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Faculdade de Engenharia
Óptica e Electromagnetismo
MIB 2007/2008
Escolaridade
Faculdade de Engenharia
•
•
Teórico-práticas
•
1 turma
•
2 X 1.5h por semana
Práticas
•
3 turmas
•
1 X 1h por semana
agrupadas de forma a permitir a
realização dos trabalhos laboratoriais
OpE 0708
Funcionamento
Faculdade de Engenharia
•
•
Teórico-práticas
•
exposição e discussão da matéria
•
resolução de exercícios
•
realização de micro-testes
preparação prévia da matéria
Práticas
•
realização de 3 trabalhos laboratoriais específicos
•
realização de 3 trabalhos laboratoriais integrados
OpE 0708
Docentes
Faculdade de Engenharia
Teórico-práticas
Práticas
Atendimento
Inês Carvalho
gab I 313
(aprox. 2/3 das aulas)
5ª feira, das 9h00 às 10h00
[email protected]
Abel Costa
gab I 326
(aprox. 1/3 das aulas)
todas as
turmas
2ª feira, das 11h30 às 12h30
5ª feira, das 14h00 às 15h00
[email protected]
OpE 0708
Avaliação
Faculdade de Engenharia
•
•
•
Exame final
•
50% da nota final
•
consulta de formulário fornecido
Microtestes
•
20% da nota final
•
realizados nas aulas práticas sem aviso prévio
•
curta duração (aprox 15 min)
•
entre 6 a 9 durante o semestre
•
2 piores não contam para nota
nota de frequência
Laboratórios
•
30% da nota final
•
3 trabalhos específicos
•
2 trabalhos integrados propostos
•
1 trabalho integrado tipo projecto
•
relatórios dos trabalhos
OpE 0708
Obtenção de frequência
Faculdade de Engenharia
•
Classificação de frequência - AD (0 – 20 valores)
AD = 0.4 ⋅ M + 0.6 ⋅ L
•
•
M à média dos microtestes, excluindo os 2 piores
•
L à classificação dos laboratórios
Condições para obtenção de frequência
•
Não exceder limite de faltas às aulas TP e às aulas P (25% das previstas à 6 faltas às
aulas TP e 3 faltas às aulas P)
•
Classificação mínima de 30% nos microtestes e nos laboratórios
•
Realização de 2 trabalhos específicos e 2 trabalhos integrados
OpE 0708
Classificação final – CF
Faculdade de Engenharia
Exame final – E (0 – 20 valores)
Nota de frequência – AD (0 – 20 valores)
CF = 0.5 ⋅ E + 0.5 ⋅ AD
OpE 0708
Programa
•
Análise Vectorial
•
•
Lentes, espelhos, prismas. Formação de imagens. Sistemas ópticos em bioengenharia.
Fibras Ópticas
•
•
Eq. de Maxwell. Ondas electromagnéticas. Incidência em interfaces. Interferência. Difracção.
Óptica Geométrica
•
•
Leis de Coulomb e de Gauss. Leis de Biot-Savart e de Ampère. Corrente eléctrica.
Campos e Ondas Electromagnéticas
•
•
Sistemas de coordenadas. Operadores diferenciais. Teoremas da divergência e de Stokes.
Electrostática e Magnetostática
•
•
Faculdade de Engenharia
Tipos de fibras. Aplicações em biomedicina. Biosensores.
Lasers
•
Princípio de funcionamento. Lasers aplicados em bioengenharia.
OpE 0708
Plano
Faculdade de Engenharia
Aulas
Teórico-práticas
Apresentação
1
Análise vectorial (revisão)
2
Electrostática e
magnetostática
7
Campos e ondas
electromagnéticas
7
Óptica geométrica
3
Fibras ópticas
3
Lasers
3
26 aulas
OpE 0708
Bibliografia
•
•
Faculdade de Engenharia
Livros recomendados
•
D. Cheng, “Field and Wave Electromagnetics”, Addison Wesley, 1989.
•
P. Tipler e G. Mosca, “Física para cientistas e engenheiros – vol. 2”, Livros Técnicos e
Científicos Editora, 2004 .
•
E. Hecht, "Óptica", Fundação Calouste Gulbenkian, 1991.
Material fornecido
•
Acetatos das aulas teóricas
•
Folhas de problemas
•
Formulário
disponível na página da disciplina:
http://www.fe.up.pt/~mines/OpE/
OpE 0708
Conceitos necessários
•
Álgebra
•
•
Faculdade de Engenharia
Números complexos
Análise Matemática
•
Derivação
•
Integração
•
Análise vectorial
próximas 2 aulas
OpE 0708
Próxima aula
•
Faculdade de Engenharia
Análise Vectorial
•
Sistemas de coordenadas
• cartesianas
• cilíndricas
• esféricas
•
Operadores diferenciais
• gradiente
• divergência
• rotacional
•
Integração de funções escalares e vectoriais
• integrais de linha
• integrais de fluxo
OpE 0708
Faculdade de Engenharia
Análise Vectorial (revisão)
OpE - MIB 2007/2008
Programa de Óptica e Electromagnetismo
Faculdade de Engenharia
Análise Vectorial (revisão) à 2 aulas
Electrostática e Magnetostática à 7 aulas
Campos e Ondas Electromagnéticas à 7 aulas
Óptica Geométrica à 3 aulas
Fibras Ópticas à 3 aulas
Lasers à 3 aulas
OpE 0708
AnVe 2
Análise Vectorial (revisão) – hoje
Faculdade de Engenharia
Sistemas de coordenadas
cartesianas, cilíndricas e esféricas
Operadores diferenciais
gradiente, divergência e rotacional
Integração de funções escalares e vectoriais
integrais de linha e de fluxo
Teoremas
teoremas da divergência e de Stokes
OpE 0708
AnVe 3
Coordenadas cartesianas – vector de posição
Faculdade de Engenharia
coordenadas cartesianas à x, y, z
z
r
r
û z
P (x, y, z)
vector de posição
r
r = xuˆ x + yuˆ y + zuˆ z
û x
û y
y
x
OpE 0708
AnVe 4
Coordenadas cartesianas – elementos
Faculdade de Engenharia
elemento de comprimento
r
dl = dxuˆ x + dyuˆ y + dzuˆ z
z
dy
dz
dx
elementos de superfície
ds x = dydz (sup. perpendicular a xx)
y
ds y = dxdz
ds z = dxdy
x
elemento de volume
dv = dxdydz
OpE 0708
AnVe 5
Coordenadas cartesianas – operadores diferenciais
nota:
gradiente
∇f =
divergência
rotacional
Faculdade de Engenharia
∂f
∂f
∂f
uˆ x + uˆ y + uˆ z
∂x
∂y
∂z
r ∂Ax ∂Ay ∂Az
∇⋅ A =
+
+
∂x
∂y
∂z
uˆ x
r ∂
∇× A =
∂x
Ax
uˆ y
∂
∂y
Ay
f = f ( x, y , z )
r r
A = A( x, y, z )
à campo escalar
à campo vectorial
uˆ z
∂
∂z
Az
OpE 0708
AnVe 6
Coordenadas cilíndricas – vector de posição
Faculdade de Engenharia
coordenadas cilíndricas à r, φ, z
z
versores
uˆ r = cos φ uˆ x + sin φ uˆ y
r
r
û z
uˆφ = − sin φ uˆ x + cos φ uˆ y
P (r,φ, z)
y
φ
vector de posição
r
r = r uˆ r + zuˆ z
x
r
ûφ
û r
x = r cos φ
y = r sin φ
φ ∈ [0, 2π ]
OpE 0708
AnVe 7
Coordenadas cilíndricas – elementos
Faculdade de Engenharia
elemento de comprimento
r
dl = dr uˆ r + rdφuˆφ + dzuˆ z
dr
dz
r dφ
elementos de superfície
dsφ = dr dz
dsr = r dφ dz
ds z = r dr dφ
r
z
φ
elemento de volume
dv = r dr dφ dz
OpE 0708
AnVe 8
Coordenadas cilíndricas – operadores diferenciais
Faculdade de Engenharia
gradiente
∇f =
divergência
∂f
1 ∂f
∂f
uˆφ + uˆ z
uˆ r +
∂r
r ∂φ
∂z
r 1 ∂
∂A
(rAr ) + 1 φ + ∂Az
∇⋅ A =
∂z
r ∂r
r ∂φ
rotacional
uˆ r
r 1 ∂
∇× A =
r ∂r
Ar
ruˆφ
∂
∂φ
rAφ
uˆ z
∂
∂z
Az
OpE 0708
AnVe 9
Coordenadas esféricas – vector de posição
Faculdade de Engenharia
coordenadas esféricas à R, θ, φ
z
versores
θ
uˆ R = sin θ cos φ uˆ x + sin θ sin φ uˆ y + cos θ uˆ z
R
uˆθ = cos θ cos φ uˆ x + cos θ sin φ uˆ y − sin θ uˆ z
û R
r
r
P (R, θ, φ)
ûθ
uˆφ = − sin φ uˆ x + cos φ uˆ y
y
φ
vector de posição
ûφ
x
r
r = Ruˆ R
x = R sin θ cos φ
y = R sin θ sin φ
z = R cos θ
φ ∈ [0, 2π ]
θ ∈ [0, π ]
OpE 0708
AnVe 10
Coordenadas esféricas – elementos
Faculdade de Engenharia
elemento de comprimento
r
dl = dR uˆ R + R dθ uˆθ + R sin θ dφ uˆφ
R sinθdφ
dR
elementos de superfície
θ
dsφ = R dR dθ
dsθ = R sin θ dR dφ
ds R = R sin θ dθ dφ
2
Rdθ
R
φ
elemento de volume
dv = R 2 sin θ dR dθ dφ
OpE 0708
AnVe 11
Coordenadas esféricas – operadores diferenciais
gradiente
∇f =
divergência
Faculdade de Engenharia
∂f
1 ∂f
1 ∂f
uˆφ
uˆθ +
uˆ R +
∂R
R sin θ ∂φ
R ∂θ
r
∂Aφ
1 ∂
1
∂
(sin θ Aθ ) + 1
∇⋅ A = 2
R 2 AR +
R sin θ ∂θ
R sin θ ∂φ
R ∂R
(
)
rotacional
uˆ R
r
1
∂
∇ × A= 2
R sin θ ∂R
AR
R uˆθ
∂
∂θ
R Aθ
R sin θ uˆφ
∂
∂φ
R sin θ Aφ
OpE 0708
AnVe 12
Exercícios
Faculdade de Engenharia
1.
Considere os pontos P1 e P2 de coordenadas cartesianas (1, 2, 0) e (4, -5, 1), respectivamente. Determine
a)
o vector que vai de P1 para P2;
b)
a distância entre os dois pontos.
2.
Considere o ponto P de coordenadas cilíndricas (2, π/2, 1). Determine o seu vector de posição em
coordenadas
a)
cilíndricas;
b)
cartesianas;
c)
esféricas
3.
−z
Calcule o gradiente do campo escalar f = 2 x sin( y ) e
4.
n
Determine a divergência do campo vectorial V = R uˆ R
5.
Determine o rotacional do campo vectorial B =
no ponto de coordenadas cartesianas (1, π/2, 0).
r
r
4
cos(φ )uˆφ + zuˆ z
r
OpE 0708
AnVe 13
Propriedades importantes da divergência e do rotacional
∇ × (∇f ) = 0
(
)
r
∇⋅ ∇× A = 0
Faculdade de Engenharia
rotacional de gradiente é sempre nulo
divergência de rotacional é sempre nula
•se o rotacional de um campo vectorial é nulo, então esse campo vectorial pode ser expresso
como o gradiente de um campo escalar.
•campo vectorial com rotacional nulo é chamado campo conservativo
•se a divergência de um campo vectorial é nula, então esse campo vectorial pode ser expresso
como o rotacional de outro campo vectorial.
OpE 0708
AnVe 14
Teorema de Helmholtz
Faculdade de Engenharia
Um campo vectorial fica completamente especificado, a menos de uma
constante, se a sua divergência e o seu rotacional forem conhecidos
Exercício
r
Considere o campo vectorial F = (x + c1 z )uˆ x + (c2 x − 3 z )uˆ y + (x + c3 y + c4 z )uˆ z
r
r
Determine c1, c2, c3, e c4 sabendo que ∇ × F = 0 e ∇ ⋅ F = 0
OpE 0708
AnVe 15
Próximas aulas
Faculdade de Engenharia
3ª feira
Integração de funções escalares e vectoriais
integrais de linha e de fluxo
Teoremas importantes
teoremas da divergência e de Stokes
4ª feira
Lei de Coulomb
Campo eléctrico criado por distribuições de cargas à princípio da sobreposição
distribuições discretas
distribuições contínuas
OpE 0708
AnVe 16
Análise Vectorial (revisão) – hoje
Faculdade de Engenharia
Sistemas de coordenadas
cartesianas, cilíndricas e esféricas
Operadores diferenciais
gradiente, divergência e rotacional
Integração
comprimento, área e volume
integração de funções escalares e vectoriais
integrais de linha e de fluxo
Teoremas
teoremas da divergência e de Stokes
OpE 0708
AnVe 17
Comprimento de uma linha
Faculdade de Engenharia
z
comprimento =
∫ dl
L
y
dl
L
x
r
dl = dl
Exemplo
coordenadas cilíndricas à
y
r = r0
z=0
r0
r
dl = dr uˆ r + r dφ uˆφ + dzuˆ z
dr = 0
dz = 0
r
dl = r0 dφ uˆφ
dl = r0 dφ
x
π
∫
comprimento = r0 dφ = π r0
0
OpE 0708
AnVe 18
Área de uma superfície
Faculdade de Engenharia
z
área =
∫ ds
ds
A
A
y
x
Exemplo
Para calcular a área da região definida por
superfície a utilizar é
R = R0
φ ∈ [0, 2π ]
,
e
θ ∈ [0, π 2] ,
o elemento de
ds = ds R = R 2 sin θ dθ dφ = R02 sin θ dθ dφ
R = R0
2π π 2
área =
∫ ∫
0
0
R02
sin θ dθ dφ
π 2
2π
=
R02
∫
0
dφ
∫
sin θ dθ = R02 2π [− cos θ ] 0
π 2
= 2π R02
0
OpE 0708
AnVe 19
Volume de uma região
Faculdade de Engenharia
z
volume =
∫ dv
dv
V
V
y
x
Exemplo
O volume da região definida por R1
2π π 2
volume =
0
,
φ ∈ [0, 2π ]
2π
R2
∫ ∫ ∫
0
< R < R2
R 2 sin θ dR dθ dφ
R1
dv = R 2 sin θ dR dθ dφ
π
∫ ∫
e
θ ∈ [0, π ]
R2
∫
= dφ sin θ dθ R 2 dR
0
0
R1
, é dado por
= 2π [− cos θ ]0
π
R2
(
 R3 
4π 3
=
R2 − R13
 
3
 3  R1
)
coordenadas esféricas
OpE 0708
AnVe 20
Exercícios
Faculdade de Engenharia
1.
Calcule a área da superfície lateral do cone de altura H e diâmetro de base D.
2.
Calcule o volume do cone do problema anterior.
3.
Determine, por integração, o comprimento da linha representada na figura seguinte.
z
3
2
1
1
y
OpE 0708
AnVe 21
Integração de funções escalares
Faculdade de Engenharia
A integração de uma dada função escalar f ao longo de uma dada região pode ser de diferentes tipos:
∫ f dl
e
∫
e
A
(região = linha)
∫
r
f ds
(região = superfície)
L
L
f ds
∫
r
f dl
A
r
vector normal à superfície considerada e com amplitude ds = ds
∫ f dv
(região = volume)
V
OpE 0708
AnVe 22
Exercícios
1.
Faculdade de Engenharia
Determinar o valor dos integrais I1 =
∫ f dl
e I2 =
L
∫
r
f dl , onde f = 2 x + y 2 , para os dois
L
percursos indicados a seguir
b)
a)
y
1
y
1
LA
LB
1
2.
Determinar o valor do integral
x
I=
1
∫
V
f dv onde
f =
x
cosθ
e V é o volume da metade superior da
2
R
esfera de raio 2 centrada na origem
OpE 0708
AnVe 23
Integração de funções vectoriais
Faculdade de Engenharia
r
Seja F uma função vectorial
A integração desta função ao longo de uma dada região pode ser de tipos diferentes:
∫
r
F dl
∫
r
F ds
∫
r
F dv
e
∫
r r
F ⋅ dl
integral de linha
r
circulação de F ao longo de L
∫
r r
F ⋅ ds
integral de fluxo
r
fluxo de F através de A
L
L
A
e
A
V
Dos integrais acima, são particularmente relevantes para esta disciplina os integrais de linha e de fluxo
OpE 0708
AnVe 24
Integral de linha
∫
r r
F ⋅ dl
Faculdade de Engenharia
r
(circulação de F ao longo de L )
L
onde
L à linha em consideração
r
dl à tangente em cada ponto a L
r
r r
F
segundo o percurso de integração
F ⋅ dl à depende da componente de
r
Exemplo: se F for força e L o percurso, o integral representa o trabalho
OpE 0708
AnVe 25
Integral de linha – exemplo
P2
Determine o valor do integral I =
∫
Faculdade de Engenharia
r r
E ⋅ dl , onde P1 e P2 são os pontos de coordenadas (2,1, 0 ) e (8, 2, 0 ) ,
P1
r
respectivamente, e E = yuˆ x + xuˆ y , ao longo do segmento de recta que une os dois pontos
r
dl = dxuˆ x + dyuˆ y + dzuˆ z
coordenadas cartesianas
r r
E ⋅ dl = ydx + xdy
a recta que passa pelos dois pontos é dada por: x = 6 y − 4
P2
r r
I = E ⋅ dl =
∫
P1
2
∫ (12 y − 4)dy
[
= 6y2 − 4y
dx = 6dy
]
2
1
r r
E ⋅ dl = (12 y − 4 )dy
= 14
1
OpE 0708
AnVe 26
Integral de linha – exercício
P2
Determine o valor do integral I =
∫
Faculdade de Engenharia
r r
E ⋅ dl , onde P1 e P2 são os pontos de coordenadas cartesianas (2,1, 0 )
P1
r
e (8, 2, 0 ) , respectivamente, e E = yuˆ x + xuˆ y
ao longo da parábola x = 2 y 2
OpE 0708
AnVe 27
Integral de fluxo
∫
r r
F ⋅ ds
Faculdade de Engenharia
r
(fluxo de F através de A )
A
onde
A
r
ds
à superfície em consideração (superfície pode ser aberta ou fechada)
r r
fluxo = F ⋅ ds
∫
A
à normal a A em cada ponto
r
convenção: se A for fechada, ds aponta para fora de A
r
r r
à
depende
da
componente
de
normal à superfície
F
F ⋅ ds
OpE 0708
AnVe 28
Integral de fluxo – exemplo
Faculdade de Engenharia
r
Determine o fluxo do campo vectorial B = 3 sin θ uˆ R +
5
tan φ uˆθ + R 2 uˆφ
R
através da esfera de raio
5 centrada na origem.
fluxo =
∫
r r
B ⋅ ds
A
superfície em causa é esférica
R=5
ds R = R 2 sin θ dθ dφ
2π π
fluxo =
r r
B ⋅ ds = BR ds R = 3 sin θ ds R
r r
B ⋅ ds = 75 sin 2 θ dθ φ
π
75 sin θ dθ dφ = 150 π θ − sin 2θ  = 75π 2
2
4  0

0
∫ ∫
0
r
ds = ds R uˆ R
2
OpE 0708
AnVe 29
Teorema da divergência
Faculdade de Engenharia
O integral de volume da divergência de um campo vectorial é igual ao fluxo total exterior do
campo vectorial através da superfície que limita o volume
∫
V
r
r r
∇ ⋅ F dv = F ⋅ ds
∫
A
nota: este teorema permite converter integrais de superfície em integrais de volume, e vice-versa
OpE 0708
AnVe 30
Teorema da divergência – exemplo
Faculdade de Engenharia
r cos 2 φ
uˆ R e a coroa esférica definida por 1 < R < 2 .
Considere o campo vectorial D =
R3
Determine
∫
r
∇ ⋅ D dv
∫
r r
D ⋅ ds
a)
V
b)
A
a)
r
∂Aφ
1 ∂
1
∂
(sin θ Aθ ) + 1
∇⋅ A = 2
R 2 AR +
R sin θ ∂θ
R sin θ ∂φ
R ∂R
(
coordenadas esféricas
cos 2 φ
DR =
R3
Dθ = Dφ = 0
∫
V
r
∇ ⋅ D dv
)
r
1 ∂  cos φ 
cos 2 φ
∇⋅ D = 2

