Pauta_Alan_Mai12_Automedicacao

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Os perigos da automedicação
Especialista alerta sobre o uso indevido de medicação que aparentemente é inofensiva,
os colírios.
O uso inadequado de remédio é considerado um problema de saúde pública.
Apesar de saberem dos perigos, grande parte dos brasileiros possuem o hábito de
comprar remédios por conta própria ou indicados por amigos. Segundo dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quinto maior consumidor de
medicamentos do mundo.
Em relação à saúde visual, a situação é ainda mais preocupante. Qualquer desconforto
nos olhos como conjuntivites e irritações são suficientes para as pessoas utilizarem
colírios que sobraram de algum tratamento realizado anteriormente.
De acordo com o Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e consultor
do Instituto Varilux da Visão, Dr. Marcus Sáfady, para cada problema ocular existe um
colírio específico. “Mesmo entre os diversos tipos de conjuntivites existentes, os quais
podem ter várias causas, o tratamento é diferenciado de acordo com suas
peculiaridades. Por exemplo, se a conjuntivite é alérgica, é recomendado o colírio
antialérgico; se for bacteriana, o colírio ideal será o antibiótico; e por fim se a origem
da mesma for viral, pode ser indicada apenas a lágrima artificial ou um colírio
antiinflamatório”, afirma Sáfady, acrescentando que a maioria não vê os colírios como
remédios e sim como soluções instantâneas.
Segundo o especialista, o conforto visual momentâneo agrava o uso inadequado
dos colírios. “Utilizar um medicamento sem indicação médica, além de prejudicar a
verificação do verdadeiro problema, pode intensificar o surgimento de outros
distúrbios, como catarata e glaucoma, quando a fórmula possuir corticóide”, explica.
O Ministério da Saúde está reduzindo a quantidade das doses de medicamentos, o
que contribui bastante para evitar a automedicação, pois desta forma o paciente só
fará uso do remédio quando for realizar o tratamento. Sáfady ressalta que as pessoas
devem procurar com frequência o oftalmologista em vez de pratica Ra automedicação.
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