Yara Vasques Pedroza da Silva

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YARA VASQUES PEDROZA DA SILVA
CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DAS MANICURES/PEDICURES SOBRE
HEPATITES B E C, NOS SALÕES DE BELEZA DA SANTA MARIA.
Trabalho de conclusão de curso apresentado
em Enfermagem da Universidade Católica de
Brasília, como requisito para obtenção da
titulação de Enfermeiro.
Orientador: Dr. Maria Liz de Oliveira Cunha.
Brasília – DF
2013
1
Monografia de autorias de Yara Vasques Pedroza da Silva, intitulada "CONHECIMENTO,
ATITUDES E PRÁTICA DAS MANICURES/PEDICURES SOBRE HEPATITES B E C,
NOS SALÕES DE BELEZA DA SANTA MARIA.", apresentada como requisito parcial para
obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem da Universidade Católica de Brasília, em 15
de junho de 2013, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:
____________________________________________________________
Prof. Dr. Maria Liz de Oliveira Cunha.
Orientadora
Curso de Enfermagem – UCB
_____________________________________________________________
Prof. Msc. Maria Alice. B. Fortunato.
Curso de Enfermagem – UCB
_____________________________________________________________
Prof. Esp. Silene Barbosa
Curso de Enfermagem – UCB
______________________________________________________________
Prof. Esp. Fernanda Costa
Curso de Enfermagem - UCB
Brasília
2013
2
RESUMO
OBJETIVO:
Avaliar
os
conhecimentos,
as
atitudes
e
as
práticas
das
manicures/pedicures em relação à hepatite B, nos salões de beleza da cidade do
Distrito Federal Santa Maria, com o intuito de identificar o perfil de conhecimento dos
das manicures com relação à Hepatite B e C e a importância da vacina contra a
Hepatite B.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritivo,
seccional, do tipo inquérito epidemiológico, que visa determinar os conhecimentos,
as atitudes e as práticas sobre as Hepatites Virais B e C por Manicures /Pedicures
do DF.
RESULTADOS: Este estudo pretende - se levantar o perfil demográfico e
epidemiológico da população de manicures da cidade de Santa Maria do DF, e, ao
mesmo tempo, identificar o estado vacinal, verificar a importância dada à vacinação,
identificar possíveis causas para o não cumprimento do calendário vacinal contra
hepatite B. Verificar se as manicures e/ou pedicures adotam normas de
biossegurança na sua rotina de trabalho; Conhecer o nível de informação que as
manicures e/ou pedicures possuem sobre as vias de transmissão e prevenção das
hepatites B e C; Avaliar o grau de percepção de risco à exposição acidental a
agentes infecciosos; Verificar se há diferença entre o conhecimento das manicures
que trabalham nos salões de beleza de quadras e cidades satélites com as que
trabalham em shopping centers. Estudar os resultados em função do tempo de
profissão nas manicures e/ou pedicures.
Palavras-chave: Hepatite B; Hepatite C; vacina; prevenção; inquérito CAP.
3
ABSTRACT
OBJECTIVE: Assess the knowledge, attitudes and practices of manicures /
pedicures in relation to hepatitis B, in salons of the city of Santa Maria Federal
District, in order to identify the profile of the manicures knowledge regarding Hepatitis
B and C and the importance of vaccination against Hepatitis B.
METHODOLOGY: This is a study of qualitative and quantitative approach,
descriptive, cross-sectional, epidemiological survey type, which aims to determine
the knowledge, attitudes and practices on Viral Hepatitis B and C for Manicures /
Pedicures DF.
RESULTS: This study intends to - get up the demographic and epidemiological
profile of the population of manicures city of Santa Maria DF, and at the same time,
identify the vaccination status, verify the importance given to vaccination, identify
possible causes for not meeting the schedule vaccination against hepatitis B. Check
if the manicures and / or pedicures adopt biosafety standards in their daily work;
Knowing the level of information that manicures and / or pedicures have on the
means of transmission and prevention of hepatitis B and C; assess the degree of
perceived risk of accidental exposure to infectious agents; Check whether there are
differences between the knowledge of manicures that work in salons of blocks and
satellite towns with working in shopping centers; study the results as a function of
time in the profession manicures and / or pedicures.
Keyword: Hepatitis B, Hepatitis C; vaccine; prevention; KAP.
Introdução e Justificativa
As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos,
de distribuição universal, que têm em comum o hepatoprismo2.
A hepatite viral B constitui um relevante problema de saúde pública,
correspondendo á causa mais frequente de hepatite crônica, cirrose e carcinoma
hepatocelular
(CHC).
Apresenta
amplo
espectro
clínico,
desde
infecções
assintomáticas, oligossintomáticas, até formas fulminantes. A infectividade do vírus
4
da hepatite B (VHB) é de 50 a 100 vezes maior do que o do HIV, e a
susceptibilidade á infecção é universal. Suas vias de transmissão consistem em
sexual, parenteral e vertical1.
A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) acomete entre 350 milhões e 500
milhões de pessoas em todo o mundo como portadores crônicos. A organização
mundial da saúde estima que cerca de 2 bilhões de pessoas já se infectaram pelo
vírus da hepatite B. As manifestações clínicas são pouco frequentes em recémnascidos infectados, mas podem ser observadas em 5% a 15% das crianças, com
idade de um a cinco anos, respectivamente e em 33% a 55% das crianças maiores e
adultos3,5.
Após a infecção, o VHB concentra-se quase que totalmente nas células do
fígado, nas quais haverá a replicação do seu DNA e, desta maneira, a formação de
novos vírus8.
No nosso país e no mundo tem sofrido grandes mudanças nos últimos anos. A
melhoria das condições de higiene e de saneamento das populações, a vacinação
contra a hepatite B e as novas técnicas moleculares de diagnóstico do vírus da
hepatite C está entre esses avanços importantes2.
Apesar da desigualdade das notificações, as taxas referentes á mortalidade
por hepatites, na região amazônica, são mais altas do que no resto do Brasil 2. A
partir de 1989, quando foi iniciada a vacinação em massa de crianças com menos
de 10 anos, na Amazônia ocidental, foi observada uma queda significativa na
mortalidade2.
As vacinas de hepatite B disponíveis no Brasil são produzidas por engenharia
genética por meio da inserção de um plasmídeo contendo o antígeno da superfície
do vírus B em levedura4. A vacinação contra VHB é a maneira mais eficaz na
prevenção da infecção aguda ou crônica e também na eliminação da transmissão do
vírus em todas as faixas etárias. Após três doses intramusculares da vacina contra
hepatite B, mais de 90% dos adultos jovens e mais de 95% das crianças e
adolescentes desenvolvem respostas adequadas de anticorpos9.
A hepatite C pertence ao gênero Hepacivirus da família flaviridae, e seu
genoma são constituídos por uma fita simples de RNA. Não se conhece com
precisão, a prevalência do VHC no nosso país, há relatos feitos em diversas áreas
que sugerem que, em média, ela esteja entre 1% a 2% da população em geral 2.
5
A organização mundial da saúde estima que 170 milhões de pessoas no
mundo estejam infectadas com o vírus da hepatite C. Este vírus tem sido
considerado um problema global de saúde pública, devido á sua alta prevalência
hepática e extra-hepáticas manifestações. Cerca de 85% dos indivíduos infectados
evoluem cronicamente, além de evoluírem lentamente durante anos ou décadas 6.
Novos determinantes e rotas de propagação são agregados ao bem
estabelecidos mecanismos de transmissão das HV, fecal-oral, transfusional, sexual
e vertical. Mudanças ambientais, sociocomportamentais e riscos tecnológicos
contribuíram ao longo de séculos para a construção de um “caleidoscópio” de
etiologias e fatores determinantes com peculiaridades que podem produzir
combinações de difícil percepção e compreensão7.
Uma política efetiva de prevenção ás hepatites B e C pode resultar, além da
redução da morbidade e mortalidade, na diminuição da rejeição de doadores de
sangue e na redução dos gastos dos sistemas de saúde. Porém, é necessário
mensurar previamente o nível de conhecimento da população sobre estas doenças,
de forma que seja determinada a real necessidade de uma política de educação em
saúde voltada para este tema10.
Este estudo pretende levantar o perfil demográfico e epidemiológico da
população de manicures da Santa Maria, analisar o nível de conhecimento, atitudes
e
práticas
das
manicures,
ao
mesmo
tempo
buscar
subsídios
para
o
desenvolvimento das atividades de educação em saúde e verificar a importância
dada à vacina.
