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SOROPREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA
HEPATITE C EM CANDIDATOS À DOAÇÃO DE
SANGUE NO INSTITUTO ONCO-HEMATOLÓGICO DE
ANÁPOLIS EM 2008
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. 13, N. 18, Ano 2010
Jordana Martins Borges
Gustavo Júnio Mota Silva
Camila Simonella da Silva
RESUMO
Prof. Jaqueline Bento Pereira
Pacheco
A hepatite C é uma doença de caráter infeccioso que acomete
cerca de 170 milhões de pessoas no mundo. O principal objetivo
deste trabalho é avaliar a prevalência para hepatite C em
pacientes atendidos no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis
– GO no ano de 2008, classificando os indivíduos potencialmente
portadores do HCV quanto ao sexo, estado civil, faixa etária, tipo
de doação, escolaridade, naturalidade e cútis. Para esse fim,
foram realizadas pesquisas bibliográficas e uma análise
categórica, em que relacionou-se algumas variáveis. Em 2008
foram registradas 13.921 doações de sangue e o percentual de
reagentes foi de 0,09%. Em relação aos sororeagentes, segundo o
sexo, 66% correspondem ao sexo masculino e 34% ao feminino. A
análise do estado civil demonstrou a ocorrência de 50% para
solteiros e 50% para casados. De acordo com a faixa etária, 58%
dos pacientes apresentaram idade igual ou inferior a 40 anos e
42% tinham idade superior a 40 anos. Em relação à doação
primária ou de repetição, os dados foram equivalentes, 50% para
ambos os casos. Segundo a escolaridade, 41,67% dos pacientes
tinham, apenas, o ensino fundamental. Quanto à naturalidade,
58% eram de localidades variadas e 42% pertenciam ao
município de Anápolis, resultando em 100% para procedência
urbana. Analisando a cútis, 67% dos reagentes pertencem à raça
branca e 33% à mulata. A baixa prevalência observada nesse
estudo pode ressaltar a importância do diagnóstico e também a
ampla divulgação em relação à Hepatite C, principalmente no
que diz respeito às formas de transmissão.
Curso:
Biomedicina
FACULDADE ANHANGUERA DE
ANÁPOLIS
Palavras-Chave: triagem sorológica; prevalência; hepatite C.
Anhanguera Educacional Ltda.
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 4266
Valinhos, SP - CEP 13278-181
[email protected]
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Publicação: 1 de novembro de 2012
Trabalho realizado com o incentivo e
fomento da Anhanguera Educacional
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10
Soroprevalência da infecção pelo vírus da Hepatite C em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis em 2008
1.
INTRODUÇÃO
Na antiguidade os sintomas das hepatites já eram notados por alguns pesquisadores,
porém nada se sabia sobre a etiologia da doença. Isso acontecia quando observava – se
que os pacientes imunizados contra varíola, febre amarela e sarampo depois de algum
tempo ficavam ictéricos e que os receptores de sangue ou hemoderivados oriundos de
pacientes vacinados contras as citadas doenças, também desenvolviam icterícia
(VALENTE, 2002).
A hepatite C é considerada uma doença infecto-contagiosa de grande
preocupação, principalmente em decorrência da cronicidade, assintomatologia, ausência
de medidas imunoprofiláticas, dificuldade na adesão ao tratamento e as complicações que
podem surgir com a evolução da doença (SOUSA; CRUVINEL, 2008). No Brasil, de
acordo com dados obtidos em 2002, a prevalência de casos foi de 0,62% para a região
Norte, 0,55% para o Nordeste, 0,43% para a região Sudeste, 0,28% para o Centro-Oeste e
0,46% para o Sul (Ministério da Saúde, 2005).
Uma característica relevante em relação à epidemiologia do vírus é que o período
de incubação pode ser relativamente longo, variando de 20 a 140 dias, podendo levar o
indivíduo a transmitir o vírus sem conhecimento da contaminação. Além disso, o
anticorpo anti-HCV (Vírus da Hepatite C) só é identificado através de triagem sorológica
após um período de 4 a 6 semanas podendo desaparecer após cura (GONÇALVES et al.,
2008).
