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POSTERES
ENFERMAGEM
217
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-01
ENF-P-02
A CAPACITAÇÃO COMO INSTRUMENTO PARA O ADEQUADO
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NUMA
UNIDADE DE HEMODIÁLISE
BETAGNA, R.; OLIVEIRA,A. S.; GONÇALVES,R.T.; SILVA, V. M.
CNH-CENTRO DE NEFROLOGIA E HIPERTENSÃO – SANTO ANDRÉ E
SANA DOMUS – EMPRESA DE TECNOLOGIA EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE - SÃO PAULO, 2003.
A EFICÁCIA DA HEMODIÁLISE COM O USO DE AGULHAS 15G NAS
PUNÇÕES DE FÍSTULA ARTÉRIO-VENOSA
FENGLER, K. P. M.; DEMIN, M. S. S.; LAUTERT, L.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DOS SUL
Introdução: Os resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde representam apenas 2%
do total de resíduos gerados no meio urbano. Entretanto, são as suas características especiais de periculosidade e concentração que conferem o risco à saúde pública e ao meio
ambiente. Esta especificidade é o que determina a sua manipulação em separado, seguindo normas regionais e nacionais tendo como objetivo um adequado gerenciamento dos
resíduos das instituições de saúde. O papel da educação no gerenciamento dos resíduos
de saúde é um processo de envolvimento, a longo prazo, através da conscientização e da
percepção da mudança de hábitos e rotinas ligadas à manipulação dos resíduos. A consciência ambiental desertada a partir deste processo, culmina numa melhoria contínua de
todas as atividades envolvidas. Objetivo: O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da capacitação como instrumento essencial no adequado gerenciamento de resíduos
de saúde, em uma clínica de hemodiálise, durante a implantação do PGRSS (Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde). Metodologia. Dividimos teorica mente a capacitação para o gerenciamento dos resíduos da Clínica em 4 fases: Fase I Multiplicadores – que consistiu na capacitação de líderes setoriais . A Fase II - Sensibilização Contínua através de folhetos explicativos, banners, fotos e cartazes afixados na
Clínica, com temas ligados ao meio ambiente, saúde pública, saúde do trabalhador, resíduos sólidos, resíduos de saúde e todas as fases da implantação do gerenciamento dos
resíduos no estabelecimento. A Fase III – Fase de Convívio – restrições e adesões a
implantação através da observação dos líderes setoriais. E a Fase IV - Curso, através de
aulas expositivas sobre Resíduos Sólidos Urbanos, Resíduos de Saúde, Etapas da implantação do plano de gerenciamento, envolvendo desde os funcionários da limpeza até a alta
diretoria da instituição. Em todas as fases o processo de implantação do PGRSS foi avaliado através de um questionário que abordava a avaliação da implantação e a percepção
das atitudes em relação aos resíduos sólidos. Conclusões: Foi possível a formação de
multiplicadores setoriais. O convívio direto com os funcionários durante a rotina de geração, segregação, coleta e armazenamento, mostrou que houve um envolvimento da
grande maioria dos atores. Entre os dados levantados nos questionários observou-se que
os médicos são mais insensíveis e resistentes as mudanças A exposição contínua ao tema
permitiu sensibilizar e conscientizar uma grande parte dos funcionários e dos pacientes,
sobre a importância das atividades aplicadas e do processo de gestão. Embora não exista
elementos quantitativos para medir o grau de consciência e mudanças de atitudes,
podemos por outro lado, mostrar que o envolvimento dos atores consiste no primeiro
passo para o sucesso da implantação do PGRSS.
Introdução: Atualmente, os pacientes em programa de hemodiálise recebem o
tratamento de forma “standard”, isto é, o mesmo tempo, a mesma quantidade de
sessões e hemodialisadores com características muito semelhantes. Ignoram-se as
necessidades individuais de depuração de solutos versus as distintas necessidades
metabólicas que cada insuficiente renal apresenta durante o tratamento substitutivo. Existem fatores que se tornam fundamentais quando mensurado os resultados
(sinais/sintomas e exames laboratoriais) do tratamento hemodialítico, e portanto,
se incluídos e adaptados em algumas situações clínicas durante o tratamento, influenciam na maneira como os produtos nitrogenados serão depurados ou removidos
do sangue. Entre esses fatores, acredita-se que aumentando o calibre da agulha de
punção da fístula artério-venosa seja uma medida que possibilite a melhora do
fluxo sangüíneo durante a sessão de hemodiálise melhorando assim o quadro clínico do paciente. Este estudo, tem o intuito de descrever a eficácia da diálise alterando o tipo de agulha para punção em fístula artério-venosa. Para isto foi usado como
parâmetro para análise a cinética da uréia, ou seja, a depuração desta molécula de
médio peso molecular da corrente sangüínea.
Metodologia: Para a realização do estudo foram escolhidos 10 pacientes insuficientes renais crônicos em tratamento hemodialítico, não diabéticos, de ambos os
sexos, com peso-seco entre 65-75Kg e que usam fístula artério-venosa com anastomose radio-cefálica, com no mínimo dois anos de uso. Foram analisados os
Kt/v(s) das diálises do meio da semana durante 8 semanas. Nas quatro primeiras
semanas foram utilizadas agulhas 15G. Nas outras 4 semanas foram usadas agulhas 16G. A análise se deu comparando os resultados dos Kt/v(s) de as ambas agulhas. Estes pacientes foram submetidos igualmente a hemodiálise com as seguintes
prescrições: tempo de hemodiálise 4 horas, fluxo de bomba de sangue igual ou
superior a 350ml/min, fluxo de dialisato 500 ml/min, superfície de capilar 1,7 m2.
Resultado: As análises estatísticas não demonstraram diferença estatisticamente significativa entre os Kt/v(s) das diálises em que foram usadas agulhas 15G nas FAV
em relação as diálises onde usou-se agulhas 16G (p=0,0785) para punção de FAV.
Conclusão: Apesar de não termos encontrado diferença estatisticamente significativa sugerimos que este estudo seja repetido com um número maior de sujeitos e
mantendo o mesmo número de amostra. Acreditamos que desta forma poderíamos
demonstrar a eficácia ou não do uso da agulha 15G em relação ao uso de agulhas
16G para punção de FAV para hemodiálise, através da análise do Kt/v.
ENF-P-03
ENF-P-04
A EXPERIÊNCIA DE SER DEPENDENTE DA MÁQUINA DA HEMODIÁLISE
LOPES, H. H.; SADALA, M. L. A.; LORENÇON, M.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP
A PARTICIPAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRTAMENTO CONSERVADOR
LEAL, F. L. O. F.; PITTA, N.; OLIVEIRA, M. S.
CLINICA DE DOENÇAS RENAIS-CDR-CASCADURA/RIO DE JANEIRO
A hemodiálise é um procedimento terapêutico utilizado com pacientes que apresentam falência renal, proporcionando reabilitação e expectativa de vida razoável,
entretanto não cura ou reverte a doença renal. Esses pacientes podem ser submeti dos a hemodiálise durante o resto de suas vidas, de 2 a 3 vezes por semana, até
receberem um transplante bem-sucedido. O tratamento hemodialítico provoca profundas mudanças para o paciente renal crônico, que comprometem o aspecto não
só físico, mas psicológico, com repercussões pessoais, familiares e sociais. Este
estudo tem o objetivo de compreender a experiência de pacientes que convive com
a terapia da hemodiálise. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais gravadas, conduzidas mediante uma questão única “O que significa conviver
com a máquina da hemodiálise”. Foram entrevistados 15 pacientes, 9 mulheres e
6 homens, entre 28 e 77 anos, em Unidade de Hemodiálise de hospital universitário
do interior do Estado de São Paulo. As convergências dos depoimentos dos participantes desvelaram 3 grandes categorias que descrevem o fenômeno estudado.
O primeiro tema, a máquina de hemodiálise, abrange três subtemas: a perda da
liberdade, a dependência da equipe de saúde e as alterações na rotina diária. O
segundo subtema, melhora da qualidade de vida, abrange os subtemas: alívio do
sofrimento e adaptação à nova realidade. O terceiro subtema, a reflexão sobre a
própria experiência, abrange os subtemas: o significado da máquina na sobrevivência e perspectivas para o amanhã. Os resultados do estudo sugerem que os
principais pontos de preocupação dos pacientes referem-se: 1º a perda da autonomia do próprio corpo, representada pela dependência extrema da máquina e dos
cuidados dos profissionais; 2º as dificuldades para superar os bloqueios impostos
pela condição que vivenciam. Oferecer-lhes apoio na superação das limitações
impostas pela doença no sentido de perceberem-se ainda como pessoas com possibilidade de vir-a-ser aparece como um importante papel a ser desempenhado
pelos profissionais da área.
Trabalho desenvolvido de form ambulatorial com grupo de 50 pacientes en tratamento conservador, com o objetivo de preparar esses pacientes para serem encaminhados para uma das modalidades de substituição da função renal. Desenvolvimento: montado ambulatório de comsultas com nefrologista e com acompanhamento do enfermeiro os pacientes são invetigado, avaliados e orientados a
respeito da patologia e formas de tratamento, o enfermeiro desenvolve a participação de transmitir orientações atraves de consultas preparando esse paciente para
caso não consiga se manter em conservador no momento necessário aceite e esteje preparado para aceitar o tratamento. ambulatório montado junto a uma clinica
satélite de portadores de insuficiência renal crônica em progama de hemodiálise
todos pacientes entran em contato com demais pacientes pois a sala de espera é a
mesma no decorrer das consultas vão se familiarizando com tratamentos oferecidos, no decorrer das consultas todo conhecem as salas de tratamentos fazen
amizade com os pacientes crônicos em programa, são préviamente preparados com
fistula artério venosa, são emcaminhados para vacinar, semanalmente retornão a
clinica para serem avaliados pela enfermeira onde são pesados verificada pressão
arterial, ganho de peso e administrada medicações prescritas. considerações finais
nesse grupo de pacientes muitos foran encaminhados para transplante sem precisa
entrar em urgência, algus quando não mais possivel manter-se em conservador já
encontrava-se preparados para iniciar o tratamento em condições de escolher entre
hemodiálise ou diálise perritoneale dentro da disponibilidade de doador vivo até
mesmo pelo transplante, salientando que todos pacientes são conveniados, a próposta é concientizar que deveria existir programas de assistência básica pelo sus
para atender as pessoas carentes visando o alto custo investido no doente crônico
que procura os hospitais público, que no momento prestão assistência emergencial
e logo envião para os centros satélites e com isso recebemos os pacientes em precaris condições, totalmente desenformados, acarretando um custo muito elevado
para as clínicas que estão em crise financeira, a beira de um colápso, irc, precisa
ser tatada como programa de saúde pública de assistência bâsica esse trabalho evidencia a falta de progamas rede de base.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
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Enfermagem
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ENF-P-06
A QUALIDADE DE VIDA NAS TERAPIAS DIALÍTICAS: HEMODIÁLISE
E DIÁLISE PERITONEAL
PASQUAL, D. D.; BORGHI, A. C. S.; LENARDT, M. H.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
ADESÃO AO TRATAMENTO DE DIÁLISE PERITONEAL
FIGUEIREDO, A. E. P. L.; SANTOS, K.; CREUTZBERG, M.
FACULDADE DE ENFERMAGEM DA PUCRS E SERVIÇO DE NEFROLOGIA DO HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS
Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, desenvolvido junto a população
adulta e idosa de uma clínica de doentes renais de Curitiba. Teve como objetivo
avaliar a influência da diálise peritoneal na qualidade de vida dos doentes renais
crônicos que se submeteram anteriormente à terapia hemodialítica, segundo ele
mesmo, visto que o conceito de qualidade de vida é subjetivo e apenas o indivíduo
a pode determinar. Os participantes do estudo foram 14 doentes renais crônicos
que realizavam diálise peritoneal ambulatorial contínua ou diálise peritoneal contínua cíclica. O estudo se justifica pela carência de literatura relatando a opinião do
doente quanto as mudanças na qualidade de vida frente as duas terapias. A coleta
dos dados se deu por meio de entrevista contendo questões abertas e fechadas, com
a utilização de um gravador, e que posteriormente foram transcritas. A análise dos
dados foi apresentada na forma de gráficos e recortes de fala dos doentes e podese evidenciar a satisfação do doente com a diálise peritoneal, visto que a alimentação é mais flexível, a retirada lenta dos resíduos metabólicos não provoca distúrbios cardiovasculares súbitos e a liberdade do doente para realizar atividades
sociais significativas é mais efetiva, o que proporciona melhoria na qualidade de
vida. Ressalta-se a importância do enfermeiro em estar atento para as necessidades
do doente, não apenas técnica-científica, mas também aos valores que este credita
a sua vida. Estar fornecendo informações claras e objetivas para que o doente possa participar ativamente das escolhas disponíveis e mais apropriadas ao seu estilo
de vida, para que os impactos causados pelas mudanças sejam minimizados.
Adesão ao tratamento nos pacientes em diálise peritoneal (DP) e o conhecimento
da técnica pelo paciente são fatores importantes para a adequação de diálise.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar a adesão do paciente em DP
em relação a realização das trocas prescritas através de inventário de estoque domiciliar e verificar se há alguma diferença de adesão entre os pacientes que escolheram DP como primeira opção de tratamento.
Método: Pacientes estáveis em diálise peritoneal foram incluídos, o inventário de
estoque domiciliar foi obtido através de telefonemas para os pacientes com intervalo de 1 e 2 meses. A adesão foi calculada dividindo-se o número de trocas realizadas pelo número de trocas prescritas, e o resultado foi multiplicado por 100. O
paciente era considerado aderente ao tratamento quando realizava mais de 90% das
trocas.
Resultados: A amostra se constituiu de 30 pacientes, com idade média de 52,8
anos variando de 21 a 83, sendo sete (23%) diabéticos e 19 (63%) mulheres.
Optaram por DP 19 pacientes (63%), enquanto 11 (37%) tiveram indicação de DP.
Aderência foi encontrada em 21 pacientes (70%). Entre os 9 não aderentes a média
de trocas de bolsa foi de 82%. Dos pacientes que escolheram DP 67% foram aderentes, enquanto, apenas 33% dos que não escolheram. O Kt/V semanal dos
pacientes aderentes foi de 1,9, e de 1,53 nos não aderentes. Os episódios de peritonite não variaram muito nos dois grupos sendo de 0.4 e 0.5 episódio/ano para não
aderentes e aderentes, respectivamente.
Conclusão: Este estudo mostra que apesar das complexidades do tratamento, 70%
dos pacientes em DP são aderentes. Os dados sugerem que a opção pelo método
dialítico está associada a maior adesão ao tratamento. A enfermeira como responsável pelo treinamento e revisão do tratamento do paciente deve estar atenta aos
sinais da não aderência e procurar estratégias que ajudem-no a entender a
importância das trocas de bolsa para a manutenção da saúde.
ENF-P-07
ENF-P-08
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS QUE INTERFEREM NO TREINAMENTO DA DIÁLISE PERITONEAL DOMICILIAR COM INFLUÊNCIA
NO TEMPO LIVRE DE PERITONITE – RESULTADO PRELIMINAR
ABREU, R. C.; CARAMORI, J. C. T.; PEREIRA, E. R. P. C.; FIORAVANTE, A.
M.; LORENÇON, M.; CRUZ, A. P.; GABRIEL, D. P.; BARRETTI, P.
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU
ASPERGILLUS TERREUS EM CATÉTER DE TENCKHOFF EM PACIENTE EN DPA
RIBEIRO, C. A.; LIMA, M. G. M. S.; GUERRA, A.
GRUPO DE ASSITÊNCIA MÉDICA NEFROLÓGICA-GAMEN-RJ
Introdução: A diálise peritoneal (DP) destaca-se pela conveniência de permitir
um tratamento ambulatorial. Paciente e/ou familiar responsável pela execução da
técnica recebem treinamento da DP (Tr DP) para realizá-la no domicílio. Poucos
estudos discutem os fatores envolvidos nos resultados do Tr DP e a evolução clínica do paciente. A complicação mais comum relacionada à DP é a peritonite e o
desempenho incorreto da técnica pode levar ao seu surgimento. Este estudo pretende avaliar se características epidemiológicas interferem no resultado obtido no
Tr DP e o seu impacto no tempo livre de ocorrência de peritonite.
Métodos: estudo retrospectivo de 37 pacientes em DP, tratados de 10/2002 a
10/2003, avaliou-se a influência dos caracteres epidemiológicos do paciente
(gênero, idade, estado civil, escolaridade, situação profissional, cidade de procedência, encaminhamento nefrológico pré-diálise) nos resultados do Tr DP
(desempenho: ideal ou regular; tempo dispensado: mínimo, médio ou máximo e
efetor da técnica: paciente ou outra pessoa, considerando o grau de parentesco) no
tempo livre da primeira peritonite. Comparações estatísticas foram feitas com teste
exato de Fisher e análise de sobrevivência utilizando o estimador de Kaplan–Meyer.
Resultados: o tempo dispensado para o Tr DP foi influenciado pela escolaridade:
pacientes com menor escolaridade dispensaram maior tempo (três sessões) para
atingir o esperado; o tempo dispensado foi influenciado pelo grau de parentesco da
pessoa que realizou o Tr DP (maior quando não há parentesco). A probabilidade
de permanecer livre da primeira peritonite até 12 meses de tratamento foi maior
para aqueles cujo Tr DP foi concluído no tempo médio e quando o efetor da técnica foi outra pessoa.
Conclusão: O Tr DP merece minuciosa avaliação preliminar. Menor escolaridade
e pessoas contratadas necessitaram de maior tempo para concluir o Tr DP. Tempo
de Tr DP e efetor da técnica influenciaram na ocorrência de peritonite. Aspectos
peculiares sobre o efetor da técnica merecem estudos complementares.
Introdução: Peritonite fúngica e uma complicação grave na diálise peritoneal com
uma incidência variando entre 3 e 15%, entre as diferentes series, a maioria resultando em troca de modalidade de tratamento, quando causadas pela espécie
Aspergillus apresentam dificuldade de tratamento com alta morbi-mortalidade.
Métodos: Observamos durante consulta clinica, na inspeção do cateter de Tenckhoff, coloração acinzentada dentro do cateter, em paciente diabética, 64 anos, deficiente visual, no 3ºano de DPA. A paciente estava assintomática, sem infecção do
orifício de saída ou peritonite. Um fragmento do cateter enviado para cultura revelou
Aspergillus terreus. Hemoculturas foram negativas para Aspergillus. Sorologia
por imunodifusão radial dupla também foi negativa para Aspergillus. Cultura de
efluente peritoneal negativa e citometria do efluente normal. Procedeu-se troca do
cateter, e a paciente continuou em DPA recebendo durante um mês tratamento com
itraconazol como profilaxia de infecção.
Discussão: Infecçãofungica pela espécie Aspergillus freqüentemente esta associado com infecção humana. Pacientes em diálise são imunossuprimidos e dificilmente erradicam fungos, aumentando a possibilidade de contaminação peritoneal.
Aspergillus terreus é um dos mais comuns. A remoção do cateter esta indicada, por
que o paciente apresentava colonização do mesmo.
Conclusão: A inspeção do cateter e fundamental e bem como a sua remoção quando houver colonização, evitando o aparecimento de peritonite e a disseminação da
infecção.
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XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
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ENF-P-10
ASSOCIAÇÃO ENTRE FERRO ENDOVENOSO E PERITONITE EM
DIÁLISE
CONTI, A.; FIGUEIREDO, A. E.; SANTOS, C. A. L.
PUCRS
ATENDIMENTO AO PACIENTE EM PCR EM UMA UNIDADE DE
DIÁLISE: REVISÃO DE LITERATURA
GOUVEIA, A. C. J.; RIBEIRO, R. C. H. M.; KOGUCHI, L. B.; CESARINO, C.
B.; FARIA, J. I. L.
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Introdução: O uso de eritropoietina (EPO) no tratamento da anemia em diálise
peritoneal crônica (DPC), aumentou os requerimentos de ferro endovenoso(EV).
No entanto, observou-se que alguns pacientes em DPC, após uso de ferro EV,
apresentaram peritonite. Há evidências na literatura demonstrando associação
entre uso de ferro terapêutico e surgimento de infecções agudas. Para alguns
pacientes há um risco potencial aparente, pois peritonite é a maior causa de morte
e drop-out em diálise peritoneal.
O objetivo do estudo foi demonstrar a associação entre uso de ferro EV e ocorrência de peritonite em pacientes em DPC.
Pacientes e Métodos: Em 48 pacientes em DPC de um hospital universitário,09
receberam ferro EV, e observou-se que 3 pacientes após uso de sacarato hidróxido de ferro EV- apresentaram peritonite, Os critérios para diagnóstico de peritonite foram presença de líquido turvo, citológico com mais de 100 leucócitos/
mm3 e mais do que 50% de polimorfonucleares.
Resultados:
Pacte
Id
01
02
03
24a
43a
55a
Tempo
Nº
Peritonite X
Início
DPC Peritonite
Fe IV
Sintomas
Pós-Fe
14m
05
03
24hs
20m
03
01
24hs
84m
06
01
04d
Citológico
F
% Sat
Leucócito/
Germes
Sérico transf
Neutrófilo
µg/dL
2830/84% Cult negat
44
23%
6300/85% S. aureus
58
29%
2480/97% acinectobacter
54
36%
Ferritina
ng/dL
133
56,7
180
Conclusões: Em três pacientes submetidos a DPC o tratamento da anemia com
ferro EV proporcionou o surgimento de peritonite, entre um período de 24hs a 4
dias. Há evidências que a infusão de ferro endovenoso expõe determinados
pacientes a um potencial risco para o desenvolvimento de peritonite. No entanto
mais pesquisas são necessárias nesta área para demonstrar a associação entre o uso
de ferro EV e infecções.
O tema Parada Cardiorrepiratória (PCR) em unidade de diálise não é comumente
abordado na literatura, talvez devido ao pequeno número de ocorrências de PCR
neste setor. A atualização e treinamento constantes são necessários aos profissionais de enfermagem envolvidos no atendimento ao cliente em tratamento dialítico
e em situação de PCR, bem como uma padronização das condutas para esse atendimento.
De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, é de responsabilidade do enfermeiro manter-se atualizado e também promover e/ou facilitar o
aperfeiçoamento técnico, científico e cultural do pessoal sob sua orientação e
supervisão. Com isso, objetivou-se identificar os aspectos relevantes à proposição
de um Programa de Educação Continuada para o atendimento ao cliente em PCR.
Trata-se de uma revisão bibliográfica, com literatura específica disponível no acervo da Biblioteca da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP).
Foi consultada também, a fonte bibliográfica informatizada de literatura científica,
Lilacs, índex que reúne a literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde. Assim, realizou-se a análise objetiva dos conteúdos pesquisados, abordando os aspectos referentes aos pontos relevantes no atendimento a um paciente em
PCR. Tais aspectos compreendem: o conhecimento sobre a PCR, sua definição,
causas, sinais e sintomas e modalidades; os recursos materiais utilizados; os cuidados, rotina e controle do carro de parada; a terapêutica farmacológica utilizada e
suas vias de administração; a equipe envolvida no atendimento e suas atribuições;
a seqüência do atendimento ao cliente e outros procedimentos que podem ser
necessários durante esse atendimento.
ENF-P-11
ENF-P-12
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INFORMAÇÃO DO PACIENTE RENAL
CRÔNICO EM PROGRAMA DE HEMODIÁLISE
MARCOLINO, S. M. F. C.; CARAMORI, J. C. T.; LORENÇON, M.; MARINHO, L. C. R.; PEREIRA, E. R. P. C.; ABREU, R. C.; BARRETTI, P.;
HOSPITAL DAS CLINICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU UNESP
AVALIAÇÃO DOS CONHECIMENTOS E DA COMPLACÊNCIA DO
PACIENTE RENAL CRÔNICO EM DIÁLISE PERITONEAL - PROJETO
PILOTO
PEREIRA, E. R. P. C.; MARINHO, L. C. R.; LORENÇON, M.; ABREU, R. C.;
CRUZ, A. P.; GABRIEL, D. P.; BARRETTI, P.; CARAMORI, J. C. T.;
UNESP - FACULDADE DE MEDICINA - BOTUCATU -SP
Introdução: A humanização nos Serviços Hospitalares tem sido uma tônica de
caráter mundial. Desde o primeiro contato do paciente com a Instituição há uma
interação que poderá prolongar-se indefinidamente. VUORI, 1998 & DONABEDIAN, 1990, enfocam as necessidades do cliente referindo-se aos Sete Pilares de
Qualidade em Saúde. MIRSHAWA (1994) divide a qualidade do Serviço em
Qualidade Clínica e Qualidade voltada para o cliente, destacando-se a importância
dos cuidados pessoais implicando em necessidades comportamentais como: acessibilidade, respeito, orientações, cortesia, atenção e tratamento personalizado. Este
trabalho tem como objetivo avaliar o nível de informação do paciente renal crônico, em programa de Hemodiálise em relação ao Tratamento Hemodialítico, o
Autocuidado e às Rotinas da Unidade de Diálise.