Objetivos
1. Verificar o conhecimento, atitudes e práticas que as manicures e/ou pedicures
possuem sobre as vias de transmissão e prevenção das hepatites B e C;
2. Verificar se as manicures e/ou pedicures adotam normas de biossegurança na
sua rotina de trabalho;
3. Avaliar o grau à exposição acidental no trabalho a agentes infecciosos;
4. Enfatizar a importância da vacina á profissão de risco.
6
Metodologia
3.1. Delineamento do Estudo
Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritivo, exploratório, do
tipo inquérito epidemiológico, que visa determinar os conhecimentos, as atitudes e
as práticas sobre as Hepatites Virais B e C por Manicures /Pedicures da cidade de
Santa Maria. Santa Maria é uma região administrativa do distrito federal, ocupando
uma área de 211 km ², possuindo uma população de 123.956 habitantes, conforme o
censo realizado pelo IBGE em 2010. É uma região administrativa que compreende
as áreas da Marinha, Saia Velha, Pólo JK, além da própria Santa Maria, e se localiza
aproximadamente 26 km de Brasília.
3.2. População alvo
Profissionais manicures e/ou pedicures nos salões de beleza localizados em todas
as ruas e shopping centers da Região Administrativa da Santa Maria do Distrito
Federal – Brasil.
3.1.2 - Critérios de inclusão: ser manicure, trabalhar em uma salão de beleza nas
áreas citadas.
3.1.3 – Critérios de exclusão: trabalhar em um salão fora da área citada..
3.3. Amostragem
Para os Salões de beleza de rua, a amostra será selecionada por meio de
números telefônicos fixos contidos no catálogo telefônico tipo Listel 2012, atualizado
e distribuído anualmente no Distrito Federal. Amostra probabilística sistemática,
sendo retirada dos comerciais de salão de beleza contidos na lista telefônica, entre
os 02 primeiros colocados da lista, para o primeiro integrante da amostra a ser
contatado e, a partir deste, os demais escolhidos estavam a cada 02 posições de
acordo com o intervalo calculado previamente. Amostra por conveniência de 50
salões.
3.3. Instrumento
A coleta de dados se dará através de um questionário de múltipla escolha
com 52 questões estruturado e padronizado com questões de verdadeiro ou falso.
7
O Questionário foi aplicado pelo pesquisador responsável a uma amostra de
10 salões de beleza que foram excluídos da amostragem geral. O total de manicures
que responderam ao primeiro questionário foram 5 de cinco primeiros salões . Das
dúvidas apresentadas, o questionário foi revisado e novamente aplicado a 5
manicures de outros cinco salões do total de dez excluídos os primeiros salões que
responderam ao primeiro questionário. Como não apresentou mais dúvidas,
consideramos como validado em seguida foi formatado dado como na versão final
que segue nexo a esta proposta. Para a pesquisa realizada na Santa Maria, foi
montada uma equipe com Três componentes e treinada pelo responsável da
pesquisa da região estudada.
3.4. Trabalho de Campo
A coleta dos dados ocorrerá nos salões de beleza, localizados nas ruas e
shoppings centers de Santa Maria.
Este instrumento será aplicado com as seguintes variáveis: condições
socioeconômicas,
demográficas,
conhecimentos,
atitudes
e
práticas
das
manicures/pedicures sobre a Hepatite B e C, a vacina contra Hepatite B e fatores de
risco.
Não será realizada uma primeira visita para informar e pegar o termo de
concordância do dono do salão para evitar viés do tipo preparar as manicures sobre o
tema hepatites. O entrevistador irá direto ao salão e solicitará a autorização para
entrevistar a funcionária e fará de imediato à entrevista.
O pesquisador responsável promoverá um treinamento para os entrevistadores
e coordenadores locais do estudo, bem como supervisionarão o trabalho de coleta das
informações.
3.5. Análise dos dados
Os dados levantados pelo questionário serão consolidados no software Epi
Info, versão 6.0 (3.5.1).
15
Além do Epi Info, será utilizado o programa Microsoft
Office Excel 2007 na consolidação de dados e na elaboração de tabelas.
A análise será realizada por meio de estatísticas descritivas como frequência,
percentual, média, mediana e razão de prevalência.
8
O estudo pretende classificar o conhecimento das manicures/pedicures sobre
as Hepatites B e C, fatores de risco e a vacina contra a Hepatite B, atribuindo-se um
valor numérico às respostas sobre o conhecimento Hepatite, às formas de
prevenção e de transmissão da doença, às vacinas e às suas indicações.
4. Aspectos Éticos: Este projeto foi avaliado e aprovado no CEP da FEPECS sob o
número 311/2012.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Tabela 1- Características sócias demográficos da população estudada. Santa MariaDF, 2012.
Características
N°
f(%)
1.1 - Sexo
Feminino
50
100%
Masculino
00
0%
15 – 20
06
12%
21 – 30
19
38%
31 – 40
13
26%
41 – 50
10
20%
1.2 - Idade (anos)
51 – 57
02
04%
1.3 - Estado Civil
Casada
21
42%
Solteira
17
34%
União estável
10
20%
Divorciada
01
02%
9
Viúva
01
02%
Analfabeto
00
00%
Ensino fundamental incompleto
12
Ensino fundamental completo
04
08%
Ensino médio incompleto
21
42%
Ensino médio completo
12
24%
1.4 - Escolaridade
Educação superior
01
24%
02%
1.5 – Renda familiar:
< 1sm
14
28%
De 2 a 5 sm
33
66%
De 6 a 9 sm
01
02%
>10 sm
00
00%
Não relatado
02
04%
Das 50 manicures que constituíram a amostra desta investigação todas eram
do sexo feminino, com idade variando de 15 a 57 anos e tempo de serviço como
manicure de 1 ano á mais de 10 anos; 100% das cinquenta são mulheres. A maioria
com idade dos 20 aos 40 anos, totalizando 64%, grande parte casada ou de união
estável com 62% vivendo com um parceiro, tendo como renda familiar 66% na faixa
de dois salários mínimos na escolaridade totalizando um percentual de 42% para o
ensino médio incompleto e 2% para curso superior, ou seja, a maioria delas são de
baixa renda com pouco estudo.
Tabela 2- Distribuição do número e frequência das respostas referente ao
conhecimento das manicures á respeito sobre hepatite B e C. Santa Maria-DF, 2012.
Características
N°
f(%)
10
2.1 - O que é hepatite B
Sabe o que é?
42
84%
Não sabe o que é?
8
16%
2.2 - O que é hepatite C
Sabe o que é?
34
68%
Não sabe o que é?
16
32%
2.3 - Qual das 2 hepatites acham mais graves
Hepatite B
01
02%
Hepatite C
22
44%
Não há diferença
07
14%
Não sabe
20
40%
2.4 - A hepatite viral é uma doença que ataca o:
Coração
00
00%
Fígado
24
47,05%
Intestino
00
00%
Não sabe
16
31,37%
Vários órgãos
11
21,56%
Outros
00
00%
(obs: Algumas manicures optaram por mais de duas repostas)
2.5- O que a pessoa sente quando está com hepatite? (sinais/sintomas):
Cansaço
11
10,89%
Perda de peso
10
9,90%
Intestino
05
4,95%
Dor muscular
10
9,90%
Falta de apetite
11
10,89%
Urina escura
09
8,91%
Coloração amarela da pele e dos olhos
34
33,66%
11
Não sabe
08
7,92%
Outros
03
2,97%
(Obs: Algumas manicures optaram por mais de uma resposta)
2.6 – A hepatite é uma doença que com o tempo leva:
Doença do coração
03
4,22%
Doença de pele
00
0%
Cirrose hepática
19
26,76%
Transplante de rim
06
8,45%
Câncer de fígado
16
22,53%
Mal estar
13
18,30%
Não sei
14
19,71%
(obs: Algumas manicures optaram por mais de uma resposta)
Das 50 manicures entrevistadas as respostas, mas frequentes obtidas foram à
maioria sabe o que é hepatite B com 84%, porém superficialmente, sabendo que é
uma doença, já para hepatite C 68% dizem saber o que é, ou seja, as manicures
dizem conhecer mais a hepatite B do que a C. Porém, é necessário mensurar
previamente o nível de conhecimento da população sobre estas doenças, de forma
que seja determinada a real necessidade de uma politica de educação em saúde
voltada para este tema10.