Em virtude da ampla distribuição mundial do vírus da hepatite C, representando
cerca de 170 milhões de pessoas contaminadas no mundo e cerca de 2,5 a 10% da
população brasileira, o diagnóstico torna-se fundamental (SOUSA e CRUVINEL, 2008).
Essa realidade é preocupante em decorrência de várias características que incluem fatores
sócio-econômicos, políticas públicas de saúde, ações preventivas, diagnóstico precoce e
tratamento adequado (GONÇALVES et al., 2008).
Avaliar a prevalência da hepatite C em candidatos à doação de sangue torna-se
relevante por expor a realidade dos hemocentros quanto à política de captação e seleção
de doadores e identificar as características inerentes aos candidatos soropositivos.
Este artigo está organizado em seções. A primeira seção é essa introdução, a
seção 2 apresenta os objetivos da pesquisa. A metodologia utilizada na realização da
pesquisa é apresentada na seção 3. As informações relacionadas ao desenvolvimento da
pesquisa como a revisão de literatura, o problema abordado, a solução proposta e
implementada são mostradas na seção 4. A forma de abordar os experimentos, os
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resultados e as discussões são descritos na seção 5. Por fim, as considerações finais são
apresentadas na seção 6.
2.
OBJETIVO
Caracterizar a prevalência da hepatite C em doadores de sangue atendidos no Instituto
Onco-Hematológico de Anápolis - GO (IOHA) no período de 01 janeiro a 31 de dezembro
de 2008.
Determinar a prevalência quanto ao sexo, estado civil, faixa etária, tipo de
doação, escolaridade, naturalidade e cútis dos indivíduos com sorologia positiva para
anti-HCV no ano de 2008.
3.
METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado através do levantamento de dados registrados no sistema
do IOHA, compreendendo o período de 01 de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2008.
As amostras dos candidatos à doação de sangue foram coletadas através da
venopunção no IOHA e encaminhadas a central sorológica na cidade de Goiânia/GO,
onde foram submetidas a testes como Ensaio Imunoenzimático Indireto tipo sanduiche
(ABBOTT Murex / anti-HCV, 3º geração / versão 4.0) e identificação dos alvos de RNA de
HCV por princípio de Ampliação Medida por Transcrição - TMA / chiron (Procleix® HIV1/HCV Assay).
Os resultados dessa sorologia, foram enviados ao IOHA e armazenados através
de um sistema de rede que utiliza o banco de dados DataFlex não relacional com o
software DS hemo.
Em relação aos critérios de inclusão dos pacientes, participaram da pesquisa
apenas doadores de sangue atendidos pelo Instituto Onco-hematológico de Anápolis-GO
no ano de 2008. A realização da pesquisa não acarretou risco algum aos indivíduos
participantes, pois o estudo envolveu apenas levantamento de dados e foram seguidos à
risca os critérios de preservação da identidade dos pacientes. Sendo assim, não houve a
necessidade de excluir pacientes.
Para demonstrar as características dos sororeagentes foi realizada uma análise
percentual e depois uma análise categórica dos dados em que se avaliaram
qualitativamente as variáveis dos candidatos reagentes para o anti-HCV. Logo se utilizou
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Soroprevalência da infecção pelo vírus da Hepatite C em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis em 2008
o Excel para categorizar os dados e relacionar as variáveis em questão na forma de
gráficos e tabelas.
4.
DESENVOLVIMENTO
4.1. Contexto Histórico
Duas etapas definem a história da transfusão sanguínea, a pré-científica ou empírica
(antes de 1900) em que os pesquisadores decidiam se a melhor transfusão seria entre seres
humanos ou do animal para o ser humano. E a científica (1900 em diante) que iniciou após
a descoberta dos grupos sanguíneos por Karl Landsteiner (JUNQUEIRA et al., 2005). Esse
conhecimento permitiu que a primeira transfusão de sangue fosse realizada no ano de
1907, mediante a confirmação por testes de compatibilidade ABO ( PEREIMA et al., 2007).
Importantes fatos históricos como as guerras da Coréia e Vietnã, e
posteriormente a descoberta da Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS)
colaboraram para o desenvolvimento da prática transfusional e a reformulação da política
nacional de doação sangue e hemoderivados. Dessa forma, o funcionamento dos centros
de captação de sangue ficou restrito apenas aos que tivessem mínima regularização
(PEREIMA et al., 2007).
