Não existe nenhuma contra-indicação em aplicar colírio dilat

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PROCESSO CONSULTA N. 006/2012
INTERESSADO: A. T. de S.
ASSUNTO: Não existe nenhuma contra-indicação em aplicar colírio dilatador, sobre
tudo mesmo antes do médico examinar o paciente e ai sim autorizar a assistente aplicar
o colírio. Todos os pacientes são iguais perante o colírio?
RELATOR: Cons. Dr. Carlos Henrique Marques.
PARECER TÉCNICO
Senhor Corregedor
Atendendo Ofício n. 1026/2012, no qual sou nomeado relator dos autos
acima, passo abaixo meu parecer para apreciação em Sessão Plenária.
Midriáticos e Cicloplégicos Tropicamida 1% colírio, Atropina 1% colírio: Droga
anticolinérgica usada para produzir midríase e cicloplégia, bloqueia as respostas do
músculo esfíncter da Iris e do músculo ciliar à estimulação colinérgica, dilatando a
pupila (midríase) e paralisando a acomodação (cicloplégia).
Precauções: Deve-se tomar cuidado quando a pressão intra-ocular é alta ou
desconhecida, e quando a câmera anterior é rasa. Reações psicóticas e distúrbios de
comportamento, colapso cardiorespiratório em crianças, e alguns adultos foram
relatados com o uso de drogas dessa classe.
Cloridrato de ciclopentolato 1% colírio: é um bloqueador colinérgico, bloqueia a
resposta do músculo esfíncter da Iris, e de acomodação do corpo ciliar, produzindo
dilatação da pupila e paralisia da acomodação.
Precauções: Glaucoma de ângulo estreito à absorção sistêmica poderá resultar em
efeitos atropínicos sobre o sistema nervoso central.
Fenilefrina 2.5% ou 10% colírio: O cloridrato de fenilefrina é um agente
simpaticomimético sintético, com ação direta sobre os receptores alfa adrenérgicos. A
solução 10% produz midríase.
Precauções: utilizar com cautela, em pacientes com arteriosclerose avançada ou
hipertensão severa, e pacientes com glaucoma. A concentração de 10% não deve ser
usada em crianças ou idosos, no hipertiroidismo, em pacientes hipertensos, cardíacos,
diabéticos, ou ainda em pacientes recebendo reserpina, guanetidina ou antidepressivos
tricíclicos, pelo fato de aumentarem a susceptibilidade aos efeitos vasopressores da
fenilefrina.
Conclusão:
O uso clínico das drogas citadas no dia a dia do consultório médico
oftalmológico é indicado para realização de exames complementares, diagnósticos e uso
terapêutico. Portanto, cabe ao profissional médico de acordo com sua avaliação clínica
determinar a utilização das drogas. Sendo que, sempre após avaliação médica do
paciente, vez que cada paciente poderá reagir de forma diversa, fazendo uso da mesma
medicação.
Porto Velho, 02 de agosto de 2012.
Cons. Dr. Carlos Henrique Marques
Relator
Referências:
Formulações Magistrais em Oftalmologia
Autores: Acácio Alves de Souza Lima Filho e José Antonio de Oliveira Batistuzzo –
Cultura Médica – 2006.
Site: www.bulas.med.br
Aprovado em Sessão Plenária
De 27/08/2012
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