Revista trimestral do Ano 9 | no 39 | Julho/Agosto/Setembro de 2012 Acórdão 293 orienta sobre os procedimentos da Dermatofuncional Política De olho no Ministério da Saúde inovação A Tecnologia Assistiva a ser inserida no fazer diário dos pacientes Profissões CIF é realidade no SUS Colegiado Gestão 2010-2014 Diretoria Presidente Dr. Alexandre Doval da Costa Vice-Presidente Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho) Diretora-Secretária Dra. Lenise Hetzel Diretora-Tesoureira Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer Conselheiros Efetivos Dr. Alexandre Doval da Costa Dr. Antonio Alberto Fernandes (Prof. Betinho) Dra. Lenise Hetzel Dra. Luciana Gaelzer Wertheimer Dra. Marisa Petrucci Gigante Dr. Mauro Antônio Félix Dr. Sandro da Silva Groisman Dra. Sonia Aparecida Manacero Dra. Tania Cristina Malezan Fleig Conselheiros Suplentes Dra. Carolina Santos da Silva Dr. Dáversom Bordin Canterle Dr. Henrique da Costa Huve Dr. Marcos Lisboa Neves Dra. Mirtha da Rosa Zenker Dra. Priscila Mallmann Bordignon Dra. Rosemeri Suzin Dr. Otávio Augusto Duarte Assessoria de Comunicação Jornalistas Responsáveis Candice Habeyche Thaise de Moraes - MTB 12818 Projeto gráfico: Crefito5/Mundi Propaganda Impressão: Gráfica Trindade A revista do Crefito5 é o órgão oficial de divulgação do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – 5a Região. Endereço: Av. Palmeira, 27 cj. 403, bairro Petrópolis, Porto Alegre/RS | CEP 90470-300 Fone/Fax: (51) 3334 6586 – Porto Alegre, RS E-mail: [email protected] Site: www.crefito5.org.br Periodicidade: Trimestral Tiragem: 15.000 exemplares Textos: Candice Habeyche e Thaise Moraes Fotos: Arquivo Crefito5, arquivo pessoal e bancos de imagens. Proibida a reprodução parcial ou total sem prévia autorização. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Nesta edição 6 8 10 12 14 18 23 24 26 27 38 6 ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. ............. 8 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Entrevista Política Social inovação Especialidades Fiscalização Comissões Profissões Coffito Notícias Agenda 10 19 24 Editorial Na penúltima edição de 2012 tentamos trazer aos profissionais as novidades da profissão, como, por exemplo, o Acórdão 293 do Coffito que orienta sobre os procedimentos da área da Dermatofuncional. A necessidade de informações e explicações sobre o conteúdo do acórdão fez com que o assunto fosse a capa desta edição, e com auxílio dos Departamentos Jurídicos e de Fiscalização tentamos explicar ao máximo as orientações do Conselho Federal sobre esta área de atuação do fisioterapeuta. Orientar e relatar a importância do trabalho desenvolvido por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do RS é sempre tema recorrente nas revistas do Crefito5, portanto, conheça mais sobre a Tecnologia Assistiva e o trabalho desenvolvido por terapeutas ocupacionais neste campo. Ainda, fique por dentro da Classificação Internacional da Funcionalidade, compreenda sua importância e entenda o porquê de sua inclusão no SUS. Confira também a entrevista da terapeuta ocupacional Ana Lúcia Soares e o seu envolvimento com o SUAS; conheça a história de fisioterapeutas e atletas que participaram das paralímpiadas de Londres, saiba como fazer parte e se emocione com as conquistas dos esportistas; e acompanhe as portarias do Ministério da Sáude que envolvem a fisioterapia e a terapia ocupacional. 4 Esta edição ainda traz muito mais informações aos profissionais. Afinal, saber o que acontece dentro do Conselho e nas profissões de fisioterapia e terapia ocupacional é fundamental. Leia atentamente a seção do Defis Alerta e evite futuros problemas, principalmente quando o assunto é publicidade irregular. Em caso de dúvidas, não esqueça que o Conselho serve para orientar e auxiliar os profissionais. Ainda, confira as nossas dicas culturais desta edição: veja o filme Intocáveis, o filme francês que está arrebatando corações e lotando as salas de cinemas, conheça história do tetraplégico rico e de seu cuidador e tenha inúmeros momentos de risadas. Também, emocione-se com o livro A Queda, do jornalista Diogo Mainardi, que narra os passos do filho que possuí paralisia cerebral. Por fim, como cultura nunca é demais, o livro O Futuro da Humanidade, de Augusto Cury. Finalizando, as nossas clássicas seções de notícias, de resoluções e de Comissões, nesta apresentamos a Comissão de Educação. E para concluir a revista, uma vez que ela chegará em outubro, demos início às homenagens a uma data super importante, o dia 13 de outubro. Nossa contracapa trazemos um presente bastante especial. Esta edição traz os programas e horários em que os vídeos institucionais do Conselho passarão na TV. Assista e se emocione com a diferença que os profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional promovem na vida das pessoas. Novamente, o Crefito5 parabeniza os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais pelo seu dia e convida para que estejam presentes no Parque da Redenção, no dia 13, das 10h às 16h, para junto com o Conselho festejar esta data. Comissão Editorial JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 opinião Parabéns Parabenizo-os à respeito da publicação, no último exemplar informativo, da matéria abrangendo o histórico da acupuntura e o esclarecimento sobre a permissão por parte dos fisioterapeutas, para a prática da acupuntura. Bastante interessante e tranquilizador. Creso de Macedo Crefito5 110.393-F Novo Hamburgo - RS Errata Recebi a revista de número 38, na qual na capa posterior aparece “todos os dias é dia das mães” consta que no Panamá se comemora no segundo domingo de maio, esta informação é incorreta, pois o dia das mães no Panamá é no dia 8 de dezembro, é uma data fixa, parece algo irrelevante porém já que vocês queriam notificar as diferentes datas, como Panamenha não posso deixar de esclarecer o correto Gabriela Maria Martez Gonzalez Crefito5 25.867-F Resposta Resposta Recebemos seus elogios sobre a matéria “Acupuntura: multiprofissional desde a sua origem”. Agradecemos a atenção, visto que o trabalho desenvolvido pela Assessoria de Comunicação na revista do Crefito5, visa esclarecer os fatos e levar a informação a todos os profissionais e não-profissionais, já que este material também é enviado a todos os órgãos governamentais. Assessoria de Comunicação do Crefito5 Divulgação Aproveito para dizer que esta linha de divulgação do Crefito5 está muito criativa e tocante. Cláudia Lima Crefito5 14.411-F Porto Alegre - RS Resposta Agradecemos seu comentário. De fato, o conselho esta buscando uma imagem institucional moderna e atrativa para a sociedade. Assessoria de Comunicação do Crefito5 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Obrigado pela informação, queríamos com este anúncio ressaltar a importância de comemorar e valorizar nossas mães (e nossos pais) independente da data que possuímos em nosso calendário. Acreditamos que seja relevante, visto que havendo erros é necessário que sejam feitas as devidas correções e além disso ressalta o propósito do anúncio, que em alguns países existe uma data específica, diferente do que acontece aqui no Brasil. Assessoria de Comunicação do Crefito5 Agradecimento É com muita satisfação que venho agradecer o prestígio de vocês em publicar meu trabalho na página do Crefito5, cujo trabalho foi: “Influência da Fisioterapia respiratória em pacientes com leucemia linfóide aguda”, a minha alegria foi maior porque sou gaúcha e desenvolvi essa pesquisa aqui no Amazonas. Por fim quero agradecer a valorização deste conselho. Almirene Amirato Crefito12 56.441LTT/F Resposta Prezada Almirene, A matéria publicada foi encontrada através da clipagem que fazemos nos principais sites de notícias, neste sua pesquisa estava sendo noticiada pelo Isaúde. Buscamos veicular todas as matérias que acreditamos ser relevantes para os profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional, e a sua não foge a regra. Ficamos a disposição para veicular em nossos meios de comunicação novas descobertas como estas. Parabéns pelo trabalho, acreditamos ser de extrema importância para área científica da fisioterapia respiratória. Assessoria de Comunicação 5 Entrevista Saiba mais sobre o trabalho dos Terapeuta Ocupacional no SUAS Ana Lucia Soares é terapeuta ocupacional, graduada pela Universidade Metodista de Piracicaba em 1983. Além da docência, a atuação profissional sempre esteve ligada à atenção de pessoas com deficiência e intervenções comunitárias. Desde 1997 atua como articuladora em projetos governamentais, como o PEAI, além da participação no Sistema Coffito/Crefitos. Hoje, é profissional convidada da Comissão de Especialidades e membro da Comissão de Educação do Crefito5, sendo, inclusive, representante do Conselho do Fomtas (Fórum Municipal dos Trabalhadores da Assistência Social) de Porto Alegre e no FETAS (Fórum Estadual dos Trabalhadores da Assistência Social do RS). Também é representante da ABRATO no Fórum Nacional dos Trabalhadores do SUAS-FNTSUAS (do qual compõe da Coordenação Executiva). 6 Crefito5 – O que é o SUAS? Ana lucia soares – É o Sistema Único de Assistência Social, instituído pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS), em 2004. Esse movimento recente na Assistência Social do Brasil promove a criação/organização de um Sistema não contributivo que busca superar as fragilidades da rede de Proteção Social Brasileira e um padrão nacional de intervenção, afirmando-se cada vez mais como parte fundamental do tripé da Seguridade Social. Crefito5 – O que é a para que serve o Fórum Nacional dos Trabalhadores do SUAS? Ana lucia soares – O Fórum Nacional dos Trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social, foi instituído na plenária nacional da VII Conferência Nacional de Assistência Social, no dia 02 de dezembro de 2009. É um espaço coletivo de organização política dos/as trabalhadores/as do Sistema Único de Assistência Social – SUAS - composto pelos trabalhadores com formação de ensino funda- mental, médio e superior que atuam na Política de Assistência Social, na rede socioassistencial, seja ela de origem governamental ou não governamental . Crefito5 – Foi a partir das articulações realizadas no Fórum que a Terapia Ocupacional conquistou espaço no SUAS? Ana lucia soares – Na realidade foi um grande conjunto de ações onde as diferentes representações puderam colaborar a partir de suas competências. A revisão da Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB/SUAS2005) aberta em 2010 pelo Ministério do Desenvolvimento Social foi um elemento central. Como instrumento de orientação à gestão do sistema, o próprio Ministério percebeu que existiam fragilidades a serem superadas para dar conta de instalar um sistema que tivesse uma grande abrangência enquanto atendimento das características dos diferentes programas, das diferenças regionais, que atendesse à necessidade de mudanças, e trouxesse inovação no enfrentamento das diferentes realidades, en- JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Entrevista tre outros aspectos. No que se refere às categorias profissionais envolvidas na garantia da efetivação da política, existia a presença obrigatória de psicólogos e assistentes sociais, mas a indicação vaga de “outros profissionais” para execução da política/programas e oferta de serviços. Nesse sentido, houve uma consulta aberta do Ministério do Desenvolvimento Social, com forte atuação da Abrato e Coffito na articulação de coletivos para discussão do papel e defesa da inclusão da categoria no rol de profissionais envolvidos com a execução da política de assistência social. A estratégia após consulta pública, foi a organização de fóruns regionais no períodode 2010/ 2011 para discussão da questão dos trabalhadores no SUAS, o que culminou após seminário realizado em Brasília que incluiu estudo realizado pela PUC do Paraná sobre o indicativo de profissionais cujas diretrizes curriculares nacionais atendem ao perfil de profissionais de nível superior demandado pelo SUAS, entre eles os Terapeutas Ocupacionais. O Fórum como observador ativo e articulador das demandas dos profissionais foi parte ativa nesse processo, principalmente na discussão da defesa dos diretos dos trabalhadores do sistema. Crefito5 – Qual a vantagem de o terapeuta ocupacional de estar inserido no SUAS? Ana lucia soares – Penso que a vantagem que podemos falar é dos usuários do sistema, com a entrada de um profissional que está atento às demandas cotidianas dos sujeitos, envolvido com projetos de vida de indivíduos e coletivos na intenção de promover sua inscrição territorial. Para os profissionais, acredito que a questão principal é o reconhecimento da potência da profissão no campo social, declarar a amplitude de nosso domínio de conhecimento e dar visibilidade às ações que tradicionalmente foram realizadas pelos profissionais, mas que não eram reconhecidas como prática do terapeuta ocupacional, em especial no Rio Grande do Sul, cuja marca é historicamente identificada como uma prática quase que exclusiva em Saúde Mental. Para mim, pensando na tua questão sobre vantagem, talvez a ela seja poder JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 dessoterrar fazeres que vários profissionais vem realizando há anos, dar visibilidade e reconhecimento aos que decidiram seguir e criar outros caminhos. Crefito5 – Como se dá atuação do terapeuta ocupacional dentro do SUAS? Ana lucia soares –Falamos anteriormente numa amplitude de possibilidades e essas se desenham de acordo com o nível de proteção social (básica ou especial), gênero, idade, elementos do contexto e ambiente onde se realizam as práticas. Cultura, lazer, as atividades que promovam a inclusão no trabalho, a participação social, são o solo básico dos profissionais de terapia ocupacional. Crefito5 – Quais deverão ser os próximos passos da terapia ocupacional dentro de projetos públicos? Ana lucia soares – Nossa luta agora será num processo de educação permanente dos profissionais para atuação afinada com a política. Temos que investir no diálogo com os gestores para que tenhamos cada vez mais informações sobre a contribuição dos nossos profissionais nas equipes e na população, e, claro, na apropriação dos profissionais da política. Crefito5 – Resuma a conquista para a população que receberá atendimento de terapeuta ocupacional pelo SUAS? Ana lucia soares – Nesse momento o que vislumbro é a entrada nas equipes de um profissional que está focado na qualificação do cotidiano das pessoas, no rompimento de laços de dependência e na direção da autonomia das pessoas, suas família e coletivos e isso não é pouco, isso representará uma grande mudança na vida destes pacientes e de seus familiares. 