Antônio Roberto de Faria Júnior

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FACULDADE DE PARÁ DE MINAS
Curso de Administração de Empresas
Antônio Roberto de Faria Júnior
A COMPETITIVIDADE ENTRE AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS:
O mercado de revenda de veículos novos e usados na cidade de Pará de Minas
Pará de Minas
2012
Antônio Roberto de Faria Júnior
A COMPETITIVIDADE ENTRE AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS:
O mercado de revenda de veículos novos e usados na cidade de Pará de Minas
Monografia apresentada à Faculdade de Pará
de Minas, ao Curso de Administração de
Empresas, como requisito parcial de
avaliação, sob orientação do Prof. Ednei
Duarte.
Pará de Minas
2012
Antônio Roberto de Faria Júnior
A COMPETITIVIDADE ENTRE AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS:
O mercado de revenda de veículos novos e usados na cidade de Pará de Minas
Monografia apresentada à Faculdade de Pará
de Minas, ao Curso de Administração de
Empresas, como requisito parcial de
avaliação, sob orientação do Prof. Ednei
Duarte.
Aprovada em _______/________/________
______________________________________
Orientador Professor Ednei Duarte
________________________________________
Examinador
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Principais áreas e problemas enfrentados pelas MPME..........................13
Figura 2 – Modelo de estímulo e resposta................................................................20
Figura 3 – Influências ambientais..............................................................................23
Figura 4 – Processos psicológicos............................................................................25
Figura 5 – O processo decisório do consumidor.......................................................27
RESUMO
As micro e pequenos empresas têm intensificado sua posição mesmo perante a
ausência de apoio proporcional à sua participação econômica. Tais empresas têm
um relevante papel econômico e social nas economias capitalistas no que se refere
à geração de emprego e renda, possuindo uma série de vantagens, dentre as quais
a sua maior capacidade de flexibilidade e agilidade para se adaptarem às mudanças
ocorridas no ambiente onde encontram-se inseridas. O presente trabalho tem por
intuito apresentar o diagnóstico de mercado de empresas que trabalham no setor de
automóveis na cidade de Pará de Minas-MG, mais especificamente, que
comercializam caminhões. O Brasil tem um veículo para cada nove habitantes, em
média, o que, mercadologicamente, pode-se considerar o mercado brasileiro
possuidor de grande potencial de crescimento. Para que uma marca de automóveis
consiga conquistar o consumidor ou ser eleita por ele como sua próxima aquisição,
os respectivos profissionais deste mercado precisam seguir alguns movimentos do
seu público-alvo. Por isso, foi realizado um estudo, a partir de pesquisa bibliográfica
e de campo, com questionários aplicados na empresa estudada e nas empresas
concorrentes, que demonstraram a evolução deste segmento de mercado na cidade
de Pará de Minas-MG.
Palavras-chave: Micro e pequenas empresas. Setor automobilístico. Revenda de
veículos. Competitividade.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................6
1.1 Considerações iniciais ......................................................................................6
1.2 Situação problemática .......................................................................................6
1.3 Objetivos .............................................................................................................6
1.3.1 Objetivo geral ....................................................................................................6
1.3.2 Objetivos específicos...........................................................................................7
1.4 Justificativa .........................................................................................................7
1.5 Caracterização da empresa ...............................................................................7
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................9
2.1 A definição e importância econômica das micro, pequenas e médias
empresas ...................................................................................................................9
2.2 O Papel e as Características das Micro, Pequenas e Médias Empresas no
Contexto Político, Econômico e Social do Brasil ................................................10
2.3 Gestão de micro, pequenas e médias empresas ...........................................11
2.3.1 Gestão das MPME no Brasil ...........................................................................15
2.3.2 Gestão estratégica ..........................................................................................18
2.4 O mercado de veículos no Brasil e o comportamento do consumidor .......20
2.4.1 Fatores culturais ..............................................................................................23
2.4.2 Fatores sociais ................................................................................................23
2.4.3 Fatores pessoais .............................................................................................25
2.4.4 Fatores psicológicos ........................................................................................25
2.5 O processo de decisão de compra de um automóvel ...................................27
2.6 A segmentação de mercado ............................................................................30
3 METODOLOGIA ...................................................................................................32
3.1 Natureza da pesquisa .......................................................................................32
3.2 Abordagem da pesquisa ..................................................................................32
3.3 Tipo de pesquisa ..............................................................................................32
3.4 Procedimentos utilizados na pesquisa ..........................................................33
3.5 Universo, amostra e período de estudo .........................................................33
3.6 Coleta de dados ................................................................................................33
3.7 Análise e discussão dos resultados ...............................................................34
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................35
4.1 Sugestões de melhoria para a empresa .........................................................43
5 CONCLUSÃO .......................................................................................................44
REFERÊNCIAS.........................................................................................................46
ANEXO .....................................................................................................................48
6
1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações iniciais
A globalização, que é um fenômeno mundial e que atinge todos os países,
tem como elemento catalisador a combinação do crescente movimento de
liberalização e o crescimento dos mercados de capitais. Com o advento das
tecnologias de informação, a competitividade nestes mercados tornou-se ainda
maior.
O desenvolvimento de novas tecnologias e sua difusão universal impõem um
novo padrão de mudança institucional e de acúmulo de conhecimento.
É neste cenário que se encontram, atualmente, as micro e pequenas
empresas.
Como se sabe, as micro e pequenas empresas sofrem impactos ainda mais
intensos dos desafios competitivos contemporâneos.
Nesse contexto, as pequenas e micro empresas competem, buscando antes
de tudo assegurar sua sobrevivência. Neste trabalho teórico, pretende-se aumentar
o conhecimento a respeito deste tipo de empresas, bem como as vantagens
competitivas que as mesmas podem utilizar para se manter no mercado.
1.2 Situação problemática
Quais as vantagens competitivas a serem utilizadas pelas micro e pequenas
empresas diante do atual mercado de revenda de veículos novos e usados na
cidade estudada?
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
Analisar os conceitos e as características das micro e pequenas empresas,
analisando suas vantagens e desvantagens.
7
1.3.2 Objetivos específicos
1. Conceituar micro e pequena empresa;
2. Verificar as características e as diferenças entre micro e pequenas empresas;
3. Analisar as vantagens e desvantagens que oferecem o mercado para as
micro e pequenas empresas;
4. Demonstrar, através da análise de dados, o cenário mercadológico de
revenda de veículos onde estão inseridas as micro e pequenas empresas na
cidade estudada, bem como a competitividade entre elas.
1.4 Justificativa
Diante do atual cenário de revenda de veículos onde estão inseridas as micro
e pequenas empresas na cidade de Pará de Minas, é importante trazer uma
pesquisa de mercado sobre a competitividade entre estas empresas. É importante
para o administrador inserido nesse cenário, as respectivas vantagens e
desvantagens, assim como a caracterizam de micro e pequena empresa, tornando
mais fácil a tomada de decisão e a montagem de um plano estratégico.
A estratégia de negócio está voltada para decisões que envolvem a natureza
da pequena e micro empresa, por isso, o administrador deve estar atento à tática
utilizada para manter-se no mercado e buscar novos clientes.
O administrador, neste caso, deve entender o mercado no qual está inserido e
as vantagens e desvantagens que possui seu negócio para que possa desenvolver
uma estratégia e obter sucesso em seu empreendimento.
Atualmente, principalmente empresas de maior porte, não estão mais focando
seus objetivos em lucro, o cliente é o foco principal. Isso mostra a necessidade das
MPME se adequarem a essas novas estratégias, para se manterem vivas no
mercado e gerando a competitividade, buscando assim seus objetivos.
8
1.5 Caracterização da empresa
A empresa estudada é a Cargus Veículos Ltda, que iniciou suas atividades
em março de 2000 e fica localizada na Av. Ovídio de Abreu, 1175, Jardim das
Piteiras, Pará de Minas-MG.
Sua atividade principal é o comércio por atacado de caminhões novos e
usados.
9
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A definição e importância econômica das micro, pequenas e médias
empresas
Longenecker et al. (2011) classifica como pequenas empresas as que
possuem menos de 100 funcionários, incluindo as microempresas. Nas médias
empresas, o número de funcionários é de 100 a 500. Para facilitar a comparação
entre empresas de países com características intrínsecas mais intensas, algumas
organizações internacionais como a OCDE e o BIT delimitaram um total de até 100
funcionários por negócio.
Para o Sebrae, a classificação sobre o parte de empresas brasileiras é:
a) De 1-19 – Microempresa;
b) De 20-99 – Pequena empresa;
c) De 100-499 – Média empresa;
d) Mais de 500 funcionários – Grande empresa.
De acordo com Cezarino e Campomar (2006), para setores mais dinâmicos,
muitos pesquisadores adotam o critério de valor de faturamento anual para
classificar o porte das empresas.
Barros (2005) afirma que as micro e pequenas empresas têm assumido uma
importância crescente na economia. Reduzem o risco de problemas inflacionários,
decorrentes da existência de oligopólios com grande poder sobre o estabelecimento
de preços no mercado. Para o autor, no Brasil, representam 70% da força de
trabalho e 21% do PIB nacional. Quanto ao total de estabelecimentos, representam
cerca de 98% deles
Os micro e pequenos negócios têm intensificado sua posição mesmo perante
a ausência de apoio proporcional à sua participação econômica.
Barros (2005) descreve que as MPME (micro, pequenas e médias empresas)
atuam geralmente em setores mais tradicionais da economia, como o comércio
varejista e serviços. No setor manufatureiro, as MPME apresentam participação
menor.
10
As políticas de inovação voltadas para estas empresas podem ser um
instrumento de estímulo ao crescimento e à competitividade de setores e de regiões.