 =−
R ∂R  R 
R4
2 π π R2
=
 cos 2 φ  2
−
R sin θ dR dθdφ
4 

R 
R1 
∫∫∫
0
0
2π
∫
π
∫
= − cos φ dφ sin θ dθ
0
2
0
R2
∫
R1
dR
R2
= −π
dv = R 2 sin θ dR dθ dφ
OpE 0708
AnVe 31
Teorema da divergência – exemplo
Faculdade de Engenharia
b)
∫
r cos 2 φ
D=
uˆ R
R3
1< R < 2
r r
r r
r r
D ⋅ ds = D ⋅ ds + D ⋅ ds
A
∫
∫
A1
A2
fluxo através da
superfície com
R=1
fluxo através da
superfície com
R=2
superfície com R=1:
R =1
r
ds = −ds R uˆ R
r
ds = −12 sin θ dθ dφ uˆ R = − sin θ dθ dφ uˆ R
r
D = cos 2 φ uˆ R
r r
D ⋅ ds = − cos 2 φ sin θ dθ dφ
∫
r r
D ⋅ ds = −2π
A1
superfície com R=2:
R=2
r
ds = ds R uˆ R
∫
r r
D ⋅ ds = −π
r
ds = 4 sin θ dθ dφ uˆ R
r cos 2 φ
D=
uˆ R
8
r r 1
D ⋅ ds = cos 2 φ sin θ dθ dφ
2
∫
r r
D ⋅ ds = π
A2
como seria de esperar
A
OpE 0708
AnVe 32
Teorema de Stokes
Faculdade de Engenharia
O integral de superfície do rotacional de um campo vectorial estendido a uma dada superfície
aberta é igual ao integral de linha do campo vectorial ao longo do percurso fechado que limita
essa superfície
∫(
)
r r
r r
∇ × F ⋅ ds = F ⋅ dl
A
importante: sentido de circulação e sentido de
r
ds
C
∫
C
r
ds estão relacionados pela regra da mão-direita
r
ds
C
OpE 0708
AnVe 33
Teorema de Stokes – exemplo
Faculdade de Engenharia
r
Considere o campo vectorial A = 3 x 2 y 3uˆ x − x 3 y 2uˆ y e o percurso triangular representado na figura.
Determine
a)
∫(
)
∫
r r
A ⋅ dl
r r
∇ × A ⋅ ds
S
b)
y
2
1
.
C
1
2
x
a)
S: superfície do triângulo
r
sentido horário à ds = − ds uˆ z = − dx dy uˆ z
Ax = 3 x 2 y 3
(∇ × Ar )⋅ dsr = 12 x
r
∇ × A = −12 x 2 y 2 uˆ z
Ay = − x 3 y 2
2
y 2 dx dy
Az = 0
∫(
)
r r
∇ × A ⋅ ds =
S
2 2
∫∫
1
2
2
3
2 2
2 x 
12 x y dx dy = 12 y   dy = 4 y 2 8 − y 3 dy = 98
3
 3 y
y
1
1
2
∫
∫ (
)
OpE 0708
AnVe 34
Teorema de Stokes – exemplo
Faculdade de Engenharia
y
b)
∫
C
r r
r r
r r
r r
A ⋅ dl = A ⋅ dl + A ⋅ dl + A ⋅ dl
∫
∫
L1
∫
L2
2
L3
L3
r
dl = dx uˆ x + dy uˆ y + dz uˆ z
r
A = 3 x 2 y 3uˆ x − x 3 y 2 uˆ y
r r
A ⋅ dl = 3 x 2 y 3 dx − x 3 y 2 dy
1
L2
1
percurso L1 : x = 2
∫
L1
dx = 0
r r
A ⋅ dl = −8 y 2 dy
L1
2
x
r
A = 3 x 2 y 3uˆ x − x 3 y 2uˆ y
1
r r
56
A ⋅ dl = −8 y 2 dy =
3
2
∫
percurso L2 : y = 1
∫
dy = 0
r r
A ⋅ dl = 3 x 2 dx
1
r r
A ⋅ dl = 3 x 2 dx = −7
∫
percurso L3 : y = x
∫
L3
dy = dx
∫
(como seria de esperar)
2
L2
r r 56
98
A ⋅ dl =
− 7 + 21 =
3
3
C
r r
A ⋅ dl = 2 x 5 dx
2
r r
A ⋅ dl = 2 x 5 dx = 21
∫
1
OpE 0708
AnVe 35
Faculdade de Engenharia
Electrostática
OpE - MIB 2007/2008
Programa de Óptica e Electromagnetismo
Faculdade de Engenharia
Análise Vectorial (revisão) à 2 aulas
Electrostática e Magnetostática à 7 aulas
Campos e Ondas Electromagnéticas à 7 aulas
Óptica Geométrica à 3 aulas
Fibras Ópticas à 3 aulas
Lasers à 3 aulas
OpE 0708
Elec 2
Electrostática (4 aulas)
Faculdade de Engenharia
Campo eléctrico criado por distribuições discretas e contínuas de cargas
lei de Coulomb
princípio da sobreposição
Lei de Gauss
Potencial eléctrico
Electrostática na matéria
Correntes eléctricas estacionárias
OpE 0708
Elec 3
Lei de Coulomb
Faculdade de Engenharia
r
R
Q e q
R
R̂
r
F
1
4π ε 0
ε0 =
à cargas pontuais
R
à distância entre as cargas
à versor que aponta de Q para q
à força que Q exerce em q
à constante de proporcionalidade
r
R
Rˆ = r
R
q
Q
r
F=
R̂
1 Qq ˆ
R
4π ε 0 R 2
1
× 10 −9 F/m à permitividade eléctrica do vazio
36 π
nota
se Q q > 0
r
F segundo R̂
força repulsiva
cargas de sinal igual repelem-se
se Q q < 0
r
F segundo − R̂
força atractiva
cargas de sinal oposto atraem-se
OpE 0708
Elec 4
Campo eléctrico
Faculdade de Engenharia
O campo eléctrico é definido como a força por unidade de carga que uma carga pontual muito
pequena sofre quando colocada numa região do espaço onde um campo eléctrico existe:
r
E = lim
q →0
r
F
q
notas
r
E
r
E
r
E
r
à é proporcional a F
r
à tem direcção de F
à tem unidades de N/C = V/m
desde que q seja suficientemente pequena para não alterar a distribuição de carga da fonte,
r
E é dado por
r
r F
E=
q
r
r
F = qE
q
força exercida na carga
r
pelo campo eléctrico E
OpE 0708
Elec 5
Campo eléctrico criado por uma carga pontual
r
F=
1 Qq ˆ
R
4π ε 0 R 2
r r
E=F q
r
E=
Faculdade de Engenharia
R
Q ˆ
1
R
4π ε 0 R 2
(V/m )
Q
q
R̂
notas
1.
campo eléctrico criado por uma carga pontual positiva tem a direcção
radial que aponta para fora da carga
2.
intensidade do campo eléctrico é proporcional ao valor da carga
3.
intensidade do campo eléctrico é inversamente proporcional ao
quadrado da distância à carga
OpE 0708
Elec 6
Carga pontual – linhas de campo eléctrico
linhas de campo eléctrico
à
Q>0
tangentes em cada ponto
ao campo eléctrico nesse
ponto
Faculdade de Engenharia
r
E=
Q ˆ
1
R
2
π
ε
4 0 R
(V/m )
Q<0
OpE 0708
Elec 7
Carga pontual em posição genérica
Faculdade de Engenharia
z
seja:
P
r
Q à carga pontual (fonte de E )
r
r
r
P à ponto onde se quer calcular E
r
r à vector de posição de P
r
r ' à vector de posição de Q
r
r'
r r r
R = r − r'
Q
y
r
r ' à coordenadas da fonte
r
r à coordenadas do campo
r
E=
1
Q ˆ
R
4π ε 0 R 2
r
R
Rˆ = r
R
r
E=
1
Q r
R
4π ε 0 R 3
x
r
E=
r r r
R = r − r'
1
Q ˆ
R
2
4π ε 0 R
r
E=
(V/m )
r r
Q
r − r'
4π ε 0 rr − rr ' 3
OpE 0708
Elec 8
Exemplo
Faculdade de Engenharia
Uma carga de 10 nC está localizada no ponto de coordenadas cartesianas (1, 2, 2). Calcule o campo eléctrico
criado por essa carga no ponto de coordenadas (-3, -1, 2)
r
r ' = uˆ x + 2uˆ y + 2uˆ z
r
r = −3uˆ x − uˆ y + 2uˆ z
r
E=
Q ˆ
1
R =
4π ε 0 R 2
r
R = −4uˆ x − 3uˆ y
r r r
R = r − r'
1
10 × 10 −9
− 0.8uˆ x − 0.6uˆ y
10 −9
52
4π ×
36π
(
)
R = 16 + 9 = 5 m
r
R
Rˆ = r = −0.8uˆ x − 0.6uˆ y
R
= −0.0356uˆ x − 0.0267uˆ y
(V/m )
OpE 0708
Elec 9
Princípio da sobreposição
Faculdade de Engenharia
O campo eléctrico criado por várias fontes é dado pela soma vectorial dos campos eléctricos
criados individualmente por cada fonte
r
EN
r
E1
r
ETotal =
∑
r
Ei
i
r
E2
OpE 0708
Elec 10
Campo eléctrico criado por distribuições discretas de cargas
Faculdade de Engenharia
Considere-se uma distribuição de N cargas pontuais:
r
Q1 , localizada em r '1
r
Q2 , localizada em r '2
r
Q3 , localizada em r '3
M
r
QN , localizada em r ' N
r
ETotal =
N
∑
i =1
r
Ei =
N
∑
i =1
1 Qi ˆ
Ri
4π ε 0 Ri2
1
=
4π ε 0
N
∑
i =1
Qi ˆ
R
2 i
Ri
onde
r r r
Ri = r − r 'i
princípio da sobreposição
OpE 0708
Elec 11
Exercício
Faculdade de Engenharia
Duas cargas pontuais, Q1 e Q2 , estão localizadas em (1, 2, 0) e (2, 0, 0) (coordenadas cartesianas).
Qual é a relação entre Q1 e Q2 para que a força exercida numa carga de teste localizada em (-1, 1, 0)
não tenha
a) componente segundo x;
b) componente segundo y.
OpE 0708
Elec 12
Distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição linear de carga
- distribuição de carga ao longo de uma linha
∆Q
∆Q à carga existente em ∆L
∆L
seja ρ l a densidade linear de carga (carga por unidade de comprimento)
ρ l = lim ∆L →0
∆Q
∆L
(C/m )
OpE 0708
Elec 13
Distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição superficial de carga
- distribuição de carga ao longo de uma superfície
∆Q
∆Q à carga existente em ∆S
∆S
seja ρ s a densidade superficial de carga (carga por unidade de área)
ρ s = lim ∆S →0
∆Q
∆S
(C/m )
2
OpE 0708
Elec 14
Distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição volumétrica de carga
- distribuição de carga ao longo de um volume
∆Q
∆V
∆Q à carga existente em ∆V
seja ρ v a densidade volumétrica de carga (carga por unidade de volume)
ρ v = lim ∆V →0
∆Q
∆V
(C/m )
3
OpE 0708
Elec 15
Campo eléctrico criado por distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição linear de carga
P
campo criado pelo elemento dl
r
dE =
1 dq ˆ
R
4π ε 0 R 2
onde
dq = ρ l dl
r r r
R = r − r'
r
R
r
r
r
r'
L, ρ l
dl, dq
princípio da sobreposição
r
r
E = dE
∫
L
=
1
4π ε 0
∫
L
1
dq ˆ
=
R
4π ε 0
R2
∫
L
ρ l dl r r
r r 3 (r − r ')
r − r'
OpE 0708
Elec 16
Campo eléctrico criado por distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição superficial de carga
P
campo criado pelo elemento ds
r
dE =
1 dq ˆ
R
4π ε 0 R 2
onde
dq = ρ s ds
r r r
R = r − r'
r
R
r
r
r
r'
ds, dq
A, ρ s
princípio da sobreposição
r
r
E = dE
∫
A
=
1
4π ε 0
1
dq ˆ
=
R
4π ε 0
R2
A
∫
∫
A
ρ s ds r r
r r 3 (r − r ')
r − r'
OpE 0708
Elec 17
Campo eléctrico criado por distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição volumétrica de carga
P
campo criado pelo elemento dv
r
dE =
1 dq ˆ
R
4π ε 0 R 2
onde
dq = ρ v dv
r r r
R = r − r'
r
R
r
r
r
r'
dv, dq
V , ρv
princípio da sobreposição
r
r
E = dE
∫
V
=
1
4π ε 0
∫
V
1
dq ˆ
=
R
4π ε 0
R2
∫
V
ρ v dv r r
r r 3 (r − r ')
r − r'
OpE 0708
Elec 18
Exercícios
1.
2.
Faculdade de Engenharia
Determine o campo eléctrico criado pelas seguintes distribuições uniformes de carga
a)
distribuição linear de carga ao longo de uma linha recta de comprimento infinito
b)
distribuição superficial de carga ao longo de uma superfície plana de área infinita
Um anel de raio 5 m possui uma densidade linear de carga dada por ρ l = 10 sin (φ ) (C/m )
Determine o campo eléctrico no centro do anel.
3.
Uma casca hemisférica fina de raio a possui uma densidade superficial de carga ρ s uniforme.
Determine o campo eléctrico no centro da casca.
OpE 0708
Elec 19
Próximas aulas
Faculdade de Engenharia
3ª feira
Divergência e rotacional do campo eléctrico
Lei de Gauss
Potencial eléctrico.
4ª feira
Electrostática na matéria
Vector deslocamento eléctrico
Condições fronteira para campos electrostáticos
Capacidade
Energia electrostática.
OpE 0708
Elec 20
Electrostática (4 aulas)
Faculdade de Engenharia
Campo eléctrico criado por distribuições discretas e contínuas de cargas
Divergência e rotacional do campo eléctrico
Lei de Gauss
Potencial eléctrico
(2ª aula)
Electrostática na matéria
Correntes eléctricas estacionárias
OpE 0708
Elec 21
Relembrando o teorema de Helmholtz
Faculdade de Engenharia
Um campo vectorial fica completamente especificado (a menos de uma
constante) se a sua divergência e o seu rotacional forem conhecidos.
r
∇⋅E = ?
r
∇× E = ?
OpE 0708
Elec 22
Divergência do campo eléctrico
r
E=
1
4π ε 0
∫
todo o
r
ρ v (r ') dv
r r3
r − r'
Faculdade de Engenharia
r ρ v (rr )
∇⋅E =
ε0
(rr − rr ')
prova-se que
espaço
notas
r
∇⋅E =

∇ ⋅


1
4π ε 0
∫
todo o
espaço

∇ ⋅


r r
r − r ' 
r r 3  ρ v dv
r − r' 
r r
r
r − r ' 
3 r
(
=
4
π
δ
r
−
r
')
r r 3
r − r' 
OpE 0708
Elec 23
Rotacional do campo eléctrico
Faculdade de Engenharia
para uma carga pontual:
r
E=
1
Q ˆ
R
4π ε 0 R 2
∫
C
r r
E ⋅ dl = 0
∫(
)
r r
∇ × E ⋅ ds = 0
r
∇× E = 0
A
princípio da sobreposição
para uma distribuição de cargas:
r r
r
E = E1 + E2 + L
r
r
r
∇ × E = ∇ × E1 + ∇ × E2 + L = 0 + 0 + L
r
∇×E = 0
OpE 0708
Elec 24
Divergência e rotacional do campo eléctrico
Faculdade de Engenharia
concluindo:
r
∇×E = 0
∫
C
r ρ
∇⋅E = v
ε0
r r
E ⋅ dl =
∫(
∫
)
r r
∇ × E ⋅ ds
r r
E ⋅ dl = 0
(campo conservativo)
C
A
r
ρv
1
1
∇ ⋅ E dv =
dv =
ρ v dv = Qint
ε
ε0 V
ε0
V
V 0
∫
∫
∫
∫
r
r r
∇ ⋅ E dv = E ⋅ ds
V
r r 1
E ⋅ ds = Qint
ε0
A
∫
(carga no volume V )
∫
A
LEI DE GAUSS
OpE 0708
Elec 25
Lei de Gauss
r r 1
E ⋅ ds = Qint
ε0
S
∫
Faculdade de Engenharia
Qint à carga no interior de A
r
o fluxo total exterior de E através de qualquer superfície fechada
é igual à carga total no interior da superfície a dividir por ε 0
notas:
1.
a superfície S é conhecida como superfície gaussiana
2.
a superfície S pode ser qualquer superfície fechada
3.
a superfície S deve ser escolhida de acordo com a simetria do problema
4.
a superfície S não precisa de ser uma superfície física existente no problema
OpE 0708
Elec 26
Lei de Gauss – utilidade
Faculdade de Engenharia
Em problemas típicos, pretende-se determinar o campo eléctrico criado por uma dada distribuição de carga.
Apesar da lei de Gauss ser sempre válida, nem sempre é fácil de aplicar.
r
E
A lei de Gauss é particularmente útil para a determinação de
em problemas com simetria tal que a
componente do campo eléctrico normal à superfície considerada é constante nessa superfície.
Em problemas com simetria o fluxo do campo eléctrico é extremamente simples de calcular, e a
lei de Gauss é preferível à lei de Coulomb.
Aplicação da lei de Gauss
1.
reconhecimento das condições de simetria
2.
escolha da superfíce gaussiana
tal que a componente do campo eléctrico
normal a essa superfície é constante nela
OpE 0708
Elec 27
Lei de Gauss – exemplo
Faculdade de Engenharia
carga pontual
z
∫
r
E = E (R )uˆ R
simetria
S à superfíce esférica de raio R
y
Q
r r 1
E ⋅ ds = Qint
ε0
S
r r
E ⋅ ds = E (R ) ds R
r
ds = ds R uˆ R
r
E = E (R )uˆ R
S
x
∫
S
r r
E ⋅ ds = E (R ) ds R = E (R ) ds R = 4π R 2 E (R )
∫
∫
S
S
Qint = Q
4π R 2 E (R ) =
Q
ε0
área da superfíce
gaussaina
r
E=
1 Q
uˆ
2 R
4π ε 0 R
r
E = E (R )uˆ R
E (R ) =
1 Q
4π ε 0 R 2
OpE 0708
Elec 28
Exercício
Faculdade de Engenharia
Aplicando a lei de Gauss, determine
a)
o campo eléctrico criado por um fio infinito com densidade linear de carga uniforme;
b)
o campo eléctrico criado por uma esfera de raio a com densidade volumétrica de carga uniforme
c)
o campo eléctrico criado por uma esfera de raio a com densidade volumétrica de carga ρ v =
ρ0
R
OpE 0708
Elec 29
Potencial eléctrico
Faculdade de Engenharia
r
∇× E = 0
r
E pode ser expresso como o gradiente de um campo escalar
V à potencial eléctrico
r
E = − ∇V
convenção
P2
∫
P1
P2
P2
r
r r
E ⋅ dl = − (∇ V ) ⋅ dl = − dV = V1 − V2
∫
P1
∫
P1
P2
r r
V2 − V1 = − E ⋅ dl
∫
P1
r
dV = (∇V ) ⋅ dl
OpE 0708
Elec 30
Potencial eléctrico criado por uma carga pontual
Faculdade de Engenharia
P2
r r
V2 − V1 = − E ⋅ dl
∫
P1
r
E=
r
carga pontual localizada em r '= 0
seja
1 Q
uˆ R
4π ε 0 R 2
P1 → ∞
r
P2 (R,θ ,φ ) → r
r
coordenadas esféricas à dl = dR uˆ R + Rdθ uˆθ + R sin θ dφ uˆφ
r r
E ⋅ dl =
r
V (r ) − V (∞ ) = −
Q dR
4π ε 0 R 2
r
V (r ) =
admitindo que V (∞ ) = 0
r
carga pontual localizada em r '≠ 0
R
Q
Q dR
=
4π ε 0 R
4π ε 0 R 2
∞
∫
Q
4π ε 0 R
r
V (r ) =
Q
r r
4π ε 0 r − r '
OpE 0708
Elec 31
Potencial eléctrico criado por distribuições discretas de cargas
Faculdade de Engenharia
Considere-se uma distribuição de N cargas pontuais:
r
Q1 , localizada em r '1
r
Q2 , localizada em r '2
r
Q3 , localizada em r '3
M
r
QN , localizada em r ' N
VTotal =
N
∑
i =1
Vi
1
=
4π ε 0
N
∑
i =1
Qi
r r
r − r 'i
princípio da sobreposição
OpE 0708
Elec 32
Potencial eléctrico criado por distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição linear de carga
P
potencial criado pelo elemento dl
dV =
1 dq
4π ε 0 R
dq = ρ l dl
r r r
R = r − r'
onde
r
R
r
r
r
r'
L, ρ l
dl, dq
princípio da sobreposição
∫
V = dV
L
=
1
4π ε 0
dq
R
L
∫
=
1
4π ε 0
∫
L
ρ l dl '
r r
r − r'
OpE 0708
Elec 33
Campo eléctrico criado por distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição superficial de carga
P
potencial criado pelo elemento ds
dV =
1 dq
4π ε 0 R
dq = ρ s ds
r r r
R = r − r'
onde
r
R
r
r
r
r'
ds, dq
A, ρ s
princípio da sobreposição
∫
V = dV =
A
1
4π ε 0
dq
R
A
∫
=
1
4π ε 0
∫
A
ρ s ds '
r r
r − r'
OpE 0708
Elec 34
Campo eléctrico criado por distribuições contínuas de carga
Faculdade de Engenharia
Distribuição volumétrica de carga
P
potencial criado pelo elemento dv
dV =
1 dq
4π ε 0 R
dq = ρ v dv
r r r
R = r − r'
onde
r
R
r
r
r
r'
dv, dq
Vol, ρ v
princípio da sobreposição
V=
∫
dV
Vol
=
1
4π ε 0
dq
R
Vol
∫
=
1
4π ε 0
∫
Vol
ρ v dv'
r r
r − r'
OpE 0708
Elec 35
Determinação do campo eléctrico e do potencial eléctrico
Faculdade de Engenharia
se existirem condição de simetria:
r
1.
2.
determinação de E por aplicação da lei de Gauss
determinação de V por integração
P2

r
V − V = − Er ⋅ dl 
 2 1

P
1


∫
se não existirem condição de simetria:
1.
determinação de V
2.
r
r
E
determinação de
através de E = −∇V
OpE 0708
Elec 36
Exercícios
1.
Faculdade de Engenharia
Determine o potencial eléctrico criado no eixo dos x por três cargas de valor 10 C localizadas em
(1, 0, 0), (0, 1, 0) e (0, -1, 0).
2.
Considere um disco de raio 2 m e densidade superficial de carga uniforme de valor 1 C/m2 .
Determine
a) o potencial eléctrico sobre o eixo do disco;
b) o campo eléctrico sobre o eixo do disco.
3.
Determine o potencial eléctrico criado por uma esfera de raio a com densidade volumétrica de carga
uniforme ρ v .
OpE 0708
Elec 37
Electrostática (4 aulas à 5 aulas)
Campo eléctrico criado por distribuições discretas e contínuas de cargas
Faculdade de Engenharia
(1ª aula)
Lei de Gauss
Potencial eléctrico
(2ª aula)
Electrostática na matéria
Condutores
Dieléctricos
Condições fronteira
(3ª aula)
Capacidade
Energia electrostática
Correntes eléctricas estacionárias
OpE 0708
Elec 38
Electrostática na matéria
Faculdade de Engenharia
Até agora só foram consideradas distribuições estacionárias de carga que estavam localizadas no ar ou no vazio.
O que acontece ao campo eléctrico quando o meio é diferente?
condutores
comportamento eléctrico
materiais
semicondutores
isoladores (ou dieléctricos)
OpE 0708
Elec 39
Condutores em campos electrostáticos
condutor
(tem cargas
livres)
Faculdade de Engenharia
r
E1
r
E1 à campo eléctrico induzido
r
aplicação de E0
r
E0
cargas em repouso à campo eléctrico no interior do condutor nulo
r r r
E = E1 + E0 = 0
r ρ
∇⋅E = v
ε0
num condutor em repouso toda a carga
livre se encontra na sua superfície
ρ v = 0 dentro do condutor
cargas em repouso à campo eléctrico junto ao condutor é sempre normal à sua superfície
OpE 0708
Elec 40
Condutores em campos electrostáticos – resumo
interior do condutor à
superfície do condutor à
Faculdade de Engenharia
r
E =0
ρv = 0
E tan = 0
ρs ≠ 0
r
E
OpE 0708
Elec 41
Dieléctricos em campos electrostáticos
Faculdade de Engenharia
dipolo eléctrico
dieléctrico
(tem cargas
de polarização)
r
aplicação de E0
r
E0
n∆v
efeito macroscópico destes dipolos induzidos é traduzido pelo vector de polarização à
r
P = lim ∆v →0
∑
r
pk
k =1
∆v
vector de polarização traduz a forma como o campo eléctrico no interior do dieléctrico é alterado:
(
)
r r
∇ ⋅ ε 0 E + P = ρv
densidade volumétrica de carga livre
OpE 0708
Elec 42
Vector deslocamento eléctrico
Faculdade de Engenharia
seja
(C/m )
r
r r
D = ε0E + P
2
(
vector deslocamento eléctrico
)
r r
∇ ⋅ ε 0 E + P = ρv
r
∇ ⋅ D = ρv
∫
V
r
∇ ⋅ D dv = ρ v = Qint
∫
V
teorema da divergência
∫
r r
D ⋅ ds = Qint
Lei de Gauss
A
carga livre
no volume V
OpE 0708
Elec 43
Meios lineares, homogéneos e isotrópicos
seja
r
r
P = ε 0 χe E
Faculdade de Engenharia
χ e à susceptibilidade eléctrica
r
meio linear
à χ e é independente de E
meio isotrópico
à χ e é independente da direcção de E
r
meio homogéneo à χ e é independente da posição no dieléctrico
χ e é uma constante
r
r
r r
(
)
D = ε 0 E + P = ε 0 1 + χe E
r
r
D = ε0 εr E
ε r = 1 + χe
permitividade relativa ou
constante dieléctrica
r
r
D=ε E
ε = ε0 εr
permitividade absoluta
OpE 0708
Elec 44
Condições fronteira para campos electrostáticos
Faculdade de Engenharia
interface entre dois meios diferentes
meio 1
(ε1 )
meio 2
(ε 2 )
r
r
Como se relacionam os campos E e D nos dois meios?
OpE 0708
Elec 45
Componente tangencial
Faculdade de Engenharia
percurso rectangular de comprimento ∆w e largura ∆h → 0
a
b
d
∆w
c
zero
∫
C
r r
E ⋅ dl = 0
b
∫
a
∆h
zero
r r c r r d r r a r r
E ⋅ dl + E ⋅ dl + E ⋅ dl + E ⋅ dl = 0
∫
b
∫
c
∫
meio 1
(ε1 )
meio 2
(ε 2 )
porque ∆h → 0
E1t ∆w − E2t ∆w = 0
E1t = E2t
d
D1t D2t
=
ε1
ε2
OpE 0708
Elec 46
Componente normal
Faculdade de Engenharia
volume cilíndrico de base ∆S e altura ∆h → 0
∫
r r
D ⋅ ds = Qint
ûn
∆S
meio 1
(ε1 )
∆h
S
meio 2
(ε 2 )
zero porque ∆h → 0
∫
r r
D ⋅ ds +
topo
∫
r r
D ⋅ ds +
lateral
∫
r r
D ⋅ ds = Qint
r
r
D1 ⋅ uˆ n ∆S − D2 ⋅ uˆ n ∆S = Qint
base
ε 1 E1n − ε 2 E2 n = ρ s
(
)
r
r
Q
D1 − D2 ⋅ uˆ n = int = ρ s
∆S
D1n − D2 n = ρ s
OpE 0708
Elec 47
Condições fronteira – exemplo
Faculdade de Engenharia
interface dieléctrico-condutor com ρ s
meio 1
(ε1 )
ûn
meio 2
(condutor)
r
interior do condutor à E2 = 0
superfície do condutor à
(ε 0 )
r
D2 = 0
E1t = 0
E2 t = 0
D1t = 0
E1t = E2t
D1n − D2 n = ρ s
D1n = ρ s
r
D1 = ρ s uˆ n
r ρ
E1 = s uˆ n
ε1
OpE 0708
Elec 48
Exercícios
1.
Faculdade de Engenharia
Uma carga pontual Q está colocada no centro de uma casca condutora de raio interior a e raio
exterior b. Determine o campo eléctrico e o potencial eléctrico em todo o espaço.
Q
a
b
2.
Uma carga pontual Q está colocada no centro de uma casca dieléctrica de raio interior a e raio
r r r
ε
exterior b, e com permitividade eléctrica 1 . Determine E , P e D em todo o espaço.
Q
a
ε1
b
OpE 0708
Elec 49
Electrostática (5 aulas)
Campo eléctrico criado por distribuições discretas e contínuas de cargas
Faculdade de Engenharia
(1ª aula)
Lei de Gauss
Potencial eléctrico
(2ª aula)
Electrostática na matéria
(3ª aula)
Capacidade
(4ª aula)
Energia electrostática
Correntes eléctricas estacionárias
OpE 0708
Elec 50
Capacidade eléctrica
Faculdade de Engenharia
• condutor num campo electrostático é um corpo equipotencial
• carga depositada num condutor em repouso distribui-se na sua superfície
O campo eléctrico criado por um dado condutor é proporcional à carga Q nele depositada.
r
Por sua vez, como E = −∇V
A razão
também V será proporcional a Q.
Q / V é a capacidade do condutor
C=
Q
V
(F)
Q = CV
OpE 0708
Elec 51
Condensador
Faculdade de Engenharia
Um condensador é um dispositivo constituído por dois condutores separados por ar ou por um meio dieléctrico.
V12
+
−
r
E
+Q
−Q
V12 à tensão entre os dois condutores
Q à valor absoluto da carga em cada condutor
condutor 1
condutor 2
ar ou dieléctrico
Quando uma tensão é aplicada entre os condutores, ocorre uma transferência de carga, resultando numa carga +Q
num dos condutores e –Q no outro.
Esta distribuição de carga leva ao aparecimento de um campo eléctrico entre os dois condutores.
A capacidade de um condensador é
C=
Q
V12
OpE 0708
Elec 52
Cálculo da capacidade de um condensador
Faculdade de Engenharia
V12
C=
Q
V12
+
+Q
−
r
E
−Q
V12 à tensão entre os dois condutores
Método de cálculo
1. Admitir cargas +Q e –Q nos condutores
Q à valor absoluto da carga em cada condutor
r
2. Determinar E entre os condutores
3. Determinar
4. Calcular
V12 = V( + Q ) − V( −Q ) = −
C=
(+ Q )r
∫
r
E ⋅ dl
( −Q )
Q
V12
OpE 0708
Elec 53
Exemplo – condensador de placas paralelas
1. Admitir cargas +Q e –Q nos condutores
2. simetria + condição fronteira à
y
+Q
r
ρ
E = − s uˆ y
ε
área A
r
E
Q
ρs =
A
onde
Faculdade de Engenharia
d
ε
0
−Q
3.
4.
V12 = V( + Q ) − V( −Q )
C=
Q
V12
=
(+ Q )r
d
r
 Q 
 dy
= − E ⋅ dl = − − 
A
ε

