DISSERTAÇÃO ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS E SELEÇÃO DE CLONES LINALOL EM Lippia alba ELCIO RODRIGO RUFINO Campinas, SP 2008 INSTITUTO AGRONÔMICO DE CAMPINAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL E SUBTROPICAL ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS E SELEÇÃO DE CLONES LINALOL EM Lippia alba ELCIO RODRIGO RUFINO Orientador: Walter José Siqueira Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Agricultura Tropical e Subtropical Área de Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia Campinas, SP Abril 2008 vi Ficha elaborada pela bibliotecária do Núcleo de Informação e Documentação do Instituto Agronômico R926e Rufino, Elcio Rodrigo Estimativas de parâmetros genéticos e seleção de clones linalol em Lippia alba / Elcio Rodrigo Rufino. Campinas, 2008. 110 fls Orientador: Walter José Siqueira Dissertação (Mestrado) – Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia 1.Melhoramento de plantas 2. Divergência genética 3. Herdabilidade I. Siqueira Walter José II. Título CDD 631.5233 vii viii Aos meus pais, Dourival e Adelina Bonfatti Rufino, que em sua simplicidade me ensinaram valores imensuráveis, me mostraram que o amor, o carinho, a fé, a dedicação e a esperança são os maiores bens que o homem pode possuir, DEDICO A minha irmã, Edilaine Cristina Rufino, por sua compreensão, cumplicidade e amor, por me fazer entender que “tudo o que não me mata me deixa mais forte,” OFEREÇO ix AGRADECIMENTOS - A Deus, por sua bondade, que concedeu coragem e inteligência, por ter me concedido viver momentos autênticos e intensos durante toda a minha trajetória. - A toda a equipe envolvida nesse trabalho, Márcia Ortiz Mayo Marques, Carlos Augusto Colombo, Joaquim Adelino Azevedo Filho, Alisson Fernando Chiorato, Lenita Lima Haber, Maria Aparecida Ribeiro Vieira, Rauly Maximo Rabelo Moretti, pela competência e colaboração no desenvolvimento deste trabalho. - Aos estagiários Rosemari de Oliveira Basílio e Evandro Pereira Coelho, que sempre foram muito competentes e prontos a cooperar. - Em especial, a experiência incalculável, a amizade, o carinho e a prontidão em ouvir e em ajudar da “super mãe” Rauly. - A toda a equipe que compõe a secretaria da Pós-Graduação do Instituto Agronômico, Adilza, Célia e Beth, pessoas maravilhosas, sempre prontas e disponíveis para ajudar. - Aos meus sobrinhos, que, apesar da pouca idade e ausência de compreensão, me deram forças e ânimo novo com pequenos gestos como: “quero ser igual a você tio”. - Aos meus pais, Dourival Rufino e Adelina Bonfati Rufino, que sempre me amaram, respeitaram e apoiaram as minhas decições, por todos os esforços que fizeram para me ajudar, por toda a minha formação moral, mesmo a pesar da distância geográfica e corporal, sempre estiveram comigo em espírito. - A minha irmã Edilaine, por sempre ter sido uma pessoa autêntica, amorosa, cúmplice e acima de tudo, uma amiga para todas as horas, a qual sempre eu amarei e admirarei. - A minha irmã Elizângela, pelo seu amor e espírito positivo. - A Lídia Bonfati Barbieri, por seu bom humor, espírito jovem e amizade, por sempre ter acreditado em mim e me incentivado a prosseguir na busca dos meus sonhos. - A Solange Camargo, grande amiga e profissional, que sempre insistiu em me fazer ver sempre o lado bom das coisas. - A todos os funcionários do Instituto Agronômico, em especial os da genética, por terem me proporcionados grandes momentos e vasto conhecimento. - Ao meu professor de faculdade, Edison Martins Paulo, que “abriu” os meus olhos para um horizonte bem maior do que realmente ele apresenta ser, por ter me ensinado que mérito se deve a quem merece e que de um sonho não se deve desistir, o meu muito obrigado. x - A Lippia alba, que me ensinou que tudo tem seu tempo, que paciência realmente é uma virtude adquirida, por sempre ter perfumado o meu ambiente de trabalho com seus óleos essenciais, os quais sempre renderam muitos elogios de todos os companheiros de trabalho. - Ao CNPq, edital universal, pelo apoio financeiro aplicado no desenvolvimento deste projeto. - E por último, contudo, não menos importante ao meu insubstituível orientador, o meu norte nesta caminhada, por ter passado a mim tanto conhecimento, por ter tido muita paciência, por sempre ter confiado em mim e em meu trabalho, pelo carinho, pela amizade, pelo companheirismo e principalmente, por ter me mostrado que o que realmente vale a pena é fazer o bem sem olhar a quem. A você, todo o meu respeito, admiração e meu sincero muito obrigado. xi SUMÁRIO ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................... vii ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................................. x ÍNDICE DE ANEXOS ............................................................................................................. xii RESUMO .............................................................................................................................. xiiii ABSTRACT ............................................................................................................................. xv 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................... 4 2.1 Lippia alba............................................................................................................................ 4 2.2 Óleos Essenciais e Importância Econômica ......................................................................... 7 2.3 Pré-Melhoramento e Melhoramento Genético em Lippia alba ............................................ 8 2.3.1 Estimativas de parâmetros genéticos e correlações ......................................................... 10 2.3.2 Estimativas de correlações genética aditiva, fenotípica e de ambiente ........................... 13 3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 14 3.1 Material Vegetal ................................................................................................................. 14 3.1.1 Breve histórico da obtenção de uma população de Lippia alba de ampla base genética ..................................................................................................................................... 14 3.2 Métodos .............................................................................................................................. 16 3.2.1 Identificação de plantas de quimiótipo linalol na população-base para experimentação de novos clones .............................................................................................. 16 3.2.2 Obtenção das progênies clonais de meios-irmãos de plantas de quimiótipo linalol da população-base .................................................................................................................... 17 3.2.3 Instalação dos experimentos de novos clones linalol obtidos na população-base........... 22 3.2.4 Características avaliadas na seleção dos novos clones linalol derivados da população-base ......................................................................................................................... 25 3.2.5 Análises estatísticas e correlações de Pearson para os experimentos com novos clones linalol recombinantes .................................................................................................... 31 3.2.6 Instalação dos experimentos para estimativas de parâmetros genéticos baseadas em progênies clonais de meios irmãos ..................................................................................... 33 3.2.7 Análises estatísticas para estimativas de parâmetros genéticos em progênies clonais de meios irmãos e correlações de Pearson ................................................................... 36 3.3 Análises Estatísticas Multivariadas .................................................................................... 36 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 38 4.1 Seleção dos Novos Clones Linalol Derivados da População-base ..................................... 38 4.1.1 Coeficiente de determinação genotípico.......................................................................... 38 4.1.2 Correlações de Pearson.................................................................................................... 40 4.2 Análises de Variância Simples e Conjunta das Características Avaliadas nos Clones ...... 45 4.2.1 Área foliar – AF, comprimento de internódio – CI, número de folhas – NF e número de brotos ou ramos - NB ............................................................................................. 45 4.2.2 Massa fresca total (MFT) e massa seca total (MST). ...................................................... 54 4.2.3 Massa fresca folhas (MFF), massa seca de folhas (MSF) e relações MFF/MFT e MSF/MST ................................................................................................................................. 58 4.2.4 Massa fresca e seca total / broto (MFT/Br, MSF/Br), massa fresca e seca de folhas / broto (MFF/Br, MSF/Br) ........................................................................................................ 66 4.2.5 Rendimento de óleo essencial (RD) em % ...................................................................... 66 4.2.6 Produção de óleo por planta (PO) em g.Pl-1 .................................................................... 69 4.2.7 Perfil fitoquímico: componente majoritário linalol (LN%) ............................................. 71 4.3 Divergência Genética por Análises Multivariadas ............................................................. 73 xii 4.3.1 Análise de agrupamento .................................................................................................. 73 4.3.2 Análise de componentes principais ................................................................................. 75 4.4 Clones de Quimiótipo Linalol Selecionados ...................................................................... 79 4.5 Estimativas de Parâmetros Genéticos ................................................................................. 81 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 87 6 CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 88 7 REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ....................................................................................... 89 ANEXOS ................................................................................................................................ 100 vi ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 – Índices de correlações utilizados nos experimentos, de acordo com SHIMAKURA & RIBEIRA JUNIOR (2006).......................... 32 Tabela 2 – Coeficientes de determinação genotípica das variáveis avaliadas; dados obtidos pelos quadrados médios dos tratamentos e residuais........................................................................................... 40 Tabela 3 – Correlações simples entre as características rendimento de óleo, produção de óleo por planta, área foliar, número de folhas, número de brotos, massa fresca total, massa seca total, massa fresca de folhas, massa seca de folhas, relação massa fresca de folhas / massa fresca total e relação massa seca de folhas / massa seca total........................................................................................... 44 Tabela 4 - Médias da característica AF (área foliar) em cm2 para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.......................................... 47 Tabela 5 - Médias da característica CI (comprimento de internódios) em cm para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............... 49 Tabela 6 - Médias da característica NF (número de folhas) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.......................................... 51 Tabela 7 - Médias da característica NB (número de brotos) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.......................................... 53 Tabela 8 - Médias da característica MFT (massa fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.................................. 56 Tabela 9 - Médias da característica MST (massa seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta.......................................... 57 Tabela 10 - Médias da característica MFF (massa fresca de folhas) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................ 60 Tabela 11 - Médias da característica MSF (massa seca de folhas) para 40 vii clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................ 62 Tabela 12 - Médias da característica MFF/MFT (massa fresca de folhas/massa fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................................................................................ 64 Tabela 13 - Médias da característica MSF/MST (massa seca de folhas/massa seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................................................................................ 65 Tabela 14 - Médias da característica RD (rendimento de óleo por planta) em % para 30 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta............................................................................................ 68 Tabela 15 - Médias da variável produção de óleo por planta (PO) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott e Knott a 70 5%.................................................................................................. Tabela 16 – Análise da proporção do óleo majoritário (LN%) nos cinco clones recombinantes superiores para MSF mais os dois controles em três experimentos, com teste de Tukey a 5% para análises de variância simples e conjunta............................................................ 71 Tabela 17 – Estimativas dos autovalores associados aos componentes principais, juntamente com sua importância relativa (Raiz %) e acumulada, referentes as 16 variáveis avaliadas em 30 clones de Lippia alba....................................................................................... 76 Tabela 18 – Clones selecionados em função das características avaliadas (análises univariadas)....................................................................... 80 Tabela 19 - Clones selecionados por meio de análises de agrupamentos e de Componentes Principais (análises multivariadas)............................ 80 Tabela 20 - Resultados das estimativas de parâmetros genéticos em caracteres de estacas para três diferentes números de progênies de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas............................... 82 Tabela 21 - Resultados das estimativas das correlações fenotípica (rF%), genética aditiva (rA%) e de ambiente (rE%), baseadas em progênies clonadas de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas viii para dois caracteres avaliados em estacas........................................ 85 ix ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - População-base recombinante (296 plantas) extremamente variável para seleção de novos clones experimentais e também para obtenção de progênies de meios irmãos; a) vista geral do campo onde a população foi instalada e b) detalhe da irrigação por gotejo e identificação individual das plantas............................. 15 Figura 2 – Características contrastantes entre os clones selecionados; a) vista geral da variabilidade apresentada na população base e b) detalhe do contraste para tamanho, forma e coloração de folhas................. 16 Figura 3 – Coleta e clonagem dos 63 novos clones linalol para avaliação nos três experimentos, a) coleta de ramos das plantas selecionadas, b) preparo das estacas, c) vista geral da brotação e enraizamento das estacas, d) detalhe do enraizamento, e) e f) vista geral dos clones estabelecidos e prontos para o plantio.............................................. 17 Figura 4 – Obtenção das progênies de meios-irmãos, a) frutos-sementes de Lippia alba após retirada das infrutescências, b) tratamento prévio com cloro ativo, c) frutos sementes após tratamento, prontos para plantio, d) início da germinação onde nota-se diferenças na germinação entre as progênies, e) detalhe do contraste da germinação entre as progênies, f) transplante das plântulas obtidas para bandejas, visando desenvolvimento e posterior identificação olfativa dos indivíduos linalol, g) transplante de plântulas identificadas como linalol para vasos individuais, h) vista geral da bancada com todas as progênies selecionadas e i) detalhe do desenvolvimento das plantas............................................................ 20 Figura 5 – Instalação do matrizeiro e clonagem por estaquia das plantas das progênies, a) disposição das plantas de cada progênie no matrizeiro, b) vista geral após o plantio, c) campo de estacas de progênies com plantas desenvolvidas, d) bandejas com estacas de plantas de cada progênie, oriundas do matrizeiro, com dois pares de gemas laterais, um para enraizamento e o segundo par para emissão de brotos, e) vista geral após o estabelecimento das estacas e f) detalhe do desenvolvimento dos clones das progênies; nota-se variabilidade morfológica entre as progênies...................... 22 Figura 6 – Padronização de estacas para compor os tratamentos dos experimentos; a) retirada das mudas após desenvolvimento, b) padronização e seleção das estacas para comporem os blocos experimentais e c) vista geral das estacas para padronização.......... 23 Figura 7 – Vista geral dos três experimentos; a) e b) primeiro experimento de x Campinas (Entomologia), c) e d) segundo experimento de Campinas (Hortaliças), e) e f) experimento de Monte Alegre do Sul.................................................................................................... 24 Figura 8 – Vista geral do tutoramento realizado nas plantas nos três experimentos, evitando o enraizamento dos ramos ao tocarem o solo; a) início do desenvolvimento das plantas e tutoramento e b) plantas no estádio de colheita........................................................... 25 Figura 9 – Colheita dos experimentos; a) colheita das duas plantas por parcela, b) separação das folhas dos ramos, c) massa fresca de folhas d) vista geral da sala de secagem das folhas, e) secagem dos ramos para obtenção da massa seca após a retirada das folhas e f) detalhes dos ramos após a retirada das folhas........................... 28 Figura 10 – Processo de extração e rendimento do óleo essencial; a) preparo das amostras em balões de vidro com 1000 mL de água destilada, b) início da extração de óleo essencial, c) óleo essencial após destilação, d) vista geral dos frascos com óleo essencial para obtenção do rendimento, e) detalhe do frasco contendo óleo essencial; nota-se diferenças no rendimento entre os clones e f) vista geral do processo de extração.................................................. 30 Figura 11 – Detalhe do clone 201 (terceiro ramo da esquerda para a direita), evidenciando internódios curtos e folhas grandes em relação ao controle IAC 8 (primeiro ramo à esquerda)..................................... 43 Figura 12 - Análise de divergência genética para 30 clones de Lippia alba. As distâncias genéticas foram obtidas com base nas 16 variáveis e quantificadas através da distancia Euclidiana padronizada e o agrupamento foi feito pelo método UPGMA................................... 75 Figura 13 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP2) com trinta clones de Lippia alba baseada nas dezesseis variáveis estudadas.......................................................................................... 77 Figura 14 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP3) com trinta clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas.............. 78 Figura 15 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP4) com trinta clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas.............. 79 Figura 16 - Gráfico sob a forma de histograma com os clones de primeira seleção baseada em análises univariadas e multivariadas................ 81 xi ÍNDICE DE ANEXOS Anexo 1 – Análise de solo dos três experimentos logo após a instalação dos experimentos.................................................................................... 100 Anexo 2 – Dados climáticos e de localização dos experimentos...................... 101 Anexo 3 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do primeiro experimento de Campinas (Ep1)..................... 102 Anexo 4 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do primeiro experimento de Campinas (Ep1)..................... 103 Anexo 5 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do segundo experimento de Campinas (Ep2)..................... 104 Anexo 6 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do segundo experimento de Campinas (Ep2).................... 105 Anexo 7 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do terceiro experimento (Ep3)............................................. 106 Anexo 8 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do terceiro experimento (Ep3)........................................... 107 Anexo 9 - Médias da variável massa fresca total / broto (MFT/BRO) para 40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta.................................... 108 Anexo 10 - Médias da variável massa seca total / broto (MST/BRO) para 40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta.................................... 109 Anexo 11 - Médias da variável massa fresca de folhas / broto (MFF/BR) para 40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta............................. 110 Anexo 12 - Médias da variável massa seca de folhas / broto (MSF/BR) para 40 clones e três experimentos; teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta............................. 112 xii RUFINO, Elcio Rodrigo. Estimativas de parâmetros genéticos e seleção de clones linalol em Lippia alba. 2008, 112f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC. RESUMO A espécie Lippia alba, aromática e medicinal, é um arbusto nativo da mata Atlântica que apresenta muito vigor e variabilidade genética. O principal foco dos estudos com esta espécie são os óleos essenciais, cujas funções tem sido comprovadas cientificamente para aplicações nas indústrias de fármacos, cosmética, perfumaria, alimentícia e de produtos agropecuários (inseticidas e fungicidas). Entretanto, pesquisas direcionadas para o melhoramento genético, são até o momento, incipientes. O presente trabalho teve como objetivos, avaliar o potencial de uma população recombinante de Lippia alba na obtenção de novos clones para características agronômicas e fitoquímicas de interesse, tendo como modelo o óleo linalol, bem como estimar parâmetros genéticos afim de se determinar o potencial da espécie para fins de melhoramento. Para todas as características avaliadas na seleção dos novos clones (três experimentos) foi possível verificar a existência de variabilidade genética entre os clones e, de acordo com os coeficientes de determinação genotípicos, essas diferenças foram em sua maioria de magnitude genética, exceto para a variável número de brotos (NB), que mostrou-se altamente influenciada pelo ambiente. De acordo com as correlações simples, foi possível verificar a magnitude das correlações entre as variáveis avaliadas, e estas, em sua maioria, foram consideradas como positivas, moderadas e fortes, como exemplo área foliar (AF) e comprimento de internódios (CI) com produção de óleo por planta (PO) com 59 e 60% de correlação, respectivamente, número de folhas (NF) com massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF) ambas com negativa de 65%. Dentre as características avaliadas pelos testes de médias (Tukey e Scott & Knott), destacaram-se massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF respectivamente), rendimento de óleo (RD), produção de óleo por planta (PO) e porcentagem de linalol presente no óleo (LN%), nas quais foi possível identificar indivíduos superiores aos dois controles empregados, evidenciando o potencial genético da espécie. Com auxilio das análises multivariadas, foi possível verificar de maneira adicional os resultados obtidos pelas análises univariadas. Na análise de agrupamentos (UPGMA) foram definidos cinco grupos distintos e cada um deles também com subgrupos. O clone 280 (grupo 5) foi superior e distinto de todos os demais grupos. Os clones semelhantes aos controles xiii foram 109, 199, 241, 238 (grupo 3) e 129 e 219 (grupo 4). Pela análise de componentes principais, foi possível determinar as variáveis que mais influenciaram na diferenciação dos genótipos, sendo elas: MSF, MFF. Nos estudos iniciais de parâmetros genéticos envolvendo vigor de estacas em três grupos de progênies formados obteve-se altas herdabilidades, no sentido restrito, variando de 90,19 a 94,54 para massa de brotos(g) / planta e 95,21 a 97,10 para comprimento dos dez maiores brotos / planta resultando em valores de b >1 de 0,9 a 1,7 e 2,2 a 2,9 respectivamente, adequados para o melhoramento. As correlações apresentaram altos valores, em especial, as correlações genéticas aditivas (variando de 87,68 a 99,90%), com predomínio destas nas correlações fenotípicas (G% - entre 94,09 a 98,8%). Apesar das correlações elevadas de ambiente a proporção destes efeitos ambientais na correlação fenotípica foi desprezível (E% - entre 1,2 a 5,9%). Finalmente, os três grupos de progênies formadas apresentaram magnitudes semelhantes para as estimativas de parâmetros genéticos comprovando a elevada variabilidade genética da espécie mesmo em populações pequenas. Palavras-chave: divergência genética, melhoramento de plantas, herdabilidade, ganho genético. xiv RUFINO, Elcio Rodrigo. Genetics parameters estimative and new clone selection linalol in Lippia alba. 2008. 