7 política De olho 8 no Ministério da Saúde A Portaria é um ato administrativo de qualquer autoridade pública, que contém instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos. Abaixo seguem as ementas das principais portarias que podem ser acessadas no site do Ministério da Saúde. Navegue em http://portalsaude.saude.gov.br/ portalsaude/area/337/legislacao.html ou através de http://bvsms.saude.gov.br Portaria GM n°130, de 26 de janeiro de 2012 Redefine o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas 24h (CAPS AD III) e os respectivos incentivos financeiros. Portaria GM n° 131, de 26 de janeiro de 2012 Institui incentivo financeiro de custeio destinado aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal para apoio ao custeio de Serviços de Atenção em Regime Residencial, incluídas as Comunidades Terapêuticas, voltados para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial. Portaria n° 1.823, de 23 de agosto de 2012 Portaria GM n° 121, de 25 de janeiro de 2012 Institui a Unidade de Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e Outras Drogas (Unidade de Acolhimento), no componente de atenção residencial de caráter transitório da Rede de Atenção Psicossocial. Portaria n°793, de 24 de abril de 2012 Institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde, por meio da criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com deficiência temporária ou permanente; progressiva, regressiva, ou estável; intermitente ou contínua, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Institui a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 política Portaria n°835, de 25 de abril de 2012. Institui incentivos financeiros de investimento e de custeio para o Componente Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Portaria GM n° 132, de 24 de janeiro de 2012 Institui incentivo financeiro de custeio para desenvolvimento do componente Reabilitação Psicossocial da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS). Portaria GM n° 122, de 25 de janeiro de 2011 Define as diretrizes de organização e funcionamento das Equipes de Consultório na Rua. Portaria n° 3.099, de 23 de dezembro de 2011 Estabelece, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, recursos a serem incorporados ao Teto Financeiro Anual da Assistência Ambulatorial e Hospitalar de Média e Alta Complexidade dos Estados,Distrito Federal e Municípios referentes ao novo tipo de financiamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Portaria n° 3.088, de 23 de dezembro de 2011 Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Portaria n° 3.090, de 23 de dezembro de 2011 Estabelece que os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), sejam definidos em tipo I e II, destina recurso financeiro para incentivo e custeio dos SRTs, e dá outras providências. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Portaria n° 3.089, de 23 de dezembro de 2011 Estabelece novo tipo de financiamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Portaria n°2.594, de 24 de novembro de 2011 Cria a Estratégia Nacional de Alternativas Penais – ENAPE Portaria n°2.836, de 1° de dezembro de 2011 Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Política Nacional de Saúde Integral LGBT). Portaria n° 3.696, de 25 de novembro de 2010 Estabelece critérios para adesão ao Programa Saúde na Escola (PSE) para o ano de 2010 e divulga a lista de Municípios aptos para Manifestação de Interesse. Portaria n° 992, de 13 de maio de 2009 Institui a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra Portaria n° 154, de 24 de janeiro de 2008 Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família NASF. Portaria n°2.656, de 17 de outubro de 2007 Dispõe sobre as responsabilidades na prestação da atenção à saúde dos povos indígenas, no Ministério da Saúde e regulamentação dos Incentivos de Atenção Básica e Especializada aos Povos Indígenas. 9 SOCIAL Estas crianças têm uma nova chance 10 Pode ser que alguém acredite nisso, mas o que vimos na Casa Menino Jesus de Praga é muito mais que apenas sorte, eles tem muitos pais e padrinhos de coração, cheios de carinho e atenção. A retribuição deste amor fica clara na visita à CMJP. Imaginar as maldades que aquelas “crianças” (muitos já adolescentes e adultos) sofreram e pensar que conseguiram sobreviver pode ser sorte, destino e até milagre. Elas lutaram muito para chegar onde estão, não somente pelas patologias que apresentam desde o nascimento, mas também pela história que viveram, pois foram retiradas de famílias desestruturadas, vulneráveis, que as renegavam e, em alguns casos, eram abusadas e/ou sofriam maus tratos, até serem levados para este novo lar, onde encontram outros iguais a eles. São crianças de 0 a 15 anos com lesões cerebrais graves e problemas motores permanentes que gratuitamente recebem atendimento de fisioterapia, terapia ocupacional, assistência social, nutricionista, fonoaudiologia, pediatria, neurologia e enfermagem. Sete das 38 crianças frequentam a escola, cinco delas vão a escola especial e duas delas a escola regular. Acionados pelo Conselho Tutelar ou pela Vara de Família, eles passam por avaliações clínicas, para então serem acolhido na CMPJ, que passa a ter sua guarda da criança. Os familiares podem visitar as crianças pois a Casa não tem o objetivo de cortado o vínculo que existe entre eles, porém lá elas possuem direito a atendimento especializado. O presidente da instituição, Daltro Franceschetto, busca a preservação destas crianças, visto que elas são muito debilitadas, e por indicação do pediatra da casa, foi aconselhado a reforçar o atendimento fisioterápico respiratório com o objetivo de diminuir as internações. Segundo a fisioterapeuta Luciane Grissolia, que atua na casa há 9 anos, é possível prevenir através de tratamentos respiratórios. A equipe de fisioterapia conta com mais duas profissionais além de Luciane, a Caroline Basegio e a Dieine Bittencourt Mendes, cada uma delas é responsável por um turno. Segundo Daltro, desde que intensificaram o tratamento preventivo houve a redução de internações das crianças. Projeção da nova sede da CMJP JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 SOCIAL História A CMPJ foi fundada em 1984 por Fábio Rocco, passou por diferentes casas até se instalar na atual sede na Rua Nelson Zang, 285, no bairro Intercap. A CMPJ comporta até 42 crianças, porém projeta em dois anos atender ainda mais pacientes, pois está em construção uma nova sede, cujo terreno doado pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A equipe é formada por 60 funcionários, além das fisioterapeutas e da terapeuta ocupacional, possui médico pediatra e neurologista, fonoaudióloga, assistente social, nutricionista, enfermeiras, farmacêutico, gerente administrativo, auxiliares administrativos, supervisora de apoio, supervisoras de grupo, atendentes “mães” (de crianças), cozinheiras, operadoras de lavanderia, auxiliares de serviços gerais e estagiários. Além disso conta com 70 voluntários, mas mesmo assim falta pessoal capacitado, até mesmo na área de terapia ocupacional, que conta apenas com o atendimento da Aline Marques, que já esta na casa há 15 anos, e cuida do posicionamento e readequação postural das crianças. Como ajudar? Para a construção do prédio a CMPJ recebe doações através do Funcriança, de pessoas físicas e empresas. A entidade também recebe o apoio da Zero Hora, que encarta em seu jornal, um documento para pagamento em qualquer banco, com a contribuição a ser definida pelo contribuinte. Segundo Daltro, ninguém esta autorizado a receber doações em nome da Casa do Menino Jesus de Praga sendo possível contribuições por depósito bancário ou doações diretas na Casa. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 A Instituição promove todas as quartas um brechó, das 10h às 17h, no prédio que sediará a nova unidade da CMJP, localizado na frente da atual sede. A CMJP também atua como núcleo do Banco de Alimentos e redistribui algumas doações para outras entidades, até porque existem alimentos que não podem ser consumidos pelas crianças que lá vivem. Entre as necessidades mais urgentes da casa estão os complementos alimentares, os medicamentos e material descartável. A listagem completa pode ser encontrada no site www.casadomenino.org.br, no link como ajudar. 11 INOVAÇÃO A tecnologia assistiva a ser inserida no fazer diário dos pacientes O censo do IBGE de 2010 no Rio Grande do Sul indicou que das 8.144.112 pessoas residentes no Estado, 162.792 sofrem de deficiência mental/intelectual e 818.685 sofrem de deficiência motora. O que corresponde a 2% e 10% da população. Em 2007 foi realizada a contagem da população a qual indica que o RS possui 799.725 idosos, ou seja, 9,8% com mais de 60 anos. 12 Com o avanço das novas tecnologias digitais é possível perceber o que pode ser disponibilizado a estes grupos sociais: deficientes visuais e motores, e idosos. Segundo a terapeuta ocupacionla e pesquisadora Dra. Maria de Mello, a tecnologia assistiva é o ramo da ciência preocupado em pesquisa, desenvolvimento e aplicação de aparelhos/instrumentos/ equipamentos que aumentam ou restauram a função humana. A TA é fruto da aplicação de avanços tecnológicos em áreas já estabelecidas, novos instrumentos tecnológicos são, em sua maioria, combinações híbridas de avanços em diversas disciplinas. A pesquisadora elenca o terapeuta ocupacional como profissional responsável por coordenar o processo clínico interdisciplinar de prescrição, pois ele é habilitado a fazer a análise da atividade humana em todas as suas dimensões, e em muitas situações irá encaminhar o paciente para a avaliação de funções especificas que são realizadas por outras categorias profissionais. No processo terapêutico pode ser identificada as necessidades do cliente, o planejamento ou modificação estrutural de um ambiente físico para facilitar o desempenho de atividades de auto-cuidado, trabalho e lazer, ou a seleção, aquisição, ajuste e fabricação de recurso tecnológico para o mesmo fim. O auxílio de fisioterapeutas, engenheiros mecânicos, elétricos, de computação, biomédicos e médicos, assim como de arquitetos e designers são fundamentais para o desenvolvimento dos produtos assistivos. O uso de dispositivos, que auxiliam no cotidiano destes sujeitos e potencializam suas habilidade funcionais, é possibilitado através do estudo multidisciplinar da Tecnologia Assistiva. Tal pesquisa é embasada na criação/fabricação, avaliação/ prescrição e pesquisa de produto assistivo, com o objetivo da reabilitação humana através de órteses e próteses. A pesquisadora Natássia L. Schmitt também ressalta que perante a Resolução 316/2006, compete ao Terapeuta Ocupacional a aplicação da Tecnologia Assistiva nas Atividades de Vida Diária e Atividades Instrumentais de Vida Diária (Coffito, 2006). Além disso, este profissional irá organizar, supervisionar e orientar as atividades a serem realizadas pelo seu cliente e orientar as adaptações que devem realizar. O produto assistivo é indicado mediante a análise do terapeuta ocupacional que tenha capacitação de avaliar, prescrever e desenvolver e treinar o dispositivo conforme a necessidade de seu cliente frente a sua realidade econômica/social/cultural. As principais áreas de aplicação da TA são de adaptações para atividades de vida diária, incluindo as realizadas em veículos, sistemas de comunicação alternativa e informática, unidades de controle ambiental além de do ambiente doméstico ou profissional e comunitário, adequação para postura, para déficits visuais e para auditivos, para cadeiras de rodas e para dispositivos de mobilidade. