Descoberta vacina que melhora a resposta

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Descoberta vacina que melhora a resposta imunológica ao câncer
Uma nova vacina melhora a resposta imunológica ao câncer a partir do uso de proteínas
alteradas do tumor do paciente, uma fórmula que poderia dar bons resultados para o
melanoma e os cânceres de pulmão, bexiga e cólon, segundo um estudo que publica nesta
quinta-feira (2) na revista "Science".
"As vacinas contra o câncer costumam ser generalizadas. Esta é uma das primeiras
personalizadas. As generalizadas usam proteínas normais sem alteração, por isso a resposta
imune não é muito forte", explicou à Agência EFE a principal pesquisadora do estudo, a
venezuelana Beatriz Carreño.
"Em nossa vacina usamos proteínas alteradas do paciente com tumor e foi comprovado que
provocam uma maior reação nas células T, ao multiplicar em número e frequência sua
capacidade de reconhecer substâncias isoladas dos tumores", acrescentou a pesquisadora.
As células T são um tipo de célula imunológica cuja função é reconhecer substâncias
estranhas na superfície de outras células e matá-las. Para isso, produzem substâncias solúveis
que têm efeitos sobre tumores e células infectadas com vírus.
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Para elaborar a vacina descrita na "Science", foram usadas células dendríticas junto a
proteínas alteradas do tumor do paciente.
Visto que as células dendríticas "não são muito abundantes", os pesquisadores isolaram
precursores e as geraram no laboratório.
"O uso de proteínas alteradas demonstrou ter uma maior capacidade para ativar o sistema
imune. Porque quando as proteínas são normais, não são realmente substâncias estranhas e,
portanto, a resposta imune não é muito forte", explicou Carreño.
Pulmão, bexiga, cólon e melanoma
Os pesquisadores consideram que uma vacina deste tipo funcionaria bem para pacientes com
cânceres que têm um alto componente imunológico e de mutações, como os de pulmão,
bexiga, cólon e o melanoma.
"Quanto maior o número de mutações, encontramos mais proteínas alteradas que podemos
usar para ativar o sistema imune", disse a pesquisadora da Washington University School of
Medicine, em Saint Louis, no estado do Missouri.
A vacina deste estudo foi testada em três pacientes por enquanto.
"Estamos falando de uma nova maneira de atacar o câncer, com a informação genômica dos
tumores. Usamos as alterações no tumor para acelerar o sistema imune", assinalou Carreño.
Os pesquisadores defendem portanto que a descoberta pode representar um grande impulso
no avanço da imunoterapia do câncer, ou seja, as estratégias voltadas a ativar os sistemas
imunológicos dos pacientes contra seus tumores.
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Além disso, eles sustentam que com esta vacina se dá mais um passo rumo a uma
imunoterapia do câncer mais personalizada.
Fonte: G1
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