o
Euro 2016. Com este e outros temas,
os Amor Electro conquistaram o
coração dos portugueses com Marisa
Liz, imparável, na dianteira da banda
que, desde 2011, tem vindo a somar
êxitos e a afirmar-se como um dos
projetos mais bem-sucedidos da
cena musical portuguesa. Com eles,
o amor é elétrico.
20
CONCERTO / MÚSICA
21
Alceu Valença
ao vivo em Lisboa
e no Porto
Luciano dá ‘show’
na Tapada da Ajuda
Luciano é um artista único dedicado à música e
um intérprete cujo carisma é uma parte intrínseca
do seu apelo global. Luciano combina arte e
fama como nenhum outro DJ. Como resultado,
o humilde DJ suíço-chileno, produtor e chefe da
Cadenza Records é uma das maiores estrelas da
cena electrónica global. A tour Vagabundos levou
o seu nome aos 4 cantos do mundo, sendo o
colectivo de DJs da Cadeza, os mais requisitados e
sinónimo de sucesso.
Sábado 4 de fevereiro, vamos receber um dos
patrões da cena electrónica mundial, Luciano
após vários anos regressa a Lisboa, uma noite que
irá ficar na memória de todos nós, na Tapada da
Ajuda. A não perder!
O MÍTICO CANTOR BRASILEIRO VAI
PASSAR POR PORTUGAL PARA DOIS
CONCERTOS: A 21 E JANEIRO NO TEATRO
TIVOLI BBVA E A 24 NA CASA DA MÚSICA
ALCEU VALENÇA , artista brasileiro de referência com mais de cinco
milhões de discos vendidos e espetáculos esgotados por todo o
mundo está de regresso a Portugal.
Em “VIVO! REVIVO!, Alceu revisita as músicas que integram três dos
seus discos de referência editados nos anos 70 (“Molhado de Suor”
de 1974, “Vivo” de 1976 e “Espelho Cristalino” de 1977), que integram
temas de intervenção que ainda hoje mantêm um vigoroso caráter
transgressor e visionário.
Alceu Valença faz-se acompanhar de Paulo Rafael nas guitarras,
Cássio Cunha na bateria, Fernando Barreto no baixo, Leonardo na
viola e César Michiles na flauta.
Thug Unicorn
no Time Out Market
A Thug Unicorn nasceu há cerca de 4 anos, quando
quatro amigas se juntaram e resolveram criar uma
festa com página humorística no Facebook como
uma sátira ao machismo e homofobia no Rap e
Hip-Hop, coincidindo com o boom de artistas
mais subversivos como Mykki Blanco, Le1f ou
Zebra Katz. O Hip-Hop enquanto género e cultura
tem-se reinventado graças a artistas como eles
que quebram tabus, acolhendo um público cada
vez mais diversificado e criando um espaço seguro
dentro dessa cultura para o público queer. Um
espetáculo a não perder, no próxima dia 28 de
janeiro, no Time Out Market.
Bon Vivant
ao vivo
VÃO SER TRÊS AS SESSÕES AO VIVO COM O BON
VIVANT CARLOS COUTINHO VILHENA. APONTE AS
DATAS: 16 E 17 NO TEATRO DO BAIRRO, LISBOA,
E 20 NO SÁ DA BANDEIRA, PORTO
Carlos Coutinho Vilhena apresenta-se como o único
elemento do coletivo Red Light Comedy com 3
nomes. Não devia ser preciso dizer mais para lhe
aplicar o rótulo de “menino bem” dos Red Light
Comedy e dizer que integra o grupo com o propósito
específico de endereçar ao público que trata os
familiares, amigos e animais de estimação por você.
Mas há mais a dizer sobre o Bon Vivant do grupo:
ele também é gago. Mas não um daqueles gagos
que cantam para disfarçar a situação; este declama
textos humorísticos. Não fosse o facto de ter mesmo
piada, este seria por si só um bom motivo para o vir
ver ao vivo. Aproveite, porque vão ser só três sessões
ao vivo de Bon Vivant, da Internet para a Sic Radical,
daqui para o público: 16 e 17 no Teatro do Bairro,
Lisboa, e 20 no Sá da Bandeira, Porto. E a 17, o
espetáculo vai ser gravado, para mais tarde recordar
o quanto se riu nessa noite.
TEATRO
O regresso das
quarentonas mais
divertidas do país
Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano e Maria
Henrique regressam aos palcos de 2 a 26 de
fevereiro para mais uma temporada de “40 e
então?”, no Teatro Villaret.