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 INOVAÇÃO O produto assistivo deve ser desenvolvido com materiais de fácil higienização, possibilitando conforto, segurança e estabilidade adequada ao paciente que precisa ter, através deste dispositivo, bom desempenho ocupacional, gerando-lhe autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social do usuário. Sabe-se que nem todas as adaptações têm a mesma adesão ou efeito a diferentes sujeitos. Por isso, a avaliação e o vínculo entre profissional/ cliente/familiar é essencial, segundo destaca Natássia. Além disso, o profissional que acompanhar o paciente deve estar atento aos riscos e a qualidade do uso da tecnologia, pois o mesmo pode não ter eficácia desejada pelo cliente ou, ainda, ser distante de sua realidade social. Para Maria, é uma erro pensar em “solução de baixo custo” se não há meios de assegurar o uso do produto assistivo, seja pelo design ou pelos materiais que são utilizados para na confecção deste. Segundo ela o que define o custo do produto assistivo é o mesmo de qualquer, com o complicador de que não é desejado pela maioria das pessoas o que faz com que diminua o número de consumidores e suba seu custo. O ideal é que a sociedade defenda medidas preventivas de saúde e de deficiência para que sejam adotadas em larga escala. No Brasil é disponibilizado, através do Sistema Único de Saúde, uma rede de serviços de con- cessão de órteses e próteses, por onde os pacientes tem acesso aos produtos assistivos. Além disto, o Ministério da Saúde está ampliando essa lista de dispositivos de TA concedidos pelo SUS, através do Programa Viver Sem Limite. O acesso aos produtos assistivos é uma questão de garantia dos direitos humanos, reafirmados com a Convenção das Pessoas com Deficiências, ratificada pelo Brasil. Maria explica que existem diversos modelos de acesso vigentes em outros países, mas são, normalmente, um reflexo do avanço “civilizatório” da sociedade em combinação com os diversos interesses econômicos envolvidos nesta questão. Segundo as pesquisadoras ainda existe uma carência de profissionais especializados nesta área, em todo o país, inclusive no estado do Rio Grande do Sul, principalmente por não existirem cursos de capacitação para os profissionais interessados em desenvolver tecnologias assistivas, mas há universidades qualificadas que possuem o curso de Terapia Ocupacional no Brasil que estão oferecendo tanto a disciplina em seus currículos a nível de gradução e ainda cursos Lato Sensu nesta linha de pesquisa. Acesse o site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e conheça o catálogo nacional de produtor de tecnologia assistiva: http:// assistiva.mct.gov.br Natássia L. Schmitt possui graduação Terapeuta Ocupacional pela UNIFRA com especialização em Transtornos do Desenvolvimento na Infância e Adolescência: Abordagem Interdisciplinar pela Faculdade Dom Alberto/RS e Centro Lydia Coriat de Porto Alegre/RS. Tem mestrado em Inclusão Social e Acessibilidade pela FEEVALE com a pesquisa Tecnologias Assistivas no cotidiano da Criança com Deficiência Física: potencialidades e inclusão social. Maria Aparecida Ferreira de Mello possui graduação em Terapia Ocupacional pela UFMG, Mestrado em Ciências da Reabilitação pela State University of New York, doutorado em Ciências da Reabilitação pela USP e Pós-Doutorado na University of Florida. Atualmente preside o Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisa em Envelhecimento - CIAPE e coordena cursos de pós graduação na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 13 ESPECIALIDADES Paralímpiadas de Londres 2012 14 As competições aconteceram entre os dias 29 de agosto até 9 de setembro e nas olimpíadas fomos apresentadosa histórias de superação de três deficientes entre eles A mesa-tenista Natalia Partyka, da Polônia, que nasceu sem parte do braço direito, o deficiente visual sul-coreano Dong Hyun Im, que quebrou recorde mundial, e ganhou seu 3° ouro (em Olimpíadas). Isso sem da participação do sulafricano Oscar Pistorius, que utilizando próteses de fibra de carbono correu nas 400m. Mas para chegar nas paraolimpíadas é necessário alcançar notas através do sistema de classificação funcional do atleta: exame físico que verifica a patologia do competidor; a avaliação funcional através de testes de força muscular, amplitude de movimento articular, medição de membros e coordenação motora; e o exame técnico, que é a demonstração da habilidade do atleta através de uma prova, em que são observadas a realização do movimento e a técnica utilizada. Nestas avaliações também é indicada a modalidade que o atleta irá concorrer, com base em sua deficiência e no grau de comprometimento de sua patologia, de acordo com a lesão. As competições existentes nas paralimpíadas de Londres são: Atletismo Existe diferente provas de campo (arremessos, lançamentos e saltos) ou corridas as quais participam, em diferentes categorias, deficientes visuais e mentais, paralisados cerebrais (cadeirantes ou não), anões, amputados, cadeirantes (com sequelas de poliomielite, lesão medular ou amputação). Basquete em cadeira de rodas A equipe é montada com base no comprometimento motor dos atletas. Em quadra soma-se pontos, no qual cada deficiência tem uma pontuação, não podendo ultrapassar 14 pontos entre os cinco jogadores. Bocha Existem quatro categorias de atletas: com paralisia cerebral que conseguem arremessar e podem ter auxílio para estabilizar a cadeira e receber a bola; com paralisia cerebral, mas que não seja tão comprometido, conseguindo arremessar a bola sem assistência; com paralisia cerebral que não conseguem arremessar sozinhos e utilizam uma rampa para isso; com outras deficiências severas que possuem dificuldade para arremessar. Ciclismo de estrada e pista Competem atletas com deficiência visual em bicicleta com dois assentos, sendo que o banco da frente é guiado por um ciclista-guia; paraplégicos que competem com a handbike; atletas com deficiência e que tenham o equilíbrio afetado utilizam o triciclo; e atletas com deficiência que afeta pernas, braços e/ou tronco mas que guiam uma bicicleta padrão. Esgrima em cadeira de rodas Existem duas classes nas Paralimpíadas: atletas com bom controle do tronco, em que o braço que porta a arma não é afetado por deficiência e atletas com deficiência que afeta o controle do tronco ou do braço que porta a arma. Futebol de cinco Apenas os deficientes visuais podem participar neste esporte. A equipe é formada por atletas sem qualquer percepção luminosa ou com alguma percepção luminosa (mas incapazes de reconhecer formas a qualquer distância ou em qualquer direção). JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 ESPECIALIDADES Futebol de sete Podem competir atletas com deficiência na locomoção, porém estes geralmente jogam como goleiros. Além destes a equipe pode ser formada por: atletas cuja deficiência tenha impacto no controle e coordenação dos braços, especialmente durante a corrida, atletas cuja deficiência afeta um braço e uma perna do mesmo lado do corpo, atletas menos comprometidos, porém que possuam contrações musculares involuntárias. Durante a partida, o time deve ter em campo no máximo dois atletas menos comprometidos e, no mínimo, um mais comprometido. Goalball Neste esporte os atletas usam vendas nos olhos para que todos tenham igualdade de condições, porém todos possuem algum grau de deficiência visual. Este esporte destaca-se pois é exclusivo das paralímpico. O objetivo é acertar o gol adversário e proteger suas balizas. Cada equipe é composta por três atletas que exercem a função de defensores e arremessadores, para auxiliar a bola utilizada possui um guizo interno. Só é permitido o arremesso rasteiro. As quadras possuem 9m x 18m, como no vôlei. Os gols ocupam toda a extensão dos lados e têm 1,2 metros de altura. Os três atletas de cada equipe ficam restritos a uma área de 3 metros à frente da baliza que defendem, deste modo não há qualquer contato entre os oponentes. A duração da partida é de 20 minutos, separada em dois tempos de 10 minutos. Halterofilismo A classificação para este esporte é baseada no peso do atleta, independente de sua deficiência porém a preferência é pelos que possuem deficiências que afetem o movimento das pernas e quadris, assim como anões. Hipismo Existe quatro classe conforme o comprometimento físico do atleta, são elas: de cadeirantes com funções dos membros comprometido e pouco equilibrio do tronco ou os com nenhum equilíbrio mas bom funcionamento dos membros superiores; cadeirantes com severa debilitação, envolvendo o tronco ou unilateral; atletas capazes de caminhar sem suporte com moderada debilitação unilateral ou cegos; e atletas com debilitação de um ou mais membros ou alguma deficiência visual. Judô Competem apenas deficientes visuais, dividos em três categorias: cegos, atletas com percepção de vultos e aqueles que conseguem definir imagens. Natação Existem três classes divididas em três categorias cada. As classes compõem provas de estilo livre, costas e borboleta; nado peito; e medley individuais. As categorias são divididas entre atletas com deficiências físicas; com deficiências visuais e com deficiências intelectuais. Remo É divido em três categorias e todas disputam 1000m: Individual - Remadores que possuem somente mobilidade de ombros e braços seja por prejuízo neurológico, perda de função motora no tronco e pernas ou paralisia cerebral (CP4), no caso de apresentar dificuldades com os membros superiores poderá utilizar próteses. Dupla mista (um homem e uma mulher) - Remadores que possuem mobilidade de tronco e braços seja por amputação de pernas que impossibilitem a utilização do acento deslizante, paralisia cerebral (CP5) ou prejuízo neurológico. Quatro atletas também mista mais o timoneiro - Remadores que possuem mobilidade de pernas, tronco e braços seja por 10% de comprometimento visualsendo obrigatório o uso de venda, ou amputação de dedos ou de um pé, paralisia cerebral (CP8) ou prejuízo neurológico pouco comprometido. Rúgbi em cadeira de rodas Todos os atletas são tetraplégicos. Assim como o basquete, cada atleta recebe uma pontuação de acordo com sua habilidade funcional, porém os quatro titulares não podem somar juntos mais do que oito pontos. Este esporte pode ser misto, neste caso a cada mulher em quadra, o limite de pontuação é ampliado em 0,5 pontos. Tênis de mesa Há onze classes no tênis de mesa, divididos em três categorias: cadeirantes (divididos em cinco classes com base em seu comprometimento físico-motor); atletas andantes(divididos em cinco classes com base no comprometimento físico-motor do atleta; e andantes com deficiência intelectual. Tênis em cadeira de rodas Existem duas classes: a aberta - na qual os atletas JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 15 ESPECIALIDADES possuem deficiência para se locomover (médula ou amputação) mas sem comprometimento de braços e mãos; e a “quad” a qual os atletas tem deficiências que afetem, além das pernas, o movimento dos braços, dificultando o domínio da raquete e da movimentação da cadeira de rodas. Nesta classe, homens e mulheres podem competir juntos. Tiro Composto por duas classes: atletas que conseguem suportar o peso da arma, que podem usar rifle ou pistola; e atletas que necessitam de suporte para apoiar a arma que só podem usar rifle. Dividos em três classes, nas quais competem de um a três velejadores: o trio recebe pontos de 1 a 7 de acordo com o impacto da deficiência nas funções no barco, quanto menor o número, maior o impacto na habilidade de condução, totalizando 14 pontos entre eles; na dupla mista devem ser paraplégicos mas com diferentes graus de deficiência; na categoria individual o velejador deve ter deficiência mínima, equivalente a sete pontos da classe Sonar. A fisioterapeuta Sonia Manacero, é uma das fisioterapeutas da delegação, como já publicamos na edição 34 da revista do Crefito5. Vôlei sentado Tiro com arco 16 Vela podem participar amputados, atletas com paralisia Competem arqueiros sem deficiência nos braços, dicerebral, lesão na coluna vertebral e alguma defivididos em três categorias: com algum grau de comciência locomotora. Entre estes, há divisão apenas prometimento da força muscular, coordenação ou entreatletas deficientes (D) e minimamente deficienmobilidade das pernas que podem competir de pé tes (MD), que são em geral ex-jogadores do vôlei ou sentados em cadeira normal; atletas que possuem convencional que sofreram lesões sérias tetraplegia, com deficiência nos braços e pernas e nos joelhos e/ou tornozelos. Cada equipe alcance limitado dos movimentos e utilizam cadeira pode contar com no máximo um atleta de rodas; e arqueiros com paraplegia e mobilidade MD em quadra por vez. articular limitada nos membros inferiores sob cadeira de rodas. Das 20 modalidades a delegação brasileira participou em 18, porém em oito destas equipes não recebe o acompanhamento de um fisioterapeuta, como está apresentado abaixo: Esporte Atletismo Basquete em cadeira de rodas (feminino) Bocha Ciclismo Esgrima em cadeira de rodas Futebol de 5 Futebol de 7 Goalball (feminino) Goalball (masculino) Halterofilismo Hipismo Judô Natação Remo Tênis de Mesa Tênis de cadeira de rodas Tiro Esportivo Vela adaptada Vôlei sentado (feminino) Vôlei sentado (masculino) Número Fisioterapeutas de atletas 35 atletas 12 atletas Marco Antonio F. Alves e Ronnie P. A. de Sousa (CPB) Henrique Vital Neto (CBBC) 7 atletas 2 atletas 1 atleta 10 atletas 12 atletas 6 atletas 6 atletas 5 atletas 4 atletas 10 atletas 20 atletas 8 atletas 14 atletas 5 atletas 1 atleta 2 atletas 11 atletas 11 atletas Gustavo de Castro (CBDV) Pablo Vinicius da Costa Reis (ANDE) Thiago Parreira Sardenberg Soares (CBDV) Luiz Carlos dos Santos (CBDV) Luiz Edmundo Costa (CBDV) Renata B. do Nascimento e Rodrigo A. D. M. Martins (CPB) Fúlvia de Souza Vieira (CBR) Luis Gustavo Claro de Amorim (CBTM) Pedro Henrique de Almeida Alvarenga(CBVD) Pedro Henrique de Almeida Alvarenga(CBVD) JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 ESPECIALIDADES Quadro de Medalhas O Brasil encerrou as paralímpiadas ocupando o 7° lugar, melhor colocação já conseguida pela equipe brasileira, com 21 medalhas de ouro, 14 de prata e 8 de bronze. Esporte Atletismo Bocha Esgrima em cadeira de rodas Futebol de 5 Goalball (masculino) Judô Natação Medalhas conquistadas 7 ouro 8 prata 3 3 1 1 1 1 1 3 bronze ouro bronze ouro ouro prata prata bronze 9 ouro 4 prata 1 bronze Atleta gaúcho ganha ouro na Esgrima em cadeira de rodas O gaúcho Jovane Silva Guissone, da Asasepode, com a ajuda de seu técnico Eduardo Vasconcelos Nunes, ganhou a medalha de ouro nas Paralímpiadas, em Londres, competindo na categoria espada, da Esgrima em cadeira de rodas. O atleta foi o único brasileiro a competir neste esporte. A esgrima em cadeira de rodas tem provas individuais ou por equipes nas categorias masculina e feminina. A cadeira é fixa ao solo por meio de uma armação especial, que ao mesmo tempo posiciona o atleta num certo ângulo e distância. A partida tem três períodos de três minutos ou, até um dos adversários completar 15 pontos, e pode ser disputada nas categorias florete, espada (masculina e feminina) e sabre (masculina). JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Classificação Funcional A fisioterapeuta Lícia Sobrosa Machado, formada em 2011, participa do Curso de Classificação Funcional da Natação do Comitê Paraolímpico Brasileiro. Ela soube do processo de seleção, por uma colega de trabalho que havia visto no site do CPB, e envio seu currículo. Apesar de não possuir experiência, seu trabalho de conclusão tinha sido sobre paradesporto, no qual estudo a qualidade de vida e a independência funcional dos esgrimistas cadeirantes do Estado. Com isso ela foi selecionada para o curso de formação como Avaliadora para natação. Ela ficou surpresa, pois o contato que ela tinha com este esporte era do período em que cursará a faculdade de Educação Física e, na época, fazia apenas meio ano que estava formada em fisioterapia. O curso iniciou em março e é o composto por: uma etapa de formação online sobre o que era o CPB, os esportes e as principais patologias encontradas e as três encontros presenciais com duração de cinco dias cada, com aulas práticas que aconteceram em Curitiba, Natal e Brasília. Ocorreu um processo de classificação em Porto Alegre e em novembro encerra a formação com um encontro em São Paulo. Todas essas etapas são compostas por provas teóricas ou práticas. Este curso do CPB não possui uma data específica para ocorrer, surge conforme a necessidade da existência de classificadores no Brasil. Neste processo foram selecionados sete classificadores clínicos, entre eles fisioterapeutas e médicos, e cinco classificadores técnicos, que são formados em educação física. Os testes clínicos são de avaliação da coordenação motora, da força muscular, da goniometria ou da mensuração. O teste técnico considera o desenvolvimento dos movimentos dentro da piscina. Com isso é possível indicar em que classe o atleta deverá competir. Depois desta formação os classificadores estarão aptos para atuar na região sul em competições nacionais e regionais. Para participar de competições internacionais do classificador precisa do treinamento do Comitê Paralímpico Internacional – IPC. Links importantes: http://www.cpb.org.br http://www.cbdv.org.br http://www.london2012.com/paralympics/athletes http://asasepode.org.br 17 FISCALIZAÇÃO Acórdão 293 orienta sobre os procedimentos da Dermatofuncional Em junho de 2012 o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Coffito, publicou o acórdão n° 293, em que novas diretrizes são dadas à especialidade de Fisioterapia em Dermatofuncional, porém, cabe lembrar que se trata de um acórdão e não de uma resolução. Portanto, entende-se que os conselheiros do Coffito acordaram com as definições que serão apresentadas no decorrer desta matéria, bem como as considerações acerca dos procedimentos da fisioterapia dermatofuncional. Confira o texto e saiba mais sobre esta especialidade. 18 Um dos pontos ressaltados no início do acórdão é o que se refere ao “risco” que os procedimentos podem oferecer e buscando contextualizar melhor o significado da palavra, o Coffito utiliza algumas definições, como a da Agência Nacional Vigilância Sanitária – Anvisa: “Risco é a probabilidade de um efeito adverso a saúde causado por um perigo ou perigos existentes, sendo o perigo o componente que tem potencial de oferecer risco, sendo assim, a segurança do paciente/cliente consiste em reduzir o risco de dano desnecessários evitáveis relacionados aos cuidados de saúde a um mínimo aceitável”. A partir dela, o Coffito passa a definir risco como: “independente do seu nível, decorre do exercício profissional sem a observância das regulamentações técnicas estabelecidas por esta autarquia nos termos de sua competência legal”. Após tantas menções sobre risco e a importância de que os regulamentos sejam cumpridos, é possível compreender o nível de qualificação que o profissional deve possuir antes da utilização das técnicas da área de dermatofuncional, afinal os procedimentos oferecem riscos tanto ao paciente como ao profissional que não compreende a extensão de seus possíveis danos. Dessa forma, pode-se ressaltar que seguir as exigências definidas pelo Conselho agregará apenas em benefícios à profissão, à especialidade, ao profissional e principalmente, ao paciente. Embora tenha nascido com a finalidade de recuperar pacientes que haviam sofrido queimaduras, com o tempo a especialidade evoluiu para outras áreas, uma delas, a estética. No início a atuação mais comum era na recuperação de pacientes pós-cirúgicos, depois novos procedimentos foram incluídos ao Rol e à especialidade. Porém, com a evolução também surgiram problemas, como a confusão com as nomenclaturas e com isto, a violação à legislação que rege a profissão. Portanto, lembre-se que não existe fisioterapia estética e sim fisioterapia dermatofuncional. E, claro, que o fisioterapeuta não é um esteticista. Afinal, o fisioterapeuta é um profissional com formação superior da área da saúde, logo, deve estar consciente das suas responsabilidades. Ainda, outro transtorno que a modernidade trouxe foi a desatualização das resoluções em comparação a velocidade dos avanços tecnológicos e, em consequência, a criação de novos procedimentos, e como resultado as poucas definições acerca destes. Como a legislação não conseguiu acompanhar as atualizações que a especialidade de dermatofuncional recebia, uma das maneiras encontradas pelo Sistema para que os serviços prestados por fisioterapeutas não implicassem em prejuízo à profissão, foi a publicação de uma nova resolução sobre a especialidade em 2011. Em 2012, foi realizado o primeiro processo seletivo de Especialidades, cujo principal objetivo é a formação de uma categoria especializada e uma profissão valorizada. Por meio da prova, os profissionais passaram a ter seus conhecimentos teóricos e práticos avaliados por seus pares e deram um passo importante a uma grande conquista da categoria. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 FISCALIZAÇÃO Preste atenção nas descrições dos procedimentos apresentadas no Acórdão 293, siga à risca as determinações de segurança e assegure um profissão mais qualificada. Acórdão 293 e os procedimentos da Dermatofuncional Laser O termo laser é uma abreviação da expressão inglesa “Ligth Amplification by stimulated emission of radiation”, dessa forma compreende-se que se trata de um tipo de energia luminosa que possui características próprias. É uma radiação não ionizante, monocromática, colimada e polarizada (Baxter, 2003). Com base em sua descrição o acórdão oferece o seguinte parecer: “Conclui-se que a utilização dos lasers classificados como cirúrgicos ou de alta potência não são recomendados para o uso do fisioterapeuta. Os demais tipos de lasers, de baixa e de média potência, utilizados para depilação, discromias, envelhecimento cutâneo, flacidez tegumentar, lesões vasculares, estão entre os recursos fototerápicos já mencionados na resolução Coffito n° 8. Sendo assim, o Coffito compreende que a utilização dos lasers não abalativos é considerado como de uso próprio do fisioterapeuta.” Luz intensa pulsada Apesar de ser facilmente confundida e erroneamente denominada como laser, a luz intensa pulsada, apesar de similar, é de fato um espectro de radiações que abrange vários comprimentos de ondas simultâneas (de 50 a 90 NN). Esta diversidade possibilita o tratamento de indivíduos de diferentes fototipos de pele, bem como várias aplicações: epilação, remoção de manchas e tatuagens, rejuvenecimento não abalativo e lesões vasculares. (Maio, 2004; Osório, Torrezan, 2002). Sendo assim, o Coffito determina: “A luz intensa pulsada é considerada um fonte de luz não laser, gerada por lâmpadas, resultando na emissão de calor e radiação fototermoterapêutico próprio do fisioterapeuta”. O Coffito também estabelece critérios para a utilização deste procedimento, como: • Os equipamentos devem ter cadastro ou registro na Anvisa, e os profissionais deverão ter os documentos comprobatórios para fins de fiscalização; • O fisioterapeuta deverá atender, no máximo, um paciente por vez e deve estar sempre presente, em qualquer etapa e durante todo o atendimento; • Ter, em prontuário, todas as etapas do tratamento; • Aplicar princípios de biossegurança; • A técnica deverá ser aplicada em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança estabelecidos em normas da Anvisa ou outras em vigor. Ainda sobre equívocos, outro detalhe que nunca deve ser esquecido é a utilização correta do Título de Especialista, uma vez que para possuir esta titulação são necessários os seguintes passos: • Envio ao Crefito5 para chancela do Coffito, aos que estão enquadrados antes das resoluções 377 e 378, ou seja, àqueles que ingressaram em cursos de pós-graduação antes do dia 13 julho de 2010. Caso contrário, o título de especialista só será concedido após aprovação na Prova de Especialidades. Sendo assim, esteja atento às normas e anuncie corretamente. Se não estiver enquadrado em nenhuma das modalidades descritas, seu anúncio deve conter: Fisioterapeuta com especialização, pós-graduação ou formação em Dermatofuncional. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 19 FISCALIZAÇÃO Radiofrequência 20 Um tipo de radiação eletromagnética que em frequências mais elevadas gera calor nos tecidos biológicos. Tem como principal efeito o estímulo na produção de fibras colágenas, que resulta na melhora do aspecto da pele, sendo indicada em alterações cutâneas, como, por exemplo, flacidez e rugas. É considerada não abalativa, pois induz a produção de colágeno sem ruptura da pele. A partir de sua definição, o Coffito compreende que a radiofrequência se enquadra dentro dos recursos físicos de tratamento, no caso, a termoterapia. Ainda, o Conselho discorre sobre os efeitos adversos desta terapia, lembrando que os mesmos podem ser controlados e em sua maioria são passageiros. Os riscos de lesões por queimadura podem ser evitados ou minimizados com a aquisição de habilidades e competências específicas de avaliação, indicação e de execução da técnica de aplicação. O Coffito também estabelece critérios para a utilização deste procedimento, como: • Os equipamentos devem ter cadastro ou registro na Anvisa, e os profissionais deverão ter os documentos comprobatórios para fins de fiscalização; • O fisioterapeuta deverá atender, no máximo, um paciente por vez e deve estar sempre presente, em qualquer etapa e durante todo o atendimento; • Informar o paciente sobre a técnica e seu grau de risco, solicitando assinatura de Termo de Consentimento Livre Esclarecido; • Ter, em prontuário, todas as etapas do tratamento; • Aplicar princípios de biossegurança; • A técnica deverá ser aplicada em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança estabelecidos em normas da Anvisa ou outras em vigor. Peeling Considerado como agente indutor da descamação controlada, conduzindo diversas reações na pele, como espessamento da epiderme, aumento de volume da derme, liberação de medidores de inflamação e citocinas. Podem ser classificados como químicos ou físicos. Para tanto, o Conselho Federal define cada modalidade. No peeling