Métodos: Fizeram parte do estudo 31 pacientes em programa de hemodiálise
crônica, conscientes e orientados ao responderem as questões. Foram entrevistados
através de questionário dirigido, durante as sessões de hemodiálise. As questões
para abordagem do nível de informações foram divididas e três avaliações, sendo:
quanto ao Tratamento Hemodialítico (Avaliação 1), o Autocuidado (Avaliação 2)
e as Rotinas da Unidade (Avaliação 3). O número de questões para cada avaliação
foram nove para a Avaliação 1, nove para a Avaliação 2 e 17 para a Avaliação 3.
Análise dos Dados: Compilados de acordo com respostas afirmativas e negativas.
Resultados: Para a Avaliação 1, cinco (55,5%) das respostas foram afirmativas e
quatro (44,4%), negativas. Para a Avaliação 2, nove ( 100%) das respostas foram
afirmativas e para a Avaliação 3, 12 (70,5%), foram afirmativas e cinco (29,4%),
foram negativas.
Conclusão: O grau de informação do paciente difere de acordo com a natureza do
conhecimento, sendo, ótima para as questões do Autocuidado, boa para as Rotinas
do Serviço e regular para o Tratamento Dialítico.
Introdução: Dentre as modalidades de tratamento (tto) para Renais Crônicos, a
diálise peritoneal (DP) possibilita maior independência e liberdade . É indispensável o compromisso com o autocuidado e complacência para o sucesso do
tto e melhora da qualidade de vida.
Objetivo: Avaliar o conhecimento dos pacientes sobre a DP e verificar a
adesão ao método.
Método: Perguntas objetivas em extenso questionário, sobre o envolvimento com o enfermeiro, entendimento dos familiares epacientes no tto e no
desenvolvimento da técnica.
Resultados: Analisadas informações de 14 pacientes, de ambos os sexos, com
idade > 18 anos: 70% dos pacientes em DP há mais de um ano e a escolha
do método foi definida entre médico e paciente; 60% referiram que mudaram
pouco o estilo de vida para a adaptação a DP. Quanto ao nível de conhecimento,
70% conhecem detalhes do tto que fazem, a partir de informações da equipe multiprofissional. Dentre os problemas, a peritonite foi a principal complicação, presente em 60% dos pacientes; destes, 60% afirmam não saber a causa que os
levou à infecção; assim, revelam não terem orientações na prevenção de novas
infecções. Quanto à adesão 80% descreveram corretamente a sequência da técnica, entretanto nos relatos do estoque de bolsas de diálise para avaliar complacência, não houve retorno adequado da informação. No atendimento na unidade
de diálise, 100% estão satisfeitos, 100% são assíduos na consulta e coleta de exames; 90% expôem suas dúvidas, 80% se sentem esclarecidos e 90% referem ser
bem atendidos pela equipe da diálise.
Conclusão: A DP é um tto em que o envolvimento multiprofissional, pacientes e
familiares é importante para o sucesso da terapia. A transmissão de conhecimentos aos usuários desde o início do tto, e em especial a atuação do enfermeiro
como educador e facilitador do conhecimento da DP; é o elo de ligação entre
paciente e equipe.Os pacientes têm conhecimento do tto e o realizam corretamente.
A avaliação individualizada da peritonite deve preocupar-se em propor protocolos de prevenção, identificando o fator de risco presente.Os instrumentos de
avaliação da complacência que foram aplicados não forneceram conclusões
seguras.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
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Enfermagem
J. Bras. Nefrol
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ENF-P-14
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DE FISTULAS ARTERIOVENOSAS
CONFECCIONADAS EM REGIÃO PROXIMAL E DISTAL EM MEMBRO SUPERIOR
LOBATO, C. M. O.; GUIMARÃES, G. L.; RODRIGUES, V. P.; FARIAS, W.
B.;
FACULDADE DE ENFERMAGEM DE CARATINGA E RENALCLIN LTDA
MANHUAÇU MG
CAUSAS DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES E ÓBITOS DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC) EM PROGRAMA
DE HEMODIÁLISE.
PEREIRA, F. D.; LOUZADA, R. A. P.; DIAS, T. S.; PRADO, F. V.; MOYSES
NETO, M.
SERVIÇO DE NEFROLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
Introdução: O acesso vascular é de suma importância para a realização e o sucesso da terapia hemodialítica, constituindo-se em um dos fatores determinantes para
a sobrevida dos pacientes em terapia renal substitutiva. Dentre os tipos de acesso,
a Fistula arteriovenosa descrita por Brescia e Cimino, ao longo do tempo tem-se
mostrado o tipo de acesso que melhor resultado tem apresentado.
Objetivos: 1- identificar os locais de anastomoses das Favs; 2- realizar um levantamento quanto aos aspectos funcionais(fluxo de sangue, tamanho de área
disponível para punção, valor de pressão venosa); 3- descrever o Kt/v obtido .
Material e método: total da amostra 122 pacientes; os dados foram colhidos
durante a realização da sessão de hemodiálise(HD) na primeira HD da semana; a
leitura do fluxo de sangue era obtido a cada hora de sessão através do visor digital da bomba de sangue em uso; a pressão venosa(Pv) foi obtida na 1º hora da
sessão, onde o fluxo da bomba de sangue era reduzido para 100ml/min durante 5
min; utilizando uma régua graduada em centímetros a área disponível para punção
foi medida, tendo como referência: a- distância entre as agulhas de 5 cm; bpunção arterial afastada a 3cm da anastomose.
Resultados: Favs localizadas em região proximal 35%, região distal 65%; média
de fluxo de sangue em anastomose confeccionada em região distal 374ml/min, DP
49,07; média da área em cm para punção 13,49 , DP4,30; média da PV 92,85
cmH2O, DP 23,28; média de Kt/v 1,65 DP 0,27; média de fluxo de sangue em
anastomose confeccionada em região proximal 399ml/min, DP 46,47; média da
área em cm para punção 10,49 DP 3,17; média de PV 97,98 cmH2O , DP 24,82;
média de Kt/v 1,64 DP 0,25.
Conclusão: o principal local de confecção de anastomose arteriovenosa é a região
distal; não evidenciou-se diferença estatística importante entre os grupos quanto
as características funcionais e no Kt/v obtido.
Objetivo: Devido a alta taxa de morbidade nos pacientes com IRC, o objetivo
desse trabalho foi verificar as causas de internação e óbito dos pacientes em programa regular de hemodiálise (HD).
Pacientes e Métodos: Durante um período de 30 meses foram registradas, de
maneira prospectiva, todas as internações, suas causas e evolução, além dos óbitos
e suas causas, de todos os pacientes em tratamento HD.
Resultados: Foram acompanhados 335 pacientes no período, (205 masculino e
130 feminino) num total de 558 internações. A idade média dos pacientes foi de
52,95 anos ± 15 , com tempo de tratamento hemodialítico com mediana de 34
meses (variando de 1 a 172 meses). A etiologia da Insuficiência Renal Crônica
(IRC) mais prevalente foi a Nefropatia Diabética 20,29% (68 pacientes), seguida
de Nefropatia Hipertensiva 18,20% (61 pacientes); porém, foi observado que a
maioria dos pacientes apresentam etiologia desconhecida 33,13% (111 pacientes).
As principais causas de internações estão relacionadas com acesso de diálise
(24,73%), eventos cardiovasculares (22,22%) e causas infecciosas (19,71%). Dentre as patologias isoladas as principais causas de internações foram: confecção de
Fístula-Artério-Venosa (8,60%), cirurgias eletivas (7,17%), pneumonia (6,63%) e
hemorragia digestiva (6,45%). O número de óbitos neste período foi de 57
pacientes (12,20%), sendo as principais causas os eventos cardiovasculares
(61,40%) e infecções (22,80%). Dentre as patologias isoladas as principais causas
de óbito foram: Acidente vascular cerebral (26,32%), Infarto agudo do miocárdio
(19,30%) e infecção de CDL (cateter de duplo lúmen para hemodiálise) (14,03%).
Conclusão: A maior causa de internações está relacionada ao acesso vascular,
causas infecciosas e eventos cardiovasculares; assim como as principais causas de
óbitos estão relacionadas com eventos cardiovasculares e infecções. Concluímos
que apesar do acesso vascular ser uma complicação frequente dos pacientes em
hemodiálise, os eventos cardiovasculares e infecciosos são ainda as principais
causas de óbitos entre esses.
ENF-P-15
ENF-P-16
CLASSIFICAÇÃO E CUIDADOS DO LOCAL E TÚNEL DE SAÍDA DO
CATETER DE TENCKHOFF NA UNIDADE DE DIÁLISE PERITONEAL
DO HOSPITAL DE BASE DE S. J. DO RIO PRETO-SP
RIBEIRO, R. C. H. M.; BERTOLIN, D. C.; ZANFORLIN, A. L.; CESARINO, C. B.;
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
COMPLICAÇÕES TARDIAS EM CATETERES DE DUPLO LÚMEN EM
HEMODIÁLISE
LORENÇON, M.; BALBI, A. L.; MARTIN, L. C.; CRUZ, A. P.; ZUMBA, E. C.
S.; KOCCHI, A. C.;
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP
O sucesso da Diálise Peritonial(DP) crônica está relacionado a um acesso seguro
e permanente à cavidade peritoneal ,a inserção e manutenção do cateter peritoneal.
Uma das complicações importantes em DP relacionadas ao cateter é o granuloma
do orifício de saída, nem sempre relacionado à infecção local, processo inflamatório que persiste até que o ‘cuff’ externo acabe sendo eliminado do túnel correspondente . A infecção pericateter pode ser aguda ou crônica e deve ser identificada precocemente para que não seja a origem de outra infecção, como a peritonite, além de causar desconforto ao paciente.Em 1996 Tawardowski & Prowant
propuseram uma classificação dos locais e túneis de saída dos cateteres, a qual
possui suas bases nos sinais flogísticos e fases do processo de cicatrização. Este
estudo teve como objetivos: caracterizar os pacientes portadores de cateteres de
Tenckhoff, classificar o tipo de local e túnel de saída dos cateteres permanentes
implantados nos pacientes em diálise peritoneal e identificar os problemas relacionados ao manejo do cateter . Trata-se de um estudo prospectivo realizado na
unidade de tratamento dialítico do Hospital de Base da Funfarme de São José do
Rio Preto-SP. A população estudada é constituída por 31 pacientes em diálise peritoneal com cateter de Tenckhoff, idade variou de 35 a 78 anos, 61% feminina e
com predomínio da raça branca. Após a aprovação do comitê de ética e pesquisa
da FAMERP iniciou-se a coleta de dados. Os resultados demonstraram que quanto a classificação , 74% dividiu-se entre perfeito e bom, 13% dos sítios de acesso
apresentaram iinfeção aguda, sendo usado cefalexina oral como antimicrobiano
e13% foram classificados como duvidoso. Nos túneis classificados como infeção
aguda os sinais encontrados foram: eritema maior que 13mm de diâmetro, dor
local, crosta, exsudato e tecido de granulação exuberante. Quanto aos cuidados
com a fixação do cateter, 93% da população faz higienização apenas com água e
sabão e os outros 7% utilizam mupirocina tópica e gaze protetora ,61% dos
pacientes usam cinto fixador e posicionador de silicone e os demais apenas cinto
fixador .A concentração sérica de proteínas apresentou valores significativamente
mais baixos nos pacientes com infeção aguda em relação aos outros pacientes.
Concluímos que por esta classificação a maioria dos cateteres estavam divididos
entre perfeito e bom. Quanto aos cuidados 100% da população faz higienização
adequada do local de saída do cateteter e utilizam algum tipo de fixação para o
cateter. Assim não foram encontrados problemas com relação ao manejo dos
cateteres.
Introdução: O uso de cateteres de duplo lúmen de inserção percutânea é opção de
via de acesso central, rápida, segura e temporária para realização de hemodiálise,
podendo, entretanto, levar a complicações, principalmente se utilizados por longo
período.
Objetivo: Analisar, retrospectivamente, as complicações tardias decorrentes da
utilização dos cateteres de duplo lúmen em pacientes portadores de insuficiência
renal crônica ou aguda em tratamento hemodialítico.
Métodos: Foram analisadas, retrospectivamente, as complicações tardias (surgidas
após um período mínimo de uso de 03 dias) decorrentes do uso de cateter de duplo lúmen em pacientes submetidos à hemodiálise, atendidos em Hospital Universitário do interior de São Paulo, no período de março/2002 a dezembro/2003.
Foram também analisadas as soluções adotadas frente a estas complicações.
Resultados: Foram avaliados 117 pacientes que utilizaram 245 cateteres durante
o período (cerca de 2 cateteres/paciente). Características dos pacientes: 57 % eram
do sexo masculino; idade entre 22 e 80anos e com doenças de base: variadas,
sendo as principais: hipertensão arterial e a nefropatia diabética. 29% dos pacientes
apresentavam diagnóstico de Insuficiência Renal Aguda (IRA) ou IRA agudizada.
Principais complicações: obstrução parcial ou total de pelo menos uma das vias:
85%, e infecções associadas com uso do cateter: 7 %. Houve troca de 128 cateteres
(52%) para tentativa de resolução das complicações apresentadas. Todos os
quadros de infecção associados com a utilização do cateter foram resolvidos com
a retirada destes e uso de antibióticos.
Conclusões: A utilização de cateter de duplo lúmen pode provocar o surgimento
de diversas complicações em pacientes submetidos à hemodiálise. Foi observada
elevada incidência de complicações mecânicas e reduzida de processos infecciosos, prontamente resolvidos com a intervenção precoce. incidência de infecção
do cateter que pode ser decorrente dos cuidados com a manipulação do cateter.
Esta complicação foi resolvida com antibióticos e remoção do cateter. Consideramos necessário otimizar a manutenção dos cateteres a fim de mantê-los funcionantes.
Conclusão: A entrada em programa sem acesso definitivo e a necessidade de manter o acesso por longos períodos não isenta o paciente de complicações, que sendo
conhecidas podem ser evitadas e tratadas para a manutenção da qualidade da
hemodiálise.
222
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-17
ENF-P-18
CONHECIMENTO DO PACIENTE COM NEFROPATIA DÍABÉTICA EM
HEMODIÁLISE, SOBRE A IMPORTÂCIA DO ACESSO VASCULAR.
AZEVEDO, A. L.
INSTITUTO DO RIM
CONTROLE DE TRATAMENTO DE ÁGUA: VIABILIDADE DO SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DIRETA (LOOPING)
IIZUKA, I. J.; OLIVEIRA, M.; MOURA JUNIOR, D. F.; LASELVA, C. R.;
SANTOS, D. B. F. C.
HOSPITAL ALBERT EINSTEIN
A maioria dos pacientes com Diabete mellitus, apresentam certo grau de disfunção
renal. Esta patologia é devastadora em termos econômicos, sociais e de qualidade
de vida. O presente estudo objetiva investigar o nível de conhecimento dos
pacientes portadores de nefropatia diabética em tratamento hemodialítico, sobre a
importância do acesso vascular. O estudo de natureza exploratório e descritivo, foi
realizado em três clínicas de referência no serviço de diálise em Fortaleza-Ce. Os
dados foram coletados no período de janeiro à março de 2003. A análise foi realizada mediante gráficos e quadros. A amostra constituída de 40 pacientes com
Nefropatia Diabética em hemodiálise, tendo idade média de 40 à 60 anos, sendo a
maioria 60%(24) do sexo masculino. A maioria dos pacientes tinha como acesso
para tratamento a fístula arteriovenosa 70%(28). A causa mais frequente de perda
do acesso trombose 50%(20). A pesquisa evidenciou que 70% (28) dos pacientes
receberam orientações sobre a importância deste acesso no início do tratamento
hemodialítico. Também nos mostrou que 60%(24) afirmou ter recebido estas orientações pela enfermagem. É relevante a ênfase dada aos cuidados com o acesso
no domicílio , bem como nos serviços ambulatoriais. O acesso tem importância
crítica na manutenção do renal crônico terminal em hemodiálise. Assim esforços
devem ser feitos no sentido de um planejamento, uma estratégia para criação
racional e manutenção do acesso vascular, permitindo ampliação de sua vida útil.
Introdução: O tratamento de água é um componente de fundamental importância
para todo o processo hemodialítico. O sistema utilizado em nossa unidade é constituído por um pré-tratamento com um filtro multimedia, dois abrandadores e dois
filtros de carvão ativado, duas osmoses reversas, particularmente, este tratamento
não possui um reservatório ou tanque de armazenamento de água pós-tratamento,
constituindo-se num sistema de “looping”.Para um melhor monitoramento da
qualidade implantou-se então uma rotina ostensiva de controle bacteriológico da
água tratada sendo analisado semanalmente e desinfecção do sistema de condução
da água tratada duas vezes ao mês.
Objetivo: Demonstrar a eficiência do tratamento e da desinfecção do sistema de
condução de água mantendo a quantidade de crescimento bacteriano abaixo de 50
Unidades Formadoras de Colônias (UFC).
Metodologia: Foram realizadas coletas semanais de amostra de água do ponto
logo após a osmose reversa. Quinzenalmente, coletou-se do ponto logo após a
osmose e um ponto aleatório na sala de diálise. Mensalmente realizou-se a coleta
do ponto logo após a osmose, um ponto aleatório de sala e um ponto do painel de
reprocessamento. Ainda, duas vezes ao mês houve a desinfecção do sistema de
condução da água tratada. As coletas são realizadas sempre antes da desinfecção.
Resultados: Durante um período de 4 anos foram coletas 336 amostras dos diversos pontos e verificamos que os níveis bacteriológicos do sistema de tratamento e
de condução da água tratada não atingiram valores acima de 50 UFC (Portaria do
Ministério da Saúde nº 82 são toleráveis valores até 200 UFC).
Conclusão: A monitorização constante mostrou-se um instrumento importante
para a verificação e garantia da qualidade da água tratada utilizada no processo de
hemodiálise.
Através destes dados pode-se aumentar o intervalo de controle bacteriológico para
uma análise mensal, mantendo-se a desinfecção duas vezes ao mês, otimizando os
recursos disponíveis sem a perda da qualidade do tratamento de água.
ENF-P-19
ENF-P-20
DIÁLISE PERITONEAL: EXPERIÊNCIA VIVENCIADA POR ENFERMEIRAS DA CLÍNICA SENHOR DO BONFIM DE FEIRA DE SANTANA/BA
CABRAL, S. O.; MOREIRA, N. A.; MOURA JÚNIOR, J. A.; PASCHOALIN, E.
L.; SÉ, I. C. M. S. S.; BESSA, M. C.;
CLÍNICA SENHOR DO BONFIM
DIÁLISE PERITONIAL: COMPARAÇÃO DA MORBIDADE E MORTALIDADE ENTRE PACIENTES ENCAMINHADOS POR OPÇÃO E OUTRO GRUPO SEM OPÇÃO POR FALTA DE ACESSO VASCULAR
NAKAGAWA, B.; CHIOZI, S. Z.; MOYSES NETO, M.; NARDIM, M. E. P.;
RASPANTI, E. O.; SILVA, L. G.; CARNEIRO, C. F. R.
SERVIÇO DE NEFROLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
Introdução: O programa de diálise peritoneal(DP) encontra-se em funcionamento
desde maio /1999, conta com equipe multidiciplinar para o planejamento e implementação das ações propostas. Esta pequisa objetiva traçar o perfil socio-demográfico dos pacientes submetidos a diálise peritoneal; identificar as causa de admissão e
drop-out, avaliar o impacto das atividades desenvolvidas pela equipe na adesão dos
pacientes/familiares.
Métodos: Trata-se de um estudo descritivo onde realizamos análise retrospectiva dos
93 prontuários de pacientes admitidos no programa de maio/1999 a maio/2004. Analisamos as categorias ativos(1) e inativos (2) em relação às variáveis: sexo, estado civil,
renda familiar, faixa etária, grau de escolaridade, procedência, residência, doença de
base, causa de admissão no programa, drop-out e responsável pela realização das trocas. Os dados foram submetidos a análise estatística com valor de significância em 0.05.
Resultados: Da população estudada identificamos que 48(52%) era do sexo masculino, 46(39%) encontrava-se na faixa etária de 46 a 65 anos, 61(66%) eram casados, 57(61,3%) tinham ensino fundamental e renda familiar de 2 a 5 SM, 83(89%)
procederam da HD, 60(64,5%) residiam distante do centro de diálise, 34(36,6%) tinham como doença básica GNC, 26(27,9%) nefropatia diabética, 22(23,7%)
nefroesclerose hipertensiva, 08(8,6%) outras. Os resultados apontaram que
55(59,1%) dos pacientes analisados encontravam-se ativos no programa, destes
44(80%) realizavam CAPD e 11(20%) APD. Dos 38 pacientes inativos, 16(42,1%)
saíram por peritonite, 13(34,2%) por óbito não relacionado, 4(10,5%) transferência
de centro, 2(5,2%) não adesão e 1(2,6%) transplante renal; 54(58,1%) das admissões
foram por opção própria, 32(34,4%) dificuldade de acesso e 7(7,5%) por distância
do centro de diálise. Observamos que quando o paciente realizava suas trocas a probabilidade de permanecer no programa era 4,7 (OR+4,7; 1,77-12,74) vezes maior que
quando realizada por familiares e outros cuidadores, fato possivelmente associado ao
auto-cuidado do doente e menor presença de comorbidades.
Conclusão: O estudo evidenciou que peritonite foi a principal causa de saída dos
pacientes do programa. A maioria das admissões procederam da hemodiálise, por
escolha do paciente e falta de acesso. Verificamos que quando os pacientes realizavam as próprias trocas de bolsa havia uma maior tendência de permanecer ativo
no programa, fato associado a maior preocupação com o auto-cuidado. A nossa
experiência como enfermeiras demonstrou que o êxito do tratamento está relacionado a triagem, qualidade do treinamento e acompanhamento mensal dispensado aos
doentes através das consultas médicas e de enfermagem.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
Objetivo: Comparar as causas de morbidade e mortalidade mais freqüentes entre
os pacientes sem opção de acesso vascular ou com intolerância ao tratamento hemodialítico com pacientes que optaram pelo tratamento da Diálise Peritonial (PD).
Pacientes e Métodos: Foram avaliados todos os pacientes que iniciaram o programa de CAPD (Diálise Peritonial Ambulatorial Contínua) e APD (Diálise Peritonial Automatizada), no período de julho de 2001 a dezembro de 2003, totalizando 30 meses de observação em tratamento. Todas as internações, suas causas e a
evolução dos pacientes foram registradas.
Resultados: Foram admitidos 80 pacientes nos 30 meses de observação, destes 54
(67.5%) optaram pela Diálise Peritonial como modalidade de tratamento (grupo 1)
e 26 (32.5%) tiveram que se submeter a DP por falta de acesso vascular ou por
intolerância ao tratamento hemodialítico (grupo 2). A etiologia da IRC mais
prevalente nos dois grupos foi a nefropatia diabética, sendo 42.6% no grupo 1, e
42.3% no grupo 2. A idade média no grupo 1 foi de 67.6 anos variando de 17_ 90
anos , a idade média do grupo 2 foi de 62.5 variando de 22-90 anos; nos dois grupos o sexo masculino foi mais prevalente.O tempo médio de tratamento no grupo
1 foi de 6.8 meses e no grupo 2 de 5 meses. A internação por problemas cardiovascular no grupo 1 foi 6 (42.8%) por edema agudo de pulmão, 4 (28.6%) por
arritmia e no grupo 2, 4 (36.4%) por crise hipertensiva, 3 (27.3%) por edema agudo de pulmão;das internações por causas infecciosas no grupo 1, 6 (54.5%) foram
por peritonite, 2 (18.2%) por infecção de coto amputado e no grupo 2 , 1 (50%) por
peritonite e 1 (50%) por pneumonia; das internações por causas metabólicas nos
dois grupos foram de descontrole de glicemia (em pacientes diabéticos).
Conclusão: A sobrevida dos pacientes que optaram por PD como modalidade de
tratamento foi maior comparada ao grupo de pacientes que tiveram que se submeter
a PD por falta de acesso vascular ou por intolerância ao tratamento hemodiálitico.