( −Q )
0 
Q
Qd
εA
∫
∫
C =ε
=
Qd
εA
A
d
OpE 0708
Elec 54
Energia electrostática – carga pontual
Faculdade de Engenharia
r r
V ( P ) = − E ⋅ dl
P
r r
V ( P ) − V (∞) = − E ⋅ dl
P
∫
∞
∞
P
r r
r r
V ( P ) = − E ⋅ dl = − F ⋅ dl = − W pelo
P
r
r
r
F = QE = E
carga unitária à
∫
V (∞ ) = 0
∫
∞
∫
∞
campo
= Wcontra
campo
V (P ) representa o trabalho realizado contra o campo eléctrico a trazer
uma carga infinita desde o infinito até ao ponto P
Este trabalho é armazenado como energia potencial do sistema
carga não unitária à
Wcontra
campo
= − W pelo
campo
P
r r
r r
= − F ⋅ dl = −Q E ⋅ dl
P
∫
∞
∫
∞
We = Q V
energia armazenada
OpE 0708
Elec 55
Energia electrostática – sistema constituído por duas cargas
Faculdade de Engenharia
seja
V1
à potencial criado por Q1 na posição de Q2
V2
à potencial criado por Q2 na posição de Q1
V1 =
Q1
4π ε 0 R12
V2 =
R12
Q2
Q1
Q2
4π ε 0 R12
trabalho realizado contra o campo ao trazer Q2 desde o infinito até à distância R12 de Q1 é:
We = Q2V1
mas Q2V1 = Q1V2
=
1
(Q1V2 + Q2V1 )
2
We =
1
(Q1V2 + Q2V1 )
2
energia armazenada
OpE 0708
Elec 56
Energia electrostática – conjunto de N cargas
1
We =
2
Vk
Faculdade de Engenharia
N
∑QV
energia armazenada
k k
k =1
à potencial criado por todas as cargas excepto Qk no ponto onde está Qk
1
Vk =
4π ε 0
N
Qj
j =1
R jk
∑
( j ≠k )
distância entre cargas Qj e Qk
OpE 0708
Elec 57
Energia electrostática – distribuição contínua de cargas
1
We =
2
Faculdade de Engenharia
N
∑QV
k k
(distribuição discreta)
k =1
dv, dq
Qk → ρ v dv
∑
→
∫
Vol, ρ v
We =
1
ρ v V dv
2 Vol
∫
energia armazenada
OpE 0708
Elec 58
Energia electrostática em função dos campos
1
We =
ρ v V dv
2 Vol
∫
r
∇ ⋅ D = ρv
Faculdade de Engenharia
∫(
)
r
1
We =
∇ ⋅ D V dv
2 Vol
( )
( )
r
r
r
∇ ⋅ V D = V ∇ ⋅ D + D ⋅ ∇V
∫ ( )
r
1
1 r
We =
∇ ⋅ V D dv −
D ⋅ ∇V dv
2 Vol
2 Vol
∫
zero quando R→ ∞
1
We =
2
∫
r r
D ⋅ E dv
todo o
espaço
∫( )
r r 1 r r
1
We =
V D ⋅ ds +
D ⋅ E dv
2S
2 Vol
teorema da
divergência
∫
r
E = −∇V
OpE 0708
Elec 59
Energia electrostática de um condensador
condensador à
C=
q
V
V=
Faculdade de Engenharia
q
C
q
 dq
C
 
variação dq origina variação na energia armazenada de dWe = V dq = 
Q
Q
1  q2 
q
We =  dq =  
C
C  2 0
0
∫
1
1 Q2
1
2
We =
= QV = CV
2
2 C
2
energia armazenada num condensador
OpE 0708
Elec 60
Exercícios – dieléctricos
1.
Faculdade de Engenharia
(aula anterior)
Uma carga pontual Q está colocada no centro de uma coroa dieléctrica de raio interior a e raio
r r r
exterior b, e com permitividade eléctrica ε 1 . Determine E , P e D em todo o espaço.
Q
a
ε1
b
OpE 0708
Elec 61
Exercícios – capacidade
2.
Faculdade de Engenharia
Considere um condensador esférico constituído por uma esfera condutora de raio a e uma casca
esférica de raio b (a<b). O espaço entre os dois condutores está preenchido por um material
dieléctrico de permitividade ε . Determine a capacidade deste condensador.
3.
Determine a capacidade do condensador cilíndrico representado.
ε
a
b
L
OpE 0708
Elec 62
Exercícios – energia electrostática
4.
Faculdade de Engenharia
Determine a energia electrostática armazenada numa esfera de raio a com densidade volumétrica de
carga ρ v uniforme.
5.
6.
1
Repita o problema anterior utilizando a expressão We =
2
∫
r r
D ⋅ E dv .
todo o
espaço
Admitindo que a carga em cada condutor tem valor absoluto Q, determine a energia armazenada nos
condensadores dos problemas 2 e 3.
.
OpE 0708
Elec 63
Electrostática (5 aulas)
Campo eléctrico criado por distribuições discretas e contínuas de cargas
Faculdade de Engenharia
(1ª aula)
Lei de Gauss
Potencial eléctrico
(2ª aula)
Electrostática na matéria
(3ª aula)
Capacidade
Energia electrostática
(4ª aula)
Correntes eléctricas estacionárias
Leis de Ohm e de Joule
Resistência e resistividade
(5ª aula)
Equação da continuidade
OpE 0708
Elec 64
Densidade de corrente eléctrica
Faculdade de Engenharia
r
Considere-se o movimento estacionário de cargas de valor q com velocidade v através de um elemento de superfície ∆S
r
à cargas deslocam-se v∆t durante intervalo ∆t
r
todas as cargas no interior do cilindro definido por ∆S e v∆t
∆S
∆I =
atravessam ∆S no intervalo ∆t
r
v
q
I=
r
v∆t
r
∆Q = q N ∆S (v ⋅ uˆ n ) ∆t
volume do
cilindro
Q
t
∆Q
∆t
cargas por
unidade de
volume
r
r r
∆I = q N ∆S (v ⋅ uˆ n ) = q N v ⋅ ∆S
r
∆S = ∆S uˆ n
versor
normal a ∆S
r
r
J =qNv
(A/m )
2
densidade de corrente
OpE 0708
Elec 65
Corrente eléctrica
r
r
J =qNv
Faculdade de Engenharia
densidade de corrente
∆S
r r
∆I = q N v ⋅ ∆S
r r
∆I = J ⋅ ∆S
r r
I = J ⋅ ds
∫
q
r
v∆t
r
v
corrente eléctrica através de uma superfície é dada pelo fluxo da
densidade de corrente através dessa superfície
(A )
S
OpE 0708
Elec 66
Lei de Ohm
Faculdade de Engenharia
Em condutores metálicos as cargas livres são electrões ( q = −e ), podendo
escrever-se
r
r
v = − µe E
mobilidade dos electrões (m2/Vs)
∆S
q
r
r
J =qNv
r
r
r
J = − q N µe E = e N µe E
r
r
J =σ E
r
v∆t
r
v
Lei de Ohm
(forma pontual)
σ = e N µe
condutividade
(Sm)
Nota:
circuitos eléctricos à
V =RI
Lei de Ohm
resistência (Ω)
OpE 0708
Elec 67
Resistividade e resistência – fio condutor
Faculdade de Engenharia
Considere-se um fio condutor de comprimento l e área de secção transversal S,
−
feito de um material com condutividade σ ao qual é aplicado uma diferença de
+
tensão V nas extremidades
r
r
J =σ E
r
E
(+ )
r
V = V(+ ) − V(− ) = − E ⋅ dl = − E dl
∫
( )
∫( )
−
∫
J=
I
S
S
I
V
=σ
S
l
Nota:
resistividade à
V
l
−
r r
I = J ⋅ ds = J ds = J S
S
= El
E=
l
S
J=σ E
(+ ) r
∫
r
J
r
E
V
ρ=
1
σ
(Ωm )
V 1 l
=
I σ S
V = RI
R=
1 l
σ S
resistência do
fio condutor
OpE 0708
Elec 68
Resistência de um fio condutor – exemplo
Sabendo que a resistividade do cobre é
Faculdade de Engenharia
ρ = 1.7 × 10 −8 Ωm , determine a resistência por unidade de
comprimento de um fio de cobre com 1.628 mm de diâmetro
1 l
R=
σ S
l
=ρ
S
R ρ
= =
l S
1.7 × 10 −8
 1.628 × 10 −3 

π 

2


2
= 8.2 × 10 −3 Ω / m
OpE 0708
Elec 69
Equação da continuidade
Faculdade de Engenharia
Considere-se um volume V limitado por uma superfície S e contendo uma carga total Q.
se uma corrente I atravessar S em direcção ao exterior
(interior), a carga em V irá diminuir (aumentar).
Q
I =−
V, S
r r
I = J ⋅ ds
∫
S
∫
Q = ρ v dv
r r
d
J ⋅ ds = −
ρ v dv
dt V
S
∫
dQ
dt
teor. divergência
r
d
∇ ⋅ J dv = −
ρ v dv
dt
V
V
equação da continuidade
r
dρ
∇⋅J = − v
dt
∫
∫
∫
V
nota
correntes estacionárias à
dρ v
=0
dt
r
∇⋅J = 0
OpE 0708
Elec 70
Tempo de relaxamento
Faculdade de Engenharia
r
Em condições de equilíbrio, as cargas no interior de condutor distribuem-se de forma que no seu interior ρ v = 0 e E = 0
Esta redistribuição de cargas não ocorre de forma instantânea e pode ser estudada a partir da eq. da continuidade.
r
dρ
∇⋅J = − v
dt
r
r
J =σ E
σ = const.
r
dρ
σ ∇⋅E = − v
dt
dρ v σ
+ ρv = 0
dt
ε
dρ
σ
ρv = − v
ε
dt
r ρ
∇⋅E = v
ε
ρv
ρv0
ρ v0
e
solução
τ
ρ v = ρ v0
t
σ
− t
e ε
Tempo de relaxamento, τ à tempo que a carga demora a passar para 1/e do seu valor inicial
σ
− τ
ρv0
= ρv0 e ε
e
e −1 =
σ
− τ
e ε
σ
τ =1
ε
τ=
ε
σ
OpE 0708
Elec 71
Tempo de relaxamento – exemplo
Sabendo que para o cobre σ = 5.8 × 10
relaxamento do cobre.
τ=
7
S/m e ε ≅ ε 0 =
Faculdade de Engenharia
1
× 10 −9 F/m, determine o tempo de
36π
ε
= 1.52 × 10 −19 s
σ
OpE 0708
Elec 72
Dissipação de potência e lei de Joule
Faculdade de Engenharia
r
O trabalho realizado pelo campo eléctrico ao deslocar uma carga q ao longo de uma distância ∆l é dado por
r r
∆W = qE ⋅ ∆l
A este trabalho corresponde uma potência
r
r
r r
∆W
∆l
= qE ⋅ lim ∆t →0
= qE ⋅ ∆v
∆t
∆t
p = lim ∆t →0
Se existirem N cargas por unidade de volume, a potência total entregue às cargas contidas no volume dv é
r r
dP = Ndv qE ⋅ ∆v
r
r r
r
= E ⋅ Nq∆v dv = E ⋅ J dv
cargas em dv
P=
∫ dP
Vol
dP r r
= E⋅J
dv
densidade de
potência
r
J
P=
∫
r r
E ⋅ J dv
lei de Joule
Vol
OpE 0708
Elec 73
Lei de Joule – fio condutor
Faculdade de Engenharia
−
Considere-se um fio condutor de comprimento l e área de secção transversal S,
feito de um material com condutividade σ ao qual é aplicado uma diferença de
tensão V nas extremidades
+
l
S
r
r
J =σ E
r
E
r
J
r
E
V
J=σ E
(+ ) r
r
V = V(+ ) − V(− ) = − E ⋅ dl
∫
( )
= El
P=
r r
E ⋅ J dv =
−
r r
I = J ⋅ ds = J ds = J S
∫
S
lei de Joule à
∫
S
∫
Vol
∫ E J ds dl = ∫ E dl ∫ J ds
Vol
J=σ E
l
=El J S
P =V I
S
V
I
V = RI
dv = ds dl
P = RI2
OpE 0708
Elec 74
Exercício – cálculo de resistência
1.
Faculdade de Engenharia
O espaço entre duas superfícies esféricas concêntricas condutoras de raios a e b (a<b) está
preenchido com um material de condutividade σ . Sabendo que uma corrente I entra no
dispositivo pela superfície condutora interior e sai pela exterior, determine
a)
a densidade de corrente entre as duas superfícies condutoras;
b)
o campo eléctrico entre as duas superfícies condutoras;
c)
a diferença de tensão entre as duas superfícies condutoras;
d)
a resistência entre as duas superfícies condutoras;
e)
a potência dissipada.
I
a
σ
b
I
OpE 0708
Elec 75
Faculdade de Engenharia
Magnetostática
OpE - MIB 2007/2008
Programa de Óptica e Electromagnetismo
Faculdade de Engenharia
Análise Vectorial (revisão) à 2 aulas
Electrostática e Magnetostática à 8 aulas
Campos e Ondas Electromagnéticas à 6 aulas
Óptica Geométrica à 3 aulas
Fibras Ópticas à 3 aulas
Lasers à 3 aulas
OpE 0708
Magn 2
Magnetostática (3 aulas)
Faculdade de Engenharia
Força de Lorentz
Divergência e rotacional do campo de indução magnética
(1ª aula)
Leis de Biot-Savart e de Ampère
Magnetostática na matéria
Campo magnético
(2ª aula)
Condições fronteira
Coeficiente de auto-indução
(3ª aula)
Energia magnética
OpE 0708
Magn 3
Relembrando
Modelo Electrostático à
Faculdade de Engenharia
r
∇ ⋅ D = ρv
r
∇× E = 0
Meios LHI à
r
r
D =ε E
Força eléctrica à
r
r
Fe = q E
OpE 0708
Magn 4
Força de Lorentz
Força magnética à
Faculdade de Engenharia
r
r r
Fm = q v × B
r
v
r
B
Força electromagnética total à
à velocidade
à campo de indução magnética (Wb/m2 ou T)
r r r
F = Fe + Fm
(
r
r r r
F =q E+v×B
)
força de Lorentz
OpE 0708
Magn 5
Divergência e rotacional do campo de indução magnética
Faculdade de Engenharia
No vazio e para campos de indução magnética estacionários tem-se
r
∇⋅B = 0
r
r
∇ × B = µ0 J
µ 0 à permeabilidade magnética do vazio
µ 0 = 4π × 10 −7 H/m
Notas
1.
(
)
r
∇⋅ ∇× B = 0
r
µ0 ∇ ⋅ J = 0
r
∇⋅J = 0
como prevê a equação da continuidade para correntes estacionárias
2.
r
r
a comparação de ∇ ⋅ B = 0 com ∇ ⋅ E =
ρv
indica que não existe “carga magnética”
ε0
fonte de campos magnéticos estacionários são correntes estacionárias
OpE 0708
Magn 6
Vector potencial magnético
r
∇⋅B = 0
r
B pode ser expresso como o rotacional de outro campo vectorial
r
A à vector potencial magnético (Wb/m)
r
admitindo ∇ ⋅ A = 0
(para simplificar)
Faculdade de Engenharia
pode mostra-se
(ver Cheng)
r
r
B = ∇× A
r µ0
A=
4π
∫
Vol
r
J
r r dv'
r − r'
r
r
r à posição onde se quer calcular A
r
r ' à posição do elemento de corrente
OpE 0708
Magn 7
Lei de Biot–Savart
Faculdade de Engenharia
Considere-se um fio condutor com área de secção transversal S percorrido por
r
J
uma corrente estacionária I
dv' = S dl '
r
r
r
J dv' = J S dl ' = I dl '
r µ
A= 0
4π
r µ0 I
A=
4π
∫
C
∫
Vol
S
r
J
r r dv '
r − r'
r
dl '
r r
r − r'
correntes estacionárias formam
percursos fechados
I
pode mostra-se
(ver Cheng)
r µ I
B= 0
4π
∫
C
r r r
dl '× (r − r ')
r r3
r − r'
lei de Biot-Savart
r
r
r à posição onde se quer calcular B
r
r ' à posição do elemento de corrente
OpE 0708
Magn 8
Lei de Biot–Savart – exemplo
Faculdade de Engenharia
z
Considere um fio de de comprimento 2L que é percorrido por uma corrente I.
L
Determine o campo de indução magnética num ponto do plano bissector, a uma
z'
distância r do fio.
I
Nota: Este fio é parte de um circuito completo (fechado) mas só estamos
interessados em calcular o campo criado por este lado do circuito.
coordenadas cilíndricas à
r µ I
B= 0
4π
∫
C
r r r
dl '× (r − r ')
r r3
r − r'
r
dl '
r
r = r uˆ r
r
r '= z ' uˆ z
r
dl '= dz ' uˆ z
−L
(
r r
r − r ' = r uˆ r − z ' uˆ z
P
r
r r3
r − r ' = r 2 + z '2
)
3/ 2
r r r
dl '×(r − r ') = dz ' uˆ z × (r uˆ r − z ' uˆ z ) = r dz ' uˆφ
r
µ Ir
B = 0 uˆφ
4π
+L
∫ (r
−L
dz '
2
+ z'
)
2 3/ 2
=
µ0 I L
2π r L + r
2
2
uˆφ
OpE 0708
Magn 9
Lei de Biot–Savart – exemplo
Faculdade de Engenharia
z
Considere um fio de de comprimento 2L que é percorrido por uma corrente I.
L
r
dl '
Determine o campo de indução magnética num ponto do plano bissector, a uma
z'
distância r do fio.
I
Nota: Este fio é parte de um circuito completo (fechado) mas só estamos
interessados em calcular o campo criado por este lado do circuito.
P
r
−L
r
B=
µ0 I L
2π r L + r
2
2
uˆφ
Notas
1.
r
B e I relacionados pela “regra da mão-direita”
2.
o campo criado por um fio infinito é
r
B = lim L →∞
µ0 I L
2π r L2 + r 2
uˆφ
=
µ0 I
uˆφ lim L →∞
2π r
L
L2 + r 2
r µ0 I
uˆφ
B=
2π r
fio infinito
OpE 0708
Magn 10
Divergência e rotacional do campo de indução magnética – forma
integral
Faculdade de Engenharia
No vazio e para campos de indução magnética estacionários tem-se
r
∇⋅B = 0
∫
r
∇ ⋅ B dv = 0
∫
teor. da divergência
Vol
r r
B ⋅ ds = 0
S
r
o fluxo total exterior de B através de
qualquer superfície fechada é nulo
linhas de campo magnético
fecham-se sobre si mesmas
r
r
∇ × B = µ0 J
∫(
)
r r
r r
∇ × B ⋅ ds = µ 0 J ⋅ ds
S
∫
S
corrente que atravessa S
teor. de Stokes
r r
I int = J ⋅ ds
∫
∫
r r
B ⋅ dl = µ 0 I int
C
lei de Ampère
S
OpE 0708
Magn 11
Lei de Ampère
∫
r r
B ⋅ dl = µ 0 I int
Faculdade de Engenharia
lei de Ampère
C
A circulação do campo de indução magnética ao longo de qualquer percurso fechado
é igual a µ 0 vezes a corrente total que atravessa a superfície limitada pelo percurso
Notas
1.
sentido de circulação e sentido da corrente estão relacionados pela “regra da mão direita”
2.
r
a lei de Ampère é útil na determinação de B em problemas que tenham simetria
r
percurso C deve ser escolhido de forma que a componente de B
tangencial ao percurso seja constante nesse percurso
OpE 0708
Magn 12
Lei de Ampère – exemplo
Faculdade de Engenharia
Um condutor cilíndrico de comprimento infinito e raio a é percorrido por uma
z
I
corrente I. Admitindo que esta corrente se distribui uniformemente sobre a secção
transversal do condutor, determine o campo de indução magnética em todo o
a
espaço, isto é, no interior e no exterior do condutor.
simetria cilíndrica
coordenadas cilíndricas com eixo dos z a apontar na direcção da corrente I
r
B = B(r ) uˆφ
regra da mão-direita
simetria
C : percurso circular de raio r perpendicular ao condutor e centrado no seu eixo
r
dl = dr uˆ r + r dφ uˆφ + dz uˆ z = r dφ uˆφ
r r
B ⋅ dl = B ( r ) r dφ
2π
r r 2π
B ⋅ dl = B r dφ = B r dφ = 2π r B
∫
C
∫
0
∫
0
∫
r r
B ⋅ dl = µ 0 I int
r µ 0 I int
B=
uˆφ
2π r
C
OpE 0708
Magn 13
Lei de Ampère – exemplo
Faculdade de Engenharia
z
Um condutor cilíndrico de comprimento infinito e raio a é percorrido por uma corrente I.
Admitindo que esta corrente se distribui uniformemente sobre a secção transversal do
condutor, determine o campo de indução magnética em todo o espaço, isto é, no interior e
no exterior do condutor.
r µ 0 I int
B=
uˆφ
2π r
I
a
determinação de Iint
0<r <a
I int
r r
= J ⋅ ds
∫
I int
Sr
I
=
ds
2
π
a
S
∫
r
r
=I 
a
2
r
a
superfície de raio r
r
distribuição uniforme de corrente à J =
I
uˆ z
π a2
r
ds = ds uˆ z
r µ Ir
B = 0 2 uˆφ , 0 < r < a
2π a
OpE 0708
Magn 14
Lei de Ampère – exemplo
Faculdade de Engenharia
z
Um condutor cilíndrico de comprimento infinito e raio a é percorrido por uma corrente I.
Admitindo que esta corrente se distribui uniformemente sobre a secção transversal do
condutor, determine o campo de indução magnética em todo o espaço, isto é, no interior e
no exterior do condutor.
r µ 0 I int
B=
uˆφ
2π r
I
a
determinação de Iint
r>a
I int
r r
= J ⋅ ds
∫
I int
r r
= J ⋅ ds = I
∫
Sa
Sr
superfície de raio r
r
a
superfície de raio a
r  I uˆ z , 0 < r < a
J = π a 2
 0
, r>a
r
ds = ds uˆ z
r µ I
B = 0 uˆφ , r > a
2π r
OpE 0708
Magn 15
Exercícios
1.
Faculdade de Engenharia
Determine o campo de indução magnética num ponto do eixo de um anel circular de raio a que é percorrido
por uma corrente I.
2.
Um fio condutor percorrido por uma corrente I é enrolado em N voltas em torno de um toróide preenchido
com ar. Sabendo que o toróide tem raio médio b e raio da secção transversal a, determine o campo de
indução magnética em todo o espaço, isto é, para 0 < r < b − a , b − a < r < b + a e
+
+
+
+
⋅
⋅
+
+
I
I
+
⋅ ⋅ ⋅
⋅
⋅
I
a
+
⋅
⋅
+
r >b+a .
b
+
+
+
I
OpE 0708
Magn 16
Magnetostática (3 aulas)
Faculdade de Engenharia
Força de Lorentz
Divergência e rotacional do campo de indução magnética
(1ª aula)
Leis de Biot-Savart e de Ampère
Magnetostática na matéria
Campo magnético
(2ª aula)
Curva de histerese
Condições fronteira
Coeficiente de auto-indução
Energia magnética
(3ª aula)
Força magnética
OpE 0708
Magn 17
Relembrando campos eléctricos em dieléctricos
Faculdade de Engenharia
dipolo eléctrico
dieléctrico
(tem cargas
de polarização)
r
aplicação de E0
r
E0
n∆v
efeito macroscópico destes dipolos induzidos é traduzido pelo vector de polarização à
r
P = lim ∆v →0
∑
r
pk
k =1
∆v
vector de polarização traduz a forma como o campo eléctrico no interior do dieléctrico é alterado:
r
r r
D = ε0E + P
(C/m )
2
r
∇ ⋅ D = ρv
vector deslocamento eléctrico
OpE 0708
Magn 18
Campos magnetostáticos na matéria
dipolos magnéticos
(associados ao
movimento orbital e
ao spin dos
electrões) com
orientação aleatória
aplicação de campo magnético
Faculdade de Engenharia
alinhamento dos
momentos dipolares
associados ao spin
e modificação do
movimento orbital
(material não magnético)
n∆v
efeito macroscópico é traduzido pelo vector de magnetização à
r
M = lim ∆v →0
r
∑m
k
k =1
∆v
vector de magnetização traduz a forma como o campo magnético no interior do material é alterado:
r
r
∇ × B = µ0 J
(vazio)
r
r r
 B

