1. Redija um texto dissertativo, IDENTIFICANDO e ANALISANDO as

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Nesta atividade, você aplicará seus conhecimentos sobre as “Figuras de
Linguagem”.
Em caso de dúvidas, consulte a apresentação: “Figuras de Linguagem”,
em nosso portal, para rever este conteúdo.
1. Redija um texto dissertativo, IDENTIFICANDO e ANALISANDO as figuras de linguagem
presentes nos dois poemas a seguir.
Hoje é outro dia
Mário Quintana
Quando abro cada manhã a janela do meu quarto
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova...
QUINTANA, Mário. A cor do invisível. São Paulo: Editora Globo, 1997.
Vozes da noite
Manuel Bandeira
Cloc, cloc, cloc...
Saparia no brejo?
Não, são os quatro cãezinhos policiais bebendo água.
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
2. Redija um texto em que você, com clareza e objetividade, EXPLICITE e ANALISE os traços
de literariedade nos poemas de Cecília Meireles e de Hilda Hilst.
Lembre-se de comprovar a sua análise.
Via Espessa
Hilda Hilst
I
De cigarras e pedras querem nascer palavras.
Mas o poeta mora
A sós num corredor de luas, uma casa de águas.
De mapas-múndi, de atalhos, querem nascer viagens.
Mas o poeta habita
O campo de estalagens da loucura.
Da carne de mulheres, querem nascer os homens.
E o poeta preexiste, entre a luz e o sem-nome.
HILST, Hilda. Do desejo. São Paulo: Editora Globo, 2004.
ACEITAÇÃO
Cecília Meireles
É mais fácil pousar o ouvido nas nuvens
e sentir passar as estrelas
do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos.
É mais fácil, também, debruçar os olhos no oceano
e assistir, lá no fundo, ao nascimento do mundo das formas,
que desejar que apareças, criando com teu simples gesto
o sinal de uma eterna esperança.
Não me interessam mais nem as estrelas, nem as formas do mar,
nem tu.
Desenrolei de dentro do tempo a minha canção:
não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar
MEIRELES, Cecília. Viagem e Vaga Música. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2004.
3 . Escolha um poema de Carlos Drummond de Andrade para servir de mote à sua narrativa
ficcional: um conto de no máximo 20 linhas.
O quarto de Maria
Carlos Drummond de Andrade
Toda a casa aqui se resume:
A ideia torna-se perfume.
Construção
Carlos Drummond de Andrade
Um grito pula no ar como foguete.
Vem da paisagem de barro úmido, caliça e andaimes hirtos.
O sol cai sobre as coisas em placa fervendo.
O sorveteiro corta a rua.
E o vento brinca nos bigodes do construtor.
Desperdício
Carlos Drummond de Andrade
Solidão, não te mereço,
pois que te consumo em vão.
Sabendo-te embora o preço,
calco teu ouro no chão.
ANDRADE, Carlos Drummond. Antologia poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979.
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