223
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-21
ENF-P-22
HIPERTENSÃO ARTERIAL COMO CAUSA DA INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA
KOGUCHI, L. B. .; GOUVEIA, A. C. J.; RIBEIRO, R. C. H. M.
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
MANUAL EDUCATIVO DOS FATORES DE RISCO PARA HIPERENSÃO
ARTERIAL EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM
SAÚDE
GOUVEIA, A. C. J.; KOGUCHI, L. B.; CESARINO, C. B.; RIBEIRO, R. C. H. M.;
PEREIRA, D. H.
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) pode ser definida como um diagnóstico sindrômico de perda progressiva e geralmente irreversível da função renal de depuração, ou seja, da filtração glomerular. Atualmente o número de pacientes que são
acometidos por IRC é elevado. Na última década, tem aumentado significativamente a incidência desta patologia atribuída à hipertensão. Evidências atuais apontam a hipertensão arterial como fator de risco independente para o desenvolvimento da IRC terminal. O mecanismo pelo qual a hipertensão pode lesar o rim ainda não foi completamente definido. A redução da pressão sistêmica é fator impor tante de proteção renal. Objetivo: realizar uma revisão bibliográfica sobre a associação entre hipertensão arterial e a incidência de insuficiência renal crônica.
Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica, com literatura específica
disponível no acervo da Biblioteca da Faculdade de Medicina de São José do Rio
Preto (FAMERP), no período de 1995 a 2003. Foi consultada também, a fonte bibliográfica informatizada de literatura científica, Lilacs, índex que reúne a literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Neste estudo, através de
revisão bibliográfica, confirmou-se que a hipertensão arterial é um dos principais
fatores de risco para o desenvolvimento de IRC. Os autores dos sete artigos analisados, constituído de médicos, na sua maioria, utilizaram tipo de pesquisa descritiva , cujos objetivos foram revisão de artigos referente a HA e lesão renal. A
população total destes artigos pesquisado foi de 129 artigos de revisão bibliográfica e 337 pacientes. Consideramos neste estudo que a hipertensão arterial é capaz
de predispor o aparecimento e o desenvolvimento da insuficiência renal crônica e
que influi negativamente na evolução da doença renal.
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida como uma doença crônica
degenerativa de caráter multifatorial que inclui aspectos genéticos, neurohumorais,
dietéticos, vasculares e cardiogênicos.Os fatores de risco são: tabagismo, estresse,
sedentarismo, etilismo, consumo elevado de sódio, obesidade, entre outros. Objetivos: identificar os fatores de risco para HA nos funcionários de uma Instituição
de ensino superior em saúde; realizar uma proposta educativa para os mesmos.
Metodologia: Trata-se de um estudo tipo “survey”, onde foram levantados os
fatores de risco para HA destes funcionários, sendo que a amostra constituiu-se em
160 funcionários. Os dados foram obtidos através da entrega de um questionário
contendo perguntas abertas e fechadas, baseadas no estilo de vida, além dos dados
antropométricos. O estudo apresentou-se com prevalência de população feminina
branca (66%), sobre a masculina branca (34%), sendo que a população não branca foi mínima. Quanto a alimentação, foi observado que a maioria mantém uma
dieta pouco gordurosa (64%). Em relação ao consumo de sal, observou-se que a
maioria (44%) consome mais que 6g por dia. Foi possível observar que um número
significativo de funcionários (27%) não soube referir a quantidade de sal que consome por dia ou mês. Verificou-se que 65% dos funcionários consomem pouca
fritura.No que se refere ao consumo de álcool, 55% não faz uso de bebida alcoólica. No que diz respeito ao hábito de fumar, os percentuais foram: 74% não
fumantes, 9% fumantes e 17% ex-fumantes. Em relação ao sedentarismo, foi
observado que 58% são sedentários e 42 % tem hábito de praticar exercício físico
regularmente. A maioria dos funcionários (70%), consideram-se mais estressados
no ambiente de trabalho. Quanto ao IMC, observou-se que a maioria (57%), apresentava IMC menor que 24.9Kg/m2, 31% apresentava entre 25 e 29.9Kg/m2 e
12% funcionários apresentava IMC maior ou igual a 30 Kg/m2. Os resultados
demonstraram que: os fatores de risco para HA que mais prevaleceram na população dos funcionários foram: ingesta inadequada de sal, sedentarismo, consumo
de bebida alcoólica e estresse. A proposta educativa realizada através de manuais
e campanha apresentou interesse e assiduidade por parte dos funcionários, que se
demonstraram conscientizados quanto à prevenção da HA.
ENF-P-23
ENF-P-24
A PROBLEMÁTICA OBSESSIVA E O TRANSPLANTE REANAL: ESTUDO DE CASO
SILVA, S. C.
HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS
CRIAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA ORIENTAÇÃO DE
ENFERMAGEM AO PACIENTE TRANSPLANTADO RENAL-RELATO
DE EXPERIÊNCIA
ORNELAS, G. S. N.; PIVETA, V. M.; DUARTE, D. A. B.; PESTANA, J. O. M.
HOSPITAL DO RIM E HIPERTENSÃO
A Problemática Obsessiva e o Transplante Renal Estudo de Caso (RODRIGUES,
E A; SILVA, S C). Unidade de Nefrologia – HSJD – Divinópolis, Minas Gerais.
Introdução: O estudo refere-se ao processo terapêutico de um paciente renal
crônico em hemodiálise em via de realizar transplante com doador vivo relacionado. Diante de seus sintomas característicos de neurose obsessiva e das fantasias
negativas de integração do novo órgão, fez-se necessário uma atenção pontual e a
contra-indicação temporária do transplante.
Objetivo: Averiguar a importância do diagnóstico diferencial, nas avaliações psicológicas para de transplante renal.
Método: Pela palavra – referência simbólica por excelência – pode-se escutar discurso quanto ao transplante. Por meio de encontros semanais, que aconteciam
durante as sessões de hemodiálise, outras vezes, no ambulatório.
Resultado: Percebe-se uma neurose obsessiva, com rituais de busca de controle do
pensamento (obscenos?), desencadeando sintomas que apontam uma divisão do
corpo e marcante etiologia sexual. A recriminação referente à ação sexual e a conseqüente transformação em afetos obsedantes, que são sintomas de compromissos,
representando uma forma de retorno do recalcado, e conseqüentemente, um fracasso da resistência que fora bem-sucedido no início. Tal fracasso da defesa primária
acarreta a formação de outros sintomas como medidas de proteção, sob a forma de
ações compulsivas. Um dos poucos registros em que a transgressão se pode adiantar
ao fantasma obsessivo é no terreno sexual. Os atos impulsivos lembram, por sua
impotência, o principal ato, a castração ao qual o obsessivo preferiu subtrair-se.
Conclusão: As fantasias provavelmente representariam obstáculos no campo psicológico para o enfrentamento tanto do pré e pós-operatório, quanto da integração do
novo órgão. Assim, após a definição do diagnóstico diferencial de neurose obsessiva e seu quadro de instabilidade psico-afetiva, sugeriram-se a contra-indicação temporária do transplante e a continuação da psicoterapia. Ressalta-se a importância da
avaliação psicológica pré-transplante renal, com diagnóstico diferencial, haja vista
que o procedimento de transplante demanda recursos egóicos e uma requalificação e
ressignificação da relação do sujeito consigo mesmo e com os outros.
Era também uma manifestação psíquica percebida na maneira de esse sujeito formular a procura do objeto perdido (desejo), enfatizando a demanda do Outro, ou
seja, um discurso obsessivo – uma neurose obsessiva.
224
Introdução: O transplante renal é a terapia substitutiva da função renal mais indicada do ponto de vista médico, social e econômico. O Brasil está entre os cinco
países que mais realiza transplante renal no mundo. O Hospital do Rim e Hipertensão (HRH) é um órgão suplementar da Universidade Federal de São Paulo que foi
fundado em 1998. Ao longo desses anos tornou-se um centro de referência e
excelência em transplante renal no Brasil por realizar cerca de 500
transplantes/ano.O número crescente de transplantes e as diferenças sócioeconômicas e culturais nos levaram à necessidade de se dinamizar as orientações
de enfermagem para o transplantado renal, de forma interativa e abrangente. Sendo
assim surgiu a idéia de se criar um vídeo e um manual de orientação enfocando as
fases do transplante, desde o ambulatório pré-transplante até os cuidados pós-alta
hospitalar.
Objetivo: Uniformizar as informações fornecidas aos pacientes dos diferentes
níveis sócio-econômicos-culturais, dinamizando o atendimento e minimizando as
dúvidas.
Métodos: Foi elaborado um Manual de Orientação e este convertido em um vídeo
com o apoio da TV Unifesp. Participaram da filmagem pacientes, enfermeiro,
médicos, auxiliares de enfermagem e uma repórter que narrava as informações técnicas.
Resultados: O filme e o Manual depois de concluídos foram editados e revisados
pela enfermeira autora.
Conclusão: Esta fita é veiculada ininterruptamente nos canais de TV do hospital e
o Manual fornecido aos pacientes no ambulatório pré-transplante facilitando o
aprendizado. Alguns centros transplantadores também utilizam essa fita e o Manual como instrumento educativo. A veiculação da fita e a distribuição do Manual
de Orientação tornaram-se fundamentais no preparo desses pacientes para internação no HRH, tornando-os menos ansiosos quanto ao procedimento e quanto à
vida pós-transplante.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-25
ENF-P-26
AO DOADOR CADÁVER : CONHECIMENTOS DOS ENFERMEIROS E
REPERCUSSÃO NO RESULTADO CIRÚRGICO RENAL.
BARBOZA, I. V.;VIANA, M.C.A.; GIRÃO, C. M.; ESMERALDO, R. M.
HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA/CNCDO-CE
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM MAIS PREVALENTES NO PÓS
OPERATÓRIO DE TRANSPLANTE RENAL
PROENÇA, M. C. C. ; BETTI, C. F. B.; FLORES, R. V.; MORSCH, C.; VICARI,
A. R.
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIENCIAS MÉDICAS: NEFROLOGIA, UFRGS. SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL E CLÍNICAS DE
PORTO ALEGRE, RS
Introdução: O Principal objetivo deste estudo foi validar a importância do cuidado de enfermagem na caracterização do perfil do doador cadáver, ao mesmo tempo investigar o nível de conhecimento do enfermeiro acerca do cuidado a ser
prestado ao doador cadáver e detectar as complicações clínicas do tranplantado
renal relacionado ao modelo de cuidados prestados ao respectivo doador cadáver.
Métodos: A Pesquisa foi do tipo exploratória descritiva e documental. Foi desenvolvida na Central de Notificação, Captação e distribuição de órgãos do Ceará
(CNCDO-CE), dois Centros Transplantadores Renais da rede pública e o maior
Centro de Retirada de Órgãos do supracitado Estado.No período de Agosto a
Dezembro de 2002.A população foram os doadores cadáveres e seus respectivos
receptores, sendo que a amostra abrangeu os enfermeiros que atuam na CNCDOCE e no Centro de Retirada de Órgãos.
Resultados: O Estudo demonstra uma relação direta entre os doadores estáveis ou
bem cuidados hemodinamicamente pelos profissionais envolvidos no processo de
captação de órgãos e o resultado do transplante renal até a alta hospitalar.Consideramos que os enfermeiros da CNCDO-CE definem de forma mais fundamentada
cientificamente os cuidados que devem ser implementados. Entretanto, os enfermeiros do maior Centro de Retirada citam os cuidados isoladamente sem fundamentação teórica.Observou-se que poucas vezes o cuidado ao doador é realizado
diretamente pelos enfermeiros do Centro de Retirada.
Conclusão: Concluimos que existe a necessidade de uma interação entre os enfermeiros do Centro de Retirada de Órgãos, através da coordenação intra-hospitalar
juntamente com os enfermeiros da CNCDO-CE, no sentido de sensibiliza-los
diante de um programa de educação continuada em captação e transplante de
órgãos com objetivo de minimização das repercussões negativas no resultado do
transplante renal.
Introdução: Fazer um diagnóstico de enfermagem requer análise, síntese e acurácia ao interpretar e fazer com que dados clínicos complexos tenham sentido. Esse
processo de pensamento crítico permite a enfermeira tomar decisões quanto aos
resultados esperados do paciente e às intervenções necessárias. Com isto objetivamos estabelecer a prevalência dos diagnósticos de enfermagem dos pacientes
transplantados renais na unidade de internação após o 3º Pós-operatório incluindo
os diagnósticos de enfermagem da alta hospitalar
Métodos: Foi realizado um estudo transversal com análise dos Diagnósticos de
Enfermagem de 36 pacientes transplantados renais, internados numa unidade de
internação cirúrgica no período de abril de 2003 a maio de 2004. O instrumento
utilizado na coleta de dados foi anamnese e evolução diária de enfermagem. A
relação dos diagnósticos foi retirada no momento da alta dos pacientes.
Resultados: Os diagnósticos levantados foram: Alteração na eliminação urinária
89%; Risco para infecção 72%; Déficit no auto cuidado banho ou higiene 61%;
Alteração da nutrição menos que o corpo necessita 30%; Integridade tissular prejudicada 25%; Mobilidade física prejudicada 22%; Padrão respiratório ineficaz
11% Risco para prejuízo da integridade da pele 8%; Risco para função respiratória
alterada 8%; Risco para desequilíbrio do volume de líquidos 8%.
Concluções: Os diagnósticos levantados possibilitaram prescrever intervenções de
enfermagem com base no conhecimento cientifico melhorando a qualidade da
assistência prestada. Verificamos que poderíamos trabalhar com diagnósticos prioritários com base no raciocínio clinico, levando em consideração o grande
número de diagnósticos levantados.
ENF-P-27
ENF-P-28
DOACAO DE ORGAOS: POR QUE NAO?
FERNANDES, N.; OLIVEIRA, A. C.; JATI, E.; ANDRADE, L. C. F.
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA DA UFJF
ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZADO:ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO TRANSPLANTE RENAL
YONEZAWA, E. A. Y.; ODIERNA, M. T.; ROZA, B. A.; KARAN, C. H.; CARDOSO, R. M.;
Introdução: Dados de 2002 da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
(ABTO) e do Ministério da Saúde mostram que no Brasil há um grande número de
pessoas na fila de espera para um transplante de órgãos e que a taxa de doadores
em morte encefálica é muito baixa. O principal motivo para não transformação
destes potenciais doadores (pacientes em morte encefálica) em doadores efetivos é
a recusa familiar. Poucos estudos nacionais analisam o motivo da não doação de
órgãos, principalmente na população geral. Objetivo Analisar o motivo da não doação de órgãos em uma pequena concentração populacional urbana, Caratinga – MG.
Métodos: realizamos um estudo transversal no período de 02 a 31 de janeiro de
2002. O instrumento de pesquisa foi um questionário.
Resultados: Foram entrevistadas 127 pessoas. A principal dúvida referida foi com
relação à legislação que regulamenta a doação de órgãos. A principal diferença
entre o grupo de doadores e não doadores foi considerar importante a doação de
órgãos. Apenas 57,5% dos entrevistados referiram ser doadores de órgãos, e o
motivo mais freqüentemente citado para não doação foi medo com relação ao diagnóstico errado de morte encefálica.
Conclusão: Concluímos que medidas que sensibilizem a população para a
importância da doação de órgãos, associadas ao melhor esclarecimento sobre
morte encefálica e sobre a legislação que regula a doação de órgãos e tecidos,
poderão aumentar esta taxa de doadores.
Introdução: Em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de janeiro
de 2002 o Hospital Israelita Albert Einstein ampliou o número de transplantes
renais realizados até então. A casuística abrange o período de janeiro a abril de
2004, perfazendo um total de 129 procedimentos realizados. Esses pacientes são
avaliados por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiro,
psicólogo, nutricionista e assistente social. No desenvolvimento de indicadores de
qualidade para a assistência de enfermagem observou-se a necessidade de uma sistemática própria de orientações prévias ao procedimento, onde os pacientes e seus
familiares recebessem orientações específicas sobre o transplante. As informações
abrangem a internação, o procedimento cirúrgico, a permanência intra-hospitalar,
o tratamento imunossupressor, os cuidados pós-transplante, as possíveis complicações e os retornos ambulatoriais.
Objetivo: Sistematizar a atuação do enfermeiro no processo pré e pós-transplante,
e promover adaptação à nova condição de saúde em um programa de transplante
renal intervivos.
Método: estudo tipo relato de caso sobre as estratégias de orientação e educação
do paciente submetido a transplante renal, realizado em Hospital privado de grande
porte da cidade de São Paulo.
Resultados: Na estratégia de orientação de enfermagem o contato é feito em grupo
de receptores e doadores. Como método interativo de ensino utiliza-se aula expositiva, vídeo e esclarecimento das duvidas dos participantes. O auto-aprendizado é
estimulado por meio de um instrumento entregue ao paciente, para anotações
diárias dos sinais vitais, das drogas, e resultados de seus exames. Na avaliação dos
pacientes, 86% consideram o conteúdo ótimo e 9,5% bom. Em relação aos instrutores, 95% considera ótimo seu conhecimento, clareza das informações e atenção
às necessidades. 95% opinaram como ótimo e 4% bom em relação a expectativa e
participação que incluem o entendimento da orientação, contribuição para o
esclarecimento de dúvidas e atendimento às expectativas.
Conclusões: Esta estratégia possibilitou um diálogo com a equipe de saúde, para
orientação em relação aos procedimentos e diminuição da ansiedade, esclarecimentos de dúvidas, e diagnósticos que adicionalmente podem ser identificados
pela equipe em um ambiente informal. Portanto, criando um ambiente onde se possa garantir a aderência aos cuidados propostos pela equipe interdisciplinar.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
225
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-29
ENF-P-30
IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NA INDICAÇÃO DO TRANSPLANTE
RENAL
SILVA, R. M. G.; LUZ FILHO, H. A.; SERAPIÃO, C.; VIEIRA, J. A.; ZIMERMANN, M.; DEBONI, L. M.;
FUNDAÇÃO PRÓ RIM DE SANTA CATARINA, JOINVILLE - SC
UMA VISAO DA ENFERMAGEM EM RELACAO A ESTIMATIVA DO
NUMERO DE POTENCIAIS DOADORES DE ORGAOS EM UMA
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DA CIDADE DE JUIZ DE FORA MG
FERNANDES, N.; ANDRADE, E. C. D.; CERQUEIRA, R. H.; MODESTO, J.;
ANDRADE, L. C. F.;
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA DA UFJF
Introdução: O atendimento psicológico no ambulatório de transplante renal
demonstra que este tratamento junto ao paciente renal crônico, em processo de
preparação para transplante renal, pode aumentar as suas chances de sucesso no
transplante, e em casos extremos, frente a uma situação específica, até recomendar
uma possível contra indicação.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi comprovar a importância e a eficácia do
acompanhamento psicológico junto ao paciente renal crônico para favorecer a sua
aderência ao tratamento.
Métodos: Foram estudados prospectivamente 113 transplantes consecutivos realizados na Fundação Pró Rim no período de novembro de 1998 a junho de 2002.
Todos os pacientes foram avaliados no período pré-transplante e acompanhados
pela psicóloga no pós-transplante, através de entrevista e um questionário descritivo.
Resultados: Do total, 26 pacientes apresentavam restrições para o transplante
segundo a avaliação pré-transplante, que foi registrada no prontuário, sendo 15
moderadas e 11 importantes. Deste total, 96% (25/26) dos pacientes apresentaram
algum tipo de complicação no período pós-transplante: 53%(14/26) depressão,
50%(13/26) não aderência ao tratamento, 42%(11/26) ganho de peso excessivo,
15%(4/26) óbitos e 4%(1/26) perda do enxerto. Somente 1 paciente evoluiu sem
nenhuma complicação.
Conclusão: Portanto podemos concluir que o atendimento ambulatorial psicológico no pré é capaz de detectar restrições importantes que poderão comprometer a
evolução do transplante e identificar pacientes de alto risco que necessitam de
acompanhamento psicológico rigoroso no pós-transplante, buscando aumentar as
chances de sucesso do transplante.
Introdução: O primeiro passo para identificação de um doador em morte encefálica é a suspeita clínica e notificação às Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs) que avaliarão o potencial doador. Essa notificação
é compulsória, independe do desejo familiar de doação ou da condição clínica do
potencial doador de converter-se em doador efetivo. Estatísticas eloqüentes
demonstram um baixo aproveitamento dos doadores potenciais, daqueles que já se
encontram nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) com o diagnóstico de morte
encefálica. A baixa taxa de notificação de pacientes em morte encefálica é o
primeiro fator responsável por este dado.
Objetivo: Avaliar o número de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica em uma instituição hospitalar da cidade de Juiz de Fora.
Métodos: Estudo retrospectivo no período de janeiro a dezembro de 2002. Foram
avaliados 100 prontuários de pacientes (89,2% do total de óbitos ocorridos na UTI)
que evoluíram a óbito na UTI que apresentaram critérios clínicos de morte encefálica e que não apresentavam contra-indicações para a doação de órgãos e tecidos
conforme Resolução do Conselho Federal de Medicina.
Resultados: Foram identificados 4% de potenciais doadores não notificados. A
taxa de doação de órgãos em toda a região no ano de 2002 foi de quatro por milhão
de habitantes semelhante à média nacional e inferior a média mundial.
Conclusão: Concluímos que há uma baixa notificação de potenciais doadores de
órgãos em morte encefálica e que devem ser adotadas medidas que favoreçam
maior envolvimento de profissionais de saúde no processo de identificação e noti ficação de doadores.
ENF-P-31
ENF-P-32
ESCOLHA DO MÉTODO DIALÍTICO E A ADAPTAÇÃO DO PACIENTE
LORENÇON, M.; SADALA, M. L. A.; BALBI, A. L.; MARINHO, L. C. R.;
PEREIRA, E. R. P.; ZUMBA, E. C. S.;
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP
ESTRESSE OCUPACIONAL EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
EM UNIDADE DE DIALISE
FERNANDES, N.; CUNHA, N. M.; ALBUQUERQUE, F.; SILVA, A. S.;
ANDRADE, L. C. F.;
CURSO DE ESPECIALIZACAO EM NEFROLOGIA PARA ENFERMEIROS E
MÉDICOS DA UFJF
Introdução: A diálise visa prolongar e melhorar a qualidade de vida do portador
de doença renal e a escolha do método dialítico se torna indispensável para
manutenção da vida. Há várias modalidades de diálise e vários critérios a serem
considerados na indicação do método dialítico mais adequado dependendo das
condições e características de cada paciente.
Objetivos: Verificar a adaptação do paciente portador de insuficiência renal crônica terminal ao método dialítico escolhido e pesquisar os critérios de escolha da
modalidade terapêutica.
Métodos: Foram entrevistados 42 pacientes de ambos os sexos e com idade entre
22 e 80 anos, portadores de Insuficiência Renal Crônica em hemodiálise de Hospital Universitário do interior de São Paulo, através de instrumento contendo
questões abertas e fechadas, durante o período de janeiro a março de 2004.
Resultados: A hemodiálise foi o tratamento inicial realizado pela maioria dos
entrevistados, sendo que apenas 14 pacientes (33,3%) tiveram experiência anterior com diálise peritoneal (destes, 12 tiveram que mudar de método devido a complicações decorrentes de peritonites). A opção pela hemodiálise foi predominantemente tomada pela equipe médica (60% dos casos), sendo levadas em consideração condições sociais e contra-indicações para utilização do peritôneo. Quanto
aos sentimentos relacionados ao tratamento, 73 % dos entrevistados “sentem-se
bem” em realizar sessões de hemodiálise e 74% não querem mudar de método
dialítico. 16,6% dos pacientes aguardam transplante renal.
Conclusão: A grande maioria dos entrevistados não conhece outra modalidade terapêutica e logo que ingressam na hemodiálise apresentam boa adaptação,
provavelmente por haver melhora no estado físico geral. Ficou claro que a hemodiálise é o tratamento de primeira escolha para busca do tratamento da insuficiência
renal. O estudo sugere a necessidade de divulgação maior sobre o transplante renal
entre os pacientes.
226
Introdução: A falta de um consenso sobre o conceito de estresse, tem causado
muitas dificuldades na determinação do verdadeiro papel que ele exerce na epidemiologia das doenças. De maneira genérica, define-se estresse como um conjunto de reações do organismo, caracterizadas pela perturbação da homeostase, em
resposta às ameaças e/ou agressões oriundas de estímulos ambientais, de natureza
psíquica ou física, inusitados ou hostis (MENDES,2003).