∇×
− M  = J
 µ0

densidade de corrente livre
OpE 0708
Magn 19
Campo magnético
Faculdade de Engenharia
seja
r
r B
r
H=
−M
µ0
(A/m)
campo magnético
r
r r
 B
∇ × 
− M  = J

 µ0
r r
∇× H = J
∫(
)
densidade de
corrente livre
r r
r r
∇ × H ⋅ ds = J ⋅ ds = I int
S
∫
teorema de Stokes
∫
r r
H ⋅ dl = I int
Lei de Ampère
C
s
corrente livre
no interior de S
OpE 0708
Magn 20
Meios lineares, homogéneos e isotrópicos
seja
r
r
M = χm H
r
r B
r
−M
H=
µ0
Faculdade de Engenharia
χ m à susceptibilidade magnética
r
meio linear
à χ m é independente de H
meio isotrópico
à χ m é independente da direcção de H
r
meio homogéneo à χ m é independente da posição no material
χ m é uma constante
r
r
B = µ0 µ r H
r
r
B = µ 0 (1 + χ m )H
µr = 1 + χ m
permeabilidade relativa
r
r
B=µH
µ = µ0 µr
permeabilidade absoluta
OpE 0708
Magn 21
Materiais magnéticos
materiais magnéticos
Faculdade de Engenharia
diamagnéticos à µ r < 1
( χ m pequeno)
paramagnéticos à µ r > 1
( χ m pequeno)
µr = 1 + χ m
ferromagnéticos à µ r >> 1 ( χ m elevado)
Notas
1.
O diamagnetismo está associado ao movimento orbital dos electrões e está presente em todos os materiais.
materiais diamagnéticos à cobre, chumbo, mercúrio, …
2.
O paramagnetismo está associado ao movimento de rotação dos electrões (spin) e é afectado pela temperatura.
materiais paramagnéticos à alumínio, magnésio, titânio, …
3.
O ferromagnetismo está associado à existência de domínio magnetizados (com dipolos magnéticos
alinhados mesmo na ausência de campos magnéticos exteriores).
materiais ferromagnéticos à ferro, cobalto, níquel, …
OpE 0708
Magn 22
Histerese
Faculdade de Engenharia
B
domínios magnetizados
P1
O
H
ausência de campo magnético à momentos dipolares com orientação aleatória
aplicação de campo magnético à alargamento dos domínios com momentos dipolares alinhados com campo aplicado
aumento do campo de indução magnética
para campos fracos (até ponto P1) este alargamento é reversível
OpE 0708
Magn 23
Histerese
Faculdade de Engenharia
para campos mais fortes (depois de ponto P1) este
alargamento já não é reversível e ocorre também
orientação dos momentos dipolares na direcção do campo
B
P3
Br
P2
P1
se campo é retirado em P2, a curva seguida será a
indicada a tracejado e não o percurso P2P1O
Hc
O
H
curva de histerese
à saturação
aumentando o campo para até P3
Br
à campo de indução magnética remanescente
ímanes permanentes
H c à campo magnético coercivo
Nota
ímanes permanentes
à
valores de H c elevados
transformadores, motores, …
à
curvas de histerese estreitas
OpE 0708
Magn 24
Condições fronteira para campos magnetostáticos
Faculdade de Engenharia
interface entre dois meios diferentes
meio 1
(µ1 )
meio 2
(µ 2 )
r
r
Como se relacionam os campos H e B nos dois meios?
OpE 0708
Magn 25
Componente normal
Faculdade de Engenharia
volume cilíndrico de base ∆S e altura ∆h → 0
∫
r r
B ⋅ ds = 0
ûn
∆S
meio 1
(µ1 )
∆h
S
meio 2
(µ 2 )
zero porque ∆h → 0
∫
r r
B ⋅ ds +
topo
∫
r r
B ⋅ ds +
lateral
∫
r r
B ⋅ ds = 0
r
r
ˆ
B1 ⋅ u n ∆S − B2 ⋅ uˆ n ∆S = 0
B1n = B2 n
base
µ1 H1n = µ 2 H 2 n
OpE 0708
Magn 26
Componente tangencial
Faculdade de Engenharia
percurso rectangular de comprimento ∆w e largura ∆h → 0
a
b
c
∆w
∫
C
b
∫
a
d
r r c r r d r r a r r
H ⋅ dl + H ⋅ dl + H ⋅ dl + H ⋅ dl = I int
∫
b
∫
c
meio 2
(ε 2 )
zero porque ∆h → 0
zero
r r
H ⋅ dl = I int
∆h
meio 1
(ε1 )
∫
H1t ∆w − H 2t ∆w = I int
H1t − H 2t =
d
(
I int
= J sn
∆w
)
r
r
r
uˆ n × H1 − H 2 = J s
OpE 0708
Magn 27
Fluxo magnético
Faculdade de Engenharia
r r
Φ = B ⋅ ds
∫
fluxo magnético através de S
S
Considerem-se dois percursos fechados próximos, C1 e C2, os quais limitam as superfícies S1 e S2.
r
B1 à campo criado pela corrente I1 em C1
S2
S1
I1
C2
C1
r r
Φ12 = B1 ⋅ ds
∫
à
fluxo mútuo
S2
OpE 0708
Magn 28
Indutância mútua
r r
Φ12 = B1 ⋅ ds
∫
Faculdade de Engenharia
fluxo mútuo
S2
S2
S1
r
B1 à campo criado pela corrente I1 em C1
I1
C2
C1
r
B1 é proporcional a I1
indutância mútua
Φ12 é proporcional a I1
Φ12 = L12 I1
L12 =
generalizando
Importante:
se percurso C2 tiver N2 espiras à
Φ12
I1
Λ12 = N 2 Φ12
fluxo de ligação
devido a Φ12
L12 =
Λ12
I1
(H) indutância mútua
OpE 0708
Magn 29
Auto–indutância
Faculdade de Engenharia
parte do fluxo magnético produzido por I1 atravessa apenas o circuito C1
S2
S1
r r
Φ11 = B1 ⋅ ds
I1
∫
C2
C1
S1
Λ11 = N1 Φ11
espiras em C1
L11 =
Λ11
I1
(H) coeficiente de auto–indução
OpE 0708
Magn 30
Bobinas
Faculdade de Engenharia
Um condutor com a forma apropriada para ter um dado coeficiente de auto–
indução é uma bobina.
exemplo à fio condutor enrolado em torno de um núcleo
I
As bobinas armazenam energia magnética, tal como os condensadores
armazenam energia eléctrica.
No caso de só existir um circuito, só faz sentido falar em coeficiente de auto–indução, o qual pode ser
representado apenas por L:
L=
Λ
I
onde
Λ= NΦ
r r
Φ = B ⋅ ds
∫
S
OpE 0708
Magn 31
Cálculo do coeficiente de auto–indução
L=
Faculdade de Engenharia
Λ
I
I
Método de cálculo
1. Admitir corrente I no condutor
r
2. Determinar B (usando a lei de Ampère ou a lei de Biot–Savart)
r r
3. Determinar Φ = B ⋅ ds
∫
S
4. Determinar Λ = N Φ
5. Calcular L =
Λ
I
OpE 0708
Magn 32
Exercícios (aula anterior)
1.
Faculdade de Engenharia
Determine o campo de indução magnética num ponto do eixo de um anel circular de raio a que é percorrido
por uma corrente I.
2.
Um fio condutor percorrido por uma corrente I é enrolado em N voltas em torno de um toróide preenchido
com ar. Sabendo que o toróide tem raio médio b e raio da secção transversal a, determine o campo de
indução magnética em todo o espaço, isto é, para 0 < r < b − a , b − a < r < b + a e
+
+
+
+
⋅
⋅
+
+
I
I
+
⋅ ⋅ ⋅
⋅
⋅
I
a
+
⋅
⋅
+
r >b+a .
b
+
+
+
I
OpE 0708
Magn 33
Exercícios
3.
Faculdade de Engenharia
A região 0 < r < a está ocupada por um fio condutor de comprimento infinito percorrido por uma corrente I.
Um outro condutor cilíndrico oco ocupa a região b < r < c e é percorrido por uma corrente I no sentido
contrário. O espaço entre os dois condutores, isto é, a região
a < r < b está preenchido por um material
magnético com permeabilidade µ . Admitindo que a corrente se distribui uniformemente nos dois
r
r
H
condutores, determine B e
em todo o espaço.
⋅
I
µ
I
× a
b
c
OpE 0708
Magn 34
Exercícios
4.
Faculdade de Engenharia
Considere um cabo coaxial de comprimento L constituído por duas superfícies condutoras cilíndricas de
raios a e c . O espaço entra as duas superfícies condutoras está preenchido por dois materiais
magnéticos de permeabilidades µ1 e µ 2 , tal como representado na figura. Sabendo que L >> c , calcule
o coeficiente de auto-indução deste cabo coaxial..
µ2
µ1
a
µ
b
c
OpE 0708
Magn 35
Magnetostática (3 aulas)
Faculdade de Engenharia
Força de Lorentz
Divergência e rotacional do campo de indução magnética
(1ª aula)
Leis de Biot-Savart e de Ampère
Magnetostática na matéria
(2ª aula)
Coeficiente de auto-indução
Energia magnética
Força magnética
Força em condutores percorridos por correntes
(3ª aula)
Efeito de Hall
Indução electromagnética
OpE 0708
Magn 36
Energia magnética
Faculdade de Engenharia
Considere-se um circuito fechado C1 com coeficiente de auto-indução L1 no qual
a corrente i1 é inicialmente nula.
Um gerador de corrente é ligado ao anel, forçando a corrente a aumentar até I1.
i1
Uma força electromotriz é induzida no circuito que se opõe à variação de corrente.
C1
É necessário realizar trabalho para contrariar esta força electromotriz.
∫
I1
Wm = v1i1dt
∫
= L1 i1di1
0
v1 = L1
Wm =
1
L1 I12
2
di1
dt
L1 =
tensão aos terminais de uma
bobina com coeficiente de
auto-indução L1
Wm =
energia magnética armazenada
Φ1
I1
1
I1 Φ 1
2
OpE 0708
Magn 37
Energia magnética – dois circuitos
Faculdade de Engenharia
Considerem-se agora dois circuitos fechados C1 e C2 percorridos pelas correntes
i1 i2 , as quais são inicialmente nulas e aumentam até aos valores I1 e I2.
Admitamos que esta variação das correntes é feita em duas etapas:
1º
i2 = 0
i1 : 0 → I1
i2
i1
requer trabalho W1 =
i1 = I1
i2 : 0 → I 2
requer trabalho W2 + W21 onde W21 =
W2 =
1
1
Wm = L1 I12 + L21 I1 I 2 + L2 I 22
2
2
C1
1
L1 I12
2
v21 = L21
2º
C2
Lkk = Lk
Wm
∫v
di2
dt
tensão aos terminais
de C1 por causa de i2
I2
21 I1 dt
=
2
21 I1 di2
= L21 I1 I 2
0
1
L2 I 22
2
1
=
2
∫L
2
∑∑L
jk
I j Ik
j =1 k =1
energia magnética armazenada
OpE 0708
Magn 38
Energia magnética – N circuitos
Faculdade de Engenharia
Generalizando a expressão anterior, a energia magnética armazenada por N percorridos pelas
correntes estacionárias I1, I2, …, IN é:
Wm
1
=
2
N
N
∑∑L
jk
I j Ik
Φk =
N
∑L
j =1
Wm
energia magnética armazenada
j =1 k =1
1
=
2
N
∑I
k
jk
Ij
fluxo magnético através do circuito Ck
Φk
k =1
OpE 0708
Magn 39
Energia magnética em função dos campos magnéticos
Faculdade de Engenharia
É possível mostra-se que a energia magnética armazenada é dada por:
(ver Cheng)
Wm
1
=
2
∫
r r
H ⋅ B dv'
(J)
energia magnética armazenada
todo o
espaço
1 r r
wm = H ⋅ B
2
(J/m 3 )
ß densidade de energia magnética
B2
wm =
2µ
µH2
wm =
2
OpE 0708
Magn 40
Cálculo de L a partir de Wm – exemplo
Faculdade de Engenharia
z
A partir da energia magnética armazenada, determine o coeficiente de
auto-indução de um cabo coaxial de comprimento l constituído por um
condutor cilíndrico sólido de raio a e uma superfície cilíndrica condutora de
raio b (b << l). O espaço entre os dois condutores está preenchido por ar.
Wm
1
=
2
∫
r r
H ⋅ B dv' =
todo o
1
2 µ0
espaço
∫
a
b
l
r
para determinar B é necessário considerar que
B 2 dv'
todo o
o cabo coaxial transporta uma dada corrente.
espaço
r
r
B = µ0 H
Admitamos que uma corrente I entra no cabo coaxial pelo condutor sólido (à sentido do eixo dos z), distribuindose uniformente nesse condutor, e “regressando” pelo condutor exterior (à sentido contrário ao do eixo dos z).
r
I
J=
uˆ , para 0 < r < a
2 z
πa
e
r
I = − I uˆ z , para r = b
OpE 0708
Magn 41
Cálculo de L a partir de Wm – exemplo
Faculdade de Engenharia
z
A partir da energia magnética armazenada, determine o coeficiente de auto-indução de um cabo
coaxial de comprimento l constituído por um condutor cilíndrico sólido de raio a e uma superfície
cilíndrica condutora de raio b (b << l). O espaço entre os dois condutores está preenchido por ar.
a
b
l
r
determinação de B
simetria
∫
r r
B ⋅ dl = µ 0 I int
C
r
B = B(r ) uˆφ
C : percurso circular de raio r perpendicular ao cabo e centrado no seu eixo
r
dl = r dφ uˆφ
∫
C
2π
r r 2π
B ⋅ dl = B r dφ = B r dφ = 2π r B
∫
0
∫
0
∫
r r
B ⋅ dl = µ 0 I int
r µ 0 I int
B=
uˆφ
2π r
C
OpE 0708
Magn 42
Cálculo de L a partir de Wm – exemplo
Faculdade de Engenharia
z
A partir da energia magnética armazenada, determine o coeficiente de auto-indução de um cabo
coaxial de comprimento l constituído por um condutor cilíndrico sólido de raio a e uma superfície
cilíndrica condutora de raio b (b << l). O espaço entre os dois condutores está preenchido por ar.
a
r µ I
B = 0 int uˆφ
2π r
l
b
determinação de I int
b
r
r
I
uˆ z
J=
π a2
0<r <a
I int
r r
= J ⋅ ds
∫
Sr
a<r <b
r r
I int = J ⋅ ds
∫
Sr
r >b
I int
r r
= J ⋅ ds
∫
a
I int
I
=
ds
2
π
a
S
∫
r
I int = I
I int = I + ( − I ) = 0
r
=I 
a
2
r µ Ir
B = 0 2 uˆφ , 0 < r < a
2π a
r µ I
B = 0 uˆφ , a < r < b
2π r
r
B=0, r >b
Sr
OpE 0708
Magn 43
Cálculo de L a partir de Wm – exemplo
Faculdade de Engenharia
z
A partir da energia magnética armazenada, determine o coeficiente de auto-indução de um cabo
coaxial de comprimento l constituído por um condutor cilíndrico sólido de raio a e uma superfície
cilíndrica condutora de raio b (b << l). O espaço entre os dois condutores está preenchido por ar.
a
b
cálculo de Wm
1
Wm =
2 µ0
1
B 2 dv' =
2 µ0
todo o
∫
espaço
l
2
l 2π b
 l 2π a  µ Ir  2
 µ I 2l µ I 2l


I
µ
b
0
0
0
0




r
dr
d
dz
+
r
dr
d
dz
φ
φ
=
+
ln
 


 2π r 
 2π a 2 
16
π
4
π
a



 0 0 0 
0 0 a
∫ ∫∫
∫ ∫∫
r µ0 I r
B=
uˆφ , 0 < r < a
2π a 2
r µ I
B = 0 uˆφ , a < r < b
2π r
cálculo de L
Wm =
1
LI2
2
L=
µ 0 l µ 0l  b 
2Wm
=
+
ln 
2
8π 2π  a 
I
associada ao condutor interior
OpE 0708
Magn 44
Forças em condutores percorridos por correntes
Faculdade de Engenharia
Considere-se um condutor formando um percurso fechado C e percorrido por uma corrente estacionária I.
seja
I
C
S
r
dl
r
B
r
v
à área da secção transversal do fio condutor
à elemento do percurso
à campo de indução magnética
r
à velocidade dos portadores de carga (na direcção de dl )
N à portadores de carga por unidade de volume
força em carga de valor q = −e
força no volume dv = S dl
à
à
r
r r
Fm = −e v × B
r r
r
r r
r r
Fm = −e N S dl v × B = −e N S v dl × B = I dl × B
portadores de
carga em dv
força no circuito C
à
corrente I
força no elemento dl
r r
r
Fm = I ∫ dl × B
C
OpE 0708
Magn 45
Forças em condutores – dois condutores
Faculdade de Engenharia
Considerem-se agora dois circuitos fechados, C1 e C2 , percorridos pelas correntes I1 e I2.
seja
I2
I1
C2
r
B21 à campo criado por I2 na posição de C1
r
F21 à força exercida por C2 em C1
C1
r r
r
F21 = I1 ∫ dl × B21
C1
r
µ0 I 2
B
=
onde
21
4π
r r r
dl × (r1 − r2 )
∫C rr − rr 3
1
2
2
nota:
r
r
F21 = − F12
OpE 0708
Magn 46
Forças em condutores – atracção / repulsão
Faculdade de Engenharia
r r
r
F21 = I1 ∫ dl × B21
Considerem-se dois condutores paralelos e infinitos percorridos pelas correntes I1 e I2.
r
B21
•
r
F21
r
B21
r
F12
r
F12
×
r
F21
I1
I2
atracção
I1
I2
repulsão
r
B21
•
r
F12
r
F21
I1
I2
repulsão
C1
r
r
F21 = − F12
r
B21
×
r
F21
r
F12
I1
I2
atracção
correntes no mesmo sentido à condutores atraem-se
correntes com sentido contrário à condutores repelem-se
OpE 0708
Magn 47
Forças em condutores – exemplo
Faculdade de Engenharia
Um fio infinito e uma espira quadrada de lado a estão no mesmo plano e são
z
percorridos pelas correntes I1 e I2 , tal como mostra a figura. Determine as
r
B12
×
forças exercidas em cada lado da espira.
r r
r
F12 = I 2 ∫ dl × B12
C2
D
I1
r
µ I
B12 = − B12 uˆ x = − 0 1 uˆ x
2π y
A
I2
C
B
c
y
a
lado A
r
µ I
B12 = − 0 1 uˆ x
2π c
r
dl = dx uˆ x + dy uˆ y + dz uˆ z = dz uˆ z
r r
µ I
dl × B12 = − 0 1 dz uˆ y
2π c
0
r
 µ I

FA = I 2 ∫  − 0 1 dz uˆ y  = − µ 0 I1 I 2 uˆ y [z ]0a = µ 0 I1 I 2 a uˆ
y
2π c
2π c

2π c
a
(repulsiva)
OpE 0708
Magn 48
Forças em condutores – exemplo
Faculdade de Engenharia
Um fio infinito e uma espira quadrada de lado a estão no mesmo plano e são
z
percorridos pelas correntes I1 e I2 , tal como mostra a figura. Determine as forças
r
B12
×
exercidas em cada lado da espira.
D
I1
lado B
r
µ I
B12 = − 0 1 uˆ x
2π y
r
dl = dx uˆ x + dy uˆ y + dz uˆ z = dy uˆ y
c+a
r
µ I

FB = I 2  0 1 dy uˆ z 
2π y

c 
∫
A I2
C
B
r r
µ I
dl × B12 = 0 1 dy uˆ z
2π y
µ II
= 0 1 2 uˆ z
2π
c+a
∫
c
c
y
a
dy
µ II
c+a
= 0 1 2 ln 
 uˆ z
y
2π
c


lado C
r
µ 0 I1
B12 = −
uˆ x
2π (c + a )
r
dl = dx uˆ x + dy uˆ y + dz uˆ z = dz uˆ z
a
r


µ 0 I1
FC = I 2 ∫  −
dz uˆ y 
2π (c + a )

0
r r
dl × B12 = −
=−
µ 0 I1 I 2 a
uˆ y
2π (c + a )
µ 0 I1
dz uˆ y
2π (c + a )
(atractiva)
OpE 0708
Magn 49
Forças em condutores – exemplo
Faculdade de Engenharia
Um fio infinito e uma espira quadrada de lado a estão no mesmo plano e são
z
percorridos pelas correntes I1 e I2 , tal como mostra a figura. Determine as forças
r
B12
×
exercidas em cada lado da espira.
D
I1
A I2
lado D
C
B
r
µ I
B12 = − 0 1 uˆ x
2π y
r
dl = dx uˆ x + dy uˆ y + dz uˆ z = dy uˆ y
r
FD = I 2
 µ 0 I1


dy uˆ z 
2π y

c+a 
c
∫
r r
µ I
dl × B12 = 0 1 dy uˆ z
2π y
c
y
a
r
µ 0 I1 I 2  c 
µ 0 I1 I 2  c 
ˆ
ˆ
F
=
−
=
ln 
ln
 uz = −
 uz
B
2π
2π
c+a
c+a
Nota:
r
r
r
r
r
µ I I a 1
1 
FTOTAL = FA + FB + FC + FD = 0 1 2  −
 uˆ y
2π  c c + a 
µ 0 I1 I 2 a 2
=
uˆ y
2π c(c + a )
OpE 0708
Magn 50
Efeito de Hall
Faculdade de Engenharia
Considere-se um material condutor de secção transversal rectangular com dimensões d x b , percorrido por uma
r
corrente eléctrica de densidade J = J 0 uˆ y
r
magnética uniforme B = B0 uˆ z .
r
r
J = J 0 uˆ y = N q v
d
r
J = J 0 uˆ y
e colocado numa região do espaço onde existe um campo de indução
b
r
v = −v0 uˆ y
se q = −e
r
Fm = −e − v0 uˆ y × B0 uˆ z = e v0 B0 uˆ x
(
)
z
y
electrões deslocam-se para +x
x
r
B = B0 uˆ z
campo eléctrico induzido Eh
movimento segundo x continua até que força electromagnética seja nula
(
)
r r r
q Eh + v × B = 0
r
r r
E h = −v × B
r
Eh = v0 B0 uˆ x
OpE 0708
Magn 51
Efeito de Hall
Faculdade de Engenharia
+
d
r
Eh
r
J
r
Eh = v0 B0 uˆ x
Vh
b
−
z
aparecimento de Vh
y
x
r
B
0
r
r
Vh = V (x = 0 ) − V ( x = d ) = − E h ⋅ dl = − v0 B0 dx = v0 B0 d
0
∫
d
∫
d
notas
1.
se cargas fossem positivas, Vh viria negativo
2.
efeito de Hall pode ser usado para medir o campo magnético ou para verificar o sinal dos portadores
de carga
OpE 0708
Magn 52
Relembrando
electrostática à
magnetostática à
Meios LHI à
Faculdade de Engenharia
r
∇× E = 0
r
∇ ⋅ D = ρv
postulado fundamental da
indução electromagnética
r
r
∂B
∇×E = −
∂t
r
∇⋅B = 0
r r
∇× H = J
r
r
D =ε E
r
r
B=µH
OpE 0708
Magn 53
Lei de Faraday da indução electromagnética
Faculdade de Engenharia
r
r
∂B
∇×E = −
∂t
r
r r
∂B r
∇ × E ⋅ ds = −
⋅ ds
t
∂
S
∫(
S
)
∫
força electromotriz induzida opõe-se
à variação de fluxo magnético
lei de Lenz
teor. de Stokes
r r
d r r
E ⋅ dl = −
B ⋅ ds
dt
C
S
∫
∫
r r
V = E ⋅ dl
∫
V =−
dΦ
dt
lei de Faraday da indução
electromagnética
C
força electromotriz induzida
num circuito com contorno C
OpE 0708
Magn 54
Lei de Faraday – exemplo
Faculdade de Engenharia
Uma espira quadrada de lado a está colocada no mesmo plano de um fio
X (t = 0 ) = b
z
infinito que é percorrido por uma eléctrica estacionária I. Sabendo que a
espira, inicialmente a uma distância b do fio inifinito, se afasta deste com uma
velocidade v, determine:
X
v
I
a) Φ (t ) ;
x
b) V ;
c) o sentido de circulação da corrente induzida na espira.
a)
r r
Φ = B ⋅ ds
∫
S
onde
r µ0 I
B=
uˆφ
2π r
=
µ0 I
uˆ y
2π x
no plano da espira
S : superfície limitada pela espira
r
ds = dx dz uˆ y
a X +a
Φ=
∫∫
0
X
0< z<a e X < x< X +a
(X
= b + vt )
r r µ I
B ⋅ ds = 0 dx dz
2π x
µ0 I
a 
µ Ia
X + a  µ0 I a 
dx dz = 0 ln 
ln 1 +