Até a década de 80 a doação de sangue era do tipo remunerada, requerida
mediante a internação de um paciente ou obtida através de coletas em presídios. Isso
acontecia devido à falta de sangue nos setores públicos e privados e só terminou graças a
uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia que definiu o dia
“D” para regulamentar o fim da doação gratificada no Brasil. O Estado de São Paulo foi o
primeiro a regulamentar a prática da doação voluntária. Os resultados foram enviados
aos demais estados e, com efeito, a maioria aderiu à prática altruísta (GUERRA, 2005). A
doação altruísta teve respaldo com a aprovação da Constituição de 1988, que no parágrafo
4 do artigo 199 proíbe todo tipo de comercialização de sangue e hemoderivados
(JUNQUEIRA et al., 2005).
A obrigatoriedade dos bancos de sangue quanto à realização da triagem
sorológica para a pesquisa de anticorpos anti-HCV só foi instituída em novembro de 1993
através da portaria n° 1376 do Ministério da Saúde, acompanhada pela introdução de
métodos para triagem sorológica na qual permitiram a identificação da contaminação pelo
HCV nos candidatos à doação de sangue (STRAUSS, 2001; MELLO et al., 2007; PEREIMA
et al., 2007).
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O Ministério da Saúde impõe aos bancos de sangue a realização de testes
sorológicos tanto para o HCV como para o vírus da hepatite B (HBV), vírus da
imunodeficiência humana (HIV1 e HIV2), Vírus Linfotrópico Humano (HTLV) I/II,
Citomegalovírus em casos de imunossupressão, Doença de Chagas, Sífilis e Malária. Isso
garantiu uma maior segurança para as transfusões sanguíneas (CARRAZONE et al.,
2004).
4.2. Agente Etiológico
A identificação HCV aconteceu somente no ano de 1989 por Choo e colaboradores, sendo
classificado como um Hepacivirus pertencente à família Flaviviridae. O genoma é composto
por um ácido ribonucléico (RNA) de fita simples de polaridade positiva com
aproximadamente 9.400 nucleotídeos, apresentanto regiões não estruturais e estruturais,
que respectivamente são responsáveis pela replicação do vírus e codificação do capsídeo e
envelope (FERREIRA; SILVEIRA, 2004 ; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008; GARCIA et al.,
2009; PARABONI, 2009).
Em virtude da elevada presença de mutações, sabe-se hoje que o vírus possui
cerca de 6 genótipos e aproximadamente 50 subtipos. Os genótipos 1, 2, 3 são os mais
disseminados em todo o mundo, sendo que os tipos 4, 5, 6 são encontrados
respectivamente no norte da África e Oriente Médio, África do Sul e Ásia (ZARIFE et al.,
2006; LOPES et al., 2009).
Um estudo sobre a distribuição dos genótipos do vírus da hepatite C em
doadores de sangue na região Centro-Oeste do Brasil demonstrou uma prevalência de
67,9% para o tipo 1, 3% para o tipo 2 e 29,1% para o tipo 3 (MARTINS et al., 2006).
A ocorrência de outros genótipos não pode ser excluída devido à disseminação
dos mesmos por pessoas que tiveram contato de risco em outras regiões com diferentes
prevalências. Um estudo realizado em Salvador/BA, detectou a presença do genótipo 4
em um paciente que residiu em Portugal por um período de 10 anos e que tivera
comportamento de risco, como o uso de drogas intravenosas e inalatórias com
compartilhamento dos utensílios (ZARIFE et al., 2006).
4.3. Transmissão
O HCV é transmitido pelo sangue contaminado e em menor proporção pelas secreções
orgânicas, uma vez que já foi detectado na urina, saliva, bile, mucosa intestinal, no sêmen,
colostro e leite materno. O risco de transmissão desse vírus associa-se com a intensidade
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Soroprevalência da infecção pelo vírus da Hepatite C em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis em 2008
da viremia e ao genótipo. E dentre as situações de risco estão, transfusão de sangue e
derivados, transplante de órgãos e tecidos, uso de drogas injetáveis com compartimento
de utensílios, exposição ocupacional, recém-nascido de mãe HCV positiva, aleitamento
materno, contato sexual sem o uso de preservativos, hemodiálise prolongada, acidentes
perfuro-cortantes e exposição percutânea por objetos contaminados (SCAVASSA, 2007;
FERRÃO et al., 2009; PARABONI, 2009).