110f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC. ABSTRACT The aromatic and medicinal species Lippia alba is a quite vigorous and rugged shrub native to South America (Atlantic Rainforest). Because it is an allogamous and selfincompatible species, natural populations have high morphological and chemical variability. For this reason, the diversity of chemical compounds in the plant, particularly in the leaves has raised the interest of manufacturers in the pharmaceutical, cosmetics, perfume, food, and agricultural/livestock product industries (insecticides and fungicides). This work’s objective was to conduct a preliminary screening to identify new promising clones from a novel (recombinant) base population of Lippia alba with regard to its agronomic and phytochemical traits, using the linalool oil or chemotype as model. The two best linalool clones, obtained by collection, according to YAMAMOTO (2006), were used as controls. Traits evaluated included: leaf area in cm (LA), mean internode length in cm (IL), number of leaves (NL), dry mass total (DMT), dry mass of leaves (DML), leaf yield (LY%), oil yield (EOY%), oil production per plant in g (OP), and linalool percentage (LN%). Forty linalool chemotype clones were evaluated in three experiments, in a random block design with four replicates and four cuttings (clones) per plot. All data were obtained as means per plant. The means were compared by Tukey’s test (5%) and, due to test redundancies because of the great number of experimental clones, the Scott and Knott test was applied (5%). Multivariate analysis was also used in order to aid in the preliminary selection of clones. R2 genotypic coefficients of determination were high (>70.0%), except for NL, with smaller values in the experiments (8.0 to 55.0%). There were positive correlations from moderate to xv strong for LA × IL, LA × OP, NL × FML, and NL × DML. Linalool clones superior or similar to both controls were identified for the FML, DML, EOY%, OP, and LN% traits (univariate analyses), aimed at further validating experimentation. Five distinct groups were defined in the cluster analysis (UPGMA), each containing subgroups as well. Clone 280 (group 5) was superior and distinct from all other groups. Clones 109, 199, 241, 238 (group 3), and 129 and 219 (group 4) were similar to the controls. Based on the principal components analysis, variables that influenced genotype differentiation the most were determined: DML and FML. Hight heritabilities in narrow sense were obtained to stem-cut characteristics in the three groups of the progenies criated resultin in b values >1, extremelly adequated to plant breeding employing half-sib progenies. The genetic aditive correlations were hight for all characteristics of stem-cuts studied (87,7 – 99,9%), with predominance of their effects to the phenotipic correlations (G% = 94,09 - 98,8%). Whatever the hight values of environmental correlations (>70,0%) observed, the influence in the phenotipic correlations were insignificant (E% = 1,2 a 5,9%). Finally, the estimated of genetic parameters in the three groups analysed were similar showing hight genetic variability of this specie in small populations. Key-words: Verbenaceae, genetic recombination, clone selection, genetic divergence, half sib progenies, plant breeding, heritability. xvi 1 INTRODUÇÃO A partir dos anos 90 e mais acentuadamente na década atual, tem sido notada a crescente valorização do consumo de alimentos naturais ou orgânicos em todo o mundo. Estimulada por essa mudança de hábito alimentar dos consumidores e se apegando fortemente ao marketing positivo que isso gera na opinião pública, as empresas do setor de fragrâncias, aromas, cosméticos e principalmente a de fitoterápicos, estão investindo no desenvolvimento de produtos alternativos usando matérias primas naturais. O mercado fitoterápico hoje é uma realidade e em franca expansão, pois tem havido avanços nas pesquisas científicas que comprovam a eficácia dos princípios ativos existentes em algumas espécies de plantas, tais como o ginseg brasileiro, Pfaffia glomerata (DIAS et al., 1966; ALCÂNTARA et al. 1944; MARQUES, 1998; ALVIM et al. 1999; GALVÃO et al., 1996; NETO et al. 2003), Ocimum selloi (HEGNAUER, 1982; VANDERLINE et al., 1994), alho, Allium sativum (EVBUOMWAM, 1992, TURNER, 1990, POOL, 1992), jaborandi, Pilocarpus microphyllus (VIEIRA, 1999). Diante desta realidade de mercado crescente para consumo de produtos de origem vegetal (MARTINS et al., 1995; GRÜNWALD, 1997) e pelo extrativismo que se configurou em algumas delas, como, por exemplo, no Brasil, o caso do pau-rosa (Aniba roseodora) em extinção na Amazônia, para extração de compostos presentes na casca (floema) das árvores na confecção de perfume (base linalol), a legislação dos países e, também no Brasil, sofreu alterações, adequando-se à nova realidade. O objetivo principal das novas legislações é o de proteger a biodivesidade que existe no planeta (MONTANARI Jr., 2005). Dentro deste panorama, o Brasil se configura com o de maior potencial em termos de exploração sustentada de sua riqueza de recursos genéticos vegetais, fruto de suas dimensões continentais e posição geográfica com ampla variação de clima, solo e altitude. Dentre as espécies da flora da América do Sul, pertencentes ao grupo de aromáticas e medicinais não domesticadas e com potencial para exploração agronômica e industrial podemos destacar a Lippia alba da família Verbenaceae, pela variação química presente nos compostos secundários (quimiótipos). É uma espécie muita conhecida e disseminada no Brasil, pelo uso consagrado pela população, do quimiótipo citral (princípio ativo semelhante ao do capim-limão) na forma de chá calmante e 1 antiespasmódico. Dentre as diversas sinonímias que possui, a mais genérica é ervacidreira ou salva-limão. Pela diversidade quantitativa e qualitativa de tipos de compostos químicos (perfil fitoquímico), presentes nas plantas de Lippia alba (SANTOS-MENDES, 2001), torna-a especialmente promissora para indústrias farmacêutica, de aromas, perfumes e cosméticos, além de uma possível aplicação em indústrias de defensivos, de acordo com suas atividades fungitóxicas, inseticidas e repelentes que estão sendo comprovadas cientificamente (SANTOS, 1996; DWIVEDI & KISHORE, 1990; IBRAHIM et al., 2001). O gênero Lippia foi primeiramente descrito em 1753 por Linnaeu e hoje reúne 200 espécies e três centros de diversidade, sendo o Brasil o maior deles, com 111 espécies (SALIMENA, 2000). É encontrada em solos arenosos e nas margens dos rios, açudes, lagos e lagoas, em regiões de clima tropical, subtropical e temperado (STEFANINI et al., 2002; CORREA et al., 1994). Devido à auto-incompatibilidade (SCHOCKEN, 2007), sua forma predominante de reprodução é por alogamia, com inflorescências roxas a violeta, rosas ou brancas, e segundo CORRÊA (1992), pode florescer o ano todo. O melhoramento genético e sua exploração agronômica serão facilitados por ser de fácil propagação vegetativa (fixando genótipos selecionados), muito rústica, de ampla adaptação (STEFANINI et al., 2002; CORREA et al., 1994), e de rápida colonização. O Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais do Instituto Agronômico de Campinas, SP, tem mantido uma coleção de trabalho de L. alba originado de coletas e introduções desde 1995. A partir deste material foram estudados nos anos de 2005 a 2007 a estabilidade e adaptabilidade de 20 clones pertencentes a cinco quimiótipos (YAMAMOTO, 2006) e características ligadas à forma de reprodução e de botânica (pré-melhoramento) (SCHOCKEN, 2007). Em continuidade aos estudos desenvolvidos com esta espécie, a presente pesquisa foi subdividida em dois tópicos, utilizando-se como modelo o quimiótipo linalol: A) Estudos de novos clones de quimiótipo linalol originados de uma populaçãobase de ampla recombinação genética; B) Estimativas de parâmetros genéticos baseadas em progênies clonais de meios irmãos. 2 Objetivos de A: A1) Avaliar 63 clones linalol, originados de recombinação genética, visando compará-los com os dois melhores clones de coleta (controles) obtidos por YAMAMOTO (2006) e identificar clones recombinantes superiores ou semelhantes a estes; A2) Utilizar análises univariadas (Tukey e Scott & Knott) e multivariadas (agrupamentos e componentes principais) para auxiliar na seleção de melhores clones sob o ponto de vista agronômico e fitoquímico. • Hipótese de A: “É possível gerar variabilidade e encontrar clones recombinantes superiores aos de coleta”. Objetivos de B: B1) Estimar parâmetros genéticos de caracteres legados ao vigor de estacas a partir de três tamanhos efetivos diferentes de progênies clonais de meios irmãos, obtidas de uma população base de recombinação ampla, para conhecimento prévio do seu potencial para o melhoramento genético. • Hipótese de B: “Por ser uma espécie alógama e não melhorada, existe, em potencial, variabilidade genética suficiente na população-base para seleção entre e dentro de progênies de meios irmãos, com vistas à seleção de clones superiores”. 3 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Lippia alba O interesse por plantas aromáticas medicinais, com ações terapêuticas, farmacológicas e com possíveis aplicações nas indústrias de cosmética e perfumaria, com funções comprovadas cientificamente tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos (CARVALHO et al., 2005). A espécie Lippia alba pertence à família Verbenaceae e tem o Brasil como um dos principais países de origem, sendo nativa da Mata Atlântica (BRANDÃO, 2003) reúne cerca de 200 espécies em três centros de diversidade, sendo o Brasil o maior deles, com 111 espécies (SALIMENA, 2000; GUPTA et al., 2001). Apresenta reprodução por alogamia, com inflorescências de flores hermafroditas, porém com autoincompatibilidade (SCHOCKEN, 2007). É de porte arbustivo e compõe a flora de espécies aromáticas e medicinais de vários países da América do Sul. O ciclo é perene com plantas muito ramificadas e com brotações novas eretas que tendem a ficar arqueadas com o crescimento, chegando a tocar o solo, onde normalmente enraízam formando moitas de colônias clonais de 1,5 a 2,0m de altura (SILVA JÚNIOR, 1998). Hoje o seu cultivo abrange também a América Central, Flórida e Texas (PASCUAL et al., 2001). É encontrada em solos arenosos, nas margens dos rios, açudes, lagos e lagoas, em regiões de clima tropical, subtropical e temperado. O elevado número de táxons descritos para o gênero, incluindo espécies e variedades contribuem para dificuldades de classificação botânica do gênero Lippia, cuja taxonomia tem se mostrado bastante confusa seguindo princípios distintos. Segundo SALIMENA (2002b), os primeiros trabalhos taxonômicos para o gênero foram propostos por SCHAUER (1847), que reconheceu cinco seções. Posteriormente, MOLDENKE (1965) propôs duas novas subseções, baseado em diferenças na coloração das brácteas, organização das inflorescências e distribuição geográfica. Mais recentemente, TRONCOSO (1974) considerou 8 seções para o gênero, levando em consideração a morfologia das inflorescências e brácteas e subdividiu o gênero Lippia em Acantholippia Griseb., Aloysia Ort. & Palau, PhylaLour. e Xeroaloysia (SALIMENA 2002b). 4 Popularmente e de acordo com a região de ocorrência, Lippia alba também é denominada de alecrim, alecrim do mato, alecrim do campo, camará, capitão do mato, cidrão, cidreira, cidreira brava, capim cidreira, cidreira crespa, cidreira falsa, cidreira melissa, erva cidreira do campo, erva cidreira brasileira, salva do Brasil, salva limão, cidró, entre outras (MING, 1992; MARTINS et al., 1995; SILVA JÚNIOR, 1998). Devido a essa diversidade de locais onde pode ocorrer e variabilidade fenotípica, é comum encontrar na literatura vários sinônimos para L. alba (Mill.) N. E. Brown, podendo receber o nome de L. germinata, L. microphylla Griseb, L. germinata H.B.K, L. glabriflora Kuntze, L. lantanoides Coult, Lantana alba Mill e Phyla germinata H.B.K. (PASCUAL et al., 2001a). OLIVEIRA et al., (2006) através de analises cromatrograficas do óleo essencial de duas espécies de Lippia (L. alba e L. alba f. intermedia) verificou que as substâncias que compõem os óleos das duas espécies são muito semelhantes, porém ambas possuem diferenças químicas significativas o que permitiu a separação das plantas em espécies diferentes. Em estudos realizados por MOLDENKE (1965) sobre variedades naturais de Lippia alba foram reconhecidas duas variedades botânicas: alba e globoifera. No Brasil, existem estudos que mostram quimiótipos com diferentes compostos associados a características morfológicas, anatômicas, de hábito e farmacológicas (MING, 1992; JULIÃO et al., 2001). A Lippia alba apresenta grande interesse comercial devido às múltiplas propriedades encontradas em seus metabólitos secundários. É considerada uma planta aromática e medicinal (RETANER, 1988; MING, 1992). As substâncias químicas responsáveis pelo efeito terapêutico são o ponto de partida para a síntese de produtos químicos e farmacêuticos. As indústrias de perfumes, cosméticos e alimentícios, visam propriedades presentes nos óleos essenciais, sendo que estes sofrem variação qualitativa e quantitativa de acordo com o ambiente e tratos culturais onde se desenvolve (MADUEÑO BOX, 1973; SHUKLA & FARROQI, 1990; MING, 1992). Por outro lado YAMAMOTO (2006) observou somente variação quantitativa dos compostos presentes nos óleos essenciais de 20 clones. Os principais compostos orgânicos encontrados nos óleos essenciais de Lippia alba são os terpenóides, moléculas de hidrocarbonetos e os flavonóides, sendo os de maior freqüência o citral, a carvona e o linalol (JULIÃO et al., 2001; SANTOSMENDES, 2001). O fato de o metabolismo secundário ser controlado geneticamente 5 (provavelmente poligênico) e estar intimamente associado ao mecanismo de defesa das plantas (fatores bióticos e abióticos), ocorre interação com o ambiente (plasticidade fenotípica) onde se desenvolve, provocando alterações significativas no rendimento e composição de seus óleos essenciais (MING, 1992; YAMAMOTO, 2006). Fato também observado por MADUEÑO BOX (1973) e pôr MAGALHÃES (1986) com relação aos tratos culturais utilizados. Análises feitas por SANTOS-MENDES (2001) sugerem variações químicas entre as diferentes formas de Lippia alba, as quais apresentam origens distintas. Plantas da mesma espécie, cultivadas em diferentes localidades, normalmente possuem os mesmos componentes, mas as percentagens em que estão presentes podem diferir (FONTANEL & TABATA, 1987). Dessa forma, estudos com modelos estatísticos de estabilidade e adaptabilidade fenotípicas devem ser aplicados nos clones experimentais sob seleção (YAMAMOTO 2006). A aplicação terapêutica de Lippia alba inclui, tratamentos de desordens gastrintestinais (HEINRICH et al., 1992), doenças respiratórias (CÁCERES et al., 1991), dores de estômago e de garganta, problemas hepáticos e gastrite, intoxicações em geral (DI STASI et al., 1989), anticonvulsante (BARROS VIANA et al., 2000), fungitóxico (DWIVEDI & KISHORE, 1990; KISHORE & MISHRA, 1991; SANTOS, 1996) e antiviroses (ABAD et al., 1995). Além dessas aplicações, L. alba apresenta também grande interesse para a farmacologia como antimicrobiano, antiviral, citostático e anticonvulsante (MING,1992; PACIORNIK, 1990). Entre os componentes do óleo essencial de L. alba, destaca-se o linalol, um monoterpeno amplamente utilizado na indústria de cosmética e perfumaria (EHLERT, 2003), a exemplo do perfume Chanel n° 5. Na natureza, o linalol ocorre em formas enatiômeras, o que resulta em diferentes formas de sua utilização: D-(+)- linalol, S+(-)+ linalol ou coriandrol com aroma cítrico doce e D-(-)- linalol, S-(-)- linalol ou licareol com aroma de lavanda ou amadeirado (LOZANO et al., 2003; TAVARES 2003). De acordo com SIMÕES & SPITZER (2003), linalol apresenta ação anti-séptica superior ao fenol, e TAVARES (2003) relata as seguintes aplicações: atividade antiinflamatória, analgésica, antifúngica, inseticida e antioxidante (próximo a vitamina E). Contudo, poucas são as pesquisas nessa espécie com esse óleo em relação a estabilidade de produção de biomassa, rendimento e composição do óleo e obtenção de 6 novos materiais oriundos de recombinação genética ao invés de coleta de material (estacas) diretamente na natureza. YAMAMOTO (2006) avaliou oito clones de óleo linalol oriundos de coleta e de bancos de germoplasma e observou diferenças estatísticas entre os materiais para as características avaliadas tanto em termos agronômicos e fitoquímicos. Em Lippia alba, o linalol apresenta-se geralmente em proporções de 77,9% a 81,3%, sendo encontrado também em outras plantas como o pau rosa (Aniba roseodora) extraído da casca com proporção de 54% e no majericão (Ocimum basilicum), variando entre 56,5 a 71,22% (BLANK et al., 2003). 2.2 Óleos Essenciais e Importância Econômica A procura do mercado mundial para produtos de origem natural, em substituição ou adição aos sintéticos, tem aumentado consideravelmente atingindo a ordem de 20-40 bilhões de dólares/ano para os fitoterápicos e de 2,6 a 2,8 bilhões de dólares/ano para os cosméticos (SIMÕES et al., 2000). O mercado nacional de exportação de óleos essenciais (citrus, pau-rosa e eucalipto) é de R$ 3,9 milhões e de fitoterápicos (6% do setor de medicamentos) igual a R$ 400,00 milhões (DE LA CRUZ 2006). As substâncias químicas responsáveis pelo efeito terapêutico das plantas medicinais são o ponto de partida para a síntese de produtos químicos e farmacêuticos movimentando milhões de dólares por ano (SIMÕES et al, 2000). Os óleos essenciais são substancias voláteis de cadeia carbônica curta, caracterizados por possuírem geralmente um aroma agradável. A maioria dos princípios ativos são encontrados nas plantas devido ao metabolismo secundário. São secretados geralmente pelos tricomas foliares tipos capitados, tector e por células do parênquima (CASTRO, 2001; SANTOS-MENDES 2001). Os óleos essenciais são uma mistura complexa de classes de substâncias, como por exemplo, os fenilpropanóides, mono e sesquiterpenos (SANTOS-MENDES, 2001). O estudo dessas substâncias, principalmente como se comportam quando submetidos a pressões de seleção, é importante para assegurar a produção dos mesmos em quantidade e qualidade uniformes (MACIEL et al., 2004). Entre esses terpenos, o linalol, 1,8-cineol, carvona, limoneno, mirceno, cariofileno, cânfora, germacreno e citral ocorrem com maior freqüência em várias espécies aromáticas (MATOS et al., 1996; JULIÃO et al., 2001). 7 A produção de metabólitos secundários é o resultado de complexas interações entre biossíntese, transporte, estocagem e degradação, (WINK, 1990). Cada um desses processos, por sua vez, é governado por genes e, portanto, influenciado por três fatores principais: hereditariedade, ontogenia e ambiente, (ROBERTS, 1996). Os óleos essenciais encontram-se em diferentes partes nas plantas e em complexa combinação das substâncias, de modo que a mesma se complementam e podem reforçar a ação desses sobre o vegetal (BARRACA, 1999). A medicina natural mais popular utiliza comumente a substância ativa como uma mistura de compostos químicos e não de forma isolada. A espécie L. alba é amplamente utilizada na medicina popular, devido ao fato de possuir diferentes constituintes em seu óleo essencial, os quais apresentam várias propriedades farmacológias, sendo uma espécie promissora para as indústrias de aromas e fragrâncias, farmacêuticas, alimentícias e de produtos agrícolas de acordo com as suas propriedades repelentes, inseticidas e fungitóxicas (MING, 1992; SANTO MENDES, 2001). Diante dessa riqueza de compostos e aplicações, torna-se importante realizar pesquisas para obtenção de genótipos superiores com boa produção de biomassa, rendimento de óleo e estabilidade na composição química dos mesmos. 2.3 Pré-Melhoramento e Melhoramento Genético em Lippia alba Especificamente para a espécie L. alba, não existem na literatura trabalhos envolvendo o melhoramento genético para caracteres de produção de biomassa e rendimento e qualidade de óleos essenciais, bem como de estabilidade e adaptabilidade fenotípica. Recentemente, YAMAMOTO (2006), estudou a estabilidade de 20 clones de Lippia alba em seis ambientes. Por outro lado há vários trabalhos relacionados com o cultivo e manejo de clones oriundos de coletas e caracterização citogenética de L. alba, o que vem a contribuir para uma etapa de pré-melhoramento da espécie. Estas informações são de utilidade para o melhorista quanto às estratégias de seleção a serem utilizadas para a espécie. Dentro então do contexto de pré-melhoramento, SANTOS & INNECCO (2004) avaliaram o efeito da adubação e altura de corte em L. alba quimiótipo limoneno carvona, avaliando a resposta das plantas para produção de biomassa seca e rendimento 8 de óleo essencial. Estes autores concluíram que a adubação não influenciou significativamente a produção de biomassa e do óleo, porém, a colheita realizada quando as plantas atingiam 45cm de altura promoveram os maiores resultados de massa seca foliar. Os maiores índices de rendimento foram observados nas colheitas de 30 e 45 cm de altura das plantas. BARBOSA et al., (2006) avaliando diferentes períodos de secagem com variação na temperatura e circulação forçada do ar verificaram que houve redução de 12 a 17% no teor do óleo essencial em relação à matéria fresca, devido à perda de óleo durante a secagem por volatilização. O mesmo autor relata ainda que o teor de citral aumentou em 6,89% quando obtido a partir de folhas secas (de 40 a 80°C). Quanto a sazonalidade, SANTOS & INNECCO (2003), avaliando diferentes períodos de secagem de folhas de L. alba quimiótipo limoneno carvona, verificaram que, o rendimento de óleo essencial foi significativamente maior no período da seca em relação ao período de chuvas. Observaram também que após a colheita, as folhas devem ser secas por quatro dias em secador natural obtendo-se assim os melhores rendimentos para esse quimiótipo. No manejo, MING (1992) estudando os efeitos da adubação orgânica em L. alba, verificou um aumento na produção de biomassa de acordo com níveis de incorporação e uma relação inversa quanto aos teores de óleos essenciais. VENTRELLA (1998) verificou que folhas mais jovens de L. alba produzem significativamente mais óleo em relação às folhas mais velhas, sugerindo uma estreita relação inversa com a idade da folha e produção de óleo e não somente com as estruturas secretores e quantidade de tecidos. BRANDÃO (2003), em estudos citogenéticos comparativos entre os gêneros Lippia, Lantana e Aloysia, conclui que Lippia alba é espécie diplóide que apresenta 2n=30. Por outro lado, PIERRE (2004), ao estudar o cariótipo de três quimiótipos de L. alba (citral, carvona e linalol), observou que estes apresentam diferenças em relação ao número e morfologia dos cromossomos. Constatou que o quimiótipo citral apresenta 2n=30 cromossomos, ao passo que o quimiótipo carvona, tem número cromossômico de 2n=60, inferindo que este poderia ser um autopoliplóide do quimiótipo citral. Com relação ao quimiótipo linalol, observou também que ocorre uma grande variação numérica dentro dos próprios indivíduos, 2n=12 a 2n=60, tratando-se, portanto, de um quimiótipo mixoplóide. 