Com o objetivo de identificar os principais fatores de estresse ocupacional dos
profissionais que atuam em unidades de hemodiálise, de modo a possibilitar o
esboço de propostas de ação no sentido de proporcionar medidas de melhoria da
qualidade de vida e do trabalho, desenvolvemos o presente estudo em duas clínicas de hemodiálise nas cidades de São João Del Rei e Barbacena.
Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 37 profissionais de enfermagem no período de 01 de fevereiro de 2004 a 31 de março de 2004, utilizando
a Escala de Estresse em Enfermagem (FRENCH, 2000).
Considerações finais: Concluímos que os profissionais de enfermagem do nosso
meio não possuem o mesmo perfil daquele descrito na maioria dos estudos, ficou
evidenciado que a saúde psíquica é negligenciada pelos profissionais de saúde e
que necessitamos implantar em nossos serviços, programas de prevenção e controle dos danos produzidos pelas cargas mental e psíquica do trabalho de enfermagem.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-33
ENF-P-34
ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DAS COMPLICAÇÕES INTRADIALÍTICAS DE UM SERVIÇO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA:
PROPOSTA DE UM PROTOCOLO PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
XAVIER, L. B.;
HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFPE
IMPACTO DO TIPO DE CURATIVO EM PACIENTES COM CATETER
VENOSO CENTRAL PERMANENTE EM HEMODIÁLISE.
C.G. MARCHIORI, L. F. N. M.; BARROS, M. A.; RODI, C. M.; SOUZA, H. R.;
SANTOS, J. P.; ESCOBAR, V. G.; ARÊNAS, R. M. G.; OLIVEIRA, L. M.;
PEREIRA, E.; DAVID-NETO
UNTR - UNIDADE DE NEFROLOGIA, DIÁLISE E TRANSPLANTE RENAL,
TATUAPÉ E FREI CANECA, SÃO PAULO, S.P.
Introdução: As complicações intradialíticas ocorrem na maioria dos pacientes em
programa de hemodiálise. As complicações mais comuns citadas pela literatura
são: hipotensão, câimbra, náusea e vômito, cefaléia, dor torácica, dor lombar,
prurido, febre e calafrio. A hipotensão constitui a principal complicação devido
sua prevalência e importância clínica.
Métodos: Estudo explicativo, retrospectivo, quantitativo e descritivo, com o objetivo de identificar as complicaçoes intradialíticas mais frequentes nos pacientes
renais crônicos. O estudo foi realizado no período de janeiro a junho de 2003, utlizando questionário secundário para a coleta de dados. A amostra foi composta de
27 prontuários de pacientes renais crônicos.
Resultados: identificou-se que 56% dos pacientes eram do sexo masculino, 70%
residiam na região metropolitana, 89% não exerciam nenhuma atividade remunerada, 77,8% recebiam até um salário mínimo, 48,1% cursaram até o primeiro grau,
88,2% nunca faltaram às sessões de hemodálise, 67% seguiam o tratamento
medicamentoso e 70% apresentavam patologias associadas à insuficiênci renal
crônica. Relacionada à insuficiência renal, 30% tinham como doença de base a diabetes melittus, 51,9% realizavam hemodiálise de um a três anos, 92,6% tinham fístula-arteriovenosa, o dializador CA-210 foi o mais utilizado (74,1%) e o fluxo sanguíneo durante a hemodiálise foi de 400ml/min em um percentual de 52%. 70,4%
tiveram um ganho de peso semestral de um a três litros, as principais complicaçõse
encontradas foram: hipotensão (85,2%), cefaléia (59,3%), cãimbra (48,1%), náuseas e vômitos (37,1%), outras complicações (29,7%), hipertensão (18,5%), febre e
calafrios (14,8%) e dor torácica (14,8%).
Conclusão: Verificou-se que a maioria das complicações intradialíticas ocorreu
em percentuais muito elevados se comparadas a literatura. Portanto, recomenda-se
implementação de um protocolo para a redução das complicações.
Objetivo primário: Comparar a eficiência de dois métodos de curativo oclusivo,
um com gaze e Micropore® e o outro com filme transparente, na prevenção de
infecção relacionada a cateter em pacientes em hemodiálise com acesso venoso
central (cateter) de longa permanência.
Material e métodos: o estudo foi iniciado em abril/04 com término previsto para
julho/04; estão sendo estudados 15 pacientes submetidos à hemodiálise clássica,
três vezes por semana, com via de acesso por cateter venoso central de longa permanência, em veia jugular ou subclávia, com sítio de saída em região infra-clavicular. O tempo de estudo será de 12 semanas, sendo que na primeira fase de seis
semanas os pacientes foram avaliados em uso de curativo convencional (oclusão
com gaze e Micropore®) e nas seis semanas subseqüentes serão avaliados com
curativo com uso de filme transparente (Tegaderm ®I.V.). As técnicas de curativos
são executadas por profissionais de nível técnico previamente treinados. O curativo convencional foi realizado a cada sessão e o curativo com Tegaderm® I.V.
será realizado a cada sete dias, pré-diálise, conforme a técnica padronizada. O
curativo deve ser trocado quando for violado ou molhado durante/após a sessão de
hemodiálise. Realizamos a inspeção pericateter a cada sessão quanto a sinais flogistícos e secreção, com coleta de swab a cada 7 dias para controle da flora microbiana.
Resultados: Até o momento, os 15 pacs (11F/4M) com média de idade 57±12
anos, foram submetidos ao curativo com gaze e Micropore® em todas as sessões
de diálise. Todos os cateteres permitiram bom fluxo sanguíneo. Foram colhidos 71
swabs peri-cateter, dos quais 20 (28%) apresentaram crescimento bacteriano :
Escherichia. coli (n=3), Staphylococcus aureus (n=1) e Staphylococcus epider midis (n=16). Três pacs apresentaram sinais flogísticos peri-catéter, porém apenas
1 com cultura positiva. Oito pacs utilizavam pomada antimicrobiana e todos tinham aspecto limpo do curativo.
Conclusão: Dados preliminares mostram que curativo com gaze e Micropore® em
cateter de hemodiálise de longa permanência está associado a uma incidência de
28% de cultura positiva de swab peri-catéter e baixa incidência de infecção.
ENF-P-35
ENF-P-36
IMPLANTAÇÃO DE UM ROTEIRO SISTEMATIZADO PARA AVALIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO
RENAL DE FLUXO LENTO
ANDRADE, C. M.; GONÇALVES, M. A. B.; CARMINE, D. G.; PALOMO, J. S.
H.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP
INFECÇÃO NA INSERÇÃO DO CATETER DE DUPLO LÚMEN: UM
ESTUDO RETROSPECTIVO NA HEMODIÁLISE DO HOSPITAL DE
BASE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP
OLIVEIRA, G. . A. S. A.; RIBEIRO, R. C. H. M.; OLIVEIRA, S. A. C.; CESARINO, C. B.;
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Introdução: Independente do contexto clínico, a Insuficiência Renal Aguda (IRA)
é uma das complicações mais frequentes em pacientes em Unidades de Terapia
Intensiva, necessitando de algum tipo de Terapia de Substituição Renal (TSR), que
requerem técnicas especializadas e cuidados complexos. Dentre os vários programas desenvolvidos por um serviço de atendimento ao paciente cardiopata com
IRA e indicação de procedimento de TSR de Fluxo Lento, detectou-se a necessidade de desenvolver um instrumento específico de enfermagem para o gerenciamento desses procedimentos.
Método: Foi criado um instrumento como roteiro sistematizado (check-list) para
avaliação de TSR de Fluxo Lento à beira leito durante às 24 horas, através de
Agentes de Intervenções(Enfermeiros Especialistas em Nefrologia), que identificam necessidas de treinamento e promovem intervenções pró-ativas de enfermagem.
Conclusão: O roteiro tem como propósito ser um facilitador na atuação de enfermeiros em um Programa de Diálise, permitindo intervenções precoces de enfermagem, possibilitando a diminuição de complicações decorrentes de TSR de
Fluxo Lento, além de, otimizar recursos humanos, materiais e minimizar custos e
também ser um método organiado de ensino. Estudos posteriores poderão ser realiados para analisar a efetividade do instrumento.
A infecção constitui a principal causa de hospitalização e a segunda causa de morte
nos clientes em tratamento de hemodiálise portadores de cateter de duplo lúmen.
O objetivo deste estudo foi avaliar as infecções de corrente sangüínea associadas
ao cateter de duplo lúmen no período de seis meses. Trata-se de um estudo retrospectivo, que utilizou para coleta de dados as fichas de Vigilância Epidemiológica
do Centro de Controle de Infecção Hospitalar da Hemodiálise de um Hospital de
Ensino. Foram incluídos todos os clientes que apresentaram infecção no local de
inserção do cateter de duplo lúmen no período proposto. Constatou-se que de 80
pacientes em tratamento hemodialítico, 17 (21%) dos pacientes eram portadores
de cateter. A média de infecções de corrente sangüínea foi de 7 (41%) ocorrências
mensais no período de janeiro à junho de 2001. A complicação de maior prevalência foi a bacteremia, o agente etiológico Staphylococcus aureus e o tempo médio
de permanência foi de 43 dias. Este estudo demonstrou que o cateter de duplo
lúmen por ser um procedimento invasivo e associado ao período de permanência
prolongado estão freqüentemente relacionados a infecções de corrente sangüínea.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
227
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-37
ENF-P-38
INFLUÊNCIA DA HEPATITE C E DA REPOSIÇÃO PARENTERAL DE
FERRO NOS NÍVEIS PLASMÁTICOS DE PENTOSIDINA EM PACIENTES EM HEMODIÁLISE
NASCIMENTO, M. M.; SULIMAN, M.; BRUCHFELD, A.; HAYASHI, S. Y.;
MANFRO, R. C.; PACHALY, M. A.; PECOITS FILHO, R.; RIELLA, M. C.;
LINDHOLM, B.;
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA E FUNDACÃO
PRÓ RENAL; PÓS GRADUACAO EM NEFROLOGIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL; RENAL DIVISION BAXTER NOVUM
KAROLINSKA INSTITUTET
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM DE ACORDO COM AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DECORRENTES DO USO TEMPORÁRIO DO
CATÉTER VENOSO CENTRAL PARA HEMODIÁLISE
GERARDI, J. F.; BARBOSA, D. A.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Introdução: A doença hepática crônica e a terapia intravenosa com ferro (TIVF)
podem aumentar o estresse oxidativo (EO) em pacientes em hemodiálise(HD).
Objetivo: objetivo deste estudo foi verificar a influência da hepatite C (HCV) e
TIVF no EO em pacientes em HD.
Métodos: Um total de 115 pacientes em HD (47% masculinos, idade 47±13 anos)
foram alocados em dois grupos de acordo com a presença (HCV+) ou ausência
(HCV-) dos anticorpos séricos contra HCV. Os níveis de pentosidina plasmática,
PCR ultra-sensível (PCRus), interleucina-6 (IL-6) e alanina aminotransferase
(ALT) foram medidos. Os pacientes também foram analisados de acordo com os
tercis dos níveis séricos de ferritina: Grupo 1 (ferritina<380 ng/ml), Grupo 2 (ferritina 380-750ng/ml) e Grupo 3 (ferritina >750ng/ml). A dose cumulativa de ferro
foi registrada durante os 6 meses que antecederam o estudo.
Resultados: Pacientes HCV + apresentaram níveis de pentosidina plasmática
(mediana e intervalo) e ALT (média ± desvio padrão) mais elevados que os
pacientes HCV - (104,5 intervalo de 13,3 a 230,5 vs. 87,4 intervalo de 25,6 a
183,7pmol/mg; p<0,05) e (30±21 vs. 20 ±24UI/l; p<0,001), respectivamente. A
idade, o sexo, a albumina sérica (Alb-S), IL-6 e PCR não diferiram de acordo com
a sorologia HCV. Os pacientes com níveis mais elevados de ferritina (Grupo 3)
apresentaram níveis mais elevados (mediana e intervalo) de pentosidina (pmol/mg)
e de dose cumulativa de ferro (média ± desvio padrão) em mg/últimos seis meses
(106, intervalo de 7 a 230)(745±478) comparados aos pacientes do Grupo 1 da ferritina (99, intervalo de 43 a 175; p<0,05) (694±532; p<0,05) e Grupo 2 da ferritina (79, intervalo de 13 a 177; p<0,05) (900±474; p<0,05). A pentosidina plasmática apresentou correlação positiva com a idade (Rho=0,18;p=0,05), HCV
(Rho=0,19; p=0,03) e ferritina (Rho=0.19; p=0,03). Além disso, houve correlações
significativas entre ferritina e hematócrito (Rho=0,22; p<0.01) e a dose cumulativa de ferro (Rho=0,19; p=0,03).
Conclusão: A combinação de hepatite C e TIVF, resultando em sobrecarga de ferro, pode intensificar o EO nos pacientes em HD.
Introdução /Justificativa: a hemodiálise é hoje o método de tratamento mais
comumente empregado na insuficiência renal crônica terminal e também na aguda. Ela oferece alteração rápida na composição plasmática de solutos e possibilidade de remoção rápida de excesso de líquido corporal que a diálise peritoneal ou
os tratamentos contínuos lentos. A existência de um acesso vascular adequado é
fundamental a qualquer processo que envolva depuração extracorpórea e sua
obtenção e manutenção é o principal impedimento para o sucesso a longo prazo da
hemodiálise. Os catéteres duplo lúmen é a forma mais efetiva de se ganhar acesso
à circulação venosa central do doente que necessita de hemodiálise quando ele ainda não possui um acesso definitivo como a fístula arteriovenosa. Entretanto, o uso
provisório deste leva a complicações, tanto na sua implantação, como devido ao
uso prolongado.
Objetivos: o objetivo principal deste trabalho é detectar as principais complicações decorrentes do uso provisório do catéter venoso central para hemodiálise a
fim de elaborar um plano de intervenções de enfemagem específico para estes
pacientes.
Método: Ele foi realizado através pesquisa retrospectiva aos prontários de 50
pacientes atendidos na unidade de hemodiálise de um hospital universitário de
grande porte em um período de 5 meses, a fim de se verificar as principais complicações decorrentes do uso de acesso central para hemodiálise.
Resultados: as principais complicações encontradas estavam relacionados a formação de hematomas, obstrução de cateter e infecções centrais e locais. Com base
nestes dados foi elaborado um plano de intervenções de enfermagem específico
para uma das complicações.
Conclusão: com este estudo foi possível contribuir para a oferta da assitência de
enfermagem em nefrologia, facilitando o acesso ao planejamento de intervenções
específicas ao paciente em uso de cateter venoso central para hemodiálise.
ENF-P-39
ENF-P-40
MORBIDADE
E
MORTALIDADE
EM
PACIENTES
COM
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC), EM PROGRAMA DE
DIÁLISE PERITONIAL
VANNUCCHI, M. T. I.;VIEIRA NETO, O. M.; PRADO, F.V.; LAURINDO, A. F.
SERVIÇO DE NEFROLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO
O SISTEMA DE CONHECIMENTO E DE CUIDADO DOS IDOSOS EM
HEMODIÁLISE CONCERNENTE A TERAPIA MEDICAMENTOSA
COADJUVANTE DA ERITROPOETINA, DO CALCITRIOL, DO SACARATO DE HIDRÓXIDO DE FERRO E DO CARBONATO DE CÁLCIO
PASQUAL, D. D.; LENARDT, M. H.; MODESTO, A. P.; TUOTO, F. S.; BLANSKI, C. R.;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Objetivo: Verificar as causas de morbidade e mortalidade mais freqüentes em
pacientes submetidos a Diálise Peritonial.
Pacientes e Métodos: Foram avaliados todos os pacientes que já eram submetidos
às modalidades de CAPD (Diálise Peritonial Ambulatorial Contínua) e APD
(Diálise Peritonial Automatizada) e os que foram admitidos no período de julho de
2001 a dezembro de 2003, totalizando 30 meses de observação em tratamento.
Foram registradas todas as internações, suas causas e evolução dos pacientes.
Resultados: Em julho de 2001 estavam em tratamento 60 pacientes. Nos 30 meses
seguintes mais 80 pacientes foram admitidos no Serviço, totalizando 140. A etiologia da Insuficiência Renal Crônica (IRC) mais prevalente foi a nefropatia diabética em 58 pacientes (41,4%), seguida por nefropatia de etiologia desconhecida em
37 pacientes (26,4%) e nefropatia hipertensiva em 25 pacientes (17,8%). Desse
total 92 foram submetidos a CAPD e 48 a APD, a idade média foi de 64,2 anos,
variando de 17-90 anos, 75 (53.6%) pacientes eram do sexo masculino. O tempo
em diálise variou de 1 a 223 meses, com média de 31,1 meses de tratamento.
Foram computados 273 internações em 101 pacientes. As principais causas de
internação foram infecciosas (30,4%) e cardiovasculares (27,5%). Dos pacientes
internados por problemas infecciosos, 56 (67.5%) foram internados por peritonite,
12 (14.4%) por pneumonia e 6 (7.2%) por recidiva de peritonite; das causas cardiovasculares, 21 (28%) foram por edema agudo de pulmão, 13 (17.3%) por crise
hipertensiva e 10 (13.3%) por arritmias; Dos 101 pacientes internados, 48 (47.5%)
eram diabéticos. Do total dos pacientes avaliados no período, 47 (33.5%) foram a
óbito, 15 (10,7%) mudaram de tratamento, 3 (2,1%) transplantaram e 3 (2.1%)
foram transferidos de serviço. Dos 47 pacientes que foram a óbito, 16 (34%) foram
por causa cardiovascular.
Conclusões: A maior causa de morbidade dos pacientes foi a de problemas infecciosos, seguida por causas cardiovasculares. A maior causa de mortalidade dos
pacientes foi a de eventos cardiovasculares seguidos das causas infecciosas no
período estudado.
228
Introdução: O estudo tem como objetivo implantar proposta de um programa de
educação à saúde baseado na lógica do sistema de conhecimento e de cuidado do
idoso em tratamento hemodialítico referente a terapia medicamentosa coadjuvante da
Eritropoetina, do Calcitriol, do Sacarato de hidróxido de ferro e do Carbonato de
cálcio. Este estudo consta de três etapas que objetivam: realizar a pesquisa etnográfica referente ao sistema de conhecimento e de cuidados concernente a terapia
medicamentosa coadjuvante; desenvolver a proposta de implantação do programa de
educação à saúde baseada no sistema de conhecimento dos profissionais que servem
de padrão comparativo no reconhecimento de sistemas de conhecimento e cuidado
do doente; implementar o programa no contexto estudado.
Métodos: Trata-se de estudo do tipo etnográfico realizado com pessoas idosas em
tratamento hemodialítico usuários de uma rede de hemodiálise em Curitiba. A coleta de dados foi realizada por meio da observação participante e da entrevista etnográfica (SPRADLEY, 1980). Durante a primeira etapa do estudo desenvolveu-se
observações gerais do cenário como orienta o autor SPRADLEY (1980).
Resultados: Realizou-se descrição das características da unidade de hemodiálise;
acompanhamento de visitas dos profissionais de saúde identificando a relação interativa existente entre estes profissionais e os idosos. Registrou-se o comportamento
dos idosos; o que eles fazem e o que eles sabem. Durante as observações acompanhou-se a trajetória dos idosos a partir da chegada na clínica: como e com quem
chegam; de que modo apresentam as expressões faciais; o que falam com os companheiros de terapia e com os profissionais de saúde e funcionários. Das observações e das entrevistas etnográficas emergiram 2 domínios centrais com 2 termos
cobertos em ambos: 1)Características dos diálogos mantidos referente a medicação
dos idosos em tratamento hemodialítico; 2)Maneiras utilizadas pelos idosos para
organizar o conhecimento referente a terapia medicamentosa.
Conclusão: Constatamos que a lógica do sistema de conhecimento e de cuidado dos
idosos referente aos medicamentos está em parte relacionada com o grau de escolaridade
destes. A identificação das medicações no tratamento hemodialítico estão fundamentadas nas cores, tamanhos, horários e dosagem dos medicamentos. O programa de educação à saúde, a ser implementado, alicerçado na lógica de conhecimentos dos idosos
estudados, deverá contribuir para organizar e dirigir situações de aprendizagem capazes de
resultar em intervenções significativas para a qualidade de vida do idoso renal crônico.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-41
ENF-P-42
PATÓGENOS CAUSADORES DE PERITONITE EM DIÁLISE PERITONEAL
VICARI, A. R.; WILLIGES, S.; MORSCH, C.; PROENÇA, M. C.; LAUTERT,
L.; KAROHL, C.;
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS: NEFROLOGIA, UFRGS. SERVIÇO DE NEFROLOGIA, HOSPITAL DE CLÍNICAS DE
PORTO ALEGRE, RS.
PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE HEMODIÁLISE DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
SANTANA, A. R. A.; E. C. A.; LOPES, M. L. H.; MORAES, E. B.; MENESES,
V. A.; MARTINI, A. M. D.; SALGADO FILHO, N.;
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
Introdução: Peritonite é a complicação mais freqüente nos pacientes em programa de diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC) e cíclica contínua (DPCC).
Microorganismos Gram-positivos, especialmente Staphylococcus aureus e epider midis, são os mais freqüentes, porém a incidência de gram negativos têm aumentado.
Objetivos: Descrever os patógenos causadores de peritonite nos pacientes em
diálise peritoneal na Unidade de Hemodiálise do HCPA.
Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo. Foram revisados os prontuários de
todos os pacientes que apresentaram peritonite no período de junho de 1998 a
junho de 2003 e avaliado os resultados da bacteriologia.
Resultados: Foram identificados 42 pacientes, sendo a média da idade de 49±14,7
anos, que totalizaram 77 episódios de peritonite no período de 5 anos. Em relação
a quem executa a técnica, 58 (75,3%) das peritonites foram identificadas quando o paciente a realizava e 19 (24,7%) quando os familiares. 55 (71,4%) episódios
de peritonite ocorreram nos pacientes em CAPD e 22 (28,6%) em APD. Peritonite
por organismos Gram positivos foi observado em 45 (58,4%) casos, sendo o
S aureus e S coagulase negativo os mais comuns. Infecção por Gram negativos foi
observado em 31,2% das peritonites, principalmente por E coli. Peritonite fúngica
apareceu em 9,1% dos casos. O tempo médio entre o implante do cateter e a
primeira peritonite foi de 10,9 meses, mediana de 5,5 meses. O menor tempo foi
de um mês e o maior de 4 anos e cinco meses. Pacientes diabéticos (DM) apresentaram mais episódios de peritonite (44) x não diabéticos (33). 20 episódios
(45,4%) foram por Gram positivos x 17 (38,6%) por Gram negativos nos pacientes
com DM.
Conclusões: Peritonite por Gram positivo foi mais freqüentemente observada,
tanto em pacientes com e sem DM. No entanto, germes Gram negativos foram
observados em uma proporção importante de pacientes (31,2%).
Introdução: a hemodiálise é uma das formas de tratamento que prevê a presença
do paciente na clínica geralmente por 4 horas três vezes por semana. Daurgidas e
Ing,(1998) afirmam que pacientes em hemodialise levam um avida altamente anormal, dependentes de um procedimento, de uma equipe. Além disso, a doença renal
precipita sentimentos estressantes, que associados com o tratamento, prognóstico,
alterações corporais, reações de parentes e amigos às modificações do estilo de
vida.A equipe que presta o cuidar ao renal crônico em tratamento hemodialítico
deve ter um entendimento da doença, tratamento e de todos os fatores que possam
inferir na qualidade de vida desses pacientes.Nessa perspectiva objetiva nesse trabalho identificar o perfil socioeconômico dos usuários do serviço de hemodiálise
do Hospital Universitário.
Metodologia: pesquisa exploratória descritiva realizada no Serviço de Hemodiálise do Hospital Universitário da cidade de São Luís-MA.Utilizou-se um formulario aplicado a 77 pacientes em tratamento no referido setor no mês de Abril
de 2003.
Resultados e Conclusões: 61% cursaram o ensino fundamental, 14% analfabetos;
67% possuiam renda de 01 salario mínimo, 58% do sexo masculino e 42% feminino;a faixa etária acima de 18 anos:42% procedentes do interior do estado. A
escolaridade, renda e a procedencia além da propria doença são fatores que interferem na adaptaçao desse paciente ao tratamento.Esses fatores devem ser levados
em consideraçao pela equipe de saúde na busca de um trabalho humanizado, objetivando a qualidade de vida do portador de insuficiência renal crônica em tratamento.