 =
2π x
2
π
b
+
vt
2π


 X 
OpE 0708
Magn 55
Lei de Faraday – exemplo
Uma espira quadrada de lado a está colocada no mesmo plano de um fio infinito que é percorrido por
Faculdade de Engenharia
X (t = 0 ) = b
z
uma eléctrica estacionária I. Sabendo que a espira, inicialmente a uma distância b do fio inifinito, se
X
afasta deste com uma velocidade v, determine:
Φ (t ) ;
b) V ;
v
I
a)
x
c) o sentido de circulação da corrente induzida na espira.
b)
V =−
dΦ
dt
=−
µ0 I a d 
a 
µ Ia
v
ln 1 +
 =− 0
2π dt  b + vt 
2π (b + vt )(a + b + vt )
c)
sentido horário
OpE 0708
Magn 56
Faculdade de Engenharia
Ondas Electromagnéticas
OpE - MIB 2007/2008
Programa de Óptica e Electromagnetismo
Faculdade de Engenharia
Análise Vectorial (revisão) à 2 aulas
Electrostática e Magnetostática à 8 aulas
Ondas Electromagnéticas à 6 aulas
Óptica Geométrica à 3 aulas
Fibras Ópticas à 3 aulas
Lasers à 3 aulas
OpE 0708
OnEl 2
Ondas Electromagnéticas (6 aulas)
Faculdade de Engenharia
Equações de Maxwell
formas diferencial e integral
(1ª aula)
condições fronteira
Equação de onda em meios LHI sem perdas e sem fontes
Campos harmónicos
notação fasorial
Ondas electromagnéticas em meios infinitos sem perdas
(2ª aula)
Incidência normal
(3ª aula)
Incidência oblíqua
(4ª aula)
Interferência
(5ª aula)
Difracção
(6ª aula)
OpE 0708
OnEl 3
Relembrando
r
r
∂B
∇× E = −
∂t
r
∇ ⋅ D = ρv
r r
∇× H = J
r
∇⋅B = 0
meios LHI à
meios condutores à
conservação da carga à
Faculdade de Engenharia
(lei da indução electromagnética de Faraday)
(lei de Gauss)
(lei de Ampère)
r
r
D =ε E
r
r
B=µH
r
r
J =σ E
r ∂ρ
∇⋅J + v = 0
∂t
importante
(
)
r
r
∇⋅ ∇× H = ∇⋅ J
r
∇⋅ J = 0
nem sempre é verdade!!
zero
é necessário modificar a equação
que traduz a lei de Ampère
OpE 0708
OnEl 4
Corrente de deslocamento
(
)
r
∇⋅ ∇× H = 0
(
)
r ∂ρ v
∇⋅J +
=0
∂t
r
r
∂ ∇⋅D
∂D
=∇⋅
∂t
∂t
Faculdade de Engenharia
(
)
r
r ∂ρ
∇⋅ ∇× H = ∇⋅ J + v
∂t
r
∇ ⋅ D = ρv
(
r
r
r ∂ ∇⋅D
∇⋅ ∇× H = ∇⋅ J +
∂t
(
)
)
r
r
 r ∂D 

∇ ⋅ ∇ × H = ∇ ⋅  J +

∂
t


(
)
r
r r ∂D
∇× H = J +
∂t
lei de Ampère
corrente de
deslocamento
OpE 0708
OnEl 5
Equações de Maxwell
lei de Faraday
r
r
∂B
∇× E = −
∂t
lei de Ampére
r
r r ∂D
∇× H = J +
∂t
lei de Gauss
r
∇ ⋅ D = ρv
Faculdade de Engenharia
teor. de Stokes
teor. de Stokes
teor. da divergência
r
r r
∂B r
E ⋅ dl = −
⋅ ds
∂
t
C
S
∫
∫
r
r r
∂D r
H ⋅ dl = I int +
⋅ ds
∂
t
C
S
∫
∫
∫
r r
D ⋅ ds = Qint
S
r
∇⋅B = 0
teor. da divergência
∫
r r
B ⋅ ds = 0
S
forma diferencial
forma integral
nota
Iint à corrente livre no interior de S
Qint à carga livre no interior de S
OpE 0708
OnEl 6
Condições fronteira
Faculdade de Engenharia
É possível mostrar-se (ver Cheng) que as condições fronteira obtidas para os casos estacionários continuam
válidas para campos electromagnéticos variáveis no tempo.
E1t = E2t
B1n = B2 n
r
r
r
ˆ
u n × H1 − H 2 = J s
r
r
ˆ
u n ⋅ D1 − D2 = ρ s
(
(
)
)
meio 1
(ε1 , µ1 )
ûn
meio 2
(ε 2 , µ 2 )
notas
1.
campos electromagnéticos são nulos no interior de condutores ideais (σ = ∞ )
2.
r
J s e ρ s são não nulos apenas quando um dos meios é um condutor ideal
OpE 0708
OnEl 7
Equações de Maxwell em meios LHI sem cargas e sem perdas
r
r
∂B
∇× E = −
∂t
r
r r ∂D
∇× H = J +
∂t
r
∇ ⋅ D = ρv
r
∇⋅B = 0
r
r
D = εE
r
r
B = µH
meios LHI
r
r
∂H
∇ × E = −µ
∂t
r
r r
∂E
∇× H = J +ε
∂t
r ρ
∇⋅E = v
ε
r
∇⋅H = 0
ρv = 0
r
σ,J = 0
meios sem
cargas e sem
perdas
Faculdade de Engenharia
r
r
∂H
∇ × E = −µ
∂t
r
r
∂E
∇× H = ε
∂t
r
∇⋅E = 0
r
∇⋅H = 0
Nota:
r
r
em meios condutores J = σ E
OpE 0708
OnEl 8
Equações de onda em meios LHI sem cargas e sem perdas
r
r
∂H
∇ × E = −µ
∂t
r
r
∂E
∇× H =ε
∂t
r
∇⋅E = 0
r
∇⋅H = 0
r
r
r
 ∂E 
 = ε ∂ ∇× E
∇ × ∇ × H = ε ∇ × 

∂t
 ∂t 
(
)
(
Faculdade de Engenharia
)
r
r
∂H
∇ × E = −µ
∂t
r
2
r
∂ H
∇2 H = ε µ
∂t 2
r
2
r
E
∂
∇2 E = ε µ 2
∂t
r
2
r
∂ H
∇2 H = ε µ
∂t 2
(
) (
)
r
r
r
∇ × ∇ × X = ∇ ∇ ⋅ X − ∇2 X
r
∇⋅H = 0
r
r
∂2H
∇ × ∇ × H = −ε µ
∂t 2
(
)
equações de onda
OpE 0708
OnEl 9
Equação de onda – meios sem cargas e sem perdas
Faculdade de Engenharia
r
2
r
∂
E
∇2 E = ε µ 2
∂t
r
r
∂2H
2
∇ H =ε µ
∂t 2
em coordenadas cartesianas
∂2 f ∂2 f ∂2 f
∇ f = 2 + 2 + 2
∂x
∂y
∂z
2
r
r
r
2
2
2
r
∂ X ∂ X ∂ X
∇2 X = 2 + 2 + 2
∂x
∂y
∂z
r
r
E
∂
∇2 E = ε µ 2
∂t
r
2
r
∂ H
∇2H = ε µ
∂t 2
2
r
r
r
r
∂2E
∂2E ∂2E ∂2E
=ε µ 2
+
+
∂t
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
r
r
r
r
∂2H
∂2H ∂2H ∂2H
+ 2 + 2 =ε µ
∂y
∂z
∂t 2
∂x 2
OpE 0708
OnEl 10
Equação de onda escalar
Faculdade de Engenharia
Considere-se a equação de onda escalar
∂ 2u 1 ∂ 2u
− 2 2 =0
2
∂x
c ∂t
r
r
r
r
∂2E
∂2E ∂2E ∂2E
=ε µ 2
+
+
∂t
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2
r
r
r
r
2
2
2
2
∂ H
∂ H ∂ H ∂ H
ε
µ
=
+
+
∂t 2
∂z 2
∂y 2
∂x 2
Esta equação é satisfeita por qualquer função escalar u(x,t) do tipo
u ( x, t ) = f (x ± ct )
OpE 0708
OnEl 11
Exemplo
Faculdade de Engenharia
f (⋅)
Seja
⋅
se u(x,t)=f(x-ct)
•
u ( x, t = 0 )
u (x,t1 )
u ( x,t 2 )
x
•
se u(x,t)=f(x+ct)
u ( x, t = 0 )
u (x,t1 )
u ( x,t 2 )
x
OpE 0708
OnEl 12
Velocidade de propagação
Faculdade de Engenharia
Para determinar a velocidade de propagação da onda é necessário considerar a
velocidade com que um dado ponto do perfil f se propaga.
à
sendo x±ct=const., tem-se dx±cdt=0
Na equação
u ( x, t ) = f (x ± ct )
dx
=c
dt
v=
∂ 2u 1 ∂ 2u
− 2 2 =0
2
∂x
c ∂t
este factor está associado à velocidade de propagação
importante
a velocidade de propagação de ondas electromagnéticas é dada por
1
=ε µ
v2
v=
1
εµ
OpE 0708
OnEl 13
Faculdade de Engenharia
Soluções harmónicas
u (x, t ) = A cos(ω t − kx )
ω = 2π f
u (x = 0, t )
solução da equação de onda
quando
2π
k=
λ
ω = kv
2πf =
T = 1/ f
∂ 2 u ( x , t ) 1 ∂ 2 u ( x, t )
− 2
=0
∂x 2
v
∂t 2
2π
v
λ
t
u ( x, t = 0 )
v = λf
λ
x
sinais harmónicos nos tempos
de fácil geração
permitem decomposição de sinais genéricos (série de Fourier,…)
OpE 0708
OnEl 14
Fasores
Faculdade de Engenharia
•
i(t ) = I 0 cos(ωt + φ )
Sinais sinusoidais são caracterizados por
•
amplitude
•
frequência
•
fase
Podemos escrever
{
}
{
jω t
i(t ) = Re I 0 e j (ω t +φ ) = Re Ie
I = I 0 e jφ
}
fasor
importante
e jθ = cos(θ ) + j sin (θ )
OpE 0708
OnEl 15
Exemplos
Faculdade de Engenharia
{
i (t ) = I 0 cos(ω t + φ ) = Re I 0 e j (ω t +φ )
Determine os fasores associados aos sinais sinusoidais seguintes


b) v(t ) = 15 sin (4 t )
a) i (t ) = 10 cos10 t +


c) g (t ) = 10 cos 20 t +
π

2
fasor à
I = I 0 e jφ
π
π

 + 20 sin  20 t + 
4
2

π
a) i (t ) = 10 cos10 t + 
2

I = 10 e
π

b) v (t ) = 15 sin (4 t ) = 15 cos 4 t − 
2

j
π
2
= 10 j
V = 15 e
−j
π
2=
−15 j
π

sin (α ) = cos α − 
2

π
π

 + 20 sin  20 t + 
4
2


π
π π


= 10 cos 20 t +  + 20 cos 20 t + − 
4
2 2


c) g (t ) = 10 cos 20 t +
G = 10 e
j
π
4
+ 20 = 20 + 5 2 + j 5 2 = 27.97e j14.6
o
OpE 0708
OnEl 16
}
Exemplos
Faculdade de Engenharia
Determine os sinais associados aos fasores seguintes, sabendo que ω = 20 rad/s
a)
E = 5 V/m
b)
F =5j
c)
G = 4 + j3
d)
E (x, y ) = 4 sin (x )e jy V/m
a)
fasor à
I = I 0 e jφ
e(t ) = 5 cos(20 t ) V/m
E = 5 V/m
j
π
2
b)
F = 5 j = 5e
c)
G = 4 + j 3 = 5e j 36.9
d)
{
i (t ) = I 0 cos(ω t + φ ) = Re I 0 e j (ω t +φ )
π

f (t ) = 5 cos 20 t + 
2

o
E (x, y ) = 4 sin (x )e jy V/m
(
g (t ) = 5 cos 20 t + 36.9 o
{
)
e(x, y, t ) = Re 4 sin (x )e j y e j 20 t
} = Re{4 sin(x )e (
j 20 t + y )
}
= 4 sin (x )cos(20 t + y ) V/m
OpE 0708
OnEl 17
}
Propriedades importantes dos fasores
Faculdade de Engenharia
•
Linearidade
•
Derivação
av1 (t ) + bv2 (t ) → aV1 + bV2
dx(t )
→
dt
x(t ) = I 0 cos(ωt + φ )
jωX
dx(t )
= − I 0ω sin(ω t + φ )
dt
π
= I 0ω cos(ω t + φ + )
2
•
X = I 0 e jφ
X = I 0ω e
 π
jφ + 
2

= jω I 0 e jφ
Integração
∫
x(t )dt →
X
jω
OpE 0708
OnEl 18
Equações de Maxwell para meios LHI sem cargas e sem perdas –
notação fasorial
Lei de Faraday à
Lei de Ampére à
Lei de Gauss à
r
r
∂H
∇ × E = −µ
∂t
r
r
∇ × E = − jω µ H
r
r
∂E
∇× H = ε
∂t
r
r
∇ × H = jωε E
r
∇⋅E = 0
r
∇⋅E = 0
r
∇⋅B = 0
meios LHI (ε, µ)
sem cargas e sem
perdas
Faculdade de Engenharia
r
∇⋅B = 0
notação fasorial
OpE 0708
OnEl 19
Exercícios
1.
Faculdade de Engenharia
Considere uma onda electromagnética de frequência 1 GHz a propagar-se no vazio. Determine o seu
comprimento de onda.
2.
O campo eléctrico de uma onda electromagnética é caracterizado por
(
)
r
E (z , t ) = 10 cos 2π ×10 7 t + 0.2π z uˆ y (V/m )
Determine o seu comprimento de onda e a sua velocidade de propagação.
Em que sentido se propaga a onda?
OpE 0708
OnEl 20
Exercícios
3.
Faculdade de Engenharia
O campo eléctrico de uma onda que se propaga no vazio é dado por
(
)
r
E (z , t ) = 10 cos 109 π t − kz uˆ x (V/m )
Determine
4.
a)
o valor da constante k ;
b)
o campo magnético desta onda.
O campo eléctrico de uma onda que se propaga no vazio é dado por
(
)
(
)
r
E (z , t ) = 2 sin 3 × 108 t + z uˆ x − 3 cos 3 × 108 t + z uˆ y (V/m )
Determine o campo magnético desta onda.
OpE 0708
OnEl 21
Ondas Electromagnéticas (6 aulas)
Faculdade de Engenharia
Equações de Maxwell
Equação de onda em meios LHI sem perdas e sem fontes
Campos harmónicos
(1ª aula)
Ondas electromagnéticas em meios infinitos sem perdas
Ondas electromagnéticas transversais numa direcção arbitrária
Polarização de ondas planas
(2ª aula)
Dispersão
Potência e vector de Poynting
Incidência normal
(3ª aula)
Incidência oblíqua
(4ª aula)
Interferência
(5ª aula)
Difracção
(6ª aula)
OpE 0708
OnEl 22
Fasores – aula anterior
Faculdade de Engenharia
sinal instantâneo
fasor
i(t ) = I 0 cos(ωt + φ )
I = I 0 e jφ
Algumas propriedades
linearidade:
av1 (t ) + bv2 (t ) → aV1 + bV2
derivação:
dx(t )
→
dt
integração:
∫
x(t )dt →
jωX
x(t ) = I 0 cos(ωt + φ )
X = I 0 e jφ
dx(t )
= − I 0ω sin(ω t + φ )
dt
X
jω
π
= I 0ω cos(ω t + φ + )
2
X = I 0ω e
 π
jφ + 
2

= jω I 0 e jφ
OpE 0708
OnEl 23
Equações de Maxwell para meios LHI sem cargas e sem perdas –
notação fasorial
Lei de Faraday à
Lei de Ampére à
Lei de Gauss à
r
r
∂H
∇ × E = −µ
∂t
r
r
∇ × E = − jω µ H
r
r
∂E
∇× H = ε
∂t
r
r
∇ × H = jωε E
r
∇⋅E = 0
r
∇⋅E = 0
r
∇⋅B = 0
meios LHI (ε, µ)
sem cargas e sem
perdas
Faculdade de Engenharia
r
∇⋅B = 0
notação fasorial
OpE 0708
OnEl 24
Equações de Helmholtz
em notação fasorial
Faculdade de Engenharia
r r
r r
∂X (r , t )
→ jωX (r )
∂t
r
2
r
∂ E
∇2E = ε µ 2
∂t r
r
∂2H
2
∇ H =ε µ
∂t 2
r r
∂ X (r , t )
→
∂t 2
2
r
( jω )2 X (rr )
r r
= − ω 2 X (r )
equações de onda em meios LHI
sem perdas e sem fontes
r
r
∇ 2 E + ω 2ε µ E = 0
r
r
∇2 E + k 2 E = 0
r
r
2
∇ H +ω ε µ H = 0
r
r
∇2 H + k 2 H = 0
2
equações de Helmholtz
nota
soluções harmónicas à
ω = kv = k
1
µε
k = ω µε
número de onda
OpE 0708
OnEl 25
Ondas electromagnéticas planas
Faculdade de Engenharia
r
∇ ⋅ E = 0 (lei de Gauss)
r
r
seja E = E (z ) = E x ( z )uˆ x + E y ( z )uˆ y + E z (z )uˆ z
∂E x ( z ) ∂E y ( z ) ∂E z ( z )
+
+
=0
∂x
∂y
∂z
por exemplo, seja
r
r
2
∇ E+k E =0
2
r
E = E x ( z )uˆ x
E z ( z ) = const.
E z (z ) = 0
r
E ⊥ uˆ z
r
E = E x ( z )uˆ x
d 2 Ex
+ k 2 Ex = 0
2
dz
solução geral
r2 + k2 = 0 ⇔ r = ± j k
(
)
r
E = E0+ e − jkz + E0− e jkz uˆ x
OpE 0708
OnEl 26
Ondas electromagnéticas planas – velocidade de fase
(
)
r
E = E0+ e − jkz + E0− e jkz uˆ x
{ }
i(t ) = Re Ie jωt
Faculdade de Engenharia
r
E ( z , t ) = E0+ cos(ωt − kz )uˆ x + E0− cos(ωt + kz )uˆ x
segundo +z
segundo -z
onda plana uniforme que
se propaga segundo z
z
fase e amplitude constantes nos planos z = const.
nota
ondas planas à fase é constante em planos
perpendiculares à direcção de propagação
ondas planas uniformes à amplitude é constante
nos planos de fase constante
OpE 0708
OnEl 27
Campo magnético
Faculdade de Engenharia
E x = E0+ e − jkz + E0− e jkz
r
E = E ( z )uˆ x
r
H =?
r
r
j
H=
∇× E
ωµ
uˆ x
r
j
∂
H=
ωµ
∂x
+ − jkz
E0 e
+ E0− e jkz
uˆ y
∂
∂y
0
uˆ z
∂
∂z
0
=
r
r
∇ × E = − jωµH
r r
r
∇ × H = J + jωε E
r ρ
∇⋅E =
ε
r
∇⋅H = 0
j
ωµ
(
 ∂ + − jkz
+ E0− e jkz
+ ∂z E0 e

) uˆ

y
 k + − jkz
k − jkz 
= 
E0 e
−
E0 e  uˆ y
ωµ
ωµ


k =ω ε µ
µ
η=
ε
r 1

1
H =  E0+ e − jkz − E0− e jkz  uˆ y
η
η

z
OpE 0708
OnEl 28
Impedância intrínseca
(
Faculdade de Engenharia
)
r
E = E0+ e − jkz + E0− e jkz uˆ x
r  1 + − jkz 1 − jkz 
H =  E0 e
− E0 e  uˆ y
η
η


η=
µ
Ω
ε
é a impedância intrínseca do meio
no vazio
1
× 10 −9 F/m
36π
µ = µ 0 = 4π × 10 −7 H/m
ε = ε0 ≅
η = η0 =
µ0
≅ 120π Ω ≅ 377 Ω
ε0
OpE 0708
OnEl 29
Ondas electromagnéticas transversais
Faculdade de Engenharia
direcção de propagação: z
(
)
r
E = E0+ e − jkz + E0− e jkz uˆ x
r
r
E e H são perpendiculares entre si e ambos são
r  1 + − jkz 1 − jkz 
H =  E0 e
− E0 e  uˆ y
η

η
perpendiculares à direcção de propagação
ondas electromagnéticas transversais
ondas TEM
OpE 0708
OnEl 30
Ondas TEM – propagação numa direcção arbitrária
r
− j (k x + k y + k z )
E = E0 e x y z pˆ e
seja
Faculdade de Engenharia
versor que indica direcção do vector campo eléctrico
r
r
2
∇ E+k E =0
2
k =ω µε
−
(
k x2
+
k y2
+
k z2
)
r
r
2
E+k E=0
k x2 + k y2 + k z2 = ω 2 µ ε
k x , k y e k z à componentes de um
vector com valor absoluto k = ω µ ε
r
k = k x uˆ x + k y uˆ y + k z uˆ z = kaˆ n
vector segundo direcção
de propagação
ân indica direcção de propagação
rr
r
− jk ⋅ r
E = E0 e
pˆ e
r
r = x uˆ x + y uˆ y + z uˆ z
OpE 0708
OnEl 31
Ondas TEM – planos de fase constante
Faculdade de Engenharia
rr
r
− jk ⋅ r
E = E0 e
pˆ e
planos de fase constante:
r r
k ⋅ r = const.
r
k = kaˆ n
r
aˆ n ⋅ r = const.
equação de planos
perpendiculares a ân
r
projecção de r na direcção de ân
P
z
plano de fase constante e
amplitude uniforme
r
r
ân
y
x
OpE 0708
OnEl 32
Ondas TEM – direcção do campo eléctrico
rr
r
− jk ⋅r
E = E0 e
pˆ e
(
E0 ∇ ⋅ e
r
∇⋅E = 0
(
∇e
rr
− jk ⋅r
)
rr
− jk ⋅ r
pˆ e = 0
) =  ∂∂x uˆ

x
+
Faculdade de Engenharia
( )
r
r r
∇ ⋅ f X = f ∇ ⋅ X + X ⋅ ∇f
(
E0 ∇ e
rr
− jk ⋅ r
) ⋅ pˆ
e
=0
∂
∂  − j (k x + k y + k z )
uˆ y + uˆ z e x y z
∂y
∂z 
(
)
= − j k x uˆ x + k y uˆ y + k z uˆ z e
rr
− jk ⋅r
r − jkr⋅rr
= − jk e
r
E é perpendicular à direcção
de propagação!
aˆ n ⋅ pˆ e = 0
− jkE0 e
rr
− jk ⋅r
aˆ n ⋅ pˆ e = 0
OpE 0708
OnEl 33
Ondas TEM – campo magnético
r
r
j
H=
∇× E
ωµ
Faculdade de Engenharia
(
rr
r jE0
− jk ⋅r
H=
pˆ e
∇× e
ωµ
rr
r
− jk ⋅r
E = E0 e
pˆ e
)
( )
r
r
r
∇ × f X = f ∇ ⋅ X + ∇f × X
(
∇e
rr
− jk ⋅ r
)
r
H é perpendicular à direcção
r
de propagação e a E
importante:
(
(
)
)
(
)
r − jkr⋅rr
= − jk e
= − jke
r 1
r
H = aˆ n × E
η
r
r
E = −η aˆ n × H
(
rr
r jE0
− jk ⋅ r
H=
∇e
× pˆ e
ωµ
rr
− jk ⋅r
aˆ n
r 1
r
H = aˆ n × E
η
)
OpE 0708
OnEl 34
Polarização de ondas planas
r
direcção de E
Faculdade de Engenharia
à indica a POLARIZAÇÃO da onda
r
se E = E0 e − jk z uˆ x
onda polarizada LINEARMENTE segundo û x
r
E (z , t ) = E0 cos(ωt − k z ) uˆ x
direcção de polarização fixa
CASO GERAL
r
E ⊥ zˆ
para ondas TEM que se propagam segundo +z
r
E = E x 0 e − jk z uˆ x + E y 0 e − jk z uˆ y
onde
Ex0 , E y 0
são complexos
r
E = E x uˆ x + E y uˆ y
E x 0 = A1e jφ1
E y 0 = A2 e jφ2
r
E = A1e j (φ1 − k z ) uˆ x + A2 e j (φ2 − k z ) uˆ y
OpE 0708
OnEl 35
Polarização de ondas planas – polarização linear
r
E = A1e j (φ1 − k z ) uˆ x + A2 e j (φ2 − k z ) uˆ y
{
v(t ) = Re Ve jωt
Faculdade de Engenharia
r
E (z, t ) = A1 cos(ωt − k z + φ1 )uˆ x + A2 cos(ωt − k z + φ2 )uˆ y
}
casos particulares
1. A2 = 0
r
E (z , t ) = A1 cos(ωt − k z + φ1 )uˆ x
polarização segundo û x
A1 = 0
r
E (z, t ) = A2 cos(ωt − k z + φ2 )uˆ y
polarização segundo û y
2.
3. φ1 = φ2 = φ
r
E (z , t ) = A cos(ωt − k z + φ ) uˆ x + uˆ y = A0 cos(ωt − k z + φ ) pˆ
(
)
A1 = A2 = A
4. φ1 = φ2 = φ
A1 ≠ A2
1
segundo p̂
onde A0 = 2 A e pˆ =
r
E (z , t ) = cos(ωt − k z + φ ) A1uˆ x + A2uˆ y = A0 cos(ωt − k z + φ ) pˆ
(
)
2
2
onde A0 = A1 + A2 e pˆ =
y
45º
p̂
uˆ x + uˆ y
2
segundo p̂
A1uˆ x + A2 uˆ y
1
x
y
A2
α = tan −1
p̂
A1
x
A12 + A22
OpE 0708
OnEl 36
A2
A1
Polarização de ondas planas – polarização circular direita
Faculdade de Engenharia
r
E (z, t ) = A1 cos(ωt − k z + φ1 )uˆ x + A2 cos(ωt − k z + φ2 )uˆ y
casos particulares
5.
φ1 = 0
π
2
A1 = A2 = A
φ2 = −
r
π

