CORREIO DO POVO Orquestra Unisinos e 250 anos de Handel A Orquestra Unisinos prepara o concerto Handel Gala para a próxima quarta, dia 23, às 20h30min, no teatro Ciee (Dom Pedro II, 861), sob a regência de Evandro Matté. Os solistas convidados são a soprano Cláudia Azevedo, o tenor Giovanni Tristacci e o cravista Fernando Cordella. Aberturas de ópera, árias, concertos e oratórios fazem parte da programação, numa alusão aos 250 anos da morte do compositor. Ingressos a R$ 25, 00. Fone 3231-4142. Disco e videoclipe da Casa da Sogra A Casa da Sogra lança seu primeiro CD e videoclipe da música “Vem Dançar” na próxima terça, dia 22, às 21h, no bar Long Play (Sarmento Leite, 880). Com suingue e samba rock, num resgate da cultura negra do Estado, o disco traz canções inéditas, como “Liberdade”, além de regravações, como “Massagem”, sucesso dos nos 70 de Bedeu e Alexandre Rodrigues. Entre as participações especiais estão Tonho Croco e Leco Pandeiro. Arte&Agenda DOMINGO, 20 de setembro de 2009 | 3 Performance de Arnaldo Antunes O cantor e poeta Arnaldo Antunes fará show-performance hoje, às 17h, dando início à agenda de espetáculo da PréBienal, no grande hall do Santander Cultural (7 de Setembro, 1028). O artista traz para o palco inúmeras possibilidades rítmicas e entoativas da linguagem oral num diálogo com uma ambientação cênica produzida ao vivo pela artista plástica Márcia Xavier. Os ingressos estão à venda no local por R$ 10, 00. O artista acrescenta inúmeras sugestões de sentidos aos seus poemas ao compor uma apresentação com efeitos sonoros e uso de objetos (letras de metal, cartazes, rádio), além de vídeos e imagens animadas da autoria de Márcia Xavier, que aplica no campo das artes plásticas a mistura de espelho, plástico e até mesmo água para ampliar as possibilidades de diálogo entre luz e imagem. No Santander Cultural, ela se encontra com Arnaldo para dar vida ao som a partir de suas imagens. Marcelo Jeneci acompanha a dupla na sanfona, violão e teclados. No início de setembro, Arnaldo lançou seu disco solo “Iê-Iê-Iê”, com a proposta de fazer o ritmo soar dentro do universo pop atual. Surf music, jovem guarda, a primeira fase dos Beatles, trilhas dos filmes de faroeste, twist, Rita Pavone e programas de auditório também entram na composição desse universo, assim como os quadrinhos. A linguagem da HQ é marcante no projeto gráfico do álbum. Para gravar o disco foram escalados o Arnaldo se apresenta neste domingo no Santander Cultural multi-instrumentista Curumin Chico Salem MARCIA XAVIER / DIVULGAÇÃO / CP MEMÓRIA A ‘Volta no Tempo’ de Clarissa Mombelli Clarissa Mombelli atualmente está nos estúdios a gravar seu primeiro CD “Volta no Tempo”, com composições e músicas de sua autoria. Enquanto não lança o álbum, ela disponibiliza duas canções para o público ouvir no Myspace (www.myspace.com/clamombelli). O disco independente está feito em parceria com a produtora e estúdio Marquise 51, e com participação dos músicos Eduardo Dolzan (bateria e produção musical), da banda Identidade, Diogo Gomes “Bamboocha” (percussão) e Maurício Chaise (violões e guitarras), da Locomotores. As influências da cantora estão na poesia, no folk e rock de raiz e, claro, na música brasileira, passando por Beatles, Lenine, Zeca Baleiro e Oasis. Clarissa, além de compor, toca violão, guitarra e instrumentos de percussão, como cajón. Com lançamento previsto para o final do ano, o disco terá nove faixas e o seu conceito principal é uma reflexão sobre o tempo e as fases da vida. “A primeira música do trabalho, ‘Hoje’, fala sobre o nascimento e, a última, ‘Nascer de Novo’ faz uma reflexão sobre o que é a morte. Por issom, o nome ‘Volta no Tempo’, uma volta completa no ciclo da