Aos 40 anos, as mulheres já não são como eram.
A vida mudou e elas também. Como é que vêm
o amor? O sexo? A solidão?, Envelhecimento?
Ou até a forma como lidam com os filhos? São
muitas perguntas para uma única resposta: com
muita garra, determinação e um imenso sentido
de humor. Três excelentes atrizes vestem a pele
de diferentes mulheres que chegaram aos 40
anos e estão dispostas a tudo.
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
A DESTACAR
PANGEIA, OS IRMÃOS GRIMM
NO CCB De 21 a 22 de janeiro, o
CCB recebe
“Pangeia”,
uma viagem
sonora e
visual pelo
universo
dos irmãos
Grimm
em que o
palco se
transforma
num museu imaginário de
objetos curiosos, através de sons
escutados com auscultadores.
Este é um espetáculo para o
público juvenil que reúne em
palco várias linguagens como
o teatro, a dança e as artes
visuais, recuperando a ideia
dos Gabinetes de Curiosidades
criados no século XVI, que
reuniam objetos raros e
artefactos da biologia, e são
considerados percursores dos
museus de arte.
PUBLICIDADE
CORVOS
REGRESSAM 18
ANOS DEPOIS
Começaram como
Corvos em 1998.
Assinalaram a sua
carreira discográfica
com o lançamento do
álbum “CORVOS VISITAM
XUTOS” em 1999.
Depois de um longo
percurso e muitas
provas dadas quanto à
versatilidade, dinamismo
e profissionalismo do
grupo, Corvos viajam
no tempo - à luz da
contemporaneidade
e formação musical
atual - para revistar
Xutos & Pontapés e
comemorarem 18
anos de carreira, a 4
de fevereiro no Centro
Cultural Olga Cadaval.
ÂNGELO
FREIRE
NO CCB
O fadista, figura
proeminente no circuito
do fado, revela-se agora
ao grande público,
em nome próprio,
com um concerto no
Grande Auditório do
Centro Cultural de
Belém, em Lisboa,
dia 15 de Fevereiro.
Um espectáculo de
celebração, que contará
também com alguns
convidados especiais,
Carlos do Carmo é o
primeiro nome divulgado.
Nesta noite, Ângelo
assume em palco o
papel central.
“O FILHO DA TRETA” RUMA AO TEATRO AVEIRENSE A 28 DE JANEIRO. OPORTUNIDADE PARA VER OU REVER JOSÉ PEDRO GOMES E ANTÓNIO MACHADO
NO PAPEL HILARIANTE DE ZEZÉ E JÚNIORSE ESTÁ A NORTE, NÃO PERCA “NÃO QUERO MORRER”, EM CENA DIA 3 DE FEVEREIRO NO TEATRO DE VILA REAL
10 A 13 DE AGOSTO
2017
ESTAMOS
DE REGRESSO
FÃ PACK FNAC, EDIÇÃO ESPECIAL NATAL, JÁ À VENDA!
+ 30 ARTISTAS 11 HORAS DE MÚSICA 3 PALCOS
PRAÇA SURF E CULTURA URBANA
22
TEATRO
TICKETLINE MAGAZINE JANEIRO 2017
Patriarcado de Lisboa
celebra 300 anos
CRÓNICA
PARA COMEMORAR, O PATRIARCADO DE LISBOA
PREPAROU O MUSICAL ‘PARTIMOS. VAMOS. SOMOS’
PARA VER NO TEATRO TIVOLI BBVA DE 12 A 15 DE
JANEIRO
Tendo como ponto de partida a cidade de Lisboa
e os valores da mesma como cidade-missão, o
Patriarcado de Lisboa traz à cena um musical que
comemora os 300 anos da instituição. O espetáculo,
intitulado “Partimos. Vamos. Somos” vai estar em
cena de 12 a 15 de janeiro no Teatro Tivoli BBVA.
Com encenação de Matilde Trocado, autora de
musicais como “Woytyla” ou “Godspell”, e texto do
P. Hugo Gonçalves, este é o musical dos 300 anos
do Patriarcado de Lisboa, uma cidade que cruzou
mares e terra e construiu uma identidade que
nunca deixou de assumir: a de ser uma porta para o
mundo, a de ser uma Cidade-Missão.