9 No Brasil, a maior parte das plantas aromáticas e medicinais encontra-se ainda não domesticada, a exemplo de L alba. O seu potencial agrícola reside nas facilidades agronômicas que apresenta, tais como: rusticidade, plasticidade fenotípica, propagação vegetativa (o que assegura uniformidade no campo) e adaptação a várias condições edafoclimáticas. Em termos de melhoramento genético as facilidades inerentes à espécie são: existência de variabilidade genética disponível para fins de seleção tendo em vista a diversidade de características fenotípicas observadas nos clones de vários quimiótipos (YAMAMOTO, 2006; SCHOCKEN, 2007), fixação de genótipos superiores pela propagação vegetativa bem como a reprodução por alogamia com presença de autoincompatiblidade (eliminando o processo de emasculação para hibridações). Desta maneira, para implantação de um programa de melhoramento genético desta espécie, é fundamental o conhecimento dos níveis e da distribuição da variabilidade genética entre e dentro de populações para caracteres agronômicos e fitoquímicos, herdabilidades e a presença de correlações entre os caracteres. De fundamental importância é conhecer, portanto, a biologia da reprodução da espécie a ser trabalhada e os centros de diversidade (SEBBENN et al., 2000). 2.3.1 Estimativas de parâmetros genéticos e correlações A estrutura genética de uma população é função da variabilidade genética provocada pelos efeitos gênicos (intra e intergênicos) presentes nos indivíduos e nas condições de ambiente onde ocorrem. Os caracteres fenotípicos resultantes de uma população natural (per se) ou oriunda de cruzamentos são objetos de estudos dentro de um programa de melhoramento genético para seleção de materiais superiores. Torna-se, necessário, portanto, dimensionar as magnitudes das variâncias de origem genética versus aquelas devido ao ambiente para se estimar adequadamente o potencial da população em resposta à seleção (FALCONER, 1987; MIRANDA FILHO, 1982). O sucesso da seleção baseada no fenótipo de indivíduos de uma dada geração é função do grau de associação da variância genética destes com a variância genética da geração subseqüente, que na verdade é expressa pela herdabilidade (FALCONER, 1987). O ganho genético depende, portanto, da herdabilidade do caráter sob seleção e da intensidade de seleção praticada, bem como do controle do ambiente. Quanto maior o nível de expressão da variabilidade genética em relação ao ambiente e, mais ainda, se a 10 proporção desta variabilidade genética for devido na sua maior parte a efeitos aditivos, maiores serão os ganhos estimados para a geração seguinte (MIRANDA FILHO, et al., 1982). Os delineamentos estatísticos com fontes de variação de tratamentos utilizandose, por exemplo, diferentes tipos de progênies (meios irmãos, irmãos germanos ou autofecundação), permitem estimar as variâncias devidas a diversidade genética entre e dentro de progênies e com isso estimar os diversos parâmetros genéticos como forma de predição de ganhos genéticos ciclo a ciclo. Os diversos parâmetros estimados mediante as variâncias mencionadas, geralmente são os seguintes: coeficiente de variação genética (CVG%), coeficiente de variação ambiental (CVE), valor b= CVG/CVE, herdabilidade no sentido amplo e sentido restrito, ganhos genéticos absolutos e relativos, correlações fenotípica, genética aditiva e ambiental (BUSO, 1978; MIRANDA et al., 1988; SIQUEIRA et al., 1993, 1994). A estimação de componentes da variância genética de uma população é de fundamental importância para a avaliação de seu potencial para o melhoramento e para auxiliar na escolha do método de seleção a ser utilizado (HALLAUER & MIRANDA FILHO, 1981). Dentre os vários métodos utilizados no melhoramento genético, o método de seleção entre e dentro de famílias ou de progênies de meios irmãos em espécie de ampla variabilidade (baixo índice de domesticação) é o que tem mostrado melhores resultados, não requerendo polinizações manuais sendo de execução rápida e pouco dispendiosa (LONNQUIST, 1964). No presente estudo, a Lippia alba possui flores pequenas dispostas ao longo de uma inflorescência (tipo glomérulo) e apresenta autoincompatibilidade (SCHOCKEN, 2007), facilitando sobremaneira a obtenção de progênies de meios irmãos (polinização aberta). Para características quantitativas, os efeitos do ambiente são mais influentes para o fenótipo final dos indivíduos, resultando em menores valores de herdabilidade. Dentro deste contexto, ainda não se conhecem os valores de herdabilidade para característica de rendimento de óleos essenciais bem como dos constituintes presentes na maioria das espécies aromáticas e medicinais. Os caracteres de maior importância para seleção por parte dos melhoristas em espécies aromáticas são relacionados aos aspectos de produção de biomassa, rendimento de óleos essenciais dentre outros (MONTARI JR., 2005). Os métodos de seleção usualmente empregados no melhoramento de populações alógamas, são perfeitamente aplicáveis em Lippia alba. Adiciona-se ainda, o fato da seleção do produto final ser 11 praticada para a parte vegetativa (biomassa), ou seja, em ambos os sexos, permitindo uma maior exploração da variabilidade genética aditiva VENCOVSKY (1978). A variabilidade genética de populações pode ser quantificada e estudada através do emprego de progênies ou famílias. Estas progênies variam entre si na forma de obtenção, proporção e tipo de variabilidade genética liberada entre e dentro das mesmas, grau de dificuldade na sua obtenção e quanto ao tamanho efetivo que representam. Dentre as progênies utilizadas em programas de melhoramento genético de populações, a de meios-irmãos tem despertado maior interesse dos melhoritas pela sua facilidade de obtenção e manuseio, além de permitir maior nível de recombinação em relação às demais progênies, para o mesmo número de indivíduos selecionados. O estudo sobre a estrutura genética de populações alógamas através de estimativas de parâmetros genéticos e correlações, obtidas por esperanças matemáticas da análise de variância e de covariância, com base em progênies de meios-irmãos, são conhecidos na literatura para várias culturas como: cebola (CANDEIA et al., 1986), couve-flor (BUSO et al., 1980; BALDINI et al.,1985) brócolis (DIAS et al., 1971; VELLO, 1977), cenoura, (SIQUEIRA et al 1994), Pfaffia glomerata (MONTANARI JR., 2005). Entretanto, não há trabalhos na literatura que dizem respeito às estimativas de parâmetros genéticos e correlações em Lippia alba. A seleção massal dentro de populações “per se” ou oriundas de cruzamentos, tem se mostrado favorável no melhoramento genético desta espécie (YAMAMOTO, 2006). Este tipo de seleção também é eficiente para outras espécies alógamas, principalmente, quando os caracteres fenotípicos possuem alta herdabilidade e adequada variabilidade genética aditiva (ALLARD, 1971; PATERNIANI, 1968). A determinação de parâmetros genéticos em populações é necessária para obter informações sobre a natureza da ação dos genes envolvidos na herança dos caracteres sob investigação e estabelecer a base para a escolha dos métodos aplicáveis à população (COCKERHAM, 1956). HALLAUER & MIRANDA FILHO (1981) enfatizam que a estimativa do progresso esperado por seleção constitui uma das mais importantes contribuições da genética quantitativa para o melhoramento de plantas e animais. Por meio da resposta à seleção, pode-se avaliar se uma dada população é adequada aos propósitos de melhoramento, e comparar os diferentes métodos de seleção mantendo-se constante o tamanho efetivo da amostra selecionada. Assim, as variâncias aditivas e de dominância, a herdabilidade e as correlações genéticas estão, dentre os parâmetros genéticos, como os mais importantes para a escolha da população base e do método de 12 seleção mais adequado (LORDÊLO, 1982). A variância aditiva, por exemplo, permite conhecer a variabilidade genética aproveitável na seleção, bem como estimar o progresso esperado com o ciclo de seleção. 2.3.2 Estimativas de correlações genética aditiva, fenotípica e de ambiente Segundo FALCONER (1981), o sucesso da seleção depende, basicamente, do grau de correspondência entre o valor fenotípico e o valor genético apresentado pelo caráter métrico nas circunstâncias do ambiente e da população onde o mesmo foi avaliado. Este grau de correspondência reflete em termos práticos, a herdabilidade do caráter analisado. Para o melhorista, o mais importante é a existência de variabilidade genética aditiva que é expressa em forma de variância, e a magnitude desta, em relação à variância fenotípica total. Existem diversos fatores atuando contra ou a favor das forças seletivas, quando se deseja alterar as freqüências gênicas de uma determinada população. Segundo PATERNIANI & MIRANDA FILHO (1978), dentre estes fatores podem ser mencionados: a variabilidade presente na população original, que por sua vez é conseqüência da freqüência gênica original, o método de seleção adotado, o tamanho efetivo da população, a técnica e a precisão experimental da avaliação dos genótipos, a influência do ambiente, a interação com o ambiente (locais e anos), os efeitos pleiotrópicos, as correlações fenotípicas, genotípicas e de ambiente, entre outras. As estimativas de correlações fenotípicas e genotípicas entre caracteres são úteis no planejamento e na avaliação de programas de melhoramento. O conhecimento de correlações que existem entre importantes caracteres pode facilitar a interpretação dos resultados e prover a base para o planejamento de programas mais eficientes no futuro (JOHNSON et al.,1955). Caso as correlações genotípicas entre caracteres importantes e aqueles de menor importância econômica sejam de alta magnitude, estes poderão ser úteis em trabalhos com seleção indireta que visam à melhoria dos primeiros. A correlação fenotípica é estimada diretamente de medidas fenotípicas, sendo resultante, portanto, de causas genéticas e ambientais. Apenas a correlação genotípica, que corresponde à porção genética da correlação fenotípica, é empregada para orientar programas de melhoramento, por ser a única de natureza herdável. A correlação fenotípica mede o grau de associação de dois caracteres provenientes dos efeitos 13 genéticos e ambientais, sendo este o principal responsável pela correlação de caracteres de baixa herdabilidade FALCONER, (1987); FERREIRA et al., (2003). Já a correlação genética é responsável pela fração herdável dos genitores em relação à progênie e segundo COIMBRA et al., (2000), é causada, principalmente, pela pleiotropia. Se dois caracteres apresentam correlação genética significativa, é possível obter ganhos para um deles por meio da seleção indireta. Em alguns casos, a seleção indireta, com base na resposta correlacionada, pode levar a progressos mais rápidos do que a seleção direta do caráter desejado CRUZ & REGAZZI, (1997). 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Material Vegetal 3.1.1 Breve histórico da obtenção de uma população de Lippia alba de ampla base genética Infrutescências de oito genótipos pertencentes ao quimiótipo linalol (IAC-1 a IAC-8), foram colhidas separadamente em 06/10/2005, em experimento instalado por YAMAMOTO (2006), no Pólo Regional de Desenvolvimento do Leste Paulista, município de Monte Alegre do Sul, SP/APTA. Este experimento continha 20 clones pertencendo a cinco quimiótipos, sendo eles, linalol (oito genótipos), mirceno/cânfora (três), limoneno/carvona (quatro), citral (quatro) e mirceno (um). Desta forma, como a Lippia alba é auto-incompatível, portanto, de polinização cruzada, houve recombinação entre os vários quimiótipos. Para obtenção das progênies de meios irmãos, os frutos foram colhidos somente nas plantas dos oito clones linalol (IAC 1 a IAC 8). Os frutos tipo seco, denominado de esquizocarpo, foram retirados cuidadosamente das infrutescências em laboratório. Cada fruto, medindo cerca de 3,0mm, é constituído de dois mericarpos contendo uma semente cada medindo cerca de 0,4mm (SCHOCKEN, 2007). Como as sementes são de reduzido tamanho e ficam presas no interior dos mericarpos, sua retirada em grande quantidade é inviável. Portanto, optou-se por colocar os frutos diretamente em bandejas de isopor de 64 células com 12 cm de altura para obtenção de plântulas. O substrato utilizado foi o orgânico HT, próprio para hortaliças. Doravante, neste trabalho, quando se fizer referência às sementes de Lippia alba, estará 14 implícita que se trata de frutos ou frutos-semente. Foram semeadas 8.000 sementes colhidas nos quimiótipos linalol. A germinação foi irregular e em níveis muito baixo, ao redor de 3,0% (~300 plântulas em quatro meses após a semeadura). Após a germinação, as plântulas foram transplantadas em janeiro de 2006, para vasos de 30L com novo substrato na proporção de 2:1:1, respectivamente, de terra argilosa, areia e substrato HT. Após a manutenção das plantas em condições de sombreamento para desenvolvimento inicial, essas foram transferidas para local definitivo (figura 1 a) em 17/07/2006, com sistema automático de irrigação por gotejo, constituindo-se na população-base ou de trabalho do melhorista (figura 1 b), oriunda de recombinação, ao acaso, de cinco quimiótipos, com diferentes características morfoagronômicas e fitoquímicas (YAMAMOTO, 2006). a b Figura 1 - População-base recombinante (296 plantas) extremamente variável para seleção de novos clones experimentais e também para obtenção de progênies de meios irmãos; a) vista geral do campo onde a população foi instalada e b) detalhe da irrigação por gotejo e identificação individual das plantas. 15 3.2 Métodos 3.2.1 Identificação de plantas de quimiótipo linalol na população-base para experimentação de novos clones Nas 296 plantas da população-base recombinante, foram identificadas olfativamente, por três pessoas, 88 plantas de quimiótipo linalol (29,7%). Foi feita uma triagem preliminar nestas 88 plantas linalol para características fenotípicas contrastantes (figura 2 a), tais como tamanho e coloração de folha, comprimento de internódio, hábito de crescimento, e outras que resultou na seleção final de 63 plantas que foram clonadas por estacas (clones) para serem avaliados em experimentos em condições de campo (figura 2 b). b a Figura 2 – Características contrastantes entre os clones linalol selecionados; a) vista geral da variabilidade apresentada na população base e b) detalhe do contraste para tamanho, forma e coloração de folhas. Estacas lenhosas e semilenhosas destes materiais com 15 a 20cm de comprimento e quatro nós (duas gemas laterais e opostas por nó, figura 3 a e b) foram coletadas na população-base em 03/02/2007 e acondicionadas em frascos de vidro (200mL) contendo água para emissão de raízes e brotos (figura 3 c e d). De cada planta foram obtidas pelo menos quarenta estacas para instalação de três experimentos em campo. Após a constatação visual de enraizamento nos frascos, as estacas das 65 plantas foram transferidas em 22/02/2007 para vasos plásticos de 5L contendo substrato HT e mantidas em casa de vegetação para crescimento até a instalação dos experimentos (figura 3 e e f). 16 a b c d e f Figura 3 – Coleta e clonagem dos 63 novos clones linalol para avaliação nos três experimentos, a) coleta de ramos das plantas selecionadas, b) preparo das estacas, c) vista geral da brotação e enraizamento das estacas, d) detalhe do enraizamento, e) e f) vista geral dos clones estabelecidos e prontos para o plantio. 3.2.2 Obtenção das progênies clonais de meios-irmãos de plantas de quimiótipo linalol da população-base Após o estabelecimento das plantas da população-base em local definitivo, conforme descrito no item 3.1.1, infrutescências (glomérulo) com maturação completa, de cor palha e secas, foram colhidas ao acaso de plantas de quimiótipo linalol, durante 17 todo o mês de novembro de 2006. Em função da germinação baixa e irregular desta espécie, conforme já salientado anteriormente, foram colhidas infrutescências das plantas em plena produção, assegurando a obtenção de progênies com suficiente número de plântulas de quimiótipo linalol. É importante reforçar que o presente estudo é focado somente no quimiótipo linalol, numa espécie não domesticada, como modelo para avaliação do potencial da constituição genotípica de uma população para o melhoramento genético visando à seleção de indivíduos superiores do ponto de vista agronômico e fitoquímico. Inexistem trabalhos científicos publicados desta natureza para a Lippia alba, no Brasil e demais países. As infrutescências foram então coletadas, identificadas e acondicionadas em sacos de papel para posterior retirada das sementes. Estas foram extraídas manualmente das infrutescências e com peneiras de malha fina que retinham as sementes, foram limpas de palhas e outros materiais com auxílio de um ventilador manual. Em seguida, foram acondicionadas em saquinhos plásticos, identificados e mantidos em ambiente até a semeadura (figura 4 a). Como as sementes da Lippia alba apresentam dormência, foi adotado o método desenvolvido por SCHOCKEN (2007) com adaptações, que consistiu em submetê-las a um período de sete dias em geladeira à temperatura de 5 a 7ºC. A adaptação desse protocolo consistiu no tratamento prévio das sementes durante 2.5 minutos em cloro ativo para desinfestação e escarificação antes da semeadura (figura 4 b e c). Após este tratamento, feito em 13/03/2007, as sementes foram lavadas em água corrente e colocadas em pratos plásticos contendo uma mistura 1:1 de areia e substrato HT, respectivamente. A rega foi feita três vezes ao dia por sistema de irrigação por nebulização em casa-de-vegetação, aumentando-se a freqüência sempre que necessário. Após a germinação, e ao longo do tempo (figura 4 d e e), as plantas que atingiam estádio de, no mínimo quatro pares de folhas (~10cm de altura), passaram pelo teste olfativo para identificação prévia de plântulas linalol e que estivessem em estádios semelhantes para comporem as parcelas dos tratamentos de pelo menos bloco a bloco para evitar heterogeneidade entre tratamentos. De 80 progênies de plantas linalol originadas da população-base para germinação posterior, apenas 23 delas produziram número suficiente de plântulas (ao redor de 20 que foram de quimiótipo linalol), num universo total de 80 a 90 plântulas de outros quimiótipos. 18 a b c d e f g h 19 i Figura 4 – Obtenção das progênies de meios-irmãos, a) frutos-sementes de Lippia alba após retirada das infrutescências, b) tratamento prévio com cloro ativo, c) frutos sementes após tratamento, prontos para semeadura, d) início da germinação onde notase diferenças na germinação entre as progênies, e) detalhe do contraste da germinação entre as progênies, f) transplante das plântulas obtidas para bandejas, visando desenvolvimento e posterior identificação olfativa dos indivíduos linalol, g) transplante de plântulas identificadas como linalol para vasos individuais, h) vista geral da bancada com todas as progênies selecionadas e i) detalhe do desenvolvimento das plantas. Como foi constatado que seria impossível conseguir as progênies somente de plantas linalol, num mesmo estádio de desenvolvimento e período para implantação dos experimentos, optou-se por conduzir as plântulas em forma de matrizeiro em condições de campo para retirada posterior de estacas para se constituírem em progênies clonais de meios irmãos. As plantas linalol identificadas de cada uma das 23 progênies foram então conduzidas, inicialmente em casa-de-vegetação em bandejas (figura 4 f) e posteriormente em pequenos vasos fora da casa-de-vegetação para completar o desenvolvimento até o transplante definitivo para o campo (figura 4 g-i). Em 27/07/2007 as progênies com pelo menos 20 plantas cada uma foram plantadas em local definitivo (matrizeiro) para desenvolvimento e produção posterior de estacas (figura 5 a) de cada planta descendente meia-irmã para utilização nos experimentos. No matrizeiro, o espaçamento adotado entre progênies e entre plantas foi de 0,70 x 0,40, sendo a irrigação feita regularmente na medida da necessidade por um sistema de gotejamento por fitas com gotejadores a cada 30cm de vazão de 2,4 L.h-1 (figura 5 b). No matrizeiro, foram realizadas duas pulverizações preventivas mensais (12/04/2007 e 21/05/2007) contra pragas e ferrugem das folhas (os defensivos utilizados foram Milbectina, Deltametrina, Tebuconazole e Chlorotalonil, respectivamente) e uma pulverização (31/05/2007) com adubo foliar 12-6-6 usando-se 5ml/L. 20 Vale salientar que com este modo de compor cada progênie de meios irmãos com clones de cada uma das respectivas plântulas e sendo sempre os mesmos clones para cada repetição dentro e entre experimentos impõem-se de forma inequívoca, que a constituição genotípica de cada tratamento é realmente uniforme e as diferenças ou desvios encontrados são de natureza ambiental. Quando se tem progênie de sementes e, dependendo do tamanho efetivo de parcelas, não se pode assegurar que exista uniformidade genotípica entre parcelas do mesmo tratamento, sendo mais uma fonte de erro experimental. No caso de clones os desvios entre parcelas de repetições diferentes da mesma progênie, serão causados por efeitos inerentes às estacas, tais como diâmetro, tamanho, posição na planta-mãe, estádio fisiológico, etc. Neste estudo, portanto, procurou-se uniformizar dentro do possível às estacas, sendo utilizadas aquelas de espessura o mais semelhante possível e com um nó abaixo do substrato para enraizamento e um nó acima para brotação. Para complementar as 23 progênies obtidas da população-base foram também coletadas progênies (28/04/2007) de oito clones linalol (IAC 1, IAC 2, IAC 4, IAC 5, IAC 6, IAC 7, IAC 8) estudados por YAMAMOTO (2006) O clone IAC 3 apresentou baixa e desuniformidade de germinação sendo excluído. Os descendentes linalol foram igualmente clonados conforme descrito anteriormente, totalizando, portanto, 30 progênies de clones meios irmãos, mantidos em matrizeiro no campo, que doravante, neste trabalho, serão referidas simplesmente como progênies de meios irmãos. Em 11/12/2007 cerca de 20 estacas com dois nós foram coletadas de cada planta do matrizeiro (figura 5 c) e colocadas em bandejas plásticas para enraizamento e crescimento (figura 5 d). As bandejas foram mantidas em casa de vegetação, com regas freqüentes, sendo as plantas adubadas três vezes até o pegamento das estacas (figura 5 e e f). 21 a b c d e f Figura 5 – Instalação do matrizeiro e clonagem por estaquia das plantas das progênies, a) disposição das plantas de cada progênie no matrizeiro, b) vista geral após o plantio, c) campo de estacas de progênies com plantas desenvolvidas, d) bandejas com estacas de plantas de cada progênie, oriundas do matrizeiro, com dois pares de gemas laterais, um para enraizamento e o segundo par para emissão de brotos, e) vista geral após o estabelecimento das estacas e f) detalhe do desenvolvimento dos clones das progênies; nota-se variabilidade morfológica entre as progênies. 3.2.3 Instalação dos experimentos de novos clones linalol obtidos na populaçãobase Partindo-se dos 63 novos clones linalol e mais duas testemunhas selecionadas por YAMAMOTO (2006), IAC 2 e IAC 8, ambos também de quimiótipo linalol, foram instalados três experimentos de avaliação de desempenho agronômico e fitoquímico, sendo dois no Centro Experimental de Campinas e um em Monte Alegre do Sul. 22 O modelo experimental adotado para todos os experimentos foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram utilizadas estacas enraizadas e brotadas (figura 6 a), obtidas conforme detalhado no item 3.2, com tamanho padronizado de quatro segmentos nodais (figura 6 b e c). No primeiro experimento instalado em 06/03/2007 no Centro Experimental de Campinas (CEC)/IAC, em área próxima à unidade de Entomologia (figura 7 a e b), foram utilizadas quatro plantas (estacas) por parcela no espaçamento de 1,0m entre linhas e 0,4m entre plantas.As características foram avaliadas nas duas plantas centrais. b a c Figura 6 – Padronização de estacas para compor os tratamentos dos experimentos; a) retirada das mudas após desenvolvimento, b) padronização e seleção das estacas para comporem os blocos experimentais e c) vista geral das estacas para padronização. A irrigação foi feita por gotejo e vazão de 2,4 L.h-1. Nos demais experimentos, em área pertencente ao Centro de P&D de Horticultura (figura 7 c e d) localizado também no CEC (17/05/2007) e no Pólo Regional do Sudeste Paulista (figura 7 e e f), município de Monte Alegre do Sul (02/06/2007), foram utilizadas duas plantas (estacas) por parcela, no espaçamento de 1,0 x 0,85m. Colheram-se as duas plantas de cada parcela, para avaliação das características tendo sido utilizadas médias por planta para análises. 