Entretanto, a heterogeneidade do universo destas empresas torna difícil a
implementação de políticas de inovação a elas destinadas.
2.2 O Papel e as Características das Micro, Pequenas e Médias Empresas no
Contexto Político, Econômico e Social do Brasil
O desenvolvimento empresarial em uma dada região ou setor econômico
deve
envolver
conjunto
de
atividades
destinadas
a
estimular
o
espírito
empreendedor em uma sociedade e favorecer a criação de novas empresas e
oferecer condições para sobrevivência e desenvolvimento das já existentes.
As MPME são fortes geradoras de empregos e renda, sendo consideradas o
motor do desenvolvimento econômico de uma sociedade, uma vez que, segundo
Cândido e Abreu (2000), por uma questão natural, os seus negócios tendem ao
crescimento, são estimuladores da competência e como conseqüência, produzem
grandes trocas nos participantes dos mercados e na política de preços e são
permanente fonte de inovação, já que sua necessidade de descobrir e desenvolver
novas oportunidades em mercados que se encontram estancados, obriga a estas
empresas a ter a inovação como uma prática constante, como uma condição
imprescindível para a obtenção das devidas condições para a competitividade.
Para Barros (2005) as MPME têm um relevante papel econômico e social nas
economias capitalistas no que se refere à geração de emprego e renda, possuindo
uma série de vantagens, dentre as quais a sua maior capacidade de flexibilidade e
agilidade para se adaptarem às mudanças ocorridas no ambiente onde encontramse inseridas.
Para Cândido e Abreu (2000), as MPME, em geral, conseguem reunir as
competências e qualificações para acompanhar rapidamente seus concorrentes, em
função da sua maior capacidade de diversificação e flexibilidade. No entanto, poucas
empresas estão dispostas a correr o risco de inovar. Nas MPME, a avaliação e o
risco econômico é mais influenciado pela intuição, o que em determinadas
11
circunstâncias pode representar uma vantagem que se manifesta em maior
flexibilidade e capacidade de adaptação a novas restrições.
Por outro lado, problemas de gestão podem se acumular sem serem
claramente diagnosticados até que apareçam na forma de dificuldades financeiras
de tal monta que podem inviabilizar o funcionamento da empresa.
Isto ocorre, segundo Cândido e Abreu (2005) por um conjunto sistêmico de
problemas com os quais as empresas convivem, trazendo a necessidade de
identificar e compreender certas características de ordem conjuntural e relacionadas
a questões internas. De um modo geral, as MPME são caracterizadas pela sua
baixa capacidade competitiva; por políticas de treinamento ineficientes e
inadequadas; pela inexistência de um sistema de custos; pelo atraso e deficiência
tecnológica; pela falta de orientação para o mercado; pela escassez de recursos
econômicos; pela pouca participação nos mercados internacionais e, pelos poucos
investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento.
As dificuldades de definição do conceito de MPME e o peso do setor informal
na economia brasileira levam a diferentes visões sobre a importância destas
empresas na economia do país.
Segundo La Rovere (2002), as perspectivas destas empresas no que se
refere à geração de renda diferem de acordo com condições setoriais, locais e de
inserção no mercado externo. Estudos sobre o desempenho competitivo das
MPMEs indicam que existem limitações a este desempenho que são comuns às
empresas de países desenvolvidos e em desenvolvimento, tais como máquinas
obsoletas, administração inadequada e dificuldades de comercialização de seus
produtos em novos mercados.
2.3 Gestão de micro, pequenas e médias empresas
Pode-se notar que a relevância das MPME é inquestionável para o bem-estar
econômico, pois “elas produzem uma parte substancial do total de bens e serviço” e,
além disso, “na medida em que fornecem novos empregos, introduzem inovações,
12
estimulam a competição, auxiliam as grandes empresas e produzem bens e serviços
com eficiência”. (LONGENECKER et al., 2011, p. 64).
De acordo com Moraes, Terence e Escrivão Filho (2004), as pequenas
organizações possuem cinco características relevantes no processo estratégico e
que podem ser vistas como particularidades em comparação às empresas de
grande porte:
a) técnicas
e
procedimentos
administrativos
pouco
desenvolvidos
ou
inexistentes, para avaliar com regularidade a posição estratégica e controlála, de modo que as informações relevantes para o processo estratégico nem
sempre estão disponíveis ou são confiáveis, a natureza destas informações é
mais qualitativa do que quantitativa e os agentes em geral não sabem que
informações são estrategicamente importantes;
b) membros da administração ou colaboradores são em geral pessoas formadas
na prática do trabalho quotidiano, de forma que os dirigentes estabelecem a
estratégia confiando em informações e experiências armazenadas em sua
memória, fator que influencia diretamente não apenas a maneira como o nível
hierárquico inferior percebe suas tarefas e seus métodos de trabalho mas
também seu próprio modo de comunicação com os superiores;
c) tipos de atividade (produtos, tecnologias, serviços, know-how) planejados em
número limitado, na maioria das vezes para alcançar um grupo específico de
consumidores ou determinadas áreas geográficas, o que contribui para que
estas empresas tenham uma base comercial mais restrita em relação às
grandes e sejam mais vulneráveis a um declínio da atividade comercial;
d) recursos
e
capacidade
restritos,
especialmente
quanto
ao
capital
(empréstimos difíceis e fluxo de caixa reduzido) e à formação daqueles que
atuam na administração e assessoria cujas habilidades e informações
necessárias ao planejamento estratégico adequado são com freqüência
insuficientes. Assim, além do tamanho da empresa, também a atitude dos
dirigentes configura-se como barreira ao processo estratégico;
e) cargos administrativos e algumas atividades em geral sob a responsabilidade
de membros da família do fundador da empresa, o que favorece uma
presença maior de argumentos não racionais no processo de tomada das
decisões estratégicas importantes.
13
Conforme Barros (2005), as especificidades das pequenas empresas,
sobretudo seu papel de geradoras de empregos, despertaram a atenção de
observadores que acreditam ser o conhecimento mais profundo da gestão neste
setor um aspecto que contribui para ajudar a administrá-lo e, conseqüentemente,
para diminuir a taxa de mortalidade de que são vítimas suas empresas.
Moraes, Terence e Escrivão Filho (2004), classificam as características
específicas das empresas de pequeno porte em três tipos: as organizacionais, que
se relacionam à forma como se estruturam e organizam; as decisionais, que se
referem à sua maneira de tomar decisão e as individuais, que relacionam o
comportamento do seu dirigente no exercício de suas funções.
O processo estratégico nas pequenas organizações deve ser um contínuo
aprendizado. Com o tempo, seus membros vão aprendendo cada vez mais sobre as
capacidades e limitações destas empresas, as ameaças e oportunidades de seu
ambiente e o próprio processo.
Consequentemente, segundo Moraes, Terence e Escrivão Filho (2004), a
gestão estratégica de seu ambiente não precisa ser cara, exigindo grande
investimento em tecnologia complexa, quantitativa ou mesmo muito formal, podendo
ser realizada em escala modesta, com participação de funcionários e concentração
nas informações relevantes para seu negócio e suas necessidades.
Longenecker et al (2011) afirmam a importância de se estabelecerem
condições que favoreçam o pensamento estratégico nas pequenas empresas, de
forma que venham a ter base para competir em um ambiente de mudanças rápidas.
A atual pressão ambiental, gerada pela crescente competitividade, parece impor,
para as pequenas empresas, a necessidade de atuarem na coleta de informações
do ambiente – clientes, fornecedores, concorrentes e agentes legais, sociais e
tecnológicos, entre outros.
Estas informações são muito úteis para tais organizações, em particular no
processo decisório. Entretanto, como o pequeno empresário não tem consciência da
importância da análise ambiental, não percebe a necessidade de se fazer um
esforço objetivo e imaginoso para averiguar as possibilidades futuras. Nota-se ainda
que, nas empresas de pequeno porte, o tempo despendido na procura de
informações é variável e não é gasto de modo sistemático.
14
Para Moraes, Terence e Escrivão Filho (2004), as informações necessárias
para o processo estratégico da empresa de pequeno porte, na visão dos
empresários, dependem da situação da empresa, ou seja, se está em dificuldades
financeiras, necessita de informações do sistema financeiro ou se o mercado está
favorável, necessita de informações sobre clientes e assim por diante. Este enfoque
denota uma necessidade situacional e até mesmo reativa.
Assim, alguns dos principais problemas enfrentados pelas MPME no Brasil,
podem ser destacados no quadro abaixo:
ASPECTOS
Gestão
Poder de negociação
Custos
Estratégia de mercado
Finanças
Escala
Produção
Estrutura de vendas
Capacitação
Diversificação de produtos
Aceitação no mercado
PROBLEMAS
Deficiência na condução
Falta de delegação
Desconhecimento de variáveis
macroeconômicas
Frente a fornecedores e clientes
Frente a entidades financeiras
Frente a organismos públicos
Escassez e/ou ausência de uma política
de custos
Falta de organização na comercialização
Falta de planos de vendas
Necessidade de maior vinculação com o
mercado
Dificuldade no tratamento e variáveis
macro e microeconômicas
Dificuldades em conseguir crédito por ter
garantias insuficientes
Dificuldade em obter e manter capital de
giro
Baixos níveis de produtividade
Escasso planejamento
Obsolescência tecnológica
Necessidade de dimensionamento
Escassa força de vendas
Falta de motivação nos diferentes níveis
Escasso treinamento
Falta de informação
Necessidade de dimensionamento
Falta de especialização
Escassa participação
Posicionamento
Figura 1 - Principais áreas e problemas enfrentados pelas MPME. Fonte: CÂNDIDO; ABREU, 2000.