E (z , t ) = A cos(ωt − k z )uˆ x + A cos ωt − k z − uˆ y
2

= A cos(ωt − k z )uˆ x + A sin (ωt − k z )uˆ y
r
E (0, t ) = A cos(ωt )uˆ x + A sin (ωt )uˆ y
r
E (0,0 ) = A uˆ x
r
E (0, t1 ) = A cos(ωt1 )uˆ x + A sin (ωt1 )uˆ y
r
E (0, t 2 ) = A cos(ωt 2 )uˆ x + A sin (ωt 2 )uˆ y
regra da mão direita à polegar aponta no sentido de propagação
r
dedos indicam direcção de E (0, t )
polarização circular
y
A
x
polarização circular direita
OpE 0708
OnEl 37
Polarização de ondas planas – polarização circular esquerda
Faculdade de Engenharia
r
E (z, t ) = A1 cos(ωt − k z + φ1 )uˆ x + A2 cos(ωt − k z + φ2 )uˆ y
casos particulares
6.
φ1 = 0
π
2
A1 = A2 = A
φ2 = +
r
π

E (z , t ) = A cos(ωt − k z )uˆ x + A cos ωt − k z +  uˆ y
2

= A cos(ωt − k z )uˆ x − A sin (ωt − k z )uˆ y
polarização circular
r
E (0, t ) = A cos(ωt )uˆ x − A sin (ωt )uˆ y
r
E (0,0 ) = A uˆ x
r
E (0, t1 ) = A cos(ωt1 )uˆ x − A sin (ωt1 )uˆ y
r
E (0, t 2 ) = A cos(ωt 2 )uˆ x − A sin (ωt 2 )uˆ y
regra da mão “esquerda” à polegar aponta no sentido de propagação
r
dedos indicam direcção de E (0, t )
y
A
x
polarização circular esquerda
OpE 0708
OnEl 38
Polarização de ondas planas – polarização elíptica
Faculdade de Engenharia
r
E (z, t ) = A1 cos(ωt − k z + φ1 )uˆ x + A2 cos(ωt − k z + φ2 )uˆ y
casos particulares
7.
φ1 = 0
π
2
A1 ≠ A2
φ2 = ±
r
π

E (z , t ) = A1 cos(ωt − k z )uˆ x + A2 cos ωt − k z ±  uˆ y
2

= A1 cos(ωt − k z )uˆ x m A2 sin (ωt − k z )uˆ y
r
E (0, t ) = A1 cos(ωt )uˆ x m A2 sin (ωt )uˆ y
r
E (0,0 ) = A1 uˆ x
r
E (0, t1 ) = A1 cos(ωt1 )uˆ x m A2 sin (ωt1 )uˆ y
polarização elíptica
y
φ2 = −
A2
π
2
x
A1
φ2 = +
π
2
OpE 0708
OnEl 39
Polarização de ondas planas – resumo
Faculdade de Engenharia
r
seja E = E x xˆ + E y yˆ (soma de duas ondas linearmente polarizadas em quadratura no espaço)
se ondas em fase
onda resultante tem polarização linear
direcção do versor de polarização depende da relação entre
amplitudes das duas ondas
se diferença de fase = 90º
onda resultante tem polarização circular ou elíptica
circular à amplitudes iguais
elíptica à amplitudes diferentes
se diferença de fase arbitrária
onda resultante tem polarização elíptica
eixos da elipse não coincidem com x e y
OpE 0708
OnEl 40
Polarização de ondas planas – aplicações
Faculdade de Engenharia
r
ondas AM
emitidas em polarização linear, com E orientado
perpendicularmente ao solo
r
antena de recepção deve ser paralela a E
ondas TV
emitidas em polarização linear, com E orientado
paralelamente ao solo
r
antena de recepção deve ser paralela a E
r
antenas nos telhados são horizontais
ondas FM
emitidas em polarização circular
antena de recepção deve estar num plano normal à direcção de propagação
OpE 0708
OnEl 41
Dispersão
1
µε
representa a velocidade de propagação
da frente de onda de fase constante
Faculdade de Engenharia
seja
vf =
1
µε
Em determinados meios, a velocidade de fase varia com a frequência da onda
velocidade de fase
(meios dispersivos)
Em sinais que consistem numa dada banda de frequências, as componentes a
diferentes frequências propagam-se a velocidades de fase diferentes
distorção do sinal
relação de dispersão à equação que relaciona k com ω
DISPERSÃO
k =ω µε
OpE 0708
OnEl 42
Envolvente e portadora
Faculdade de Engenharia
sinal de largura de banda 2∆ω centrada numa portadora ω0
ω1 = ω0 − ∆ω
ω2 = ω0 + ∆ω
(ω0 >> ∆ω )
k1 = k0 − ∆k
k 2 = k0 + ∆k
k = k (ω )
ω1 ω0 ω2
ω
E (z, t ) = E0 {cos[(ω0 + ∆ω )t − (k0 + ∆k )z ] + cos[(ω0 − ∆ω )t − (k0 − ∆k )z ]}
ondas planas correspondentes a ω1 e ω2:
= 2 E0 cos(∆ωt − ∆kz ) cos(ω0t − k0 z )
E ( z,0)
envolvente
portadora
z
OpE 0708
OnEl 43
Velocidade de grupo
Faculdade de Engenharia
E (z,0)
E (z, t ) = 2 E0 cos(∆ωt − ∆kz )cos(ω0t − k0 z )
envolvente
z
portadora
portadora à propaga-se à velocidade
vf =
envolvente à propaga-se à velocidade
∆ω
∆k
ω0
k0
lim ∆ω → 0
vg =
1
(m/s)
dk dω
velocidade
de grupo
OpE 0708
OnEl 44
Velocidade de grupo – dispersão normal e anómala
dk
d  ω
=
dω dω  v f
dv f
 vf −ω
dω
 =

2
vf

Faculdade de Engenharia
vg =
1
ß velocidade de grupo
dk dω
vf =
k
β
ß velocidade de fase
vf
vg =
1−
ω dv f
v f dω
casos particulares
1.
2.
3.
dv f
dω
dv f
dω
dv f
dω
=0
vg = v f
sem dispersão
( v f constante)
<0
vg < v f
dispersão normal
( v f diminui com
>0
vg > v f
dispersão anómala
( v f aumenta com ω )
ω)
OpE 0708
OnEl 45
Exercícios (aula anterior)
1.
Faculdade de Engenharia
Considere uma onda electromagnética de frequência 1 GHz a propagar-se no vazio. Determine o seu
comprimento de onda.
2.
O campo eléctrico de uma onda electromagnética é caracterizado por
(
)
r
E (z , t ) = 10 cos 2π ×10 7 t + 0.2π z uˆ y (V/m )
Determine o seu comprimento de onda e a sua velocidade de propagação.
Em que sentido se propaga a onda?
OpE 0708
OnEl 46
Exercícios
3.
Faculdade de Engenharia
O campo eléctrico de uma onda que se propaga no vazio é dado por
(
)
r
E (z , t ) = 10 cos 109 π t − kz uˆ x (V/m )
Determine
4.
a)
o valor da constante k ;
b)
o campo magnético desta onda.
Uma onda electromagnética de frequência 1 GHz que se propaga num meio com dispersão normal
tem uma velocidade de fase de 300 Mm/s. A velocidade de fase varia com o comprimento de onda de
acordo com a equação v f = aλ3 / 4 , onde a é uma constante. Determine a velocidade de grupo.
OpE 0708
OnEl 47
Ondas Electromagnéticas (6 aulas)
Faculdade de Engenharia
Equações de Maxwell
Equação de onda em meios LHI sem perdas e sem fontes
(1ª aula)
Campos harmónicos
Ondas electromagnéticas em meios infinitos sem perdas
(2ª aula)
Potência de uma onda electromagnética
Incidência
Leis de Snell
(3ª aula)
Incidência normal
Incidência oblíqua
(4ª aula)
Interferência
(5ª aula)
Difracção
(6ª aula)
OpE 0708
OnEl 48
Energia transportada por uma onda
(
)
(
)
(
r r
r
r r
r
∇⋅ E× H = H ⋅ ∇× E − E ⋅ ∇× H
)
Faculdade de Engenharia
r
r
∂H
∇ × E = −µ
∂t r
r r
∂E
∇×H = J +ε
∂t
(igualdade vectorial)
W/m 2
r
r r
r 
∂H
∇ ⋅ E × H = H ⋅  − µ
∂t

(
)
r
 r r
∂E 
 − E ⋅ J + ε



∂t 


r
r ∂A 1 ∂ r r
A⋅ A
A⋅
=
∂t 2 ∂t
(
(
)
(
)
(
)
r r
1 ∂ r r
1 ∂ r r r r
∇ ⋅ E × H = −µ
H ⋅H −ε
E⋅E − E⋅J
2 ∂t
2 ∂t
)
r
r
J = σE
∫(
S
)
(
∫
)
r r
r2
∂ µ r 2 ε r 2
∇ ⋅ E × H = −  H + E  −σ E
∂t  2
2

r r r
r2
∂ µ r 2 ε r 2
E × H ⋅ ds = −
 H + E dv − σ E dv
∂t V  2
2

V
∫
∫
S
r r
A ⋅ ds =
∫(
)
r
∇ ⋅ A dv
V
Nota: expressões instantâneas
OpE 0708
OnEl 49
Teorema de Poynting
r r r
∂ µ r
(
)
E
×
H
⋅
d
s
=
−
 H
∫
∂t ∫ 2
S
potência que
atravessa S
V

Faculdade de Engenharia
2
+
r2
ε r 2
E dv − σ E dv
2

V
diminuição da energia
armazenada no campo EM
por unidade de tempo
∫
conservação de energia
potência dissipada
por condução
Nota: expressões instantâneas
OpE 0708
OnEl 50
Vector de Poynting
Faculdade de Engenharia
∫(
S
vector de Poynting à
(
r r r
S = E × H W/m 2
)
r r r
r2
∂ µ r 2 ε r 2
E × H ⋅ ds = −
 H + E dv − σ E dv
∂t V  2
2

V
∫
∫
)
representa a densidade de potência
instantânea transportada pela onda
electromagnética
r r
∂
(wm + we )dv − pσ dv
S ⋅ ds = −
∂
t
S
V
V
∫
∫
∫
1 r2
wm = µ H
2
1 r2
we = ε E
2
r2
pσ = σ E
Nota: expressões instantâneas
OpE 0708
OnEl 51
Vector de Poynting – campos harmónicos
Faculdade de Engenharia
{
}
r r
r r
H ( r , t ) = Re{H (r )e }
r r
r r jωt
E (r , t ) = Re E (r )e
jωt
{
}
{
r r
r r
r r
r r
r r
S (r , t ) = E (r , t ) × H (r , t ) = Re E (r )e jωt × Re H (r )e jωt
}
{} {
}
r 1 r r
Re X = X + X *
2
r
r 1 r r
1 r r
Re A × Re B = A + A* × B + B *
2
2
r
r
r
r r r r r
1
= A × B * + A* × B + A × B + A* × B *
4
r r
r r
1
= Re A × B * + A × B
2
{} {} {
{
} {
{
{
r r
r r
r r
r r
r r
1
S (r , t ) = Re E (r ) × H * (r ) + E (r ) × H (r )e j 2ωt
2
valor instantâneo
}
}
}
fasores
OpE 0708
OnEl 52
}
Vector de Poynting médio
densidade de potência média à
Faculdade de Engenharia
r
r
1 r r
S med (r ) =
S (r , t ) dt
TT
∫
{
r r
r r
r r
r r
r r
1
S (r , t ) = Re E (r ) × H * (r ) + E (r ) × H (r )e j 2ωt
2
{
}
r
r r
r* r
r 1
S med (r ) = Re E (r ) × H (r )
2
(W/m )
2
}
vector de Poynting médio
OpE 0708
OnEl 53
Vector de Poynting médio – ondas TEM
ondas TEM
r 1
r
H = aˆ n × E
η
r r
E ⊥ H ⊥ aˆ n
Faculdade de Engenharia
(
r r
r
1 r
E × H * = * E × aˆ n × E ∗
η
(
{
r
r r*
1
S med = Re E × H
2
)
) (
)
(
)}
(
r r r
r r r r r r
A× B ×C = A⋅C B − C A⋅ B
{(
)
r r
r r
1 r r
E × H * = * E ⋅ E * aˆ n − E * E ⋅ aˆ n
η
{
}
r
r r
1
1 r2 1 
S med = Re E × H * = E Re * aˆ n
2
2
η 
=
)
1 r2
E aˆ n
*
η
vector de Poynting médio aponta na
direcção e sentido de propagação da onda
Nota
meios sem perdas à η é real
r
1 r2
S med =
E aˆ n
2η
OpE 0708
OnEl 54
}
Incidência de uma onda TEM numa interface plana
reflectida
Faculdade de Engenharia
ângulo de incidência à
ânr
θi
x
transmitida
plano de incidência à plano xz
ânt
θr
θt
z
θi
plano formado pela normal à interface
e pela direcção de propagação da
onda incidente
âni
incidente
meio 1
(ε1 , µ1 ,σ 1 )
meio 2
(ε 2 , µ 2 ,σ 2 )
direcções de propagação:
aˆ ni = sin θ i uˆ x + cosθ i uˆ z
aˆ nr = sin θ r uˆ x − cosθ r uˆ z
aˆ nt = sin θ t uˆ x + cosθ t uˆ z
OpE 0708
OnEl 55
Leis de Snell – lei da reflexão
Faculdade de Engenharia
x
frente de onda à mesma fase
O
ânr
ondas planas à frentes de onda são planos normais a
/
A/
pontos O e
/
ân
A têm mesma fase
/
pontos O e A têm mesma fase
A
B
θr
θi
ânt
θt
O
fase = k ⋅ dist.
z
k1 AO / = k1 OA/
âni
meio 1
(ε1 , µ1 ,σ 1 )
meio 2
(ε 2 , µ 2 ,σ 2 )
OO / sin θ i = OO / sin θ r
θi = θ r
OpE 0708
OnEl 56
Leis de Snell – lei da refracção
x
ondas planas à frentes de onda são planos normais a
O/
ânr
Faculdade de Engenharia
pontos O e
/
pontos O e
A/
ân
A têm mesma fase
B têm mesma fase
fase = k ⋅ dist.
A
B
θr
θi
ânt
θt
O
k1 AO / = k 2 OB
z
k1 OO / sin θ i = k 2 OO / sin θ t
âni
meio 1
(ε1 , µ1 ,σ 1 )
meio 2
(ε 2 , µ 2 ,σ 2 )
vf 2
sin θt k1
=
=
sin θ i k 2
vf1
k=
ω
vf
OpE 0708
OnEl 57
Índice de refracção
Faculdade de Engenharia
Índice de refracção à quociente entre velocidades de
propagação no vazio e no meio
n ≥1
n elevado à velocidade baixa
n=
c
vf
Ex: meio sem perdas
1
vf =
µε
n=
µε
µ0 ε 0
= µr ε r
sin θ t v f 2
=
sin θi v f 1
sin θ t n1
=
sin θ i n2
ß lei de Snell da refracção
OpE 0708
OnEl 58
Condições fronteira
(
)
(
)
r r
uˆn × E1 − E2 = 0
r
r
r
uˆn × H1 − H 2 = J S
(
)
(
)
r
r
uˆn ⋅ D1 − D2 = ρ S
r r
uˆn ⋅ B1 − B2 = 0
Faculdade de Engenharia
ûn
E1,tan = E2, tan
densidade superficial de corrente
meio 1
(ε1 , µ1 ,σ 1 )
meio 2
(ε 2 , µ 2 ,σ 2 )
densidade superficial de carga
B1,norm = B2,norm
Etan contínuo
H tan
r
contínuo se J S = 0
Dnorm contínuo se ρ S = 0
Bnorm contínuo
Nota
r
J S ≠ 0 e ρ S ≠ 0 apenas em condutores perfeitos
OpE 0708
OnEl 59
Condições fronteira – condutores perfeitos
condutores perfeitos à
σ =∞
r
Econd = 0
r
Dcond = 0
r
J S ≠ 0 e ρS ≠ 0
Faculdade de Engenharia
ûn
meio 1
(ε1 , µ1 ,σ 1 )
meio 2
(ε 2 , µ 2 ,σ 2 )
r
H cond = 0
r
Bcond = 0
Exemplo
σ2 = ∞
(
r
r
r
J S = uˆn × H1 − H 2
(
r
r
ˆ
ρ S = un ⋅ D1 − D2
)
)
r
= uˆn × H1 = H1,tan uˆt
r
= uˆn ⋅ D1 = D1,norm
OpE 0708
OnEl 60
Incidência normal
incidência normal à
Faculdade de Engenharia
θi = 0
meio 1
θ r = θt = 0
θi = θr
sin θ t n1
=
sin θ i n2
incidente à
reflectida à
r
r r
E1 = Ei + Er
(
= Ei 0 e
)uˆ
r
Ht
y
ânt
z
âni
x
r
r
r
H1 = H i + H r
r
Er = Er 0 e + jk1z uˆ x
r
E
H r = − r 0 e + jk1z uˆ y
η1
r
− jk z
transmitida à Et = Et 0 e 2 uˆ x
r
E
H r = t 0 e − jk2 z uˆ y
η2
+ Er 0 e
+ jk1 z
r
Hi
r
Et
r
Hr
r
Ei
meio 1
− jk1 z
meio 2
r
Er
ânr
r
Ei = Ei 0 e − jk1z uˆ x
r Ei 0 − jk z
Hi =
e 1 uˆ y
η1
x

E
E
=  i 0 e − jk1z − r 0 e + jk1z  uˆ y
η1

 η1
meio 2
OpE 0708
OnEl 61
Incidência normal – coeficientes de reflexão e transmissão
condições fronteira à
Etan contínuo
(
r
H tan contínuo se J S = 0
Faculdade de Engenharia
)
em z =0 à
r
Ei
Ei 0 Er 0 Et 0
−
=
η1
η1
η2
Er 0 η2 − η1
=
Ei 0 η2 + η1
Et 0
2η 2
=
Ei 0 η2 + η1
r
Ht
y
r
Hi
ânt
z
âni
meio 1
Ei 0 + Er 0 = Et 0
r
Et
r
Hr
ânr
r
r
E1 = E2
r
r
H1 = H 2
x
r
Er
meio 2
meio 1
(
)
r
E1 = Ei 0 e − jk1z + Er 0e + jk1z uˆ x
r
 E − jk z E + jk z 
H1 =  i 0 e 1 − r 0 e 1  uˆ y
η1
 η1

meio 2
r
E2 = Et 0e − jk2 z uˆ x
r
E
H 2 = t 0 e − jk2 z uˆ y
η2
OpE 0708
OnEl 62
Incidência normal – coeficientes de reflexão e transmissão
Er 0 η2 − η1
=
Ei 0 η 2 + η1
Γ=
Et 0
2η 2
=
Ei 0 η 2 + η1
η 2 − η1
η2 + η
2η 2
τ=
η2 + η
Faculdade de Engenharia
coeficiente de reflexão
r
Et
r
Ht
r
Hr
ânr
coeficiente de transmissão
x
r
Er
r
Ei
y
r
Hi
ânt
z
âni
meio 1
meio 2
Notas
1.
1+ Γ = τ
2.
Γ ≤1
3.
τ ≥0
4.
meio 1
(
)
r
E1 = Ei 0 e − jk1z + Er 0e + jk1z uˆ x
r
 E − jk z E + jk z 
H1 =  i 0 e 1 − r 0 e 1  uˆ y
η1
 η1

