Fato ou possibilidade? Após a compreensão parcial do corpo

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Fato ou possibilidade?
Após a compreensão parcial do corpo humano e a descoberta de que se
era possível tratar e curar patologias graves se deu início ao que hoje é
chamado transplante de órgãos. Aplicado a parte imunológica, existem três
tipos de transplantes: O A (transplante no qual é retirado tecido de uma parte
do corpo do indivíduo e aplicado no mesmo), B (transplante de indivíduos que
possuem a mesma constituição genética ex: gêmeos monozigótico), C
(transplante entre os indivíduos de mesma espécie, que é o mais usado na
atualidade), D (transplante entre indivíduos de espécies diferentes. Vale
ressaltar que este ainda está em fase experimental, pois apresenta alta
complexidade).
Apesar do avanço da medicina com o passar dos anos, um dos
principais problemas no transplante de órgãos é a rejeição. Para que não
ocorra uma rejeição e o transplante seja um sucesso, o corpo precisa “criar” a
capacidade de controlar suas respostas imunes. Todas as células do sistema
imunológico percorrem todo o nosso corpo. Estas células estão preparadas
para reconhecer qualquer organismo estranho e destruir. Após o transplante, o
paciente terá um tecido novo e estranho para o corpo. Os principais
causadores da rejeição são os linfócitos T. Esta rejeição irá ocorrer após o
linfócito T reconhecer o sistema de histocompatibilidade do órgão ou tecido
implantado, como um agente agressor ao organismo, pois cada célula de cada
órgão possui seu sistema de histocompatibilidade. Para que não ocorra a
rejeição, atualmente é usada a terapia de imunossupressores que reduz a
imunidade do paciente para que as células do sistema imune não reconheçam
o órgão transplantado como um inimigo.
Dentre a comunidade cientifica e pesquisadores da área dos
transplantes de órgãos existe um grande mistério que não se sabe ao certo sua
veracidade, a chamada memória celular. Sabe se atualmente que todas as
memórias são guardadas no cérebro através da junção de neurônios e etc, e
que os neurônios são as únicas células do nosso corpo capazes de armazenar
informações sobre o indivíduo. Está era a única teoria e certeza que se tinha
sobre a memória do corpo humano, mas o neuroimunologista Paul Pearsall
começou a notar modificações de hábitos de pessoas que haviam passado
pelo transplante de órgão e que as mesmas começaram a apresentar hábitos
de seus doadores. Tendo em vista isto, Paul Pearsall ganhou reconhecimento
mundial após a criação da teoria da memória celular. Esta teoria possui como
base, que cada célula de cada órgão é capaz de armazenar costumes, hábitos,
valores, sentimentos e criar uma memória disto. Ou seja, cada órgão que é
transplantado, traz consigo suas células com uma carga de informações de seu
doador que podem se manifestar no paciente que recebeu.
A ciência é considerada a deusa dos fatos, mas o mundo é movido a
dúvidas e possibilidades e não apenas a fatos. Se realmente creio na memória
celular, não posso dizer ao certo, mas o que eu posso dizer com certeza, é que
pode ser real. Se tem algo que aprendi e tenho como um ensinamento é que
“fatos não deixam espaço para possibilidades”. É fato que cada ser humano é
único e possui suas características físicas e emocionais. É fato que cada ser
humano é mais suscetível a algo do que outro. É fato também que grandes
procedimentos cirúrgicos e o alto risco de morte podem causar mudanças
sérias no comportamento de cada um. É fato que não se sabe tudo sobre o
corpo humano e principalmente o funcionamento do cérebro perante as
emoções e reações. Eis que surge a grande questão que ninguém possui uma
resposta certa, pois muitos acreditam ser uma completa bobagem e outros a
mais sábia das verdades: memória celular é de fato algo verídico ou é apenas
uma coincidência de fatos?
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