Como o pequeno empresário não possui conhecimento amplo das diversas
informações que podem ser úteis à sua empresa nem de suas respectivas fontes,
15
assim como sabe pouco sobre as atividades de seus concorrentes, a utilização que
faz das informações é inferior ao nível de importância que atribui a elas.
2.3.1 Gestão das MPME no Brasil
No Brasil, segundo Cândido e Abreu (2000) a despeito da significativa
atenção que as MPME têm merecido nos últimos vinte anos, quando estas têm sido
alvo de inúmeras políticas voltadas para a criação de emprego e promoção do
crescimento, elas na verdade continuam a enfrentar grandes obstáculos.
Cândido e Abreu (2000) ainda dispõe que as principais barreiras que
prejudicam o desenvolvimento das MPME tem origem nas dificuldades de acesso a
vários instrumentos, tais como: 1) insumos e componentes, 2) crédito, 3) tecnologia,
4) mercados, 5) órgãos públicos. A maioria dos problemas podem ser resumidos nas
categorias: 1) falta de recursos próprios; 2) política de oferta de crédito inadequado;
3) ausência de pessoal qualificado e 4) falta de predisposição para mudança por
parte dos seus dirigentes.
Para Cândido e Abreu (2000), as soluções para estes problemas passam
necessariamente, pela adoção de políticas que viabilizem a sua sobrevivência e
crescimento, envolvendo: 1) financiamento para criação e expansão; 2) programa de
capacitação técnica e gerencial; 3) estímulos à regularização fiscal, trabalhista e
previdenciária e 4) criação de um sistema de informação de mercado e de
oportunidades de negócios. Todos estes problemas são de difícil solução, mormente
se encarados pelas firmas de forma isolada.
De acordo com Longenecker et al (2011) um conjunto de problemas típicos
das MPME inseridas em mercados competitivos , tais como baixa produtividade,
deficiências de marketing, baixa qualidade, tendência à imitação entre os
competidores, etc., explica a razão pela qual a sobrevivência individual de cada
empresa esteja permanentemente ameaçada.
Uma decorrência dessas deficiências é que essas empresas encontram
dificuldades para oferecer um sistema completo de valores. As deficiências de
serviço e de aspectos complementares impede que seus produtos se tornem
16
dominantes no mercado, abrindo-se espaço para a ação de concorrentes, na maioria
das vezes de grande porte, que acabam lançando um produto semelhante com as
mesmas características e atributos, porém, com um benefício ampliado e acabam
por ocupar aquele nicho de mercado.
Para Moraes, Terence e Escrivão Filho (2004) recuperar o atraso tecnológico
e gerencial as empresas precisam investir em novas tecnologias de processo e de
produtos em nível da produção e na reciclagem constante de seus recursos
humanos. No que refere-se a tecnologias de gestão, as empresas precisam
incorporar novos conceitos, modelos e técnicas de administração que impactem a
empresa como um todo. No caso das MPME a superação destes desafios é mais
difícil de ser alcançada pelas características e pelos problemas aqui identificados.
Neste sentido, Barros (2005) parte do princípio de que as MPME
isoladamente não têm condições de arcar com os investimentos necessários neste
sentido. E, que a solução seria uma forma de atuação conjunta e associativa, na
qual pudessem compartilhar os investimentos e benefícios resultantes de projetos
conjunto, envolvendo troca de informações, compartilhamento de custos e
benefícios de projetos gerenciais e tecnológicos direcionados para a solução de
problemas comuns.
Os novos modelos organizacionais baseados na formação de alianças,
parcerias são alternativas viáveis para superar a maior parte dos problemas
enfrentados pelas MPME.
Atuando de forma articulada e em parceria, as MPME poderão obter as
devidas condições de sobrevivência, crescimento e competitividade, podendo
concorrer com grandes empresas e ampliar sua participação nos mercados
nacionais e internacionais.
De modo geral, uma rede de PME’s seria um conjunto de empresas,
participando de um mesmo negócio, de forma autônoma e harmônica, operando em
um regime de intensa cooperação, onde cada uma das firmas executa uma ou mais
etapas
do
processo
de
produção,
comercialização
e
distribuição
de
produtos/serviços, assim como a complementaridade de práticas gerenciais.
Para Longenecker et al (2011) as empresas modernas têm um conjunto de
características surgidas a partir de um enfoque direcionado para a cooperação
dentro das organizações e entre empresas, pela formação em Rede(networks) entre
17
fornecedores/produtores, usuários, consumidores e, até empresas concorrentes.
Estas características sublinha a inequívoca obsolescência do modelo vertical
hierarquizado de empresas. Os desafios competitivos contemporâneos impõem à
gestão empresarial a tarefa de definir e implementar políticas de organização e
operação - indutoras de comportamentos orientados para a melhoria contínua de
seus produtos/serviços e da eficiência dos seus processos.
Neste sentido, são necessárias ações explícitas para que a força de trabalho
esteja orientada para criar, adquirir e transformar conhecimentos, e modificar
comportamentos para incorporar novos conhecimentos. A participação extensiva e
intensiva da força de trabalho no processo de aprendizagem requer ampla
disseminação de atividades empreendedoras em toda a organização.
Longenecker et al (2011) apontam duas questões básicas que dificultam a
modernização das MPME no contexto político, econômico e social brasileiro, quais
sejam: a política industrial executada ao longo dos anos desconheceu o papel das
micro, pequenas e médias empresas na inovação tecnológica e como geradoras de
emprego e renda. Neste sentido eles apontam que a massificação do atendimento
às necessidades das MPME permitirá a criação de novos empregos, aproveitamento
da mão-de-obra excedente fruto da modernização tecnológica, maior flexibilidade
produtiva e viabilização de fornecedores qualificados. Esta nova postura das MPME
exigirá nova postura dos atores direta e indiretamente envolvidos, além de
instrumentos adequados para análise e controle.
Em geral, nas empresas nacionais ainda prevalecem organizações familiares
e formatos empresariais incipientes. O desafio competitivo para essas empresas não
é fácil, implicando processos de fusão, especialização, busca de parcerias com
outras empresas, inclusive estrangeiras. As empresas de capital nacional de médio
e grande porte estão em fase de transição para uma administração mais
profissionalizada.
No caso das Pequenas Empresas, segundo Barros (2005) há uma diferença:
não há como separar a propriedade da gestão e a interferência de interesses
familiares no negócio. O desafio neste tipo de empresa é distinto, que é passar de
uma gestão baseada na experiência para uma gestão que além da experiência, seja
capacitada tecnicamente.
18
Cândido e Abreu (2004) ao situarem as MPME dentro do contexto da
competitividade mostra que os percalços sofridos pelo parque industrial brasileiro
podem ser amenizados à medida que o país se prepare para apoiar de forma
sistemática o desenvolvimento de pequenas e médias competitivas, inovadoras, de
estrutura flexível e que sejam capazes de fazer uso adequado de moderna
tecnologia. Encarar pequenas empresas como sendo, de fato, fonte de dinamismo
econômico introduz novas e mais consequentes perspectivas para esse segmento,
do qual se pode aguardar bem mais do que absorver a mão-de-obra que não
consegue encontrar emprego nas grandes firmas.
Em vez de serem utilizados apenas como instrumentos de políticas sociais, as
pequenas empresas podem de fato constituir importantes estratégias de
desenvolvimento econômico, proporcionando maior competitividade a regiões
inteiras e integrando um número maior de indivíduos nesse processo.
2.3.2 Gestão estratégica
Uma Cultura Estratégica é um pré-requisito para a implementação bem
sucedida de um processo de planejamento estratégico. Basicamente, constitui-se de
um senso geral de objetivo, compromisso e urgência, uma metodologia de avaliação
de sucesso, uma motivação para o aprendizado contínuo e um pensamento
organizacional orientado para questionar as relações de causa/efeito dos processos
de trabalho.
Segundo Barros (2005), a base do pensamento estratégico é o método
científico, com seu questionamento passo a passo das relações de causa e efeito.
No processo de planejamento estratégico, essas relações de causa/efeito são
projetadas e depois testadas no âmbito das premissas de trabalho. Uma premissa
de planejamento estratégico envolve conceitos de economia, marketing, tendência
comportamental, custo de execução, velocidade e performance.
Cada premissa deve ser bem conceituada e cada investimento (causa)
justificado dentro de uma moldura de mercado, especificando-se as metas (efeitos)
de volume que se pretendem alcançar. Cada produto ou serviço, novo ou antigo,
19
devem ter seu papel claramente definido na cadeia de valor proposta pela empresa
ao mercado. Se não ficar claro o benefício (efeito) relativo a qualquer custo (causa),
este deve ser questionado pelo gestor mais diretamente envolvido.
Por isso, em alguns momentos, é necessário rever a estrutura organizacional
e a necessidade de treinamento dos funcionários.
Barros (2005) afirma que o processo de planejamento estratégico gera um
conjunto de planos de ação, que por sua vez aponta para a necessidade de um
conjunto de habilidades. Essas habilidades podem ser de todo tipo: liderança,
conhecimentos de finanças, capacidade de análise etc. A própria curva de
aprendizado dos projetos e planos de ação vai demonstrar a qualificação e a
velocidade das pessoas. Um monitoramento dessa performance se faz necessário
para determinar a necessidade de treinar ou intercambiar pessoas.
O tradicional "levantamento das necessidades de treinamento" passa a ser
mais estratégico e menos psicológico. Barros (2005) afirma que levantar
necessidades de treinamento no Brasil, no sentido geralmente usado, é enxugar
gelo, normalmente um exercício oneroso e consumidor de expediente. Se nós
queremos adequar talentos aos processos estratégicos da empresa, devemos
começar com talentos bem selecionados e agregar um treinamento sólido, feito por
pessoas que conhecem as funções financeiras, comerciais, etc., conforme o caso.