ENF-P-43
ENF-P-44
PERFIL SOCIAL DO PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA EM PROGRAMA HEMODIALÍTICO
BARBOSA, A. H. R.; LORENÇON, M.; CARAMORI, J. C. T.; PEREIRA, E. R.
P. C.; MARINHO, L. C. R.
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP
PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES TRANSDIÁLISE DOS
PACIENTES DO HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS
FIGUEIREDO, A. E. P. L.; ARAÚJO, L.; CARVALHO, P.; CONTI, A.; ELIAS,
L.; DALAROSA, M.; ALCÂNTARA, L.; FIGUEIREDO, A. E.
HOSPITAL SÃO LUCAS PUCRS
Introdução: Considerando a prevalência das complicações em hemodiálise, como:
hipotensão, cãibras, cefaléia , hematomas, fístula ou cateter com fluxo baixo e náuseas/vômitos, observou-se a necessidade de traçarmos um plano de educação continuada aos pacientes e equipe de enfermagem.
Objetivo: Traçar o perfil das intercorrências mais freqüentes nos pacientes em
hemodiálise de um hospital universitário e elaborar um plano de ação aos pacientes
e profissionais de enfermagem.
Materiais e Métodos: Foi realizado uma busca retrospectiva das intercorrências dos
pacientes submetidos a hemodiálise no ano de 2002 e 2003, através de um sistema
interno informatizado do serviço. No ano de 2002 foram realizadas 6517 sessões de
hemodiálise e no ano de 2003, 6988 sessões.
Resultados: As intercorrências mais freqüentes neste período foram:
Introdução: A doença e seu tratamento acarretam várias restrições nas atividades
diárias e perdas sociais relevantes na estrutura socioeconômica familiar.
Objetivo: Conhecer o perfil socioeconômico de pacientes em programa de hemodiálise em um hospital para a prática profissional.
Métodos: Aplicação de questionário nos portadores de Insuficiência Renal Crônica em hemodiálise, através de entrevistas contendo questões abertas e fechadas,
durante o período de janeiro de 2004.
Resultados: A distribuição dos pacientes quanto ao gênero foi semelhante, predominam na faixa etária de 21 a 50 anos de ambos os sexos. Em relação ao trabalho 93% dos pacientes não trabalham. Quanto a renda familiar: 57% dos
pacientes recebem entre 0 a 3 salários mínimos(SM); 36% entre 3 a 6 SM e 7%
acima de 6 SM. Quanto ao número de pessoas na família: 72% dos pacientes
vivem com 2 a 4 pessoas, 22% vivem com mais de 4 pessoas e 7% vivem sozinhos.
Quanto ao grau de instrução 69% cursaram o ensino fundamental, 14% o ensino
médio, 7% o ensino superior e 10% não são alfabetizados.
Conclusão: No perfil social dos pacientes nesta unidade predominam pessoas de
21 a 70 anos, com baixa renda familiar, baixa escolaridade, que vivem em companhia de seus familiares e que estão impossibilitados de trabalhar.
Intercorrências/Ano
Hipotensão
Cãibras
Cefaléia
Náuseas/vômitos
Fístula ou cateter c/ â fluxo
Hematoma
Total de sessões
2002
n
1620
946
780
393
302
198
2003
f (%)
24,95%
14,51%
10,86%
6,03%
4,63%
3,03%
6517
n
2069
1140
650
299
275
169
f (%)
29,60%
17,31%
9,30%
4,27%
3,93%
2,41%
6988
Baseados nesses dados o plano de ação será traçado da seguinte forma:
- Hipotensão, cãibras, náuseas/vômitos e cefaléia: orientar o paciente quanto a
doença, dieta necessária a ser feita e recursos a serem usados para a redução da ingesta hídrica, prevenindo assim, a síndrome de desequilíbrio hidroeletrolítico. Re orientar equipe sobre a utilização de sódio variável.
- Fluxo baixo da fístula ou cateter: fístula arteriovenosa com fluxo baixo: orientar o
paciente a fazer exercícios cinco vezes ao dia por cinco minutos, fazendo movimentos de extensão e flexão com o membro da fístula, comprimindo uma bola de borracha; cateter com fluxo baixo: revisar com a equipe de enfermagem a técnica do
fechamento de cateter e orientar o paciente quanto aos cuidados com o mesmo.
-Hematoma: orientar o paciente quanto a importância do membro da fístula ficar imobilizado durante a hemodiálise e revisar a técnica de punção com a equipe de enfermagem.
Conclusão: Hipotensão foi a complicação prevalente, esta depende do envolvimento
do paciente com seu auto-cuidado, visto estar associada ao ganho de peso excessivo entre as diálises, a equipe deve participar ativamente com um plano educacional que envolva este cuidados otimizando a qualidade no atendimento prestado a esses pacientes.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
229
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-45
ENF-P-46
PREVALÊNCIA DE DISFUNÇÃO ERÉTIL NOS PACIENTES EM HEMODIÁLISE E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
GUTERRES, D. T. B.; GUTERRES, J. C.; DEBONI, L. M.; LUZ, H. A.; VIEIRA,
M. A.; VIEIRA, J. A.;
FUNDAÇÃO PRÓ RIM DE SANTA CATARINA - JOINVILLE -SC
RISCO DE ESTRESSE E HEMODIÁLISE: UM ESTUDO COM TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM
SIQUEIRA, E. B.; PASSIGNATTI, C. P.; SOUZA, M. D. P.
FAESA
Introdução: A qualidade de vida dos pacientes em hemodiálise (HD) tem sido
objeto de estudos, onde uma vida sexual ativa e satisfatória é parte importante. A
prevalência de disfunção erétil (DE) neste pacientes e seus fatores associados, não
são bem conhecidos no nosso meio.
Objetivo: Determinar a prevalência de DE em uma população de pacientes em
HD, analisando os fatores associados e o perfil epidemiológico destes pacientes.
Métodos: Todos os pacientes masculinos da Unidade Vida Center da Fundação
Pró Rim foram submetidos ao questionário Sexual Health Inventory for Man
(SHIM), onde são identificados pacientes com DE, pelo somatório de pontos:
grave (1-7), moderada (8-16), leve(17 -21) e normais (>21). As seguintes variáveis foram analisadas idade, patologias associadas, hábitos pessoais, escolaridade, condição sócio-econômicas e medicações em uso.
Resultados: Do total de 30 pacientes entrevistados, 7 não tinham relações sexuais
por falta de parceira. Dos 23 com vida sexual ativa, 15 (65%) apresentavam DE
em algum grau, sendo 7(47%) leve, 6(40%) moderada e 2 (13%) grave. O tempo
médio em HD neste grupo foi de 36 (+18) meses, variando entre 4 e 120 meses,
não havendo diferença estatisticamente significativa entre os pacientes com e sem
DE. A média idade no grupo com DE foi 51,2(+8) anos, sendo significativamente
maior do que no grupo com função sexual normal que foi de 40,5(+15,25) anos
(t=2,19; p=0,03). Entre as patologias associadas predominou a hipertensão em
86,6% dos pacientes com DE, seguido pelo DM com 26,6%. Dos pacientes com
DM, 100% apresentavam DE e entre os hipertensos, 65%. No total, 2(8,7%)
pacientes eram fumantes, sendo que ambos apresentavam DE. Em relação a escolaridade, 74% (17/23) cursaram até o 1º grau, destes 76% (13/17) apresentavam
DE. Não houve diferença entre os grupos em relação a renda familiar.
Conclusão: A prevalência de DE foi de 65% na população estudada, sendo que os
pacientes mais idosos, hipertensos e diabéticos são os mais propensos, não haven do associação com escolaridade e condição sócio-econômica.
Introdução: Investiga a existência do risco de estresse em técnicos e auxiliares de
enfermagem que trabalham em hemodiálise e quais são os fatores que concorrem
para esta situação.
Metodologia: É um estudo de abordadgem quali-quantitativa realizado com 13
profissionais de enfermagem que atuam no serviço de nefrologia da Clínica
Capaixaba do Rim - Unidade Cariacica. O instrumento utilizado para coleta de
dados foi o questionário sobre estresse no trabalho retirado do guia da Fundação
Européia para melhoria das condições de vida e trabalho que contém 6 variáveis e
5 módulos. Para análise dos dados de forma quantitativa foi utilizado o “Social
Package Statical Science”(SPSS) -versão 11.5-2001, expostos na forma de gráficos e tabelas. A análise qualitativa foi feita através da discussão, baseada na literatura, dos resultados obtidos. A população é composta por sujeitos jovens, do sexo
feminino em sua maioria (69,2%) com média de idade de 27,23 anos, com predominância da faixa etária de 20-25 anos; trabalham na empresa há 30,58 meses
em média, possuem o segundo grau completo, a maioria trabalha no turno do dia,
são técnicos de enfermagem (53,8%) ou técnicos de hemodiálise (38,5%) não
havendo portanto auxiliares de enfermagem na população. No módulo requisitos
do trablho encontramos o valor 07, no módulo autoridade decisória, valor 03, no
módulo discriminação das tarefas, valor 01, no módulo condições de emprego, valor 01, no módulo apoio de chefes e colegas, valor 05.
Conclusão: Observou-se então que existe o risco de estresse nesses profissionais
e que os fatores que concorrem para este evento estão claramente relacionados às
questões dos módulos. A relevância do presente estudo é que através dele foi possível demonstrar a necessidade de intervenção na melhoria das condições de trabalho para diminuir o risco de estresse nos profissionais, assim como, o mercimento do que realização de outros estudos nessa área para melhor entendimento do
que realmente concorre para o aparecimento do estresse nos trabalhadores da
hemodiálise.
ENF-P-47
ENF-P-48
ROTINAS PARA MINIMIZAR TRANSMISSÃO DE VÍRUS HCV
PIETROVSKI, V.; COELHO, J. B. A.; RAMOS, J. L. Z.; ENGEL, M.; ENGEL, M.
UNIDADE DE TERAPIA RENAL DE PATO BRANCO LTDA
SATISFAÇAO DOS USUARIOS DO SERVIÇO DE HEMODIALISE DO
HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA:DESVENDANDO A
QUALIDADE DO ATENDIMENTO
MENEZES, V. A.; SANTANA, A. R. A.; AMORIM, E. C.; LOPES, M. L. H.;
MORAES, E. B.; SALGADO FILHO, N.;
HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA
Introdução: Os pacientes em hemodiálise apresentam alto risco para infecções, o
ambiente influencia na transmissão de agentes infecciosos podendo dar-se por via
direta (mãos dos profissionais de saúde) e indireta (equipamentos, superfícies) e o
uso comum de diversos artigos médicos hospitalares. O tempo em tratamento
dialitico é outro fator de maior risco para infecção por HCV.
Objetivo: Criar normas para diminuir transmissão de vírus C em serviço de
hemodiálise.
Relato: Tivemos um índice alarmante de hepatite C no serviço no período de
março à maio de 2002. Foram tomadas as seguintes medidas preventivas: Desinfecção química de máquinas entre turnos, Turnos exclusivos para pacientes HCV
+ e HCV-, Desinfecção externa das máquinas com água e sabão, Separação de
todos os materias (luvas, esfigmomanômetro, estetoscópio,etc...) dos pacientes
HCV + e HCV -.
Conclusão: As medidas tomadas na unidade de diálise diminuiram consideravelmente o aparecimento de novos casos do vírus C.
230
Introdução: A Join Comissin Acreditation of Health Care Organization apud
Zanon (2001) afirma que uma qualidade na assistencia medico-hospitalar aumenta a probabilidade da desejada recuperaçao do paciente e reduiz a probalidade do
aparecimento de eventos indesejaveis.Segundo Barros (2003), esta é constataçao é
especialmente clara em doentes crônicos, onde a qualidade da assistencia pode ser
um fator decisivo no seguimento do tratamento e, consequentemente, nos resultados que poderá alcançar.Diante da problematizaçlao este trabalho tem como objetivo avaliar a satiafaçao do usuario do serviço de hemodialise do Hospital Universitario;verificar a opiniao do usuario em relação ao atendimento fornecido pelo
setor de hemodialise.
Metodologia: pesquisa exploratoria descritiva realizada na unidade hospitalar.Utilizou-se um formulario aplçicado a 77 pacientes em tratamento no referido setor
no mes de sbril de 2003.
Resultados: 93,5% estao satisfeitos com os procedimentos realizados pela enfermagem, porem 19% dos pacientes tem duvidas sobre o tratamento.19% estavam
insatisfeitos com a falta de visita medica em todas as sessoes.89% esperam menos
de 15 minutos para iniciar o tratamento.Em relaçao a limpeza,94% estao satisfeitos.arecepçao teve 100% de aprovaçao. 42% estao insatisfeitos com a alimentaçao servida em relaçao ao horario, quantidade equalidade.67% relataram sua
insatisfaçao pela nao permissao de acompanhante. A maioria 73% considera o
serviço de hemodiaise bom,19% muito bom e 8% ruim.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-49
ENF-P-50
SURTO DE PERITONITE CAUSADO POR ENTEROCOCO RESISTENTE A VANCOMICINA EM UNIDADE DE DIÁLISE PERITONEAL
RIBEIRO, C. A.; LIMA, M. G. M. S.; GUERRA, A.;
GRUPO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA NEFROLÓGICA /GAMEN/RJ
TERAPIA DIALITICA CONTINUA (CVVHD): PLANO DE ASSISTENCIA
DE ENFERMAGEM EM PACIENTES CRITICOS EM CTI
FERREIRA, V.; FERRAREZA, M. V. G.
CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA DO HCFMRP/USP/UNIDADE DE
EMERGENCIA
Introdução: Durante o ano de 2002, observamos um surto de peritonite causada
por Enterococo resistente a Vancomicina (E. VRE) na unidade de diálise. Nunca
houve relato na literatura de surto semelhante em uma unidade de diálise peritoneal. Desde o aparecimento de Enterococo VRE em 1989, o crescimento das
infecções hospitalares causadas por este patógeno aumentou em 13,6%, denotando a importância do diagnóstico precoce, já que peritonite apresenta grande morbi-mortalidade.
Métodos: O programa de diálise peritoneal se constitui de 60 pacientes em CAPD,
APD e alguns pacientes em DPI. Os pacientes freqüentemente durante o período
de break-in permanecem em regime ambulatorial, em APD em máquina HomeChoice Baxter, em quarto individual. Um Enfermeiro e quatro técnicos realizam o
tratamento e treinamento. As medidas adotadas foram baseadas em rotinas americanas adotadas para controle de surto de infecção por E. VRE em instituições de
longa permanência Cronologicamente dois pacientes chegaram simultaneamente
com efluente peritoneal turvo sem sintomas de peritonite, um deles com diarréia e
ambos com citologia positiva e as culturas se mostraram positivas para E. VRE.
Um paciente estava no período de break-in, e o outro, em DPI. Pacientes e equipe
tiveram swab nasal negativo para E.VRE. Neste momento foram adotadas as medidas de precaução universal já referidas. O terceiro paciente esteve na unidade na
semana anterior com peritonite por S.aureus foi tratado com Vancomicina, uma
semana depois volta a unidade com piora do quadro de peritonite, a cultura se
mostra positiva para E. VRE. Logo a seguir surge um quarto paciente em DPI com
peritonite e cultura positiva para E. VRE.
Resultado: Após a adoção das medidas de precaução universal não se observou
controle, surgindo casos novos, sendo adotada nova estratégia de isolamento dos
pacientes com peritonite por E.VRE em unidade separada com equipe exclusiva
para os cuidados, obtendo-se a partir deste momento o controle do surto.
Conclusão: A importância de medidas estratégicas para controle de surto em
unidade de diálise é fundamental para obtenção da erradicação da infecção. .
ENF-P-51
USO DE SOLUÇÃO ÁCIDA NA DESINFECÇÃO DE CAPILARES
SILVA, R. C.
CND - CLÍNICA DE NEFROLOGIA E DIÁLISE LTDA
Introdução: Sabe-se que cerca de 2% de toda a população brasileira apresenta
insuficiência renal crônica (IRC) e que apesar de todo o avanço tecnológico continua sendo esta enfermidade um grande problema para o país e toda a sociedade
por conta muitas vezes do alto custo do tratamento e pelos transtornos sociais
advindos das terapias renais substitutivas. Com o objetivo de tratar a insuficiência
renal crônica, várias técnicas conhecidas como terapias renais substitutivas (TRS)
estão disponíveis para o tratamento da IRC[1].
A hemodiálise dentre todas as TRS, no nosso meio, é a mais freqüentemente usada.
Além dos recursos hemolíticos, a diálise peritonial e o transplante renal, são técnicas também usadas na substituição da função renal na IRC[1].
Apesar do transplante renal ser a terapia de eleição dentre as TRS, tal procedimento encontra múltipla variante que limitam o número de procedimentos, como:
barreira imunológica, disponibilidade de órgãos e organização técnica dos serviços
transplantadores. Assim, a hemodiálise é a TRS mais freqüente terapia utilizada
em nosso meio devido principalmente ás adaptações técnicas ocorridas nos diversos serviços de nefrologia do país. Tal procedimento classicamente, é obtido
através da filtração sangüínea usando o contato virtual do sangue do paciente com
uma solução (dialisato) através de um processo de circulação extracorpórea onde
o filtro ou dialisador apresenta papel fundamental na eficácia de tratamento e a sua
reutilização tem trazido redução do custo operacional das hemodiálises, permitindo que um número maior de pacientes se beneficie deste tratamento, bem como
diminuir o risco de síndrome do primeiro uso, que pode ser bastante grave para
alguns pacientes.[4].
Os dialisadores possuem dois compartimentos, um por onde circula o sangue e o
outro por onde circula o dialisato, ocorrendo as trocas através de uma membrana
semipermeável [2].
Os dialisadores podem ser celulose substituída e celulose sintética. Estes por vez
possuem características que interferem em seu uso, como coeficiente de ultrafiltração (KUF), depuração de substancias, priming e esterilização [3].
Podem ser utilizados até doze vezes e desprezados quando perdem mais de 20%
do seu volume interno ou apresentarem URR < 60 5 e ate 20 vezes em maquinas
de reprocessamento automático e de uso único os dialisadores dos pacientes portadores do vírus HIV [2].
Os principais passos para reutilização dos mesmos são: enxágüe, limpeza,
medição do desempenho, desinfecção/esterilização e remoção do germicida [5/3].
Os germicidas químicos a serem utilizados devem Ter atividades adequadas evi-
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
Introdução: Na prática assistencial de enfermagem no Centro de Terapia Intensiva
deparamos com elevado número de pacientes hemodinâmicamente instáveis que evoluem
com Insuficiência Renal Aguda (IRA), e são tratados com a hemodiálise venovenosa
lenta contínua (CVVHD), também demoninada de hemodiálise lenta contínua de baixo
fluxo (Hemolenta). Através desta realidade desenvolvemos um plano de assistência
visando o aprimoramento técnico-científico da equipe de enfermagem objetivando posteriormente criar um protocolo para uniformização das condutas.
Métodos: Estudo de natureza descritiva, realizado por meio da revisão bibliográfica do tema.
Resultados: Através do resultado bibliográfico obtido, correlacionando com a prática da
assistência ao paciente critico em diálise, foram levantados os principais cuidados de
enfermagem, propiciando a elaboração do plano de assistência de enfermagem, dentre eles:
-Controlar rigorosamente os sinais vitais e monitorização do estado geral do paciente;
-Controlar os níveis de coagulação sanguínea e de glicemia;
-Controlar os resultados de exames laboratoriais e correção dos distúrbios hidroeletroliticos,
conforme prescrição médica;
-Observação, medição e marcação dos volumes infundidos e drenados do ultrafiltrado de h/h;
-Controlar rigorosamente a infusão de heparina trocando a solução de 6/6h;
-Administração de volume de solução de reposição com indicação médica;
-Lavar o sistema com SF 0,9% de hora em hora, a critério medico;
-Realização do curativo no cateter duplo lúmen 1x/dia ou quando necessário com técnica
asséptica;
-Observação do sítio de punção do cateter a procura de sinais flogísticos;
-Observação continua do dializador e troca quando houver obstrução ou ruptura da membrana;
-Manter fluxo de 100ml/min da bomba de sangue;
-Manter controle do volume ultrafiltrado elevando ou abaixando o nível do coletor de
acordo com indicação médica;
-Observar o processo sistematicamente, quanto à presença de coágulos, fibrina, entrada
de ar, sangramentos e outros,
-Atender as intercorrências clinicas do paciente,
-Calcular e registrar o balanço hídrico de horário,
-Preparar material para troca de todo o sistema em casos de emergência.
-Realizar controles gerais de CTI.
Conclusão: Este plano propiciará a equipe de enfermagem trabalhar com mais conhecimento, informação, segurança e presteza, tornando a assistência individualizada e plenamente eficaz.
tando assim a proliferação microbiana e pirogênica no paciente. Dentre os agentes
utilizados estão o formaldeído a 4% que deve permanecer no mínimo 24 horas antes
de reutilizá-lo, esta quase que totalmente em desuso e o ácido peracético a 0,2% que
pode ser usado após 8 horas, sendo que esta solução possui ação bactericida, fungicida e viricida e em alguns centros se utiliza a solução cloreto de sódio a 24% [6/7].
O processo de remoção do germicida envolve a retirada por lavagem com solução
fisiológica da solução esterilizante, para minimizar a incidência de reações alérgicas ocorridas por prováveis resíduos de produtos esterilizantes, se faz necessário o
teste de fitas detectoras de resíduos antes do uso do dialisador [9].
O cuidado com a reutilização dos dialisadores garante um elevado grau de qualidade no reprocessamento onde se faz necessário pessoal treinado de modo a
preservar a qualidade e a eficiência do equipamento sem colocar em risco a vida
do paciente e a qualidade do tratamento dialítico.
Pacientes e Métodos:
3.1- Desenho de Estudo: Transversal Controlado.
3.2- Local de Estudo: Nosso estudo será realizado na unidade satélite Unidade de
Nefrologia de Osasco (UNASCO).
3.3- Pacientes: Serão incluídos 4 pacientes do sexo masculino e feminino, adultos
de 20 a 50 anos em tratamento dialítico a mais de 6 meses que apresentaram sensibilidade à solução esterilizante ácido Peracético em uso de dialisadores com
membrana polissufona F7 e com acesso vascular Fístula Artério-Venosa (FAV).
3.4- Protocolo de Estudo: os pacientes selecionados usaram como meio esterilizante
o Banho Ácido em seus dialisadores. Os capilares após o uso serão lavados no painel
com pressão da água de 26 PSI durante 20 minutos. Após ser verificado o priming
e colocado a solução ácida, será observado o prazo de 24 horas para o novo reuso.
3.4.1- Metodologia de Análise: Os pacientes e seus dialisadores serão monitorados
a cada sessão com protocolo elaborado pela equipe de Enfermagem.
3.5 – Metodologia Laboratorial: Serão enviadas amostras colhidas dos dialisadores
ao laboratório todo mês para análise bacteriológica.
Resultados: Os quatro pacientes foram submetidos a 154 sessões de hemodiálise
entre Fevereiro e Dezembro de 2002, nenhuma reação pirogênica foi apresentada
no período, os exames mensais de cultura apresentaram resultados negativos. Os
exames mensais dos pacientes mostraram uréia pós de 80% de depuração e o KTV
entre 1.4 mostrando uma boa eficácia na hemodiálise. A sobrevida dos dialisadores
não teve alteração, sendo reprocessado até 12 vezes, conforme Portaria número 82
do Ministério da Saúde.
Conclusão: Os dialisadores esterilizados com banho para hemodiálise podem ser
utilizados em substituição ao Ácido Peracético, quando os pacientes mostrarem ser
sensíveis ao mesmo, no entanto, vale ressaltar que durante nosso estudo não
obtivemos nenhuma variável tal como: hemodiálise sem heparina, hemodiálise
com baixo fluxo de sangue em pacientes com acesso venoso central que pode prejudicar as fibras dos dialisadores, comprometendo o seu reprocessamento.
231
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-52
ENF-P-53
LITIASE VESICAL: UMA PROPOSTA PARA O CUIDAR SEGUNDO
HORTA
MENEZES, V. A.; SANTANA, A. R. A.; MARTINI, A. M. D.; LIMA, R. A.;
BARRÊDO, V. C. A.; LOPES, M. L. H.; SALGADO FILHO, N.;
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
A FINITUDE COMO REFERÊNCIA PARA A VIDA
SILVA, S. C.; CAMPOS, L.
HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DE
MINAS GERAIS – CAMPUS DIVINÓPOLIS
Introducão: A utilização de metodologias para desenvolver a assistência ao
paciente garante o respaldo, segurança e a direção necessárias para a execução de
competência do enfermeiro, contribuindo para a credibilidade e visibilidade da
enfermagem. A urolitíase refere-se aos cálculos no trato urinário.Os cálculos se
formam neste trato, quando as concentrações urinárias de substâncias como oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, e ácido úrico aumentam(SMELTZER E
BARE,2002) Os cálculos podem ser encontrados em qualquer lugar, desde o rim
até a bexiga. Estes variam de tamanho, desde pequenos depósitos granulares
denominados areia ou cascalho, até cálculos vesicais relativamente grandes.
Alguns fatores favorecem a formação de cálculos, como infecção, estase urinária
e períodos de imobilidade o que torna a drenagem renal lenta e altera o metabolismo do cálcio. A litíase ocorre predominantemente no período que vai terceira a
quinta década de vida e afeta milhares mais homens do que mulheres.Cerca de
50% dos pacientes com um único cálculo renal apresentam outro episódio dentro
de 05 anos.(SMELTZER E BARE,2002)
Metodologista: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório do tipo estudo de
caso com análise qualitativa realizado com um paciente portador de litíase vesical,
tendo como referencial a teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda
Horta. Inicialmente, fez-se o levantamento dos dados referentes ao histórico
segundo Horta,seguido da identificação dos diagnósticos de enfermagem. A pertir
destes, foi elaborado o plano assistencial e o plano de cuidados diários, com a
evolução e o estabelecimento do prognóstico do paciente.
Resultados: Foram observados hidratação deficiente, dieta rica em lipídeos e car boidratos, deficit de conheciemto sobre sua patologia e tratamento e disúria. Com
a aplicação do plano assistencial, o paciente passou a compreender a sua doença e
modalidade terapêutica, corresponder com uma dieta balanceada, aumentar a sua
ingesta hídrica, além de cobter o alívio da dor por meio da administração dos fármacos específicos.
Conclusões: Com base nos dados, pode-se perceber que a aplicação da sistemática da teoria de Horta foi fundamental importâcia para a melhoria do estudo geral
do paciente em questão, prevenindo a ocorrência de rrecidivas de cálculos, capacitando-os assim para o autocuidado.
Introdução: Este artigo apresenta considerações sobre a morte e o morrer, assunto de cunho predefinido, cujas representações se modificam em determinados contextos históricos. O homem é o único dos seres vivos que passa sua vida sabendo
de sua finitude.
Objetivo: Analisar e oferecer algumas reflexões teóricas sobre a morte e o morrer.
Método: Mostra-se, por meio de pesquisa bibliográfica, como o conceito debmorte no Ocidente vem sendo representado histórica e socialmente, além de enfocar sua negação em tempos modernos.
Resultados: Puderam-se identificar vivências diversas quanto à morte. A Morte
Domesticada, da época medieval, o homem prediz sua morte por meio de avisos e
convicções. Morte de Si Mesmo, quando o homem passa a preocupar-se com a sua
morte e o que lhe acontecerá depois e revela apego às coisas materiais. A Vida na
Morte, tem que o sobrenatural se configura com o natural; a partir disso surge-lhe
o medo de ser enterrado vivo é a confusão entre a vida e a morte. A Morte do Outro, como libertação, quando havia a crença em vidas futuras e o medo de almas de
outro mundo. A Morte Invertida, a sociedade contemporânea expulsou a morte
para proteger a vida.
Conclusão: Só o ser humano é capaz de indagar sobre questões que ele enfrenta e
de assumir o controle sobre a construção de sua vida. Neste mundo massificado a
morte é tida como algo impalpável e isto tranqüiliza o homem por não haver
aparentemente outra direção. É preciso resgatar a consciência da morte no cotidiano; não como algo doentio, paralisante e pessimista. Mas como assumir a finitude
da vida, analisando as escolhas, reavaliando os valores e refletindo sobre as
próprias necessidades humanas.
ENF-P-54
ENF-P-55
ACESSO VENOSO PARA HEMODIÁLISE: CONHECENDO AS
EXPERIÊNCIAS DOS PACIENTES
OLIVEIRA, A. B.; COELHO, G. S.; OLIVEIRA, M. J. M.; PAULO, N. G. N.;
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CASSIANO ANTÔNIO MORAES
ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
SILVA, S. C.; QUEIROZ, M.
HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS
Introdução: Um acesso ao sistema circulatório é o elemento crítico para o início
e a manutenção do tratamento por hemodiálise em um paciente com insuficiência
renal. Este trabalho tem por objetivo conhecer a percepção do paciente renal crônico diante de dois diferentes acessos para o tratamento dialítico - catéter de duplo
lúmem (CDL) e fístula arterio venosa (FAV) autóloga ou prótese de politetrafluoretileno (PTFE)
Métodos: Trata-se de um trabalho descritivo qualitativo. A coleta de dados foi
realizadamediante entrevista semi-estruturada em sete pacientes do programa de
terapia renal substitutiva de um hospital universitário que se submeteram a dois
diferentes acessos dialíticos - CDL e FAV (PTFE e autóloga). os depoimentos dos
sujeitosforam agrupados de acordo com a semelhança das respostas e a discussão
foi baseada nos resultados desses agrupamentos.
Resultados: Todos os sete pacientes relataram incômodo, vergonha, limitação em
certas atividades e preocupação com infecção quando realizaram hemodiálise
mediante CDL. E quando realizaram a hemodiálise por FAV prevaleceu o sentimento de segurança.
Conclusão: Na visão dos pacientes, a FAV constitui o melhor acesso
vascular,pois, apesar de relatarem dor a cada punção, esse acesso lhes proporcionaram maior segurança e liberdade, contribuindo para melhor aceitabilidade e
adesão ao tratamento.
Introdução: Este artigo enfoca questões sobre o espaço ocupado pelo pedagogo
no contexto hospitalar e apresenta o projeto Escola Esperança, um programa de
alfabetização de usuários do serviço de hemodiálise. Primeiramente apresenta os
passos percorridos pela pedagogia hospitalar e sua aplicação pacientes renais
crônicos. Inaugura uma nova prática, simultaneamente ao tratamento oferecido ao
portador de insuficiência renal, possibilitando-lhe o aumento da sua auto-estima,
contribuindo com ele para uma nova leitura do mundo, provendo-lhe acesso à
informação e propiciando-lhe assim participação efetiva no curso do tratamento.
Objetivo: Tornar o tempo ocioso do tratamento no hospital em algo produtivo ajudando-lhe na continuidade de suas atividades escolares e na recuperação de sua
saúde.
Método: A práxis pedagógica foi orientada pelo processo ação – reflexão – ação,
ancorando assim atividades da realidade de cada um, utilizando-as de forma interdisciplinar em Português, Matemática, Geografia, História, Ciências e Estudos
Sociais.
Resultados: Ainda que nunca freqüentaram a Escola, os educandos possuem a
escola da vida, fator fundamental para o desenvolvimento prático do projeto. Os
resultados atenderam às expectativas de contribuir para o aperfeiçoamento do educando enfermo.
Conclusão: Diante dos resultados alcançados, o trabalho de alfabetização de
jovens e adultos realizado na Unidade de Nefrologia do Hospital São João de Deus
contribuiu para o aperfeiçoamento integral do educando enfermo, na continuidade
de suas atividades pedagógicas e na recuperação mais rápida de sua saúde, dandolhe oportunidade de reintegrar-se à sociedade, facilitando-lhe o seu desenvolvimento físico, intelectual, cultural e social.
232
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-56
ENF-P-57
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE SINDROME
NEFRÓTICA ASSOCIADA AO LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
SANTANA, A. R. A.; MENEZES, V. A.; LIMA, R. A.; MARTINI, A. M. D.;
DIAS, R. S.; LOPES, M. L. H.; SALGADO FILHO, N.;
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA
ATIVIDADE LÚDICO-EDUCATIVA: UMA OPÇÃO PARA O CUIDADO
HUMANIZADO AO CLIENTE EM HEMODIÁLISE
BURG, G.; PORTELA, O. T.; NIETSCHE, E. A.;
CLÍNICA RENAL DE SANTA MARIA
Introdução: Observando as nessecidades humanas básicas afetadas no paciente
acometido de síndrome nefrótica associado a Lúpus Eritematoso Sistêmico,(LES)a
utilização do referêncial teórico de Wanda Horta, tornou-se fundamental para a
implantação de uma assistência de enfermagem individualizada e holística, levando em consideração o contexto de vida do cliente.O LES é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo com alteraçoes fibrinóides vasculares e
perivasculares que podem envolver qualquer órgão ou sistema.Sem causa conhecida, seus sintomas iniciais podem ser revelados por fadiga extrema, estresse,
lesões, expocição a luz solar, etc.A síndrome nefrótica é caracterizado por proteinúria, hiperlipidemia, devido ao estravazamento das proteínas para a urina, em
consequência do aumento da permeabilidade capilar glomerular.As manifestações
são súbitas, com edemas desprezíveis e ganho de peso.
Metodologia: Estudo descritivo de abordagem qualitativa do tipo estudo de caso
realizado durante as atividades práticas da disciplina Enfermagem em Clínica
Médica, com paciente portador de sindrome nefrótica associada ao lúpus eritematoso, utilizando a teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta,
comtemplando todas as suas fases.
Resultados: Durante a sistematização da assistência, os problemas de enfermagem
foram identificados:dores na região lombar e epigástrica, desidratação, edema,
depressão e ansiosidade.Após implementados os cuidados, o paciente apresentou
melhora significativa do quadro clínico:redução do edema, diminuição acentuada
dos níveis álgicos, mostrando-se confiante tanto no tratamento quanto na equipe de
saúde, evoluindo, portanto para um bom prognóstico.
Conclusão: Concluimos que a competência profissional passa pelo uso da sistematização do cuidar, utilizando referênciais teóricos visando a assistência do indivíduo de forma holística.
O presente trabalho relata a experiência profissional em enfermagem utilizando
atividades lúdico-educativas no cuidado ao cliente renal em hemodiálise. Teve por
objetivo aproveitar o tempo livre das sessões de hemodiálise para o desenvolvimento de atividades lúdico-educativas, com vistas a humanizar, despertar a criatividade, a estética e a solidariedade ao cliente renal crônico a fim de proporcionarlhe uma melhor qualidade de vida. Através do desenvolvimento de atividades
lúdico-educativas, preconizou-se a educação do cliente renal crônico de forma
descontraída e prazerosa, oportunizando um aprendizado com assimilação gradativa de conteúdos inerentes a sua patologia e formas de tratamento, bem como proporcionou momentos para expressão de sentimentos e compartilhamento de experiências, com intuito de aliviar a ansiedade e inseguranças, diminuindo medos e
incertezas vivenciadas durante o tratamento. Realizou-se encontros com familiares
com o objetivo de intensificar a integração entre os clientes, familiares e equipe
multiprofissional. Neste momento, houve troca de experiências entre as famílias.
Ao término desta experiência, ficou evidenciado, por depoimento de clientes,
família e equipe a importância que representam as atividades lúdico-educativas na
mudança de comportamento do cliente renal crônico, uma maior aceitação de sua
patologia e adesão ao tratamento, tanto pelo cliente quanto pela sua família, proporcionando-lhes melhor qualidade de vida.
ENF-P-58
ENF-P-59
AVALIAÇÃO DE TREINAMENTO DE ENFERMEIROS EM EQUIPAMENTOS DE TERAPIA RENAL DE FLUXO LENTO
ANDRADE, C. M.; GONÇALVES, M. A. B.; CARMINE, D. G.
PALOMO, J. S. H.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP
AÇÃO CONJUNTA ENTRE PSICOLOGIA E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE DIÁLISE
SILVEIRA, E. R.; CAMARGO, D. H.; SALUM, R. E.; MACEDO, M. A. M.;
ALKMIM, L. D.; SANTOS, G. D.
NEFRON - CLÍNICA DE DOENÇAS RENAIS
Introdução: O Programa de Diálise de nossa instituição tem como finalidade atender todos os pacientes cardiopatas portadores de Insuficiência Renal Aguda (IRA),
otimizando recursos humanos e tecnológicos, prestando uma assistência de enfermagem com qualidade e segurança durante os procedimentos dialíticos, baseado
em conhecimentos científicos atualizados e comprometido com a aquisição e
transmissão de conhecimentos.
Método: Pesquisa quanti-qualitativa realizada em um hospital público especializado em cardiologia no município de São Paulo
Resultados: Foram treinados 113 enfermeiros, 112 foram habilitados para executar os procedimentos , 06 foram re-treinados e 01 foi considerado não habilitado.
A análise qualitativa resgatou que, um melhor desempenho dos profissionais após
a capacitação teórico-prática.
Conclusão: Promover treinamento continuado em procedimentos de fluxo lento
proporcionam capacitação e validam competências específicas para enfermeiros,
assegurando que a prática tenha qualidade e seja sustentado por uma base sólida
de conhecimentos científicos. Entretanto, todo programa de treinamento proposto
necessita de revisões e avaliações periódicas em virtude de alterações na prática
assistencial decorrentes de novas tecnológias.
Este trabalho relata a experiência da ação conjunta entre a Psicologia e a Equipe
Assistencial de uma Unidade de Diálise, baseado em um caso clínico onde o
paciente é portador do vírus HIV.
Em caso de doença crônica o passado vem à tona, trazendo para a superfície conflitos mal elaborados, o que evidencia a necessidade de construir um significado
para a enfermidade bem como o de resignificar a trajetória de vida. Na tentativa de
controlar o temor da morte, o paciente pode desenvolver uma atitude ambígua, ou
seja, desejando controlar o processo de morrer, paradoxalmente, ele pode procurar
a morte com atitudes autodestrutivas.
Nosso objetivo é detectar as dificuldades e traçar as possíveis ações para melhorar
a adesão do paciente em tratamento de hemodiálise, bem como trabalhar as possibilidades de intervenções junto à equipe de enfermagem que está em contato contínuo com o paciente denominado “paciente-problema”. Chamamos de pacienteproblema aquele que, por não se ajustar à situação de doença e de tratamento, comporta-se de tal forma que enraivece o médico e a equipe assistencial, atrapalhando
a rotina.
O presente trabalho ilustra os resultados positivos quanto à ação conjunta da psicologia e enfermagem, porém ainda encontramos alguns obstáculos, que requerem
sempre uma análise da relação entre a equipe, paciente e doença.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
233
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-60
ENF-P-61
EDUCAÇÃO CONTINUADA EM HEMODIÁLISE: DA UTOPIA À REALIDADE
MODESTO, A. P.; SCOPEL, F. Z.; PASQUAL, D. D.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
INSUFICIENCIA RENAL AGUDA EM PACIENTES INTERNADOS NA
UNIDADE DE EMERGENCIA DO HCFMRP/USP : AVALIACAO EM 12
MESES
FERREIRA, V.; MOYSES NETO, M.; BOTELHO, S. R.
HCFMRP/USP -UNIDADE DE EMERGENCIA
Introdução: Vivemos numa era de intensas transformações em todas as áreas do
saber. Na área da saúde não é diferente: todos os dias nos deparamos com a
inserção de novas tecnologias e conhecimentos. Frente a esta realidade, surge a
necessidade de constante aperfeiçoamento, como forma de assegurar a qualidade
do atendimento ofertado nas instituições. No serviço de hemodiálise a realidade
não é diferente, e a busca pela qualidade do cuidado prestado passa, obrigatoriamente, pela necessidade de constante educação do pessoal de enfermagem. Como
forma de adequação a esta realidade procedemos a instauração de um programa de
educação continuada, o qual consiste num “processo que busca propiciar ao indivíduo a busca de conhecimentos para que ele atinja sua capacitação profissional e
desenvolvimento pessoal, considerando a realidade institucional e social” (BEZERRA, 1995).
Objetivo: Delinear os critérios essenciais para a implementação de um programa
de educação continuada eficiente num Serviço de Hemodiálise.
Metodologia: O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa
exploratória, que utilizou o método de estudo caso para atingir os objetivos propostos.
Resultados: Após a realização de alguns encontros de educação continuada
pudemos identificar oito critérios essenciais para o sucesso de tal programa: apoio
administrativo; permanência de, no mínimo, dois enfermeiros na unidade de
hemodiálise; estrutura física adequada; organização prévia do programa/calendário
educativo considerando a realidade vivenciada; elaboração de material didático
condizente com a realidade; divisão de grupos de trabalho; elaboração de impressos de apoio; e avaliação periódica dos funcionários.
Considerações Finais: Os programas de educação continuada permitem aproximar a técnica da teoria, facilitando a utilização de instrumentos como as situações
cotidianas, a tecnologia e os saberes do ambiente de trabalho, promovendo um
cuidado que integra a reflexão sobre o saber e o fazer.
Introdução: Pacientes internados em hospitais podem desenvolver quadro de
insuficiência renal aguda (IRA), associada a vários fatores de risco como:
infecções, nefrotoxicidade por drogas, hipovolemia. O objetivo foi avaliar as possíveis causas e a evolução durante a internação de todos os pacientes atendidos em
uma Unidade Hospitalar, que desenvolveram IRA, no período de 1 ano.
Métodos: Estudo retrospectivo, realizado por meio de levantamento dos dados em
prontuários.
Resultados: Foram detectados no período, 132 casos de IRA. O diagnóstico de
IRA foi considerado quando a creatinina plasmática passava de 2,0 mg% ou se já
havia disfunção renal e houvesse aumento dos níveis de creatinina pelo menos em
50% do valor prévio. A idade média foi de 53 anos (variando 21 a 92 anos), 85
(64,4%) do sexo masculino. Os diagnósticos e os fatores de risco mais freqüentemente associados foram: infecções em 60 casos (45,4 %), hepatopatias em 19 (14,3
%), acidente vascular cerebral (AVC) em 14 (10%), diabetes mellitus em 12(9%).
As causas de IRA nos 132 casos podem ser classificadas em renal: 66(50%), prérenal: 48(36,3%), pós-renal: 9(6,8%), sem definição: 9(6,8 %). Desses 132 casos,
50(37,8%) foram submetidos a tratamento hemodialítico e os fatores associados
mais prevalentes foram: choque cardiogênico, hipovolêmico, séptico, e nefrotoxicidade por drogas. Dos pacientes submetidos à hemodiálise 29(58%) foram a
óbito, e 21 casos (42%) receberam alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial pela Nefrologia. Dos 82 pacientes com IRA que não dialisaram os fatores de
risco associados mais prevalentes foram: infecções em 25 casos (30,4%),
hepatopatias em 9(10,9%), politraumatismos em 8(9,7%), pós-operatório em 8
9,7%), AVC em 7(8,5%), ICC em 5(6%). Dos 82casos, 21(25,6 %) foram a óbito
pela doença associada.
Conclusão: O fator mais comumente associado com o quadro de IRA nesta
unidade hospitalar foi à infecção. A mortalidade nos casos que necessitaram de
diálise foi elevada (58%) evidenciando a gravidade dos casos em seguimento.
ENF-P-62
ENF-P-63
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA ASSISTENCIAL
DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES CARDIOPATAS COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
ANDRADE, C. M.; GONÇALVES, M. A. B.; CARMINE, D. G.; PALOMO, J. S. H.
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
A ASSISTÊNCIA NO TRATAMENTO DIALÍTICO A GESTANTE NA
PREVENÇÃO DA HIPERTENSÃO
POLINS, B. R. G.; LESSA, G.S.; SILVA, F. G.; BOMBO, F. R.; BERNARDES,
G. F.; SAIDEL, M. G. B.
CENTRO UNIVERSITARIO HERMINIO OMETTO UNIARARAS
Introdução: As causas que levam a perda da função renal são múltiplas e comumente observadas em pacientes cardiopatas tratados clínica ou cirurgicamente,
apresentando altas de morbidade e mortalidade apesar dos recentes avanços no
tratamento dos pacientes graves e nas inovações tecnológicas introduzidas nas terapêuticas dialíticas. Pela crescente demanda de atendimento de pacientes no Programa de Diálise de nossa instituição, fez-se necessário reestruturar este serviço de
apoio, tanto como recursos humanos quanto com tecnológicos, desenvolvendo um
modelo assistencial de enfermagem em Nefrologia.
Métodos: Elaboração de um programa de enfermagem em Nefrologia que contempla três processos assistenciais intimamente interligados que atendem demandas técnico-científicas; administrativas e de ensino e pesquisa.
Conclusão: Este programa pretende desenvolver ações e intervenções específicas
para pacientes cardiopatas com Insuficiência Renal Aguda de modo a, propiciar
qualidade na prestação da assistência; segurança durante a execução de Terapias
de Substituição Renal; otimizando uma equipe constituída por profissionais que
desenvolvam pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas combinados com habilidades técnico-científicas.
Introdução: A insuficiência Renal Crônica em mulheres grávidas que fazem tratamento dialítico possuem um alto índice para desenvolver hipertensão gestacional,
o que pode levar a pré- eclempsia e complicações ao feto. Estudos mostram que
80% delas desenvolvem algum grau de hipertesão, onde a maioria delas ocorre
antes do terceiro trimestre o que pode reultar em aborto, caso não tenha assistência adequad. O objetivo desta pesquisa é determinar o déficit de conhecimento
dessas pacientes para que possamos traçar o modo de atendimento e proporcionar
a educação em saúde, tendo assim uma assistência individualizada o que consequentemente ocasionara na diminuição de números de abortos e complicações no
parto e posteriormente ao recém nascido.
Metodologia: Como metodologia foi utilizada a Revisão Bibliográfica com
auxílio de artigos científicos, livros de conceitos básicos e revistas indexadas atualizadas. Posteriormente foi montado um banco de dados onde foi selecionados o
material para uso nesta pesquisa.
Resultados: O resultado demostra que a maior parte das mulheres em tratamento
dialítico não possuem instrução quanto ás complicações da gestação, devido a isto
cerca de 56% sofrem de aborto espontâneo, sendo de prima importância a atuação
da equipe de Enfermagem na assistência individualizada.
Conclusão: Conclui-se qua a mulher que faz tratamento dialítico pode ter uma
getação segura se assitida de forma adequada, cumprindo com o regime terapêutico que será acompanhadas pelos profissionais de saúde, fazendo exames periódicos e controle da Pressão Arterial com o uso de medicamento prescritos e atividades indispensáveis para a gestação.
234
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-64
ENF-P-65
A FAMÍLIA NO CUIDADO AO CLIENTE COM INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA: UMA ANÁLISE COMPREENSIVA.
SILVA, M. C.; TOCANTINS, F. R.;
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO
A PSICOLOGIA HOSPITALAR NO AMBIENTE FAMILIAR: A
ATENÇÃO AO CRÔNICO
SILVA, S. C.; SOUKI, J.
HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS
Introdução: Este estudo focaliza os familiares dos clientes com insuficiência renal
crônica (IRC) em programa de hemodiálise, sinalizando a importância de sua participação nos cuidados tendo em vista a adaptação a uma nova realidade de vida.
Tem como objetivo: compreender o significado da participação do familiar significativo no cuidado ao cliente com insuficiência renal crônica em programa de
hemodiálise.
Métodos: Constitui uma pesquisa qualitativa, utilizando a abordagem fenomenológica de Alfred Schutz como método, entendo a interação com o outro um
processo facilitador de compreender as experiências e vivências que constituem
uma realidade construída. Os sujeitos da pesquisa foram dez familiares apontados
pelos clientes como significativos no cuidado em um centro de hemodiálise no
Estado de Espírito Santo. A entrevista fenomenológica consistiu da questão central: o que você tem em vista ao cuidar do seu familiar com IRC?
Resultados: Os resultados permitiram identificar as atividades desenvolvidas
pelos familiares como cuidado. A análise dos depoimentos apontou para duas categorias concretos do vivido: Bem Estar do cliente com IRC e Bem Estar do familiar que cuida. O típico da ação focaliza um cuidado dispensado ao cliente pelo
familiar que visa atender tanto as necessidades do cliente quanto daquele que cuida.
Conclusão: Esta perspectiva aponta para importância dos profissionais de saúde
buscarem cada vez mais a qualidade da assistência, planejando ações direcionadas
ao cuidado da clientela, incluindo seus familiares, e reconhecendo-os como
sujeitos ativos no cuidado a saúde.
Introdução: Este artigo baseia-se na inserção da Psicologia Hospitalar no contexto domiciliar de pessoas portadoras de insuficiência renal crônica. Os atendimentos psicológicos aconteciam em domicílio, tendo como público-alvo pacientes em
programa de diálise peritoneal domiciliar. A faixa etária das pessoas atendidas
variava, assim como a classe socioeconômica. A tônica do projeto foi trabalhar
com os indivíduos sua condição como sujeito, abordando suas limitações, estimulando a superação de suas angústias e o resgate do convívio saudável com sua
família e com o meio social.