Analisando a questão de qual das hepatites elas acham mais grave, com 56%
mais da metade não tem nenhum conhecimento sobre qual é mais grave, sendo
que, 1(2%) disse que era hepatite B, 7(14%), disse que não há diferença, 20 (40%)
não sabe, ressaltando que temos ainda que levar em consideração que nas 22
(44%) manicures que optaram por responder hepatite C, foram na incerteza. Até
75% das infecções agudas pelo HCV progridem para infecção crônica em adultos,
ao passo que a cura de processos agudos em crianças ocorre em aproximadamente
50% dos casos. Cerca de 20% a 50% dos portadores crônicos do HCV desenvolvem
cirrose, falência hepática ou carcinoma hepatocelular10. Atualmente no Brasil,
estima-se que a prevalência média seja em torno de 8% de infectados por VHB e
2% por VHC (2,3)8.
12
Percebe-se que as 50 manicures incluídas na entrevista, atribuíram mais de
uma resposta a respeito do “O que a pessoa sente quando está com hepatite”,
totalizando 101 respostas para nove itens, 11 (10,89%) responderam cansaço, 10
(9,90%) responderam perda de peso, 5 (4,95%) responderam instestino, 10 (9,90%)
optaram por dor muscular, 11 (10,89%) falta de apetite, 9 (8,91%) disseram urina
escura, 34 (33,66%) responderam coloração amarela da pele e dos olhos, foi o item
mais escolhido pelas manicures, 8 (7,92%) não sabe, 3 (2,97%) optaram por outros,
porém não falaram quais. Tais dados sugerem que as manicures possuem
conhecimentos incompletos acerca dos sintomas da hepatite viral. Ressalta que
poucas manicures optaram por sinais e sintomas tão característicos da doença.
Conhecimento das manicures para qual órgão a hepatite ataca; 24 (47,05%)
diz ser no fígado, um percentual de 16 (31,37%) delas não sabe, com 11 (21,56%)
acham que são vários órgãos, sendo assim, 52,93% não sabe qual órgão ataca. A
respeito dos sinais e sintomas 33,66% optaram pela coloração amarelada da pele e
dos olhos e 8,91% para urina escura, percentual pequeno, menos da metade, para
os sintomas mais característicos da doença. Os vírus causadores das hepatites
determinam uma ampla variedade de apresentações clínicas, de portador
assintomático ou hepatite aguda ou crônica, até cirrose e carcinoma hepatocelular 2.
Baseado na pesquisa e analisando a resposta das manicures a respeito que a
hepatite é uma doença que com o tempo leva a o que, acham que é cirrose hepática
com 26,76% e câncer de fígado com 22,53%, totalizando 49,29% das manicures
com essas duas respostas, quase a metade optou pela mesma resposta,
lembrando-se que algumas manicures optaram por mais de uma resposta. Cerca de
25%
daqueles que se infectaram cronicamente durante a infância morrem
prematuramente de cirrose ou câncer de fígado. A infecção crônica pelo HBV
aumenta o risco de desenvolvimento de cirrose, morte por falência hepática e é a
maior causa mundial carcinoma hepatocelular10.
Tabela 3- Distribuição do número e frequência das respostas referentes aos meios
de transmissão da hepatite B e C. Santa Maria-DF, 2012.
Características
N°
f(%)
13
3.1 – Como se pega hepatite B e C:
Água
01
1,16%
Comida
02
2,32%
Sexual
21
24,41%
Ar
01
1,16%
Contato de pessoa a pessoa
03
3,48%
Contato com objetos sujos de sangue
43
50%
Contato com fluídos orgânicos (saliva, sêmen)
12
13,95%
Não sei
03
3,48%
(Obs: Algumas manicures optaram por mais de uma resposta)
Percebe-se que as 50 manicures incluídas nesta investigação, atribuíram mais
de uma resposta a respeito dos meios de transmissão, totalizando 88 respostas,
distribuídas em 8 itens. Revelam que 43 (50%) manicures optaram por “contatos
com objetos sujos de sangue”, porém para as alternativas que há forma grande de
transmissão teve um percentual baixo, com 21 (24,41%) para sexual e 12 (13,95%)
para contato com fluídos orgânicos. Tais dados nos fazem refletir que as manicures
sabem como se pega hepatite, porém menos da metade se atentou como uma DST.
A transmissão do vírus da hepatite B ocorre através de solução continuidade em
pele e mucosas, relações sexuais, transfusão de sangue e hemoderivados, uso de
drogas intravenosas, transmissão vertical e contatos domiciliares9. Embora o vírus C
(VHC) seja transmitido por contato direto, percutâneo ou através de sangue
contaminado, em percentual significativo de casos não se identifica a via de
infecção2.
Tabela 4- Distribuição do número e frequência das respostas das manicures sobre
meios de prevenção e quem pode adquirir o vírus da hepatite B e C:
Características
N°
f(%)
4.1 – Existe vacina para evitar pegar hepatite B:
Sim
45
Não
03
90%
06%
14
Não sei
02
04%
4.2 – Existe vacina para evitar pegar Hepatite C:
Sim
29
58%
Não
05
10%
Não sei
16
32%
4.3 – Quem deve tomar a vacina para Hepatite:
Quem usa drogas
09
12,67%
Profissionais de saúde
11
15,49%
Quem faz sexo sem camisinha
10
14,08%
Todas as pessoas
36
Portadores de doenças crônicas
01
Não sabe
04
50,70%
1,40%
5,63%
(obs: Algumas manicures optaram por mais de uma resposta)
4.4 – Quem apresenta riscos para adquirir o vírus da hepatite B e C:
Quem pratica sexo sem uso de preservativos
26
16,88%
Recém-nascidos das mães portadoras de hepatite
22
14,28%
Quem tem contato com material de uso pessoal
47
30,51%
Receptores de órgãos ou tecidos transplantados
15
9,74%
Profissionais de saúde
22
14,28%
Usuários de drogas
21
13,6%
Outros
01
0,64%
A maioria das manicures pesquisadas 90% tem conhecimento da existência
da vacina preventiva contra hepatite B. A distribuição das outras respostas relativas
á questão sobre as formas de prevenção da hepatite B e C está descrita na tabela 4
acima. “Existe vacina contra hepatite C”, 58% responderam que sim, ou seja, mais
da metade não sabe que não existe vacina para hepatite C, e apenas 10%
responderam que não e 32% responderam que não sabe, ou seja, 90% não sabe
que não existe vacina para hepatite C. Em setembro de 2008, o programa nacional
15
de Imunização (PNI), da secretaria de estado da saúde de São Paulo, incluiu as
categorias profissionais de manicures e podólogos na população alvo para a
vacinação contra hepatite B8.
No que se refere à questão “Quem deve tomar a vacina para hepatite” 36
(50,70%) responderam todas as pessoas, 11 (50,70%) para o item “profissionais de
saúde” e 10 (14,08%) responderam para quem faz sexo sem preservativo. A
principal problemática em relação á transmissão do VHB e VHC não está somente
nas práticas do dia a dia dos profissionais da saúde e de cuidados pessoais, mais
sim na falta de cuidados para preveni-las. Sabe-se que quanto maior a frequência de
exposição ao sangue contaminado com o vírus VHB, maior será o risco de
contaminação8.
Em relação às formas de prevenção e quem apresenta o risco para adquirir o
vírus da hepatite B e C, as manicures atribuíram por mais de uma resposta referente
á questão, 47 (30,51%) das manicures responderam “quem tem contato com
material de uso pessoal” 26 (16,88%) apontaram para o item “quem pratica sexo
sem uso de preservativos”, para a questão de” recém-nascidos das mães portadoras
de hepatite” 22 (14,28%) das manicures e 22 (14,28%) para o item “profissionais de
saúde”, para usuários de drogas 21 (13,6%) e receptores de órgãos ou tecidos
transplantados 15 (9,74%) e para ”outros” apenas 1 (0,64%). De acordo com
figueiredo e colaboradores, revisando a literatura, encontraram que a frequência do
VHC é baixa em profissionais da área de saúde, porém esse grupo pode ser
considerado como de risco para contrair hepatite C2.
Tabela 5 - Distribuição do número e frequência de respostas referentes às atitudes
das manicures. Santa Maria-DF, 2012.
Características
N°
f(%)
5.1 - Como você evita pegar as hepatites B e C:
Evita partilhar objetos pessoais
40
25,15%
Assegurar que são usadas agulhas descartáveis.
