AVALIAÇÃO DO RISCO SANITÁRIO NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação- FNDE Coordenação Geral do Programa Nacional de Alimentação Escolar- CGPAE Coordenação de Controle Social e Educação Alimentar e Nutricional- COECS 12 de agosto de 2014 Fortaleza/CE ENTENDENDO SOBRE RISCO ENTENDENDO O RISCO • Possibilidade ou probabilidade da presença do perigo, incerto mas previsível, que ameaça de dano a pessoa ou a coisa. Ela quebrar Cair na água Andar na ponte Passar uma lancha Aparecer um jacaré ENTENDENDO O RISCO • Correr risco: estar exposto a • Ex: Risco de desnutrição em crianças • • • • Locais sem saneamento básico Baixo poder aquisitivo Baixa escolaridade da mãe Filho de mãe solteira • • • • Acesso a saneamento básico Alta escolaridade materna Alto poder aquisitivo Acesso a saúde Monteiro et al. Causas do declínio da desnutrição infantil no Brasil (2009) PERCEPÇÃO DE RISCO • O que a pessoa conhece e entende de determinado risco • Guia de decisões do comportamento Chão estava limpo Regra dos 5 segundos Identifica Baixo risco para DTA CAUSA E EFEITO Sempre que algo ocorre (efeito, fim, resultado) existe um conjunto de causas (meios) que podem ter influenciado Manipulação inadequada • 97% dos casos de surtos em alimentos • Falta de recursos • Falta de intervenções adequadas CAUSAS EFEITO CONTAMINAÇÃO POR ALIMENTOS Química Física Biológica • • • • Produtos químicos em geral Produtos de limpeza Veneno contra insetos Perfumes • Vidros e outros objetos estranhos • Objetos pessoais (relógio, anel, pulseiras) • Unhas, cabelo, dente • • • • • • Emotivo- • Sensoriais • Vírus Bactérias Fungos Parasitas Cabelo Unha Sujidades Perigos ou não Podem causar, ou não, alterações sensoriais e/ou doenças transmitidas por alimentos DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS Dores abdominais e diarréia Vômitos Mal estar geral – dores de cabeça, febre, cólicas Microrganismos patogênicos Abortos Hemorragias Paralisia muscular, parada respiratória Morte FATORES CAUSAIS DE SURTOS Fator causal Local Aspectos de tempo e temperatura Contaminação por equipamentos utensílios ou manipulador Matéria-prima e água contaminadas e inadequadas Contaminação indireta Referências Brasil 1º 2º 3º 4º (Costalunga, Loiko, Casarin, & Tondo, 2013; Costalunga & Tondo, 2002) Austrália 2º 1º - 3º (Tirado & Schmidt, 2001) Nova Zelândia 1º 2º 3º 4º (ESR, 2008) Europa 2º 1º - 3º (Norrung & Buncic, 2008; Tirado & Schmidt, 2001) USA 1º 2º 4º 3º (Bryan, 1978; Food and Drug Administration, 2000, 2009a) Hong Kong 1º 2º 3º - (Chan & Chan, 2008) Multiple countries* 2º 1º 3º 3º (Todd, Greig, Bartleson, & Michaels, 2007) (Da Cunha, Oliveira, Saccol, Tondo, Silva Junior, Ginani, Montesano, Castro, Stedefeldt. Categorização de restaurantes para copa do mundo FIFA em 2014. 2012) ESCALADA DO RISCO Procedimentos Higiene pessoal 00 Higiene ambiental Matéria prima Aspectos estruturais (Da Cunha, Oliveira, Saccol, Tondo, Silva Junior, Ginani, Montesano, Castro, Stedefeldt. Categorização de restaurantes para copa do mundo FIFA em 2014. 2012) MANIPULADOR DE ALIMENTOS • Eles não me escutam! • Eles não me obedecem! • “Nunca aconteceu nada, logo não vai acontecer” • “Tenho idade para ser sua mãe!” • “Lá vem a chata” Coisas que sei Coisas que faço (Nutricionistas, 2008 a 2013) MODELO CONHECIMENTO – ATITUDE - PRÁTICA Manipulador sem conhecimento Treinamento Manipulador com conhecimento Mudança de atitude Fará tudo errado! Fará tudo certo!! Mudança de prática (Seaman, 2010; Ehiri et al., 1997; Da Cunha, 2013) VIÉS OTIMISTA Risco de DTA ao comer comida de rua, de ambulantes e de lanchonetes Risco de DTA ao comer em casa Elevado Baixo Maior parte dos casos de DTA acontecem em residências ??????????????? • Tendência de ver o outro em risco ou algo como mais arriscado VIÉS OTIMISTA Baixa percepção de risco “nunca vai acontecer comigo ou onde trabalho” Escudo de proteção Medo de ser atingido Deter o controle da situação Sentimento de competência Erro cognitivo Estereótipo de alto risco Viés otimista Weinstein, 1980 ILUSÃO DE CONTROLE • Sensação de controle da situação • Controle ilusório ou de baixa fundamentação Eu vou dirigindo devagar Eu bebo um copo de café antes de ir Cerveja não me deixa bêbado Não tem ninguém no caminho pra minha casa Bebo bastante no começo da festa e no fim só bebo refrigerante REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO Relação com os participantes Incremento do conhecimento Intervenção •Estratégias utilizadas •Interesse •Dinâmica •Aprendizado •Técnicas Motivação Mudanças na prática individual •Avaliação da prática • Interação com outros componentes Melhoria do serviço •Custo benefício •Clientela •Satisfação do usuário •Redução de riscos Kirkpatrick, (1967) FORMAÇÃO Diagnóstico Considerar: CAP Motivação Monitoramento Atividade focadas Prática SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS SOFTWARE BOAS PRÁTICAS SOFTWARE BOAS PRÁTICAS NOVIDADES Disponível no site: http://www.ufrgs.br/cecane/downloads/ Na aba “outros materiais” CONCLUSÕES • Utilizar critérios de risco • Realidade prática • Mais próximo a realidade • Ferramentas para apoio • Formação de manipuladores de alimentos • Falha no modelo CAP • Viés otimista e ilusões de controle • Motivação e monitoramento OBRIGADA!