Comparando os fatores de risco para a contaminação pelo vírus da hepatite C em
relação aos dias atuais e a década de 80, observa-se que para este último período os
homossexuais masculinos, bissexuais, hemofílicos e pacientes transfundidos eram os mais
susceptíveis. Atualmente, observa-se que pacientes usuários de drogas injetáveis
apresentam risco adicional para a contaminação pelo vírus em virtude das características
de transmissão. Outro fator alarmante associado é a presença de co-infecção do HCV com
o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). As estimativas mostram que em diversas
regiões analisadas, a prevalência da co-infecção pode variar de 8,9% a 54% (CARVALHO
et al., 2009).
Altos níveis de infecção pelo HCV originadas de transfusões são notados em
pacientes hemodialisados, pelo fato desses serem quase que regularmente transfundidos
devido aos quadros anêmicos. Alguns estudos recentes realizados no Brasil, mostram
dados preocupantes em relação a presença do anti-HCV em pacientes que necessitam de
hemodiálise, sendo 65% no Rio de Janeiro/RJ, 35,3% em Goiânia/GO e 23,8% em
Salvador/BA. O período em que foram realizadas as transfusões, ou seja, antes de 1993,
pode estar mais associado com a presença do anti-HCV do que o número de transfusões e
tempo de hemodiálise (MELLO et al., 2007).
4.4. Patogenia
A capacidade do HCV interagir com o sistema imunológico do hospedeiro aliado a fatores
próprios do vírus e também fatores ambientais, fazem com que a evolução da doença
possa se manifestar de formas diferentes (STRAUSS, 2001; VASCONCELOS et al., 2006).
A fase aguda da hepatite C pode gerar sinais e sintomas inespecíficos, que vão
desde febre, náuseas, dores de cabeça até icterícia e acolia fecal. Além disso, o indivíduo
pode apresentar lesão hepática com o aumento das enzimas hepáticas, Aspartato
Aminotransferase (AST) e Alanina Aminotransferase (ALT), elevação da bilirrubina sérica
e gama globulina (GONÇALVES et al., 2008).
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A evolução para a fase crônica pode ser assintomática ou pouco sintomática,
sendo na maioria das vezes imperceptível (GERREIRO et al., 2005). Porém, a presença de
co-infecção pelo HIV, HBV, HTLV, alcoolismo, tabagismo e aquisição do HCV por via
endovenosa, são fatores que colaboram para a cronicidade da doença, e quando não
tratada, poderá evoluir para cirrose ou até mesmo hepatocarcinoma. No entanto, a
precocidade do diagnóstico aliado a adesão permanente do paciente ao tratamento,
colabora para a diminuição ou até exclusão das complicações futuras (FERREIRA;VISO,
2008)
4.5. Diagnóstico Laboratorial
O diagnóstico da infecção pelo HCV é realizado mediante a pesquisa de anticorpos antiHCV em ensaios imunoenzimáticos, Teste de identificação de ácidos nucléicos (NAT),
detecção e amplificação do RNA viral pela técnica da Reação em Cadeia da Polimerase
(PCR) e ainda técnicas de genotipagem para identificar o subtipo viral (PARABONI,
2009).
A triagem sorológica atualmente fundamenta-se na metodologia Enzyme Linked
Immunosorbent Assay (ELISA) para detecção dos anticorpos anti-HCV a partir da utilização
de antígenos recombinantes e peptídeos sintéticos, ELISA segunda e terceira geração,
respectivamente. Caso haja reações duvidosas nos ensaios sorológicos, opta-se por
realizar os testes de amplificação e detecção de ácidos nucléicos (NAT) devido à alta
sensibilidade e especificidade (CARRAZZONE et al., 2004). Porém, deve-se considerar
que apesar do alto custo, a técnica de PCR é considerada o padrão ouro como teste
confirmatório da infecção pelo HCV (PARABONI, 2009).