Cada projeto, cada plano de ação derivado do processo de planejamento
estratégico constitui-se em um conjunto de objetivos que requer esforços de
liderança, coordenação, negociação, análise, etc.
As pessoas envolvidas nesses projetos, muitas vezes, estão vivendo sua
primeira oportunidade de brilhar ou falhar. Muitas oportunidades de avaliar sua
atuação estão naturalmente inseridas ao longo das etapas de cada projeto. Esse
ambiente de performance transparente faz uma enorme diferença na motivação das
pessoas.
Outra importante questão na gestão estratégica para micro e pequenas
empresas, é a criação de recompensas para os funcionários.
Barros (2005) afirma que um dos pilares de qualquer sistema de recompensa
deve ser a confiança. O colaborador avaliado deve ter a certeza, desde o início, de
que a recompensa será justa para o esforço bem intencionado, ainda que o
resultado não seja ótimo. Se essa confiança não existir, os riscos serão evitados e a
20
empresa raramente vai inovar, pouco vai evoluir. Construir esse clima de confiança é
o maior desafio de um administrador.
Sem dúvida o tamanho do resultado deve influenciar a recompensa, mas isso
não é o mais importante. As pequenas recompensas, desde que justas, desde que
visivelmente identificadas na organização, valem muito e custam relativamente
pouco.
O sucesso da empresa deve ser objeto de busca de todos os colaboradores,
mas isso só vai acontecer quando existir uma clara conexão entre esforço individual
e resultado operacional. Para isso serve o processo de planejamento e execução
estratégica.
Outra questão significante é a informação estratégica.
Barros (2005) explica que a informação estratégica é onipresente na empresa
e o único trabalho do administrador dessa informação é identificar as fontes de
dados naturais, formatar relatórios primários e assegurar sua distribuição eficaz e
segura para subsequente análise setorial. Essa visão, infelizmente, não corresponde
à realidade na maioria das empresas. A disponibilidade da informação primária e as
possibilidades de formatação precisam ser conhecidas por todos os interessados.
O hábito de reconhecer, compilar e analisar dados naturais vai contribuir para
a melhoria de qualidade do sistema de informações, uma constante reclamação de
todos os executivos.
Para Barros (2005), ao estimular a inteligência analítica de todos os
colaboradores, a empresa estará gerando conhecimento e isso vai fortalecer ainda
mais sua posição competitiva. Sem dúvida que o desenvolvimento de uma
Organização que Aprende requer uma política de informação gerencial distribuída de
alguma forma pela internet, pois o processo de geração de papel não comporta a
segmentação e os consequentes controles de acesso seguro que precisam
acompanhar a abertura dos dados.
2.4 O mercado de veículos no Brasil e o comportamento do consumidor
Yamaguti (2005) dispõe que o Brasil, até 2004, produzia 1 milhão e oitocentas
mil unidades de veículos. Assim, observando que o Brasil tem um veículo para cada
nove habitantes, em média, enquanto que em países desenvolvidos essa média é
21
de um carro para cada dois habitantes, mercadologicamente, pode-se considerar o
mercado brasileiro possuidor de grande potencial de crescimento.
O automóvel é aquela espécie de produto que, além de possuir atributos
funcionais de um meio de transporte, traz fortes valores emocionais agregados como
status, liberdade, diversão, segurança e autonomia.
Yamaguti (2005) afirma que o momento de compra de um automóvel, muitas
vezes, traduz-se na realização de um sonho ou na concretização de uma meta
alcançada pelo consumidor. O processo de decisão de compra de um consumidor
tem como meta básica a aquisição de um produto ou serviço. Já o processo
decisório para aquisição de um automóvel tem como objetivo a realização de um
sonho.
Longenecker et al (2011) afirmam que a melhor maneira de tentar entender o
comportamento de compra do consumidor doméstico é considerá-lo como um
aspecto do comportamento humano básico dentro de um contexto específico: o
consumo. Assim, o estudo do comportamento do consumidor é o estudo de como os
indivíduos tomam decisões de gastar seus recursos disponíveis (tempo, dinheiro,
esforço) em itens relacionados ao consumo.
Kotler (2000) afirma que o ponto de partida para compreender o
comportamento do comprador é o modelo de estímulo e resposta mostrado na figura
abaixo. Estímulos ambientais e de marketing penetram no consciente do comprador.
As características do comprador e seus processos de decisão levam a certas
atitudes de compra.
Figura 2 – Modelo de estímulo e resposta. Fonte: KOTLER, 2000, p. 183.
22
Na visão de Yamaguti (2005), os compradores estão vivenciando algumas
modificações reais na maneira como fazem compras. Os lojistas estão sendo
forçados pelos compradores a repensar seus negócios e a oferecer aos clientes o
que eles esperam na forma de serviços, variedade e assistência de vendas. Já
foram os dias em que as opções consistiam basicamente na loja da esquina e no
agradável empório de departamentos da cidade.
Grohmann e Schaedler (2007) caracterizam os atributos que os consumidores
utilizam na compra em intrínsecos e extrínsecos. Segundo os autores, os atributos
intrínsecos são aqueles relacionados com as propriedades físicas dos produtos,
onde qualquer alteração nessas propriedades altera também o produto em si. Como
exemplo, cita-se a cor, a textura, o tamanho, etc. Já os atributos extrínsecos são
aqueles que possuem apenas uma relação com os produtos, sendo que as
alterações não produzem nenhum efeito na sua natureza em si. Assim, cita-se como
exemplo o preço, a marca, a garantia, etc.
Nesse mesmo contexto, ao falar sobre os atributos tangíveis e intangíveis na
seleção entre que carros comprar, Grohmann e Schaedler (2007) dizem que: um
consumidor pode comparar diferenças entre potência do motor (atributo tangível) e
sua aparência física – design esportivo – (atributo intangível) e também pode
comparar a sua utilidade. Nesse último caso, por exemplo, se o veículo é pequeno,
ele tem uma função de ser fácil de estacionar (função utilitária) ou se é um carro
reconhecidamente caro, o seu usuário pode tê-lo como função de status perante
algum grupo social (função simbólica).
Já Longenecker et al (2011) utilizaram os seguintes atributos: envolvimento
com o produto, qualidade, relação preço x qualidade, valor de mercado, lealdade à
marca, local de compra, influências pessoais, outras influências, país de origem de
automóvel, crédito, poder de influenciar outros e satisfação. Alguns dos atributos
deste trabalho também foram utilizados na presente pesquisa.
De acordo com pesquisa realizada por Grohmann e Schaedler (2007), os
consumidores estão preocupados com as questões financeiras. Os aspectos
considerados mais importantes foram a economia de combustível e manutenção,
preço e condições de pagamento, espaço interno e conforto, design e estilo,
motorização e potência e valor de mercado do carro usado. Cabe ressaltar que,
23
segundo a pesquisa, fatores como injeção eletrônica, ar condicionado e atendimento
foram considerados menos importantes.
Kotler (2000) entende que o comportamento de compra do consumidor é
influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. Os fatores
culturais exercem a maior e mais profunda influência.
2.4.1 Fatores culturais
Cultura, subcultura e classe social são fatores particularmente importantes no
comportamento de compra.
Segundo Kotler (2000), a cultura é o principal determinante do componente e
dos desejos da pessoa. À medida que cresce, a criança adquire certos valores,
percepções, preferências e comportamentos de sua família e de outras instituições.
No contexto do comportamento do consumidor, a cultura é definida como a soma
total de crenças, valores e costumes aprendidos que servem para regular o
comportamento de consumo dos membros de uma sociedade. Crenças e valores
são guias para o comportamento do consumidor; os costumes são modos de agir
comuns e aceitos.
Já as classes sociais são agrupamentos relativamente permanentes e
homogêneos de pessoas na sociedade, permitindo que esses grupos sejam
comparados uns com os outros. Estes grupos são reconhecidos como tendo
posições inferiores ou superiores por outras pessoas, geralmente com base em
posição econômica no mercado.
2.4.2 Fatores sociais
Além dos fatores culturais, o comportamento do consumidor é influenciado
por fatores sociais, como grupos de referência, família, papéis sociais e status.
Kotler (2000) classifica os grupos de referência de uma pessoa como sendo
aqueles que exercem alguma influência direta ou indireta sobre as atitudes ou o
comportamento dessa pessoa. Assim, os grupos de referência do consumidor são
aqueles que servem como moldes de referência para os indivíduos em suas
decisões de compra.
24
Para Kotler (2000), contudo, a família é a mais importante organização de
compra de produtos de consumo na sociedade e tem sido exaustivamente estudada.
Os membros da família constituem o grupo de referência primário mais influente.
Podemos distinguir duas famílias na vida do comprador. A família de orientação, que
consiste nos pais e irmão de uma pessoa. Uma influência mais direta no
comportamento de compra diário é a chamada família de procriação – o cônjuge e
os filhos.
Yamaguti (2005) afirma que a família é a principal influência no
comportamento de consumo de seus membros; é também o principal mercado-alvo
para a maioria dos produtos e das categorias de produtos. Como o grupo de
associação mais básico, as famílias são definidas como duas ou mais pessoas com
parentesco consanguíneo, casamento ou adoção que residam juntas. As funções
básicas da família são a provisão de apoio econômico e emocional, a socialização
da infância e um estilo de vida adequado para seus membros.
Quanto ao status, este reflete as expectativas do consumidor por estilo de
vida entre cada classe, assim como a estimativa social positiva ou negativa de honra
dada a cada classe.