23 a b c d e f Figura 7 – Vista geral dos três experimentos; a) e b) primeiro experimento de Campinas (Ep 1), c) e d) segundo experimento de Campinas (Ep 2), e) e f) terceiro experimento (Ep 3). A irrigação foi feita por gotejo com vazão de 2,4 L.h-1. Cada experimento totalizou 260 parcelas dispostas ao acaso nos blocos e os replantes das parcelas com falhas foram feitos com clones mantidos em casa de vegetação desde o plantio dos experimentos, ou seja, em mesmo estádio de desenvolvimento. Após o estabelecimento das plantas no campo experimental, foram coletadas amostras de solo a 0,30m para análises da sua composição (anexo 1). A adubação foi realizada após a primeira colheita de cada experimento e de acordo com as necessidades indicadas pela análise de solo. Em geral, o solo do segundo experimento de Campinas (área do Centro de Horticultura 24 do IAC) apresentou-se mais fértil, devido às culturas anteriores nele estabelecidas. Os dados climáticos e de localidade dos experimentos são dados no anexo 2. 3.2.4 Características avaliadas na seleção dos novos clones linalol derivados da população-base Durante o crescimento das plantas dos dois experimentos de Campinas, procurou-se tutorar as plantas mais desenvolvidas para que não atingissem o solo e provocassem enraizamentos de nós em contato com o solo (figura 8 a), o que acarretaria dificuldades na colheita e aumento de erro experimental pela formação de touceiras de plantas. Procurou-se fazer a colheita de parte aérea (todos os ramos das duas plantas por parcela), em todos os experimentos antes da observação visual de competição entre as plantas (“fechamento”, figura 8 b). b a Figura 8 – Vista geral do tutoramento realizado nas plantas dos experimentos, evitando o enraizamento dos ramos ao tocarem o solo; a) início do desenvolvimento das plantas e tutoramento e b) plantas no estádio de colheita. Por ocasião do desenvolvimento das plantas foram avaliadas diversas características de parte aérea e posteriormente de fitoquímica no Laboratório. As características avaliadas foram: a) Área Foliar Média em cm2 (AF) - foram amostradas dez folhas de quatro ramos de 0,70m. Estas foram avaliadas em medidor “Área Meter” (Lincor Inc., Lincon, Nebrasca, US), modelo LICOR LI-3000 (QUEIROGA et al., 2003) para obtenção da 25 área foliar média em cm2. As avaliações foram feitas em 03/09 e 05/09/2007 para os blocos I e II e 18/09/2007 para os blocos III e IV respectivamente, no primeiro experimento de Campinas (Entomologia). No segundo experimento de Campinas (Hortaliças), as avaliações foram realizadas nos dias 23/11/2007 para os blocos I e II e 26/11/2007 para os blocos III e IV. As avaliações do terceiro experimento (Monte Alegre do Sul) foram realizadas em 26/11/2007 para os blocos I, II e III e 14/12/2007 para o bloco IV. Em todas as avaliações, as folhas foram herbarizadas para posterior leitura no medidor “Área Meter”. b) Número Médio de Folhas (NF) - para obtenção do número médio de folhas, foram utilizados os quatro ramos de 70cm, (dois de cada planta avaliada nos experimentos). Foram contadas todas as folhas desprezando-se o ápice (7,0cm). As avaliações foram feitas bloco a bloco nos três experimentos entre os meses de julho a outubro de2007. c) Comprimento Médio de Internódio em cm (CI) - esta característica foi obtida dividindo-se o comprimento total de ramos avaliados pelo número de nós (total de folhas no ramo de 70,0cm/2). d) Massa Fresca Total (MFT) e Massa Fresca de Folhas (MFF) em g.Pl-1 - duas plantas de cada parcela foram colhidas em todos os experimentos a uma distância de 0,10m do solo. Os ramos foram cortados com tesoura de poda e acondicionados em sacos plásticos previamente identificados com o número da parcela e levados ao laboratório para pesagem de toda a parte aérea (ramos, folhas, infrutescências, etc) obtendo-se MFT (figura 9 a). Como eram muitos tratamentos e características a serem avaliados, optou-se, por colher bloco a bloco em cada experimento de forma que as variações de ambiente dentro deles fossem minimizadas. As diferenças ou desvios entre mesmos tratamentos de blocos diferentes causariam variâncias de blocos, não refletindo no resíduo das análises de variância. Desta maneira, as colheitas de parte aérea foram realizadas em 01/08, 08/08, 19/08 e 21/08/2007 para os blocos I, II, III e IV respectivamente no primeiro experimento, em 24/09, 15/10, 19/10 e 29/10/2007 para os blocos I, II, III e IV respectivamente no segundo experimento e em Monte Alegre do Sul, em 05/11 para os blocos I e II, 19/11 e 26/11/2007 para os blocos III e IV respectivamente. Logo após a pesagem da massa fresca total, as folhas dos ramos foram retiradas manualmente (figura 9 b) e, acondicionadas em sacos plásticos para pesagem posterior 26 (figura 9 c). As pesagens de MFF, nos três experimentos, foram feitas durante o período de 02 de agosto a 27 de novembro de 2007. e) Massa Seca Total (MST) e Massa Seca de Folhas (MSF) em g.Pl-1 - após a separação cuidadosa das folhas de todos os ramos colhidos nas duas plantas da parcela, foram distribuídas em jornal em salas em temperatura ambiente para secagem gradativa (figura 9 d) e mantidas em local seco e arejado até a extração do óleo essencial e obtenção do rendimento (SANTOS & INNECCO, 2003). As folhas secas foram pesadas e o valor obtido foi dividido por dois para obter MSF por planta. A soma de MSF com a massa seca restante por planta forneceu o caráter MST (Figura 9 d-f). f) Relação Massa Fresca de Folhas / Massa Fresca Total - (MFF/MFT) e Relação Massa Seca de Folhas / Massa Seca Total (MSF/MST), em % - esta razão reflete simplesmente a eficiência ou taxa de produção foliar em cada clone testado, antes e após secagem, podendo ser um caráter que diferencie os clones com maior precisão experimental. a c b d 27 e f Figura 9 – Colheita dos experimentos; a) colheita das duas plantas por parcela, b) separação das folhas dos ramos, c) massa fresca de folhas d) vista geral da sala de secagem das folhas, e) secagem dos ramos para obtenção da massa seca após a retirada das folhas e f) detalhes dos ramos após a retirada das folhas. g) Número Médio de Brotos (NB) por Planta - por ocasião da colheita da parte aérea nas parcelas, foi realizada a contagem do número de ramos (>15cm) produzidos por planta. h) Características de Massa por Ramo: Todas as características que envolveram a obtenção da massa em g por planta foram divididas pelo respectivo número de brotos obtendo-se MFT/BR, MST/BR/ MFF/BR e MSF/BR. Como trabalhos anteriores com Lippia alba (YAMAMOTO, 2006) envolvendo massas de folhas por planta ou parcela têm mostrado variâncias residuais elevadas (>CVE%), sugeriu-se a divisão pelo número de brotos como tentativa de melhoria da precisão experimental ou normalização dos mesmos. i) Rendimento de Óleo Essencial (RD) em % - após a secagem e pesagem das folhas sob temperatura ambiente (SANTOS & INNECCO, 2003) foi realizada uma seleção dos materiais mais produtivos, pois seria necessário exclusividade no uso dos aparelhos no laboratório de Fitoquímica e um prazo muito longo para hidrodestilação e determinação do rendimento de todos os 65 clones somados ainda com as repetições e experimentos. Baseado em um critério arbitrário de um valor mínimo de massa obtida por parcela de 20 g.parcela-1 (lembrete: MSF é média de planta) recomendado na prática para hidrodestilação em Clevenger de balão volumétrico de 2L, selecionaram-se 30 clones, sendo 28 da população-base e os dois controles IAC 2 e IAC 8. O primeiro experimento de Campinas, SP, foi o referencial para encontrar este valor mínimo pois foi o que atingiu as menores produções de biomassa em relação aos outros dois 28 experimentos. As folhas secas foram maceradas e colocadas em balões de 2000ml contendo 1000ml de água destilada (figura 10 a) e a extração foi realizada durante 1 hora e 30 minutos a contar do inicio da fervura dos balões (figura 10 b, c e f). Após esse período, o óleo essencial foi coletado em frascos de vidro (figura 10 d e e), previamente pesados, com tampa do tipo batoque e acondicionados em freezer para posterior obtenção do rendimento e injeção em cromatógrafo de gás acoplado a um espectômetro de massas para leitura dos componentes do óleo essencial. Como esta característica possui elevada precisão experimental (SANTOS & INCECCO, 2003) e, com vistas à redução dos trabalhos, optou-se pela obtenção dos rendimentos somente em dois blocos por experimento. No primeiro experimento foram sorteados os blocos I e II, no segundo experimento os blocos II e III e no experimento de Monte Alegre do Sul os blocos I e III. Após o termino de todas as extrações, foi retirada a água presente nos frasco, e em seguida estes foram pesados somente com o óleo essencial. O RD foi obtido pela subtração do peso dos frascos com óleo do peso dos frascos sem óleo (valor em gramas) dividido pela massa de folha (valor em gramas) utilizada para extração vezes 100. a b c d 29 f e Figura 10 – Processo de extração e rendimento do óleo essencial; a) preparo das amostras em balões de vidro com 1000 mL de água destilada, b) início da extração de óleo essencial, c) óleo essencial após destilação, d) vista geral dos frascos com óleo essencial para obtenção do rendimento, e) detalhe do frasco contendo óleo essencial; nota-se diferenças no rendimento entre os clones e f) vista geral do processo de extração. j) Produção de Óleo por Planta (PO) em g - esta variável permitiu quantificar a produção média de óleo essencial produzido por planta para cada clone considerando-se somente dois blocos em cada experimento. Foi obtida pela multiplicação da MSF respectiva de cada bloco sorteado por RD.100-1. k) Proporção Relativa de Linalol Presente no Óleo Essencial (LN) em % - para a análise fitoquímica, foram selecionados os cinco melhores clones para rendimento e produção de óleo por planta mais os dois controles, sendo eles 166, 201, 251, 280, 288, IAC 2 e IAC 8. Foi avaliado estatisticamente somente o composto majoritário linalol, presente no óleo essencial. A identificação do composto majoritário e demais compostos foi efetuada através da análise comparativa dos espectros de massas das substâncias com o banco de dados do sistema CG-EM (Nist 62.lib) e padrão autêntico de linalol (SigmaAldrich; 95%) utilizando o índice de retenção de Kovats (ADAMS, 1995). Os índices de retenção das substâncias foram obtidos através da co-injeção do óleo essencial com uma mistura padrão de hidrocarbonetos (C9-C24), aplicando-se a equação de VAN DEN DOOL & KRATZ (1963). A programação utilizada para análise no CG-DIC foi de 50°C-165°C, 4°C/min, 165ºC-220°C, 10°C/min. As condições de análises no CGEM foram 60ºC-240°C, 3ºC/min. 30 3.2.5 Análises estatísticas e correlações de Pearson para os experimentos com novos clones linalol recombinantes Após a colheita de todos os 65 clones dos experimentos e em função de haver clones muito pouco produtivos (MSF) em todos os três experimentos, por razões provavelmente de natureza genética/ cromossômica (PIERRE, 2004; TAVARES et al., 2003), foram analisados estatisticamente os clones que apresentaram simultaneamente valores de MST até 20% inferiores ao do melhor controle (total de 38 clones). Os dados de todas as características de cada experimento foram submetidos à análise de variância no delineamento de blocos ao acaso, modelo misto, onde a média e os blocos são de efeitos fixos e clones aleatórios. As comparações entre as médias de tratamentos e de blocos foram feitas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para análise conjunta ou agrupada em blocos, utilizou-se o modelo misto com experimentos e clones aleatórios e blocos e médias, fixos. As fontes de variação simples, neste modelo, foram testados contra a interação clones x experimentos, sempre que esta se mostrou significantiva a 5% pelo teste F. Para o teste de médias, no caso de ocorrência de interação, as discussões sobre o desempenho de clones devem ser priorizadas para cada experimento em detrimento da análise de médias da conjunta (GOMES, 1966). Neste caso particular, como o interesse ainda não é o de recomendação de clones ou cultivares e sim o de identificação potencial de novos clones linalol mais competitivos, portanto, com desempenhos próximos ou superiores aos controles de origem de coleta (YAMAMOTO 2006) a análise conjunta será também observada mesmo nos casos de presença de interações. Para esta primeira seleção foi levada em consideração a homogeneidade dos desempenhos nos três experimentos. Os novos clones selecionados (dez + os dois controles) serão utilizados, posteriormente, em maior número de experimentos e diferentes épocas de colheita para seleção daqueles produtivos e com estabilidade e adaptabilidade fenotípica. Pelo número elevado de tratamentos, espera-se um contraste de médias com muitas redundâncias, dificultando as discussões e também na definição, muitas vezes arbitrárias, de um limiar para praticar a seleção. Por este motivo, foi aplicado outro teste de médias para complementação, denominado de Scott & Knott (SCOTT & KNOTT, 1974), que, de acordo com o processo de análise, combina partições de combinações de tratamentos em grupos, com teste de quiquadrado, separando também com 31 probabilidades de significâncias os agrupamentos formados, eliminando redundâncias (ZIMMERMANN, 2004 e CRUZ, 2005). Desta forma, para identificação de alguns genótipos superiores nesta triagem previa, envolvendo um grande número de clones oriundos de recombinação para experimentações posteriores, procurou-se nortear a escolha com os dois testes de médias lado a lado, considerando-se as características mais relevantes como àquelas relativas à produção de massa, rendimento de óleo e produção média de óleo por planta, bem como a situação deles em relação aos dois controles (IAC 2 e IAC 8). Para se conhecer os tipos de associações lineares entre as várias características avaliadas aplicou-se o teste de correlações de Pearson (MORRISON, 1976), para dez delas consideradas mais importantes, menos óbvias e, portanto de maior interesse para o melhoramento. As características que reuniram o maior interesse na correlação foram aquelas de determinação mais precoce e rápida (AF, CI, NF) contra aquelas decorrentes de colheita de parte aérea (massa) e determinação fitoquímica (RD, PO, LIN%), que são muito importantes para o melhorista. Por questões de tempo e de operacionalidade (custos), os caracteres de fitoquímica RD e PO foram feitos em somente dois blocos (sorteados) e para os 30 melhores clones (incluindo os dois controles) em relação à MST. As significâncias das correlações obtidas foram testadas por t (p<0,01 e 0,05). Em função das correlações terem-se mostradas significativas pelo teste t, mesmo sendo de baixa magnitude (ex. MSF/MST x NB = 26,0), optou-se por usar o critério proposto por SHIMAKURA & RIBEIRO JUNIOR (2006) descritos na tabela 4. Tabela 1 – Índices de correlações utilizados nos experimentos, de acordo com SHIMAKURA & RIBEIRO JÚNIOR (2006). Valor da correlação (+ ou-) 0,00 a 0,19 0,20 a 0,39 0,40 a 0,69 0,70 a 0,89 0,90 a 1,00 Interpretação da correlação muito fraca fraca moderada forte muito forte Os programas utilizados para as análises estatísticas univariadas e correlações de Pearson foram: SANEST (Programa SANEST – MACHADO & ZONTA, 1995) e GENES (CRUZ, 2001). As características NF e NB foram transformadas para √(x), e as relações MFF/ MFT e MSF/ MST para arc sen √(x/100). 32 3.2.6 Instalação dos experimentos para estimativas de parâmetros genéticos baseadas em progênies clonais de meios irmãos No período da presente dissertação não foi possível à instalação dos experimentos para obtenção das estimativas de parâmetros genéticos com características agronômicas e fitoquímicas em nível de campo. Desta forma foi possível para o referido período dar início a este estudo utilizando-se características inerentes ás estacas das progênies dos clones meios irmãos, ou seja, comprimento de brotos (Cbr, cm) e massa de brotos (Mbr, g) e sobrevivência (S%). A fase da pesquisa com a instalação de pelo menos três experimentos a campo com estas progênies clonais terá prosseguimento por meio de outra tese, em andamento, de outro aluno do curso de pós-graduação do Instituto Agronômico. Para análise dos parâmetros genéticos nas três características mencionadas os dados foram tomados nas bandejas em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições, usando médias de parcelas e sobrevivência o total de estacas por bloco. Todas as brotações das duas gemas opostas do nó foram destacadas, identificadas e ensacadas para avaliação da massa fresca em Laboratório de Biologia Molecular do Centro de P&D de Recursos Genéticos Vegetais do IAC/APTA. Para Mbr foi utilizada uma balança semi-analítica com precisão de 0,01mg e para comprimento de brotos Cbr em cm, com régua. Os dados de Mbr para cada progênie e bloco foram obtidos com médias de cerca de 20 plantas (estacas) meio-irmãs e para Cbr com médias de amostras de dez maiores brotos por progênie. De posse destes dados, foram determinadas as estimativas de parâmetros genético-estatísticos baseadas em esperanças matemáticas do quadrado médio - E(QM) das análises de variâncias (ANAVAS) e das esperanças matemáticas do produto médio E(PM) das análises de covariâncias (ANCOVAS) utilizadas para progênies de meios irmãos, num modelo misto com blocos fixos e progênies aleatórias. Todas estas estimativas foram baseadas em VENCOVSKY (1978), FALCONER (1981) e SIQUEIRA et al., (1994). Os parâmetros genético-estatísticos estimados foram os seguintes: coeficiente de variação ambiental (CVe%) e genético (CVg%), variância ambiental (σ2E) variância genética ou de progênies (σ 2 G ou σ 2 P), que por se tratar de meios-irmãos explora exclusivamente variância genética aditiva (σ2A); herdabilidade no sentido restrito (hr%), valor b, ganho genético absoluto e relativo (Gs e Gs%), correlações fenotípica (rF), 33 genética aditiva (rA) e de ambiente (rE), e proporções da fração genética e ambiental na correlação fenotípica (G%) e (E%). As expressões utilizadas neste trabalho para ANAVAS com médias de parcelas e utilizando-se dos componentes dos respectivos QM´s e E(QM), num modelo misto segundo (PATERNIANI & MIRANDA FILHO, 1978 e SIQUEIRA et al., 1993), são mostradas a seguir: a) Coeficientes de Variação Ambiental CVE(%), e Genético CVG(%) Estes parâmetros indicam, respectivamente, a magnitude das variações causadas pelo ambiente e aquelas que são devidas a efeitos genéticos. As fórmulas são dadas a seguir: ⎛ QM RES CV E (% ) = ⎜ ⎜ M ⎝ ⎞ ⎟ x 100 ; com QMRES = quadrado médio residual=σ2E e M = ⎟ ⎠ média experimental; ⎛ σ2 G CVG (% ) = ⎜ ⎜ M ⎝ ⎞ ⎟ x 100 ; com σ ⎟ ⎠ M=média experimental e: σ G2 = b) Valor b = 2 G (ou σ 2 P) = variância genética aditiva e (QM PROG − QM res ) r ; CVG (% ) , onde valores ~ ou maiores que a unidade representam CV E (% ) populações com condições favoráveis para o melhoramento genético; c) Herdabilidade no Sentido Restrito h2r% Permite conhecer a variabilidade genética aproveitável na seleção e estimar o progresso esperado a cada ciclo de seleção. hP2 = σ G2 ⎛ 2 ⎞ ⎜ σG + ⎟ ⎜ r ⎟⎠ ⎝ σ e2 .100; com σ 2 G (ou σ 2 P) = variância genética aditiva, σ2E = variância ambiental (residual) e r = repetições ou blocos; 34 d) Ganhos Genéticos de Seleção Absoluto e Relativo para Progênies de Meios irmãos em Ambos os Sexos GS abs = h 2p x ds (diferencial de seleção), onde ds = k x σ F , sendo k um valor tabelado para seleção truncada; [( ) ] { [ ( G S rel (%) = h 2 x ds / M x 100 ou k x σ G2 / σ G2 + σ e / r )]}/ M onde: ⎛⎜ σ 2 + σ 2 ⎞⎟ = desvio-padrão fenotípico total → σ ; F E/r ⎝ G ⎠ e) Correlações Fenotípica rF%, Genética Aditiva rG% ou rA% e de Ambiente rE% Determina a natureza e a magnitude das correlações existentes entre os caracteres, auxiliando no ganho genético através da resposta correlacionada. As fórmulas são dadas a seguir: rF = Cov F( x , y ) / σ Fx x σ F y ; com CovF(X,Y) = Covariância fenotípica de x em y, σF = desvio-padrão fenotípico de x e y; rG ( x , y ) = CovG ( x , y ) σ Gx x σ Gy ; com CovG(X,Y) = Covariância genética aditiva de x em y, σG = desvio-padrão genético de x e de y; rE = Cov E ( x , y ) σ Ex x σ Ey ; com Covariância ambiental de x em y, σE = desvio-padrão ambiental de x e de y. Também foi avaliada em 12/12/07 a taxa de sobrevivência (S%), contando-se as estacas brotadas pelo número total de estacas feitas para cada planta ou genótipo meioirmão. Esta característica foi avaliada em delineamento experimental inteiramente casualizado com cerca de quinze repetições (estacas) de cada planta ou genótipo meioirmão. Os dados foram obtidos com as médias de progênies de meios irmãos. O programa estatístico SANEST de MACHADO & ZONTA, 1995 foi utilizado para realização das ANAVAS (quadrados médios) e ANCOVAS (produtos médios), além da 35 correlação de Pearson. A significância das correlações observadas foi testada utilizandose o teste t (p<0,001). Para um conhecimento mais aprofundado sobre as estimativas de parâmetros genéticos nesta população de progênies, decidiu-se estratificá-las em três grupos quanto ao tamanho efetivo ou tipo, ou seja, com 30 progênies (23 de origem da população-base recombinante + progênies IAC), com 23 (somente progênies da população-base) e com apenas sete (progênies de clones IAC). Todos os parâmetros foram estimados nestes três grupos formados como indicado anteriormente. Espera-se com isso quantificar as variâncias e covariâncias em cada caso para esta espécie não domesticada e alógama Lippia alba, para verificar se acarretará prejuízos à seleção com a redução do tamanho efetivo e conseqüentemente da variabilidade genética aditiva disponível. 3.2.7 Análises estatísticas para estimativas de parâmetros genéticos em progênies clonais de meios irmãos e correlações de Pearson As análises de variâncias por experimento e conjunta foram realizadas no programa SANEST, com teste F (1 e 5%) e as estimativas de parâmetros foram obtidas com informações contidas em E(QM) - ANAVA simples e conjunta e em E(PM) – ANCOVA, para uso nas fórmulas utilizadas neste trabalho. A correlação de Pearson (MORRISON, 1976), foi utilizada somente entre o caráter sobrevivência (S%) para os dois outros MBr e CBr, pois aquele caráter foi avaliado em delineamento diferente (inteiramente casualizado). 3.3 Análises Estatísticas Multivariadas Com o objetivo de auxiliar na identificação de novos clones linalol dentre 40 analisados por estatística univariada caráter a caráter, foram utilizadas duas análises multivariadas para determinação da divergência genética: análise de componentes principais (ACP) e de agrupamento. É importante ressaltar que, nesta análise, somente os clones que participaram da extração do óleo essencial (30 clones), portanto, os que possuem rendimento determinado, foram avaliados nas análises multivariadas. Para ambas foi utilizado o programa GENES e a entrada dos dados foi feita com média geral dos três experimentos. 