Objetivo: Atender pessoas que realizam diálise peritoneal em domicílio e têm
como agravante um quadro depressivo, mostrando-se debilitadas, não tendo
condições psicológicas para criarem novas possibilidades de viver e necessitando
de acompanhamento psicológico domiciliar.
Métodos: Foi realizada avaliação psicológica em domicílio; a posteriori eram selecionados, para atendimento semanal, sujeitos que apresentavam grau elevado de
depressão e apatia, variando a faixa etária e a classe socioeconômica. Como aporte
teórico foi utilizado a abordagem sistêmica em conjunto com a psicanálise.
Resultado: O projeto foi realizado em oito meses, e os resultados foram satisfatórios; foi observada uma melhora acentuada na condição de vida dos sujeitos
atendidos, que retornaram a sua vida social. Na área familiar também notaram-se
mudanças no relacionamento do sujeito com sua família. Em conseqüência do bem
estar psicológico, puderam-se observar um bem-estar físico e um maior comprometimento com a equipe médica e o tratamento.
Conclusão: O caminho trilhado com os sujeitos atendidos foi significativo e de
muito aprendizado. O resultado foi satisfatório e puderam-se verificar mudanças
positivas, tanto no sujeito como na sua família. Considerando que o tempo de realização do projeto foi pré-estabelecido, por causa da grade curricular, muito ainda
se tem a fazer, não somente com o sujeitos que têm insuficiência renal crônica, mas
com todas as pessoas que, por algum obstáculo, por maior que seja, esqueceramse do seu potencial e da sua condição de Sujeito
ENF-P-66
ENF-P-67
ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NO SETOR DE NEFROLOGIA
PEDIÁTRICA EM UM HOSPITAL DE ENSINO
DIAS, R. A.; FARIAS, D. M.
UNIFESP-SP
ASSISTÊNCIA AO PORTADOR DE INSUFIÊNCIA RENAL CRÔNICA
EM HEMODIÁLISE:MODELO ADAPTATIVO
SANTANA, A. R. A.; MARTINI, A. M. D.; LIMA, R. A.; MENEZES, V. A.;
GOMES, R. M.; SOUSA, D. D. S.; LOPES, M. L. H.; SALGADO FILHO, N.
HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA
A equipe multiprofissional é caracterizada por formar um grupo de especialistas
que atuam de forma independente em um mesmo local de trabalho, buscando
resultados por meio de somatória de conhecimentos específicos e experiências.
Devem possuir uniformidade de objetivos que devem ser atingidos pela colaboração e complementariedade de seus conhecimentos científicos.
O objetivo deste relato é descrever uma experiência de atendimento multiprofissional à uma criança de 6 anos, sexo masculino, com diagnóstico médico de Válvula de Uretra Posterior, Hidronefrose Bilateral e IRC.
A criança iniciou tratamento dialítico aos 2 anos e 6 meses primeiramente em
Diálise Peritoneal Intermitente – por 9 meses, seguindo então para a Hemodiálise
por mais 29 meses e há 8 meses realizou transplante renal com doador cadáver.
O trajeto percorrido pela criança e sua família, passou por inúmeras internações
hospitalares e muitos processos cirúrgicos sendo os mais relevantes: a Pielostomia
bilateral com 1 mês de idade, a correção urológica (ampliação vesical) como
preparo para o transplante renal, e as 11 trocas de cateteres para hemodiálise (curta e longa duração).
A equipe que atuou no caso estava composta por Enfermeiros e Médicos – nefrologia pediátrica, urologia, pré e pós transplante renal e pediatria geral – Nutricionaistas, Psicólogos e Assistente Social
A abordagem multiprofissional foi (e continua sendo) determinante para o tratamento proposto sendo o objetivo principal a melhoria na qualidade de vida do
menor e de sua família.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
Introdução: No contexto atual em que a enfermagem esta inserida no cuidar do
paciente co insuficiencia renal,o apoio do referencial teorico se faz mais que necessario para que se possa implementar a assistencia da melhor forma possivel,
direcionando ações, promovendo assim uma maior aproximaçao e visualizaçao do
ser humano na sua totalidade.A insuficiencia renal crônica reporta-se a sindrome
de perda progressiva e que se supoe, irreversível da funçao renal de depuraçao ,ou
seja, da filtraçao glomerular.À medida que a funçao renal diminui , os produtos
finais do metabolismo proteico, que sao excretados pelo rim se acumulam no
sangue, promovendo desequilibrio da bioquimica sanguinea e de diversos sistemas
organicos. A hemodiálise é a modalidade terapeutica mais utilizada, sendo
considerada uma procedimento complexo em qu o preparo e a competencia tecnicocientífica dos profissionais se faz fundamental para a manutençao da vida do cliente.
Metodologia: O presente estudo possui carater exploratório, com abordagem qualitativa do tipo estudo de caso,baseado na teoria de Callista Roy a um paciente portador de insuficiencia renal cronica submetido à hemodialise.Realizou-se um levantamento dos dados diagnosticos referentes a in vestigaçao comportamental e dos
estimulos segungo Roy, elaboraçao dos diagnosticos de enfermagem e estabeleciemento das metas. a pertir deste implementou-se cuidados de enfermagem e a
avaliação.
Resultados: os diagnosticos de enfermagem encontrados foram: sentimento de
pesardisfuncional, eliminaçao intestinal alterada, indisposiçao para enfrentamento
familiar risco para integridade da pele prejudicada entre outros.Foram desenvolvidas atividades para reforçar a auto-estima, estimular o lazer sem prejudicar o tratamento, dads orientaçoes sobre dieta adequada, cuidados com a pele;a familia
tambem foi orientada sobre a importancia de apoiar o paciente e este foi encoraja do em relaçao ao seu tratamento.
Conclusão: Acredita-se que o modelo Adaptação de Roy contribuiu de forma satisfatoria para o cuidado permitindo a execuçao de melhores condutas e consequentemente nas condiçoes gerais do paciente.
235
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-68
ENF-P-69
ASSISTENCIA AO PORTADOR DE LUPUS ERITEMATOSO SISTEMICO
ASSOCIADO A INSUFICIENCIA RENAL CRONICA DE UM PACIENTE
EM HEMODIALISE
SANTANA, A. R. A.; ROCHA, M. S. F.; MENEZES, V. A.; DIAS, R. S.;
LOPES, M. L. H.; SALGADO FILHO, N.;
HOSPITAL UNIVERSITARIO PRESIDENTE DUTRA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE PORTADOR DE
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: UMA ABORDAGEM NA PREGONÇALVES, J. A.; CALSAVARA, R. A.;
NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA - NIEPEN (UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)
Introdução: Promover uma assistência humanizada, reconhecer o homem como um
ser holístico e dar apoio biopsicossocial se constitui nas bases principais de nosso
cuidado ao paciente portador de uma patologia sistemática, que faz uso de hemodiálise foi de extrema importância para a melhora e recuperação de nosso cliente.
Revisão de Literatura: O Lupus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória de causa desconhecida , auto imune, sistêmica que altera em graus variáveis a qualidade de vida do paciente . Pode ser desencadeada por fatores ambientais e medicamentos. O Lupus Eritematoso Sistêmico pode afetar qualquer sistema, mas cabe ressaltar o sistema músculo-esquelético, renal, a pele e as mucosas.
Há algumas situações que lesam os rins, caracterizando um estado de insuficiência
renal, a Insuficiência Renal Crônica altera a capacidade corporal de manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico. Os pacientes que por algum motivo perderam
a função renal e irreparavelmente atingiram a fase terminal da doença renal tem
hoje a hemodiálise para almentar a sua sobrevida, apesar de ser importante ao
paciente esta prática é uma grande mudança nos hábitos de vida deste.
Metodologia: O presente trabalho constitui-se de um estudo descritivo e explorativo do tipo estudo de caso, realizado com um paciente portador de Lupus
Eritematoso Sistêmico associado a Insuficiência Renal Crônica e em hemodiálise
inicialmente procedemos com a coleta de dados referente ao histórico de enfermagem segundo a teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, a
partir deste trocamos o plano assistencial e subseqüentemente contemplamos as
demais fases do processo segundo Horta afim de chegarmos a um prognóstico satisfatório para o paciente.
Resultados: No principio da assistência levantou-se os seguintes problemas a
serem observados pela enfermagem; febre a esclarecer, artralgía, disúria, dor
abdominal à palpação, ansiedade, desconhecimento quanto a importância do
tratamento e patologia, após um cuidado diário, o paciente evoluiu para um
prognóstico satisfatório diminuindo os níveis de ansiedade, álgicos e os déficit de
conhecimento.
Conclusões: Neste estudo verificamos a importância da sistematização do cuidar
pelo enfermeiro, atraves do uso do referencial teorico,sendo possivel identificar ,
qualificar e acompanhar as evoluçoes de enfermagem , implementar açoes e apoiar
o paciente no seu processo saude-doença.
Introdução: A enfermagem vem ganhando espaço no atendimento ao Insuficiente
Renal Crônico (IRC). Considerando a prática da Consulta de Enfermagem nos
diferentes momentos da assistência, faz-se necessário a prevenção da hepatite B
através da vacinação e controle da viragem sorológica dos pacientes em pré-dialise
e redução da morbi-mortalidade, sendo estes os objetivos e fatores de qualidade no
atendimento durante a Consulta de Enfermagem junto a equipe multiprofissional.
Métodos: Esta pesquisa é de natureza qualitativa e do tipo descritiva, tendo em
vista que os dados trabalhados referem-se a vacinação e pesquisa sorológica para
a hepatite B pela equipe multiprofissional, do Ambulatório de Uremia do Serviço
de Nefrologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora,
no período de agosto a novembro de 2003. A coleta de dados envolveu o nível sérico de creatinina e albumina, a idade, o sexo, o esquema de vacinação, o resultado
do Anti HBs e HBs Ag. Fizeram parte deste estudo 134 pacientes, tiveram registro
de pelo menos 1 (uma) Consulta registrada pelo profissional de Enfermagem.
Resultados: Os dados analisados forma categorizados em Idade, Gênero, Nutrição
e Doença. A resposta imunológica tem sua atividade comprometida em pacientes
idosos, onde no estudo obtivemos 51,5% dos pacientes com idade acima de 60
anos. Há evidências que o estrógeno modula a atividade dos linfócitos, isto reforça
a assimilação da mulher para a viragem sorológica quando 53,3% do Anti HBs
positivo é representado pelo sexo feminino. A nutrição foi um fator que não interferiu neste estudo. A doença crônica compromete o sistema imunológico, onde a
IRC está associada com a deficiência de linfócitos circulantes, além disso, a imunidade pode estar alterada pela acidose e toxinas urêmicas, mostrando que 40%
dos pacientes estudados estavam em estagio 4 da doença e destes, com esquema
vacinal, apenas 30% apresentaram viragem sorológica positiva.
Conclusão: O qualidade do acompanhamento sistemático de um profissional de
enfermagem foi capaz de mobilizar mais da metade dos pacientes acompanhados,
em pré-dialise, a regularizarem seus cartões de vacina e 30% do total apresentaram
viragem sorológica positiva enquanto portadores de IRC.
ENF-P-70
ENF-P-71
ASSISTÊNCIA INDIVIDUALIZADA AO IDOSOS COM INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA
POLINS, B. R. G.; LESSA, G. S.; SAIDEL, M. G. B.; BOMBO, F. R.; SILVA,
F. G.
CENTRO ACADÊMICO HERMÍNIO OMETTO - UNIARARAS
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM INSUFICIÊCIA RENAL CRÔNICA
MARTINS, M.; RIBEIRO, R. C. H. M.; CESARINO, C. B.;
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Introdução: O aparecimento de doenças crônicas são evidenciadas com o envelhecimento natural, pois com a idade avançada ocorre alterações fisiológicas,
anatômicas e principalmente metabólicas o que tem como consequência alterações
psicossociais. Uma dessas doenças é a insuficiencia renal crônica, que é irreversivel e degenerativa; a evolução se acentua quando acomete o idoso devido ao seu
lento metabolismo agravando os sinais e sintomas. O rim acometido deixa de
realizar funções básicas como remover toxinas e promover a homeostasia do
organismo,ou seja, sua função reguladora. Um de seus principais agravantes é o
Diabetes Melittus, mas também pode estar associada a outras patologias. A terapêutica utilizada a esses pacientes depende muito da patologia de base, onde optase por hemodiálise ou CAPD, porém para manutenção da sobrevivência necessita
de transplante. O cliente tem a oportunidade de amenizar os sinais e sintomas com
o acompanhamento de nutricionista para que ocorra a ingesta de líquidos e nutrientes necessários para esta faixa etária. Objetivando amenizar o desconforto emocional causado pela patologia como tristeza e depressão, aplicamos através da
assistência de enfemagem individualizada um modelo de trabalho onde há uma
melhoria na qualidade de vida do insuficiente renal crônico.
Metodologia: Foi realizada uma Revisão Bibliográfica, onde foi montado um banco de dados com livros e artigos indexados e selecionados criteriosamente através
de conceitos atuais e objetivos.
Resultados: Os resultados obtidos, deixam claro que a assistência prestada de
maneira humanizada, é importante mesmo que de forma paliativa, tentando minimizar o desconforto emocional levando em conta a particularidade deste tipo de
paciente.
Conclusão: Conclui-se que a insuficiência renal crônica no idosos geralmente é
secundária o outra patologia, da qual não foi seguido o regime terapêutico adequado, e mesmo com a sobrevida baixa ele pode vir a desenvolver atividades normais, desde que siga um tratamento adequado proposto pela equipe multiprofissional, sendo que a Enfermeira deverá exercer o papel de liderança quanto aos
planos de cuidados.
236
A avaliação da qualidade de vida de pacientes crônicos tem sido cada vez mais utilizada a fim de contemplar aspectos subjetivos, expectativas, percepções e
emoções da vida do paciente, na busca de uma intervenção mais ampla e eficaz.
Este estudo avaliou 125 pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico (
74 homens, 51 mulheres), média de idade 53.1 ± 14.6 anos, tempo médio de
hemodiálise de 28.5 ± 23 meses. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados
o questionário genérico de qualidade de vida SF-36 e entrevista semi estruturada.
Analisados estatisticamente os resultados constataram prejuízo na qualidade de
vida dos pacientes, demonstrando menores escores nos domínios dos aspectos físicos (32.3 ± 11.3) , aspectos emocionais ( 46.1 ± 16.3) e vitalidade ( 48.7 ± 7.3).
Verificou-se também correlação negativa entre tempo de hemodiálise e componente físico( r= -0.75, p< 0.001), indicando que quanto maior o tempo de hemodiálise mais baixos são os valores encontrados deste componente, e não houve correlação significante entre tempo de hemodiálise e componente mental ( r= -0.29).
Conclui-se que estes resultados oferecem parâmetros para modificação de atitudes,
respostas e ações destes pacientes, assim como dos profissionais envolvidos e
cuidadores relacionados a educação preventiva, terapêutica e readaptativa desta
população.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-72
ENF-P-73
AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO AO CLIENTE PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA TERMINAL (IRCT) NUMA UNIDADE
DE HEMODIÁLISE
MELGACO, M. C. M.
HOSPITAL POERTUGUÊS
EFICÁCIA DOS GRUPOS DE SALA DE ESPERA NA EDUCAÇÃO DE
PACIENTES COM DRC
SANTOS, F. R.; MENDONÇA, R. R.; SCHREIDER, A.; ANDRADE, L. C. F.;
BASTOS, M. G.
NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS E PESQUISAS EM NEFROLOGIA
Introdução: Identificar a satisfação do atendimento de nefrologia dentro do programa de hemodiálise num hospital de grande porte, contribuindo para estimular a
observância no processo de gestão da qualidade auxiliando na acreditação hospitalar da instituição e estimulando a melhora da qualidade da assistência.
Métodos: Participaram do estudo 58,7% dos clientes portadores de IRCT distribuídos nos diversos turnos de hemodiálise. Foi aplicado um questionário individual constituído por questões fechadas e duas abertas onde o cliente responderia
o que mais e o que menos o agradaria no serviço. As questões se referiram ao perfil do cliente, atendimento de enfermagem, condições gerais do setor, nas variáveis: limpeza, conforto e recepção; atendimento médico e satisfação do cliente.
Resultados: O levantamento apontou para uma satisfação geral. Foram avaliados
os paciente de 01 a mais de 10 anos de programa. O atendimento de enfermagem
variou de 78% , na competência técnica à 97, 5% no item cordialidade. No atendimento médico, 82,9% dos clientes mostraram-se satisfeitos ou tiveram sua expectativas superadas. 87,8% dizem que o pessoal de diálise o encorajou a ser o mais
independente possível e 80,4% o ajudou a lidar com a doença. O atendimento do
hospital teve 92,6% de satisfação, os cuidados na diálise 97,5%. Na questão o que
mais te agrada, a equipe foi citada em 19,5%. A enfermagem foi destacada em
24%. Somente 9% não opinaram. No que menos te agrada os três itens mais citados foram: nada 17%, conforto das cadeiras 17%, e a qualidade do lanche 31,7%.
Conclusão: Os resultados da pesquisa, em geral, foram favoráveis. A qualidade é
um diferencial competitivo não só pela competição acirrada mais pelo novo cliente
que se instalou no mercado, mais seletivo e mais exigente. Através da avaliação do
atendimento é possível propor e aplicar a melhoria da qualidade da assistência e do
serviço oferecido, aumentando assim a satisfação dos clientes.
Introdução: O reconhecimento e a conscientização por parte do paciente com
doença renal crônica acerca de sua doença são de suma importância para uma
maior adesão destes ao tratamento. Diante disto, a realização de trabalhos educativos torna-se um importante recurso, sendo os grupos de sala de espera um espaço
propício para o repasse de informações sobre a doença e o tratamento, através do
acolhimento dado aos usuários, trabalhando-se desta forma a importância de uma
maior adesão dos mesmos ao tratamento.
Métodos: Foram realizados grupos de sala de espera em pacientes do Programa de
Atenção Integral ao doente renal crônico. Foram aplicados 20 questionários contendo perguntas sobre a doença, nos pacientes ao chegarem no ambulatório. Após
a realização do grupo de sala de espera, onde foram abordadas questões sobre
doença renal crônica, distribuiu-se o mesmo questionário, contendo mais dez perguntas sobre a opinião dos usuários a respeito da importância dos trabalhos educativos em sua adesão ao tratamento. Foram então comparadas as respostas, buscando-se observar o grau de informação obtido.
Resultados: Dos pacientes avaliados apenas 24% apresentavam conhecimento
sobre a doença antes da realização dos grupos. Após os grupos de sala de espera
71% dos pacientes passaram a demonstrar conhecimento sobre DRC. 100% dos
pacientes consideraram importante a realização dos grupos e 90% acreditam
necessitar de informações constantes sobre a doença e o tratamento.
Conclusão: Os grupos de sala de espera mostraram-se um importante recurso no
processo educativo de pacientes com DRC.
ENF-P-74
ENF-P-75
ENDOCARDITE, INFECÇÃO RELACIONADA AO CATETER DE
HEMODIÁLISE: QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO?
POLINS, B. R. G.; SILVA, J. C.; CARRASCO, M. F. B.; NILSEN, E. C. G.
CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMINIO OMETTO - UNIARARAS
ESTUDO DAS ATIVIDADES COTIDIANAS DO PACIENTE RENAL
CRÔNICO APÓS INÍCIO DO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE
MARTINS, M. I.; CESARINO, C. B.; RIBEIRO, R. C. H. M.
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Introdução: a endocardite é uma infecção bacteriana que acarreta risco de vida,
embora seja relativamente incomum na população geral, em hemodiálise sua disseminação é mais facilitada. Morbidade e mortalidade substanciais resultam dessa
infecção, apesar das melhoras na evolução, decorrentes dos avanços da terapia
antimicrobiana e do aumento da capacidade de diagnosticar e tratar as complicações. Alguns autores afirmam que o uso de cateteres em jugular é o principal
agravante para o aumento dessa infecção nessa população. Nem sempre é possível prever quais pacientes irão desenvolver essa infecção ou quais procedimentos ou
técnicas serão responsáveis, porém sabe-se que determinadas bactérias são as principais causadoras da endocardite e da bacteriemia em hemodiálise. O objetivo
desse trabalho é identificar os fatores de risco para a endocardite e suas complicações na população em hemodiálise a fim de propor soluções para a diminuição
dessa infecção.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica desenvolvida como estudo
teórico reflexivo, baseado em literatura, periódicos e documentos eletrônicos atuais referentes a endocardites e cateteres venosos centrais para hemodiálise.
Resultados: Os principais fatores de risco podem ser relacionados ao hospedeiro,
ao tipo de cateter e a procediementos médico cirúrgicos como: baixa de imunidade,
dificuldade de acesso venoso, tipo de cateter que facilita a adesão microbiana,
internações em CTIs, tempo de duração do cateter que não deverá exceder a trinta
dias e manipulação inadequada.
Conclusão: O acesso vascular para hemodiálise é essencial para a realização desta terapêutica, porém as vezes se torna necessário a implantação de cateter venoso
central como única alternativa de acesso para determinados pacientes. Os pacientes
de hemodiálise são mais propensos a complicações de acesso como a endocardite
por ser este um procedimento invasivo onde a implantação e a manipulação de
acessos são frequentes e necessárias para manutenção da vida do paciente. A prevenção deve ser realizada através de treinamento para implantação, manipulação e
curativo desses cateteres, o tempo de permanência reduzido, principalmente, nos
casos de obstrução, infecção local ou sistêmica, proceder nova implantação em
outro local.
Atualmente um dos principais objetivos do tratamento dos pacientes renais crônicos consiste na promoção de seu restabelecimento social, e para que isto seja contemplado, se deve corrigir todas as alterações que acompanham a perda da função
renal. Na realidade de vida cotidiana destes pacientes existe um consenso de que a
hemodiálise é necessária para manutenção de suas vidas, mas provoca alterações
físicas, e restrição de atividades físicas e sociais no decorrer do tratamento. O objetivo deste estudo foi identificar as atividades comprometidas e relaciona-las ao
tempo de hemodiálise e sexo. O trabalho foi desenvolvido em uma Unidade de
Hemodiálise de um Hospital Escola. Os dados foram obtidos através de uma entrevista semi estruturada a 125 pacientes renais crônicos e analisados estatisticamente. A amostra constou de 51 mulheres e 74 homens, média de idade de 53.1
anos e tempo médio de hemodiálise de 28.5 meses. Os resultados apresentam as
atividades corporais e recreativas as mais comprometidas, tanto na amostra global
quanto na estratificada por sexo. Observou-se correlação negativa entre tempo de
hemodiálise e as atividades cotidianas: trabalho (p = 0.0014), atividades domésticas (p = 0.0014) e atividades práticas (p = 0.0459). Conclui-se que o conhecimen to sobre a participação em atividades pode realçar os serviços da equipe multiprofissional de natureza baseada em evidências e centralizada no cliente, visando
despertar potencialidades e criar ações transformadoras.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
237
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-76
ENF-P-77
IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
NO ATENDIMENTO A CRIANÇAS CRÔNICAS
POLINS, B. R. G.; BERNARDES, G. F.; LESSA, G. S.; BOMBO, F. R.; SILVA,
F. G.
CENTRO UNIVERSITARIO HERMINIO OMETTO - UNIARARAS
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA - COMPREENSÃO SISTÊMICA
FREITAS, A. N. L.; GONÇALVES, V. O.; SILVA, S. C.
UNIDADE DE NEFROLOGIA HSJD – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE
MINAS GERAIS – CAMPUS DIVINÓPOLIS
Introdução: O tratamento crõnico de crianças em diálise é complexo e deve deter
a atenção para o desenvolvimento e crescimento co auxilio nutricional, para minimizar os disturbios metabólicos. A indicação para a dialíse aguda em récem nascidos é semelhante áquelas em adultos que incluem hipervolemia acompanhada de
insuficiência cardíaca congestiva e edema agudo de pulmão, hipertensão grave e
outras patogias. Nesta idade é frequente o uso de diálise peritoneal, devido á habilidade técnica e por manter a integridade vascular, porém em alguns casos é indicado á hemodiálise devido á rápida ação e também pelo risco diminuido de peritonite. O desenvolvimento do tratamento tem como objetivo a total reabilitação do
recém nascido com auxilio de uma equipe multiprofissional capacitada.
Metodologia: Foi utilizada revisão bibliográfica co auxílio de livros de conceitos
básicos, artigos científicos e revistas indexadas, onde foi montado um banco de
dados e analisados criteriosamente quanto a validade das informações e atualização.