24
15,09%
Usam preservativos quando tem relações sexuais
25
15,72%
Toma vacina contra hepatite B
37
23,27%
16
Nunca compartilha agulhas ou seringas
33
20,75%
Não sabe
00
00,00%
Outros
00
00,00%
5.2 - No seu trabalho o que você faz para prevenir a transmissão da doença
para outras pessoas:
Esteriliza material com água e sabão
18
20,45%
Lava os materiais com água e sabão
20
22,72%
Orienta a cliente para ter os seus próprios materiais
39
44,3%
Joga fora o esmalte usado pela cliente que sangrou
00
00,00%
Lava material com solução química esterilizante
11
12,5%
Não sabe
00
00,00%
(Obs: Algumas manicures optaram por mais de uma resposta)
5.3 - Como você limpa o material:
Lava os materiais como o alicate, com água corrente
20
29,41%
Lava os materiais como alicate com água e sabão
21
30,88%
Coloca o material após uso direto na estufa
19
27,94%
Coloca o material de molho na água sanitária
07
10,29%
Manicure compra o material de cada cliente
01
1,47%
(Obs: Uma manicure compra o material de cada cliente, para utilizá-lo, algumas
manicures atribuíram por mais de uma resposta).
Na tabela 5, com relação como as manicures evitam pegar hepatite B ou C
mostra que 25,15% delas disseram que evita partilhar objetos pessoais; 37 (23,27%)
toma vacina contra a hepatite B 37 23,27% manicures, ‘nunca compartilham agulhas
ou seringas” 33 (20,75%), assegura que são usadas agulhas descartáveis 24
(15,09%), usam preservativos quando tem relações sexuais 25 (15,72%), já sobre os
itens “não sabe” e ‘outros” nenhuma das manicures optaram. Desta forma, as
opiniões fornecidas pelas manicures, a respeito dos meios preventivos da hepatite,
17
demonstraram que elas conhecem os meios de como evitar a síndrome. O fato das
manicures/pedicures serem um grupo com maior fator de risco, pela maior exposição
á infecção pelos vírus das hepatites que a população em geral, evidencia a
necessidade de uma atenção especial a este grupo de profissionais, já que não há
divulgação necessária no ambiente de trabalho8.
Das 50 manicures entrevistadas á respeito das respostas sobre “No seu
trabalho o que você faz para prevenir a transmissão da doença para outras
pessoas”, 39 (44,3%) das manicures orienta a cliente para ter seus próprios
materiais; 20 (22,72%) lava os materiais com água e sabão, esteriliza material com
água e sabão 18 (20,45%), lava o material com solução química esterilizante 11
(12,5%), Joga fora o esmalte usado pela cliente que sangrou (0%) não teve
nenhuma opção, manicures relatam ter prejuízos se jogar fora os esmaltes toda vez
que sangrar uma cliente, para opção não sabe (0%). As respostas das manicures
mostram que elas têm o conhecimento para prevenir a doença.
Nessa questão, mostra que algumas manicures optaram por mais de uma
resposta. Sobre a limpeza dos materiais, 20 (29,41%) das manicures, “lava os
materiais como alicate, com água corrente”, já 21 (30,88%) “lava os materiais como
alicate com água e sabão”, 19 (27,94%) “coloca o material após o uso direto na
estufa”, um índice muito alto de manicures, que atribuíram por essa resposta, mostra
que 19 delas não tem conhecimento de limpeza para os alicates, 7 (10,29%) “coloca
o material de molho na água sanitária” e 1 (1,47%) “compra o material de cada
cliente”, segundo essa manicure, ela faz curso de podológia e compra o material de
cada cliente, alicate, pau de laranjeira, afastador de cutículas, lixa e cortador de
unha, guardando o material de cada cliente em caixas separadas.
Tabela 6- Distribuição do número e frequência das respostas referentes aos
cuidados com os alicates de unha após o uso com cada cliente. Santa Maria-DF,
2012.
Características
N°
f(%)
6.1 - Você esteriliza o material em:
Ferve em panela normal
06
12%
Ferve em panela de pressão
00
00%
18
Colocam na estufa
40
82%
Coloca na autoclave
00
00%
Coloca de molho em solução química
03
06%
(Obs: Uma manicure compra o material de cada cliente, para utilizá-lo).
6.2- Quanto tempo você coloca na estufa:
15 minutos
04
9,09%
30 minutos
08
18,18%
40 minutos
11
25%
1 hora
13
29,5%
Outros
08
18,18
15 minutos
00
00%
30 minutos
00
00%
40 minutos
00
00%
1 hora
00
00%
Outros
00
00%
6.3 - Quanto tempo você coloca na autoclave:
6.4 - Quanto tempo você coloca na panela de pressão para ferver:
15 minutos
00
00%
30 minutos
00
00%
40 minutos
00
00%
1 hora
00
00%
Outros
00
00%
6.5 - Quanto tempo você coloca na panela para ferver:
15 minutos
03
50%
30 minutos
02
33,3%
19
40 minutos
00
00%
1 hora
00
00%
Outros
01
16,6%
Apresenta-se as respostas referentes à forma de esterilização, as respostas
mais frequentes foram: Ferve em panela normal 6 (12%), ferve em panela de
pressão (0%), coloca na estufa 40 (82%), coloca na autoclave 0 (0%) e coloca de
molho em solução química 3 (6%), dados mostram que mais da maioria da
manicures utilizam estufas e que nenhuma delas possui auto clave em seus salões,
devido ser salões localizado em uma cidade pobre de baixa renda.
Segundo
Melo8
em
sua
pesquisa,
verificou-se
que
26%
das
manicures/pedicures faziam esterilização em autoclaves, mas ninguém sabia utilizar
o equipamento adequadamente. As outras 54% utilizavam estufa, mais a maioria
não sabia o tempo e a temperatura correta para esterilização dos materiais. Sobre
as desvantagens apresentadas por cada método destaca-se que a autoclave tornase inviável para a manicure pelo porte do equipamento11.
A desinfecção por intermédio de substâncias químicas é a alternativa de
escolha, quando não for viável submeter ao calor. Críticas a esse método são feitas,
valendo lembrar que os produtos falham quando existem, grosseiramente, matérias
orgânicas, ficando por isso obrigatória a prévia lavagem com água e sabão 11. O VHB
é inativado pela exposição ao hipoclorito de sódio (500 mg/L) à temperatura
ambiente por 10 minutos12.
Na questão “Quanto tempo você coloca na estufa” foram atribuídas por 44
manicures, sendo que, 4 (9,09%) marcaram 15 minutos, 8 (18,18%) para 30
minutos, 11 (25%) 40 minutos, 13 (29,5%) 1 hora, 8 (18,18%) para outros. Para as
manicures a opção “1 hora” foi a mais votada, acima desse valor que seria opção
“outros” só atribuíram 8 delas, ou seja, um número baixo de manicures optaram por
mais tempo. Na esterilização por calor seco (estufa) a penetração e distribuição do
calor não se fazem de maneira uniforme, assim o processo requer um maior tempo
de exposição e temperaturas mais altas. A resolução SS 374 recomenda: 1 hora a
170°C ou 2 horas a 160°C. Sendo 7 dias o prazo de validade para os artigos
esterilizados por processo físico16. No soro o vírus perde a infectividade quando
20
sujeito à fervura por 2 minutos, ao calor seco (160°C por 1 hora) ou autoclavado a
121°C por 20 minutos12.
Para as devidas questões de quanto tempo coloca na autoclave e na panela
de pressão, nenhum item foi atribuído, dados mostram que nenhum dos salões da
Santa Maria usa autoclave. Para as respostas referentes há quanto tempo elas
colocam na panela para ferver, seis das 50 manicures responderam, 3 (50%) em 15
minutos, 2 (33,3%) em 30 minutos, nenhuma manicure optou pelo item 40 minutos e
1 hora e para opção “ outros” teve 1 (16,6%), dados revelam que as manicures que
fazem esterilização em panela, são as manicures que atendem em casa ou de porta
em porta.
O vírus mantém a capacidade infectante após a exposição ao éter, ácido (pH
2,4 por 6 horas) e calor (98°C por 1 minuto, 60°C por 10 horas), pois estes agentes
não destroem sua imunogenitieidade ou antigeneticidade. A inativação poderá ser
incompleta sob estas condições se a concentração do vírus for excessivamente
alta12.
Tabela 7 – Distribuição do número e frequência das respostas referentes às práticas
das manicures. Santa Maria-DF, 2012.
Características
N°
f(%)
7.1 - No Caso de cortar a cutícula de uma cliente e ocorrer sangramento
Coloca acetona no algodão e cobre o ferimento.
02
3,33%
Joga pó cicatrizante sobre o ferimento.
42
70%
Cobre com algodão o ferimento.
02
3,33%
Coloca o seu dedo diretamente no ferimento
02
3,33%
Passa uma solução para matar bactérias.
06
10%
Coloca pedra ume sobre o ferimento.