físico há receitas caseiras como cristais de açúcar, lixas, cremes abrasivos com micro esferas de material plástico, até aparelhos de microdermoabrasão, por fluxo de cristais ou lixas de ponta de diamente, além do ultrassônico. (Quiroga e Guillot, 1986). Já a dermoabrasão trata-se de uma esfoliação até o limite dermo-epidérmico com objetivo de aumentar a nutrição pelo estímulo dérmico. Também, estimular a proliferação de fibroblastos e, em conseqüência, do colágeno. As reações decorrentes da aplicação do peeling superficial poder ser controladas através dos recursos da fisioterapia. O peeling químico, por sua vez, adiciona a utilização de substâncias químicas no tratamento, que isoladas ou combinadas proporcionam o agente mais adequado para diferentes graus de esfoliação. Esta modalidade é dividia em níveis: Muito superficial – que atinge camadas granulosas da pele; superficial – que atinge a epiderme; médio – que atinge a derme papilar; e profundo – que atinge a derme reticular. A partir desta explicação, o Coffito compreende que o fisioterapeuta não deve aplicar procedimentos que ultrapassem o limite da epiderme. Dessa maneira, cabe ao fisioterapeuta a possibilidade de realizar peeling químico apenas nos níveis muito superficial e superficial. O Coffito também estabelece critérios para a utilização destes dois procedimentos, como: • Os equipamentos devem ter cadastro ou registro na Anvisa, e os profissionais deverão ter os documentos comprobatórios para fins de fiscalização; • Aplicar os princípios da biossegurança para prevenir infecções cruzadas, além do descarte adequado do material; • A técnica deverá ser aplicada em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança estabelecidos em normas da Anvisa ou outras em vigor; • Informar ao paciente sobre a técnica e seu grau de risco, inclusive, fazendo com que seja assinado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; • Manter registro em prontuário de todas as etapas da técnica. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 FISCALIZAÇÃO Carboxiterapia É uma técnica em que o gás carbônico (dióxido de • Comprovação teórica e prática em primeiro socorcarbono ou CO2) é injetado no tecido transcutâ- ros por meio de certificado de conclusão de curso neo, estimulando assim efeitos fisiológicos como a em suporte básico de vida (Basic Life Support, BLS), melhora da circulação e até, no tratamento do fibro ou semelhante; edema gelóide, de lipodistrofias localizadas, além da • Os equipamentos devem ter cadastro ou registro melhora da qualidade da cicatriz, segundo definem na Anvisa, e os profissionais deverão ter os docuos autores Hidekazul, 2005; Goldman, 2006; Wor- mentos comprobatórios para fins de fiscalização; thington, Lopez, 2006; Lee,2008; e Nach, 2010). • Garantir a adequada remoção do paciente para Sendo assim, o Coffito compreende que: “A carbo- unidades hospitalares em caso de urgências; • O fisioterapeuta deverá atender, no máximo, um xiterapia por sua complexidade é admitida pelo paciente por vez e deve estar sempre presente, Coffito como técnica de risco, factível de deem qualquer etapa e durante todo o atendisenvolver efeitos adversos” mento; Ainda, devido a sua complexidade e ao • Informar ao paciente sobre a técnica fator de risco, o Conselho recomenda e seu grau de risco, inclusive, fazendo que o tratamento seja realizado apecom que seja assinado um Termo de Connas por Fisioterapeuta Especialista ProRISCO BIOLÓGICO sentimento Livre e Esclarecido; fissional em Fisioterapia Dermatofuncional. • Manter registro em prontuário de todas as O Coffito também estabelece critérios para a etapas da técnica; utilização deste procedimento, como: • Aplicar os princípios da biossegurança para preve• Especialização x título reconhecido: Os profissionais que já realizaram o curso de especialização, nir infecções cruzadas, além do descarte adequado porém sem o título reconhecido devem apresentar do material; ao Crefito5 documentos que comprovem devida ha- • A técnica deverá ser aplicada em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança estabilitação para a utilização da técnica; belecidos em normas da Anvisa ou outras em vigor. Fique atento as determinações estabelecidas pelo Coffito, assegure o exercício correto da profissão e possibilite ao seu paciente um atendimento adequado e, na medida no possível, livre de complicações. DEFIS ALERTA cumprir os dispositivos legais que regem o exercício da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional fazem bem à ética e à carreira profissional. Registro em dia Lembre-se que a prestação de serviços de fisioterapia e terapia ocupacional está condicionada à inscrição no Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região (Crefito5). Portanto, ao dividir consultório ou atender em Studio de Pilates, por exemplo, é indispensável o registro de consultório ou empresa no Crefito5. Publicidade correta Faça a publicidade da sua empresa de acordo com a legislação do Coffito. Antes de mandar imprimir folders, fachadas, e demais materiais publicitários fique atento às resoluções e, em caso de dúvida peça orientações ao Departamento de Fiscalização. Veja os exemplos nos modelos abaixo: Dermatofuncional x estética Fique atento: não existe especialidade de estética e sim, de dermatofuncional. Dessa forma, anuncie corretamente - Com especialização em dermatofuncional e nunca em estética. NUNCA anuncie valores, pacotes promocionais, e avaliação gratuita. Em caso de dúvidas entre em contato pelo telefone (51) 3334 6586 ou pelo e-mail [email protected] JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 21 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 COMiSSõES Comissão de Educação A Comissão de Educação é um órgão de assessoria e de caráter consultivo da Diretoria e do Plenário do Crefito5, cuja finalidade é o incentivo ao aprimoramento do ensino e do exercício profissional da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional. Tem por objetivo a promoção e apoio de ações, conforme os projetos e propostas elaborados pelo grupo de trabalho e ratificados pela Diretoria da autarquia. A Comissão de Educação é formada pelos conselheiros Tania Fleig, Luciana Wertheimer, Carolina Silva e Mauro Félix, além destes membros, compõe a Comissão os representantes do estado do RS, através da regionalização de inserção das instituições dos cursos de formação em fisioterapia e terapia ocupacional, tendo participação direta e ampliada através dos colegas: Alenia Finger na Serra, Ana Lúcia Soares e Denizar Melo na região metropolitana do estado, Nicole Ruas no Sul, Ana Fátima Badaró e Vanessa Pinto na região central, Eliane Winkelmann no noroeste, Fernanda Câmera no norte e Rosana Glock no oeste. Além dos componentes da Comissão, compõem a Comissão os GTs Coordenadores de Curso e os GTs Estudantes (um representante por Instituição Ensino Superior - IES). A Comissão de Educação está centrada na reunião dos coordenadores de curso, docentes e discentes e, na proposição de desenvolvimento de metodologias para a formação que assistam às necessidades regionais e que cumpram com o papel formativo a partir dos descritivos das diretrizes curriculares nacionais (DCNs) para os cursos de fisioterapia e terapia ocupacional no Brasil. Entre as metas da Comissão de Educação estão proporcionar maior visibilidade dos processos de formação desenvolvidos nos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a partir das necessidades de abordagens temáticas apontadas pelos coordenadores e colegiados destes cursos no Rio Grande do Sul; facilitar a comunicação entre pares, de forma a inteJULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 grar e internalizar as informações, gerando propostas de ações conjuntas; ampliar o debate sobre a formação do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional nas escolas formadoras do Estado (Política de Educação) e as atribuições das profissões na Saúde Funcional. As ações programadas pela Comissão de Educação neste ano foram o mapeamento das necessidades de abordagens temáticas junto aos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Estado, para registro dos apontamentos feitos pelos coordenadores e colegiados destes; a promoção de encontros na sede do Crefito5, com os GTs de Estudantes e Coordenadores de Curso e a promoção de encontros descentralizados por microrregião. Além da participação em eventos e jornadas acadêmicas nas IES do Rio Grande do Sul; 23 Entre as ações destaca-se o projeto de interiorização e descentralização: “Minha cidade, nossa profissão - debatendo as políticas profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional”, que está sendo realizado no Estado e cuja proposta é a aproximação com os profissionais e com as realidades da fisioterapia e terapia ocupacional no Rio Grande do Sul. profissões CIF é realidade no SUS 24 Um mistério para muitos e um sonho alcançado para os que compreendem, a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidades e Saúde (CIF) apresenta uma nova maneira de enxergar o usuário, de classificar, de quantificar e de gerar dados epidemiológicos que no futuro podem assegurar políticas públicas para todas as pessoas, pois trata de funcionalidade e não apenas de incapacidades. A ideia da classificação é antiga, afinal, por meio da CID – Classificação Internacional de Doenças, que existe desde 1893, já se listavam as causas de morbidade. Com o tempo, além de ser revista e atualizada para a CID-10, o objetivo central ainda era o mesmo, ou seja, o de avaliar o impacto da doença sobre a pessoa. Dessa forma, em 1980, foi apresentado um novo estudo – a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID), mas foram necessários 20 anos para que saísse do papel e fosse colocado em prática. Por fim, em 2001, a Organização Mundial da Saúde desenvolve e cria uma nova Classificação para CIF, que passa a ser incluída na aplicação de vários procedimentos de saúde. Nos anos seguintes surgem novas leis que dão aporte à CIF, e a utilização de dados de classificação vira realidade – principalmente aos profissionais de fisioterapia e de terapia ocupacional. Em 2009, o Coffito lança a resolução nº 370, em que estabelece que os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais devem adotar a CIF, no âmbito de suas competências. Ainda, descreve que a classificação será utilizada como ferramenta de estatística, de pesquisa, de clínica, de política social e pedagógica. Ainda em 2009, o INSS, por meio da portaria MDS/INSS nº 1 - institui instrumentos para avaliação da deficiência e do grau de incapacidade de pessoas com deficiência requerentes ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Sociais - BPC, conforme já estabelecia o art. 16, § 3º, do Decreto nº 6.214, de 26 de setembro de 2007, alterado pelo Decreto nº 6.564, de 12 de setembro de 2008. E, em 2012, é a vez do Ministério da Saúde publicar a resolução 452, em que incorpora a utilização da CIF no Sistema Único de Saúde e na Saúde Suplementar, cumprindo o que já previa a resolução 54.21/2001, da OMS. Entenda como o profissional de saúde utilizará a CIF: • nas investigações para medir resultados acerca do bem estar, qualidade de vida, acesso a serviços e impacto dos fatores ambientais (estruturais e atitudinais) na saúde dos indivíduos; • como uma ferramenta estatística na coleta e registro de dados (em estudos da população e inquéritos na população ou em sistemas de informação para a gestão); • como ferramenta clínica para avaliar necessidades, compatibilizar os tratamentos com as condições específicas, ampliando a linha de cuidado; • para dar visibilidade e avaliar os processos de trabalho com os respectivos impactos reais das ações dos profissionais de saúde, que atuam diretamente com a funcionalidade humana; • no dimensionamento e redimensionamento de serviços visando qualificar e quantificar as informações relativas ao tratamento e recuperação da saúde no processo de reabilitação e os respectivos resultados; • como ferramenta no planejamento de sistemas de seguridade social, de sistemas de compensação e nos projetos e no desenvolvimento de políticas; • como ferramenta pedagógica na elaboração de programas educacionais, para aumentar a conscientização e a realização de ações sociais; • como ferramenta geradora de informações padronizadas em saúde, devendo a mesma ser inserida no Sistema Nacional de informações em saúde do Sistema Único de Saúde para alimentar as bases de dados, com vistas ao controle, avaliação e regulação para instrumentalizar a gestão no gerenciamento das ações e serviços de saúde em todos os seu níveis de atenção; e • como geradora de indicadores de saúde referentes à funcionalidade humana. *trecho da resolução MS 452/2012 JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 profissões Com as novas regulamentações cabe ao profissional a atualização quanto à Classificação Internacional da Funcionalidade, saber o que ela é, do que se trata, o que representa e como isso irá interferir na vida do usuário e do profissional. Sendo assim, foi realizado um breve resumo para que seja fácil compreender este sistema de classificação. Para utilizar a