36 Para a análise de agrupamento, a divergência genética entre os genótipos foi quantificada a partir da distancia Euclidiana padronizada, como medida de dissimilaridade. Com base na distância estabelecida entre os indivíduos, os genótipos foram agrupados utilizando o método UPGMA. Foi possível estabelecer os agrupamentos de uma forma gráfica bidimensional com a realização da ACP, utilizando o programa Statistica (STATSOFT Inc. 1999). Os gráficos foram obtidos de acordo com a dispersão dos escores dos primeiros componentes principais nos eixos, sendo que o primeiro componente é o de maior variância, seguido pelo segundo de maior variância (segundo componente) e assim sucessivamente. Foi possível também identificar quais foram às características que mais contribuíram para tais agrupamentos (componentes principais) e a correlação existente entre elas. 37 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Seleção dos Novos Clones Linalol Derivados da População-base 4.1.1 Coeficiente de determinação genotípico A partir das análises de variância de cada experimento foram calculados os coeficientes de determinação genotípicos (R2), em porcentagem. Observaram-se elevados valores de R2 para todas as características avaliadas nos três experimentos, (> 70,0%), excetuando-se NB com os mais baixos (< 45,0%). Ressalte-se que o menor valor de NB foi registrado para o segundo experimento com 8,4% (tabela 2). Observouse, portanto que a característica NB recebe muita influência do ambiente não controlado em detrimento da genotípica. Essa afirmação pode parecer contraditória ao examinarmos as boas precisões experimentais, CV% = entre 14,29 e 18,19%, obtidas para dados de campo, considerando-se os três experimentos. Em outras palavras, para a capacidade de brotação entre os diferentes clones houve predomínio de efeitos de ambiente dentro de blocos do que a de constituição genotípica dos clones. Mesmo assim, estes efeitos não controlados (resíduos das ANAVAS) foram de baixa magnitude, pois resultou em baixos CVE%. Como ambiente estariam também aqueles ligados à heterogeneidade das estacas entre os clones dentro de blocos, contribuindo para as interações, mesmo tomando-se precauções na escolha delas para o plantio. Como prováveis causas para baixos R2 de NB podem ser mencionados aqueles inerentes às estacas e plantas doadoras, tais como: tamanho, espessura, estádio de desenvolvimento, nível hormonal das estacas e posição na planta dentre outros. Como alternativa para melhoria dos níveis de CVE% observados pode-se controlar o número de brotações desde o início, mantendo-se um número fixo até a colheita da parte aérea. Manter as estacas com brotação livre acarretará oscilações indesejáveis nas características relacionadas com a massa uma vez que a produção desta é diretamente ligada à quantidade de ramos colhidos por planta. Outra forma é aumentar o tamanho da parcela, que no presente caso foi mínima pelo grande número de tratamentos utilizados nesta triagem preliminar de novos clones linalol. Para as demais características o que se observou foi um predomínio de variância genotípica em relação a ambiental ou residual, mesmo nos casos onde se observaram 38 altos CVE%, como MFT (Ep 3 36,37%), MST (Ep. 1 38,43%), MFF (Ep 3 34,67%) MSF (Ep 1 32,24%), MFT/Br (Ep 3 41,56%), MST/Br (Ep 1 37,82%) MFF/Br (Ep3 53,47%) e MSF/Br (Ep 1 31,43%). Pelo raciocínio inverso ao ocorrido com NB, as características foram determinadas mais pela ação dos efeitos genotípicos entre clones (maior variância) do que aqueles causados pela interação ambientes x clones. Esta variância da interação bloco x clones, mesmo sendo de menor magnitude do que a variância genotípica é, de certa forma elevada, resultando em altos CV% pois este leva em consideração os desvios da média provocados pelo erro experimental, testados pela média geral. Concluindo, com estes valores de R2 pode-se discutir seguramente sobre os desempenhos dos clones nos experimentos e identificar aqueles superiores genotipicamente ou pelo menos semelhantes aos controles principalmente para as características MFT, MST, MFF e MSF que apresentaram valores de R2 acima de 90%. Vale ressaltar que a opção de dividir as características MFT, MST, MFF, MSF pelo número de brotos ou ramos por planta, visando provocar uma certa normalização ou redução nas oscilações destas características onde os CV% são freqüentemente elevados, também verificados por SANGALLI et al., 2004 e YAMAMOTO 2006, não lograram êxito em função da irregularidade de NB conforme salientado anteriormente. Resultado semelhante foi observado por LOPES et al., (2001) trabalhando com 16 indivíduos de acerola, verificaram altos valores de R2 para as características diâmetro de fruto, altura de fruto, peso médio de frutos, vitamina C e acidez titulável, concluindo que estas características possuem bom controle genético e superioridade dos indivíduos avaliados. Entretanto, YOKOMIZO et al., (2000) avaliando 72 cruzamentos de soja, verificaram que a característica produção de grãos também apresentou baixo coeficiente de determinação, sendo altamente influenciada pelo ambiente. 39 Tabela 2 – Coeficientes de determinação genotípico das variáveis avaliadas, dados obtidos pelos quadrados médios dos tratamentos e residuais. Variáveis AF CI NF MFT MST MFF MSF MFF/MFT MSF/MST MFT/ BR MST/ BR MFF/ BR MSF/ BR NB RD PO %LN Experimentos EXP 1 EXP 2 EXP 3 84,5 85,3 90,7 91,1 77,2 90,3 93,1 78,0 89,4 95,5 93,0 91,9 89,0 94,0 96,8 94,1 92,0 93,6 91,4 94,1 96,4 84,5 78,6 74,8 80,5 77,7 87,7 88,0 91,8 79,8 79,1 84,2 94,3 87,2 82,5 72,2 80,4 84,9 90,6 45,5 8,9 55,0 88,9 87,5 80,8 87,9 84,4 96,4 76,7 99,1 99,1 ÁF: área foliar, CI: comprimento de internódios, NF: numero de folhas, MFT: massa fresca total, MST: massa seca total, MFF: massa fresca de folhas, MSF: massa seca de folhas, MFF/MFT: relação massa fresca de folhas/ massa fresca total, MSF/MST: relação massa seca de folhas/massa seca total, MST/BR: massa fresca total/ broto, MST/BR: massa seca total/broto, MFF/BR: massa fresca de folhas/broto, MSF/BR: massa seca de folhas/broto, NB: numero de brotos, RD: rendimento de óleo essencial: PO: produção de óleo/planta, %LN: porcentagem de linalol presente no óleo essencial; EXP1: primeiro experimento (Campinas entomologia), EXP2: segundo experimento (Campinas hortaliças) e EXP3: terceiro experimento (Monte Alegre do Sul). A característica número de brotos (NB) apresentou valores de R2 45,54, 8,92 e 55,00% respectivamente para os experimentos Ep1 e Ep2 (Campinas) e Ep3 (Monte Alegre do Sul). Com base nos dados, pode-se inferir que a característica NB apresenta baixo coeficiente de determinação genotípica, sendo, portanto, altamente influenciada pelo ambiente. 4.1.2 Correlações de Pearson Os resultados obtidos para as correlações simples entre médias dos três experimentos para as características analisadas estão na tabela 3. 40 A característica RD foi altamente significativa pelo teste t, mas dentro da classe moderada com PO. Como estas duas características são mutuamente dependentes, quaisquer aumentos de massa ou de rendimento trará resposta direta na correlação. Entretanto RD não apresentou correlação com as demais características analisadas. Neste sentido parece que a presença de correlação moderada entre RD x PO deva ser exclusivamente devida à massa seca total por planta, uma vez que PO foi calculada pelo produto de RD com MST. Portanto, conclui-se que variações no RD não acompanham as variações de produção de massa da planta (r= 51,0%), nem tampouco com AF, CI, NF e NB. Trata-se de uma característica independente das demais que foram objetos de estudo no presente trabalho. Por outro lado, para as características AF e CI, verifica-se correlação moderada e positiva com PO, onde, com a seleção para aumento destas duas características de avaliação mais precoce (AF e CI), aumenta-se também a produção de óleo por planta (PO). É uma correlação importante do ponto de vista do melhoramento, pois se pode praticar seleção precoce entre materiais segregantes e avançar somente com aqueles de maiores AF e CI, para depois praticar seleção para PO, agora numa população mais reduzida. Quanto à característica NF, observou-se correlação negativa e moderada com PO (r = - 52,6), ou seja, inversamente proporcional. Pode parecer um resultado contraditório, mas na prática foi observado que à medida que o número de folhas aumenta, em geral, o seu tamanho se reduz, produzindo menos massa. As correlações MFF x NF (r = - 69,9) e MSF x NF (r = - 68,6), atestam o resultado comentado anteriormente. No mesmo raciocínio as correlações de NF com as massas totais (frescas e secas – MFT, MST) seguem o mesmo padrão com correlações igualmente negativas e, com valores também moderados. A característica PO mostrou-se, conforme o esperado, diretamente relacionada com massa, com correlações fortes, acima de 85,0% para MFT, MST, MFF e MSF. Estas correlações, não têm muito interesse para o melhorista, pois não se pode praticar seleção precoce e são características mutuamente dependentes. As outras características de maior interesse para o melhorista seriam as de AF e CI (avaliação fácil e precoce) com aquelas referentes às biomassas e produção de óleo. Ambas, AF e CI se mostraram diretamente proporcionais a MFT, MST, MFF e MSF, com correlações moderadas e fortes respectivamente. Por esta razão recomenda-se a utilização da característica CI (r>70,0%) para seleção precoce dos materiais mais produtivos para produção de massa, total e foliar (fresca ou seca). 41 Para PO, as correlações foram positivas, moderadas e equivalentes para AF e CI, com r = 58,6% e 59,5% respectivamente. É muito interessante observar as relações entre as variáveis tomadas mais precocemente e com certa facilidade, especialmente AF, CI e NF. Observou-se que AF x NF possui correlação negativa ou inversa e de magnitude próxima de forte (r = - 68,9%) mostrando que a seleção para plantas com folhas grandes (>AF) resultará na redução do número de folhas. Isto é explicado por outra correlação de categoria muito forte, CI x NF (r = - 96,8%), ou seja, com a seleção para aumentos do tamanho de folhas, obrigatoriamente resultaria no aumento do CI (internódios mais longos) com r = 75,9% e conseqüentemente, reduziria o número de folhas. Esta redução no número de folhas é comprovada pelo r obtido de - 68,9% indicado anteriormente. Conclui-se, portanto, que se deve tomar cuidado na seleção precoce para maior número de folhas, pois estas são inversamente correlacionadas com produção de massa, devido à redução de seu tamanho ou área foliar e do comprimento de internódio. Em nossos clones, na prática, foi observado que as plantas com internódios curtos apresentavam realmente folhas pequenas e tinham porte reduzido, com perda substancial de massa. Estes materiais podem ser estudados futuramente em espaçamentos mais densos para observar a produção por área. Como as correlações são obtidas entre diversos materiais, pode-se procurar na amostra de clones estudados, aqueles denominados “off type” que desviam da regra préestabelecida. Um clone (201) foi identificado nesta população de 40 clones onde portava folhas grandes em internódios relativamente curtos (figura 11) resultando em níveis de MST e MSF equivalentes aos controles. Este clone foi selecionado para testes posteriores. Seus dados serão discutidos posteriormente nos itens relativos aos testes de médias dos experimentos realizados. 42 Figura 11 – Detalhe do clone 201 (terceiro ramo da esquerda para a direita), evidenciando internódios curtos e folhas grandes em relação ao controle IAC 8 (primeiro ramo à esquerda). As correlações envolvendo cada característica com as relações de eficiência foliar (MFF/MFT e MSF/MST), tiveram resultados inconsistentes, com diferenças acentuadas de comportamento entre as duas com as demais características. Quando a relação envolvia massa fresca (MFF/MFT), foram observadas correlações negativas e muito fracas (somente para RD x MFF/MFT), até fracas e moderadas (entre -29,8 a -68,9%) para a maioria das características, exceto para NF que se mostrou positiva. Por outro lado, com MSF/MST as correlações obtidas foram igualmente negativas, mas de categorias muito fraca (<17,0%) ou fraca (26,0 a 38,2%). A participação de mais uma fonte de variação, perda de água, pode ter sido a causa da inconsistência nas relações envolvendo MSF/MST quando comparadas com as de massa fresca. A correlação entre as duas pode ser considerada abaixo do esperado (r = 59,3% - moderada). As demais envolvendo massa x massa por serem mutuamente dependentes e, portanto óbvias, não possuem interesse para seleção, mas foram feitas e mantidas apenas para mostrar a consistência dos resultados nos experimentos realizados. Elas funcionam, de certo modo, como controles, viabilizando as discussões das demais de maior interesse. 43 Tabela 3 – Correlações simples entre as características rendimento de óleo, produção de óleo por planta, área foliar, número de folhas, número de brotos, massa fresca total, massa seca total, massa fresca de folhas, massa seca de folhas, relação massa fresca de folhas / massa fresca total e relação massa seca de folhas / massa seca total. Variáveis PO AF CI NF NB MFT MST MFF MSF MFF/ MFT MSF/ MST RD 0,51* 0,18 -0,03 0,10 -0,06 0,10 0,13 0,13 0,10 -0,02 -0,15 PO 0,59 0,60 -0,53 0,50 0,87 0,87 0,87 0,87 -0,47 -0,09 AF 0,76 -0,69 0,16 0,63 0,64 0,63 0,61 -0,50 -0,38 CI -0,97 0,39 0,76 0,75 0,71 0,70 -0,69 -0,31 NF -0,40 -0,70 -0,69 -0,65 -0,65 0,67 0,26 NB 0,58 0,54 0,53 0,56 -0,30 0,30 MFT 0,99 0,98 0,97 -0,61 -0,12 MST 0,97 0,97 -0,60 -0,17 MFF 0,97 -0,48 -0,06 MSF MFF/ MFT -0,51 0,00 0,59 RD: rendimento de óleo, PO: produção de óleo por planta, AF: área foliar, CI: comprimento médio de internódios, NF: número médio de folhas, NB: número de brotos, MFT: massa fresca total, MST: massa seca total. MFF: massa fresca de folhas, MSF: massa seca de folhas, MFF/ MFT: relação massa fresca de folhas/ massa fresca total e MSF/ MST: massa seca de folhas/ massa seca total. *Valores em negrito são significativos a 5% de probabilidade pelo teste t. As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram correlação positiva e de alta magnitude (forte) com a variável PO, sendo uma correlação lógica e já esperada. A variável CI apresentou alta correlação positiva com AF, onde verifica-se que com aumento da área foliar aumenta o comprimento de internódios. A característica NF apresentou moderada correlação e negativa com AF, onde nota-se que com aumento da área foliar diminuem o numero de folhas produzidas, ou vice e versa. As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram moderada correlação e positiva com AF, constituindo um grupo de correlações já esperadas. Entre as variáveis NF e CI, verificaram-se alta correlação e negativa, onde aumentando o numero de folhas diminui-se o comprimento de internódios, logo, com internódios mais curtos temse maior produção de folhas, porém com pequena área foliar, o que resulta em pouca massa fresca e seca de folhas ou vice versa. Entre as variáveis MFT, MST, MFF e MSF nota-se forte correlação com CI, formando mais um grupo esperado de correlações. A característica NB esta inversamente correlacionada com NF, apesar de a correlação ter sido fraca. As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram correlação moderada e negativa com NF, onde se aumentando o número de folhas diminui a área foliar, logo há uma queda no valor das variáveis MFT, MST, MFF e MSF. 44 As variáveis MFT, MST, MFF e MSF apresentaram moderada correlação e positiva com NB onde, com mais brotos, maior será a massa foliar produzida. 4.2 Análises de Variância Simples e Conjunta das Características Avaliadas nos Clones Quando a análise de variância conjunta apresentou significância (1% ou 5%) pelo teste F, para interação Clones x Experimentos, é recomendado, nestes casos, segundo GOMES (1966), focar a discussão considerando-se cada experimento individualmente. Entretanto, conforme já salientado no Material e Métodos o presente trabalho objetivou a seleção previa de novos clones linalol, oriundos de uma população recombinante inédita, para estudos posteriores em maior número de experimentos e épocas de colheita visando a estabilidade e adaptabilidade fenotípicas. Não se trata, portanto, de experimentação de recomendação de cultivares. Desta forma, será dada ênfase também à análise conjunta, procurando elencar clones com maiores médias, mas observando-se a homogeneidade de desempenho nos três experimentos, tomando-se por base a posição dos mesmos segundo os controles utilizados. Os dois testes de médias serão analisados mutuamente, com preferência para Scott & Knott por excluir as redundâncias. 4.2.1 Área foliar – AF, comprimento de internódio – CI, número de folhas – NF e número de brotos ou ramos - NB Os resultados das análises de variância simples e conjunta para AF encontram-se na tabela 4. Houve presença de interação altamente significativa de clones x experimentos. As precisões experimentais variaram de 16,7 a 37,7%, consideradas elevadas a julgar pela padronização feita utilizando-se ramos de 70cm para retirada de amostras de dez folhas a partir da base destes. Para melhoria dos CVs% deve-se aumentar o tamanho da amostra. Em experimentos menores isto é mais exeqüível, pois as amostras de folhas deste trabalho totalizando 780 parcelas foram todas secas (exicatas) para uso do aparelho medidor de área foliar. QUEIROGA et al., (2003) e JANNUZZI, (2006) também obtiveram médios e altos valores de CVs% para esta característica, trabalhando 45 com feijão e Lippia alba, respectivamente. Mesmo assim foi possível detectar muitos contrastes entre as médias tanto no teste de Tukey, quanto no Scott & Knott. Dentro de uma faixa de seleção de novos clones linalol com maiores áreas foliares e, simultaneamente, observando-se o desempenho dos controles pode-se inferir que o Ep1 foi o que mais contribuiu para a interação. Houve uma inversão de posição entre os dois controles neste experimento, configurando interação do tipo complexa (PATERNIANI & MIRANDA FILHO, 1978, RAMALHO, 1977 e CRUZ, 2005). Como AF é correlacionada com produção de massa e no mesmo sentido (positiva), pode-se selecionar clones de maiores médias para AF, sem riscos de provocar redução indesejável de MST. Os clones selecionados para esta característica foram 201, 238 e 43 que tiveram desempenho superior semelhante ao melhor controle (IAC 8) em dois experimentos e homogeneidade (medias não significativas) nos três experimentos. 46 Tabela 4 - Médias da característica AF (área foliar) em cm2 para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 238 201 43 144 IAC 2 213 120 235 IAC 8 44 47 241 261 49 251 196 280 219 9 199 136 147 135 109 288 137 70 32 80 172 216 146 166 212 31 2 22 129 128 27 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 25,50 A a 21,60 A ab 19,90 A abc 16,25 B abcd 16,14 B abcd 14,19 C bcde 14,12 B bcde 13,62 B bcdef 13,33 B bcdef 12,19 A bcdef 11,74 B bcdef 11,71 B bcdef 11,36 B bcdef 11,09 B bcdef 11,07 B bcdef 11,02 B bcdef 10,71 B cdef 10,36 B cdef 9,70 B cdef 9,69 B cdef 9,22 B cdef 8,89 B def 8,60 B def 8,31 B def 8,23 B def 7,87 B def 7,43 C def 7,36 B def 6,90 B def 6,84 B def 6,80 B def 6,61 C def 6,56 B def 6,14 B def 5,99 B def 4,96 B ef 4,03 B ef 3,93 B ef 3,91 C ef 2,83 B f 10,17 C 37,70 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL SK CL Ep 2 Tukey 35,85 B a a 213 a 213 31,34 A ab a 235 a 201 31,24 A ab a 201 a IAC 8 b IAC 8 29,92 A abc a 235 29,73 A abcd b 251 a 241 29,15 A abcde b 136 a 47 27,23 A abcdef b 43 a 238 26,96 A abcdef b 144 a 147 26,12 A abcdef b 137 b 136 26,00 A abcdef c 261 b 70 24,68 A abcdefg b 251 c 238 24,32 A abcdefg b IAC 2 c 120 23,54 B abcdefgh b 120 c 70 c 280 23,35 A abcdefgh b 261 c 9 23,27 A abcdefgh b 144 23,01 A abcdefgh b 137 c 219 22,59 A bcdefgh b 216 c 212 22,17 A bcdefgh b 43 c 196 21,90 A bcdefgh b 219 c 216 21,63 AB bcdefghi b 146 c 47 21,60 A bcdefghi b 9 c 49 21,48 AB bcdefghi b 166 c 241 20,99 AB bcdefghi b 280 c 147 c IAC 2 20,11 B bcdefghi c 212 19,98 A bcdefghi c 49 c 166 19,82 A bcdefghi c 80 d 135 19,74 A bcdefghi c 288 d 44 18,99 A bcdefghi c 196 d 288 18,04 B cdefghi d 146 c 44 17,05 A cdefghi d 172 c 135 16,94 A defghi d 32 c 199 16,60 A efghi d 80 c 172 16,35 A efghi d 109 c 109 16,28 A efghi d 199 c 128 15,82 A fghi d 31 c 31 14,56 A fghi d 2 d 32 12,92 A ghi d 129 d 2 11,95 A ghi d 22 d 22 d 128 10,98 B hi d 129 8,70 AB i d 27 d 27 21,57 B 21,27 Ep 3 Tukey 45,31 A a 34,89 A ab 33,53 A abc 32,88 A bcd 32,25 A bcde 31,09 A bcde 30,42 A bcdef 30,09 A bcdef 29,74 A bcdef 29,57 A bcdefg 29,50 A bcdefg 28,74 A bcdefgh 28,57 A bcdefgh 28,53 A bcdefgh 27,77 A bcdefghi 26,11 A bcdefghij 25,66 A bcdefghij 25,37 A bcdefghij 24,70 A bcdefghijk 24,17 A bcdefghijk 23,14 A bcdefghijkl 23,01 A bcdefghijkl 22,99 A bcdefghijkl 22,95 A bcdefghijkl 22,64 A cdefghijkl 22,16 A cdefghijkl 21,14 A defghijkl 20,55 A efghijkl 20,38 A efghijkl 20,17 A efghijkl 18,66 A fghijkl 18,32 A fghijkl 17,56 A ghijkl 16,62 A hijkl 16,23 A ijkl 14,75 A jkl 14,45 A jkl 14,39 A jkl 13,11 A kl 11,41 A l 24,34 A 16,67 SK CL a 213 b 201 b 238 b 235 b IAC 8 b 43 b 144 b 251 b 136 b 120 b 261 b 241 b IAC 2 b 47 b 70 b 137 b 147 b 219 c 280 c 9 c 49 c 216 c 196 c 44 c 212 c 166 c 146 c 135 c 288 c 80 d 199 d 109 d 172 d 32 d 31 d 2 d 128 d 22 d 129 d 27 CJ Tukey SK 31,79 a a 29,24 ab a 26,87 abc a 25,94 abcd a 25,59 abcde a 24,17 bcdef b 23,66 bcdefg b 23,43 bcdefg b 22,70 bcdefgh b 22,34 cdefgh b 21,96 cdefgh b 21,81 cdefghi b 21,66 cdefghi b 21,48 cdefghi b 20,18 defghij b 20,03 defghij b 19,99 defghij b 19,36 defghijk b 19,02 efghijkl c 18,70 fghijkl c 18,45 fghijkl c 18,12 fghijkl c 17,91 fghijklm c 17,44 ghijklm c 17,23 ghijklm c 16,51 hijklmn c 16,27 hijklmn c 16,19 hijklmn c 16,12 hijklmn c 15,22 ijklmn c 14,87 jklmn c 14,07 jklmno c 14,07 jklmno c 13,02 klmno d 12,68 lmno d 11,32 mno d 10,50 no d 10,12 no d 9,98 no d 7,65 o d 18,69 22,75 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep 2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliça/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos, CV(%): coeficiente de variação ambiental. 47 Para a característica CI que mostrou correlação positiva para MST (considerada diferenciada neste trabalho, pois dela se obteve o RD e PO), pode-se utilizá-la como auxílio na seleção de clones, desde que para valores maiores de CI. Haja vista que a seleção de menores internódios para que se obtenha maior número de folhas resultaria em queda na MST em função de r de CI x MST ser positiva, conforme já comentado. Realmente foi observado, neste trabalho, que os clones com menores CI possuem, via de regra (a correlação não é total) maior número de folhas, porém de tamanho menor o que resultou em redução de MST. A afirmação de redução de MST em clones de folhas menores é corroborada pela presença de correlação inversa (negativa) entre NF x MST, conforme já discutido em item anterior de correlações. Esta ênfase em correlações foi dada aqui, novamente, para nortear a forma de abordagem das características em questão como auxílio na escolha dos melhores clones. Pelos resultados da tabela 5, observou-se que o Ep1 teve a menor média para CI diferindo dos demais. Houve interação significativa para clones x experimentos e a discussão seguirá nos mesmos moldes da característica anterior AF. As precisões experimentais variaram de 9,3 a 15,3%, consideradas boas para dados obtidos em campo. De acordo com a análise Scott & Knott e mantendo-se o foco dentre os clones do topo da tabela 5 (>CI), observou-se uma correlação complexa nos controles devida, agora, ao Ep2. Pelo teste de Tukey isto não foi observado uma vez que os dois controles tiveram comportamentos equivalentes, não diferindo estatisticamente entre si, mesmo com alteração da posição. Os clones selecionados por meio desta característica foram 238, 241, 235, 120, 70, 280. Excetuando-se o 280, que foi homogêneo (sem significância estatística) nos três experimentos com CI = 7,4cm – Ep1, 8,4cm – Ep2 e 8,1cm Ep3; os demais tiveram pelo menos um experimento com valor significativo. Ressalte-se que é extremamente desejável a obtenção de clones de internódios mais curtos, mas que apresentem folhas de tamanho médio a grandes, pois esta característica CI, correlacionou-se com a produção de massa fresca e seca de folhas. Nos casos de clones com os menores valores de CI, geralmente as plantas são de porte menor, comparativamente aos controles, e podem ser estudadas futuramente em diferentes espaçamentos visando plantios mais adensados compensando o porte menor em produção de massa.ha-1. 