Os Hemocentros detêm de técnicas com alta sensibilidade para proporcionar
segurança ao receptor. Muitas vezes essas técnicas possuem baixa especificidade, o que
pode levar a um resultado falso-positivo, gerando conflitos aos doadores de sangue pela
suposta soropositividade. No entanto, o objetivo do banco de sangue é garantir a
segurança do receptor evitando que uma possível transfusão inadequada possa ser
realizada e fornecer orientação e encaminhamento aos doadores que tiveram alteração nos
resultados, para que possam realizar os testes confirmatórios e iniciar o quanto antes a
conduta terapêutica (CARRAZZONE et al., 2004; GARCIA et al., 2008).
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Soroprevalência da infecção pelo vírus da Hepatite C em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis em 2008
5.
RESULTADOS
O presente estudo revelou que das 13.921 amostras de soro dos doadores de sangue
analisadas pela triagem sorológica no IOHA em 2008, 0,09% (12) foram reagentes para o
anti-HCV (Tabela 1).
Tabela 1: Soroprevalência do anticorpo anti-HCV em candidatos a doação
de sangue no ano de 2008 no IOHA.
Nº
%
12
0,09%
Não Reagentes
13.909
99,91%
Total
13.921
Reagentes
100%
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
A prevalência encontrada no presente trabalho foi considerada baixa quando
comparada a outros estudos. Esses revelam que a prevalência da hepatite C no mundo
varia em torno de 3%, no Brasil atinge entre 2,5% a 4,9% e no Centro-oeste é de cerca de
1% (AQUINO, et al.,2008; FERRÃO et al., 2009).
Ao se avaliar o sexo do total de doadores, houve maior prevalência de doação
para o sexo masculino, respondendo com 75% (10.443), enquanto que o sexo feminino
prevaleceu com 25% (3.478). Quando se analisa o sexo do total de reagentes 67% (8)
corresponderam ao sexo masculino e 33% (4) ao feminino (Tabela 2).
Tabela 2: Soroprevalência quanto ao sexo dos pacientes positivos para o anti-HCV em 2008 no IOHA.
Sexo
Nº
%
Masculino
8
67%
Feminino
4
33%
Total
12
100%
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
Dados semelhantes foram constatados em um estudo realizado no Hemonúcleo
de Apucarana do Instituto de Saúde do Estado do Paraná que avaliou a soroprevalência
dos anticorpos anti-HCV nos doadores de sangue no período de janeiro de 1997 a
dezembro de 1999. Foram avaliadas 10.090 amostras, sendo 7.629 do sexo masculino e
2.461 do sexo feminino, obtendo-se respectivamente 0,9% (71 amostras) e 0,7% (17
amostras) de sororeagentes (PALTANIN; REICHE, 2002).
Os resultados inerentes ao estado civil do total de doadores foram de 48,06%
(6.690) para solteiros, 44,41% (6.182) para casados, 3,82% (532) para os divorciados, 2%
(279) para os amasiados, 0,95% (132) para os viúvos e 0,76% (106) para os desquitados. A
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soroprevalência de reagentes permaneceu entre o grupo dos solteiros e casados,
respondendo com 50% (6) para ambos (Tabela 3).
Tabela 3: Soroprevalência quanto ao estado civil dos pacientes positivos para o anti-HCV em 2008 no
IOHA.
Estado Civil
Nº
%
Solteiros
6
50%
Casados
6
50%
Total
12
100%
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
A faixa etária dos sororeagentes foi dividida em duas categorias, uma para os
candidatos com idade inferior ou igual a 40 anos e a outra para os pacientes com idade
superior a 40 anos. Observou-se maior prevalência para o primeiro grupo, enquanto que o
segundo grupo apresentou prevalência de 42% (Tabela 4).
Tabela 4: Soroprevalência quanto a faixa etária dos pacientes positivos para o anti-HCV em 2008 no IOHA.
Faixa etária
Nº
%
≤ 40 anos
7
58%
> 40 anos
5
42%
Total
12
100%
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
O Gráfico 1 apresenta uma relação entre a faixa etária, sexo e estado civil dos
sororeagentes. Foi observado que até 40 anos, o sexo feminino prevaleceu dentro do
grupo dos casados. Já no grupo dos solteiros até 40 anos, o sexo masculino teve total
prevalência. Quando se analisa os sororeagentes maiores que 40 anos observou-se que, no
grupo dos casados, o sexo masculino teve maior prevalência e no grupo dos solteiros, a
quantidade foi equivalente, ou seja, um reagente para ambos os sexos. Logo a maior
prevalência dessa relação coube ao sexo masculino, solteiro e até 40 anos.
