Belo Horizonte, 8 de janeiro de 2016. Prezado Cliente, Enfim começamos um novo ano com oportunidade de melhorias no cenário econômico do país, que atravessa um período de muita fragilidade. Externamente, embora o ano tenha sido bem mais positivo, possíveis turbulências advindas principalmente da China ainda podem trazer mais dificuldades. Os dados econômicos atestam o quão frágil se encontra a economia brasileira: Tivemos um recuo de quase 4,0% no PIB de 2015, após um crescimento pífio em 2014 (para este ano é esperada nova queda de aproximadamente 2,0%); a inflação oficial fechou o ano em 10,67%, muito acima da meta de 4,5% a.a. e ainda sem perspectiva de arrefecimento; a Taxa de Desemprego (PME) que era de 4,8% em novembro de 2014 já estava em 7,5% no mesmo mês de 2015 (perda líquida de mais de 1,5 milhões de postos de trabalho segundo dados do CAGED). A mudança no Ministério da Fazenda e a aprovação, pelo congresso, de uma nova redução da meta de Superávit Fiscal para 2015 não foram capazes de acalmar o mercado. Apesar do discurso de empenho na condução do Ajuste Fiscal adotado pelo novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a desastrosa combinação da política fiscal praticada, aliada às altas taxas de juros, coloca a evolução de nossa dívida em uma trajetória cada vez mais perigosa. No front externo os Estados Unidos seguem mostrando dados positivos, ainda que o receio quanto a um pouso mais acelerado da China seja evidente. A maior economia do mundo mostrou, em dezembro, números expressivos no mercado de trabalho e estimativa de crescimento do PIB da ordem de + 2,2%. Neste ambiente, o Federal Reserve optou, no último dia 16, pela elevação da Taxa de Básica de Juros pela primeira vez em sete anos (a alta de 0,25p.p. levou os juros para faixa entre 0,25 e 0,50%a.a.). Chama atenção a grande depreciação das commodities, com destaque para o Petróleo que chegou a ser negociado próximo dos US$ 30,00 (menor patamar desde junho de 2004), decorrência das incertezas recorrentes quanto à real situação da economia chinesa. No início deste mês, com o fim das medidas adotadas pelo governo Chinês para segurar os índices acionários no país, a bolsa chinesa despencou e levou junto boa parte dos mercados globais. Em suma, o ano que se inicia deverá ser mais um ano difícil. O Brasil precisa retomar a confiança perdida e voltar a atrair investimentos capazes de nos recolocar no caminho do crescimento econômico e social. Porque potencial sabemos que o país tem. Atenciosamente, BANCO BONSUCESSO S/A Equipe de Investimentos