48 Tabela 5 - Médias da característica CI (comprimento de internódios) em cm para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 235 IAC 2 280 238 IAC 8 70 241 261 44 144 120 219 129 251 212 288 147 166 199 146 196 136 109 216 213 31 135 43 2 137 22 172 9 49 80 47 201 128 27 32 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 7,66 A a 7,43 B ab 7,41 A ab 7,39 B ab 7,15 B abc 7,11 B abc 6,57 B abcd 6,24 C abcde 6,21 B abcde 6,15 B abcdef 6,09 B abcdef 5,85 B abcdefg 5,76 B bcdefg 5,68 B bcdefg 5,64 B bcdefg 5,55 B cdefg 5,47 B cdefgh 5,27 B defgh 5,22 B defghi 5,21 B defghi 5,21 A defghi 5,19 B defghi 5,06 B defghi 5,00 B defghi 4,96 B defghi 4,95 B defghi 4,87 B defghi 4,80 B defghi 4,75 B efghi 4,62 A efghi 4,56 B efghi 4,52 B efghi 4,50 C efghi 4,36 B fghi 4,35 B fghi 4,26 B ghi 4,26 B ghi 4,24 B ghi 3,70 B hi 3,45 B i 5,42 C 11,85 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL Ep 2 Tukey SK CL a IAC 8 11,23 A a a IAC 2 a 31 a IAC 8 10,70 A ab a 235 10,52 A abc a 238 a 120 10,50 A abc a 120 a 241 10,32 A abc a 241 a 261 a 31 10,29 A abc b 238 10,25 A abc a 261 b 137 9,60 A abcd b 199 b IAC 2 9,32 AB abcde b 219 b 129 9,23 A abcde b 147 b 70 9,08 A abcde b 70 b 109 8,99 A abcdef b 129 c 9 8,94 A abcdef b 235 c 216 8,93 A abcdef b 44 c 44 8,89 A abcdef b 280 c 219 8,72 A abcdef b 9 c 147 8,69 A abcdef b 146 c 43 8,57 A abcdef b 109 c 47 8,57 A abcdef b 251 c 280 8,36 A abcdef c 49 c 136 8,32 A abcdef c 216 c 251 8,28 A abcdef c 144 8,28 A abcdef c 166 c 144 c 212 8,08 A abcdef c 43 c 22 8,03 A abcdef c 47 c 199 7,83 A abcdef c 80 c 2 7,83 A abcdef c 196 c 135 7,69 A abcdef c 22 d 213 7,66 A abcdef c 212 d 196 7,57 A bcdef c 172 d 166 7,52 A bcdef c 137 d 172 7,40 A bcdef c 135 d 146 7,25 A bcdef c 32 d 80 7,16 A bcdef c 288 d 49 7,13 A bcdef c 213 d 201 7,06 A bcdef c 2 d 288 6,97 A cdef c 27 d 32 6,34 A def c 136 d 128 5,68 A ef c 128 d 27 5,39 A f c 201 8,43 A 15,30 Ep 3 Tukey 10,41 A a 10,01 AB ab 9,78 A abc 9,73 A abcd 9,51 A abcde 8,90 A abcdef 8,55 B abcdefg 8,37 A bcdefgh 8,22 A bcdefghi 8,21 A bcdefghi 8,20 AB bcdefghi 8,18 AB bcdefghi 8,15 A bcdefghi 8,11 A bcdefghi 8,06 A bcdefghi 8,02 B bcdefghi 7,82 A cdefghij 7,74 AB defghijk 7,68 A efghijk 7,63 A efghijk 7,61 A efghijk 7,49 A fghijk 7,48 A fghijk 7,38 A fghijk 7,32 A fghijk 7,28 A fghijk 7,27 A fghijk 7,25 A fghijk 7,23 A fghijk 7,16 A fghijk 6,82 A ghijk 6,60 A ghijk 6,56 A ghijk 6,54 AB hijk 6,36 AB hijk 6,26 AB ijk 6,23 A ijk 5,97 B jk 5,76 A k 5,73 A k 7,69 B 9,27 SK CL a IAC 8 a 238 a IAC 2 a 241 a 235 b 120 b 261 b 31 b 70 b 280 b 44 b 129 b 219 b 147 b 144 b 109 c 251 c 216 c 9 c 199 c 137 c 212 c 43 c 146 c 166 c 47 c 196 c 22 c 136 c 135 d 49 d 172 d 288 d 213 d 2 d 80 d 201 d 32 d 128 d 27 CJ Tukey 9,46 a 9,14 ab 9,05 ab 8,80 abc 8,78 abc 8,77 abc 8,36 abcd 8,18 abcde 8,13 abcdef 7,94 bcdefg 7,74 bcdefgh 7,72 bcdefgh 7,60 cdefghi 7,45 cdefghi 7,31 defghi 7,26 defghi 7,21 defghi 7,18 defghi 7,15 defghi 7,14 defghi 7,01 defghij 6,98 defghij 6,92 efghij 6,76 efghijk 6,76 efghijk 6,72 fghijk 6,68 ghijk 6,61 ghijkl 6,49 hijklm 6,39 hijklm 6,37 hijklm 6,36 hijklm 6,35 hijklm 6,33 hijklm 6,28 ijklm 6,26 ijklm 5,68 jklm 5,45 klm 5,23 lm 5,11 m 7,18 12,93 SK a a a a a a b b b b b b b c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c d d d d Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 49 O número de folhas é uma característica importante, pois está diretamente ligada á produção de massa denominada de útil, pois, no caso de Lippia alba, são as folhas onde a concentração de óleos essenciais é máxima (CASTRO, 2001 e EHLERT, 2003). Igualmente como nos casos anteriores houve interação significativa entre clones x experimentos. Conforme comentado em correlações NF é inversamente correlacionado com as características de massa. Desta maneira, ao utilizarmos esta característica, deve-se tomar o cuidado de priorizar a escolha de melhores clones para aqueles com menor número de folhas, pois estas serão de tamanho maior, segundo indica a correlação. Pela tabela 6, verificou-se que os CVs foram baixos, variando de 4,8 a 8,4%, evidenciando melhor controle experimental do que as características anteriores. Pela tabela 6, os clones de menor número de folhas ocupam agora o final da tabela, diferente das duas características anteriores (AF e CI). Folhas maiores foram observadas para clones com números menores de folhas e isto é favorável, pois a correlação é inversa com as características envolvendo massa fresca e seca. Os dois controles foram semelhantes pelo teste de Tukey nos três experimentos e na ANAVA conjunta, diferindo entre si somente no Ep2 pelo teste de Skott & Knott (5%). O controle IAC 8 teve média de 13,7 folhas e o IAC 2 16,2 (no Ep2) num ramo de tamanho padronizado de 70cm. Por esta inversão significativa de comportamento dos dois controles nesta região é importante identificar clones de comportamento homogêneo para menor NF. O clone 31 teve comportamento irregular no Ep 1, produzindo mais folhas (28,4) do que os outros dois, Ep2 - 14,2 e Ep3 - 18,1, sendo detectado tanto pelo teste de Tukey quanto Scott & Knott. Desta maneira este clone deve ter contribuído para a presença de interação clone x experimento. O clone 280 foi o único que teve comportamento semelhante para os três experimentos (Ep1-18,9; Ep2-18,0 e Ep3-19,9). Os demais clones com menor NF selecionados foram aqueles com médias semelhantes pelo menos em dois Eps. Foram os seguintes: 238, 120, 241, 235 e 70. 50 Tabela 6 - Médias da característica NF (número de folhas) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 32 27 49 80 128 47 9 22 172 137 201 2 43 135 213 31 216 109 129 146 199 196 166 147 136 288 251 219 212 120 144 241 44 261 235 IAC 8 238 IAC 2 280 70 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 38,33 A a 37,86 A a 36,09 A ab 35,70 A abc 33,28 A abcd 32,96 A abcde 31,39 A abcdef 31,16 A abcdef 31,03 A abcdefg 30,46 A abcdefgh 30,33 A abcdefghi 29,82 A abcdefghij 29,33 A bcdefghij 28,87 A bcdefghij 28,49 A bcdefghij 28,36 A bcdefghij 28,31 A bcdefghij 28,27 A bcdefghij 27,64 A cdefghij 27,25 A defghij 27,10 A defghij 26,98 A defghij 26,92 A defghij 26,00 A defghijk 25,70 A defghijkl 25,33 A efghijklm 24,72 A fghijklm 24,08 A fghijklm 23,50 A ghijklm 23,19 A hijklm 22,82 A ijklm 22,81 A ijklm 22,64 A jklm 22,45 A jklm 19,81 A klm 19,71 A klm 18,99 A lm 18,96 A lm 18,94 A lm 18,49 AB m 26,85 A 5,01 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL Ep 2 Tukey SK CL a 128 30,05 A a a 128 a 27 28,16 B ab a 201 a 32 24,02 B abc b 136 a 288 21,78 A abcd c 27 b 49 21,37 B abcd c 2 b 201 21,23 B abcd c 213 c 80 21,10 B abcd c 288 c 146 20,85 B abcd c 135 c 172 20,46 B abcd c 32 c 196 20,38 B abcd c 137 c 213 20,15 B abcd c 172 c 166 19,98 B abcd c 80 c 199 19,73 AB bcd c 212 c 135 19,48 B bcd c 47 c 2 19,43 B bcd c 22 c 22 19,14 B bcd c 196 c 212 18,60 B bcd c 43 c 251 18,21 B cd d 166 c 144 18,19 B cd d 144 c 136 d 216 18,07 B cd c 280 17,97 A cd d 49 c 43 17,78 B cd d 251 17,60 B cd d 109 c 47 d 137 17,35 B cd d 146 d 219 17,35 B cd d 9 d 147 17,35 B cd d 235 d 44 16,86 C cd d 280 d 109 16,85 B cd d 129 d 216 16,84 B cd d 44 d 9 16,82 C cd d 70 d 70 16,49 B cd d 219 d 129 16,25 B cd d 147 d IAC 2 16,22 AB cd d 199 d 238 14,71 B d d 261 e 261 14,69 C d d 31 e 241 14,61 B d d 241 e 120 14,46 B d d 120 e 235 14,42 B d d 238 e 31 d IAC 8 14,21 C d e IAC 8 13,68 B d d IAC 2 18,43 C 8,45 SK CL Ep 3 Tukey 28,13 A a a 128 28,08 A a a 27 26,96 A ab a 32 25,73 B abc b 201 25,67 AB abcd b 80 25,23 AB abcde b 49 24,59 A abcdef b 2 24,47 AB abcdefg b 172 24,44 B abcdefg b 213 23,49 AB abcdefgh b 135 22,81 B abcdefgh b 22 22,28 B abcdefghi c 288 22,16 A abcdefghi c 47 22,16 B abcdefghi c 137 22,11 AB abcdefghi c 136 22,10 AB abcdefghi c 196 21,80 B bcdefghij c 146 21,47 B bcdefghijk c 43 21,37 AB bcdefghijk c 166 21,29 AB bcdefghijkl c 9 21,09 B bcdefghijkl c 199 20,96 AB bcdefghijkl c 216 20,73 AB cdefghijkl c 109 20,49 B cdefghijklm c 212 19,99 B cdefghijklm c 251 19,90 A cdefghijklm c 129 19,87 A cdefghijklm c 147 19,80 B defghijklm c 144 19,75 B efghijklm c 219 19,69 A efghijklm c 31 19,68 AB efghijklm c 44 19,53 B efghijklm c 280 19,31 B fghijklm c 261 18,74 B ghijklm d 70 18,09 B hijklm d 235 16,86 B ijklm d 241 16,49 B jklm d 120 16,37 AB klm d IAC 2 d 238 16,00 AB lm 15,47 B m d IAC 8 21,26 B 4,75 CJ Tukey SK 30,45 a a 30,37 a a 28,57 ab a 26,40 abc b 25,97 abcd b 25,75 abcd b 24,79 bcde b 24,57 bcde b 24,50 bcde b 24,12 bcdef b 23,88 cdefg b 23,88 cdefg b 23,82 cdefgh b 23,46 cdefgh b 23,40 cdefgh b 23,07 cdefgh b 22,76 cdefghi b 22,73 cdefghi b 22,70 cdefghi b 22,33 cdefghij b 21,91 defghijk c 21,90 defghijk c 21,70 defghijkl c 21,37 efghijkl c 21,22 efghijkl c 20,97 efghijkl c 20,80 efghijkl c 20,75 efghijkl c 20,28 fghijklm c 19,80 ghijklmn c 19,68 hijklmn c 18,92 ijklmn d 18,49 jklmn d 18,20 klmn d 17,95 klmn d 17,93 klmn d 17,86 lmn d 16,85 mn d d 16,64 mn 16,37 n d 4,70 6,11 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 51 A característica NB, conforme mencionado no item 4.1, apresentou os menores coeficientes de determinação genotípico, com as variações entre clones sendo devido principalmente a efeitos não controlados de ambiente, próprio de estacas. É interessante notar que os CVs foram bons ficando entre 14,0 a 18,0%, indicando precisão experimental satisfatória. Parecem resultados contraditórios mas o que pode ser concluído é que existe baixa variabilidade genotípica para esta característica, sendo necessário ter experimentos com maior precisão do que as encontradas neste trabalho. Em outras palavras, as variâncias residuais dos experimentos são pequenas para experimentos de campo, produzindo um desvio-padrão baixo em relação à média geral. Entretanto as variâncias devidas a genótipos são ainda menores, causando redução de R2 dificultando a seleção. Isto pode ser observado pelo menor número de contrastes obtidos pelo teste de Tukey, comparativamente às características anteriores. No Ep1 não houve sequer um contraste (tablea 7). O clone 9 apresentou oscilações significativas entre os três experimentos, contribuindo para causar interação clones x experimentos. O comportamento do clone 241 como o terceiro pior (últimas colocações) quanto ao número de brotos no Ep1 e primeiro nos dois outros indica presença de elevada interação deste clone com o ambiente. Os clones com maior número de brotos, próximos aos controles (topo da tabela 7) e com homogeneidade de respostas aos experimentos foram os seguintes: 219, 280, 129, 238, 288, 109 e 144. Destes os clones 238 e 109 foram homogêneos para os três experimentos. Os demais tiveram pelo menos dois experimentos com comportamento semelhante estatisticamente. 52 Tabela 7 - Médias da característica NB (número de brotos) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CLONES e EXPERIMENTOS Ep 1 Tukey SK CL Ep 2 Tukey SK CL CL 199 6,04 B a a 241 15,45 A a a 241 IAC 8 5,70 AB a a 219 12,70 A ab b 280 129 5,17 AB a a 280 10,43 A abc c IAC 8 219 4,85 B a a 129 10,42 A abc c 109 288 4,71 B a a 9 9,73 A abcd c 219 144 4,58 B a a 288 9,10 A abcde c IAC 2 261 4,47 A a a IAC 2 8,75 A abcde c 129 216 4,38 AB a a 135 8,63 A abcdef c 199 280 4,37 B a a IAC 8 8,58 A abcdef c 213 109 4,31 A a a 199 8,43 A abcdef c 128 IAC 2 4,23 B a a 238 8,26 A bcdef c 22 4,21 B a a 146 8,16 A bcdefg c 49 146 44 4,19 AB a a 144 8,04 A bcdefg c 235 251 4,12 A a a 216 7,99 A bcdefg c 201 27 4,09 AB a a 166 7,85 A bcdefg c 238 22 3,86 A a a 22 7,21 A bcdefg d 135 238 3,77 A a a 31 7,17 A bcdefg d 137 147 3,69 A a b 128 7,14 A bcdefg d 146 31 3,67 AB a b 147 7,03 A bcdefg d 32 135 3,54 B a b 109 6,97 A bcdefg d 288 120 3,50 AB a b 80 6,84 A bcdefg d 147 49 3,47 B a b 201 6,63 A bcdefg d 144 6,52 A bcdefg d 27 201 3,36 B a b 251 80 3,36 B a b 137 6,01 A cdefg d 80 43 3,24 A a b 172 6,01 A cdefg d 212 137 3,19 A a b 44 5,93 A cdefg d 2 196 3,09 AB a b 235 5,82 A cdefg d 166 9 2,98 B a b 27 5,61 A cdefg d 216 166 2,97 B a b 49 5,36 A cdefg d 261 212 2,91 A a b 196 5,18 A cdefg d 196 32 2,86 A a b 32 5,10 A cdefg d 31 47 2,85 A a b 120 5,04 A cdefg d 251 136 2,72 A a b 70 4,97 A cdefg d 44 70 2,72 B a b 261 4,79 A cdefg d 47 172 2,70 AB a b 212 4,66 A defg d 120 213 2,67 A a b 213 4,43 A defg d 70 235 2,59 B a b 136 4,00 A efg d 9 241 2,40 B a b 2 3,58 A fg d 136 2 2,34 A a b 47 3,55 A fg d 172 128 2,25 B a b 43 3,26 A g d 43 Médias 3,73 B 2,61 A CV(%) 18,19 14,29 Ep 3 Tukey SK CL CJ Tukey SK 5,61 B a a 241 8,29 a a 5,08 B ab a 219 6,73 ab b 4,31 B abc b 280 6,38 abc b 4,24 A abc b 129 6,23 abcd b 4,07 B abc b IAC 8 6,07 abcde b 3,98 B abc b 199 5,96 abcdef b 3,94 B abc b 238 5,76 abcdefg b 3,84 C abc b IAC 2 5,46 bcdefgh b 3,71 A abc b 288 5,33 bcdefghi b 3,69 AB abc b 109 5,10 bcdefghi c 3,48 A abc c 144 4,98 bcdefghi c 3,47 B abc c 146 4,94 bcdefghij c 3,32 AB abc c 135 4,86 bcdefghijk c 3,29 B abc c 216 4,79 bcdefghijk c 3,27 A abc c 22 4,72 bcdefghijk c 3,23 B abc c 9 4,44 bcdefghijkl c 3,19 A abc c 147 4,42 bcdefghijkl c 3,10 B abc c 201 4,30 cdefghijkl c 3,09 A abc c 166 4,24 cdefghijkl c 3,03 B abc c 31 4,23 cdefghijkl c 3,00 A abc c 80 4,21 cdefghijkl c 2,97 B abc c 251 4,21 cdefghijkl c 2,93 B abc c 27 4,14 cdefghijkl c 2,92 B abc c 128 4,13 cdefghijkl c 2,84 A abc c 44 4,06 cdefghijkl c 2,80 A abc c 49 4,06 cdefghijkl c 2,72 B abc c 137 4,03 defghijkl c 2,72 B abc c 261 3,89 efghijkl c 2,61 B abc c 235 3,79 fghijkl c 2,59 B abc c 32 3,62 ghijkl c 2,49 B abc c 213 3,56 ghijkl c 2,47 A abc c 120 3,56 ghijkl c 2,45 B abc c 196 3,54 hijkl c 2,44 A abc c 212 3,42 hijkl c 2,39 B abc c 172 3,38 hijkl c 2,37 B abc c 70 3,26 ijkl c 2,17 B bc c 47 2,93 jkl c 2,12 A bc c 136 2,90 kl c 2,02 B bc c 2 2,88 kl c 1,60 A c c 43 2,63 l c 3,10 C 2,10 16,97 15,74 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 53 4.2.2 Massa fresca total (MFT) e massa seca total (MST). Estas características são muito importantes sob o ponto de vista do melhoramento, pois devem ser obtidos clones com maior produção de biomassa por planta ou área. Na prática é muito comum colher no campo toda a parte aérea das plantas e submete-las a temperaturas elevadas, geralmente com vapor d´água (caldeiras) para extração dos óleos essenciais, num sistema de hidrodestilação ou arraste a vapor (STASHENKO, 2004). Desta forma foram obtidos dados sobre a massa fresca para se ter uma idéia, neste trabalho, sobre o desempenho dos clones em caso do processamento ser sem a secagem dos materiais. As tabelas 8 e 9 apresentam os resultados obtidos com os 40 clones estudados. Os coeficientes de variação ambiental foram altos, variando entre 27,0 a 36,4% para MFT e entre 22,0 a 38,5% para MST, sendo, portanto equivalentes. YAMAMOTO (2006) também obteve elevados coeficientes para características de massa, alegando serem muito influenciadas pelo ambiente por serem de natureza poligênica, resultado semelhante foi verificado por SANGALLI et al., (2004). Mesmo assim houve variação genotípica suficiente para formação de muitos contrastes entre as médias. As duas características foram obviamente muito correlacionadas e, os clones de valores maiores são coincidentes nas duas tabelas. O Ep1 foi o que apresentou a inversão do posicionamento dos controles e de forma significativa (Tukey e Scott & Knott a 5%), bem como os menores valores médios na ANAVA conjunta de experimentos, sendo considerado um ambiente desfavorável ao desenvolvimento dos clones. Esta área foi plantada por muito tempo com progênies segregantes de tomateiro, para seleção contra doenças viróticas, sem nunca o solo ter sido submetido a um processo de estruturação (subsolagem) apresentando-se muito compactado. A fertilidade foi considerada mediana e inferior ao apresentado pelos outros solos do Ep2 e Ep3. Esta pode ser uma indicação da causa da interação entre clones x experimento em todas as características relacionadas com a biomassa. O Ep2 teve a maior média experimental com, aproximadamente, seis vezes o valor de Ep1 e o dobro de Ep3, tanto para MFT quanto MST. A característica MST em Lippia alba não tem muito interesse sob o ponto de vista prático, pois nas pesquisas comparativas de rendimento de óleo com número elevado de clones ou parcelas, padronizam-se os materiais secando somente as folhas (até peso constante), evitando-se 54 as variações indesejáveis por extrações em tempos diferentes da massa fresca. Esta característica foi obtida, neste trabalho, para estimar a taxa de produção foliar ou eficiência foliar na matéria seca total (MSF/MST). Como nas duas tabelas os clones principais foram de desempenhos equivalentes (tabelas 8 e 9), procurou-se basear a seleção no caráter MFT. O clone 280 foi o melhor clone daqueles oriundos de recombinação, pois foi superior estatisticamente aos demais para MFT, inclusive quanto ao melhor controle (IAC 2) no Ep2 e Ep3 com produções de 1,85 Kg.Pl-1 e 1,323 Kg respectivamente. Estes níveis de produtividade foram muito superiores aos encontrados por YAMAMOTO (2006) em seis experimentos com dez clones experimentais de coleta. Os dois controles aqui utilizados (IAC 2 e IAC 8) são provenientes dos estudos daquela autora e, no presente trabalho, o melhor deles para MFT (IAC2) produziu no Ep2, 1,43 Kg.Pl-1 e no Ep3, 0,8 Kg.Pl-1. O clone 238 (inferior estatisticamente ao 280), também se mostrou com produções equivalentes aos controles, sendo superior em valores absolutos ao IAC 8 no Ep1, contudo estes não diferem estatisticamente. Nos demais experimentos, este apresentou semelhanças estatísticas com os dois controles. Os demais clones selecionados foram: 219, 129, 238, 199, 241, 109, 137, 251 e 144. Houve uma grande amplitude de valores de MFT dentro de cada experimento, sendo o maior deles referentes ao EP2 com 1,66 Kg.Pl-1, refletindo grande variabilidade genotípica expressa no experimento. 55 Tabela 8 - Médias da característica MFT (massa fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 238 IAC 8 219 280 IAC 2 144 261 199 70 201 147 251 241 120 43 9 135 109 166 212 288 49 137 27 44 196 47 129 146 136 213 80 31 22 172 235 216 128 2 32 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 333,75 B a 313,50 C a 223,13 B b 219,75 C b 195,88 C bc 193,13 B bc 190,13 B bc 154,75 B bcd 144,00 B bcde 139,13 B bcdef 139,00 B bcdef 124,38 C cdefg 118,50 B cdefgh 117,67 B cdefgh 113,13 B cdefghi 104,13 B defghi 104,00 B defghi 86,25 C defghi 85,38 C defghi 85,25 B defghi 84,13 C defghi 81,75 B defghi 80,63 B defghi 80,00 B defghi 77,63 B defghi 76,50 B defghi 68,13 B efghi 65,25 B efghi 64,63 C efghi 64,00 B efghi 59,00 B efghi 58,88 B fghi 55,63 B fghi 51,63 B ghi 50,25 B ghi 49,50 B ghi 46,13 B ghi 42,75 C ghi 38,75 B hi 31,75 B i 110,29 C 27,28 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL SK CL Ep 2 Tukey a 280 1850,75 A a a 280 a IAC 2 1431,50 A ab b 219 b 129 1341,25 A abc b IAC 2 b 219 1245,63 A bcd b IAC 8 b IAC 8 1236,75 A bcde b 238 b 137 966,50 A bcdef c 199 b 251 957,25 A bcdef c 241 c 238 868,50 A cdefg d 109 c 109 856,00 A cdefg d 70 c 199 822,00 A cdefgh d 129 c 241 800,75 A defgh d 251 c 144 759,00 A defgh d 288 c 9 704,00 A efghi d 44 c 135 d 166 701,13 A fghi c 201 686,88 A fghi d 213 c 166 658,50 A fghi d 212 c 128 657,88 A fghi d 261 d 288 d 27 645,75 A fghi d 70 643,50 A fghi d 144 d 44 642,50 A fghi d 147 d 147 605,13 A fghi d 235 d 146 d 128 571,50 A fghi d 31 569,75 A fghi d 137 d 120 517,38 A fghi e 32 d 196 510,38 A fghi e 9 d 216 509,75 A fghi e 2 d 32 501,25 A fghi e 201 d 80 492,00 A fghi e 146 d 172 485,63 A fghi e 135 d 235 438,50 A fghi e 43 d 212 418,63 A ghi e 120 d 261 399,25 A ghi e 49 d 2 385,63 A ghi e 216 d 213 384,00 A ghi e 22 d 27 354,13 A ghi e 196 d 47 341,25 A ghi e 31 d 49 304,50 A hi e 80 d 22 210,50 A i e 47 d 43 194,75 A i e 136 d 136 186,75 A i e 172 671,42 A 28,19 Ep 3 Tukey 1320,00 B a 802,75 A b 801,88 B b 738,50 B bc 608,38 A bcd 603,63 AB bcd 560,50 A bcde 514,88 B bcdef 436,63 A bcdefg 435,63 B bcdefg 429,13 B bcdefg 372,63 B cdefg 368,38 AB cdefg 351,25 B defg 342,38 A defg 334,25 A defg 326,50 AB defg 325,13 AB defg 302,75 AB defg 295,00 B defg 292,13 AB defg 289,00 B defg 285,88 B defg 269,88 AB defg 268,38 B defg 267,00 A defg 266,38 B defg 263,88 B defg 246,25 B defg 244,13 A defg 242,63 B defg 223,38 AB efg 220,25 B efg 209,38 A efg 157,88 B fg 143,50 B fg 132,50 B g 125,25 B g 111,75 AB g 108,50 B g 365,95 B 36,37 SK CL a 280 b IAC 2 b IAC 8 b 219 c 129 c 238 c 199 d 251 d 241 d 109 d 137 d 144 d 70 d 288 d 166 d 201 d 44 d 9 d 135 d 147 d 128 d 261 d 146 e 120 e 212 e 32 e 213 e 235 e 216 e 31 e 27 e 196 e 2 e 80 e 172 e 49 e 43 e 47 e 22 e 136 SK CJ Tukey 1130,17 a a b 809,75 b 762,92 b b 757,17 b b 614,04 bc b b 603,54 bc 526,79 cd c 503,58 cde c 493,25 cdef c c 485,71 cdefg 444,33 cdefgh c 418,29 cdefghi c 408,04 cdefghij c 367,50 defghijk c 365,04 defghijkl c 364,13 defghijkl c 362,83 defghijkl c 358,83 defghijkl c 350,46 defghijkl c 346,38 defghijkl c 329,88 defghijklm c 305,29 efghijklm c 300,00 efghijklm c 292,56 fghijklm c 279,38 ghijklm c 267,63 hijklm c 261,79 hijklm c 260,04 hijklm c 258,71 hijklm c 256,29 hijklm c 253,08 hijklm c 248,25 hijklm c 230,46 ijklm c 227,79 ijklm c 214,79 ijklm c 203,21 jklm c 184,00 klm c 178,21 klm c 157,17 lm c 120,83 m c 382,55 35,21 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 56 Tabela 9- Médias da característica MST (massa seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL IAC 8 238 219 280 261 IAC 2 144 147 201 109 43 199 9 251 120 241 70 135 288 27 47 212 166 22 44 136 49 213 137 129 128 196 146 2 172 31 235 216 80 32 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 94,25 B a 88,63 B a 67,00 C ab 65,63 C ab 64,75 A abc 62,63 C abcd 50,63 B bcde 48,50 B bcde 48,50 B bcde 45,00 B bcde 44,13 B bcdef 39,75 B bcdef 38,75 B bcdef 36,63 B bcdef 36,00 B bcdef 35,38 B bcdef 33,88 B bcdef 33,75 B bcdef 29,75 C bcdef 29,25 B bcdef 27,75 B cdef 27,00 B cdef 26,88 B def 25,00 B def 24,50 B ef 23,75 B ef 22,63 B ef 22,25 B ef 21,25 B ef 19,50 B ef 19,13 C ef 19,00 B ef 19,00 B ef 17,25 B ef 17,25 B ef 16,50 C ef 15,25 B ef 15,13 B ef 14,00 B ef 6,75 B f 34,81 C 38,43 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL SK CL Ep 2 Tukey a 280 501,00 A a a 280 a IAC 2 417,75 A ab b IAC 2 b IAC 8 366,13 A abc c 219 b 129 343,75 A bcd c IAC 8 b 219 337,75 A bcd c 199 b 137 d 238 262,50 A cde c 144 243,13 A cdef e 241 c 251 236,13 A cdef e 251 c 238 231,00 A cdefg e 109 c 199 222,63 A defgh e 70 c 135 218,50 A defghi e 129 d 109 210,38 A defghi e 147 d 288 209,75 A defghi e 44 d 241 184,38 A efghij f 288 d 128 183,38 A efghij f 166 d 9 182,00 A efghij f 128 d 70 166,75 A efghijk f 213 d 147 162,50 A efghijk f 27 d 31 160,25 A efghijk f 261 d 44 157,25 A efghijk f 137 d 120 155,63 A efghijk f 212 d 146 155,38 A efghijk f 146 d 201 154,38 A efghijk f 135 e 166 143,75 A efghijk f 43 e 80 135,67 A efghijk g 216 e 196 128,00 A efghijk g 144 e 32 117,38 A fghijk g 235 e 216 113,00 A fghijk g 49 e 235 112,25 A fghijk g 32 e 212 109,13 A fghijk g 2 e 2 90,50 A ghijk g 9 e 261 90,38 A ghijk g 120 e 27 89,75 A ghijk g 201 e 213 87,75 A hijk g 22 e 172 76,50 A ijk g 80 e 47 65,75 A jk g 47 e 49 65,51 A jk g 31 e 136 54,50 A jk g 136 e 22 53,13 AB jk g 196 e 43 38,75 B k g 172 175,85 A 28,68 Ep 3 Tukey 410,00 B a 253,50 B b 225,33 B bc 217,75 AB bc 214,00 AB bcd 194,25 A bcde 188,50 A bcde 158,50 A cdef 143,17 A defg 141,75 A defgh 133,13 B efghi 112,17 AB fghij 111,50 AB fghij 111,00 B fghij 107,17 A fghij 106,67 B fghij 103,75 A fghij 101,75 A fghij 99,25 A fghij 91,00 A fghij 86,50 A fghij 85,63 AB fghij 83,13 B ghij 83,00 A ghij 79,83 AB ghij 79,83 B ghij 78,83 AB ghij 78,00 A ghij 77,50 AB ghij 76,33 A ghij 68,00 B hij 67,83 B ij 64,50 B ij 62,67 A ij 56,17 B j 52,50 AB j 49,88 B j 43,25 AB j 38,83 B j 38,38 AB j 114,37 B 22,83 SK CL a 280 b IAC 2 b IAC 8 b 219 b 238 c 129 c 199 d 251 d 241 d 109 d 137 e 144 e 288 e 70 e 135 e 147 e 128 e 44 e 9 f 166 f 201 f 146 f 120 f 261 f 31 f 212 f 27 f 213 f 216 f 235 f 80 f 32 f 196 g 2 g 49 g 43 g 47 g 22 g 172 g 136 SK CJ Tukey 325,54 a a 244,63 b b 226,04 b b 210,03 bc b 171,29 cd b b 165,46 cde 158,79 cdef b 143,75 defg c 136,08 defgh c 132,85 defgh c 124,92 defghi c 124,53 defghi c 116,83 efghij c c 114,13 efghijk c 111,79 fghijkl 107,72 fghijklm c 103,06 ghijklmn c 97,75 ghijklmno c 96,25 ghijklmnop c 92,60 ghijklmnopq c 89,13 hijklmnopq c 86,67 hijklmnopq c 86,49 hijklmnopq c 84,79 hijklmnopq c 75,54 ijklmnopq c 74,21 ijklmnopq c 73,58 ijklmnopq c 71,25 jklmnopq c 69,32 jklmnopq c 68,78 jklmnopq c 68,61 jklmnopq c c 67,21 jklmnopq 61,94 klmnopq c 61,36 lmnopq c 55,38 mnopq c 55,29 nopq c 48,67 opq c 46,93 opq c 44,04 pq c 40,50 q c 108,34 31,09 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 57 4.2.3 Massa fresca folhas (MFF), massa seca de folhas (MSF) e relações MFF/MFT e MSF/MST Estas características podem ser consideradas mais relevantes para aumento de rendimento de óleo e de majoritário, no caso linalol, durante o melhoramento visando seleção de novos clones. Pelas tabelas 10, 11, 12 e 13, pode se observar ampla variabilidade genotípica para as características MFF e MSF, como pode ser comprovado pelos respectivos coeficientes de determinação genotípicos dos três experimentos conforme já discutidos anteriormente, obtendo-se valores elevados de R2 (91,4 a 96,4%). Considerando as médias dos três experimentos, os respectivos valores máximos, mínimos e amplitudes foram: 300,63 a 39,13g.Pl-1, amplitude 201,5 para MFF e 102,72 a 11,92 g.Pl-1 , amplitude 90,8 para MSF. As relações que estimam a eficiência de produção de folhas, tanto fresca como seca, tiveram, em média, amplitudes menores e, conseqüentemente, menores variabilidades genotípicas com valores de amplitudes muito próximas, 12,02% para MFF/MFT e somente 4,8% para MSF/MST, resultando em menor variação genotípica para seleção, R2, entre 74,8 a 87,7%. Por outro lado, conforme o esperado, as relações apresentaram precisões experimentais muito melhores do que as características simples, com CVs abaixo de 9,0%. As características simples MFF e MSF, como estão mais sujeitas às variações de ambiente e interações, os CVs% ficaram entre 24,0 e 35,0%. De forma semelhante, SANGALLI et al., (2004), também encontrou baixas precisões experimentais para MSF nos seus estudos de adubação com resíduos orgânicos e nitrogênio em capuchinha (Trapoelum majes) e MARCO et al., (2006) também obtiveram alto coeficiente de variação (CV%), trabalhando com diferentes espaçamentos e época de corte em capim citronela (Cymbopogon winterianus Jowitt). Para minimizar os efeitos não controlados do ambiente, principalmente aqueles inerentes às estacas, recomenda-se aumento do tamanho de parcelas em experimentos com menor número de clones a serem testados. Os melhores clones que estão nos topos das tabelas 10, 11, 12 e 13, próximos ou superiores aos controles podem ser selecionados, desde que tenham respostas homogêneas entre os três experimentos (baixa oscilação entre os melhores ou quanto aos controles. Para MFF (tabela 10), o clone 280 foi superior no Ep2 e Ep3 aos dois controles bem como aos demais clones pelos dois testes de médias realizados. No Ep1, foi 58 superior ao IAC 8 e semelhante ao IAC 2. Este clone é o mais promissor dentre todos os demais testados, pois tem muita massa foliar o que permitirá ganhos substanciais na produção de linalol. Os demais clones selecionados para MFF e que possuem desempenho equivalente aos dois controles e certa homogeneidade de resposta (pelo menos para dois Eps) foram os seguintes: 280, 238, 219, 199, 241, 201, 109, 251 e 137. 