vida”, reflete a artista. A jovem cantora deixou a pequena Tapera para morar em Porto Alegre e fazer vestibular para publicidade. Trabalhando na área há cinco anos, ela se divide entre exibições em bares na Capital e sua participação no “Mutânticos”, grupo que faz releituras acústicas da banda Mutantes. Ela conta que sempre escreveu versos, mas há aproximadamente quatro anos, a inspiração ficou mais forte, então, precisou colocar o trabalho em prática e registrar as canções em disco. NMONTAGEM VIVIANE SCHAAK (violão e guitarra), Betão Aguiar (baixo), Marcelo Jeneci (teclados) e Edgard Scandurra (guitarra). A produção do álbum ficou a cargo de Fernando Catatau, da banda cearense Cidadão Instigado. “Iê-iê-iê” é repleto de parcerias, como Carlinhos Brown e Marisa Monte, parceiros nos Tribalistas, na faixa-título e em “Vem Cá”. Já os integrantes dos Titãs assinam com Antunes “Luz Acesa” (Marcelo Fromer e Sergio Britto), “Sim ou Não” (Branco Mello) e “Sua Menina” (Liminha e Paulo Miklos). Conhecido por sua trajetória no grupo Titãs, ele começou a carreira solo com o lançamento do CD e vídeo “Nome”, em 1993. O trabalho contém 30 peças com o objetivo de dar movimento à palavra escrita. Ao longo da carreira, Arnaldo acumula participações em intervenções urbanas, exposições de arte, encenações e premiações musicais e literárias. O seu álbum “Ao Vivo No Estúdio” (2008) foi indicado ao Grammy Latino, como Melhor Álbum Pop Contemporâneo Brasileiro e recebeu o Prêmio Tim por melhor álbum Pop/Rock. O CD “Tribalistas” (2003) recebeu disco de platina triplo no Brasil e platina na Itália e em Portugal. A programação Pré-Bienal ainda promoverá dois shows: no próximo dia 27, com o músico francês François Virot, mostrando músicas do seu primeiro CD com um som composto essencialmente por guitarra e percussão; e no dia 4 de outubro, com o Duo Acorda, de violino e violão, da Noruega. Metal extremo amanhã na Capital A nona edição do mais Festival Setembro Negro trará o extreme metal da Destroyer 666 e da Hate, nesta segunda, às 21h, no Opinião (José do Patrocínio, 834). A Hate foi formada em 1990, em Warsaw, na Polônia, pelo guitarrista e vocalista Adam The First Sinner, o guitarrista Qack e o baterista Mittloff. Entre 1990 e 1995, a banda gravou três demos e em 1996 assinou contrato com sua primeira gravadora Novum Vox Mortiis, lançando seus dois primeiros álbuns “Daemon Qui Fecit Terram” (1996) e “Lord is Avenger” (1997). O último álbum lançado foi “Morphosis” (2008). A Destroyer 666 é uma banda de thrash metal, formada em 1994, em Melbourne, na Austrália, pelo guitarrista K. K. Warslut, que havia saído da banda de black metal Bestial Warlust. O primeiro EP do grupo “Violence is the Prince of this World”; o primeiro álbum foi “Unchain the Wolves”. Os anos 2000 marcaram a saída do grupo da Austrália. Os integrantes moram na Europa. Os ingressos antecipados custam R$ 30,00 em A Place (Voluntários da Pátria, 294). Na hora e no local, os ingressos custam R$ 35,00. CDs Confira os lançamentos em MPB de Marcel Powell, Claudio Lins e Glaucio Christelo. ■ VIOLÃO — Após o sucesso de “Aperto de Mão” (2005), o violonista Marcel Powell chega agora com “Corda com Bala” (Rob Digital). Gravado em trio, com Sandro Araújo na bateria e André Neiva no baixo, Marcel faz jus ao nome que carrega e explora seu virtuosismo em ritmos como samba, baião, jazz e choro. Do pai, o saudoso Baden Powell, Marcel pinçou “Um Abraço no Trio Elétrico”, composta para o bandolinista Armandinho, e “Chora Violão”. Com arranjos de Marcel e produção do guitarrista Victor Biglione, além de inéditas, o álbum traz, entre outras, “Cry me a River”, de Arthur Hamilton, sucesso na voz de Diana Krall; “O Morro Não Tem Vez”, de