Figura 3 – Influências ambientais. Fonte: YAMAGUTI, 2005, p. 20.
25
2.4.3 Fatores pessoais
As decisões do comprador também são influenciadas por características
pessoais, como idade e estágio do ciclo de vida, ocupação, circunstâncias
econômicas, estilo de vida, personalidade e auto-imagem.
Kotler (2000) afirma que pessoas de uma mesma subcultura, classe social e
ocupação podem ter estilos de vida bem diferentes. Um estilo de vida é o padrão da
vida expresso por atividades, interesses e opiniões. O estilo de vida representa a
pessoa por inteiro, interagindo com seu meio ambiente.
Da mesma forma, o autor afiram que a personalidade de uma pessoa pode
ser variável útil para se analisar o comportamento do consumidor, uma vez que os
tipos de personalidade podem ser classificados com precisão e que existem fortes
correlações entre certos tipos de personalidade e as escolhas de produtos e de
marcas.
2.4.4 Fatores psicológicos
As escolhas de compra de uma pessoa são influenciadas por quatro fatores
psicológicos predominantes: motivação, percepção, aprendizagem; crenças e
atitudes.
Yamaguti (2005) descreve a motivação como a força interior de um indivíduo
que o impele à ação. Essa força é produzida por um estado de tensão
desconfortável, que existe como resultado de uma necessidade insatisfeita. Todos
os indivíduos tem necessidades e desejos. A força inconsciente do indivíduo para
reduzir a tensão gerada pela necessidade resulta em um comportamento que ele
espera que vá satisfazer as necessidades e, portanto, gerar um estado mais
confortável.
Já a percepção, segundo o autor, é o processo pelo qual os indivíduos
selecionam, organizam e interpretam os estímulos visando a um quadro significativo
e coerente do mundo. A percepção tem implicações para as estratégicas das
26
empresas porque os consumidores tomam decisões com base no que percebem,
em vez de se basearem na realidade objetiva.
A aprendizagem, para Kotler (2000) envolve mudanças no comportamento de
uma pessoa surgidas da experiência. A maior parte do comportamento humano é
aprendida. Os teóricos da aprendizagem acreditam que ela é produzida por meio da
interação de impulsos, estímulos, sinais, respostas e reforços. Um impulso é um
forte estímulo interno que impele à ação. Os sinais são estímulos menores que
determinam quando, onde e como uma pessoa reage.
Yamaguti (2005) define a aprendizagem do consumidor como o processo pelo
qual os indivíduos tomam consciência da compra e do consumo e uma experiência
que vão pôr em prática em seu comportamento futuro. Apesar de ser, em parte,
intencional, muito da aprendizagem é acidental. Os elementos básicos que
contribuem para uma compreensão da aprendizagem são a motivação, sinais,
resposta e reforço.
Figura 4 – Processos psicológicos. Fonte: YAMAGUTI, 2005, p. 32
O estudo das influências ambientais é fundamental para o entendimento do
comportamento do consumidor. Outras forças influenciadoras do processo decisório,
como as diferenças individuais e fatores psicológicos, inerentes ao consumidor,
também são regidos pelo ambiente em que vive.
27
As empresas necessitam compreender e respeitar tais diferenças para
conhecer o seu consumidor e para a elaboração de seus planos estratégicos.
Um determinado modelo de automóvel pode ter diferentes níveis de aceitação
em cada estado ou cidade. Com isso, possuir uma linha de automóveis de maneira a
atender as necessidades de seus consumidores, dependendo do seu mercado, é um
fator de sucesso para a empresa.
2.5 O processo de decisão de compra de um automóvel
Para que uma marca de automóveis consiga conquistar o consumidor ou ser
eleita por ele como sua próxima aquisição, os respectivos profissionais deste
mercado precisam seguir alguns movimentos do seu público-alvo. Desde o estudo
do surgimento da necessidade da aquisição de um automóvel, a busca pelas
informações, o momento de como é realizada a avaliação das alternativas possíveis,
o momento da compra, o desfrute do uso e, finalmente, a relação pós-compra.
A análise destas etapas torna-se fundamental para entender os sucessos e os
fracassos de cada estratégia mercadológica.
Assim, de acordo com Longenecker et al (2011), o processo decisório de
compra se funda em alguns passos, conforme demonstrado na figura 5.
Para os autores citados, o reconhecimento de uma necessidade surge do que
chamam de grau de discrepância. Trata-se da discrepância que existe entre a
situação atual do consumidor e a situação a que ele deseja chegar.
No caso do processo de decisão de compra de um automóvel, uma pessoa
pode estar no estado real locomovendo-se a pé para o seu trabalho. Nesse
exemplo, se o estado desejado for, fortemente, começar a se transportar com um
automóvel, supera-se o limiar necessário para que esse consumidor sinta a
necessidade de adquirir o automóvel, segundo Yamaguti (2005).
A busca refere-se às informações sobre o produto.
Yamaguti (2005) afirma que a quantidade relativa e a influência das
informações variam de acordo com a categoria de produtos e as características do
comprador. O consumidor recebe a maior parte das informações sobre um produto
28
por meio de fontes comerciais. Entretanto, as informações mais efetivas vêm das
fontes pessoais. As fontes comerciais normalmente desempenham uma função
informativa, enquanto as fontes pessoais desempenham uma função de avaliação
ou legitimação.
Figura 5 – O processo decisório do consumidor. Fonte: LONGENECKER et al., 2011.
Longenecker et al (2011) definem a avaliação de alternativas pré-compra
como o processo pelo qual uma alternativa de escolha é avaliada e selecionada para
atender as necessidades do consumidor. Este vê cada produto como um conjunto
de atributos com capacidades variadas de entrega de benefícios para satisfazer à
necessidade.
Os consumidores variam de acordo com os atributos que consideram mais
relevantes e a importância associada a cada atributo. Eles prestarão mais atenção
aos atributos que forneçam os benefícios buscados. Geralmente, o mercado para
29
um produto pode ser segmentado de acordo com os atributos que são importantes
para diferentes grupos de consumidores.
Longenecker et al (2011) explicam que entre a intenção de compra e a
decisão de adquirir um produto, basicamente dois fatores podem influenciar o
consumidor. A chamada “atitude dos outros” refere-se a como as pessoas próximas
percebem a marca ou o produto pretendido pelo consumidor. A partir dessas
atitudes o consumidor reflete se quer concordar ou contrariar as opiniões. Os fatores
situacionais imprevistos são os eventos que podem alterar a intenção de compra,
como desemprego, surgimento de uma necessidade maior de compra de outro
produto ou de se aplicar o dinheiro em um outro investimento.
Assim, no caso da compra de um automóvel, as etapas acima mencionadas,
podem ser exemplificadas da seguinte forma, conforme expõe Yamaguti (2005):
a) decisão por marca – após avaliação das alternativas e ser influenciado pelos
fatores “atitudes dos outros” e “fatores situacionais imprevistos”, o consumidor
elege a marca e o modelo a ser adquirido;
b) decisão de fornecedor – o consumidor deverá eleger uma entre o conjunto de
revendedoras da marca escolhida para efetuar a compra;
c) decisão por quantidade, após a negociação com a concessionária, definirá a
quantidade de carros a ser comprada. Para o consumidor pessoa física,
normalmente essa quantidade é igual a um. As quantidades são maiores para
os casos de compra empresariais;
d) Decisão por ocasião – qual será o melhor momento da compra: na hora do
almoço, à noite, após o expediente de trabalho ou no final de semana para
levar toda a família à revendedora;
e) Decisão por forma de pagamento – decidirá pelo pagamento à vista ou por
uma das opções de pagamento parcelado.
Importante mencionar que para a manutenção ou retenção dos clientes, as
empresas precisam acompanhar como o seu produto é usado ou consumido pelo
mercado e verificar com qual nível de satisfação a necessidade, que deu início ao
processo, foi atendida.
Kotler (2000) entende que o consumidor após comprar o produto e iniciar o
seu uso ou consumo, passa a formar uma percepção de maior ou menor grau de
satisfação ou insatisfação sobre o novo produto adquirido.
30
Yamaguti (2005) explica que o consumidor de um automóvel toma a decisão
de compra por impulsos emocionais e, logo em seguida, sente a necessidade de
justificar ou racionalizar o motivo da compra. Um cliente satisfeito, neste estágio de
pós-venda, será um importante personagem influenciador de um novo potencial
consumidor.
O autor ainda explica que a compra de um automóvel é, para o consumidor, a
realização de um sonho, a concretização de uma importante conquista ou, até
mesmo, um marco representativo do momento de uma realização pessoal. Por isso,
as empresas devem criar o ambiente necessário no qual os medos e anseios sejam
transpostos com tranquilidade e que os consumidores tenham, não só satisfeitas as
suas necessidades, como também, suas expectativas superadas.
2.6 A segmentação de mercado
Para Grohmann e Schaedler (2007), não basta apenas conhecer o
comportamento do consumidor. Esta informação deve ser utilizada posteriormente
pelos gestores e, um de seus usos principais é para a segmentação de mercado,
pois toda organização deve identificar para quais consumidores deve direcionar os
seus produtos e utilizar ações mercadológicas mais adequadas para os mesmos.
Segundo os autores, a segmentação refere-se à concentração planejada de
uma organização em parcelas específicas de seu mercado. Churchill e Peter,
citados por Grohmann e Schaedler (2007) a entendem como o processo de dividir o
mercado em potenciais grupos de compradores com necessidades, desejos,
percepções e comportamentos de compra semelhantes.