59 Tabela 10 - Médias da característica MFF (massa fresca de folhas) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 238 IAC 8 280 219 144 IAC 2 109 261 199 241 251 147 201 70 135 166 9 288 43 47 212 80 120 49 137 213 136 44 146 2 22 128 27 129 235 216 31 196 172 32 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 92,33 B a 71,00 B ab 60,13 B bc 59,13 B bc 57,00 B bcd 51,25 B bcde 48,13 B bcdef 47,50 B bcdef 46,75 B bcdef 44,38 B cdefg 43,13 B cdefgh 42,00 A cdefghi 41,88 B cdefghi 39,63 B cdefghij 36,75 B cdefghijk 36,63 C cdefghijk 34,75 C defghijkl 30,50 B efghijkl 29,50 A efghijkl 27,25 A efghijkl 26,75 A fghijkl 25,75 B fghijkl 25,63 B fghijkl 25,13 B fghijkl 24,75 B fghijkl 24,63 B fghijkl 22,00 B ghijkl 22,00 B ghijkl 21,00 B ghijkl 19,63 B hijkl 19,25 B hijkl 18,63 C ijkl 17,50 B jkl 17,50 B jkl 17,00 B jkl 17,00 B jkl 17,00 B jkl 14,50 B kl 12,75 B kl 11,75 B l 33,49 C 25,74 SK a b c c c c d d d d d d d d e e e e e e e e e e e e f f f f f f f f f f f f f f CLONES e EXPERIMENTOS Ep 2 Tukey CL SK CL 280 455,00 A a a 280 201 296,75 A b b 219 IAC 2 285,38 A bc b 199 219 272,75 A bcd b IAC 8 199 261,25 A bcde b 238 137 257,00 A bcdef b IAC 2 IAC 8 243,50 A bcdefg b 241 251 216,75 A bcdefgh b 109 135 212,63 A bcdefghi b 251 109 196,13 A bcdefghij c 70 129 189,25 A bcdefghij c 129 238 175,25 A bcdefghijk c 288 166 173,38 A bcdefghijk c 235 241 171,13 A bcdefghijk c 166 128 163,63 A cdefghijk c 44 70 159,25 A cdefghijk c 213 31 155,13 A cdefghijk c 201 44 153,75 A defghijk c 2 144 152,50 A defghijk c 212 288 140,13 A efghijk c 146 235 133,25 A efghijk c 137 9 133,25 A efghijk c 27 147 132,38 A efghijk c 9 216 130,88 A efghijk c 147 213 127,25 A fghijk c 261 146 123,25 A ghijk c 128 196 119,63 A ghijk c 135 120 117,00 A ghijk c 49 80 116,75 A ghijk c 120 136 109,75 A hijk d 144 49 95,38 A hijk d 32 172 93,88 A hijk d 196 261 83,38 A ijk d 216 47 81,63 A jk d 22 32 79,00 A jk d 31 212 79,00 A jk d 43 27 68,50 AB jk d 80 2 67,88 AB jk d 47 22 57,00 A k d 136 43 49,75 A k d 172 158,23 A 29,27 Ep 3 Tukey SK 386,75 A a a 216,50 A b b 194,75 A bc b 181,25 AB bcd b 179,63 A bcde b 168,13 AB bcdef b 153,38 A bcdefg b 138,00 A bcdefgh c 126,38 AB bcdefghi c 122,13 A bcdefghi c 115,75 AB cdefghij c 111,63 A cdefghij c 102,63 AB cdefghij c 101,75 B cdefghij c 100,25 A cdefghij c 96,00 A defghij c 93,88 B defghij c 86,25 A defghij c 83,63 A efghij c 77,00 AB fghij d 74,13 B fghij d 72,88 A fghij d 72,00 B fghij d 71,75 A ghij d 69,88 AB ghij d 69,50 B ghij d 67,63 B ghij d 62,75 AB ghij d 59,50 B ghij d 56,63 B hij d 54,38 A hij d 52,63 B hij d 51,75 B hij d 45,88 AB hij d 40,88 B ij d 38,13 A ij d 36,63 B ij d 34,25 A ij d 33,88 B ij d 24,25 B j d 98,12 B 34,67 CL 280 219 IAC 2 199 IAC 8 238 201 251 109 241 137 129 70 135 166 288 44 144 235 128 213 147 9 146 31 120 261 216 212 196 49 80 2 136 27 32 47 172 22 43 CJ Tukey SK 300,63 a a 182,79 b b 168,25 bc b 167,58 bc b 165,25 bc b 149,07 bcd b 144,17 bcde b 128,75 cdef b 127,42 cdef b 122,96 cdefg b 118,63 cdefgh b 107,50 defghi c 107,00 defghij c 105,67 defghij c 103,92 defghijk c 94,08 efghijkl c 92,00 fghijklm c 88,71 fghijklmn c 84,29 fghijklmn c 83,92 fghijklmn c 82,63 fghijklmn c 82,04 fghijklmn c 80,00 fghijklmn c 73,75 ghijklmn c 71,00 ghijklmn c 67,38 hijklmn c 66,92 hijklmn c 66,54 hijklmn c 63,13 ijklmn c 62,25 ijklmn c 61,08 ijklmn c 59,71 ijklmn c 57,92 ijklmn c 55,21 jklmn c 52,96 klmn c 48,38 lmn c 47,71 lmn c 43,63 lmn c 40,71 mn c 39,13 n c 96,62 34,73 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 60 Os resultados obtidos para MSF (tabela 11) são praticamente semelhantes, conforme o esperado, para massa fresca de folhas (tabela 10) em virtude da elevada correlação entre eles (r = 97,3%), conforme já verificado e, as magnitudes diferentes dos valores obtidos, foram em função da perda de água. No Ep1, o clone 238 diferiu estatisticamente do controle IAC 2, pelo teste de Tukey, porém foi semelhante ao IAC 8, enquanto que pelo Scott & Knott, ele diferiu de ambos. No Ep2 e Ep3 surgiu, novamente como o melhor clone o 280, diferindo significativamente a 5% dos dois controles por Scott & Knott e Tukey (Ep3) e somente para o IAC 8 pelo teste de Tukey (tabela 11). Os clones selecionados para MSF foram os seguintes, 280, 238, 219, 199, 251, 201, 241, 144 e 288. 61 Tabela 11 - Médias da característica MSF (massa seca de folhas) em g, para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 238 IAC 8 219 280 IAC 2 261 144 199 201 147 109 241 251 135 9 70 120 288 47 43 166 235 136 212 213 80 32 49 137 22 44 146 2 196 129 31 128 216 172 27 Média CV(%) Ep 1 Tukey 31,50 B a 24,13 C ab 19,00 B bc 18,50 B bcd 17,75 C bcde 16,50 B bcdef 16,50 B bcdef 16,13 B bcdefg 15,25 B bcdefgh 14,63 B bcdefghi 14,13 C cdefghij 13,75 B cdefghijk 13,00 B cdefghijk 12,25 B cdefghijk 11,25 B cdefghijk 11,00 B cdefghijk 9,75 C cdefghijk 9,63 B cdefghijk 9,50 A cdefghijk 8,88 B defghijk 8,38 C efghijk 8,13 B efghijk 7,75 B fghijk 7,63 B fghijk 7,63 B fghijk 7,50 B fghijk 7,50 B fghijk 7,25 B fghijk 7,00 B fghijk 6,50 B ghijk 6,25 B hijk 6,13 B hijk 5,63 C hijk 5,63 B hijk 5,50 C hijk 5,25 B ijk 5,13 C ijk 4,75 B jk 4,13 B k 4,00 B k 10,77 C 32,24 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL SK CL Ep 2 Tukey a 280 163,00 A a a 280 b IAC 2 125,63 A ab b IAC 8 c IAC 8 113,63 A bc b 199 c 219 89,75 A bcd c IAC 2 c 238 78,63 A cde d 238 c 129 74,75 A cdef d 219 c 201 72,00 A defg d 251 c 251 70,13 A defg d 70 c 137 d 109 68,50 A defgh c 109 65,50 A defghi d 241 c 135 64,88 A defghi d 129 c 241 62,63 A defghij d 288 c 166 62,25 A defghij d 146 d 128 61,75 A defghij d 147 d 288 60,63 A defghij d 166 d 144 60,00 A defghij d 44 d 9 59,63 A defghij d 212 d 199 53,63 A defghijk d 235 d 31 52,75 A defghijk d 201 d 80 51,63 A defghijk d 213 d 70 51,25 A defghijk d 137 d 44 50,13 A efghijk d 135 d 147 48,50 A efghijk d 2 d 120 45,00 A efghijk e 27 d 146 42,88 A efghijk e 128 d 32 42,75 A efghijk e 120 d 213 41,63 A efghijk e 32 d 235 41,25 A efghijk e 261 d 196 41,25 A efghijk e 22 d 216 39,25 A fghijk e 49 d 172 e 216 36,38 A fghijk d 212 34,75 A ghijk e 9 d 136 33,63 A ghijk e 144 d 2 33,50 A ghijk e 31 d 261 30,50 A hijk e 80 d 47 29,00 A ijk e 43 d 49 29,00 A ijk e 47 d 27 24,50 A jk e 136 d 22 23,38 A jk e 172 d 43 14,88 A k e 196 56,12 A 24,78 Ep 3 Tukey 126,67 A a 73,50 B b 68,63 A b 65,17 B bc 64,25 A bc 62,88 AB bc 42,38 AB cd 42,25 A cd 41,50 B cde 37,25 AB def 36,75 B def 36,13 AB defg 34,00 A defgh 33,83 AB defgh 33,25 B defghi 31,63 A defghij 28,88 AB defghij 27,50 AB defghij 27,50 B defghij 27,38 A defghij 27,13 B defghij 26,67 B defghij 26,17 B defghij 25,25 A defghij 24,13 B defghij 23,83 B defghij 22,63 AB defghij 21,75 AB defghij 19,83 A defghij 18,75 AB defghij 17,67 B efghij 16,83 B fghij 13,83 B fghij 13,17 B fghij 13,00 B fghij 12,00 AB ghij 10,75 A hij 10,75 B hij 9,33 B ij 8,75 B j 32,59 B 26,53 SK CL a 280 b IAC 8 b IAC 2 b 238 b 219 b 199 c 251 c 109 c 129 c 201 c 241 c 288 c 70 c 166 c 135 d 137 d 147 d 128 d 144 d 44 d 9 d 146 d 120 d 235 d 213 d 32 e 80 e 212 e 31 e 261 e 2 e 216 e 196 e 49 e 27 e 136 e 172 e 22 e 47 e 43 CJ Tukey SK 102,72 a a 70,42 b b 69,51 b b 58,13 bc b 57,21 bc b 46,13 cd c 41,83 de c 40,38 def c c 39,00 defg 38,25 defgh c 37,88 defghi c 35,46 defghij c 34,83 defghij c 34,63 defghij c 34,60 defghij c 34,21 defghij c 32,32 defghijk c 30,33 efghijkl c 30,11 efghijkl c 29,33 efghijkl c 29,24 efghijkl c 27,67 efghijkl c 26,19 fghijklm c 25,63 fghijklm c 25,54 fghijklm c 24,29 ghijklm c 24,04 ghijklm c 23,75 hijklm c 23,72 hijklm c 22,92 ijklm c c 21,76 jklm 20,56 jklm c 18,54 klm c 18,33 klm c 17,92 klm c 17,38 klm c 16,61 lm c 16,57 lm c 16,42 lm c 11,92 m c 33,16 29,15 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 62 Os clones com maior eficiência de produção de folhas em princípio devem ser os preferidos, desde que tenham um volume de produção alto. Foi observado que os clones superiores para produção de MSF não são os de maiores taxas de produção de folhas. Como no denominador da relação entra a massa (g) de todo o material relacionado com a parte aérea, como ramos, flores, frutos, infrutescências e a própria massa de folhas, notou-se que os clones até então superiores em massa de folhas (fresca e seca) possuem ramos grossos e internódios longos, diminuindo a relação. São os casos dos dois controles, principalmente o clone IAC 8 (muito vigoroso) e o clone recombinante 280 para MFF/MFT (tabela 12). Embora, este teve uma melhor resposta de eficiência foliar quando as folhas foram secas, mudando significativamente sua posição em relação aos controles nos três Eps segundo os contrastes pelo Scott & Knott (tabela 13). Outros clones recombinantes, até então semelhantes aos controles em produção de biomassa também apresentaram taxa de produção de folhas superiores, com valores significativos aos controles em dois Eps, segundo o teste de Scott & Knott. Foram eles: 288, 199, 201, 238, 251 e 241 que haviam se destacado para MFF e MSF. Os clones de ramos mais finos foram, via de regra, os de maior eficiência foliar, mas com rendimento de folhas (MFF e MSF) abaixo estatisticamente dos controles e dos clones recombinante superiores. Conforme salientado, anteriormente, os clones com ramos mais finos e menos lenhoso de alta taxa de produção foliar podem ser selecionados em outra instância para estudos com diferentes espaçamentos, uma vez que eles podem ser considerados menos vigorosos e próprios para cultura adensada. Foram listados neste grupo os seguintes: 213, 235, 166, 135 e 80. No trabalho de YAMAMOTO (2006), também foram encontrados clones de porte reduzido, internódios muito curtos e alta eficiência de produção de folhas e foram identificados como pertencentes aos quimiótipos limoneno/carvona. Ainda segundo a mesma autora, foi constatada a presença de virose (provavelmente CMV-Cucumber mosaic vírus) nos clones limoneno / carvona, explicando possivelmente o ananísmo das plantas. Em nosso caso, o quimiótipo é linalol e não se observou visualmente sintoma de virose nas folhas das plantas de ramos finos, folhas menores e internódios curto, mantendo a resistência dos quimiótipos linalol a este vírus, conforme estudado, pioneiramente, por YAMAMOTO (2006). 63 Tabela 12 - Médias da característica MFF/MFT (massa fresca de folhas/massa fresca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 213 166 80 241 135 9 47 196 235 216 136 32 288 49 146 251 199 137 212 31 109 238 201 144 147 219 70 22 IAC 2 120 44 2 280 128 43 261 IAC 8 172 129 27 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 42,21 A a 40,24 A ab 40,22 A ab 36,83 A abc 36,44 A abcd 36,34 A abcd 35,95 A abcde 35,84 A abcde 34,62 A abcdef 34,28 A abcdef 34,16 A abcdef 33,49 A abcdefg 33,15 A abcdefg 33,05 A abcdefg 32,52 A abcdefg 32,39 A abcdefg 31,99 A abcdefg 31,57 A bcdefg 31,37 A bcdefg 31,30 A bcdefgh 31,14 A bcdefgh 30,73 A bcdefgh 30,55 A bcdefgh 30,49 A bcdefgh 30,39 A bcdefgh 29,82 A cdefgh 29,56 A cdefgh 29,22 A cdefgh 28,60 A cdefgh 28,40 A cdefgh 28,31 A cdefgh 28,24 A cdefgh 27,91 A cdefgh 26,88 A defgh 26,75 A defgh 26,21 A efgh 25,98 A fgh 25,43 A fgh 24,10 A gh 21,95 A h 31,38 A 6,33 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL SK CL Ep 2 Tukey a 136 38,24 A a a 201 a 120 35,23 A ab a 235 a 213 34,62 AB abc a 2 b 2 34,12 A abc a 199 b 47 33,96 AB abc a 288 b 80 33,57 AB abc a 238 b 199 a 136 33,06 A abcd b 238 a 251 32,45 A abcd b 212 32,44 A abcd a 166 b 49 31,07 AB abcde b 135 b 201 31,06 A abcde b 219 b 235 30,64 A abcde b 44 b 251 30,64 A abcde b 146 b 147 30,13 A abcde b 70 b 135 30,09 A abcde b 49 b 216 29,86 A abcde b 280 c 31 29,57 A abcde b 213 c 22 29,55 A abcde b 9 c 288 29,31 A abcde b 80 c 280 29,18 A abcde b 241 c 146 29,13 A abcde b 31 c 261 29,12 A abcde b 109 29,08 A abcde b 47 c 43 c 137 29,00 A abcde b 129 c 172 28,80 A abcde b 196 c 241 28,59 A abcde b 137 c 144 28,50 A abcdef b 216 c 219 27,96 A abcdef c 212 c 70 27,72 A bcdef c 120 c IAC 2 27,58 A bcdef c 128 c 196 27,02 A bcdef c IAC 8 c 166 26,67 A bcdef c 27 c 9 26,00 B bcdef c 147 d 109 25,54 A bcdef c 261 d 44 24,67 A cdef d IAC 2 d 32 24,51 B cdef d 22 d 128 23,36 A def d 32 d IAC 8 23,16 A def d 172 d 27 22,19 A ef d 144 19,14 A f d 43 d 129 29,09 B 6,90 Ep 3 Tukey 35,44 A a 34,36 A a 32,21 A ab 31,87 A abc 30,79 A abc 30,68 A abcd 30,65 A abcd 30,53 A abcd 29,13 A abcd 29,07 A abcd 28,86 A abcd 28,70 A abcd 28,54 A abcd 28,08 A abcd 28,00 B abcd 27,99 A abcd 27,97 B abcd 27,85 AB abcd 27,56 B abcd 27,52 A abcd 27,04 A abcd 26,89 A abcd 26,78 B abcd 26,48 A abcd 26,41 A abcd 26,04 A abcde 25,46 A abcde 25,06 A abcde 24,60 A abcde 24,31 A abcde 24,29 A abcde 24,28 A abcde 23,83 A abcde 21,79 A bcde 21,72 A bcde 21,61 B bcde 21,23 B bcde 20,25 A cde 19,22 B de 15,60 B e 26,61 C 8,69 SK CL a 213 a 136 a 80 a 235 a 201 a 199 a 47 a 166 a 135 a 2 a 238 a 251 a 288 a 241 a 49 a 146 a 9 a 216 a 196 a 212 a 120 a 31 a 219 a 137 a 70 a 280 b 147 b 109 b 44 b 22 b 32 b IAC 2 b 144 b 261 b 128 b 172 b IAC 8 b 43 b 129 b 27 SK CJ Tukey 34,82 a a 34,32 ab a 33,69 abc a 33,19 abc a 32,33 abcd a 32,31 abcd a a 32,16 abcd a 31,88 abcde 31,82 abcde a 31,50 abcdef a 31,28 abcdefg a 31,18 abcdefg a 31,07 abcdefg a 30,91 abcdefg a 30,69 abcdefg a 30,05 abcdefgh a 29,97 abcdefgh a 29,81 abcdefgh a 29,67 abcdefgh a 29,57 abcdefgh a 29,32 abcdefgh a 29,29 abcdefgh a 28,88 abcdefghi a 28,85 abcdefghi a 28,45 bcdefghij b 28,36 bcdefghijk b 28,06 cdefghijk b 27,83 cdefghijk b 27,20 defghijk b 26,71 defghijk b 26,25 efghijk b 25,90 fghijk b 25,90 fghijk b 25,65 ghijk b 24,84 hijk b 24,74 hijk b 24,47 hijk b 23,52 ijk b 23,17 jk b 22,80 k b 32,59 7,31 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 64 Tabela 13 - Médias da característica MSF/MST (massa seca de folhas/massa seca total) para 40 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 80 9 251 47 241 32 201 288 238 166 2 219 147 135 137 213 49 146 280 70 199 109 136 129 120 IAC 2 212 235 31 128 IAC 8 261 216 44 144 43 196 172 22 27 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 39,48 A a 38,21 A ab 35,41 A abc 35,37 A abc 34,88 A abc 34,52 A abcd 33,71 A abcde 32,94 A abcde 32,74 A abcde 32,73 AB abcde 32,70 AB abcde 32,38 A abcde 32,24 A abcde 31,98 A abcde 31,70 A abcde 31,14 B abcde 30,56 AB abcde 30,52 A abcde 29,48 A abcde 29,40 A abcde 29,23 A abcde 28,52 A abcde 27,90 B abcde 27,56 A abcde 27,24 A abcde 27,02 AB abcdef 26,96 B abcdef 26,96 A abcdef 26,77 A abcdef 26,18 AB bcdef 25,63 B bcdef 25,44 AB cdef 25,28 B cdef 24,46 A cdef 24,14 B cdef 22,55 B def 22,51 A def 22,31 A ef 22,20 B ef 15,95 A f 29,08 B 8,46 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL Ep 2 Tukey SK CL a 213 49,33 A a a 199 a 136 49,32 A a a 238 a 199 46,63 A ab a 219 a 49 45,12 A abc a 280 a 80 42,51 A abcd b 251 a 43 41,24 A abcde b 70 a 212 40,49 A abcde b 109 a 235 40,36 A abcde b 147 a 238 40,33 A abcde b 235 a 201 39,87 A abcde b IAC 8 a 166 38,69 A abcdef c 288 a 147 38,36 A abcdef c 241 a 251 37,96 A abcdef c 44 a 135 37,95 A abcdef c 146 a 196 37,76 A abcdef c 201 a 144 37,59 A abcdef c 129 a 288 37,47 A abcdef c 166 a 31 37,16 A abcdef c 212 a 2 37,13 A abcdef c 137 a 172 37,04 A abcdef c 2 a 22 36,61 A bcdef c 135 b 261 36,51 A bcdef c 213 35,83 A bcdef c 9 b 216 b 129 35,82 A bcdef c 120 b 146 35,67 A bcdef c 31 b 137 35,66 A bcdef c 27 b 280 35,54 A bcdef c 136 b 219 35,18 A bcdef c 128 b 70 35,13 A bcdef c 49 b 241 34,93 A bcdef c 32 b 47 34,88 A bcdef c IAC 2 b 128 34,73 A bcdef c 196 b 44 34,51 A bcdef c 216 b 9 33,57 A cdef c 261 b 32 33,46 A cdef c 172 b IAC 8 33,41 A cdef c 80 b IAC 2 32,37 A def c 47 b 109 31,75 A def c 22 b 120 29,89 A ef c 144 c 43 b 27 27,65 A f 37,33 A 6,76 Ep 3 Tukey 37,07 A a 33,54 A ab 32,05 A abc 32,00 A abc 30,75 A abcd 30,09 A abcde 30,04 A abcdef 29,92 A abcdef 29,69 A abcdef 29,58 AB abcdef 29,33 A abcdef 29,17 A abcdef 29,05 A abcdef 28,44 A abcdefg 27,84 A abcdefg 27,59 A bcdefg 27,53 B bcdefg 27,17 B bcdefg 27,12 A bcdefg 26,94 B bcdefg 26,92 A bcdefg 26,19 B bcdefgh 26,02 B bcdefgh 25,31 A bcdefghi 25,15 A bcdefghi 24,97 A bcdefghi 24,79 B bcdefghi 24,43 B cdefghi 24,07 B cdefghij 23,72 A cdefghij 23,55 B cdefghij 23,53 A cdefghij 23,12 B cdefghij 22,21 B defghij 21,54 A efghij 21,31 B fghij 20,01 A ghij 18,34 B hij 17,16 B ij 16,35 B j 26,22 C 6,62 SK CL a 199 b 238 b 213 b 251 c 80 c 201 c 136 c 147 c 288 c 219 c 49 c 241 c 166 c 9 c 280 c 235 c 135 c 2 c 70 c 146 c 137 c 212 c 32 d 129 d 109 d 47 d 31 d IAC 8 d 44 d 128 d 216 d 261 d 196 d IAC 2 d 120 d 172 e 43 e 144 e 22 e 27 CJ Tukey 37,51 a 35,50 ab 35,28 ab 34,68 ab 34,06 abc 33,72 abcd 33,64 abcd 33,46 abcde 33,21 abcde 33,20 abcde 32,97 abcde 32,96 abcde 32,90 abcde 32,50 abcdef 32,32 abcdef 32,21 abcdef 32,20 abcdef 32,19 abcdef 31,51 abcdefg 31,51 abcdefg 31,44 abcdefg 31,39 abcdefg 30,45 bcdefgh 30,26 bcdefgh 30,10 bcdefgh 29,80 bcdefgh 29,57 bcdefgh 29,49 bcdefgh 29,26 bcdefgh 28,34 cdefghi 27,92 cdefghi 27,86 defghi 27,69 defghi 27,58 defghi 27,46 efghi 26,69 fghi 26,09 ghi 25,87 ghi 25,35 hi 22,64 i 33,69 7,32 SK a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a b b b b b b b b b b b b b b b b b Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 65 4.2.4 Massa fresca e seca total / broto (MFT/Br, MSF/Br), massa fresca e seca de folhas / broto (MFF/Br, MSF/Br) Estas características foram feitas como alternativa de redução do erro experimental, pois se julgou que dividindo MFT, MST, MFF e MSF pelo número de brotos ou ramos das plantas nas parcelas poderiam, de certa forma, equacionar melhor estas variáveis. Conforme foi constatado pelos níveis elevados dos CVs encontrados e, principalmente, por NB ter sido a que teve os menores valores para o componente genotípico (R2), tendo predomínio de variâncias residuais, a alternativa proposta não se mostrou válida no presente estudo. Este fato leva a não confiabilidade da classificação dos clones em virtude das posições dos mesmos terem significativa influência ambiental do que propriamente de efeitos genéticos após a divisão por NB. Desta forma permanecem como mais adequadas às variâncias obtidas nas características per se e as discussões já realizadas anteriormente. Desta forma optou-se por não discutir as tabelas com as quatro características que possuem divisão por NB, mas mantê-las como anexo (anexos 9 a 12). 4.2.5 Rendimento de óleo essencial (RD) em % No Ep1, segundo a tabela 14, destacaram-se os clones 166, 280, 201 e 251 que apresentaram rendimento de 1,24; 1,11; 1,11 e 1,10% de óleo essencial respectivamente, contudo, não diferiram dos dois controles (IAC 8: 1,07 e IAC 2: 0,89%). O clone 288, com 0,96% ficou entre os dois controles, mas sem diferir estatisticamente. Os clones que apresentaram as menores médias para rendimento de óleo foram 241, 44, 219 e 238 com 0,43; 0,36; 0,35 e 0,33% respectivamente. No Ep2 destacaram-se os clones 166, 201, 49, 80, 280, 288, 251 e 147 com médias de 1,60; 1,38; 1,37; 1,34; 1,29; 1,24; 1,23 e 1,20%, não diferindo estatisticamente entre si, porém, diferem dos controles IAC 8: 0,98% e IAC 2: 0,94%. Os genótipos que apresentaram as menores médias foram 212, 241, 219 e 44 com 0,58; 0,44; 0,35 e 0,35% respectivamente. No Ep3 os clones que mais se destacaram foram 288, 166, 251, 5, 80, 49 e 280 com médias de 1,65; 1,47; 1,45; 1,43; 1,39; 1,29 e 1,23% respectivamente, porém, sem diferirem entre si e dos controles (IAC 2: 1,21% e IAC 8: 1,18%). Os clones que apresentaram as menores médias foram 44, 212, 235 e 219 com 0,63; 0,62; 0,57 e 0,54% respectivamente. Estes 66 níveis de RD dos clones superiores estão dentro da faixa obtida por YAMAMOTO (2006), cujo valor mais baixo de RD observado em dez experimentos foi 0,93%, porém, os dados obtidos são superiores aos encontrados por JANNUZZI (2006). Este autor, avaliando 16 acessos de Lippia alba,verificou teores de rendimento de plantas linalol variando de 0,65 a 0,84%. Os Cvs% foram baixos com valores entre 8,5 e 9,5% revelando bom controle experimental. Os clones selecionados para esta característica com valores próximos aos dos controles foram: 288, 166, 251, 80, 280, 70, 49, 201, 144 e 137. 67 Tabela 14 - Médias da característica RD (rendimento de óleo por planta) em % para 30 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CLONES e EXPERIMENTOS CL Ep 1 Tukey SK CL Ep 2 Tukey SK CL 1,24 A a 166 a 166 1,60 A a a 288 1,11 A ab 280 a 201 1,38 A ab a 166 1,11 A ab 1,37 A ab 201 a 49 a 251 1,10 A ab 1,34 A abc 251 a 80 a 5 1,09 A ab 80 a 280 1,29 A abcd a 80 1,08 A ab 70 a 288 1,24 A abcde a 49 1,08 A ab 5 a 251 1,23 A abcde a 280 IAC 8 1,07 A abc a 147 1,20 A abcde a IAC 2 0,98 A abcd 1,12 A abcde a 201 49 a 70 0,96 A abcd 1,09 A abcde a IAC 8 288 a 5 0,94 A abcd 147 a IAC 8 0,98 A abcdef b 137 IAC 2 0,89 A abcde a 146 0,97 A abcdef b 70 144 0,87 A abcde a 144 0,97 A abcdef b 144 146 0,79 A abcdef b IAC 2 0,94 A abcdef b 2 135 0,78 A abcdef b 137 0,92 A abcdef b 22 22 0,76 A abcdefg b 128 0,91 A abcdef b 128 2 0,75 A abcdefg b 135 0,88 A abcdefg b 9 120 0,74 A abcdefg b 9 0,86 A abcdefg b 146 128 0,74 A abcdefg b 22 0,82 A bcdefg b 199 137 0,72 A abcdefg b 2 0,78 A bcdefg b 129 129 0,68 A abcdefg b 120 0,77 A bcdefg b 147 9 0,67 A abcdefg b 129 0,73 A bcdefg b 241 212 0,56 A bcdefg c 235 0,69 A bcdefg c 135 235 0,53 A cdefg c 238 0,66 A cdefg c 120 109 0,50 A defg c 109 0,65 A cdefg c 109 199 0,47 A defg c 199 0,64 A defg c 238 241 0,43 A efg c 212 0,58 A efg c 44 44 0,36 A fg c 241 0,44 A fg c 212 219 0,35 A fg c 219 0,35 A g c 235 c 44 0,35 A g c 219 238 0,33 B g Médias 0,76 C 0,89 B CV(%) 8,48 8,92 Ep 3 Tukey 1,65 A a 1,47 A ab 1,45 A ab 1,43 A ab 1,39 A abc 1,29 A abcd 1,23 A abcde 1,21 A abcde 1,20 A abcde 1,18 A abcde 1,17 A abcde 1,16 A abcde 1,07 A abcde 1,00 A abcde 0,96 A abcde 0,96 A abcde 0,95 A abcde 0,93 A abcde 0,86 A abcde 0,82 A abcde 0,81 A abcde 0,77 A bcde 0,74 A bcde 0,73 A bcde 0,70 A bcde 0,68 A bcde 0,63 A cde 0,62 A cde 0,57 A de 0,54 A e 0,98 A 9,47 SK CL a 288 a 166 a 5 a 251 a 80 a 280 a 70 a IAC 8 a 49 a 201 a IAC 2 a 144 a 137 b 2 b 9 b 128 b 22 b 146 b 135 b 147 b 199 b 129 b 120 b 241 b 109 b 212 b 44 b 235 b 219 b 238 CJ Tukey SK 1,44 a a 1,39 a a 1,31 ab a 1,27 ab a 1,22 abc b 1,21 abcd b 1,14 abcde b 1,14 abcde b 1,09 abcde b 1,08 abcdef b 1,07 abcdef b 1,05 abcdefg b 1,03 abcdefg b 0,93 bcdefgh c 0,91 bcdefgh c 0,90 bcdefgh c 0,89 bcdefgh c 0,83 cdefghi c 0,81 defghi c 0,79 efghi c 0,77 efghi c 0,76 efghi c 0,70 fghi d 0,68 ghi d 0,63 hi d 0,62 hi d 0,60 hi d 0,53 i d 0,53 i d 0,52 i d 5,47 9,50 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 68 4.2.6 Produção de óleo por planta (PO) em g.Pl-1 Houve ampla variação nos teores de PO, entre os três experimentos, com diferenças entre si a 5% pelo teste Tukey, os dados são apresentados na tabela 15. O Ep1 foi considerado como ambiente desfavorável (compactação de solo) e por essa razão teve a menor média de PO (média de 0,096g.Pl-1) em função da dependendência desta característica para MST. Em seguida o Ep3 com 0,396g.Pl-1 e o melhor deles Ep2 com 0,647g.Pl-1. No Ep1 todos os clones ficaram abaixo da média geral, onde o clone 280 com média 0,2325 não diferiu estatisticamente do controle IAC 8 com média 0,2495, contudo, esses diferem dos demais clones avaliados. Os clones que apresentaram as menores médias para a característica foram 212, 129, 146 e 44 com médias de 0,0420; 0,0413; 0,400 e 0,0257 respectivamente. Os demais clones apresentaram médias de produção de óleo por planta próxima aos dois controles, formando um grupo de indivíduos favoráveis para seleção e posterior reavaliação. Contudo, no Ep2, destacouse o clone 280 que diferiu estatisticamente dos demais clones avaliados, com média de produção de 2,3632gPl-1, os clones 166, 251, 288, 201, 80, 144 e 70 não diferiram estatisticamente entre si e dos dois controles, porém, apresentaram médias superiores a média geral dos experimentos 0,3796. Os clones que apresentaram as menores médias foram 135, 144, 235 e 9 com médias 0,1721; 0,1632; 0,1620 e 0,1558 respectivamente. Os demais clones apresentaram médias próximas aos dois controles, constituindo um amplo grupo de indivíduos favoráveis para seleção e posterior reavaliação. No Ep3, as médias foram intermediárias entre Ep1 e Ep2, porém, destaca-se novamente o clone 280, que diferiu estatisticamente dos demais genótipos avaliados, com média de 1,6344. Os clones que apresentaram as menores médias para a característica foram 135, 144, 235 e 9, com médias 0,1721; 0,1632; 0,1620 e 0,1558 respectivamente. Os demais clones formaram grupos com médias próximas aos controles, sendo, portanto, selecionáveis para posteriores reavaliações. Desta forma os clones selecionados com PO maior e semelhantes aos controles foram: 280, 251, 166, 288, 201 e 70. 