06
10%
(Obs: algumas manicures optaram por mais de uma resposta)
7.2- Você usa luvas para fazer as unhas de suas clientes:
21
Sempre
03
6%
Às vezes
09
18%
Nunca
38
76%
7.3 - Você usa o material do salão para fazer a sua própria unha:
Sempre
24
48%
Às vezes
09
18%
Nunca
17
34%
7.4 - Você lava os instrumentos de trabalho que tem contato com sangue:
Sempre
06
12%
Às vezes
06
12%
Nunca
38
76%
7.5 - Já sofreu algum acidente com material de trabalho?
Sim
04
28%
Não
36
72%
7.6 - Sofreu algum outro acidente de trabalho que levou contato com sangue
Sim
13
26%
Não
37
74%
Na tabela 7, as manicures incluídas nesta investigação, atribuíram mais de
uma resposta a respeito de cortar a cutícula de uma cliente e ocorrer sangramento,
o que elas fazem; 2 (33,3%) coloca acetona no algodão e cobre o ferimento, 42
(70%) joga pó cicatrizante sobre o ferimento, 2 (33,3%) coloca seu dedo diretamente
no ferimento, 6 (10%) passa solução para matar bactérias, 6 (10%) coloca pedra
ume sobre o ferimento. Os cuidados com os ferimentos também merecem atenção
especial, não encostar a ponta do pó cicatrizante ou outra solução no machucado e
fazer na próxima cliente. O compartilhamento de materiais de manicure/pedicure e o
22
contato com o sangue da cliente, principalmente alicates de unhas, tesouras, tem
sido apontadas como uma das formas de transmissão do vírus. Portanto as
manicures/pedicures representam um novo grupo com fatores de risco, já que
podem entrar em contato com o material contaminado pelo sangue de seus
clientes8.
Pesquisa mostra que 76% das manicures nunca usam luvas para fazer as
unhas de suas clientes; 18% usam ás vezes, muitas delas só usam luvas para fazer
os pés, quando tem sinal de micose, 6% sempre usa luvas. Dados demonstram que
as manicures preferem fazer as unhas de suas clientes sem luvas, pelo fato da luva
atrapalhar na hora de fazer a unha. 48% das manicures usam os materiais do salão
para fazer suas próprias unhas, 18% usa ás vezes e 34% nunca usa os materiais do
salão. 76% das manicures nunca lavam o pau de laranjeira, afastador de cutículas e
alicate usando luvas, 12% usam sempre e 12% usam ás vezes, isso mostra que as
manicures não têm conhecimento que ao lavar esses materiais podem estar
correndo um grande risco de se infectar pelo vírus da hepatite. Considerando a
resistência viral no meio externo, principalmente do vírus VHB, pode-se considerar
que estes podem ser transmitidos pelo compartilhamento de alicates, utilizados por
manicures/pedicures, não esterilizados ou esterilizados incorretamente. Além dos
alicates, outros materiais como cortadores de unha, tesourinhas, navalhas, que
entram em contato com o vírus VHB ou VHC, podem ser potenciais transmissores
deste vírus8. No Brasil, O ministério da saúde estima que 15% da população já tenha
tido contato com o vírus da hepatite B (VHB) e que cerca de 1% apresenta hepatite
crônica9.
No que se refere à questão: “Já sofreu algum acidente com material de
trabalho”, 14 (28%) responderam que sim, 36 (72%) responderam que não, a
maioria das manicures não sofreu nenhum acidente de trabalho, mostra que grandes
partes delas não se ferirão, entrando em contato com o sangue. Se “Sofreu algum
outro acidente de trabalho que levou contato com sangue da cliente”, 13 (26%)
responderam que sim, 37 (74%) responderam que não, o percentual para acidentes
de trabalho são baixos, acrescentando como benefício para as manicures.
Entretanto, refere que podem ocorrer ferimentos acidentais com sangramentos e
neste caso a transmissão poderia potencialmente se efetivar desde que o sangue de
uma pessoa infectada penetrasse no corpo de outra pessoa através de uma porta de
entrada ou por meio de equipamento contaminado11.
23
Tabela 8 - Distribuição do número e frequência das respostas referentes à
vacinação das manicures. Santa Maria-DF, 2012.
Características
N°
f(%)
8.1 - Você já tomou a vacina contra Hepatite?
Sim
34
68%
Não
08
16%
Não lembra.
08
16%
Na questão “se já tomou a vacina contra hepatite”, 34 (68%) responderam que
sim, 8 (16%) que não e 8 (16%) que não sabe, ou seja, 16 dessas manicures não
tomou a vacina ou não sabe, não tendo o conhecimento sobre a importância da
vacina, principalmente para elas que são de uma classe de risco. A vacinação contra
HBV é a maneira mais eficaz para prevenir a infecção e a transmissão do vírus. O
programa de imunização incluiu a prevenção da infecção perinatal por meio da
triagem materna e profilaxia de recém-nascidos; vacinação contra o HBV em todas
as crianças, visando prevenir a infecção na infância e idade mais avançada;
vacinação de adolescentes que não foram protegidos e vacinação de indivíduos
pertencentes a grupos de risco. Uma das metas do ministério da saúde é a
imunização de jovens até 19 anos10.
Tabela 9 – Distribuição do número e frequência das respostas referente à exposição
fatores de riscos. Santa Maria – DF, 2012.
Características
N°
f(%)
9.1 - Alguém que mora na sua casa já teve hepatite?
Sim
08
16 %
Não
42
84%
Não lembra
00
00%
00
00%
9.2 - Se sim, quem?
Pai
Marido ou companheiro
01
12,5%
Crianças.
02
25%
24
Mãe
00
00%
Irmão
01
12,5%
Outro
04
50%
9.3 - Já recebeu transfusão?
Sim
02
04%
Não
48
96%
Antes de 1993
02
100%
Após 1994
9.5- Fez Cirurgia?
00
00%
Sim
23
46%
Não
27
54%
Sim
16
32%
Não
34
68%
Sim
08
16%
Não
42
84%
9.4- Sua transfusão foi:
9.6- Tem tatuagem?
9.7- Tem piercing?
9.8 - Já compartilhou material cortante de higiene pessoal?
Sim
15
30%
Não
35
70%
9.9 - Já teve relação sexual desprotegida?
Menos de seis meses
25
58,13
Mais de seis meses
18
41,86%
9.10 - Já contraiu alguma doença sexualmente transmissível?
25
Sim
01
2,04%
Não
45
91,83%
Não sei
03
6,12%
9.11- Usou Injeções (seringas de vidro) com fortificantes?
Sim
00
00%
Não
48
96
Não sei
02
04%
9.12 - Já realizou algum reparo odontológico?
Sim
41
82%
Não
09
18%
Na tabela 9, apresentam-se os resultados referentes aos fatores de ricos.
Para a questão: “Alguém que mora na sua casa já teve hepatite”. 8(16%)
responderam que sim, 42(84%) responderam que não. Na questão “Se sim, quem?”
baseado em 8 respostas das manicures, 1(12,5%) para marido ou companheiro,
2(25%) responderam criança, 1 (12,5%) responderam irmão, 4 (50%) responderam
outros. A maioria das crianças quando tem hepatite na infância são as hepatites A.
Segundo Targa2, trata-se da infecção causada por um vírus RNA classificada como
sendo da família picornavírus, transmitida por via fecal-oral e que atinge mais
frequentemente crianças e adolescentes.
Das 50 manicures entrevistadas, as respostas mais frequentes a respeito se já
recebeu transfusão de sangue, 2 (4%) responderam que “sim”, 48 (96%)
responderam que “ não”. As duas manicures que responderam ter recebido
transfusão de sangue, receberam antes de 1993.
Para as manicures que já fizeram cirurgia, 23 (46%) responderam que sim,
sendo a maioria das cirurgias cesáreas, 27 (54%) responderam que não, Nos
últimos 30 anos tem sido observado um aumento progressivo das taxas de cesárea
em quase todos os países, embora não de forma homogênea. A magnitude dessa
tendência foi maior nos Estados Unidos, no Canadá, em Porto Rico e no Brasil 13.
Na questão: “Tem tatuagem”, 16 (32%) responderam que sim, 34 (68%)
responderam que não, seguido da questão “Tem piercings” 8 (16%) responderam
26
que sim, 42 (84%) responderam que não, dados mostram que a maioria das
manicures tem mais tatuagens do que piercings, mais que a maioria delas não foram
expostas á riscos. Os estúdios de tatuagem e perfuração corporal devem respeitar e
se adequar à legislação sanitária vigente, seguindo normas de biossegurança, para
garantir a segurança dos seus clientes e a dos prestadores de serviço evitando
riscos desnecessários à saúde12.