A segmentação tem por base o fato de que as pessoas podem ser agrupadas
por critérios
pré-estabelecidos,
representando
comportamentos
similares
e,
consequentemente, padrões de respostas comuns aos esforços de marketing das
empresas.
Assim, segmentar significa categorizar e agrupas as características que os
consumidores têm em comum e que possam ser trabalhadas pela empresa,
portanto, seu objetivo segundo Grohmann e Schaedler (2007) é “agrupar pessoas e
31
organizações
fundamentalmente
diferentes
em
subconjuntos
que
sejam
minimamente homogêneos entre si, mas suficientemente diferentes dos demais.
As
variáveis
normalmente
utilizadas
dividem-se
em
para
três
segmentação
grupos:
são
bem
geográficas,
variadas,
mas
demográficas
e
socioeconômicas e comportamentais.
De acordo com Grohmann e Schaedler (2007) as variáveis geográficas
referem-se ao local onde o cliente encontra-se e consideram suas características
regionais. As variáveis demográficas e socioeconômicas englobam informações
sobre sexo, raça, idade, nacionalidade, renda, educação, ocupação, tamanho da
família, ciclo familiar, classe social, etc. Por fim, as variáveis comportamentais
envolvem aspectos ligados às atitudes, valores e conhecimentos.
As variáveis mais utilizadas para segmentação de mercados são as variáveis
geográficas, demográficas e socie-conômicas. E, segundo Grohmann e Schaedler
(2007) acabam sendo o primeiro passo da segmentação. Ou seja, tais variáveis
devem ser as primeiras a serem analisadas, para somente após, dar um maior
aprofundamento incorporando às variáveis comportamentais.
Dessa forma, é vital observar os atributos, influências e demais características
levadas em consideração pelos consumidores na hora da compra. A pesquisa
realizada teve como objetivo a descoberta de todos estes fatores, de maneira que as
informações obtidas venham facilitar as tomadas de decisões da empresa através
do conhecimento das preferências dos seus consumidores.
32
3 METODOLOGIA
De acordo com Gil (2002) na metodologia o autor do projeto mostra como
será o desenvolvimento do trabalho, considerando os objetivos do mesmo. Deste
modo são detalhados, tipos de pesquisa, abordagem da pesquisa, universo,
amostra, período de estudo, técnicas de coletas e analise dos dados.
3.1 Natureza da pesquisa
Para o presente estudo, foi utilizada a pesquisa aplicada que, de acordo com
Gil (2002) objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de
problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
3.2 Abordagem da pesquisa
Na monografia será utilizada a pesquisa qualitativa que, para Gil (2002)
detecta a presença ou não de algum fenômeno, sem se importar com sua magnitude
ou intensidade. É denominada qualitativa em contraposição à pesquisa quantitativa,
em função da forma como os dados serão tratados e da forma de apreensão de uma
realidade, em que, no caso da pesquisa qualitativa, o mundo é conhecido por meio
de experiência e senso comum (conhecimento intuitivo), em oposição às abstrações
(modelos) da pesquisa quantitativa.
Também será utilizada pesquisa quantitativa, pois serão observados dados
através do questionário aplicado na empresa estudada.
3.3 Tipo de pesquisa
A pesquisa quanto aos fins pode ser exploratória, descritiva e explicativa.
Para a monografia será necessário utilizar a pesquisa descritiva.
33
3.4 Procedimentos utilizados na pesquisa
Segundo Gil (2002), a pesquisa pode ser: pesquisa de campo, pesquisa de
laboratório, documental, bibliográfica, experimental, levantamento, ex post facto,
participante, pesquisa ação e estudo de caso.
Para a monografia serão utilizadas as pesquisas bibliográfica e de
levantamento.
A pesquisa bibliográfica procura explicar problemas a partir de referências
teóricas publicadas em livros, revistas especializadas, jornais, etc.
Segundo Gil (2002), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. E as
pesquisas de levantamento caracterizam-se pela interrogação direta das pessoas
cujo comportamento se deseja conhecer.
3.5 Universo, amostra e período de estudo
Universo da pesquisa significa a totalidade de indivíduos que serão
caracterizados para o estudo e amostra é a parte deste universo que será
respectivamente estudado ou colhido para análise. Para a presente monografia será
utilizada como parâmetro, a empresa estudada, que será, portanto, o universo da
pesquisa. A amostra será feita através de um estudo de caso da empresa.
3.6 Coleta de dados
A coleta de dados será realizada através de pesquisa de campo e
levantamento bibliográfico, sendo que esta coleta estará relacionada com o
problema, a hipótese ou os pressupostos da pesquisa e objetiva obter elementos
para que os objetivos propostos na pesquisa possam ser alcançados.
34
Será feito um questionário e da mesma forma um estudo através de relatório
de observação para ser aplicado dentro da empresa onde serão feitos os seguintes
questionamentos:
a) Quantidade de vendedores internos e externos
b) Se a empresa trabalha com pós venda?
c) Quantos clientes retornam e compram novamente?
d) Se possui vendas e atendimento via internet (on line)
e) O produto tem quais garantias e o tempo
f) Quantidade de veículo vendidos à vista e financiados
g) Se a empresa é cadastrada à alguma financeira, qual a classificação e que
condição especial consegue
h) Qual diferencial na compra
i) Qual diferencial na venda
j) Teste de qualidade (como é feito)
k) Qual é a média de rotatividade de veículos
l) Quantas das empresas pesquisadas vendem para outras cidades, ou seja,
não apenas em Pará de Minas
m) Percentual de vendas na cidade e fora
3.7 Análise e discussão dos resultados
Nesta etapa ocorre a interpretação e análise dos dados coletados e
organizados.
De acordo com Gil (2002) a análise deve ser feita para atender aos objetivos
da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas com o objetivo de
confirmar ou rejeitar as hipóteses ou os pressupostos da pesquisa.
Para esta parte da pesquisa, devem ser observados os seguintes itens:
a) Quantos caminhões a empresa vende (usados e novos)
b) Quantos caminhões a empresa compra (usados e novos)
c) Percentual de lucro em cada venda, sendo, usado sem troca, usado com
troca, novo sem troca e novo com troca.
35
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Conforme exposto na metodologia, a coleta de dados foi realizada através de
pesquisa de campo e levantamento bibliográfico. Desta forma, a pesquisa foi
relacionada com o problema proposto, qual seja: quais as vantagens competitivas
poderão ser utilizadas pelas micro e pequenas empresas diante do atual mercado de
revenda de veículos novos e usados na cidade estudada?
Desta forma, foi aplicado um questionário entre os diretores de algumas
empresas que fazem parte do mercado de revenda de caminhões na cidade de Pará
de Minas. As empresas entrevistadas foram estas abaixo relacionadas que serão
denominadas de Empresa 1, 2, 3 e 4:
Empresa 1 - Trevo Caminhões Ltda;
Empresa 2 - Doca Caminhões Ltda;
Empresa 3 - Cargus Veículos; e
Empresa 4 - Wilson Caminhões.
Com as respostas obtidas nestes questionários, coletaram-se os seguintes
dados, conforme poderá ser visto abaixo.
A primeira pergunta questionou os entrevistados sobre a quantidade de
vendedores internos e externos que trabalham na empresa.
A empresa 1 respondeu que possui 3 funcionários internos e 1 vendedor
externo. A empresa 2 possui 2 vendedores internos. A empresa 3 possui 3
vendedores internos e 1 vendedor externo. A empresa 4 possui apenas 1 vendedor
interno.
Conforme foi possível observar no referencial teórico, nas micro e pequenas
empresas, os funcionários são em geral pessoas formadas na prática do trabalho
quotidiano, e por possuírem recursos e capacidade restritos, especialmente quanto
ao capital e à formação daqueles que atuam na administração, fica difícil contratar
mais pessoas para o atendimento, bem como capacitá-las para este tipo de trabalho.
A segunda pergunta refere-se ao pós-venda, ou seja, se as empresas
entrevistadas possuem um serviço de pós-venda.
A empresa 1 respondeu que existe o pós-venda, pois ela procura saber se o
cliente ficou realmente satisfeito. A empresa 2 respondeu que não possui pós-venda
36
por falta de tempo. A empresa 3 possui pós-venda e fornece total apoio ao cliente
para que haja satisfação e retorno. A empresa 4 não possui pós-venda.
Sobre esta questão do pós-venda, a bibliografia estudada apresenta alguns
importantes conceitos.
Os serviços são lembrados e comentados, sejam eles bons ou ruins, e as
imagens positivas de confiança, familiaridade e bons serviços ainda determinam a
preferência do consumidor.
Atualmente, segundo Abreu (2000), a manutenção e realce dos serviços não
são uma questão de boas maneiras, relações públicas, tato, encanto, elegância ou
manipulação, dependendo de administração e não apenas de marketing. A
administração de relacionamento transcende os limites do marketing, exigindo
programas de manutenção, investimento, melhoria e também substituição.
Um cliente satisfeito, segundo Figueiredo (2003), gera muitos outros. Da
mesma forma, um cliente insatisfeito tira da empresa clientes potenciais e, em
alguns casos, já efetivos. Quando a organização objetiva a conquista de novos
clientes, os clientes atuais frequentemente são negligenciados; seu valor para a
empresa é esquecido, pois sua contribuição para o lucro é dada como certa. A
organização presume que a satisfação desse cliente continuará sempre e, quando
esses clientes deixam de ser fiéis, a mudança de preferência é justificada
racionalmente pela empresa: "Não podemos agradar a todos”.