Tom Jobim; o medley “Lamento Sertanejo”, de Gilberto Gil e Dominguinhos; “Feira de Mangaio”, de Sivuca e Glória Gadelha; “Serra da Boa Esperança”, de Lamartine Babo; e “Essa Mulher”, de Joyce e Ana Terra. “Não gosto de classificar meus trabalhos por estilos musicais. Por isso, defino ‘Corda com Bala’ como um disco de música instrumental brasileira. O álbum apresenta uma nova formação em trio, com parceiros de longa data. O Sandro Araújo, que além de baterista também é percussionista, já me acompanhou em shows pelo Japão. O André Neiva eu conheci em 2007, num show do Diogo Nogueira. Hoje, o trio completa dois anos com turnês pelas principais capitais do país, e agora está aí em CD”, conta Marcel. ■ CARA — O “silêncio fonográfico” de dez anos do cantor, pianista e compositor Claudio Lins se desfez recentemente com o lançamento de “Esse Cara é Bom” (Biscoito Fino). Se antes a face autoral de Lins aparecia aqui e ali, e em muito nas trilhas que compunha para teatro, agora chega como carro-chefe do disco. O álbum inteiramente autoral e com uma base mais acústica (toda gravada ao vivo), com o compositor “pilotando” o piano e os teclados Rhodes, e ainda tem a especial companhia de Kiko Freitas (bateria) e Zeca Assumpção (baixo). Do disco se destacam as faixas “Bala Meia-Volta”, com sua letra quase cinematográfica; a dançante “Cair e Chegar”; “Lotação Esgotada”, feita em parceria com Carlos Careqa; “Teatrinho”, num belo dueto com Pedro Mariano; “Impaciência”, acompanhado pela mãe, a também atriz Lucinha Lins; e “Cupido”, bela canção que também privilegia as pausas, numa levada ligeiramente jazzy. ■ PIANO — Pela Coqueiro Verde Records está saindo “Piano Rock”, do carioca Glaucio Christela. Influenciado musicalmente e em postura por gigantes do rock, Glaucio traz justamente a possível releitura para clássicos do gênero no instrumento. São 14 faixas que passam por Nirvana (“Smells Like Teen Spirit”), Eagles (“Hotel California), Michael Jackson (“Beat it”), Eric Clapton (“Wonderful Tonight”), Police (“Every Breath You Take”) e Pink Floyd (“Wish You Were Here”), entre outros. Ramil grava novo CD Caetano Veloso gravou participação especial no CD que Vitor Ramil lançará em breve. Os dois cantam juntos “Milonga de Los Morenos”, música de Vitor para o poema do escritor argentino Jorge Luis Borges. O novo disco foi quase todo gravado na Argentina e traz 12 milongas compostas por Vitor para poemas de Borges e João da Cunha Vargas. Um DVD documental acompanha o CD, com registros de ensaios e gravações na Argentina e no Brasil, além de uma música extra. Neste mês, Vitor Ramil tem apresentação no Japão. Acordeão em concerto No próximo domingo, 27, o Quinteto Persch apresenta o concerto de lançamento de seu primeiro CD, na Casa da Música (Gonçalo de Carvalho, 22), às 18h, com entrada franca. No programa estão obras de Vivaldi, Aram Khatchaturian, Camille Saint-Säens, Astor Piazzolla e Rossini. O concerto também marca os dez anos de atividades ininterruptas do grupo; o Quinteto Persch é único no Brasil com formação instrumental de música de câmara e proposta artística utilizando o acordeão. Contabiliza 200 apresentações em vários estados brasileiros. Música na Internet A cantora Lily Allen, em passagem pelo Brasil com shows, criticou a decisão de bandas como Radiohead e Pink Floyd de liberar o compartilhamento de suas músicas na Internet. Segundo ela, é “um desastre para os novos talentos que tentam se firmar”. Ela disse ainda que o compartilhamento de arquivos está transformando a indústria da música britânica em “marionetes pagas”. Para Lily, a pirataria musical tem um efeito perigoso na música britânica, mas alguns artistas realmente ricos não pensam a mesma coisa.