O Sonho de
uma Noite
de Verão
em musical
“O SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO”,
UMA DAS OBRAS MAIS CONHECIDAS DE
WILLIAM SHAKESPEARE, MARCA A ESTREIA
DA LISBON FILM ORCHESTRA NA CRIAÇÃO
E INTERPRETAÇÃO DE UM MUSICAL.
O ENSAIO ACABOU e Sissi Martins sente-se só e desamada. Pelo
poder da misteriosa magia do sonho, vê-se transformada em Helena
e envolvida na tentativa do Demétrio de impedir o casamento entre
a Hérmia e o Lisandro. Entretanto, noutra parte da floresta, reinam
os ciúmes entre o Oberon e a Titânia. O Puck é chamado a intervir...
e instala-se a confusão…
“O Sonho de uma Noite de Verão”, uma das obras mais conhecidas
de William Shakespeare, marca a estreia da Lisbon Film Orchestra
na criação e interpretação de um musical, para ver a partir de 9 de
fevereiro no Teatro Tivoli BBVA.
Duendes, fadas, espíritos, apaixonados e actores, todos juntos para
proporcionar um serão de sonho e de magia. O espetáculo é uma
divertida adaptação musical de uma das mais conhecidas peças
de Shakespeare, com um elenco de luxo: José Raposo, Rita Ribeiro,
FF, Teresa Macedo, Pedro Luzindro, Miguel Raposo, Sissi Martins e
Ruben Madureira são os principais protagonistas desta novíssima
criação da LFO, que dá ainda a conhecer mais sete jovens talentos
(Bruno Soares Nogueira, Gonçalo Martins, Maria Inês Cabral, Matilde
Romão, Maria Inês Teles, Margarida Martins e Guilherme Rocha).
O PROBLEMA
DAS ‘SOGRAS’
EM COMÉDIA
ROMÂNTICA
“Até que a Sogra nos
Separe” é uma comédia
romântica do brasileiro
Anderson Oliveira e
que agora tem estreia
absoluta em Portugal,
durante o mês de
janeiro no Teatro Sá
da Bandeira. A peça
promete momentos
hilariantes recheados de
gargalhadas, fala sobre
as crises, diferenças,
confusões familiares,
amor de mãe e desamor
de sogra. Uma proposta
para ver a dois, ou a
três, se quiser levar
a sua sogra. Sextas e
sábados às 21h30, e aos
domingos, às 16h30.
Teatro Praga regressa
com ‘Despertar da
Primavera’
‘DESPERTAR DA PRIMAVERA, UMA TRAGÉDIA DE
JUVENTUDE’ MARCA O REGRESSO DO TEATRO
PRAGA COM UM CLÁSSICO DA LITERATURA. PARA
VER DE 24 A 27 DE FEVEREIRO NO CCB
A convite do Centro Cultural de Belém, o Teatro
Praga regressa com um clássico da literatura
dramática para inscrever, num texto e teatro
canónico, o lugar dos que não estão incluídos no
sistema representativo.
“Despertar da primavera, uma tragédia de
juventude” é uma peça escrita em 1891 por Frank
Wedekind sobre um grupo de adolescentes em
conflito com uma sociedade conservadora e
moralista. A crueldade e o amor entre pares, a
intolerância geracional e o suicídio são alguns dos
motivos queridos pela tradição interpretativa deste
texto.
A peça, com tradução de José Maria Vieira Mendes
e um elenco de luxo, é uma coprodução do CCB,
Teatro Praga, Teatro Nacional São João e Teatro
Viriato, e pode ser vista de 24 a 27 de fevereiro, no
Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
O “REINO MÁGICO DA DANÇA” CHEGA AO CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL A 14 DE JANEIRO O CORPO TRANSFORMADO EM PAISAGEM SUBMETEÉ UM CIRCO CONTEMPORÂNEO QUE QUER QUEBRAR TABUS. NA MALAPOSTA A 27 DE JANEIRO “A LIGHT IN THE DARK” É UM BAILADO QUE RETRATA A
RUI SINEL DE
CORDES EM
DIGRESSÃO
“Cordes, Out!” é o
novo solo de stand-up
comedy de Rui Sinel de
Cordes, o quinto e último
em Portugal, antes de
levar o seu humor para
o Reino Unido, que vai
estar em digressão por
várias salas do país. O
espetáculo fala da vida,
dos sonhos, mas acima
de tudo da morte - ou
pelo menos do Inferno
que atravessamos
até lá chegar, com a
perícia humorística de
um especialista em
transformar tragédias
em gargalhadas. Afinal,
cada exibição de “Cordes,
Out!” será uma festa de
despedida e de festas
percebe ele.