A transmissão das hepatites ocorre principalmente por transfusão de sangue
contaminado
(incluindo
preparações
de
imunoglubulina),
uso
de
drogas
intravenosas, tatuagens, body piercing e, secundariamente, por via sexual 10.
Nas respostas sobre a questão “já compartilhou material cortante de higiene
pessoal, como aparelho de barbear”, 15 (30%) responderam que sim, 35 (70%)
responderam que não, os dados mostram que a maioria das manicures tem
conhecimento sobre as formas de prevenção em não compartilhar materiais
pessoais.
No que diz respeito á questão: “Já teve relação sexual desprotegida” em
menos de seis meses 25 (58,13%), em mais de seis meses 18 (41,86%), sete
manicures não optaram por nenhuma das respostas. Se “Já contraiu alguma doença
sexualmente transmissível”, 1 (2,04%) disse que sim, 45 (91,83%) responderam que
não, um número altamente significativo, porém temos que levar em consideração
que nem todas respondem adequadamente, por vergonha, 3 (6,12%) não sabe, 1
manicure não atribuiu por nenhuma resposta, dados revelam que a maioria das
manicures ficam inibidas para responder sobre essa questão, não teve segurança
em suas respostas, pois dst é um assunto que qualquer pessoa fica com vergonha,
o estigma e o preconceito sempre se fizeram presente. O grande número de casos
de transmissão por via heterossexual, aumentou a participação das mulheres no
perfil epidemiológico da doença, constatada na progressiva redução da razão de
sexo entre todas as categorias de exposição, de 15,1 homens para 1 mulher, em
1986, para 1,5 homens 1 mulher, em 200514.
As respostas mais frequentes para o item: “Usou injeções (seringas de vidro)
com fortificantes, nenhuma delas responderam que sim, 48 (96%) responderam que
não, 2 (4%) responderam que não sabia, manicures mostraram que não tinham
conhecimento do que era fortificantes, 2 atribuíram o item “não sei” por não terem
nem idéia do que era.
27
Perguntamos se “Já realizaram algum reparo odontológico”, 41 (82%)
disseram que sim, com um número bem favorável, 9 (18%) com um número
significativamente menor, reparamos, que ao responder esse item, algumas dessas
9 que responderam que “não”, não sabia o que era “ odontológico”. A transmissão
do VHB pode ocorrer do paciente para o dentista, do dentista para o paciente e de
um paciente para o outro. Nos acidentes pérfuro-cortantes, com sangue
sabidamente contaminado, o risco de transmissão do VHB varia de 6% a 30%,
sendo que uma pequena quantidade de sangue contaminado (0,0001ml) é suficiente
para a transmissão do vírus9.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando as informações obtidas por esse estudo, pode-se concluir que
há um número significante de casos de infecção pelo vírus VHB e VHC que,
provavelmente ocorreram, devido ao uso inadequado de materiais de salão de
beleza.
Diante dos resultados verificamos que uma parte das manicures evidenciou
apresentar conhecimentos adequados sobre o que era hepatite B e C, no que se
refere, se elas sabiam o que era hepatite B e C, 84% responderam saber o que era
hepatite B, já para hepatite C responderam 68%, os dados mostram nitidamente que
elas conhecem mais da hepatite B do que a C sendo que elas não sabem qual é a
mais grave. Como citado respectivamente 56% delas responderam não saber o qual
era mais grave, nem as suas diferenças, assim responderam que a hepatite B era a
mais grave, porém não condiz com os 68% relatados anteriormente, dizendo que
sabiam o que era hepatite C. O contágio e os sintomas das duas hepatites são os
mesmos, porém pelo fato da hepatite B ser uma doença com maior índice de
infectados do que a hepatite C, elas acabam sabendo da hepatite que mais ouvem
falar. Atualmente no Brasil, estima-se que a prevalência média seja em torno de 8%
de infectados por VHB e 2% por VHC (2,3).
Em relação ao conhecimento de qual órgão a hepatite ataca, as manicures
mostram um desconhecimento significativo, pois apenas 47,05 delas responderam o
28
fígado, sendo que 52,93% responderam vários órgãos ou que não sabia. As
manicures de Santa Maria mostraram ter baixo conhecimento sobre qual órgão a
doença ataca, dizem saber o que é a doença, mais devidos fins não mostram isso
na pesquisa.
Quanto à “transmissão do vírus”, 50% delas disseram que transmitia por
contatos com objetos sujos de sangue, já 24,41% responderam que era “sexual”.
Desta forma, as informações fornecidas pelas manicures, a respeito do meio de
transmissão da hepatite, demonstraram que elas conhecem os meios de como evitar
a doença.
A vacinação é um dos melhores meios para prevenir-se da hepatite B, porém
quando perguntamos para as manicures se tem a vacina para hepatite B, 90%
responderam que sim, um número favorável. Porém elas mostraram ter pouco
conhecimento sobre a hepatite C, 58% disseram que existe a vacina e 32% não
sabia a resposta, dados mostraram que 90% não sabe que não existe vacina para
hepatite C.
Quando perguntamos “Quem deve tomar a vacina” apenas 50,70%
responderam que todas as pessoas, mostrando assim que as manicures não sabem
que todos nós corremos risco de se infectar com o vírus, ou seja, todos tem que ser
vacinados.
Para quem apresenta o risco de adquirir o vírus da hepatite B e C, 47
(30,51%) se atentaram para quem tem contato com materiais de uso pessoal, 26
(16,88%) se atentaram para quem prática sexo sem uso de preservativo, menos da
metade das 50 manicures atribuíram essa resposta, mostra que mais da metade,
não sabe que hepatite se pega através do sexo, 21 (13,6%) alertaram quanto aos
usuários de drogas. Enfatiza-se, ainda a idéia incorreta sobre drogas em geral e
hepatite, pois não é o uso de drogas ilícitas por si só, que leva a infecção, mas o
compartilhamento de agulhas e seringas durante o uso endovenoso, que propicia a
contaminação.
Referente às atitudes das manicures, quanto á questão de no trabalho o que
faz para prevenir a transmissão da doença para outras pessoas, 44,3% orienta a
cliente para ter os seus próprios materiais, essa atitude das manicures mostra uma
29
preocupação com as suas clientes. Essas profissionais tem que orientar suas
clientes, ter prática de boa higienização do ambiente, e esterilização da forma
correta. A forma como elas limpam os materiais mostra que as manicures tem
muitas dúvidas sobre a limpeza dos materiais, por acharem que passando uma água
já está limpo, 30,88% lava os materiais com água e sabão, 27,94% coloca o material
direto na estufa, ato incorreto de se fazer, um alicate tem que passar pela
desinfecção antes de ir para estufa.
Todos os 50 salões entrevistados da Santa Maria todos tinha estufas, porém
nenhuma autoclave, no questionário aplicado para a pergunta de como esteriliza o
material, 82% responderam estufa, 12% ferve em panela, que são as manicures que
atende em casa e de porta em porta, 6% coloca de molho na solução química, 25%
das manicures colocam os materiais na estufa por 40 minutos, 29,5% colocam por 1
hora. A questão é que essas manicures não sabem quanto tempo necessário tem
que permanecer na estufa. Segundo a resolução SS 374 recomenda-se 1 hora á
170° ou 2 horas a 160°. Os processos de desinfecção/ esterilização que utilizam não
são eficazes ou não são realizados de forma apropriada, uma vez que, o tempo de
exposição dos instrumentos ao meio adotado não é pertinente ao tempo
recomendado, e ainda por empregarem formas não convencionais, como éter e
acetona, o que não confere proteção ás clientes. O tempo estimado á esse tipos de
produtos químicos são desconhecidos.
Considera-se que uma boa alternativa é estimular o uso de alicate individual
das clientes e evitar exposição direta ao sangue, em casos de ferimentos, visandose assim á prevenção contra á infecção pela hepatite.
As práticas das manicures á respeito de cortar a cutícula de uma cliente e
ocorrer o sangramento, 70% joga pó cicatrizante sobre o ferimento, 3,33% coloca o
dedo diretamente no ferimento, o que os resultados mostram é que a manicure
acaba tendo contato com o ferimento no momento de colocar o pó, devido que 76%
não usam luvas, um número muito elevado, para tamanho descuido.
A vacina para hepatite B está disponível em qualquer unidade de saúde, para
toda a população, o esquema vacinal é de três doses com intervalos de 60 dias. Os
dados revelam que 68% das manicures disseram ter tomado à vacina, 16%,
disseram que não e outros 16% disseram que não lembra. Muitas manicures não
30
tomaram a vacina contra hepatite e outras não sabem se já tomou. Isso demonstra
descuido com a própria saúde delas e de suas clientes. A vacinação contra o HBV é
a maneira mais eficaz para prevenir a infecção e a transmissão do vírus.