Assim, Abreu (2000) menciona que o pós-venda tem como objetivos:
a) manter clientes satisfeitos após a compra;
b) aumentar a probabilidade de os clientes atuais comprarem novamente o produto
ou a marca da mesma empresa em futuras ocasiões;
c) aumentar a probabilidade de que os clientes atuais comprarão outros produtos da
mesma empresa (um produto ou linha de produtos complementares) em vez de
procurarem concorrentes quando necessitarem de tais produtos;
d) reconhecimento dos clientes como indivíduos;
e) deixar os clientes conscientes de que estão sendo cuidados.
Isso mostra que o que vem depois da venda também é importante, e talvez
seja o momento mais decisivo para a imagem da empresa no mercado.
O autor chama os serviços pós-venda gerados por reclamações de clientes
de situações de recuperação do serviço e afirma que são oportunidades de ouro
37
para superar as expectativas dos clientes. A recuperação do serviço é um momento
que exige da empresa muita dedicação, principalmente porque, em geral, os clientes
têm mais expectativas e menos tolerância durante esse momento do que durante os
serviços de rotina.
A próxima venda, próxima ideia, próximo sucesso de uma empresa
dependem muito dos seus relacionamentos externos. Um bom relacionamento é um
ativo importante.
A terceira pergunta questionou os entrevistados sobre a quantidade de
clientes que voltam na empresa e compram novamente.
A empresa 1, 3 e 4 respondeu que a maioria de seus clientes retorna. A
empresa 2 disse que nem todos voltam e compram novamente.
Estes dados demonstram que manter um bom relacionamento com os
clientes é, hoje em dia, um fundamento básico no mercado para qualquer negócio,
pois é através da manutenção de uma carteira de clientes fiéis que uma empresa
pode minimizar a dependência de estar continuamente conquistando novos clientes,
numa frenética luta com um número cada vez maior de concorrentes.
Segundo Figueiredo (2003), já em 1983, Theodore Levitt dizia que as pessoas
compram expectativas, não coisas. Esse autor defendia que o relacionamento entre
consumidor e fornecedor deveria ser caracterizado muito mais por ser duradouro e
contínuo do que ficar restrito ao momento da venda. No futuro, a entrega, o serviço,
a confiabilidade e a qualidade das interações serão muito mais importantes do que o
produto e a tecnologia empregada em sua fabricação.
Para Sousa (2009), um cliente satisfeito com o prestador de serviços estará
percebendo um serviço como de qualidade. E isso acontece em qualquer situação
em que possa ocorrer essa satisfação, como a solução de um problema, o
atendimento de uma necessidade ou de qualquer outra expectativa. No entanto,
para gerar satisfação e tornar uma prestação de serviços de qualidade, o
administrador deverá tomar certas precauções. Em primeiro lugar, ele deverá
administrar as expectativas. Um cliente forma expectativas de acordo com as
promessas feitas pelos vendedores de serviços, pelas experiências passadas com a
empresa ou concorrentes ou até mesmo com o comentário de outras pessoas.
A quarta pergunta questiona se a empresa possui vendas via internet.
38
A empresa 1 possui veículos anunciados em site de vendas. A empresa 2
possui site próprio para anunciar seus produtos. A empresa 3 possui site próprio e
também anuncia em 2 sites de vendas. A empresa 4 não possui site e não faz
anúncios em outros sites relacionados a vendas.
A questão do comércio eletrônico é bastante atual e importante para os
negócios, porém, deve ser visto com cautela, pois nem todas as empresas possuem
condições de implementar este serviço.
Cobra e Brezzo (2010) denominam marketing eletrônico como a inclusão de
todas as atividades que utilizam da internet para auxiliar na compra e vendas de
produtos ou serviços. E reforçam que essa atividade comercial pode ser com relação
a fabricantes, consumidores intermediários e compradores finais.
O marketing eletrônico depende muito da tecnologia de redes para coordenar
pesquisa de mercado e desenvolvimento de produtos, desenvolver estratégias e
táticas para persuadir os consumidores, proporcionar distribuição on-line, manter
registros dos consumidores, realizar serviços de atendimento aos consumidores e
coletar feedback dos clientes.
Cobra e Brezzo (2010) citam como vantagens, o custo relativamente baixo;
tanto custo de envio quanto o de preparo são substancialmente mais baixos do que
por vias normais.
Além de resposta rápida a esse retorno, pois, a facilidade do custo baixo ou
nulo de responder incentivam a ação rápida em resposta à oferta.
Desta forma, os autores citados anteriormente, citam também as dificuldades,
pois diante do grande crescimento de spam e e-mails não solicitados, as pessoas e
empresas desenvolveram meios para frear essa recepção. Em alguns casos
mecanismos rejeitam automaticamente e-mails que não estão em uma lista
predeterminada e obrigam a reenviar para aceitar, tornando cada vez mais difícil
chegar a ser lido pelo destinatário.
Por isso, é importante que as empresas mantenham-se atualizadas no
mercado globalizado, mas precisam ter controle de suas ações para que possam
implementar serviços que tragam o retorno esperado.
A quinta pergunta questiona se o produto oferecido pelas empresas possui
garantias e qual o tempo referente à estas garantias.
39
A empresa 1 e 3 respondeu que possuem garantia: motor, câmbio e
diferencial por três meses, conforme lei, além da devida documentação apta à
transferência para o comprador.
A empresa 2 e 4 responderam que não oferecem garantia, apenas o
comprometimento com a documentação.
A sexta pergunta questiona sobre a quantidade de veículos que são vendidos
à vista e os financiados.
A empresa 1 respondeu que vende de 3 a 4 veículos por mês. A empresa 2
vende de 2 a 3 veículos por mês. A empresa 3 vende de 6 a 8 veículos por mês. A
empresa 4 vende 2 veículos por mês.
Com estes dados observa-se que a empresa que possui mais serviços, como
pós-venda e anúncios aos clientes, bem como mais vendedores, possui o maior
número de vendas.
A sétima pergunta questiona se a empresa é cadastrada à alguma financeira,
qual a classificação e que condição especial consegue oferecer aos clientes.
A empresa 1 respondeu que a empresa é cadastrada em quatro financeiras,
sendo classificação B em 1. A empresa 2 respondeu que a loja é cadastrada em três
financeiras e consegue somente condições de mercado. A empresa 3 é cadastrada
em 9 financeiras, possuindo classificação A em duas, além de ser representante de
um consórcio. A empresa 4 não é cadastrada em nenhuma financeira.
Importante mencionar que, dependendo do número de vendas e dos
financiamentos conseguidos pelas revendedoras, estas conseguem classificação
perante as instituições financeiras. Esta classificação acaba tornando-se um
diferencial para a revendedora, pois mostra sua idoneidade e boa prestação de
serviços aos clientes.
A oitava pergunta questiona qual o diferencial da empresa no momento da
compra.
A empresa 1 respondeu que oferece veículos com qualidade. A empresa 2
respondeu que trabalha com caminhões de todas as marcas. A empresa 3
respondeu que trabalha com veículos de qualidade, procedência e diferenciados. A
empresa 4 respondeu que trabalha com venda de caminhões mais velhos, todavia,
de qualidade e com bons preços.
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Estes dados demonstram que todas a empresas afirmam trabalhar com
veículos de qualidade, sendo este o diferencial, porém, não delimitam outras
competências que podem tornar-se atrativas para os clientes, expondo apenas a
questão da procedência ou ainda falando que são veículos diferenciados sem,
contudo, apresentar uma diferença em relação às demais empresas do mercado. A
única empresa que difere das demais é a empresa 4, mas apenas porque trabalha
com caminhões mais velhos, por isso pode oferecer preços mais baixos.
A nona pergunta questiona sobre o diferencial nas vendas.
Todas as empresas responderam que é a facilidade na negociação, o preço,
atendimento, transparência com o cliente, e a forma de concretizar a venda, pois
aceita em troca caminhões, carros, motos e até máquinas.
Sobre este aspecto, importa dizer, conforme Brown, citado por Figueiredo
(2003), que o aumento de satisfação do cliente e o crescimento de lucratividade são
conquistados escutando a voz do cliente. Para o autor, uma estratégia clara e
focada na criação de satisfação do cliente, processos robustos e tecnologia de
suporte devem ser colocados em prática para permitir que a voz do cliente penetre
todos os níveis e funções dentro de uma organização, através dos diversos tipos de
pontos de contato.
O interesse de todas as empresas é que seus clientes permaneçam fiéis. Seja
comprando seus produtos e/ou utilizando seus serviços, como também se mantendo
pontuais no pagamento e atuando como divulgadores fiéis e positivos desses
produtos e serviços para sua rede de relacionamento pessoal.
Com o aumento da concorrência, as empresas precisam inovar sua forma de
pensar, buscando se adequar à essas novas necessidades do mercado, provocando
com isso, uma mudança de fora para dentro na organização.
Figueiredo (2003) afirma que através da análise do comportamento do
consumidor, verificando a partir de que impulso ele toma uma decisão de compra, ou
seja, se é por influências emocionais, falta de tempo, quantidade de esforço
utilizado, grau de frequência de compras e ainda, qual o objetivo para aquisição
desse produto, deve ser uma das principais preocupações da empresa na busca de
um melhor relacionamento com seus clientes.
Neste caso, a empresa deve oferecer um diferencial para manter-se no
mercado e conseguir superar seus concorrentes.
41
A décima pergunta questiona como é feito o teste de qualidade.
Todas as empresas responderam que o proprietário da empresa, que já foi
caminhoneiro, avalia o caminhão rodando com o mesmo.
A décima primeira pergunta questiona sobre a rotatividade dos veículos na
empresa.
Para a empresa 1 é de 7 veículos/mês. Para a empresa 2 é de 6
veículos/mês. Para a empresa 3 é de 13 veículos/mês. Para a empresa 4 é de 4
veículos/mês.