O
Byfurcação traz
Alice
Oxford, Inglaterra, finais do século XIX.
É aqui que vai conhecer e viver “O Outro
Lado da História” de Alice, baseada em
factos reais. O Pavilhão 30 no Hospital
Júlio de Matos transforma-se num
Decanato na época vitoriana e num tétrico
hospício, onde todos podem entrar, mas
de onde poucos vão sair. A peça, em
cena em janeiro e fevereiro no Centro
Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, traz-nos
o conceito do teatro imersivo, onde o
público faz parte da história e é obrigado
a seguir as personagens, entrando na suas
vidas e até nos seus pensamentos. A ‘Terra
Sonâmbula’ de Mia
Couto no CCB
Em lugar onde a guerra tinha morto até
a estrada, um velho e um miúdo que
procura os seus pais seguem caminhando,
bamboleantes, como se tivesse sido esse
o seu único serviço desde que nasceram...
Assim começa “Terra Sonâmbula”, por
aqui seguirá o seu caminho, através da
transposição para o teatro desses traços
tão marcantes da essência, da forma
de comunicação, da singularidade e da
poética de Mia Couto. Para ver a 28 e 29
de janeiro, no CCB.
RUTE SOUSA
teatro é um sítio mágico, é
uma experiência incomparável. O ambiente que se
cria não se faz apenas dos intervenientes no palco, mas sim de cada
alma presente na sala, da primeira
à última fila.
Quando nos sentamos para assistir a um espetáculo, somos um
com cada ator, um com cada bailarino, um com cada figurino. A
dança entre as luzes, o som e o movimento no palco cria uma lança
que nos atravessa a alma e o pensamento. Somos nós e a arte.
O teatro quebra barreiras, a revista enquanto barómetro social
e político foi e é o maior exemplo
disso. Nos últimos anos, estiveram
em cena peças que retratavam a ditadura da imagem, a dependência
dos gadgets e tantos outros problemas sociais de uma forma absolutamente deliciosa; ligeira mas tão
real. O palco é um sítio maior, onde
a verdade é dita de forma séria,
mas muitas vezes a brincar.
Infelizmente em Portugal já
houve alturas em que os teatros
deixaram de ter tanta audiência e
é de aplaudir de pé os artistas que
não desistiram desta arte e reinventaram-se. As camadas mais jovens podem não se sentir atraídas
por Shakespeare, mas não perdem
um espetáculo de stand-up comedy. É mágico sentir uma sala inteira a rir, ver pessoas completamente desconcertadas a contorcerem-se na cadeira para tentar rir mais
baixinho.
Mas é preciso que as autarquias
percebam que investir nos seus
teatros é investir na cultura local
e nacional, é investir nas pessoas,
é investir no bem-estar dos cidadãos, é fazerem aquilo para que
foram eleitos, servir o povo.
A DESTACAR
LUÍS FRANCO-BASTOS OUVE
‘A VOZ DA RAZÃO’ O Centro
Cultura de Viana do Castelo
recebe a 4 de fevereiro “A Voz
da Razão”, Luís Franco-Bastos,
seguindo-se Portalegre a 18 no
Grande Auditório CAE. O novo
material a apresentar baseia-se
numa nova perspectiva sobre
o mundo, numa nova fase da
sua vida, agora que atingiu a
maturidade tanto pessoal como
artística. O comediante passou
por novas experiências, chegou
a novas conclusões e a sua
visão da política, do futebol,
da sociedade, da música ou
das relações entre homens e
mulheres, é mais complexa e
crítica. A esquizofrenia vocal
e as personagens que sempre
o caracterizaram continuam
presentes mas, através da voz
dos outros, Luís Franco-Bastos
exprime a sua própria.
A REVISTA NO CINETEATRO
D. JOÃO V O Cineteatro D. João
V, na Damaia, recebe a 28 de
janeiro a comédia de revista “E
por que não Emigras?”. A peça,
um original de Carlos Areias que
promete duas horas de riso,
junta o próprio, Patrícia Candoso,
Ana Ferreira, Paulo Patrício e
Rosa Soares.