A região administrativa da Santa Maria sofre uma carência de informações
sobre o assunto abordado, como relatado por muitas manicures e concluído pela
pesquisa. Não há muitas palestras e cursos oferecidos pela cidade. Como estratégia
de promoção á saúde e prevenção às doenças, os enfermeiros que trabalham nas
unidades básicas de saúde da Santa Maria, podem montar uma equipe de
profissionais, para a realização de programas educativos relacionados á doenças de
alta infectividade, especificamente dirigidos á estas profissionais.
31
32
Referências Bibliográficas:
1- TAUIL, Márcia de Cantuária et al. Mortalidade por hepatite viral B no Brasil, 20002009. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, n. , p.472-478, 28 mar. 2012.
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Pública, São Paulo, n. , p.353-9, 2010.
6- FACHINELLI, Letícia Rita et al. Hepatitis C and cutaneos alterations. Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Minas Gerais, v. 6, n. 45, p.770-773, dez.
2012.
7- GAZE, Rosangela et al. Das hepatopatias e icterícias ás hepattes virais: configuração
de um caleidoscópio. Revista Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 1, n. 47, p.116-22,
2013.
8- MELO, Flávia Cristina Alves; ISOLANI, Aline Paula. Hepatite B e C: Do risco de
contaminação por materiais de manicures/pedicure á prevenção. Rev. Saúde e Biol,
Campo Mourão, v. 6, n. , p.72-78, ago. 2011.
9- QUEIROGA, Andréa Sarmento et al. Hepatite B: Conhecimento e prática dos alunos de
odontologia da UFPB. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 3, n. 7,
p.211-216, dez. 2007.
10-
LIVRAMENTO, Andréa do et al. Avaliação do nível de conhecimento de adolescentes a
respeito da transmissão e prevenção das hepatites B e C. Universidade Federal de Santa
Catarina, Santa Catarina, v. 38, n. , p.155-163, 26 set. 2009.
11- GIR, Elucir; GESSOLO, Fabiana. Conhecimentos sobre AIDS e alterações nas ações
profissionais das manicures de Riberão Preto. Rev. Esc.enf.usp, Ribeirão Preto, v. 32, n. ,
p.91-100, ago. 1998.
12- ISIHI, Clementina Michielon de Augusto. Avaliação das condições de biossegurança e
percepção de risco de tatuadores e perfuradores corporais em relação á infecção pelos
33
vírus das hepatites B e C, no município de São paulo. 2010. 162 f. Tese (1) - Pós
Gradcoodernadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo,
São Paulo, 2010.
13- BARBOSA, Gisele Peixoto et al. Parto cesáreo: quem o deseja? Em quais circustâncias?
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 6, n. 19, p.1611-1620, nov. 2003.
14- SILVA, Carla Marins; VARGENS, Octavio Muniz da Costa. A percepção das mulheres
quanto á vulnerabilidade feminina para contrair DST/HIV. Rev. Esc.enf.usp, Rio de Janeiro,
v. 2, n. 43, p.401-406, 03 set. 2008.
34
Anexo 01 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
GERÊNCIA DE DST/AIDS
Você está sendo convidada a participar de uma pesquisa intitulada: “CONHECIMENTO
ATITUDES E PRÁTICAS DAS MANICURES /PEDICURES SOBRE HEPATITES B E C, NOS
SALÕES DE BELEZA , BRASÍLIA, DF, 2012.” Esse estudo tem como onjetivo avaliar os
conhecimentos, as atitudes e as práticas das manicures/pedicures em relação à hepatite B e C,
nos salões de beleza do Distrito Federal, e a importância da vacina contra a Hepatite B. Essa
pesquisa deverá fornecer informações importantes para a avaliação e monitoramento das políticas de
saúde para Hepatites B e C.
A participação nesse estudo não acarretará nenhuma despesa a minha pessoa, pois o estudo
será custeado pela SES e UCB. Tenho a total liberdade de me recusar a participar ou de retirar meu
consentimento, em qualquer fase da investigação, sem penalização alguma e sem prejuízo ao meu
cuidado. O meu nome e o da instituição que trabalho não aparecerá no questionário e nem na pesquisa.
Declaro que fui informado e devidamente esclarecido do projeto de pesquisa, desenvolvido
pelo Dra. Maria Liz Cunha de Oliveira, da Gerência de DST/Aids e Hepatites Virais da SES-DF, e que
concordo voluntariamente em participar desta pesquisa. A qualquer momento, se desejar informações
adicionais, posso entrar em contato com o pesquisador pelo telefone (61) 33221590.
Brasília ______de ____________ de 2012.
Nome:_________________________________________________________________
RG: ____________________ Data de nascimento: ____/____/_____ Sexo: M( ) F( )
Endereço:______________________________________________________________
Cidade:_____________________
Telefone: _______________________________
_______________________________________
Assinatura do declarante
Declaração do Pesquisador
Declaro, para fins da realização da pesquisa, que cumprirei todas as exigências acima, na qual obtive,
de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do declarante acima, qualificado
para a realização desta pesquisa.
Dra. Maria Liz Cunha de Oliveira
35
Anexo 02 - Termo de concordância do estabelecimento comercial.
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
GERÊNCIA DE DST/AIDS
PROJETO DE PESQUISA: CONHECIMENTO ATITUDES E PRÁTICAS DAS MANICURES
/PEDICURES SOBRE HEPATITES B E C, NOS SALÕES DE BELEZA , BRASÍLIA, DF, 2012.
TERMO DE CONCORDÂNCIA
A Gerência de DST/AIDS do Distrito Federal, bem como as demais coordenações de DST e
aids do país, estão implantando o “CONHECIMENTO ATITUDES E PRÁTICAS DAS
MANICURES /PEDICURES SOBRE HEPATITES B E C, NOS SALÕES DE BELEZA ,
BRASÍLIA, DF, 2012.”, conforme orientação do Programa Nacional de DST e Aids. Esse estudo visa
ao monitoramento do conhecimento das manicures sobre a transmissão da Hepatite B e C .
Precisaremos de informações de 850 manicures. As informações que serão coletadas estão no
questionário. Esse estudo é coordenado pela pesquisadora Maria Liz Cunha de Oliveira, chefe do
Núcleo de Prevenção da GEDST /AIDS do Distrito Federal e é sua responsabilidade o fornecimento
de qualquer esclarecimento antes, durante e após a pesquisa. As informações resultantes serão
sigilosas, os resultados para os usuários potenciais do estudo serão apresentados na forma de relatórios
parciais, sumários executivos e relatório final.
A instituição pode tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer
momento por e-mail ([email protected]), por telefone (33221590) ou por meio de
correspondência no seguinte endereço: Gerência de DST/AIDS, SGAN 601, Conj. P, LACEN, Setor
DIVEP, sala 06 – Asa Norte, CEP: 70830-10.
Se a instituição estiver de acordo com esse termo, participará da pesquisa fornecendo
autorização para a revisão dos documentos citados neste termo e a realização das entrevistas às
parturientes.
Eu,____________________________________________, dono do estabelecimento comercial
_________________________________________________________ declaro ter entendido os
esclarecimentos e concordo em incluir o salão no estudo, após aprovação pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal – CEP – SES/DF.
Brasília,
de
de 2012.
________________________________
Endereço do comitê de ética em pesquisa FEPECS - Fundação de Ensino e Pesquisa
em Ciências da Saúde. SMHN Quadra 03, conjunto A, Bloco 1 Edifício Fepecs - tel: 3324956
CEP 70.710-907 Brasília/DF.
36
Anexo 3
ROTEIRO DE COLETA DE DADOS SOBRE CONHECIMENTO ATITUDES E
PRÁTICAS DAS MANICURES /PEDICURES SOBRE HEPATITES B E C, NOS
SALÕES DE BELEZA, BRASÍLIA, DF, 2012.
ID entrevistado:_______________ FICHA Nº ______
Entrevistador: ______________________________________Data da entrevista :
//
I DADOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS:
1. Data de nascimento: ____/_____/________ 2. Sexo:[1] Feminino [2] Masculino
3. Local de nascimento: ________________________
4. Cidade de Residência: _________________________________ 5. UF:
_____________
6. Escolaridade :
[0] Analfabeto. [1]Ensino fundamental incompleto.
[2] Ensino Fundamental Completo. [3] Ensino Médio incompleto . [4] Ensino
Incompleto .