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Soroprevalência da infecção pelo vírus da Hepatite C em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis em 2008
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
Gráfico 1: Relação entre faixa etária, estado civil e sexo dos sororeagentes
para o anti-HCV em 2008 no IOHA.
Considerando o fato da transmissão sexual permanecer obscura, os dados na
literatura indicam que a chance de parceiros fixos se infectarem com o HCV é de 0,4 a 3%,
levando em consideração a probabilidade de infecção por outras fontes. Quando se
analisa pessoas sexualmente promíscuas com ausência de outras fontes de infecção, a
prevalência é de 2 a 12% (GONÇALVES et al., 2008).
Neste estudo, observou-se a mesma prevalência de soropositividade para
casados e solteiros (50%). No entanto, a análise dos dados se tornou limitada em virtude
da baixa prevalência obtida.
Em relação ao total de doações, 22% (3.096) foram doadores iniciais, enquanto
que 78%(10.825) foram doadores de repetição. Analisando os sororeagentes a prevalência
foi de 50% (6) para doadores iniciais e 50% (6) para doadores de retorno (Tabela 5).
Tipo de Doação
Nº
%
Doação Primária
6
50%
Doação de Repetição
6
50%
Total
12
100%
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
Tabela 5: Soroprevalência quanto ao tipo de doação em relação ao pacientes positivos
para o anti-HCV em 2008 no IOHA.
A escolaridade dos doadores variou entre o analfabetismo e o ensino superior. É
interessante observar que a maioria dos doadores tinha o 2º Grau completo 36,13% (5.029).
Além disso, 24,64% (3.430) tinham o primário, seguido pelo 2º grau incompleto, 1° grau,
ensino superior incompleto e superior completo com 10,49% (1.460), 10,17% (1.416), e
10,14% (1.412), 7,87% (1.095), respectivamente. O menor número de doações pertenceu ao
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grupo dos analfabetos, compreendendo 0,57% (79). A Tabela 6 mostra uma análise da
distribuição de soropositividade em relação a esta variável, sendo que a maior parte
(41,67%) era de pacientes com o curso primário/ginásio.
Escolaridade
Nº
%
Primário/Ginásio
5
41,67%
1° Grau
2
16,67%
2° Grau Incompleto
3
25,00%
2° Grau Completo
2
16,67%
Total
12
100%
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
Tabela 6: Soroprevalência quanto à escolaridade dos pacientes positivos
para o anti-HCV em 2008 no IOHA.
Quando se analisa a relação do sexo com o tipo de doação e escolaridade dos
sororeagentes para o anti-HCV, foi observado que para o sexo feminino houve
prevalência equivalente para as doadoras de primeira vez (2) e repetição (2). A diferença
se constatou apenas no grau de escolaridade associada ao tipo de doação. Na doação
primária não houve sororeagentes para o segundo grau incompleto e na doação de
repetição houve soroprevalência para o primário e segundo grau completo (Gráfico 2).
Analisando isoladamente o tipo de doação do sexo masculino, foi observada
também uma equivalência na soropositividade, ou seja, 4 sororeagentes para ambos.
Porém, quando associada ao grau de escolaridade, verificou-se maior prevalência para os
indivíduos que doaram pela primeira vez com 2° Grau incompleto (3) e para os de
repetição com primário (3). A maior prevalência dessa relação foi para o sexo masculino,
doação primária com 2° Grau incompleto e doação de repetição com o curso primário
(Gráfico 2).
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Soroprevalência da infecção pelo vírus da Hepatite C em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis em 2008
Gráfico 2: Relação entre o sexo, tipo de doação e escolaridade dos sororeagentes para o anti-HCV em 2008
no IOHA.
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
Em relação à naturalidade foi observado que a maioria dos casos reagentes
pertenceu a regiões variadas, sendo 8,3% (1) para o estado de São Paulo, 8,3% (1) para o
estado da Bahia, 8,3% (1) para o Pará, 8,3% (1) para a capital Goiânia e 25% (3) para outros
municípios goianos, somando um total de 58% (7) contra 42% (5) do município de
Anápolis, resultando um total de 100% para procedência urbana (Tabela 7).