CONSULTORA DE COMUNICAÇÃO
SE À AÇÃO DE UM POTENTE IMAGINÁRIO CLIMÁTICO E DEIXA-SE VIAJAR: “CLIMAS” CHEGA À CULTURGEST A 20 E 21 DE JANEIRO “BAIXOS E ALTOS”
ESPERANÇA DE ALCANÇAR ALGO, COMO O REALIZAR DE UM SONHO. A 3 DE FEVEREIRO NO CINE-TEATRO AVENIDA EM CASTELO BRANCO
24
BAILADO
25
Guns N’
Roses
reúnem-se
em Lisboa
iTMOi
em estreia
absoluta
com a CNB
O PASSEIO MARÍTIMO DE ALGÉS VAI SER PEQUENO
PARA TANTOS FÃS QUE QUEREM VER A MÍTICA
BANDA DE AXL ROSE OUTRA VEZ REUNIDA. É A 2
DE JUNHO E TEM TUDO PARA SER UM CONCERTO
HISTÓRICO
O TEATRO CAMÕES
RECEBE, A PARTIR DE 23
DE FEVEREIRO, “ITMOI”,
DE AKRAM KHAN. UM
ESPETÁCULO QUE JUNTA
AS SONORIDADES DE
STRAVINSKY A NITIN
SAWHNEY, JOCELYN POOK
E BEN FROST A REFLEXÕES
COREOGRAFADAS SOBRE
A CONDIÇÃO HUMANA
“ITMOI TEM UM IMPULSO FANTÁSTICO e emo-
ção. Às vezes é uma meditação sonhadora, outras uma regressão à essência animalesca”, escreveu o Times aquando da estreia do bailado.
Agora, e pela primeira vez em Portugal com a
Companhia Nacional do Bailado, será possível
admirar um espetáculo que reúne a música, a
dança e as reflexões sobre a condição humana.
“Neste trabalho, interessam-me as dinâmicas
com as quais Stravinsky transformou o mundo clássico da música evocando emoções
através de padrões, em vez de expressões,
e como esses padrões foram enraizados no
conceito de uma mulher dançar até à morte.
Esta abordagem é, para mim, uma inspiração
enorme. Mas, de certa forma, espero poder
investigá-la novamente não apenas através de
padrões, como Stravinsky o fez, mas também
através da exploração da condição humana.
Uma ruptura na mente, uma morte no corpo e
um nascimento na alma, tudo lembrando-nos
que a mente e a imaginação são selvagens e
auto-criativas. Adicionalmente, criar esta obra
com três compositores diferentes – Nitin
Sawhney, Jocelyn Pook e Ben Frost – permitiu-nos descobrir inúmeros e diversos sons,
usando Stravinsky como referência, o guia, o
mapa”, explicou o diretor artístico e coreógrafo Akram Khan. Culturas, géneros e eras diferentes, mesclados em quadros cativantes que
estimulam a imaginação. Não perca, no Teatro
Camões, a partir de 23 de fevereiro.
A digressão “Not In This Lifetime Tour” vendeu
mais de dois milhões de bilhetes em 2016,
tornando-se na mais bem-sucedida digressão de
rock do ano, provando sem margem para dúvidas
que a atitude, espírito e influência tanto dos Guns
N’ Roses, como do rock & roll estão mais fortes
do que nunca. A histórica “Not In This Lifetime
Tour” visitou 21 cidades norte-americanas (25
espetáculos) em menos de dois meses, terminou
esta primeira parte da digressão na América
do Norte no verão passado dedicando-se de
seguida à América do Sul, onde completou 15
datas completamente esgotadas, que incluíam
13 concertos em estádio. A 2 de junho, a banda
chega novamente a Portugal para um concerto
histórico com toda a banda: Axl Rose (voz e
piano), Duff McKagan (baixo), Slash (guitarra
principal), Dizzy Reed (teclas), Richard Fortus
(guitarra rítmica), Frank Ferrer (bateria) e Melissa
Reese (teclas).
Rain chega
finalmente a Portugal
CONSIDERADA UMA PEÇA SEMINAL NA CARREIRA
DE ANNE TERESA KEERSMAEKER, RAIN FOI A
PRIMEIRA PEÇA DA COREÓGRAFA BELGA A ENTRAR
PARA O REPERTÓRIO DO BALLET DE ÓPERA DE
PARIS E APRESENTA-SE PELA PRIMEIRA VEZ EM
PORTUGAL, A 22 E 23 DE FEVEREIRO, NO CCB.
Estreada em 2001 para a obra “Music for 18
Musicians” de Steve Reich, “Rain” é uma das
coreografias mais vibrantes de Anne Teresa
de Keersmaeker. Em muitos aspetos, “Rain” é
a continuação do trabalho coreográfico
desenvolvido, três anos antes, em “Drumming”.
