Apresentação Atípica do Linfoma Linfoblástico T: Relato de Caso

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Estrongiloidíase disseminada em paciente
portador de Espondiloartrite: Relato de caso
Anna Luiza Leal Chaves¹; Michelle Ramos da Silva ¹;Ludmila Quintão Uhebe¹; Lisa Mielke de Oliveira¹;
Yara Abrão Vasconcelos Vivas¹.
1. Hospital Madre Teresa , Belo Horizonte, Minas Gerais , Brasil.
Introdução/ Justificativa
Delineamento / Métodos
Estrongiloidíase disseminada é uma
parasitose rara, de difícil diagnóstico, que acomete
Informações
coletadas
por
imunossuprimidos. A mortalidade pode chegar a
anamnese,
exame
físico,
exames
87% dos casos. Apresenta-se de forma crônica e
assintomática nestes indivíduos e com poucos complementares, acompanhamento clínico,
relatos da doença acometendo portadores de revisão do prontuário e da literatura.
espondilite anquilosante.
Figura 1: Presença de larvas de Strongiloides stercoralis no lavado
Objetivos
Descrever um caso de estrongiloidíase
disseminada em um paciente portador de
espondiloartrite, em tratamento reumatológico
imunossupressor.
broncoalveolar ( BAL)
O paciente persistiu com a tosse,
agora com hemoptóicos e evoluiu com
instabilidade clinica, sendo encaminhado para
S.A.S, masculino, 50 anos, portador
unidade de terapia intensiva. Prosposto e
de espondilite anquilosante, em uso de
realizado uma broncoscopia com lavado
prednisona e metotrexato há 2 anos, foi
bronquioalveolar, constatou-se larvas de
encaminhado ao hospital com quadro de tosse,
Strongiloides stercolares, confirmando o
dispnéia, diarréia há 3 semanas e
perda
diagnóstico de estrongiloidíase disseminada.
ponderal de 7 Kgs em 30 dias. Trazia uma
Deste modo, foi iniciado tratamento com
tomografia computadorizada de tórax com
ivermectina oral por 6 dias, sem sucesso da
achados sugestivos de pneumocistose, já em uso
terapêutica, ocorrendo óbito durante o
de
levofloxacino,
metronidazol
e
tratamento.
Sulfametoxazol/trimetoprima,
que
foram
mantidos inicialmente. Também havia recebido
albendazol por 5 dias, devido a uma eosinofilia
Figura 2: larvas de Strongiloides stercoralis no lavado broncoalveolar
constata em exame previo.
( BAL)
Evoluiu com hiporexia, inapetência e
hematoquezia. Sendo realizada endoscopia
digestiva
alta
que
visualizou
ulceras
esofageanas, em estomago e intestino, sem
indícios de doença inflamatória intestinal. Nesse
momento, foi iniciado tratamento empírico para
CMV/herpes zoster, e suspenso demais
antimicrobianos, sem resposta clínica.
Resultados
Conclusões / Considerações
finais
Os
achados
clínicos
da
estrongiloidíase são inespecíficos, mas sintomas
gastrintestinais ou pulmonares inexplicados,
em pacientes susceptíveis, devem ser sinais de
alerta. Dispnéia, tosse, hemoptise, hipoxemia,
dor, distensão abdominal, e choque são
manifestações freqüentemente descritas nas
formas disseminadas da parasitose. Entretanto,
os tratamentos atuais estão associados a
elevadas taxas de insucesso e novos fármacos ou
vias de administração ainda necessitam de
maiores estudos para segurança do uso.
Bibliografias
1- BARBERI, O. Estrongiloidíase Disseminada:
Diagnóstico Tratamento. Rev. Bras. Terapia
Intensiva, São Paulo (2007), 19(4).
2- BRAZ, A. S. et al. Recomendações da
Sociedade Brasileira de Reumatologia sobre
diagnóstico e tratamento das parasitoses
intestinais em pacientes com doenças
reumáticas autoimunes. Revista Brasileira de
Reumatologia (2014).
3- FERREIRA, C. J. A. et al. Fatal disseminated
strongyloidiasis after kidney
transplantation. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical, (2012), 45(5),
p. 652-654.
Endereço para correspondência:
E-mail: [email protected]
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