CIF no trabalho é necessário compreender o que ela é como os pacientes podem ser classificados através dela. Veja: O que é a CIF? A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde foi criada para registrar e organizar as informações referentes aos estados de saúde de uma pessoa, por meio de uma linguagem e classificação mundial. Com a uniformização das descrições sobre cada paciente, em diversos as aspectos da funcionalidade, incapacidade e saúde, será possível a conquista de dados epidemiológicos mundiais. Outro advento da nova classificação é a substituição dos termos - incapacidade, deficiência, invalidez e desvantagem – por funcionalidade e, ainda, a inclusão de experiências positivas, registrando a potencialidades de cada individuo. Por meio da CIF é possível medir a capacidade de cada pessoa em superar os obstáculos relacionados às tarefas do cotidiano. A nova Classificação traz como principal vantagem o reconhecimento de que não se pode medir a importância da saúde apenas pela mortalidade, e sim a avaliar todas as questões que envolvem o indivíduo, suas novas possibilidades e todo o impacto geográfico em seu entorno. Divisões e classificações da CIF De acordo com a CIF a classificação é dividida em cinco componentes: função corporal, estrutura do corpo, atividade e participação social, e fatores ambientais e pessoais. Entenda: • Funções do corpo são as funções fisiológicas dos sistemas orgânicos, inclusive as funções psicológicas. • Estruturas do corpo são as partes anatômicas, tais como, órgãos, membros e seus componentes. • Deficiências são problemas nas funções ou nas estruturas do corpo, por exemplo, um desvio importante ou uma perda. • Atividade é a execução de uma tarefa ou ação por um indivíduo. • Participação é o envolvimento de um indivíduo em uma situação real, no cotidiano, na sua vida diária. • Limitações da atividade são dificuldades que uma pessoa pode ter na execução de sua rotina, de seus afazeres. • Restrições na participação são problemas que um indivíduo por enfrentar quando está envolvido em situações da vida real. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Assim, compreende-se que a CIF não separa Atividade de Participação, no momento em são classificadas. Fatores ambientais são as questões da atitude das pessoas, do ambiente físico e das demandas político sociais exercidos sobre elas, bem como o impacto que eles registram no seu cotidiano. Aqui são quantificados tantos os fatores facilitadores (positivos) quanto às barreiras (negativos), em relação ao desempenho na atividade e participação das pessoas. Por exemplo, os dados pessoais que constituem etnia, grau de escolaridade, renda e orientação sexual. Com essa nova estrutura passam a ser mensurados o impacto da doença sobre indivíduo e meio ambiente na qualidade de vida, assim como a quantificação da funcionalidade pela condição sociocultural. As cinco categorias são divididas em até nove capítulos, subdivido em número variável de domínios e assim, extrapolando a esfera da saúde e apresentando utilidade social, educacional, epidemiológica, política e profissional. Interação de Conceitos CIF 2001 Estado de Saúde (distúrbio/doença) Função Corporal Estrutura corporal (deficiência) Atividades (Limitação) Fatores Ambientais Participação (Restrição) Fatores Pessoais Cursos da CIF: Em 2010 o Crefito5 promoveu curso sobre CIF, com Heloísa Di Nubila, Especialista na área de Classificações, no Centro Colaborador da OMS para a Família de Classificações Internacionais em Português (Centro Brasileiro de Classificações de Doenças – CBCD), no departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. O evento foi realizado nas cidades de Porto Alegre e Caxias do Sul. Neste ano, o Coffito estendeu aos profissionais de todo o Brasil, liberando vagas por regiões, de curso EAD sobre CIF. Links úteis: www.who.int/countries/bra/es/ www.fsp.usp.br/cbcd/Material/Guia_para_principiantes_CIF_cbcd.pdf http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/ www.diariodasleis.com.br/tabelas/211193.pdf 25 cOFFITO RESOLUÇÃO n. 419/2012 Reconhece a Reabilitação Vestibular como área de atuação do fisioterapeuta. O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuições conferidas pelo inciso II do Art. 5° da Lei 6.316 de 17 de setembro de 1975, em sua 224ª Reunião Plenária Ordinária, realizada no dia 02 de Junho de 2012 , na sede do Crefito 8, situada na Rua Jaime Balão, 580, Hugo Lange, Curitiba, Paraná, deliberou: CONSIDERANDO o disposto no artigo 5º, inciso II da lei 6316 de 17/12/1975; CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO 80/1987; CONSIDERANDO que o objeto de estudo do fisioterapeuta é o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades e que a manutenção do equilíbrio corporal é uma estratégia dinâmica do corpo humano; CONSIDERANDO a evolução técnico científica da fisioterapia; 28 26 RESOLVE: Artigo 1º Reconhecer a Reabilitação Vestibular, reabilitação labiríntica, fisioterapia vestibular, fisioterapia labiríntica, cinesioterapia vestibular, cinesioterapia labiríntica, tratamento dos distúrbios do equilíbrio corporal de origem vestibular como áreas de atuações do fisioterapeuta, no âmbito de sua atuação profissional. Artigo 2º Reabilitação Vestibular é conjunto de procedimentos de avaliação e tratamento, que visa a redução ou eliminação da tontura e a recuperação funcional ou a reabilitação das disfunções do equilíbrio corporal de origem vestibular de natureza periférica, central ou mista, associadas ou não às desordens multisensoriais e musculoesqueléticas. Artigo 3° O fisioterapeuta, durante sua consulta, avalia seus clientes/pacientes servindo-se de testes e escalas padronizadas, posturografia, análise da marcha, manobras diagnósticas com vistas a apontar a condição funcional dos sistemas relacionados ao controle do equilíbrio corporal, entre outras, solicita exame complementar que julgar necessário para identificar seu diagnóstico e subsidiar sua tomada de decisão, bem como prescreve e executa métodos e técnicas de tratamento, baseados em protocolos validados nacional e internacionalmente. Artigo 4° A critério do fisioterapeuta o tratamento de reabilitação vestibular poderá ainda constar de exercícios terapêuticos sistematizados e treino funcional em solo e em meio aquático, manobras de reposição, técnicas de terapia manual, uso de recursos eletrotermofototerapêuticos, prescrição ou confecção de mecanismos auxiliares de locomoção ou indicação de dispositivos de ajuda, emprego de tecnologia assistiva e realidade virtual, adaptação domiciliar e no ambiente de trabalho do cliente/paciente como prevenção de quedas e outros frutos da evolução técnico científica da profissão. Artigo 5° Os casos omissos serão deliberados pela Plenária do COFFITO. Artigo 6° Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. COFFITO discute demandas para a Terapia Ocupacional Os conselheiros terapeutas ocupacionais do COFFITO reuniram-se no dia 24 de agosto, para discutir ações relacionadas à Terapia Ocupacional. Trata-se das ações já implementadas na gestão anterior, com o intuito de que seja garantida sua continuidade. A exemplo do trabalho realizado para a atualização da Terapia Ocupacional no Código Brasileiro de Ocupacionais (CBO), além do desenvolvimento de demandas em fase de resolução e novas ações a serem propostas. Durante a reunião, foram definidas como prioridade: a campanha nacional de divulgação da Terapia Ocupacional; a campanha para abertura de novos cursos em todos os estados e em regiões menos desenvolvidas; inserção da Terapia Ocupacional nas políticas públicas; e integração com as entidades de classe, dentre outras ações. O encontro foi realizado na sede do COFFITO, em Brasília. Fonte: Coffito JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Notícias Crefito5 participou de eventos em Brasília O Crefito5 marcou presença na última sexta-feira, 14, no Encontro das Comissões de Ensino do Sistema Coffito/Crefitos e nos eventos promovidos pela Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia (Abenfisio) – III Congresso Nacional de Fisioterapia na Saúde Coletiva e XXII Fórum Nacional de Ensino em Fisioterapia -, em Brasília. Na ocasião, a fim de contemplar todos os eventos, o presidente, Alexandre Doval, o vice-presidente, Antonio Alberto Fernandes, e os conselheiros Mauro Felix e Tania Fleig, dividiram-se e prestigiaram os encontros. O encontro do Sistema tinha como pauta a Construção de uma política integrada no processo de formação ética e político-profissional por parte dos Conselhos e da Abenfisio, e, com base nisto, os presentes discutiram as falhas na formação nestes aspectos. Além disso, a necessidade alteração neste quadro e novas estratégias que visem para uma mudança. Após, foi discutida a importância das Comissões de Educação nos regionais e sobre a futura criação de uma Comissão de Educação no Coffito, cujo objetivo será a proposição de novos rumos às comissões regionais, além de uma relação com o MEC. Pertinente ao assunto foi proposta, durante a discussão, a cria- ção de uma resolução quanto aos estágios, em que possam ser ampliadas e definidas as situações a Lei de Estágio, em especial, o número de estagiários por supervisor. Para que este tema tenha uma conclusão o Coffito e a Abenfisio terão um novo encontro para discutir a resolução. A fim de contextualizar a importância de uma Comissão de Ensino, Tania Fleig, coordenadora da Comissão de Ensino do Crefito5, compartilhou a experiência deste regional, mencionando a criação de um regimento interno e sua composição – 32 cursos: 27 de fisioterapia e 4 de terapia ocupacional. Também relatou que as reuniões são bi-semestrais e contam com a participação dos membros da Comissão e dos coordenadores de curso. Além disso, contou sobre a criação de um documento de avaliação que foi enviado aos Institutos de Ensino Superior do Rio Grande do Sul, em que eram abordados os cinco eixos norteadores, ou seja, estágio, ética, egressos, docentes e educação permanente. A partir disso, foram criados dois Grupos de Trabalho: Docentes e Estudantes, em que, por meio de realização de encontros, alunos, professores e Conselho discutem os caminhos da profissão desde a formação. Encerrando, Tania apresentou a minuta que foi elaborada pela Comissão de Educação do Crefito5 sobre estágios. O III Congresso Nacional de Fisioterapia na Saúde Coletiva e o XXII Fórum Nacional de Ensino em Fisioterapia, reuniram cerca de 50 coordenadores de cursos de universidades públicas e privadas de todo o Brasil, bem como representantes de entidades, conselhos e associações, para discutir temas como as diretrizes curriculares e projeto pedagógico de curso. Crefito5 participa de CONASEMS As conselheiras Tania Fleig e Priscila Bordignon participaram do XXVIII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e do IX Congresso Brasileiro de Saúde, Cultura de Paz e Não Violência que aconteceram em Maceió entre os dias 11 e 15 de junho. Na oportunidade, além do encontro com os demais conselheiros do sistema Coffito/ Crefitos no stand em que apresentou-se o trabalho desenvolvido pelos profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional, foi possível também, participar do painel no qual a coordenadora da área da saúde da pessoa com deficiência do Ministério da Saúde Vera Mendes apresentou o Plano Viver Sem Limites, as tecnologias assistivas e o lançamento da Portaria 835/2012 que Institui incentivos financeiros de investimento e de custeio para o Componente AtenJULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 ção Especializada da Rede de Cuidados Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde, o qual trata do CER (Centros Especializados em Reabilitação 1, 2, 3 e 4), no qual Vera destacou que os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais farão parte da equipe mínima para a constituição destes centros. Os CERs serviram para o desenvolvimento de oficinas ortopédicas como serviço de apoio vinculado a reabilitação física, além de custeio e manutenção de órteses e próteses e auxilio na locomoção dos pacientes. Estes CERs serão redes e serviços próprios do estado e de cada município. Esta Política Pública a ser implantada é a primeira a incorporar o CIF, através da lógica do cuidado, acesso à qualificação e funcionalidade. No final do evento foi publicada a “Carta de Maceió” disponível em www.conasems.org.br 29 27 Notícias Crefito5 assegura através do MPF o exercício da fisioterapia no HCPA Após oito anos o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região – Crefito5, através de Ação Civil Pública, proposta pelo Ministério Público Federal, obtém frente ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a decisão judicial pronunciada pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Porto Alegre, que suspende o exercício de atividades exclusivas da fisioterapia por auxiliares de serviços terapêuticos ou quaisquer profissionais não habilitados. De acordo com a sentença do Juiz Federal, Enrique Feldens Rodrigues, publicada no dia 01 de agosto, fica determinado ao Hospital à suspensão do exercício de funções privativas de fisioterapeutas por auxiliares