A décima segunda pergunta questiona sobre o percentual de vendas dentro e
fora de Pará de Minas.
Para a empresa 1 é de 35% de vendas na cidade e 65% fora. Para a empresa
2 é de 40% para a cidade e 60% fora. Para a empresa 3 é 25% de vendas para a
cidade e 75% fora. Para a empresa 4 é 70% para a cidade e 30% fora.
Isso mostra que das empresas entrevistadas, 90% realizam a maioria de suas
vendas para clientes que não são da cidade. Desta forma, deve ser feita uma
análise de mercado para saber a real situação da revenda deste tipo de veículo na
cidade de Pará de Minas.
A décima terceira pergunta questiona quantos caminhões usados e novos são
vendidos (em média) por mês pelas empresas.
A empresa 1 vende 6 veículos usados e 1 veículo novo/mês. A empresa 2
vende 6 veículos usados por mês. A empresa 3 vende 12 veículos usados e 2
novos/mês. A empresa 4 vende 4 veículos usados por mês.
A décima quarta pergunta questiona quantos caminhões (usados e novos) a
empresa compra (em média) por mês.
A empresa 1 compra 2 veículos usados e 1 novo/mês, além de 5 que entram
nas trocas. A empresa 2 compra 3 usados/mês, além de 4 que entram em trocas. A
empresa 3 compra 6 veículos usados e 3 novos/mês, além de 7 que entram em
trocas. A empresa 4 compra 2 veículos usados/mês, além de 3 que entram em
trocas.
A décima quinta pergunta questiona sobre o percentual de lucro em cada
venda, sendo usado sem troca, usado com troca, novo sem troca e novo com troca.
Para as respostas a esta pergunta, segue o quadro abaixo:
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EMPRESA 1
EMPRESA 2
EMPRESA 3
EMPRESA 4
USADO SEM
TROCA
8 a 10%
10 a 13%
8 a 10%
12 a 15%
USADO COM
TROCA
12 a 14%
10 a 15%
11 a 15%
14 a 18%
NOVO SEM
TROCA
4 a 6%
NOVO COM
TROCA
5 a 9%
5%
6 a 10%
Da mesma forma, por parte das empresas, é importante manter uma boa
qualificação dos vendedores, pois o relacionamento com os clientes é o fator mais
relevante na tomada de decisão de uma compra, além do que, o produto também
conta, sendo que a venda ocorre devido ao diferencial que a empresa possui e
aquilo que o comprador procura.
Para Candido (2004) o elemento confiança é essencial ao relacionamento.
Confiança pode ser entendida como a segurança de que o parceiro realizará aquilo
que é desejável, ao invés do que é temido. Em relacionamentos as partes acreditam
que a palavra, promessa ou declaração será cumprida assim como esperado. A
confiança pode ser alimentada por uma série de ações e estratégia da empresa, a
reputação e o comprometimento da empresa, assim como da natureza interpessoal
dos relacionamentos. Portanto, o comportamento, caráter, personalidade, princípios
e valores dos indivíduos envolvidos no relacionamento afetam a confiança.
A satisfação do cliente, conforme explica Figueiredo (2006), não se resume à
aquisição de produto ou serviço, mas na sua avaliação contínua após a venda. Mais
ainda: ele espera que a empresa possa continuar prestando-lhe atendimento, e de
qualidade, mesmo após ter-se encerrado o processo de aquisição. Ou seja: a
relação entre uma empresa e seu cliente é para sempre: se isso não ocorre, ele
tende a procurar outros produtos, outras marcas, outros fornecedores.
Para Cobra e Brezo (2010), lucro é o retorno positivo de um investimento feito
por um individuo ou uma pessoa nos negócios. Na economia, o termo lucro tem dois
significados distintos, mas relacionados. O lucro normal representa o custo de
oportunidade total (explícitos e implícitos) de uma empresa de um empreendedor ou
investidor.
Para que haja lucro, a empresa deve estar preparada para competir dentro do
seu nicho de mercado, de forma a manter-se atualizada, além de ter bons produtos
e serviços para oferecer aos seus clientes.
43
4.1 Sugestões de melhoria para a empresa
A pesquisa mostrou para a empresa estudada, a necessidade atual de
qualificação dos vendedores e também a importante relação empresa versus cliente,
que se tornou um fator essencial na tomada de decisões de escolha na aquisição de
produtos por parte dos clientes. O atual cenário mercadológico, mostra que, o cliente
tem sido o foco das atenções, qualquer descuidado, muda o pensamento e/ou a
decisão do mesmo, demonstrando que a relação pós-compra, é o fator crucial nessa
tomada de decisão.
No questionário aplicado, ficou demonstrado que a empresa mais bem
preparada do setor na cidade de Pará de Minas, foi a empresa estudada, deixando a
desejar somente no quesito da venda para a própria cidade, mas supera as outras
na venda para cidades de fora.
A empresa se deu conta também da necessidade da qualificação dos
funcionários e da dificuldade de treinamento, não se esquecendo que, para se tornar
um vendedor, o principal é ter nascido com o dom de vender.
Após a pesquisa, a empresa passará a analisar qual a melhor localização
para a abertura de uma filial, assim irá conseguir abranger mais cidades,
aumentando assim a sua carteira de cliente e, além de buscar mais conhecimento e
informações sobre o pós-venda e o que ainda pode melhorar em relação a isso, para
assim, direcionar seu foco totalmente ao cliente.
Irá buscar também mais qualificação para seus vendedores com cursos e
palestras, além de procurar outros diferenciais além de procedência e qualidade na
compra dos veículos.
44
5 CONCLUSÃO
Conforme pôde ser observado neste trabalho, a pequena empresa é uma
organização que pode ser administrada ou dirigida por uma única pessoa. No caso
de as competências decisórias ficarem a cargo do proprietário, isto é, não serem
delegadas, tudo fica sob o peso de sua gestão centralizada e de sua própria
avaliação.
No caso das MPME brasileiras, a abertura do mercado tem exigido dos
empresários uma preocupação crescente com a capacidade competitiva dos seus
produtos/serviços. Buscar aumentar a qualidade, a produtividade e a reduzir seus
custos passou a ser o grande desafio das empresas brasileiras para disputar com os
produtos importados segmentos antes cativos do mercado interno e, em alguns
casos concorrer no mercado internacional.
Antes as empresas visavam somente o lucro com base na venda dos
produtos e/ou serviços, hoje a preocupação não está somente no aumento da
lucratividade, há também outras esferas a serem trabalhadas e uma delas é a
criação de relacionamento com os clientes e a análise constante do mercado.
Com relação ao mercado de veículos pesados, especificamente, no caso
desta monografia, de revenda de caminhões, existe um segmento próprio, pois os
consumidores, neste caso, pretendem adquirir um produto diferenciado, que não
será como um carro comum, mas servirá para outros intuitos como trabalho ou ainda
para uma organização.
Isso mostra que este segmento é bastante atrativo, principalmente para as
indústrias automobilísticas e para as concessionárias que querem conquistar este
nicho de mercado, já que os caminhões possuem um valor mais alto do que os
veículos menores, contudo, como dito acima, dependem de outros fatores para que
os consumidores possam adquiri-los.
Assim, para aumentar as vendas, por exemplo, existem sempre muitas
alternativas e justamente por isso a relação da empresa com seus consumidores
deve ter um diferencial para que possa fidelizar seus clientes e ao mesmo tempo
conquistar mais mercado.
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Diante da pesquisa apresentada, foi possível ainda observar que a decisão de
comprar um caminhão novo ou usado motiva-se muito mais pela necessidade do
que pela vontade de adquirir este produto. Isso ficou claro diante das respostas
obtidas quando as empresas foram questionadas sobre o número de vendas durante
o mês, bem como no caso dos clientes que voltam para adquirir outros caminhões.
Da mesma forma, foi possível concluir que é importante para as empresas
manter uma boa qualificação dos vendedores para que seja enfatizar a relação
comercial, pois o relacionamento é um dos fatores mais importantes na tomada de
decisão de compra e se torna um diferencial para a empresa. Já com relação ao
produto e à venda, ficou demonstrado que também influenciam na decisão de
compra, por isso são valores que devem ser agregados para que possam ser
utilizados pela empresa no momento de competir no mercado.
46
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marketing.
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2012.
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ANEXO A – QUESTIONÁRIO
Questionário aplicado aos funcionários e diretores da empresa estudada.
1. Quantidade de vendedores internos e externos que trabalham na empresa:
2. Existe pós-venda?
3. Quantos clientes voltam e compram novamente:
4. A empresa possui vendas e atendimento via internet (on line)?
5. O produto tem quais garantias e qual o tempo referente a estas garantias?
6. Quantidade de veículo vendidos à vista e financiados:
7. A empresa é cadastrada à alguma financeira, qual a classificação e que
condição especial consegue?
8. Qual diferencial na compra?
9. Qual diferencial na venda?
10. Como é feito o teste de qualidade?
11. Qual a média de Rotatividade da empresa?
12. Quantas empresas na cidade de Pará de Minas vendem pra outras cidades?
13. Percentual de vendas da empresa estudada dentro e fora de Pará de Minas:
14. Quantos caminhões a empresa vende (usados e novos):
15. Quantos caminhões a empresa compra (usados e novos):
16. Percentual de lucro em cada venda, sendo, usado sem troca, usado com
troca, novo sem troca e novo com troca.
O questionário foi aplicado nas empresas do setor estudado, sendo, na
empresa estudada e nas demais existentes na cidade estudada, sendo um total de 4
empresas. Foram entrevistados os proprietários dessas empresas, onde forneceram
todos os dados com a devida clareza.
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