Resultados: Com o resultado obtido, conseguimos visualizar a importância de
uma equipe capacitada para o atendimento ao paciente, visando amenizar o
desconforto, como também para instruir os familiares.
Conclusão: Conclui-se que o rápido diagnóstico em conjunto com o tratamento
adequado é de vital importância o noso cliente. E se garantirmos a assistência de
forma indivualizada pela equipe multiprofissional ele poderá desenvolver atividades normais como qulaquer criança.
Introdução: Este ensaio faz uma abordagem da Insuficiência Renal Crônica,
procurando ultrapassar o paradigma individual de compreensão e intervenção psicológicas para abranger uma parcela maior da realidade do doente, enfatizando os
aspectos sistêmico-relacionais mais especificamente do núcleo de convivência
familiar.
Objetivo: Estabelecer um diálogo entre as diversas dimensões desenvolvimentais
da IRC, do indivíduo e da família, tendo como suporte a compreensão dos ciclos de
vida de cada um e destacando a tipologia psicossocial da doença crônica, suas fases temporais e a investigação da história transgeracional das doenças nas famílias.
Método: Com base na perspectiva sistêmico-relacional, buscou-se a compreensão
e a conceituação da doença crônica em termos psicossociais e desenvolvimentais,
descrita por meio de uma tipologia psicossocial das doenças crônicas, pretendendose examinar o relacionamento entre elas e a dinâmica familiar ou individual. Esta
tipologia conceitua distinções no que concerne ao início, curso, conseqüências e
grau de incapacitação da enfermidade, e foi redescrita aqui com ênfase na Insuficiência Renal Crônica (IRC).
Resultados: A doença provoca desarmonia, uma quebra da dinâmica do desenvolvimento do indivíduo como ser global. O paciente renal crônico depara-se com
grandes mudanças em sua rotina diária, com limitações físicas, alimentícias e
muitas vezes psíquicas, já que o medo, a ansiedade, a fragilidade, a depressão e
fantasias mórbidas são fatores que se fazem presentes na maioria dos casos. A
família, como célula-base de relações mais próximas, merece um olhar especial,
visto que o que acontece ao indivíduo afetará diretamente a estrutura de organização familiar, sua comunicação, intercâmbios etc.
Conclusão: No momento em que é diagnosticada uma doença crônica é importante saber a fase do ciclo de vida familiar e o estágio de desenvolvimento individual de todos os membros da família, não apenas do membro doente. Uma vez
que outros membros podem ser afetados em seus objetivos desenvolvimentais, a
capacidade e a rapidez de cada um adaptar-se à nova realidade, estão relacionadas
com o estágio desenvolvimental de cada indivíduo e seu papel na família.
ENF-P-78
ENF-P-79
INTERVENÇÃO EM GRUPO COM PACIENTES NA SALA DE HEMODIÁLISE
MACHADO C A; AMARAL, P N; SILVA, S C
UNIDADE DE NEFROLOGIA HSJD – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE
MINAS GERAIS – CAMPUS DIVINÓPOLIS
O IDOSO EM HEMODIÁLISE
SILVA, S. C.; FONSECA, H.;
HOSPITAL SÃO LOÃO DE DEUS
Introdução: O artigo enfoca a possibilidade de intervenção do psicólogo no tratamento dos pacientes renais crônicos da Unidade de Nefrologia de um hospital
público, em Divinópolis, Minas Gerais. As atividades de grupo foram planejadas
com base nas teorias de dinâmica de grupos; o objetivo foi facilitar a socialização
e manejar o estresse apresentado durante as sessões de hemodiálise.
Objetivo: Realizar intervenção em grupo de pacientes na sala de hemodiálise, na
Unidade de Nefrologia do HSJD de Divinópolis.
Método: Pela observação da rotina dos pacientes em hemodiálise, avaliou-se o
agrupamento de pessoas ali existente, analisando-se a demanda a ele atrelada e a
possibilidade de ela transformar-se efetivamente em um grupo. Utilizou-se de oficinas de dinâmica de grupos para conduzir este trabalho.
Resultados: Foram vinte pacientes que participaram do grupo, num rodízio de
quatro em quatro, durante cinco meses, duas vezes por semana. Cada encontro
tinha duração de 2h30, aproximadamente. Observou-se que os pacientes, aos
poucos, foram se constituindo em um grupo. Viabilizou-se o resgate da identidade
e interação entre pacientes. Para tanto, o grupo partiu da análise de situações cotidianas para chegar à compreensão das pautas sociais internalizadas, que organizam
as formas concretas de interação, ou seja, das relações sociais e dos sujeitos inseridos nessas relações.
Conclusão: Pela intervenção em grupo, há possibilidade de estimular-se a interação grupal, favorecendo a integração social do paciente. As atividades em grupo
desenvolvidas inseriram-se na perspectiva de uma vida saudável para o hemodialisado, permitindo-lhe administrar de maneira espontânea e criativa a sua patologia.
238
Introdução: A Psicologia tem procurado reavaliar as teorias psicológicas do
desenvolvimento, introduzindo o estudo da maturidade e do processo de envelhecimento do ser humano em sua especificidade e complexidade. Para a compreensão do fenômeno psíquico do envelhecer faz-se necessário estar atento aos
critérios de estudos inter e transdiciplinar. As formas do envelhecimento perpassam, portanto, as ciências naturais, sociais e psicológicas, constituindo uma gama
extensa de conhecimento científico sobre o idoso.
Objetivo: Pretende-se uma reflexão acerca da relação idoso – doença a partir de
elementos de um estudo de caso.
Método: Estudo de caso.
Resultados: A velhice apresenta-se, contraditoriamente, como uma esfinge na
atualidade. Quanto mais rapidamente se dão o avanço da longevidade e o desenvolvimento de estudos científicos sobre os fundamentos biopsicossociais do envelhecimento, mais salientam-se as interrogações sobre as condições desse trajeto.
Questões relativas aos aspectos sócio-econômicos e também aos de ordem
psíquica refletem a precariedade com que esta etapa do desenvolvimento humano
é tratada.
Conclusão: A identidade pessoal é um conjunto particular de sentimentos, percepções, atitudes e representações, acessíveis ou não à consciência de que o indivíduo tem de si mesmo e que são relativamente consistentes, harmoniosos ou contraditórios, constituídos e permanentemente re-elaborados na interação com o outro, por meio do jogo do reconhecimento (auto e hetero) ao longo de um processo
histórico individual. Desmistificar a representação generalista do idoso e apontar
para os ganhos que chegam com o avanço da idade, sem, contudo, desconsiderar
as inúmeras perdas, podem ser um dos possíveis caminhos para desvincular-se da
idéia pré-concebida de idoso associada à passividade. É apostar na possibilidade
de ver emergir o sujeito de um processo em constante construção.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-80
ENF-P-81
PLANEJAMENTO E CONSTRUCAO DOS INSTRUMENTOS PARA A
IMPLANTACAO DO SAE EM UMA CLINICA DE TRATAMENTO HEMODIALITICO
FERREIRA, V.; SILVA, S. C. C. G.
SENERP(SERVIÇO DE NEFROLOGIA DE RIBEIRAO PRETO)
REFLEXÕES A CERCA DOS ASPECTOS EMOCIONAIS DOS PACIENTES NEFROPATAS POR PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE
POLINS, B. R. G.; CRESPSCHI, J. L.B.
CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO - UNIARARAS
Introdução: Os Conselhos Regional e Federal de Enfermagem (COREN e
COFEN), normatizaram a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) nas instituições de saúde do Estado de São Paulo. Com esta norma
publicada, foi iniciada a preparação para a implantação do SAE em uma Clinica
especializada em tratamento de hemodiálise.
Frente ao exposto objetivou-se: construir os instrumentos: histórico, diagnóstico e
prescrição de enfermagem para a iniciação do SAE, adaptando-os às características da clientela e ao tipo de assistência prestada ao paciente.
Método: Realizada revisão bibliográfica do tema, foi utilizada os diagnósticos de
enfermagem de Gordon agrupados sob padrões de saúde funcionais.
Resultados: Através do resultado bibliográfico obtido, correlacionando com a
prática da assistência ao paciente renal crônico, foram elaborados: o histórico de
enfermagem, que será realizado imediatamente a admissão do paciente, consta de
dados de identificação, história da moléstia atual, antecedentes pessoais, medicamentos em uso, e exame físico geral incluindo todos os sistemas, finalizando com
o parecer do enfermeiro.
Quanto aos diagnósticos de enfermagem foram levantados os principais e possíveis, no qual os pacientes em tratamento hemodialítico possam apresentar para a
inclusão no instrumento, este consta da citação dos mesmos com demarcações para
assinalar caso afirmativo ou negativo, são divididos por condições que necessitam
de atendimento de enfermagem, dentre eles: percepção / controle de saúde,
nutrição / metabólico, eliminação, atividade / exercício, sono / repouso, cognitivo
/ perceptivo, autopercepção, participação / relacionamento, sexualidade / reprodução, en-frentamento ao estresse e valor / crença.
E o instrumento de prescrição e evolução de enfermagem consta de tabelas onde
serão redigidas as condutas frente aos diagnósticos levantados e a evolução do
paciente no decorrer da sistematização.
Conclusão: A implantação do SAE nesta clinica, permitira a utilização desses
instrumentos e favorecerá que as intervenções de enfermagem sejam realizadas
com critério e rigor cientifico, possibilitando a melhoria da assistência de enfermagem prestada ao paciente portador de insuficiência renal crônica submetido ao
tratamento hemodialítico.
Introdução: A insuficiência renal crônica gera um impacto biopsicossosial sobre
o paciente que podem ser desencadeados por diversos fatores, dentre eles podemos
citar os estressores de uma doença de longa duração e fatores associados a sua
dependência em relação a terapêutica. Alguns autores afirmam que não existe um
perfil de personalidade típico dos nefropatas, mas sim que muitas características
são comuns e podem ser influenciadas pelo tempo ou estágio do tratamento que
mantêm sua vida. Nesse trabalho pretende-se alertar e atualizar os profissionais da
área de saúde quanto aos aspectos emocionais dos pacientes nefropatas, visando
uma melhora na qualidade da assistência de enfermagem.
Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, utilizando literaturas atuais que
assim foram analisadas e estudadas criteriosamente.
Resultados: Os pacientes nefropatas são pessoas bem adaptadas até o aparecimento da doença renal, a qual favorece a precipitação de situações de crise e a
necessidade de defesas psicológicas, como auxílio ao seu ajustamento.
Conclusão: Os profissionais de saúde devem voltar-se com mais atenção aos sentimentos dos pacientes e seus familiares como: medos, anseios e inseguranças, fundamentado principalmente no ouvir e com isso auxiliá-los a adaptar-se ao seu novo
estilo de vida, fato que certamente trará diminuição das alterações irreversíveis de
uma doença crônica.
ENF-P-82
ENF-P-83
S.A.E. O SIGNIFICADO E A IMPORTÂNCIA, QUANDO APLICADO EM
PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA.
POLINS, B. R. G.; SAIDEL, M.G.B.; LESSA, G.S.; MORSOLETO,V.; BOMBO,F.R.
CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMINIO OMETTO - UNIARARAS
SERVIÇO SOCIAL E GINCANA COM PACIENTES EM HEMODIÁLISE “NO LIMITE DO RENAL II - A MISSÃO”
ANDRADE, E. S.; MENEZES, J. A. V.
CDR - CLÍNICA DE DOENÇAS RENAIS - NOVA IGUAÇU/RJ
Introdução: A Insuficiência Renal Crônica trata-se de uma patologia: irreversível
e degenerativa, que acomete a função renal, podendo ser dividida em três estágios,
o de reserva funcional reduzida, nesse estágio o paciente pode não apresentar sintomas, o estágio dois: já corresponde que 75% a 90% das funções dos nefrons está
comprometida, e no estágio três: já é recomendada a diálise, pois os rins estão funcionando com menos de 10% de sua capacidade. Seus sianis e sintomas como dor,
excesso de volume de líquido, fadiga, vão se agravando compativelmente com a
evolução da patologia, cabendo aos profissionais da saúde amenizar o sofrimento
do nosso cliente, prestando os cuidados necessários e cabíveis ao caso, sempre
lembrando de individualizar a assistência com o objetivo de melhorar a assistência
de enfermagem. O portador da insuficiência renal crônica, tem sua auto estima
prejudicada, sendo necessário o apoio emocional da enfermagem, tanto quanto a
presença do profissional durante o tratamento, bem como auxiliá-lo na espera do
transplante, o presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância da sistematização da assistência de enfermagem (S.A.E), por Padrão de Reação
Humana, que vem a ser o modelo de trabalho realizado pelo enfermeiro em nossa
instituição, onde colheremos os dados do cliente traçando seu histórico, realizando diagnósticos, planejamento, implementação e avaliação dos planos de cuidados
de enfermagem, levando em consideração as alterações físicas e psicológicas do
paciente.Métodos: Como metodologia foi utilizado a revisão bibliográfica, onde
foram revisados e selecionados livros para conceitos e artigos científicos onde
coletamos o maior número de informações atualizadas, que após foi realizada uma
correlação das bibliografias, sobre I.R.C e S.A.E., deixando bem claro todos os
passos do processo de enfermagem e como aplicá-lo.
Resultados: O resultado obtido deixa claro que a assistência prestada através do
Processo é fundamental para melhora da qualidade de vida do paciente portador de
insuficiência renal crônica, pois além de aliviar a dor e desconforto, inclui prevenir, minimizar e retardar as complicações.
Conclusão: Referente ao estudo realizado, conclui-se que o paciente renal crônico necessita de um novo olhar da enfermagem, sendo de fundamental importância
a implantação da S.A.E., em todas as áreas de nefrologia, pois assim estaremos
cada vez mais individualizando a assistência de enfermagem e considerando as
particularidades e individualidades de nosso cliente e não focando somente a
patologia por ele apresentada.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
Introdução: A aprendizagem através de brincadeiras é uma forma bastante eficaz de se estabelecer conhecimentos. Nossa proposta nesta experiência ocorrida
em Nov/2000 e 2002 foi ensinar/transformar brincando e competindo. Dessa forma, geramos recursos para os usuários, melhoramos níveis de participação e integração, proporcionamos reflexões sobre a enfermidade; lazer e conscientização
sobre o tratamento.
Métodos: Trabalho em grupo (192 pacientes + 30 funcionários). Cada turno de
Hd é uma equipe (total de 6 equipes) representadas por cores (amarela, verde, azul,
violeta, vermelho e laranja); elaboração de tarefas; aplicação de técnicas/dinâmicas de grupo; diálogos, painéis coloridos, pontuação, levantamento de dados, contagem de pontos; campanhas (quilo, medicamentos, latas de alumínio); controle de
peso, do absenteísmo e conhecimentos científicos in loco (colocados estrategicamente como tarefas), avaliação e colheta de depoimentos sobre a experiência
Resultados: Integração entre funcionários, pacientes e familiares; arrecadação de
6121 latas de alumínio; 388 Kg de alimentos e 1005 medicamentos (revertidos
p/os usuários); redução do absenteísmo (0,8% faltas/mês); 65 a 80% dos pacientes
controlaram o peso ao término da Gincana e mais de 80% discutiram questões
científicas através da técnica “argüição do renal”.
Conclusão: O ser humano, em qualquer idade, quando estimulado com técnicas
lúdicas e competição saudável, apreende informações, assimila conhecimentos e
mostra-se mais aberto para novas experiências. A técnica da Gincana facilitou o
processo que envolveu o coletivo, propiciou captação de recursos, reflexões sobre
a enfermidade e visão positiva sobre o seu resultado final.
239
Enfermagem
J. Bras. Nefrol
ENF-P-84
ENF-P-85
LEVANTAMENTO DAS NECESSIDADES DOS CUIDADORES DE
PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM TRATAMENTO DIALÍTICO.
CRIVELARI, S. C.; KIKUDA, R. N.
UNIVERSIDADE FEDRAL DE SÃO PAULO - ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
MOTIVAÇÃO NO TRABALHO EM BUSCA DE QUALIDADE EM
UNIDADE DE HEMODIÁLISE
BURG, G.; GODOY, L. P.; FIGUEIREDO, M. R. B.; PORTELA, O. T.;
CLÍNICA RENAL DE SANTA MARIA - RS
Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde, qualidade de vida (QV)
refere-se ao bem estar físico, mental, social e ocupacional de um indivíduo. Conhecer indicadores de QV é fundamental, pois mostram aspectos da saúde das pessoas. Muitos doentes necessitam de cuidados diversos, como é o caso dos renais
crônicos e em geral os parentes mais próximos assumem essa responsabilidade.
Estes tornam-se sobrecarregados e, consequentemente, apresentam alterações na
QV. Frente a isso, foi realizado um levantamento das necessidades dos cuidadores
para posteriormente sugerir intervenções direcionadas às suas solicitações.
Métodos: A pesquisa foi realizada na Unidade de Diálise do Hospital São Paulo,
após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foi aplicado a 42 cuidadores
os seguintes questionários: questionário de identificação ( que visa levantamento
sócio-econômico, psicológico e religioso), o instrumento Cargiver Burden Scale
(que avalia aspectos gerais da qualidade de vida de uma população específica à dos
cuidadores) e por último, o Índice Cognitivo de Depressão.
Resultados: Os cuidadores têm relacionamento bom com seus pacientes em 46%
dos casos, excelente em 40% e 14% dizem ter relacionamento ruim ou péssimo.
Das necessidades dos cuidadores, 43% gostariam de receber orientação profissional, 29% suporte econômico, 18% suporte social e 10% suporte psicológico.
Em 85,7% dos cuidadores a depressão está ausente. Dos 14,3% que têm depressão,
50% apresentam depressão leve e 50% moderada. Todos os cuidadores que apresentaram depressão ou ficaram no limite máximo para depressão leve são do sexo
feminino.
Conclusão: A grande maioria dos cuidadores considera que as orientações profissionais podem fazer diferença na qualidade do cuidado que prestam. Serviços de
diálise precisam considerar o cuidador como uma pessoa com potencial para
desenvolver problemas emocionais, principalmente se for do sexo feminino.
Serviços de diálise devem investir num suporte a ser oferecido aos cuidadores, pois
isto pode refletir positivamente no tratamento dos pacientes a eles vinculados.
Este estudo trata sobre a motivação no trabalho, e tem como objetivo identificar e
analisar os fatores de motivação para o trabalho, na concepção dos colaboradores
de uma instituição de saúde, segundo a teoria das necessidades humanas de
Maslow e da teoria das satisfações humanas de Herzberg. A pesquisa realizada é
do tipo descritiva, com abordagem quantitativa, em uma Clínica de Hemodiálise
da cidade de Santa Maria/RS. A amostra foi constituída de 50 profissionais entre
os do nível superior, nível médio e de apoio, representando 87,7% da população.
O instrumento de coleta de dados constou de questões fechadas, aplicado pela
pesquisadora. Os resultados mostraram que a equipe está motivada e comprometida com o trabalho nesta organização, pois 86% dos sujeitos afirmaram estar
motivados para o trabalho, 80% estão comprometidos com a empresa, 82% se sentem valorizados, e 82% possuem autonomia no seu trabalho. As relações interpessoais foram avaliadas em muito bom e bom em 98% entre os colegas e chefias. O
estudo demonstrou que é possível ter uma equipe motivada e comprometida com
os ideais da organização, mesmo atuando frente a pacientes com patologia crônica e suas implicações.
ENF-P-86
ENF-P-87
O INTERDITO DA MORTE UMA BREVE REFLEXÃO
SILVA, S. C.; FERREIRA, H.
HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS
UM ESTUDO SOBRE A FORMAÇÃO GRUPAL E SEUS INTER-RELACIONAMENTOS NA ÁREA HOSPITALAR
FONSECA, K S; SILVA, S C
HOSPITAL SÃO JOÃO DE DEUS
Introdução: A morte é um tema universal para o homem; entretanto, para cada ser
humano tem um significado e uma emoção em particular relacionados com sua
história pessoal, vivências de perdas e apego, experiências anteriores com a morte,
características de personalidade e fase do desenvolvimento.
Objetivo: Pretende-se uma breve reflexão acerca do tema da morte no contexto
hospitalar.
Método: Por meio de uma articulação de aspectos históricos, relativos à sociedade
ocidental, descreve como o hospital se torna um local privilegiado da morte e concomitantemente a tentativa de instauração do silenciamento deste tema, na forma
de um “inter-dito”, efetivado pela tríade: família – paciente – profissionais de
saúde.
Resultados: Percebe-se até na Idade Média que o homem possui uma certa familiaridade com a morte e submete-se a ela sob uma forma de aceitação da ordem da
natureza, o modelo da morte no leito familiar. A partir do século XIX, o hospital
converte-se num centro onde se cura e se luta contra a morte, mas torna-se, ao mesmo tempo um local privilegiado da morte. A respeito da morte no hospital, tornase relevante ressaltar que, na atualidade, esta toma um sentido de proibição, tabu e
silêncios.
Conclusão: O psicólogo no contexto hospitalar deve atentar-se ao interdito da
morte. Interdito, tanto no sentido de um silenciamento vigente, em que poderá atuar proporcionando um momento contrário, em que este tema possa ser enunciado,
quanto no “inter-dito”, ou seja, no que é “dito-inter”, pacientes, familiares e profissionais sobre o morrer.
240
Introdução: Pretende-se com este artigo investigar os aspectos da formação grupal e dos relacionamentos interpessoais, destacando o papel do coordenador junto
aos pacientes, numa unidade renal e, concomitantemente, discorrer sobre as teorias
de dinâmica de grupos.
Objetivo: O trabalho em grupo visa atender os pacientes num ambiente cuja conduta está fundamentada em finalidades que os conduzam a melhorar as condições
de vida, possibilitando-lhes o conhecimento do ser em si e o reconhecimento de
sua própria autonomia. Neste trabalho, avalia-se a formação grupal como sendo
um espaço de produção e representação social.
Método: Dinâmica de grupo. Durante todo tempo deve-se oferecer aos pacientes
uma escuta atenta e diferenciada, propiciando a abertura de um momento, no qual
cada um pode falar de suas angústias, necessidades e fraquezas, facilitando-lhe
assim a elaboração de perdas, de luto, re-significando a doença e sua própria vida.
Resultado: O grupo trabalha para chegar à realização de uma pré-tarefa, tarefa ou
projeto, mas conhece-se, questiona-se, conscientiza-se para alcançar além, dos
objetivos, o crescimento grupal. A história social do grupo e a cada membro
definem os tipos de relações que surgem entre eles. As técnicas utilizadas favorecem os vínculos do grupo e o campo de tarefas em uma situação triangular.
Conclusão: As atividades grupais interferem positivamente na construção de laços
de identificação, bem como na participação ativa diante de questões que afetam a
todos.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
J. Bras. Nefrol
Enfermagem
ENF-P-88
VACINAÇÃO INTRA-DÉRMICA PARA HEPATITE B EM DOENTES
RENAIS CRÔNICOS
PASQUAL, D. D.; BORGHI, A. C. S.; TEIXEIRA, P. S.; MODESTO, A. P.;
POCKRAND, S. K.;
CLÍNICA DE DOENÇAS RENAIS - CURITIBA
Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com caráter quantitativo. Estima-se
que 30% dos pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica não produzem
anticorpos para o antígeno HBs por meio da vacinação intra-muscular. Segundo
artigo publicado no Nefhrol Dial Transplant (1997) 12:1204-1211, a administração
intra-dérmica de 80 ug de vacina para hepatite B fracionadas em 16 doses de 5 ug,
produziriam melhor resposta imunológica comparativamente à administração de 3
doses segundo protocolo do Ministério da Saúde. Foram selecionados para participar do estudo vinte e seis pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica em
programa de hemodiálise, numa clínica de Curitiba, que haviam se submetido
anteriormente a dois esquemas completos de vacinação. A coleta dos dados se deu
entre Novembro de 2003 e Maio de 2004. Foi elaborada proposta do estudo e
encaminhada à Secretaria Municipal de Saúde, que forneceu as doses necessárias
para sua implementação. A análise dos resultados demonstrou que 80% dos investigados obtiveram resultados de Anti-HBs positivo após realização do esquema de
Vacinação Intra-dérmica, um dos investigados foi excluído por encaminhamento
para transplante renal, e dois pacientes foram`a óbito. Os resultados obtidos podem
ser utilizados para que alternativas seguras possam ser implementadas para
otimizar a vacinação de doentes renais crônicos em programa de diálise, proporcionando-lhes maior qualidade na realização da terapia escolhida.
XII Congresso Brasileiro de Enfermagem em Nefrologia
241
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