de serviços terapêuticos, também denominados profissionais assistenciais ou por qualquer outro profissional sem a qualificação, uma vez que o atendimento de serviços de fisioterapia é privativo e restrito ao fisioterapeuta, profissional de nível superior, habilitado e inscrito em conselho regional. Para o caso de descumprimento da decisão judicial, o juiz federal estabeleceu ainda uma multa diária de R$ 10 mil reais. Embora a profissão de fisioterapia tenha sido reconhecida desde 1969, em 2004, o Crefito5, por meio de fiscalização, constatou a existência de profissionais nomeados como auxiliares de serviços terapêuticos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que realizavam serviços de fisioterapia. Ainda em 2004, Conselho obtém uma importante conquista, quando consegue por vias judiciais, impugnar o processo seletivo do hospital que buscava a contratação de novos auxiliares e ainda atribuía ao cargo funções privativas da fisioterapia. Esta decisão foi deliberada pelos Tribunais Regionais Federais da 2ª, 3ª e 5ª região. Também, cabe salientar, que os fisioterapeutas do HCPA, ao delegarem suas funções a profissionais não habilitados transgridem o código de ética da profissão, ficando, portanto, passíveis de responder processo ético disciplinar. Com a vitória do Conselho os fisioterapeutas passam a exercer com plenitude, de forma correta e com o amparo da lei as funções determinadas em sua legislação, através do decreto lei nº 938, de 13 de outubro de 1969. COFFITO discute com o Ministro da Previdência Social O COFFITO, juntamente com a Associação Brasileira de Terapeutas Ocupacionais (ABRATO), reuniu-se com o Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, para debater assuntos relacionados à Fisioterapia e à Terapia Ocupacional. A reunião foi realizada na sede do Ministério, no último dia 6, em Brasília. Durante o encontro foi discutido o apoio do Ministério da Previdência ao IX Congresso Norte e Nordeste de Terapia Ocupacional (CONNTO), evento que será realizado em Natal-RN, no próximo mês. Outros assuntos entraram em pauta, como o processo de abertura de novos cursos de Terapia Ocupacional em todo país e a carga horária dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no INSS. Foi debatida ainda, a necessidade de ampliação do quadro de terapeutas ocupacionais e ações referentes à profissão na Previdência Social. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 As questões apresentadas foram bem recebidas pelo ministro Garibaldi Alves e demais representantes do Ministério, e serão encaminhadas aos setores competentes para que as devidas providências sejam tomadas. Na ocasião, foi proposta a criação de um grupo de trabalho do COFFITO e ABRATO para auxiliar a Previdência Social nas ações futuras. A vice-presidente do COFFITO, Dra. Luziana Maranhão; o presidente da Associação Brasileira de Terapeutas Ocupacionais (ABRATO), Dr. José Naum Mesquita; representantes do Ministério da Previdência Social; e terapeutas ocupacionais do INSS de Brasília participaram da reunião. A realização desse encontro foi uma reivindicação da Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Rio Grande do Norte (ATORN) em audiência com o ministro Garibaldi Alves, realizada em Natal-RN. Fonte: Coffito Notícias Crefito5 apoiou realização de Palestra sobre Honorários em Porto Alegre 30 A discussão dos honorários fisioterapêuticos e dos valores aplicados pelas operadoras de plano de saúde foram o tema central da palestra da presidente da Associação Paranaense de Prestadores de Serviços de Fisioterapia (APFISIO) e da Federação Nacional das Associações de Empresas Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (Fenafisio), Marlene Izidro Vieira. O encontro realizado na última quinta-feira, 30, às 20h, na sede da Faculdade Inspirar, em Porto Alegre, foi promovido pela Assofisio com o apoio do Crefito5. A presidente da APFISIO e da Fenafisio aproveitou a ocasião para apresentar aos profissionais do RS a história da associação e da federação, mencionando, inclusive, toda sua trajetória. Marlene contou aos presentes o início da sua atuação em fisioterapia, há 25 anos, e a primeira vez que em tiveram a oportunidade de ter um plano de saúde. “Na época sentíamos que estávamos ricos, tivemos um número maior de pacientes, tivemos que ampliar a nossa estrutura e claro, contratar mais pessoas. O problema foi que após 20 anos continuamos recebendo os mesmos valores”, desabafou. Além de contextualizar a falta de reajuste, Marlene destacou também que durante todos esses anos as clínicas continuaram atendendo, e sem receber aumento, consequentemente os equipamentos e serviços prestados não conseguiam respeitar a mesma qualidade de 20 anos atrás. Indignados com a situação, em 2006 foi reestabelecida a APFISIO e, em 2009, foram realizados protestos em Curitiba sobre a falta de reajuste nos honorários. O motim incidiu no apoio da mídia e na resposta dos órgão maiores, como Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Nesta época, a associação realizou uma reunião com o gerente da ANS e também com as centrais de plano de saúde. “Conquistamos, com o plano de saúde da Assepas, um reajuste de 200%”, ressaltou. Marlene lembrou também que foi a partir do envolvimento em uma esfera maior que ela descobriu, por exemplo, que todos os planos de saúde devem ter fisioterapeutas. “Bom, se eles devem ter fisioterapeutas é sinal de que somos importantes, somos essenciais aos planos de saúde”, complementou. Após esta fala, Marlene ainda destacou as incoerências nas contratações de fisioterapeutas pelas operadoras, afinal, antigamente, não existiam contratos escritos e sim, contratos verbais – considerado ilegal pela ANS, implicando em multa diária de até R$ 80 mil. Durante a reunião, a palestrante ainda apontou outros dados, como a redução no tempo de internação de pacientes que recebem atendimento de fisioterapia, ou o fato de o fisioterapeuta ser a única profissão cuja consulta fisioterapêutica não se enquadra no roll de procedimentos da ANS. Também, recordou que foi entregue, há cerca de dois anos, o Referecial Nacional de Honorários Fisioterapêuticos, para que ele fosse incluído na tabela TUSS. “Temos a promessa de que na próxima tabela TUSS o RNFH estará incluído e esta tabela deve estar por sair”, comemorou. O debate sobre honorários e como profissionais devem proceder se estendeu até às 23h, e contou com a presença do presidente do Crefito5, Alexandre Doval, do presidente da Assofisio, Jorge Nienow, e cerca de 30 profissionais. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Notícias Crefito5 recebeu visita da presidente da APFISIO e Fenafisio Na última quinta-feira, 30, às 16h, o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, reuniu-se com a presidente da Associação Paranaense de Prestadores de Serviços de Fisioterpia (APFISIO) e da Federação Nacional das Associações de Empresas Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (Fenafisio), Marlene Izidro Vieira, e com o presidente da Associação dos Proprietários de Servições de Fisioterapia do RS (Assofisio), Jorge Nienow. Antes da realização da palestra sobre honorários fisioterapêuticos, Marlene realizou uma visita à sede do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região, quando foram aboradas e contextualizadas a situações do RS em relação às operadoras de planos de saúde e aos fisioterapeutas. Na ocasião, Doval lembrou que o Conselho já auxíliou a Assofisio na chamada pública aos que visava discutir e ouvir os fisioterapeutas sobre o assunto. “Sentimos as necessidades dos nossos profissionais em obter mais informações sobre o tema e, para isso, nada melhor do que contar com a opinião de uma profissional com um grande histórico nesta área”, ressaltou. Durante a reunião, Doval aproveitou para mencionar os materiais desenvolvidos pelo Conselho e a constante atualização dos profissionais através da revista do Crefito5, com edições que trouxeram parâmetros assistencias, informações sobre as maneiras corretas de realização de anúncios de serviços, bem como as alterações na legislação do Coffito. Após, Marlene pediu cópias das publicações das revistas do Conselho. Ainda, assistiu aos vídeos institucionais produzidos pelo Crefito5 para a campanha de 2012 e ficou emocionada com o retrato sobre as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional e a mudança que elas promovem na vida das pessoas. Crefito5 e Prefeitura de Ijuí realizaram reunião O Crefito5, por meio das Comissões de Políticas Públicas e Educação e, com a presença da diretoria do Conselho, realizaram reunião na Secretaria Municipal de Saúde de Ijuí com a diretora financeira Sandra Ildebrand, que também representou a secretária de Saúde Alexandra Lentz. Na ocasião o Conselho abordou sobre a possibilidade da inserção da fisioterapia e da terapia ocupacional na estrutura organizacional da Prefeitura, bem como no quadro funcional. Durante o encontro foi entregue à diretora financeira o material institucional do Conselho e a Cartilha de Políticas Públicas desenvolvida Crefito5, dessa JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 maneira promovendo um conhecimento maior da amplitude dos serviços de fisioterapia e terapia ocupacional no âmbito do SUS. Ao final do Encontro, Prefeitura e Conselho acordaram sobre a importância da aproximação do Crefito5 com a gestão pública municipal, inclusive, a possibilidade de parcerias para o desenvolvimento de projetos que visem à qualidade de vida da população. Estiveram presentes na reunião o vice-presidente do Conselho, Antonio Alberto Fernandes; a diretora-secretária, Lenise Hetzel; e os conselheiros Mirtha Zenker, Mauro Felix e Tania Fleig. 31 Notícias Minha cidade, nossa profissão: Crefito5 e profissionais de Ijuí debateram políticas públicas e união da categoria 32 O Crefito5, através do projeto Minha Cidade, Nossa Profissão: Debatendo as Políticas Profissionais para Fisioterapia e Terapia Ocupacional, realizou na última sexta-feira, 27, reunião com os profissionais de Ijuí, quando foram discutidos temas como a união da categoria, a inserção das profissões de fisioterapia e terapia ocupacional dentro das políticas públicas, além da inclusão destes profissionais em demais esferas da gestão pública. O encontro contou com a presença de 23 profissionais da região e o Conselho foi representado pelas Comissões de Educação, Políticas Públicas e membros da diretoria. O encontro foi realizado na sede da Unijuí e o primeiro assunto da noite foram as políticas públicas e como elas interferem nas profissões de fisioterapia e terapia ocupacional. Os conselheiros destacaram, inclusive, como se dá o trabalho dos conselheiros Municipais de Saúde, e que o Crefito5 disponibiliza de cadeiras desocupadas no Conselho Municipal de Ijuí. O presidente da Comissão de Políticas Públicas, Mauro Félix, lembrou também que em reunião realizada com a Prefeitura de Ijuí foi destacada a importância das profissões de fisioterapia e terapia ocupacional, bem como a necessidade destas na estrutura administrativa de uma prefeitura. Ainda sobre este tópico, foi ressaltado aos profissionais que a partir desta atuação nas esferas públicas é que são obtidos e garantidos acesso dos serviços de fisioterapia e terapia ocupacional à população. Mas a discussão ainda foi além, após o debate sobre a importância de elevar a categoria na gestão pública, foi compartilhada a falta de união da categoria. Na ocasião, foi lembrado o desconhecimento sobre a importância de uma categoria unida e organizada, especialmente em casos como os de negociação com os planos de saúde, por exemplo. O vice-presidente do Conselho, Antonio Alberto Fernandes, mencionou o trabalho do associativismo que vem sendo apoiado pelo Conselho, e que em demais cidades já é realidade. Por fim, os profissionais aproveitaram o encontro para marcar uma nova reunião, no dia 10 de agosto, para reativar ou criar uma nova Associação de Fisioterapeutas dos profissionais de Ijuí e região, se for o caso. Ao final do encontro Minha Cidade, Nossa Profissão, os participantes destacaram a importância deste projeto, bem como da descentralização das reuniões, uma vez que o Conselho já realizou diversos encontros no interior do Estado para conhecer a realidade e discutir os problemas de cada região, com o objetivo de promover e fortalecer as profissões de fisioterapia e terapia ocupacional. Também foram enfatizadas a atuação do Crefito5 frente aos planos de saúde e em relação a união da categoria. Estiveram presentes neste encontro o vice-presidente do Crefito5, Antonio Alberto Fernandes; a diretorasecretária, Lenise Hetzel; e os conselheiros Mirtha Zenker, Mauro Felix e Tania Fleig. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Notícias Minha cidade, nossa profissão em Canela Na última sexta-feira, 31 de agosto, a Comissão de Políticas Públicas e de Educação, através do Projeto Minha cidade, nossa profissão, reuniu os profissionais da região da serra, na Associação Comercial e Industrial de Canela para debater as políticas profissionais para Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Na visita a região os conselheiros Mauro Félix, Lenise Hetzel, Luciana Wertheimer e Mirtha Zenker se reuniram em Nova Petrópolis com a secretária de Educação, Ladi Senger, e com a secretária de Saúde e Assistência Social, Aneliese Kich, às 10h. Às 14h os conselheiros do Crefito5 reuniram-se em Canela com o secretário de Assistência Social, João Carlos dos Santos, a subsecretária de Assistência Social Monica Bertolucci, o secretário de Obras e Planejamento, Luis Claudio da Silva, a secretária de Educação, Marluse Fagundes e, o secretário Administrativo Interino da Fazenda, Roberto Bassei, e às 16h os conselheiros do Crefito5 se reuniram com a secretaria de Saúde de Gramado, Ângela Soares. Ficou combinado que, ainda este ano, haverão outras reuniões com as prefeituras para apresentação do Crefito5 para todas as secretarias municipais, com o objetivo de desenvolvimento de concursos públicos nesta região, visto que apenas na cidade de Gramado tem profissionais concursados. Segundo a secretária de Saúde de Gramado, Ângela Soares, atualmente o município possui apenas dois fisioterapeutas e um terapeuta ocupacional concursados e está prevista a contratação de mais um fisioterapeuta aprovado no último concurso, realizado na cidade. Minha Cidade, Nossa Profissão realiza reunião em São Gabriel Percorrer o estado para conversar com os profissionais faz parte do itinerário do Crefito5, que no sábado, 01, através do projeto – Minha Cidade, Nossa Profissão – esteve em São Gabriel. Na ocasião, o vice-presidente do Conselho, Antonio Alberto Fernandes e os delegados regionais de São Gabriel, Santo Ângelo, Bagé e Pelotas, estiveram na cidade para escutar a realidade dos profissionais da região, bem como discutir estratégias de comunicação. O encontro foi dividido em dois turnos, pela manhã era destinado aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais da região e à tarde, para assuntos administrativos. A fim de estender as ações do Conselho para o interior do Estado e descentralizar a reunião trimestral dos delegados, foi adotada a integração JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 entre delegados e profissionais, pois, através destas, aumenta-se a perspectiva e encontram-se novos caminhos às profissões. Durante a reunião foi abordado o movimento associativo e a criação da Associação dos Fisioterapeutas de São Gabriel. Ainda, os profissionais tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre o parecer da dermatofuncional, publicado pelo Coffito, e o título de especialista. Após a discussão, foi realizada uma apresentação sobre a campanha institucional do Conselho, com as mídias e ações que serão realizadas em 2012, finalizando com a exibição dos vídeos institucionais, Casamento e Espera. A fim de que campanha possa adquirir maior abrangência, os delegados receberam cópias dos materiais institucionais deste ano. Durante a tarde a delegada de Bagé, Mariney Oliveira Silva, a delegada de Pelotas, Natacha Hoffmann, o delegado de Santo Ângelo, Ângelo Cortez Neto, receberam as cédulas de identidade do Crefito5. Também esteve presente o delegado de São Gabriel, Vanderlei Somavilla. 33 Notícias Reunião do Crefito5 com Residências Multiprofissionais do RS O Crefito5 reuniu-se no dia 12 de julho às 19h no Hotel Master Perimetral com os representantes das Residências Multiprofissionais do Rio Grande do Sul. O encontro foi solicitado pelo representante da Escola de Saúde Pública José Cláudio Araújo através de e-mail enviado ao Conselho. Na oportunidade esteve presente o presidente do Crefito5, Alexandre Doval, a diretora-secretária do Crefito5, Lenise Hetzel que juntamente com Ana Lúcia Soares, representaram a Comissão de Especialidades, e os conselheiros Mauro Félix, Carolina da Silva, Tânia Fleig e Mirtha Zenker que como membros da Comissão de Políticas Públicas do Crefito5, promoveram o encontro. No início do evento houve o acolhimento do presidente e, na sequência, o coordenador da Comissão de Políticas Públicas, o conselheiro Mauro, abriu para debates com base nos seguintes pontos norteadores: as Residências e as necessidades populacionais, as Residências e a colocação profissional e as Residências e a titulação profissional, solicitando que os profissionais colocassem ali suas angústias e necessidades com o objetivo do conselho poder, a partir dos relatos, desenvolver ações e construir os encaminhamentos desta reunião. O encontro contou com 20 fisioterapeutas e 15 terapeutas ocupacionais das seguintes Instituições: Universidade Federal de Santa Maria, Escola de Saúde Pública, Hospital São Lucas (PUCRS), Grupo Hospitalar Conceição e Instituto de Cardiologia, entre eles residentes, coordenadores e representantes de cada Residência. Os presentes relataram que não se busca o modelo de residência médica, se quer que a partir da habili- dade técnica de cada profissional seja desenvolvida a experiência compartilhada, sendo suas competências anteriores ao ingresso na residência. Também foi ressaltado que a formação em Residência não se assemelha em nada há uma formação em uma especialização, visto que os cursos possuem 5.000 horas de atendimento e ainda possuem o objetivo de formar o profissional que, após concluir a graduação, terá a experiência prática sob a orientação de um preceptor. Além disso, os residentes têm a formação e a inserção na saúde pública, além da promoção e prevenção de pacientes. Para os participantes a postura das graduações deveria ser a de incentivar a residência e não a especialização. Até porque a Residência Multiprofissional também forma o olhar político podendo os residentes tornarem-se gestores. Porém para eles ainda existe a necessidade de reconhecimento da residência como uma modalidade formativa entre os conselhos profissionais, visto que o MEC reconhece estas residências, pois não se trata de uma especialização acadêmica e nem possui a mesma ênfase na técnica como as especializações profissionais. Quanto ao campo de trabalho, para os profissionais formados nestas residências, foi ressaltado que existe abertura e inclusive percebesse que o residente apresenta qualificações diferenciadas, sendo bastante requisitado no mercado, o que pode ser constatado com o número alto de profissionais que ingressam nos concursos públicos oferecidos, mas ainda existe carência de postos de trabalho. 35 NOTíCiAS Crefito5 realizou reunião com delegados e profissionais em Santo Ângelo Com o objetivo de encurtar as distâncias e aproximar o Conselho dos profissionais, no dia 23, foi realizada a reunião com os delegados e os profissionais, em Santo Ângelo. Na ocasião estiveram presentes o vice-presidente do Crefito5, Antonio Alberto Fernandes, os delegados Ângelo Cortez, de Santo Ângelo; Vanderlei Sonavilla, de São Gabriel; Eliane Winkelmann, de Ijuí; Mariney Portela, de Bagé; Davi Gomes Mesquita, de Cruz Alta; Cristina Dill, de Panambi; Liana de Almeida Soldatelli, de Vacaria; Themis Goretti, de Tupanciretã; e nove profissionais da cidade. No turno da manhã a pauta do encontro foi a realidade dos profissionais da região, piso salarial, convênios e planos de saúde, principalmente parâmetros assistenciais e as tabelas TUSS e CH. A discussão fez com que surgisse a possibilidade da criação de uma associação para fortalecer a profissão na cidade e, até mesmo, representar a categoria em discussões com os planos de saúde. À tarde foi realizado o encontro dos delegados, quando o vice-presidente informou aos presentes sobre a próxima campanha institucional do Conselho e questionou quais os meios de comunicação e quais as expectativas e necessidades de cada região. Após, Fernandes destacou que a assessoria de comunicação do Conselho irá entregar, na próxima reunião, um material para auxiliar os delegados na representação do Crefito5 e das profissões no dia 13 de outubro, data em que se comemora do dia do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional. No final da reunião, os delegados mencionaram que novo formato dos encontros, de forma descentralizada, é bastante produtivo principalmente pelo apoio e presença dos profissionais da região. O próximo encontro dos delegados deverá ser realizado no dia 1º de setembro, em São Gabriel. Acompanhe as notícias do Crefito 5 no site ou pelas redes sociais www.facebook.com/crefito5 www.twitter.com/crefito5 COFFiTO discute formação de recursos humanos no SUS O COFFITO esteve presente na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, no último dia 21, em Brasília. O tema em discussão foi o ordenamento da formação de recursos humanos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da educação permanente na área da saúde. Durante a reunião foram debatidas, pela intervenção do COFFITO, questões como a mudança de paradigma do modelo médico-centro ou doença-centro para as ações em saúde, executadas pelos atores de saúde, visando o bem comum. Um exemplo disso, é o que acontece com aldeias indígenas e outras populações – como as de campo, onde há saúde, embora haja um número reduzido de atendimentos médicos. JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 Entrou em discussão, ainda, a importância de investimento na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – no SUS, única com ações terapêuticas e práticas populares executadas por todos os recursos humanos do SUS. Além de outras questões como serviço civil público obrigatório, plano nacional único de carreiras e salários, residência multiprofissional, profissionalização da gestão no serviço público de saúde, entre outras. Membros de associações e instituições representativas das profissões de saúde também foram convidados para a reunião. Fonte: Coffito 37 AGENDA Programe-se: Eventos em 2012 Congresso de Educação em Saúde da Amazônia (COESA) Data: 17 a 19 de outubro de 2012 Local: Centro de Eventos Benedito Nunes, na UFPA - Belém/PA Informações: www.coesa.ufpa.br V Simpósio de Fisioterapia do HC-FMUSP e XiV Jornada de Fisioterapia Respiratória do inCor Data: 20 a 21 de outubro de 2012 Local: Centro de Eventos Rebouças – São Paulo/ SP Informações: www.simposiofisioterapia.com 38 Vii Encontro de Reabilitação e iV encontro de ex-residentes na Área de Traumatologia e Ortopedia Data: 25 a 27 de outubro de 2012 Local: Santa Casa - Porto Alegre/RS Informações: www.santacasa.org.br/eventos Congresso Sul-Brasileiro de Fisioterapia Hospitalar Data: 25 a 27 de outubro de 2012 Local: Bristol Metropole Hotel – Maringá/ PR Informações: www.associacaodefisioterapia.com.br 7° Congresso nacional de Terapia Ocupacional Data: 26 a 27 de outubro de 2012 Local: Penafiel – Lisboa/ PT Informações: www.ap-to.pt SFVS promove festa de 10 anos Data: 26 de outubro de 2012 Local: Salão Atlantis do OK Center Novo Hamburgo/RS Informações: www.sociedadefisioterapia.com.br/ Congresso Brasileiro de Fisioterapia Dermatofuncional Data: 08 a 10 de novembro de 2012 Local: Mar Hotel – Recife/PE Informações: www.abrafidef.org.br 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva Data: 14 a 18 de novembro de 2012 Local: UFRGS - Porto Alegre/RS Informações: www.saudecoletiva2012.com.br ii Congresso Brasileiro de Fisioterapia Manipulativa e Musculoesquelética (COBRAFiMM) Data: 14 a 17 de novembro de 2012 Local: Centro de Convenções Rebouças – São Paulo/SP Informações: www.cobrafimm.com.br 2º Congresso Brasileiro de Fisioterapia neurofuncional – COBRAFin Data: 15 a 17 de novembro de 2012 Local: Hotel Windsor Guanabara Rio de Janeiro/RJ Informações:metaeventos.net/IICOBRAFIN/ JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 AGENDA Dica de filme:“INTOCÁVEIS” Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático. De início, eles enfrentam vários problemas, já que ambos têm temperamento forte, mas aos poucos passam a aprender um com o outro. Diretores: Olivier Nakache e Eric Toledano França/2011 Dicas de leitura: “A QUEDA - MEMÓRIAS DE UM PAI EM 424 PASSOS” Neste livro o autor apresenta memórias sobre seu filho Tito. Vítima de erro médico em um hospital de Veneza, Tito nasceu com paralisia cerebral. O autor procura mostrar como a relação com o filho norteou sua vida desde então, e como ele lida com a culpa e os culpados pela paralisia de Tito. Autor: MAINARDI, Diogo Editora: Record “O FUTURO DA HUMANIDADE” Ao entrar na faculdade cheio de sonhos e expectativas, Marco Polo se vê diante de uma realidade dura e fria - a falta de respeito e sensibilidade dos professores em relação aos pacientes com transtornos psíquicos, que são marginalizados e tratados como se não tivessem identidade. Indignado, o jovem desafia profissionais de renome internacional para provar que os pacientes com problemas psiquiátricos merecem mais atenção, respeito e dedicação - e menos remédios. Acreditando na força do diálogo e da psicologia, ele acaba causando uma revolução nas mentes e nos corações das pessoas com quem convive. Autor: CURY, Augusto Editora: Arqueiro JULHO/AGOSTO/SETEMBRO/2012 39 PARA USO DOS CORREIOS Desconhecido Falecido Mudou-se Recusado End. Insuficiente Não existe o n.º indicado Ausente __________________________ Reint. ao Serviço postal em: _____ / _____ / _______ __________________________ Ass. Responsável __________________________ Avenida Palmeira, 27 - 403 CEP: 90470-300 – Porto Alegre