Naturalidade
Nº
%
Anápolis
5
41,7%
Outros Municípios Goianos
3
25,0%
Goiânia
1
8,3%
São Paulo
1
8,3%
Bahia
1
8,3%
Pará
1
8,3%
Total
12
100%
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
Tabela 7: Soroprevalência quanto à naturalidade dos pacientes positivos
para o anti-HCV em 2008 no IOHA.
A cútis dos sororeagentes variou entre branca e mulata. Notou-se que a raça
branca prevaleceu sobre a mulata com cerca de 67% (8) contra 33%(4), respectivamente
(Tabela 8).
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente š Vol. 13, N. 18, Ano 2010 š p. 9-24
Jordana Martins Borges, Gustavo Júnio Mota Silva, Camila Simonella da Silva, Jaqueline Bento Pereira Pacheco
Cútis
Nº
%
Branca
8
67%
Mulata
4
33%
Total
12
100%
21
Fonte: IOHA, Janeiro de 2010.
Tabela 8: Soroprevalência quanto a cútis dos pacientes positivos o anti-HCV em 2008 no
IOHA.
É importante salientar que a análise estatística dos dados foi limitada em virtude
da baixa prevalência obtida (0,09%) para o anti-HCV.
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Avaliar a soroprevalência do HCV em candidatos à doação de sangue no IOHA no ano de
2008 foi relevante, pois expôs a função primordial do banco de sangue na investigação
clínica e sorológica dos pré-doadores, na exclusão de bolsas com risco acentuado de
infecção e no encaminhamento dos casos soropositivos para confirmação sorológica. Tal
conduta contribui para o aumento da segurança nos processos transfusionais e
consequentemente
para
redução
da
disseminação
do
HCV
(VALENTE,
2002;
CARRAZZONE et al., 2004).
A hepatite C crônica acomete 3,2 milhões de pessoas no Brasil. O diagnóstico é
dificultado devido à maioria dos casos apresentarem sinais e sintomas clínicos
inespecíficos. Porém, em uma simples doação de sangue, através da triagem sorológica, a
presença do HCV pode ser detectada, considerando que o diagnóstico definitivo deve
advir de testes confirmatórios com especificidade alta (VALENTE, 2002; TEIXEIRA, 2005).
Acredita-se que a baixa prevalência encontrada neste estudo seja explicada pela
ocorrência
de
variações
associadas
às
características
sociais,
demográficas
e
comportamentais da população estudada.
A análise isolada do sexo dos sororeagentes revelou uma maior prevalência do
sexo masculino e quando associada ao estado civil e faixa etária, foi observado que o sexo
masculino, solteiro e com idade até 40 anos foram os mais prevalentes. Quando se
relaciona o sexo com o tipo de doação e escolaridade, a maior prevalência foi para o sexo
masculino, doação primária com 2° Grau incompleto e doação de repetição com o curso
primário.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente š Vol. 13, N. 18, Ano 2010 š p. 9-24
22
Soroprevalência da infecção pelo vírus da Hepatite C em candidatos à doação de sangue no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis em 2008
A maioria das relações analisadas demonstrou maior prevalência para o sexo
masculino. Considerando que houve um número maior de doações para o sexo
masculino, seriam necessárias avaliações adicionais envolvendo análises estatísticas mais
aprofundadas para se realizar algum tipo de associação mais precisa. No entanto, a
literatura relata que em muitos casos a maior prevalência de soroposititivadade para o
sexo masculino pode estar associada a comportamento de risco desses indivíduos
(VIANA, et al., 2009).
Em decorrência da obrigatoriedade dos testes sorológicos para o HCV em
candidatos à doação de sangue, instituída na década de 90 no Brasil, houve uma redução
considerável em relação ao número de casos reagentes. A baixa prevalência observada no
presente estudo pode ressaltar a importância do diagnóstico e também da ampla
divulgação em relação à Hepatite C, principalmente no que diz respeito às formas de
transmissão. Além disso, salienta-se a importância da triagem sorológica de alta
sensibilidade empregada nos bancos de sangue, sugerindo a eficácia do controle na
captação e seleção de doadores.
PARECER DE APROVAÇÃO DE COMITÊ
Pesquisa autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Anhanguera Educacional S/A – (CEP)/AESA - por meio do parecer: 045/2010.
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