(
)
r
E1 = Ei 0 e − jk1z + Γe + jk1z uˆ x
r
E2 = τ Ei 0 e − jk2 z uˆ x
meio 2
r
E2 = Et 0e − jk2 z uˆ x
r
E
H 2 = t 0 e − jk2 z uˆ y
η2
OpE 0708
OnEl 63
Incidência normal – onda estacionária
(
)
r
E1 = Ei 0 e − jk1z + Γe + jk1 z uˆ x
1+ Γ = τ
Faculdade de Engenharia
[
]
r
Ei
)
r
E1 = τ Ei 0 e − jk1z uˆ x + ΓEi 0 e + jk1 z − e − jk1 z uˆ x
r
Ht
ânt
y
r
Hi
z
âni
meio 1
e jx − e − jx
sin(x ) =
2j
r
Et
r
Hr
ânr
(
x
r
Er
r
E1 = Ei 0 (τ − Γ )e − jk1z + Γe + jk1z uˆ x
Γ=
η 2 − η1
η2 + η
meio 2
τ=
2η 2
η2 + η
r
E1 = τ Ei 0 e − jkz uˆ x + 2 j ΓEi 0 sin(k1 z )uˆ x
onda em propagação
onda estacionária
OpE 0708
OnEl 64
Incidência normal – incidência num condutor ideal
meio 1 sem perdas
meio 2 condutor ideal
(σ 1 = 0)
(σ 2 = ∞)
(
Faculdade de Engenharia
)
r
E1 = Ei 0 e − jk1z + ΓEi 0 e + jk1z uˆ x
Et 0 = 0
x
r
Er
r
Ei
Γ = −1
y
r
Hi
Γ=
(
)
r
E1 = Ei 0 e − jk1z − e + jk1z uˆ x
não há onda móvel, apenas
onda estacionária
ânt
z
âni
meio 1
r
E2 = 0
r
Ht
r
Hr
ânr
τ =0
r
Et
η 2 − η1
η2 + η
τ=
2η 2
η2 + η
meio 2
η=
µ
ε
1− j
σ
ωε
= −2 jEi 0 sin(k1 z )uˆ x
OpE 0708
OnEl 65
Exercícios
•
Faculdade de Engenharia
Uma onda electromagnética plana, propagando-se no ar, é caracterizada por
r
E1 = 60 e − j 20 z uˆ x + juˆ y
(
) (mV/m)
Determine
•
•
o fasor do campo magnético;
•
o valor médio do vector de Poynting.
Uma onda electromagnética plana de 200 MHz tem polarização linear segundo x e uma intensidade do
campo eléctrico de 10 V/m. A onda propaga-se no ar e incide perpendicularmente num meio dieléctrico
de constante dieléctrica 4 e que ocupa a região definida por z > 0 .
•
Determine o fasor do campo eléctrico da onda incidente, sabendo que o campo tem um máximo
positivo em z = 0 quando t = 0.
•
Calcule os coeficientes de reflexão e de transmissão.
•
Determine os fasores do campo eléctrico das ondas reflectida, transmitida e do campo total em z < 0.
•
Calcule a percentagem da potência incidente que é reflectida pela interface e a que é transmitida para
o segundo meio.
OpE 0708
OnEl 66
Ondas Electromagnéticas (6 aulas)
Faculdade de Engenharia
Equações de Maxwell
Equação de onda em meios LHI sem perdas e sem fontes
(1ª aula)
Campos harmónicos
Ondas electromagnéticas em meios infinitos sem perdas
(2ª aula)
Incidência normal
(3ª aula)
Incidência oblíqua
Polarizações perpendicular e paralela
(4ª aula)
Reflexão interna total
Princípio de funcionamento dos guias de onda
Interferência
(5ª aula)
Difracção
(6ª aula)
OpE 0708
OnEl 67
Incidência oblíqua de uma onda TEM numa interface plana
onda TEM à
r r
E ⊥ H ⊥ aˆ n
r
r
Ei e H i estão no plano ⊥ ân
Faculdade de Engenharia
ânr
x
reflectida
transmitida
r
1. Ei perpendicular ao plano de incidência
r
r
Ei = Ei 0 e − jk1aˆ ni ⋅r uˆ y
ânt
θr
θt
z
θi
polarização perpendicular
âni
incidente
r
meio 1
2. Ei paralelo ao plano de incidência
r
r
− jk1aˆ ni ⋅r
(cosθ i uˆ x − sinθ i uˆ z )
Ei = Ei 0 e
(ε1 , µ1 ,σ 1 )
meio 2
(ε 2 , µ 2 ,σ 2 )
polarização paralela
r
r
r
− jk1aˆ ni ⋅r
− jk1aˆ ni ⋅r
(cosθi uˆ x − sin θi uˆ z ) + Ei 0,2e
uˆ y
Caso geral: Ei = Ei 0,1e
polarização paralela
polarização perpendicular
OpE 0708
OnEl 68
Polarizações perpendicular e paralela – convenção
polarização paralela
polarização perpendicular
x
ânr
θr
θt
y
r
Hr
ânt
r
Et
θi
x
r
Er
ânr
r
Hr
r
Er
Faculdade de Engenharia
ânt
r
Ht
θr
θi
z
r
Ei
âni
r
Ei
r
Et
θt
y
r
Ht
z
âni
r
Hi
r
Hi
meio 1
meio 2
meio 1
meio 2
componentes do campo eléctrico tangentes
à interface mantêm o sentido
OpE 0708
OnEl 69
Polarização perpendicular – campos eléctrico e magnético
incidente
Faculdade de Engenharia
x
ânr
aˆ ni = sin θ i uˆ x + cosθ i uˆ z
r
Hr
r
Er
r
r
− jk1aˆ ni ⋅r
Ei = Ei 0 e
uˆ y
r
r
r
1
E
H i = aˆ ni × Ei = i 0 e − jk1aˆ ni ⋅r (sin θ i uˆ z − cosθ i uˆ x )
η1
η1
ânt
r
Et
θr
θi
r
Ht
θt
y
z
reflectida
aˆ nr = sin θ r uˆ x − cosθ r uˆ z = sin θ i uˆ x − cosθ i uˆ z
r
r
− jk1aˆ nr ⋅r
Er = Er 0 e
uˆ y
r
r
r
1
E
H r = aˆ nr × Er = r 0 e − jk1aˆ nr ⋅r (sin θ i uˆ z + cosθ i uˆ x )
η1
η1
âni
r
Ei
r
Hi
meio 1
meio 2
transmitida
aˆ nt = sin θ t uˆ x + cosθ t uˆ z
r
r
− jk 2 aˆ nt ⋅r
Et = Et 0 e
uˆ y
r
r
r
1
E
H t = aˆ nt × Et = t 0 e − jk 2 aˆ nt ⋅r (sin θ t uˆ z − cosθ t uˆ x )
η2
η2
importante
relações entre Ei 0 , Er 0 e Et 0 obtidas
a partir das condições fronteira
OpE 0708
OnEl 70
Polarização perpendicular – campos eléctrico e magnético
condições fronteira à
Etan contínuo
H tan
(
r
contínuo se J S = 0
x
ânr
)
r
Hr
r
Er
r r
r
Ei + Er = Et
em z = 0
Faculdade de Engenharia
θr
H ix + H rx = H tx
ânt
r
Et
θi
θt
y
r
Ht
z
âni
Ei 0 e
− jk1 sin θ i x
+ Er 0 e
− jk1 sin θ i x
= Et 0 e
− jk 2 sin θ t x
− Ei 0 cosθ i e − jk1 sin θi x + Er 0 cosθ i e − jk1 sinθ i x
Et 0 cosθ t e − jk 2 sinθ t x
=−
η1
η2
r
Ei
r
Hi
meio 1
meio 2
k1 sin θ i = k 2 sin θ t
Ei 0 + Er 0 = Et 0
1
(Ei 0 − Er 0 )cosθ i = Et 0 cosθ t
η1
η2
OpE 0708
OnEl 71
Polarização perpendicular – coeficientes de reflexão e
transmissão
Ei 0 + Er 0 = Et 0
Faculdade de Engenharia
x
ânr
1
(Ei 0 − Er 0 )cosθ i = Et 0 cosθ t
η1
η2
r
Hr
r
Er
θr
θi
Er 0 η 2 cosθ i − η1 cosθ t
=
Ei 0 η 2 cosθ i + η1 cosθ t
ânt
r
Et
θt
y
r
Ht
z
âni
r
Ei
Et 0
2η 2 cosθ i
=
Ei 0 η 2 cosθ i + η1 cosθ t
r
Hi
meio 1
Γ⊥ =
η 2 cosθ i − η1 cosθ t
η 2 cosθ i + η1 cosθ t
coeficiente de reflexão
τ⊥ =
2η 2 cosθ i
η 2 cosθ i + η1 cosθ t
coeficiente de transmissão
meio 2
OpE 0708
OnEl 72
Polarização perpendicular – coeficientes de reflexão e
transmissão
η cosθ i − η1 cosθ t
Γ⊥ = 2
η 2 cosθ i + η1 cosθ t
Faculdade de Engenharia
x
ânr
coeficiente de reflexão
2η 2 cosθ i
τ⊥ =
η 2 cosθ i + η1 cosθ t
r
Hr
r
Er
coeficiente de transmissão
θr
θi
notas
1.
2.
1 + Γ⊥ = τ ⊥
(tal como para incidência normal)
é possível que Γ⊥ = 0
meio 1
1 − µ1ε 2 µ 2ε 1
meio 2
só possível quando µ1 ≠ µ 2
1 − (µ1 µ 2 )
Et 0 = 0
z
r
Hi
n1 sin θi = n2 sin θ t
se meio 2 for condutor perfeito,
y
r
Ei
(ângulo de Brewster) θ i = θ B ⊥
3.
θt
r
Ht
âni
η 2 cosθ i = η1 cosθ t
sin 2 θ B ⊥ =
ânt
r
Et
2
τ⊥ = 0
Γ⊥ = −1
OpE 0708
OnEl 73
Polarização paralela – campos eléctrico e magnético
Faculdade de Engenharia
x
r
Er
ânr
incidente
aˆ ni = sin θ i uˆ x + cosθ i uˆ z
r
Hr
r
r
− jk1aˆ ni ⋅r
(cosθ i uˆ x − sin θ i uˆ z )
Ei = Ei 0 e
r
Ei 0 − jk1aˆ ni ⋅rr
Hi =
e
uˆ y
η1
r
Et
ânt
θr
θi
θt
r
Ht
y
z
reflectida
aˆ nr = sin θ r uˆ x − cosθ r uˆ z = sin θ i uˆ x − cosθ i uˆ z
r
r
− jk1aˆ nr ⋅r
(cosθ i uˆ x + sin θ i uˆ z )
Er = Er 0 e
r
Er 0 − jk1aˆ nr ⋅rr
Hr = −
e
uˆ y
η1
r
Ei
âni
r
Hi
meio 1
meio 2
transmitida
aˆ nt = sin θ t uˆ x + cosθ t uˆ z
r
r
− jk 2 aˆ nt ⋅r
(cosθ t uˆ x − sin θ t uˆ z )
Et = Et 0 e
r
Et 0 − jk 2 aˆnt ⋅rr
Ht =
e
uˆ y
η2
relações entre Ei 0 , Er 0 e Et 0 obtidas
a partir das condições fronteira
OpE 0708
OnEl 74
Polarização paralela – campos eléctrico e magnético
condições fronteira à
Etan contínuo
H tan
em z = 0
Ei 0 cosθ i e
Faculdade de Engenharia
(
r
contínuo se J S = 0
)
+ Er 0 cosθ i e
r r
H r Er
r r
ErH r
r
Et
r
Et
θr θr
Eix + Erx = Etx
r
r
r
Hi + H r = Ht
− jk1 sin θ i x
x x
ânrânr
θi θi
− jk1 sin θ i x
= Et 0 cosθ t e
Ei 0 e − jk1 sin θi x − Er 0 e − jk1 sinθi x Et 0 e − jk2 sinθt x
=
η1
η2
− jk 2 sin θ t x
âni
r
Ei r
Ei r
Hi
r
Hi
θt θt
y y
ânt
ânt
r r
Ht H
t
z z
âni
meio
meio
1 1
meio
meio
2 2
k1 sin θ i = k 2 sin θ t
(Ei 0 + Er 0 )cosθ i = Et 0 cosθ t
1
(Ei 0 − Er 0 ) = Et 0
η1
η2
OpE 0708
OnEl 75
Polarização paralela – coeficientes de reflexão e transmissão
(Ei 0 + Er 0 )cosθ i = Et 0 cosθ t
x
r
Er
ânr
r
Hr
1
(Ei 0 − Er 0 ) = Et 0
η1
η2
Faculdade de Engenharia
r
Et
ânt
θr
θi
Er 0 η 2 cosθ t − η1 cosθ i
=
Ei 0 η 2 cosθ t + η1 cosθ i
r
Ei
θt
r
Ht
y
z
âni
r
Hi
Et 0
2η 2 cosθ i
=
Ei 0 η 2 cosθ t + η1 cosθ i
meio 1
Γ|| =
η 2 cosθ t − η1 cosθ i
η 2 cosθ t + η1 cosθ i
coeficiente de reflexão
τ || =
2η 2 cosθ i
η 2 cosθ t + η1 cosθ i
coeficiente de transmissão
meio 2
OpE 0708
OnEl 76
Polarização paralela – coeficientes de reflexão e transmissão
Γ|| =
η 2 cosθ t − η1 cosθ i
η 2 cosθ t + η1 cosθ i
coeficiente de reflexão
τ || =
2η 2 cosθ i
η 2 cosθ t + η1 cosθ i
coeficiente de transmissão
x
r
Er
ânr
r
Hr
θr
θi
2.
 cosθ t
1 + Γ|| = τ || 
 cosθ i
r
Et
ânt
notas
1.
Faculdade de Engenharia



r
Ei
é possível que Γ|| = 0
θt
r
Ht
y
z
âni
r
Hi
η 2 cosθ t = η1 cosθ i
(ângulo de Brewster) θ i = θ B ||
meio 1
n1 sin θi = n2 sin θ t
sin 2 θ B || =
3.
se meio 2 for condutor perfeito,
1 − µ 2ε1 µ1ε 2
1 − (ε 1 ε 2 )
Et 0 = 0
2
quando
µ1 = µ 2
meio 2
sin θ B || =
1
1 + (ε 1 ε 2 )
τ || = 0
Γ|| = −1
OpE 0708
OnEl 77
Campo eléctrico no meio 1 – polarização perpendicular
Faculdade de Engenharia
x
ânr
r
r
r
r r
− jk aˆ ⋅r
− jk aˆ ⋅r
E1 = Ei + Er = Ei 0 e 1 ni uˆ y + Er 0 e 1 nr uˆ y
r
Er
1 + Γ⊥ = τ ⊥
r
aˆ ni ⋅ r = sin θ i x + cosθ i z
r
aˆ nr ⋅ r = sin θ i x − cosθ i z
θi
[
= τ ⊥ Ei 0 e
(
uˆ y + Γ⊥ Ei 0 e
−e
− jk1 cosθ i z
)e
− jk1 sin θ i x
= τ ⊥ Ei 0 e
y
z
r
Ei
uˆ y
r
Hi
meio 1
r
− jk1aˆ ni ⋅r
θt
r
Ht
âni
]
jk1 cosθ i z
ânt
r
Et
θr
r
E1 = Ei 0 (τ ⊥ − Γ⊥ )e − jk1 cosθi z + Γ⊥ e jk1 cosθi z e − jk1 sinθi x uˆ y
r
− jk1aˆ ni ⋅r
r
Hr
meio 2
uˆ y + j 2Γ⊥ Ei 0 sin(k1 cosθ i z )e − jk1 sinθi x uˆ y
onda em propagação
segundo âni
onda em propagação segundo x,
com amplitude dependente de z
OpE 0708
OnEl 78
Incidência num condutor ideal – polarização perpendicular
meio 2 condutor ideal
(σ 2 = ∞ )
τ⊥ = 0
(
x
ânr
Γ⊥ = −1
r
E2 = 0
Faculdade de Engenharia
r
Hr
r
Er
θr
)
r
E1 = Ei 0 e − jk1 sin θi x e − jk1 cosθi z − e jk1 cosθi z uˆ y
θi
= − j 2 Ei 0 e − jk1 sinθ i x sin (k1 cosθ i z )uˆ y
y
z
âni
r
Ei
onda em propagação segundo x,
com amplitude dependente de z
r
Hi
meio 1
máximos:
mínimos:
z MAX =
z min
(2n + 1)π
2k1 cosθ i
nπ
=
k1 cosθ i
e
e
r
E1
r
E1
MAX
min
condutor ideal
= 2 Ei 0
=0
OpE 0708
OnEl 79
Campo eléctrico no meio 1 – polarização paralela
Faculdade de Engenharia
r
r r
r
r
E1 = Ei + Er = Ei 0 e − jk1aˆ ni ⋅r (cosθ i uˆ x − sin θ i uˆ z ) + Er 0 e − jk1aˆ nr ⋅r (cosθ i uˆ x + sin θ i uˆ z )
r
cosθ t
− jk1aˆ ni ⋅r
(cosθi uˆ x − sin θi uˆ z )
= τ ||
Ei 0 e
cosθ i
− Γ|| Ei 0 e
r
− jk1aˆ ni ⋅r
(cosθ i uˆ x − sin θi uˆ z ) + Γ|| Ei 0e
 cosθ t
1 + Γ|| = τ || 
 cosθ i
r
− jk1aˆ nr ⋅r



)
)sin θ uˆ
jk1 cosθ i z
+ e jk1 cosθi z
i
r
Et
ânt
(cosθ i uˆ x + sin θi uˆ z )
θr
r
Ei
θt
r
Ht
y
z
âni
r
Hi
+ Γ|| Ei 0 e − jk1 sin θ i x e jk1 cosθ i z − e jk1 cosθ i z cosθ i uˆ x
+ Γ|| Ei 0 e − jk1 sin θ i x
r
Hr
θi
r
r
cosθ t
ˆ
E1 = τ ||
Ei 0 e − jk1ani ⋅r (cosθ i uˆ x − sin θ i uˆ z )
cosθ i
(
(e
x
r
Er
ânr
meio 1
meio 2
z
r
cosθ t
− jk1aˆ ni ⋅r
(cosθ i uˆ x − sin θ i uˆ z )
= τ ||
Ei 0 e
cosθ i
+ j 2Γ|| Ei 0 e − jk1 sin θi x sin (k1 cosθ i z )cosθ i uˆ x
+ 2Γ|| Ei 0 e − jk1 sin θ i x cos(k1 cosθ i z )sin θ i uˆ z
OpE 0708
OnEl 80
Campo eléctrico no meio 1 – polarização paralela
Faculdade de Engenharia
x
r
Er
ânr
onda em propagação
segundo âni
r
Hr
r
Et
ânt
θr
r
r
cosθ t
− jk1aˆ ni ⋅r
(cosθ i uˆ x − sin θ i uˆ z )
E1 = τ ||
Ei 0 e
cosθ i
+ j 2Γ|| Ei 0 e − jk1 sin θ i x sin (k1 cosθ i z )cosθ i uˆ x
+ 2Γ|| Ei 0 e − jk1 sin θ i x cos(k1 cosθ i z )sin θ i uˆ z
θi
r
Ei
θt
r
Ht
y
z
âni
r
Hi
meio 1
meio 2
ondas em propagação segundo x,
com amplitudes dependente de z
OpE 0708
OnEl 81
Incidência num condutor ideal – polarização paralela
meio 2 condutor ideal (σ 2 = ∞ )
[(
Faculdade de Engenharia
Γ|| = −1
r
Hr
τ || = 0
)
r
E2 = 0
(
)
r
r
r
r
r
− jk1aˆ ni ⋅r
− jk1aˆ nr ⋅r
− jk1aˆ ni ⋅r
− jk1aˆ nr ⋅r
cosθ i uˆ x − e
sin θ i uˆ z
E1 = Ei 0 e
−e
+e
= − j 2 Ei 0 e − jk1 sin θi x sin (k1 cosθ i z )cosθ i uˆ x
− 2 Ei 0 e − jk1 sin θi x cos(k1 cosθ i z )sin θ i uˆ z
x
r
Er
ânr
θr
]
θi
r
Ei
y
z
âni
r
Hi
ondas em propagação segundo x,
com amplitudes dependente de z
máximos de E1x:
z MAX =
mínimos de E1x:
z min =
(2n + 1)π
e
2β1 cosθ i
nπ
β1 cosθ i
meio 1
e
E1x
E1x
min
MAX
condutor ideal
= 2 Ei 0 cosθ i
=0
OpE 0708
OnEl 82
Guias de onda metálicos
Faculdade de Engenharia
x
r
⊥ : E1 = − j 2 Ei 0 e − jk1 sinθ i x sin (k1 cosθ i z )uˆ y
r
|| : E1 = − j 2 Ei 0 e − jk1 sinθ i x sin (k1 cosθ i z )cosθ i uˆ x
− 2 Ei 0 e − jk1 sinθ i x cos(k1 cosθ i z )sin θ i uˆ z
polarização perpendicular:
polarização paralela:
r
E1 = 0
E1x = 0
nπ
k1 cosθ i
em
z=
em
nπ
z=
k1 cosθ i
θr
θi
meio 1
para ambas polarizações, um plano condutor paralelo ao plano xy
nπ
poderia ser colocado em z =
, sem alterar o campo no meio 1
k1 cosθ i
z=
y
z
condutor
ideal
nπ
k1 cosθ i
OpE 0708
OnEl 83
Guias de onda metálicos
Faculdade de Engenharia
x
onda electromagnética é guiada
pelas duas superfícies condutoras
princípio de funcionamento dos guias de onda metálicos
θr
θi
será possível guiar uma onda electromagnética
y
z
com meios dieléctricos?
meio 1
z=
condutor
ideal
nπ
β1 cosθ i
OpE 0708
OnEl 84
Guias de onda dieléctricos
Faculdade de Engenharia
caso geral:
dieléctrico 2
dieléctrico 1
dieléctrico 2
em cada incidência parte da onda é transmitida para o dieléctrico 2
ao fim de alguma distância já a onda no dieléctrico
interior se atenuou consideravelmente
no caso geral, materiais dieléctricos não permitem conduzir
ondas electromagnéticas de forma eficiente
θr
θi
a solução seria garantir que não há
energia transmitida para o meio 2
será isto possível?
OpE 0708
OnEl 85
Reflexão interna total
Lei de Snell da refracção
n1 > n2
Ângulo crítico
Faculdade de Engenharia
reflectida
n1 sin θ i = n2 sin θ t
ânt
transmitida
ânr
θt > θi
θ c = θ i tal que θ t = 90º
x
θr
θ c = arcsin
n2
n1
θt
z
θi
âni
θi ≥ θc
não há onda transmitida para o meio 2
incidente
meio 1
meio 2
Reflexão interna total
sin θ t =
n1
n
sin θ i ≥ 1 sin θ c
n2
n2
sin θ t ≥ 1
cosθ t = ± 1 − sin 2 θ t = ± j sin 2 θ t − 1
OpE 0708
OnEl 86
Reflexão interna total
Faculdade de Engenharia
reflectida x
sin θ t ≥ 1
Reflexão interna total
â nt
transmitida
â nr
cosθ t = ± j sin θ t − 1
2
θr
η=
Meios não magnéticos
η
µ0
= 0
n
ε
θt
z
θi
n = εr
â ni
incidente
Coeficientes de reflexão
meio 1
Γ⊥ =
η 2 cosθ i − η1 cosθ t
η 2 cosθ i + η1 cosθ t
Γ|| =
η 2 cosθ t − η1 cosθ i
η 2 cosθ t + η1 cosθ i
Γ⊥ =
n1 cosθ i − n2 cosθ t
n1 cosθ i + n2 cosθ t
Γ|| =
n1 cosθ t − n2 cosθ i
n1 cosθ t + n2 cosθ i
Γ⊥ =
n1 cosθ i m jn2
n1 cosθ i ± jn2
( ) sin θ − 1
( ) sin θ − 1
n1 2
n2
2
n1 2
n2
2
i
i
Γ|| =
− n2 cosθ i ± jn1
n2 cosθ i ± jn1
( ) sin θ − 1
( ) sin θ − 1
n1 2
n2
n1 2
n2
meio 2
2
i
2
Γ⊥ = Γ|| = 1
i
OpE 0708
OnEl 87
Reflexão interna total – campos evanescentes
dependência espacial dos campos no meio 2:
e
Faculdade de Engenharia
r
− jk 2 aˆ nt ⋅r
reflectida x
â nt
transmitida
â nr
aˆ nt = sin θ t uˆ x + cosθ t uˆ z
θr
e − jk 2 (sinθ t x + cosθ t z )
θt
z
θi
â ni
cosθ t = ± j sin θ t − 1
2
incidente
meio 1
e
− k 2 z sin 2 θ t −1
meio 2
e − jk 2 x sin θ t
onda que se propaga segundo +x
amplitude decresce exponencialmente com z
campos evanescentes
OpE 0708
OnEl 88
Reflexão interna total – campos no meio 2
Faculdade de Engenharia
reflectida x
Polarização perpendicular
r
−k z
Et = Et 0 e 2
sin 2 θ t −1 − jk 2 x sin θ t
e
r
E −k z
Ht = t0 e 2
η2
uˆ y
sin 2 θ t −1 − jk 2 x sin θ t
e
θr
 sin θ uˆ + j sin 2 θ − 1 uˆ 
t
z
t
x


2
r
r r*
Et 0
1
−k z
sin θ t e 2
S med , t = Re Et × H t =
2
2η 2
{
â nt
transmitida
â nr
}
θt
z
θi
â ni
sin 2 θ t −1
uˆ x
incidente
meio 1
meio 2
Polarização paralela
r
−k z
Et = − Et 0 e 2
sin 2 θ t −1 − jk 2 x sin θ t
e
 sin θ uˆ + j sin 2 θ − 1 uˆ 
t
z
t
x


r
E − k z sin 2 θt −1 − jk2 x sinθ t
Ht = t0 e 2
e
uˆ y
η2
2
r
r r*
Et 0
1
−k z
S med , t = Re Et × H t =
sin θ t e 2
2
2η 2
{
}
sin 2 θ t −1
energia propaga-se ao
longo do guia, não
havendo perdas para o
dieléctrico 2
uˆ x
OpE 0708
OnEl 89
Exercício
Faculdade de Engenharia
A região do espaço definida por
y < 0 encontra-se preenchida com um material não magnético e nela
propaga-se uma onda plana de frequência 1.5 GHz caracterizada pelo fasor
r
Ei (x, y ) = E0 e − j 4π (4 x +3 y ) uˆ z
Esta onda incide obliquamente na interface com a região
(V/m)
y > 0 , a qual está preenchida com ar.
a)
Classifique o estado de polarização desta onda relativamente ao plano de incidência.
b)
Determine a direcção de propagação e o ângulo de incidência.
c)
Determine a permitividade relativa do meio 1.
d)
Obtenha o fasor do campo magnético desta onda.
e)
Determine os coeficientes de reflexão e de transmissão.
f)
Obtenha os fasores dos campos eléctricos da onda reflectida e da onda no ar.
OpE 0708
OnEl 90
Ondas Electromagnéticas (6 aulas)
Faculdade de Engenharia
Equações de Maxwell
Equação de onda em meios LHI sem perdas e sem fontes
(1ª aula)
Campos harmónicos
(2ª aula)
Ondas electromagnéticas planas
Incidência normal
Incidência oblíqua
(3ª aula)
(4ª aula)
Incidência em múltiplas interfaces
Adaptador de λ/4
(5ª aula)
Etalon de Fabry-Perot
Difracção
(6ª aula)
OpE 0708
OnEl 91
Incidência normal – múltiplas interfaces
Faculdade de Engenharia
x
meio 1
meio 2
meio3
notas
1. meios 1 e 2 à infinitos
r
− jk1z
E
uˆ x
2.
i = E0 e
M
M
M
todas as ondas estão linearmente
polarizadas segundo x
y
z=0
z
z=d
coeficientes de reflexão e de transmissão:
interface 1 à 2 :
interface 2 à 1 :
interface 2 à 3 :
Γ21 =
2η 2
η 2 + η1
η 2 − η1
η 2 + η1
e
τ 12 =
η1 − η 2
= −Γ12
η1 + η 2
e
τ 21 =
2η1
η1 + η 2
e
τ 23 =
2η3
η 2 + η3
Γ12 =
Γ23 =
η3 − η 2
η3 + η 2
OpE 0708
OnEl 92
Incidência normal – múltiplas interfaces
z=0
meio 1
Γ12 E0 e + jk1z
z=d
meio 2
(E0 ) (τ 12 E0 )
E0 e − jk1z
Faculdade de Engenharia
τ 12 E0 e − jk2 z
(τ
12 E0
e − jk2d
)
meio 3
z
τ 23τ 12 E0 e − jk2d e − jk3 ( z − d )
(Γ12 E0 )
τ 21Γ23τ 12 E0 e − j 2 k2 d e + jk1z
(Γ
23 τ 12 E0
e − j 2k2d
)
Γ23τ 12 E0 e − jk2 d e + jk2 ( z − d )
Γ21Γ23τ 12 E0 e − j 2k2 d e − jk2 z
2
τ 21Γ21Γ23
τ 12 E0 e − j 4k2 d e + jk1z
τ 23Γ21Γ23τ 12 E0 e − j 3k2 d e − jk3 ( z − d )
2
Γ21Γ23
τ 12 E0 e − j 3k2d e + jk2 ( z − d )
2 2
Γ21
Γ23τ 12 E0 e − j 4k2 d e − jk2 z
2 2
Γ23τ 12 E0 e − j 5k2 d e − jk3 ( z − d )
τ 23Γ21
2 3
Γ21
Γ23τ 12 E0 e − j 5k2 d e + jk2 ( z − d )
M
M
M
OpE 0708
OnEl 93
Incidência normal – múltiplas interfaces
meio 1
meio 2
Faculdade de Engenharia
meio 1
meio3
E1+ e − jk1z
meio 2
E2+ e − jk2 z
E1− e + jk1z
M
M
z=0
meio3
E3+ e − jk3 z
E2− e + jk2 z
M
z
z=d
z=0
z
z=d
E1+ = E0
2
2 3
E1− = Γ12 E0 + τ 21Γ23τ 12 E0 e − j 2k2 d + τ 21Γ21Γ23
Γ23τ 12 E0 e − j 6k2 d + L
τ 12 E0 e − j 4 k2d + τ 21Γ21
(
)
2 2 − j 4 k2 d
= Γ12 E0 + τ 21τ 12Γ23 E0 e − j 2 k2d 1 + Γ21Γ23 e − j 2k2 d + Γ21
Γ23 e
+L
= Γ12 E0 + τ 21τ 12Γ23 E0 e
− j 2k2 d
∑ (Γ
+∞
n =0
21Γ23 e
)
− j 2 k2d n