[5] Educação Superior incompleto. [6] Educação Superior completo. [7]Pós –
Graduação.
[8] Ignorado.
7. Estado Civil: [1] solteiro [2] Casado [3] união estável [4] viúvo [5] separado
8. Qual a sua Cor: [1] branco [2] negro [3] mulato [4] amarelo
9. Renda Familiar (R$): [1] < 1 sm [2] 2 a 5 sm [3] 6 a 9 [4] > 10 sm
10. Qual a sua ocupação? [1] Manicure
11. Tempo de Trabalho na Profissão? [1] 1 ano [2] 2 a 5 anos [3] 6 a 9 anos [4] >
10 anos.
12. Fez algum curso formal? [1] sim [2] não. Onde?_____________
II DADOS SOBRE O LOCAL DE TRABALHO
13 . Localização do estabelecimento:
[1] SALÃO DE BELEZA DE SHOPING [4] SALÃO DE BELEZA DE BAIRRO
[2] Barbearia
[5] Barbearia e salão de Beleza
[3] Casa
[6] Porta em porta
III CONHECIMENTOS SOBRE HEPATITES B E C
14. Você sabe o que é hepatite B ? [1] Sim [2] não .
15. Você sabe o que é hepatite C ? [1] Sim [2] não
16. Qual dos dois você acha mais grave?
37
[1] Hepatite B. [2] Hepatite C. [3] Não há diferença. [4] Não sabe.
17. A Hepatite viral é uma doença que ataca o :
[1] Coração. [2] Fígado. [3] Intestino. [4] Não sabe. [5] vários órgãos. [6] Outros.
18. Na Hepatite a maioria das pessoas não sente nada isto é :
[1]Falso [2] Verdadeira
19. Algumas pessoas que se infectam com este vírus podem se curar mesmo
sem tratamento.
[1] Falso [2] Verdadeira
20. A pessoa que se contamina com o vírus da hepatite B ou C, mesmo sem
estar doente pode transmitir a doença. [1] Falso [2] Verdadeiro
21. Somente a pessoa doente de hepatite transmite esta doença ? [1] Falso [2]
Verdadeiro
22. O que a pessoa sente quando está com Hepatite? ( sinais/sintomas)
[1] Cansaço. [2] Perda de peso. [3] Intestino. [4] Dor muscular. [5] Falta de apetite.
[6] Outros. [7] Urina escura. [8] Coloração amarela da pele e no branco dos olhos.
23. Como você acha que se pega Hepatite B e C ?
[1] Água. [2] Comida. [3] sexual. [4] Ar. [5] Contato de pessoa a pessoa. [6] Contato
com objetos sujos com sangue. [7] Contato com fluídos orgânicos (saliva, sêmen ).
[8] Não sei.
24. A hepatite é uma doença que com o tempo leva a : (marque quantos achar
necessário )
[1] doença do coração. [2] Doença de pele. [3] Cirrose Hepática. [4] Transplante de
rim.
[5] Câncer de fígado. [6] mal-estar. [8] Não sei.
25. Existe vacina para evitar pegar a hepatite B? [1] Sim [2] não [3] Não sei.
26. Existe vacina para evitar pegar a hepatite C ? [1] Sim [2] não [3] Não sei.
27. Quem deve tomar vacina para Hepatite? ( marque quantos achar
necessário )
[1] Quem usa drogas. [2] Profissionais de saúde . [3] quem faz sexo sem camisinha.
[4] Todas as pessoas. [5] Portadores de doença crônicas. [6] Não sabe.
28. Quem apresenta riscos para adquirir o vírus da Hepatite B e C ?
[1] Quem pratica sexo sem o uso de preservativos .
[2] Recém-nascidos das mães portadoras de hepatite.
38
[3] Quem tem contato social ou familiar com material de uso pessoal ( barbeadores,
escovas de dente, alicates de cutícula sem esterilização adequadas).
[4] Receptores de órgão ou tecidos transplantados.
[5] Profissionais de saúde. [6] Usuários de drogas [7] Outros _____________.
IV ATITUDES
29. Como você evita pegar as Hepatites B e C ?
[1] Evitar partilhar objetos pessoais, aparelhos de barbear, escovas de dente,
brincos e cortadores de unha.
[2] Assegurar que são usadas agulhas descartáveis para fazer tatuagens e colocar
“piercing”.
[3] Usa preservativo quando tem relações sexuais.
[4] Tomar vacina contra Hepatite B.
[5] Nunca compartilhar agulhas ou seringas.
[6] Não sabe.
[7] Outros _____________.
30. No seu trabalho o que você faz para prevenir a transmissão da doença para
outras pessoas?
[1] Esteriliza material como o pau de laranjeira, afastador de cutícula e alicate com
água e sabão.
[2] Lava os materiais como pau de laranjeira, afastadorde cutícula e alicate com
água e sabão.
[3]Orienta a cliente para que ela tenha o seu alicate, lixa, pau de laranjeira e
esmalte.
[4] Joga fora o esmalte usado pela cliente que sangrou .
[5]Lava material com solução química esterilizante.
[6] Não sabe.
31.Como você limpa o material
[1] Lava os materiais como o pau de laranjeira, afastador de cutícula e alicate com
água corrente
[2] Lava os materiais como pau de laranjeira, afastador de cutícula e alicate com
água e sabão.
[3] Coloca o material após uso direto na estufa.
[4] Coloca o material de molho na água sanitária.
32. Você esteriliza o material em:
39
[1] Ferve em panela normal.
[2] Ferve em panela de Pressão.
[3] Coloca na estufa.
[4] Coloca na autoclave.
[5] Coloca de molho em solução química.
33. Quanto tempo você coloca na estufa.
[1]15 minutos [2] 30 minutos [3] quarenta minutos [4] uma hora.
[5] outros _______________.
34.Quanto tempo você coloca no autoclave.
[1]15 minutos [2] 30 minutos [3] quarenta minutos [4] uma hora.
[5] outros _______________.
35. Quanto tempo você coloca na panela de pressão para ferver
[1]15 minutos [2] 30 minutos [3] quarenta minutos [4] uma hora.
[5] outros _______________.
36. Quanto tempo você coloca na panela para ferver.
[1]15 minutos [2] 30 minutos [3] quarenta minutos [4] uma hora.
[5] outros _______________.
V PRÁTICAS
37. No caso de cortar a cutícula de uma cliente e ocorrer sangramento, o que
você faz?
[1] Coloca acetona no algodão e cobre o ferimento.
[2] Joga pó cicatrizante sobre o ferimento.
[3] Cobre com algodão o ferimento .
[4] Coloca o seu dedo diretamente no ferimento para parar o sangramento .
[5] Passa uma solução para matar bactérias.
[6] Coloca pedra ume sobre o ferimento.
38. Você usa luvas para fazer as unhas de suas clientes ? [1] sempre [2] as
vezes [3] nunca
39. Você usa o material do salão para fazer a sua própria unha? [1] sempre [2]
as vezes [3] nunca
40. Você lavar o pau de laranjeira, afastador de cutícula e alicate usando luva ?
[1] sempre [2] as vezes [3] nunca
41. Já sofreu algum acidente com material de trabalho ? [1] Sim [2] não.
40
42. Já sofreu algum outro acidente de trabalho que levou o contato com
sangue de uma cliente ?
[1] Sim [2] não.
VI DADOS SOBRE A VACINAÇÃO
43. Você já tomou a vacina contra Hepatite ? [1] Sim [2] não.
VII FATORES DE RISCO
44. Alguém que mora na sua casa já teve Hepatite ? [1] Sim [2] não. [3] Não
lembra.
45. Se sim, quem? [1] Pai [2] marido ou companheiro [3] crianças.
[4] Mãe [5] Irmão [6] outro______
46. Já recebeu transfusão? [1] Sim [2] não.
47. Sua transfusão foi : ( ) antes de 1993 ( ) após 1994
48. Fez Cirurgia? [1] Sim [2] não.
49. Tem tatuagem? [1] Sim [2] não.
50. Tem piercing? [1] Sim [2] não.
51. Já compartilhou material cortante de higiene pessoal como aparelho de
barbear? [1] Sim [2] não.
52. Já teve relação sexual desprotegida? [1] menos de 6 meses [2] mais de 6
meses
53. Já contraiu alguma doença sexualmente transmissível? [1] Sim [2]
não.[3]não sei
54.Usou injeções (seringas de vidro) com fortificantes ? [1] Sim [2] não. [3] não
sei
55. Já realizou algum reparo odontológico ? [1] Sim [2] não.[3] não sei.
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