As formas matemáticas, a repetição exaustiva,
a ocupação geométrica do espaço e a arte
de variação constante – características que
acabaram por se tornar assinatura da coreógrafa
– são levadas ao limite. Destaca-se uma
espécie de loucura de movimento, que passa
de corpo em corpo sem nunca se estabelecer
em alguém em particular. Coreografada ao ritmo
pulsante da música minimalista de Steve Reich,
os dez bailarinos rendem-se a uma energia
coletiva obsessiva que os liga uns aos outros.
E assim surge uma comunhão singular que
partilha a respiração, a velocidade, e a estranha
camaradagem que nasce para além dos limites da
exaustão. Para ver no CCB, a 22 e 23 de fevereiro.
CLARA
ANDERMATT EM
‘SUSPENSÃO’
A coreógrafa Clara
Andermatt junta-se
aos compositores
Jonas Runa e António
Sá-Dantas e apresenta
a 20 e 21 de janeiro
no CCB “Suspensão”:
uma performance, um
concerto, uma coreografia
musical. Neste projeto
é desenvolvido um
instrumento sensível à
luz, montado em vários
pontos do espaço; os
personagens modulam e
criam som (eletroacústico)
pelas sombras que
vão projetando. Em
“Suspensão” pretende-se
encontrar novas ligações,
novos modos de pensar o
movimento, novos sons,
novos modos de pensar
o conjunto como apenas
um elemento.
A não perder!
‘IN-SHELLSIDE’ EM
CASTELO
BRANCO
A Companhia de
Dança Contemporânea
de Évora, com
coreografia de Nélia
Pinheiro, apresenta a
21 de janeiro “In-ShellSide”, no Cine-Teatro
Avenida, em Castelo
Branco. O bailado é
apresentado ao público
como uma viagem de
cumplicidades e uma
passagem para outro
mundo psíquico. Através
dele, vamos sentir
a energia que pulsa
nos corpos e entre os
corpos, que é o que
nos liga ao universo e o
universo a nós.
MEO Marés Vivas de
regresso com Sting
Já estão marcadas as datas do
grande festival nortenho MEO
Marés Vivas, que este ano
regressa a Vila Nova de Gaia
de 14 a 16 de julho. A destacar,
e com o cartaz ainda em
programação, a presença
de Sting, no dia 16 de julho e
Bastille, a 14. Regressam também
os quatro palcos destinados aos
melhores projetos internacionais,
destacando os novos talentos nacionais e não
esquecendo a presença dos grandes artistas
portugueses de renome. Uma organização
profissional, concertos intensos, artistas em
êxtase, fãs rendidos e lotações esgotadas…
25.000 festivaleiros por dia são o selo de
qualidade que importa incutir para a edição de
2017. Não perca a oportunidade de fazer parte
desta festa e antecipe-se na compra do bilhete.
E AINDA...
Aerosmith dizem ‘AeroVederci Baby’ em Lisboa
Os Aerosmith, a mítica banda de rock americana,
traz a Portugal uma gigantesca digressão
europeia, com
arranque em maio
do próximo ano e
que chega a Lisboa a
26 de junho no MEO
Arena. Depois de uma
série de concertos
extremamente
bem sucedidos na
América do Sul,
os Aerosmith atravessam o Atlântico com um
dos maiores espetáculos de rock alguma vez
visto, naquele que será certamente um dos
maiores eventos do ano. Esta será a tournée de
despedida, onde a banda irá dizer “Aero-Vederci
Baby!”. A banda, que já conta com 45 anos de
carreira, faz parte da Hall of Fame do rock, já
vendeu mais de 100 milhões de álbuns. Steven
Tyler garante que “a banda está imparável
agora e na Europa continuaremos a fazer o que
fazemos melhor”, o que aumenta ainda mais as
expetativas para este “poderoso” espetáculo.
TICKETLINE MAGAZINE DEZEMBRO 2016
A DESTACAR
CONFERÊNCIA RUI RAMOS
EXPLICA A HISTÓRIA DA
EUROPA NO CCB Venha
descobrir a história da Europa
com um dos maiores e mais
respeitados historiadores da nova
geração, Rui Ramos. O Ciclo, que
acontece aos sábados no CCB, é
um ponto de partida fundamental
para compreender o mundo de
hoje, e também para entender a
história de Portugal. Marque já!
PUBLICIDADE