τ 21τ 12Γ23 e − j 2 k2 d
=  Γ12 +
− j 2k2 d
1
−
Γ
Γ
e
21
23


 E0


Γ12 + Γ23 e − j 2 k2 d
=
E0
− j 2 k2d
1 + Γ12 Γ23 e
OpE 0708
OnEl 94
Incidência normal – múltiplas interfaces
meio 1
meio 2
Faculdade de Engenharia
meio 1
meio3
E1+ e − jk1z
meio 2
E2+ e − jk2 z
E1− e + jk1z
M
M
meio3
E3+ e − jk3 z
E2− e + jk2 z
M
z
z=d
z=0
z=0
z
z=d
2 2
3 3
E3+ = τ 23τ 12 E0 e − jk2 d e jk3d + τ 23Γ21Γ23τ 12 E0 e − j 3k2 d e jk3d + τ 23Γ21
Γ23τ 12 E0 e − j 5k2 d e jk3d + τ 23Γ21
Γ23τ 12 E0 e − j 7 k2 d e jk3d + L
(
)
2 2 − j 4k2d
3 3 − j 6 k2 d
= τ 23τ 12 E0e j (k3 −k2 )d 1 + Γ21Γ23e − j 2 k2d + Γ21
Γ23 e
+ Γ21
Γ23 e
+L
= τ 23τ 12 E0e
j ( k 3 − k 2 )d
∑ (Γ
∞
n =0
21Γ23e
)
− j 2k2d n
τ 23τ 12e j (k3 − k2 )d
=
E0
− j 2k2d
1 + Γ12Γ23e
OpE 0708
OnEl 95
Incidência normal em múltiplas interfaces – método alternativo
x
x
meio 1
meio 2
meio 1
meio3
meio 2
M
y
y
z=0
z
z=d
meio 1
(
E3+ e − jk3 z
E2− e + jk2 z
E1− e + jk1z
M
meio3
E2+ e − jk2 z
E1+ e − jk1z
M
Faculdade de Engenharia
z=0
meio 2
)
(
z
z=d
meio 3
)
r
E1 = E1+ e − jk1z + E1− e jk1z uˆ x
r
E2 = E2+ e − jk2 z + E2− e jk2 z uˆ x
r  E1+ − jk z E1− jk z 
H1 = 
e 1 −
e 1  uˆ y
η1
 η1

r  E2+ − jk z E2− jk z 
H 2 = 
e 2 −
e 2  uˆ y
η2
 η2

r
E3 = E3+ e − jk3 z uˆ x
r
E3+ − jk3 z
H3 =
e
uˆ y
η3
OpE 0708
OnEl 96
Múltiplas interfaces – condições fronteira
Faculdade de Engenharia
x
meio 1
r
meios dieléctricos à J S = 0
meio 2
meio3
Etan contínuo
H tan contínuo
y
z
z=d
z=0
E1+ + E1− = E2+ + E2−
z =0
E1+ − E1− E2+ − E2−
=
η1
η2
E2+ e − jk2 d + E2− e jk2 d = E3+ e − jk3d
z=d
E2+ e − jk2 d − E2− e jk2 d E3+ e − jk3d
=
η2
η3
4 equações
4 incógnitas
(E
−
1
, E2+ , E2− , E3+
)
considerando E1+ = E0
OpE 0708
OnEl 97
Múltiplas interfaces – condições fronteira
Faculdade de Engenharia
x
meio 1
E1+ + E1− = E2+ + E2−
meio 2
meio3
E1+ − E1− E2+ − E2−
=
η1
η2
E2+ e − jk2 d + E2− e jk2 d = E3+ e − jk3d
E2+ e − jk2 d − E2− e jk2 d E3+ e − jk3d
=
η2
η3
y
z=0
z
z=d
E1+ = E0
E1−
Γ12 + Γ23 e − j 2 k 2d
=
E0
1 + Γ12 Γ23 e − j 2 k 2 d
E3+
τ 23τ 12e j (k3 − k2 )d
=
E0
1 + Γ12Γ23e − j 2k 2 d
expressões anteriores, como seria de esperar
OpE 0708
OnEl 98
Múltiplas interfaces – aplicação
Faculdade de Engenharia
x
meio 1
meio 2
meio3
Eliminação de reflexões na interface 1à 3 através
da inserção do meio 2
à meio 2 é visto como adaptador
y
z=0
z
z=d
Aplicações práticas
•eliminação de reflexos em lentes
•atenuação de ecos de radar (aviões invisíveis)
•…
OpE 0708
OnEl 99
Múltiplas interfaces – adaptador de λ/4
Faculdade de Engenharia
x
Γ23 e − j 2 k2 d = −Γ12
E1− = 0
eliminar reflexões à
(
)
(
) (
meio 1
meio 2
meio3
)
η1η3 1 − e − j 2 k2 d +η 2 (η1 − η3 ) 1 + e − j 2 k2 d −η 22 1 − e − j 2 k2 d = 0
y
z=0
E1−
adaptador de λ/4 :
e
− j 2 k2 d
= −1
2 k 2 d = m π , m inteiro e ímpar
η 2 = η1 η 3
E3+
z
z=d
Γ12 + Γ23 e − j 2 k2 d
=
E0
1 + Γ12 Γ23 e − j 2 k2 d
τ 23τ 12e j (k3 − k2 )d
=
E0
− j 2k2d
1 + Γ12Γ23e
comprimento de onda
no meio 2
d =m
λ2
, m inteiro e ímpar
4
OpE 0708
OnEl 100
Adaptador de λ/4 – comprimentos de onda diferentes
η −η
η − η1
Γ12 = 2 1 = 3
η 2 + η1
η3 + η1
η 2 = η1 η 3
Γ23 =
η3 − η 2
η − η1
= 3
η3 + η 2
η3 + η1
f p à frequência para a qual foi
λ2, p
projectado o adaptador
d=
(
x
meio 1
z
2
E1−
I ref
=
I inc
E0
2
2
meio 2
meio3
Γ12 = Γ23 = Γ
y
v
= 2 velocidade no meio 2
fp
v2
4 fp
)
E3+
z
z=d
z=0
E1−
E1−
Γ 1 + e − j 2k2d
=
E0
1 + Γ 2 e − j 2k2d
à frequência f
Faculdade de Engenharia
Γ12 + Γ23 e − j 2 k2 d
=
E0
1 + Γ12 Γ23 e − j 2 k2 d
τ 23τ 12e j (k3 − k2 )d
=
E0
− j 2k2d
1 + Γ12Γ23e
= zz *
2Γ (1 + cos(2k 2 d ))
F cos 2 δ
=
=
1 + Γ 4 + 2Γ 2 cos(2k 2 d )
1 + F cos 2 δ
2
2
onde
 2Γ 
F= 
2 
1− Γ 
π f
δ = k2 d =
2 fp
OpE 0708
OnEl 101
Adaptador de λ/4 – comprimentos de onda diferentes
Faculdade de Engenharia
x
I ref
F cos 2 δ
=
I inc 1 + F cos 2 δ
 2Γ 
F= 
2 
1
−
Γ


onde
2
δ=
e
Γ=0
F =0
Γ →1
F →∞
π f
2 fp
meio 1
f =0
δ =0
f →∞
δ →∞
meio 2
y
z=0
I ref
I inc
1
meio3
z
z=d
F = 100
0.9
F = 10
0.8
0.7
0.6
0.5
F =1
0.4
0.3
0.2
F = 0.1
0.1
0
0
1
π
2
2
3
4
3π
2
5
6
7
8
5π
2
9
10
δ
OpE 0708
OnEl 102
Etalon de Fabry-Perot
Faculdade de Engenharia
η1 = η3
meio 1 = meio 3
Γ12 = −Γ23 = Γ
meio 1
meio 2
meio3
τ 23τ 12 =1 − Γ 2
meio 1
meio 2
meio 1
(
)
E1−
Γ 1 − e − j 2 k2d
=
E0
1 − Γ 2 e − j 2 k2 d
(
)
E1−
= zz *
E3+
E3+
1 − Γ 2 e j ( k 3 − k 2 )d
=
E0
1 − Γ 2e − j 2 k2 d
d
z
E3+
E0
2
=
(1 − Γ )
2
2 2
1 + Γ 4 − 2Γ 2 cos(2k 2 d )
z=d
z=0
Γ12 + Γ23 e − j 2 k 2d
E0
=
1 + Γ12 Γ23 e − j 2 k 2 d
τ 23τ 12e j (k3 − k2 )d
=
E0
− j 2k2d
1 + Γ12Γ23e
I trans
1
=
I inc
1 + F sin 2 (δ )
2
onde
 2Γ 
F= 
2 
1− Γ 
2π f n2 d
δ = k2 d =
c
OpE 0708
OnEl 103
z
Etalon de Fabry-Perot
I trans
I inc
Faculdade de Engenharia
1
meio 1
0.9
meio 1
meio 2
F = 0.1
0.8
0.7
F =1
0.6
d
0.5
I trans
1
=
I inc
1 + F sin 2 (δ )
0.4
0.3
0.2
 2Γ 
F= 
2 
1− Γ 
F = 10
0.1
0
2
δ =
2π f n2 d
c
F = 100
0
1
2
3
π
4
5
6
2π
7
8
9
3π
10
δ
• possível aplicação
filtrar os modos das cavidade ópticas de lasers para
obter oscilação a uma única frequência
OpE 0708
OnEl 104
Difracção
Faculdade de Engenharia
Espectro angular
Função de transferência associada à propagação
Aproximação de Fresnel
Aproximação de Fraunhofer
Padrão de difracção de uma fenda
Padrão de difracção de N fendas
OpE 0708
OnEl 105
Objectivo
Faculdade de Engenharia
Consideremos uma onda que se propaga no plano xz, cujo campo é definido por
r
E = U (x, z ) pˆ
x
ân
versor que indica polarização
amplitude complexa
(inclui fase adquirida durante propagação)
z
Consideremos agora o plano z = 0 e o plano paralelo a esse que está localizado em z
U (x,0) à a amplitude complexa do campo no primeiro plano
U (x, z ) à a amplitude complexa do campo no segundo plano
objectivo:
conhecido U (x,0) à calcular U (x, z )
OpE 0708
OnEl 106
Transformada de Fourier espacial
Faculdade de Engenharia
Transformada de Fourier temporal
+∞
G(ω ) = g(t )e
∫
− jω t
Transformada de Fourier espacial
+∞
G(kx ) = g(x)e jkx x dx
∫
dt
−∞
g(t ) =
+∞
1
G(ω)e jω t dω
2π −∞
∫
g ( x) =
decomposição em sinais com
diferentes frequências
nota:
ondas harmónicas à
{
r
r
j ( ω t − k aˆn ⋅r )
v(r , t ) = Re V0 e
−∞
+∞
1
G(kx )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
decomposição em sinais com
diferentes componentes do
número de onda segundo x
}
OpE 0708
OnEl 107
Transformada de Fourier espacial – exemplos
Faculdade de Engenharia
amplitude complexa à U (x, z )
+∞
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
A(kx , z ) = F{U (x, z )}
∫
−∞
+∞
1
U (x, z ) =
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
A(kx , z ) = F -1 {U (x, z )}
Exemplo 1
U (x, z ) = e− jk z
+∞
A(kx , z ) = e
∫
−∞
− jk z
onda plana com amplitude unitária que se propaga segundo +z
e
jkx x
dx = e
− jk z
+∞
∫
e jkx x dx
− jk z
= e− jk z F{}
1 = 2π δ (kx ) e
−∞
OpE 0708
OnEl 108
Transformada de Fourier espacial – exemplos
Faculdade de Engenharia
+∞
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
Exemplo 2
A(kx , z ) = 2π δ (kx − kx0 )e− jkz z
U (x, z ) =
+∞
−∞
+∞
1
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
+∞
1
U (x, z ) =
2π δ (kx − kx0 )e− jkz z e− jkx x dkx = e− jkz z δ (kx − kx0 ) e− jkx x dkx = e− jkz z e− jkx 0 x = e− j (kx0 x+kz z )
2π −∞
−∞
∫
∫
onda plana com amplitude unitária que
k uˆ + k uˆ
se propaga segundo: aˆn = x0 x z z
k
nota
r
k= k
k = ω µε
x
k = kx2 + kz2
k
sinθ = x
k
r
k
θ
kz
k x0
z
OpE 0708
OnEl 109
Espectro angular
Faculdade de Engenharia
+∞
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
−∞
+∞
1
U (x, z ) =
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
decomposição em ondas planas
de diferentes direcções e amplitudes
A(k sinθ ,0)
x
x
U (x,0)
kx = k sinθ
θ
z
z
A(kx , z ) é conhecido como espectro angular
OpE 0708
OnEl 110
Equação de Helmholtz no domínio das frequências espaciais
Faculdade de Engenharia
+∞
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
A propagação de uma onda electromagnética num meio LHI sem fontes
é governada pela equação de Helmholtz:
∇ U +k U =0
2
2
U (x, z ) =
onde k = ω µ ε
∂2U ∂ 2U
∇ U (x, z ) = 2 + 2
∂x
∂z
−∞
+∞
1
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
2
F{U} = A
 ∂U 
F   = − jkx A
 ∂x 
− kx2 A +
∂2 A 2
+k A=0
2
∂z
∂2U 
2
F  2  = (− jkx ) A = −kx2 A
 ∂x 
k 2 = kx2 + kz2
∂2 A 2
+ kz A = 0
2
∂z
OpE 0708
OnEl 111
Função de transferência associada à propagação
Faculdade de Engenharia
+∞
∂ A 2
+ kz A = 0
∂z 2
2
A(kx , z ) = A(kx ,0) e
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
− jkz z
U (x, z ) =
k 2 = kx2 + kz2
transformada
após distância z
A(kx , z ) = A(kx ,0) e
− j k 2 −k x2 z
transformada
em z = 0
U (x,0)
A(kx ,0)
propagação ao
longo de
distância z
H (kx )
−∞
+∞
1
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
função de transferência
da propagação
H (kx ) = e
− j k 2 −kx2 z
U (x, z )
A(kx , z ) = A(kx ,0) ⋅ H (kx )
OpE 0708
OnEl 112
Função de transferência associada à propagação
U (x,0)
A(kx ,0)
H (kx ) = e
Faculdade de Engenharia
− j k 2 −kx2 z
U (x, z )
A(kx , z ) = A(kx ,0) ⋅ H (kx )
Notas:
1.
H (kx ) é função à do meio e da frequência da onda através da dependência em k = ω µ ε
à da distância z
2.
− ∞ < k x < +∞
k = ω µε
se
kx ≤ k
kz real
onda em propagação
se
kx > k
kz imaginário
onda evanescente
amplitude decresce
exponencialmente com z
kz = k 2 − kx2
necessário considerar apenas
os kx tais que kx ≤ k
para z suficientemente elevados
OpE 0708
OnEl 113
Campo após propagação
Faculdade de Engenharia
+∞
U (x,0)
A(kx ,0)
H (kx ) = e
−j k
2
−kx2
z
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
U (x, z )
A(kx , z ) = A(kx ,0) ⋅ H (kx )
U (x, z ) =
−∞
+∞
1
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
+∞
+∞
+∞ +∞


1
1
1
− jkx x
− jkx x
jkx x'
− jk x
U (x, z ) =
A(k x , z )e
dkx =
A(k x ,0) H (k x ) e
dkx =
 U (x' ,0)e dx' H (kx ) e x dkx
2π −∞
2π −∞
2π −∞ −∞

∫
∫
∫ ∫
+∞ +∞
+∞

+∞
1
jkx ( x'− x )
1
jkx ( x'− x )
=
U (x' ,0) H (kx )e
dx' dkx =
U (x' ,0)  H (kx )e
dkx  dx'
2π −∞ −∞
2π −∞

−∞
∫∫
∫
∫
H (kx ) = e
+∞
+∞ j
1
U ( x, z ) =
U (x' ,0)  e
2π −∞
−∞
∫
∫
k 2 −k x2 z
e
− j k 2 −kx2 z
jkx ( x'− x )

dkx  dx'

OpE 0708
OnEl 114
Aproximação de Fresnel
Faculdade de Engenharia
+∞
Admitamos que
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
kx << k
U (x, z ) =
k
2
− kx2
k 
= k 1−  x 
k
2
 1  k 2 
1 2
≅ k 1 −  x   = k − kx
2k
 2  k  
HFRESNEL (kx ) = e− jk z e
Nota:
kx << k
j
−∞
+∞
1
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
H (kx ) = e
− j k 2 −k x2 z
k x2
z
2k
consideram-se apenas as ondas planas com componentes segundo x do vector de
onda muito menores do que k
x
pequenos ângulos de difracção
z
aproximação de Fresnel é também
conhecida como aproximação paraxial
OpE 0708
OnEl 115
Aproximação de Fresnel
Faculdade de Engenharia
+∞
+∞

1
U (x, z ) =
U (x',0)  H (kx )e jkx ( x'− x )dkx  dx'
2π −∞
−∞

+∞
∫
∫
HFRESNEL (kx ) = e− jk z e
j
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
U (x, z ) =
−∞
+∞
1
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
k x2
z
2k
+∞
+∞ j  z kx2 +( x'− x )kx  
1 jk z

U (x, z ) = e
U (x' ,0)  e  2k
dkx  dx'
2π
−∞

−∞


∫
+∞
(
∫e
−∞
− ax2 +bx
∫
2
)dx = π exp b 
 
a
+∞
 4a 
− j ( x− x' )2
j jk z
U (x, z ) =
e
U (x' ,0)e 2 z
dx'
λz
−∞
∫
k
OpE 0708
OnEl 116
Aproximação de Fresnel – difracção através de uma fenda
Faculdade de Engenharia
Seja
1, x ≤ X
U (x,0) = 
0, x > X
corresponde a uma onda de amplitude unitária
que se propaga segundo + z e que em z = 0
incide numa fenda de largura 2X
U (x,0)
1
−X
+∞
X
x
− j ( x− x' )2
j jk z
U (x, z ) =
e
U (x',0)e 2 z
dx'
λz
−∞
∫
k
X
k
k
− j (x2 −2 xx'+ x'2 )
− j x2
− j (x'2 −2 xx')
j jk z
j
jk
z
U (x, z ) =
e
e 2z
dx' =
e e 2z
e 2z
dx' = L
λz
λz
−X
−X
X
∫
k
∫
OpE 0708
OnEl 117
Aproximação de Fraunhofer
Faculdade de Engenharia
+∞
Admitamos que
kX
z >>
2
2
onde
j jk z
U (x, z ) =
e e
λz
kX
<<1
2z
−j
k 2 +∞
x
2z
U
∫ (x',0)e
e
−j
kx'2
2z
−∞
k
∫
X = max(x')
2
2z
>>1
kX 2
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
j jk z − j 2 z x2  kx 
U (x, z ) =
e e
A  ,0
λz
z 
e
j
−j
U (x, z ) =
kX 2
2z
kxx'
z
≅1
e
−j
kx'2
2z
k
− j x2
j
jk
z
dx' ≅
e e 2z
λz
−∞
+∞
1
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
≅1
+∞
∫ U (x',0)e
j
kx
x'
z dx'
−∞
 kx 
A  ,0
z 
OpE 0708
OnEl 118
Aproximação de Fraunhofer – difracção através de uma fenda
Faculdade de Engenharia
+∞
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
Consideremos a difracção através de uma fenda de largura 2X localizada
em z = 0:
−∞
1, x ≤ X
U (x,0) = 
0, x > X
+∞
+∞
1
U (x, z ) =
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
+X
+X
 e jkx x 
e jkx X − e− jkx X
jkx x
jkx x
A(kx ,0) = U (x,0)e dx = e dx = 
 =
jkx
jk
 x −X
−X
−∞
∫
∫
k
j jk z − j 2z x2  kx 
U (x, z ) =
e e
A  ,0
λz
z 
=
2sin(kx X )
kx
U (x, z )
2
1
 kx 
=
A  ,0
λz  z 
2
 kXx
sin2 

4
2
z


U (x, z ) =
2
λ z  kx 
 
z
OpE 0708
OnEl 119
Aproximação de Fraunhofer – difracção através de uma fenda
Faculdade de Engenharia
+∞
2  kXx 
sin 

4
2
z


U (x, z ) =
2
λ z  kx 
 
z
(U(x, z) )
2
= U (0, z )
MAX
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
2
=
∫
−∞
2
4X
λz
+∞
1
U (x, z ) =
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
1
intensidade
=
normalizada
U (x, z )
2
 U (x, z ) 2 

MAX
 kX 
sin2  x 
 z 
=
2
 KX 
x

 z 
− 2π − π
π
2π
KX
x
z
OpE 0708
OnEl 120
Aproximação de Fraunhofer – difracção através de uma fenda
Faculdade de Engenharia
intensidade normalizada no alvo
fenda
alvo
2X
z
− 2π − π
π
2π
kXx
=π
z
KX
x
z
x=
zπ
zλ
=
kX
2X
W
z
W
X
W
W =
λz
X
OpE 0708
OnEl 121
Aproximação de Fraunhofer – difracção através de N fendas
Faculdade de Engenharia
+∞
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
Consideremos a difracção através de N fendas de largura 2X e separadas
de uma distância a:
+∞
U (x,0)
1
U (x, z ) =
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
2X
1
L
U (x,0) = ∑
i =0
a

U0  x − ia + (N −1) 
2

+∞
A(kx ,0) = U (x,0)e
∫
−∞
importante: a > 2 X
L
a
N −1
jkx x
dx =
−∞
N −1
∑
i =0
2 sin(kx X ) − jkx ( N −1)a2
=
e
kx





x
onde
a


jkx x ia−( N −1) 2  + X
N −1
e 

2 sin(kx X )
=
e
dx
=
 ∑ 

∫
i =0  jkx  ia−( N −1) a  − X
kx
a



ia
(
N
1
)
X
−
−
−
2 



2


a

ia−( N −1) 2  + X


jkx x
∑ (e )
N −1
i =0
1, x ≤ X
U0 ( x ) = 
0, x > X
jkx a i
2 sin(kx X ) − jkx ( N −1)a2 1 − e jkx Na
=
e
kx
1− e jkxa
=
N −1
∑
2 sin(kx X )
kx
e
a

jkx ia−( N −1) 
2

i =0
 k Na 
sin x 
 2 
k a
sin x 
 2 
OpE 0708
OnEl 122
Aproximação de Fraunhofer – difracção através de N fendas
A(kx ,0) =
2 sin(kx X )
kx
Faculdade de Engenharia
+∞
A(kx , z ) = U (x, z )e jkx x dx
∫
 k Na 
sin x 
 2 
k a
sin x 
 2 
−∞
+∞
1
U (x, z ) =
A(kx , z )e− jkx x dkx
2π −∞
∫
U (x, z )
 kXx 
2  kNax
sin2 
 sin 

4
2
z 
2z 


U (x, z ) =
λ z  kx 2
2  kax 
sin


 
z
2


z
2
1
 kx 
=
A  ,0
λz  z 
2
(U (x, z) )
2
MAX
= U (0, z )
2
4X 2 N 2
=
λz
OpE 0708
OnEl 123
Aproximação de Fraunhofer – difracção através de N fendas
intensidade
=
normalizada
U (x, z )
2
 U (x, z ) 2 

MAX
 kXx 
sin2 

z


=
2
 kXx 


 z 
difracção
Se
a = 8X
N = 25
Faculdade de Engenharia
 kNax
sin2 

2
z


 kax 
N 2 sin2 

 2z 
padrão de interferência
1
− 3π
− 2π
−π
0
π
2π
3π
kax
2z
OpE 0708
OnEl 124
Relação com o guião
intensidade
normalizada
=
U (x, z )
2
 U (x, z ) 2 



MAX
Faculdade de Engenharia
 kXx 
2  kNax
sin2 
 sin 

z
2
z




=
2
2
2  kax 
 kXx 
N
sin




2
z


z


 sin(u) 
= 

normalizada
u


intensidade
2
 sin(Nv) 


(
)
sin
N
v


2
guião:
 sin(u ) 
I = I0 

u


2
u=
πs
sinθ
λ
v=
πa
sinθ
λ
sinθ =
 sin(Nv) 


(
)
sin
N
v


x
x2 + z 2
2
s = 2X
u=
π sx
ksx
kXx
=
=
λz
2z
z
v=
sinθ ≅ tanθ =
π az kax
=
λz
2z
x
z
θ pequeno
OpE 0708
OnEl 125
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