DISCIPLINA: LITERATURA E MODERNIZAÇÃO – Experiência Urbana, formas de sociabilidade e modos de subjetivação em obras literárias dos séculos XX e XXI NÚMERO DE CRÉDITOS: 08 CARGA HORÁRIA: 120H/A. DOCENTE RESPONSÁVEL: DR. GILBERTO FIGUEIREDO MARTINS EMENTA O curso pretende investigar como a literatura (sécs. XX e XXI) representa/formaliza impasses dos processos de modernização e seus efeitos sobre a constituição do sujeito, com destaque para as relações entre: espaços público e privado; indivíduo e sociedade; elementos de psicologia individual e coletiva; construção da identidade e reconhecimento da alteridade. Pesquisa a vinculação entre texto e contexto, forma literária e matéria histórica, pela mobilização das interfaces (temáticas e procedimentais) dos Estudos Literários com a História e a Psicologia Social/Psicanálise. Analisa e problematiza as relações e limites entre literatura, indústria cultural e cultura de massa, com base em pressupostos conceituais dos Estudos Interartes (literatura, cinema e teatro). CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Raízes do pensamento moderno brasileiro – Os intérpretes do Brasil (I): Paulo Prado, Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre e Caio Prado Jr. 2. Desdobramentos do pensamento moderno brasileiro – Os intérpretes do Brasil (II): Antonio Candido, Roberto Schwarz, Alfredo Bosi, Roberto DaMatta e Otília e Paulo Arantes. 3. “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta” – Impasses do intelectual sem nenhum caráter (Mário de Andrade e o problema da identidade). 4. Oswald de Andrade – Revolta ou revolução? (De como ter um canhão e não saber atirar). 5. Alter(c)idades – Experiências do espaço público na ficção de Clarice Lispector. 6. Ritmos do tempo inerte – Figurações do atraso na obra de Graciliano Ramos. 7. O sexo dos anjos – A nova linguagem do erotismo, segundo Dalton Trevisan e Hilda Hilst. 8. Do palco ao terreiro – Aspectos do campo religioso brasileiro e sua representação na dramaturgia nacional. BIBLIOGRAFIA BÁSICA ANDRADE, Jorge. Marta, a árvore e o relógio (teatro completo). 2. ed.. São Paulo: Perspectiva, 1986. ANDRADE, Mário de. Macunaíma – O herói sem nenhum caráter. (Ed. crítica de Telê P. A. Lopez). Paris/Brasília: Association Archives/CNPq, 1988. ANDRADE, Oswald de. Memórias Sentimentais de João Miramar e Serafim Ponte Grande. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira/José Olympio/Três, 1973. ARANTES, Otília B. F. e ARANTES, Paulo E.. Sentido da formação. São Paulo: Paz e terra, 1997. BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. 2.ed.. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. _____. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 8.ed.. São Paulo: T. A. Queiroz/Publifolha, 2000. DAMATTA, Roberto. Carnavais, malandros e heróis – Para uma sociologia do dilema brasileiro. 6.ed.. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. _________. A casa e a rua – Espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 5.ed.. Rio de Janeiro: Rocco, 1997. FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala. São Paulo: Círculo do Livro, s/d. HILST, Hilda. O caderno rosa de Lóri Lamby. 2.ed.. São Paulo: Globo, 2005. _____. Cartas de um sedutor. São Paulo: Paulicéia, 1991. HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 23.ed.. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991. LISPECTOR, Clarice. A cidade sitiada. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. __________. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. 20.ed.. São Paulo: Brasiliense, 1987. PRADO, Paulo. Retrato do Brasil - Ensaio sobre a tristeza brasileira. 8.ed.. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de janeiro: Record, 2003. _______. Vidas secas. 89.ed.. Rio de Janeiro: Record, 2003. SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas. 3.ed.. São Paulo: Duas cidades, 1998. _________. Um mestre na periferia do capitalismo/Machado de Assis. São Paulo: Duas cidades, 1990. TREVISAN, Dalton. Macho não ganha flor. Rio de Janeiro: Record, 2006. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ÁVILA, Affonso (org.). O Modernismo. São Paulo: Perspectiva, 1975. AZEVEDO FILHO, Deneval S. de. Holocausto das fadas – A trilogia obscena e o Carmelo bufólico de Hilda Hilst. São Paulo: AnnaBlume, 2002. BOAVENTURA, Maria Eugênia (org.). 22 por 22 – A Semana de Arte Moderna vista pelos seus contemporâneos. São Paulo: EDUSP, 2000. BRITO, Mário da Silva. História do Modernismo brasileiro. 6.ed.. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1997. GALVÃO, Walnice Nogueira. As musas sob assédio – Literatura e indústria cultural no Brasil. São Paulo: SENAC, 2005. MAGALDI, Sábato. MEC/FUNARTE, s/d. Panorama do teatro brasileiro. Rio de Janeiro: MOLES, Abraham. O kitsch – A arte da felicidade. 4. ed.. Trad. de Sérgio Miceli. São Paulo: Perspectiva, 1994. MONTES, Maria Lucia. As figuras do sagrado: entre o público e o privado. In SCHWARCZ, Lília M. (org.). História da vida privada no Brasil – Vol. 4: Contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. MOTTA, Leda Tenório da. Sobre a crítica literária brasileira no último meio século. Rio de Janeiro: Imago, 2002. ______. Literatura e contracomunicação. São Paulo: UNIMARCO, 2004. OLINTO, H. K. e SCHOLLHAMMER, K. E. (org.). Literatura e Mídia. Rio de Janeiro/São Paulo: PUCRJ/Loyola, 2002. ROSENFELD, Anatol. O mito e o herói no moderno teatro brasileiro. 2. ed.. São Paulo: Perspectiva, 1996. RYNGAERT, Jean-Pierre. Ler o teatro contemporâneo. Trad. de Andréa Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 1998. SCHWARTZ, Jorge. Vanguardas latino-americanas (Polêmicas, manifestos e textos críticos). São Paulo: EDUSP/FAPESP/Iluminuras, 1995. VIEIRA, Paulo. Plínio Marcos: a flor e o mal. Rio de Janeiro: Firmo, 1994. WALDMAN, Berta. Do vampiro ao cafajeste – Uma leitura da obra de Dalton Trevisan. São Paulo: Hucitec, 1982.