69 Tabela 15 - Médias da característica PO (produção de óleo por planta) em g para 30 clones e três experimentos com teste de Tukey e Scott e Knott a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL IAC 8 280 166 IAC 2 201 144 147 251 70 5 238 9 120 135 109 80 288 199 49 219 22 241 137 235 2 128 212 129 146 44 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 0,2495 A a 0,2325 B ab 0,1863 A abc 0,1826 B abc 0,1479 A abcd 0,1367 A abcde 0,1322 C bcde 0,1300 B bcde 0,1086 C cde 0,1016 A cde 0,0995 A cde 0,0926 B cde 0,0921 B cde 0,0901 B cde 0,0805 C cde 0,0805 A cde 0,0773 B cde 0,0720 A cde 0,0591 A de 0,0569 B de 0,0561 A de 0,0551 A de 0,0538 A de 0,0503 A de 0,0471 B de 0,0452 B de 0,0420 A de 0,0413 A de 0,0400 B de 0,0257 B e 0,0955 C 29,29 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL Ep 2 Tukey SK CL a 280 2,3632 A a a 280 a IAC 2 1,2646 A b b IAC 8 b IAC 8 1,0345 A bc b IAC 2 b 166 0,9649 A bc b 288 b 251 0,9243 A bc b 251 b 288 0,8629 A bc b 70 b 201 0,8581 A bc b 238 b 80 0,7990 A bc b 166 c 144 0,7706 A bc b 5 c 70 0,7051 A bc b 199 c 137 0,6371 A bc c 201 c 128 0,6220 A bc c 137 c 135 0,6161 A bc c 146 c 147 0,6006 A bc c 147 c 129 0,5914 A bc c 129 c 9 0,5898 A bc c 219 c 49 0,5709 A bc c 241 c 238 0,5587 A bc c 109 c 109 0,4638 A bc c 2 c 146 0,4434 A bc c 49 c 199 0,4217 A bc c 128 c 219 0,4048 A bc c 44 c 120 0,3662 A bc c 80 c 241 0,3411 A bc c 22 c 235 0,3333 A bc c 120 c 5 0,3321 A bc c 212 c 2 0,2790 A c c 135 c 212 0,2570 A c c 144 c 22 c 235 0,2397 A c c 44 c 9 0,2007 A c 0,6472 A 36,11 Ep 3 Tukey 1,6344 AB a 0,8820 A b 0,8288 AB bc 0,6395 A bcd 0,6332 A bcd 0,5109 B cde 0,4833 A def 0,4776 A def 0,4078 A def 0,3649 A def 0,3569 A def 0,3381 A def 0,3344 AB def 0,3194 B def 0,3192 A def 0,3106 A def 0,2846 A ef 0,2844 B ef 0,2768 A ef 0,2664 A ef 0,2561 B ef 0,2532 A ef 0,2051 A ef 0,2011 A ef 0,1854 AB ef 0,1851 A ef 0,1721 B f 0,1632 A f 0,1620 A f 0,1558 B f 0,3964 B 20,30 SK CL a 280 b IAC 2 b IAC 8 c 251 c 166 d 288 d 201 d 70 d 238 e 80 e 144 e 147 e 137 e 129 e 128 e 49 e 135 e 199 e 5 e 9 e 109 e 146 e 219 e 241 e 120 e 2 e 235 e 22 e 212 e 44 CJ Tukey 1,4100 a 0,7586 b 0,7220 b 0,5625 bc 0,5429 bcd 0,5266 bcde 0,4543 bcdef 0,4415 bcdef 0,3805 cdef 0,3615 cdef 0,3568 cdef 0,3507 cdef 0,3430 cdef 0,3173 cdef 0,3077 cdef 0,2988 cdef 0,2927 cdef 0,2862 cdef 0,2805 cdef 0,2794 cdef 0,2762 cdef 0,2726 cdef 0,2574 cdef 0,2269 def 0,2146 ef 0,2010 f 0,1818 f 0,1656 f 0,1614 f 0,1598 f 0,3796 37,82 SK a b b c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c c Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 70 4.2.7 Perfil fitoquímico: componente majoritário linalol (LN%) Através da análise fotoquímica (anexos 3 a 8), confirmou-se que o composto majoritário dos clones selecionados (método olfativo) para o presente estudo era linalol, contudo, foi possível verificar variações médias significativas na proporção do componente majoritário. Como não houve interação genótipo x ambiente, as discussões foram realizadas somente com base nas médias apresentadas pela ANAVA conjunta dos experimentos, uma vez que, na ausência de interação não há mudanças na posição dos clones. Os dados são apresentados na tabela 16. Tabela 16 – Análise da proporção do óleo majoritário (LN%) nos cinco clones recombinantes superiores para MSF mais os dois controles em três experimentos, com teste de Tukey a 5% para análises de variância simples e conjunta. CL 201 251 288 IAC 8 IAC 2 280 166 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 87,02 a A 85,81 a A 85,51 a A 83,12 a A 79,00 a A 78,46 a A 75,51 a A 82,24 A 3,45 CLONES e EXPERIMENTOS Ep 2 Tukey CL CL 288 84,48 a A 201 201 84,38 a A 251 81,94 b B 288 251 280 79,84 bc A IAC 8 IAC 8 79,55 c A 280 IAC 2 77,03 d A IAC 2 166 73,47 e A 166 80,22 B 0,60 Ep 3 Tukey 82,64 a A 81,45 a A 81,26 b B 75,99 bc A 74,16 c A 73,40 d A 69,45 e A 80,22 B 0,59 CL 201 288 251 IAC 8 280 IAC 2 166 CJ Tukey 84,68 A 84,08 A 83,07 AB 79,55 BC 77,49 C 76,48 CD 72,81 D 79,74 2,08 Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre clones pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre experimentos pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CL: clones, CJ: análise conjunta dos experimentos, CV(%): coeficiente de variação ambiental, Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC), Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças), Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA. O coeficiente de variação para essa análise foi muito baixo, o que permitiu boa separação dos clones através do teste de Tukey. É possível verificar que os clones 201 e 288 não diferem estatisticamente entre si, contudo, foram superiores estatisticamente (Tukey 5%) aos dois controles empregados, evidenciando o potencial genético da espécie para ser explorado por meio da recombinação livre ou dirigida entre os genótipos. Estes dois clones altamente produtivos de linalol foram selecionados 71 juntamente com os demais para experimentação posterior. Os teores de linalol aqui obtidos foram superiores aos encontrados por YAMAMOTO (2006). No seu estudo o valor médio máximo encontrado, testando quatro clones linalol em seis experimentos foi de 76,6% (IAC 2) e para oito clones linalol na média de dois experimentos, 81,3% (IAC 8). Os valores encontrados nesse trabalho, também foram superiores aos encontrados por TAVARES et al., (2005), que, analisando a composição química do óleo essencial de três quimiótipos de Lippia alba, identificaram teores de linalol de 73,99% na fase vegetativa e 60,05% na floração. BLANK et al., (2003) verificaram teores de linalol de 56,50 a 71,22% em manjericão (Ocimum basilicum L.) e FIGUEIREDO et al., (2005) identificaram concentrações de 76,51 a 78,95% de linalol em frutos maduros e secos de coentro (Coriandrum sativum L.) durante o outono e que os frutos verdes apresentaram teores de linalol variando de 31,36 a 41,77%, valores esses bem menores aos encontrados neste trabalho. Os dois clones derivados de recombinação genética produziram na média de três Eps, 85,3% e 84,8%, respectivamente para os clones 201 e 288. Da mesma forma, foi possível observar clones que apresentaram médias inferiores aos dois controles. O clone 280 apresentou média inferior ao IAC 8 e superior ao IAC 2, contudo, eles não diferiram estatisticamente entre si. O clone 166 foi o que apresentou a menor média para proporção de linalol no óleo essencial (média de 74,15%), não diferindo do controle IAC 2, contudo, em relação ao controle IAC 8, esse clone diferiu significativamente. Concluí-se, portanto, que os ganhos em produção de majoritário e de óleo total por planta e conseqüentemente por área devem ser mais dependentes da produção de biomassa, uma vez que foram detectadas ampla variabilidade genotípica para essa característica. Prevê-se que após a seleção de materiais mais produtivos numa base de germoplasma o mais ampla possível (recombinação de vários clones) deve-se a partir daí concentrar esforços, agora nos caracteres mais específicos com RD e PO. Além disso, a Lippia alba é uma espécie ainda não domesticada possuindo muitos ecótipos nas Matas Tropicais e Subtropicais que são reservas gênicas ainda inexploradas sob o ponto de vista do melhoramento genético para seleção de características relacionadas com a produção de biomassa. 72 4.3 Divergência Genética por Análises Multivariadas 4.3.1 Análise de agrupamento A análise dos trinta clones gerou a formação de cinco grupos distintos, de acordo com a distancia Euclidiana padronizada calculada e existente entre eles. Os resultados são mostrados na figura12. O primeiro grupo foi formado pelos clones 2, 22, 49, 80 e 5, onde os indivíduos mais similares foram os clones 49 e 80, seguidos pelos clones 22 e 2. O clone 5 apresentou a maior dissimilaridade entre os indivíduos desse grupo. Esses clones foram os que apresentaram as menores médias para as principais características agronômicas de importância, tais como massa fresca e seca total (MFT e MST), massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF). O segundo grupo foi constituído pela maior parte dos clones avaliados (11 clones), sendo possível verificar uma subdivisão dentro desse grupo. Os indivíduos que compõem o primeiro subgrupo são os clones 9, 128, 135, 166, 288, 44, os clones que formaram o segundo subgrupo foram 120, 146, 147, 212 e 235. De maneira semelhante ao primeiro grupo, esses genótipos apresentaram médias intermediarias para as principais características agronômicas de interesse, tais como massa fresca e seca total (MFT e MST), massa fresca e seca de folhas (MFF e MSF), área foliar (AF). Foram plotados como mais semelhantes nesse grupo, 146 e 147 (segundo subgrupo), seguidos por 166 e 288 (primeiro subgrupo), 212 e 235 (segundo subgrupo). O indivíduo que apresentou a maior dissimilaridade entre os integrantes desse grupo foi o clone 44 (primeiro subgrupo) e o 120 (segundo subgrupo). No terceiro grupo (nove clones) foi observada a mesma subdivisão descrita anteriormente. O primeiro subgrupo foi estabelecido com os clones 70, 137, 201, 144, 251, sendo que neste, os indivíduos mais próximos foram os clones 137 e 201, o individuo que apresentou a maior dissimilaridade neste subgrupo foi o 251. O segundo subgrupo foi formado com os clones 109, 199, 241 e 238, sendo os mais similares entre si o 109 e 199. O clone que apresentou a maior dissimilaridade dentro desse subgrupo foi o 238. Estes clones apresentaram médias próximas aos dois controles para as características descritas nos grupos anteriores. O quarto grupo foi formado com os clones de recombinação junto com os de coleta (controles), com 129, 219, IAC 2 e IAC 8. Os genótipos mais similares desse 73 grupo foram o 219 e T2 (IAC 2). O clone que apresentou a maior dissimilaridade dentro do grupo foi o clone 129. Esses genótipos apresentaram médias muito próximas aos controles e, em algumas das variáveis avaliadas, estes foram superiores em valores médios porem não diferiram estatisticamente. Destaque especial ficou para o clone 280, cuja superioridade já havia sido detectada estatisticamente em algumas características individuais. Na análise multivariada de agrupamento, ele formou unicamente o quinto e último grupo, apresentando 100% de dissimilaridade entre todos os clones avaliados. Esse genótipo, portanto, apresentou as melhores médias para a maioria das características de importância agronômica como massa fresca e seca total, massa fresca e seca de folhas, área foliar e comprimento de internódios. A similaridade e dissimilaridade genética entre os materiais avaliados podem ser explicadas pela origem dos mesmos, uma vez que estes são meios irmãos entre si e descendem de oito mães de quimiótipo linalol, sendo sete delas similares geneticamente (IAC 1 a IAC 7) e uma mais dissimilar (IAC 8) (YAMAMOTO, 2006) e os pais podendo ser qualquer uma das 20 plantas representando cinco quimótipos diferentes, inclusive linalol, presentes no experimento de onde foram coletadas as sementes. De acordo com a literatura, a principal aplicação dos métodos de agrupamento das analises multivariadas é a identificação de genitores para hibridações futuras, visando explorar os efeitos heteróticos dos genes. Estes genitores são selecionados entre os grupos, ou seja, quanto mais distantes forem melhores poderão ser as combinações obtidas nas progênies. No presente trabalho, a finalidade foi justamente oposta, ou seja, a utilização deste tipo de análise pelo melhorista, como estratégia para identificação previa de agrupamentos de indivíduos semelhantes (menos divergentes), em relação aos dois controles utilizados neste trabalho, para experimentações posteriores de validação e lançamento de cultivares. Ressalte-se, também que, indivíduos superiores aos controles que formem agrupamentos distintos (neste caso divergência específica) são os mais relevantes para a seleção. Nesta linha foi identificado o clone 280. Podem ser listados os seguintes clones de acordo com a análise de agrupamentos para serem estudados em novos experimentos: 280, 219, 129, 238, 241, 199 e 109. SANTOS (2001), através da análise de agrupamento, obteve agrupamentos de acordo com a composição química dos óleos essenciais de Lippia alba. Resultado 74 semelhante foi encontrado por YAMAMOTO (2006). A autora, avaliando 10 e 20 genótipos de Lippia alba verificou a formação de 4 e 5 grupos respectivamente, de acordo com a composição química dos óleos. BARBIERI et al., (2005), trabalhando com 16 acessos de cebola, verificaram a formação de três grupos diferentes, sendo o primeiro com o maior número de acessos (13) constituído pelas variedades crioulas, o segundo pela variedade local crioula roxa e o terceiro grupo pelas variedades comerciais. 2 22 49 80 5 9 128 135 166 288 44 120 146 147 212 235 70 137 201 144 251 109 199 241 238 129 219 T22 IAC T18 IAC 280 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Figura 12 - Análise de divergência genética para 30 clones de Lippia alba. As distâncias genéticas foram obtidas com base nas 16 variáveis e quantificadas através da distancia Euclidiana padronizada e o agrupamento foi feito pelo método UPGMA. 4.3.2 Análise de componentes principais Com o auxílio das análises de componentes principais, visualizou-se em um plano bidimensional, a distribuição e formação de grupos de indivíduos muito próximos aos apresentados pela análise de agrupamento. 75 O valor absorvido por cada componente foi de 53,7; 15,3; 9,5 e 7,2% respectivamente para a ACP 1, ACP 2, ACP 3 e ACP 4. Os dois primeiros componentes absorveram juntos 69% da variação observada, valor próximo ao obtido por SANTOS (2001) para a ACP de substâncias químicas do óleo de Lippia alba (para os três primeiros componentes), sendo que com o terceiro e quarto componentes, foram absorvidos 85,7% de toda a variação (tabela 17), estando, portanto, de acordo com o valor estimado como bom, segundo CRUZ & REGAZZI (1997) que é 80%. Deste modo, os quatro componentes explicam quase toda a variação observada na análise dos caracteres fenotípicos. Tabela 17 – Estimativas dos autovalores associados aos componentes principais, juntamente com sua importância relativa (Raiz %) e acumulada, referentes as 16 variáveis avaliadas em 30 clones de Lippia alba. Componentes 1 2 3 4 Raiz 8,59513 2,45276 1,51239 1,15705 Raiz (%) Acumulada (%) 53,71956 53,71956 15,32977 69,04933 9,45245 78,50179 7,23157 85,73336 Em conformidade com os índices dos autovetores associados, foi possível verificar quais foram das 16 variáveis avaliadas, as que apresentaram maior contribuição para cada um dos quatro componentes. Para o primeiro componente, dentre as variáveis que mais influenciaram na distribuição dos clones avaliados destacam-se massa seca de folhas (MSF), massa seca total (MST), massa fresca de folhas (MFF) e massa fresca total (MFT) com autovetores de 0,952; 0,945; 0,944 e 0,927 respectivamente. Já no segundo componente as variáveis que mais influenciaram foram área foliar (AF), comprimento de internódios (CI) e número de folhas (NF) com autovetores de 0,831; 0,729 e -0,756 respectivamente. No terceiro componente, as variáveis mais importantes foram relação massa seca de folhas/ massa seca total (MSF/MST) e relação massa fresca de folhas/ massa fresca total (MFF/MFT) com autovetores de -0,952 e -0,885 respectivamente. No quarto e último componente, a variável mais importante foi rendimento de óleo essencial (RD) com autovetor de 0,896. Os resultados obtidos para a ACP 1 e 2 são dados a seguir na figura 13. No gráfico, é possível verificar que, com relação a ACP 1, há dois grupos distintamente plotados, apresentando grande distância entre si, o primeiro formado pelos clones 2, 5, 76 22, 49 e 80, são os que apresentaram as menores médias para as características mais importantes identificadas para este componente principal, sendo elas massa seca de folhas (MSF), massa seca total (MST), massa fresca de folhas (MFF), massa fresca total (MFT) e produção de óleo por planta (PO), o segundo grupo, foi constituído pelos clones 280, IAC 8 e IAC 2, esses clones foram os que apresentaram as maiores e melhores médias para as características anteriormente descritas. Os demais grupos apresentaram médias intermediárias entre os dois extremos apresentados no gráfico. 14.0 5 280 12.5 Componente Principal 2 (15,37%) 201 251 199 166 288 11.0 2 135 80 128 49 70 137 219 146 9.5 212 8.0 238 IAC 8 T2 T1 235 44 144 22 IAC 2 109 147 9 120 129 241 6.5 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Componente Principal 1 (53,7%) Figura 13 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP2) com trinta clones de Lippia alba baseada nas dezesseis variáveis estudadas. Analisando os dados do segundo componente, ACP2 (figura 13), cujas variáveis mais importantes para distribuição dos clones foram área foliar (AF), comprimento de internódios (CI) e número de folhas (NF), visualiza-se também a formação de dois grupos distintos, o primeiro formado pelos clones 5 e 280, que apresentaram médias baixas para as características citadas, contudo, como essas características estão correlacionadas, e os melhores materiais para produção de folhas são aqueles que apresentam médias baixas ou intermediárias entre essas características, esses clones, principalmente o 280, apresentam boas características agronômicas para seleção. O segundo grupo mais distinto foi formado pelos clones que apresentaram as melhores médias para pelo menos duas das variáveis mais importantes para esse componente (AF, CI e NF), 22, 120, 241 e 144. Portanto, os clones selecionados, (com redundâncias de 77 acordo com as distâncias e componentes principais envolvidos), analisando-se ACP1 e ACP2, foram os seguintes: 280 - como destaque para o lado de médias superiores; 238, 219, 70, 251 e 199, 129 e 109 (ACP1) e 238, 219, 70, 109, 129 e 137 (ACP2). Na análise do terceiro componente (ACP3, figura 14), cujas variáveis mais fortes para separação dos materiais foram relação massa seca de folhas/ massa seca total (MSF/MST) e relação massa fresca de folhas/ massa fresca total (MFF/MFT) observase a formação de três grupos, dois muito distantes entre si e um intermediário entre os dois o qual é representado pela maior parte de todos os clones avaliados. O primeiro grupo foi formado pelos clones 235, 199, 238, 251 e 219. Esses materiais apresentaram as melhores médias para as variáveis em questão, e o segundo grupo, formado pelos clones 22, 128, 144 e 129 foi o que apresentou as menores médias para as variáveis discutidas nesse componente. 12 235 238 199 11 Componente Principal 3 (9,5%) 251 10 2 212 135 5 70 147 49 146 9 219 120 241 44 201 9 137 IAC 8 109 T1 166 80 288 IAC 2 T2 8 144 280 129 22 7 128 6 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Componente Principal 1 (53,7%) Figura 14 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP3) com trinta clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas. No quarto componente (ACP4, figura 15), a variável mais incisiva para separação dos materiais foi o rendimento de óleo (RD). Houve novamente a formação de dois grupos distintos e um intermediário entre esses. No primeiro, composto pelos clones 70, 251, 201 e 166 foi o que apresentou as melhores médias para rendimento e o terceiro grupo, formado pelos clones 241, 129, 238, 109, 219, 128, 199 e 5 foi o que apresentou as menores médias em geral para a característica. Os demais clones 78 formaram o segundo grupo, representado pela maioria dos clones avaliados, os quais apresentaram médias intermediarias e próximas aos dois controles. 1.5 70 251 201 Componente Principal 4 (7,2%) 0.5 166 144 120 49 -0.5 80 212 IAC 8 T1 IAC 2 T2 235 288 137 9147 44 2 22 146 135 -1.5 280 109 241 5 238 128 -2.5 129 199 219 -3.5 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Componente Principal 1 (53,7%) Figura 15 - Análise de componentes principais (ACP1 e ACP4) com trinta clones de Lippia alba baseada nas 16 variáveis estudadas. 4.4 Clones de Quimiótipo Linalol Selecionados As tabelas 18 e 19 apresentam um resumo da lista de clones previamente selecionados por meio das análises univariadas e multivariadas. Baseados nesta lista serão escolhidos um menor número de clones para serem estudados posteriormente, juntamente com os dois controles (IAC 2 e IAC 8) em experimentos em vários locais (ambientes) e épocas de colheitas para obtenção de nova (s) cultivar (es) com estabilidade e adaptabilidade fenotípicas para rendimento superior de óleos essenciais, no caso linalol. 79 Tabela 18 – Clones selecionados em função das características avaliadas (análises univariadas). Formas de Avaliação AF CI NF NB MFT, MST MFF MSF MFF/MFT RD PO LN% 1 201 238 238 219 280 238 280 280 288 280 288 2 238 241 120 280 219 219 238 288 166 251 201 Quantidade de Clones Selecionados por Categoria 3 4 5 6 7 8 43 235 120 70 280 241 235 70 129 238 288 109 144 129 238 199 241 109 137 199 241 201 109 251 137 219 199 251 201 241 144 199 201 238 251 241 251 80 280 70 49 201 166 288 201 70 251 280 166 9 10 251 144 288 144 137 AF: área foliar; CI: comprimento de internódios; NF: número de folhas; NB: número de brotos; MFT: massa fresca total; MST: massa seca total; MFF: massa fresca de folhas; MSF: massa seca de folhas; MFF/MFT: relação massa fresca de folhas/ massa fresca total; RD: rendimento de óleo essencial; PO: produção de óleo por planta; LN%: teor de linalol presente no óleo essencial. Tabela 19 - Clones selecionados por meio de análises de agrupamentos e de Componentes Principais (análises multivariadas). Tipo de análise Agrupamento CP ACP1 ACP2 ACP3 280 219 Clones Selecionados 129 238 241 280 280 280 238 238 70 219 219 109 70 70 129 251 109 137 199 109 199 129 137 CP: componentes principais; ACP1: componente principal 1; ACP2: componente principal 2; ACP3: componente principal 3. Para melhor visualização, foi construído histograma com os clones ordenados de forma crescente de freqüências. Os clones que foram mais comuns nas diferentes formas de avaliação devem ser os preferidos para seleção. O gráfico encontra-se na figura 16. 80 11 7 7 7 219 241 251 6 7 201 6 70 109 6 288 5 199 5 137 8 4 280 238 2 129 120 2 144 1 166 1 235 1 80 3 49 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 43 Número de vezes 12 Clones Figura 16 - Gráfico sob a forma de histograma com os clones de primeira seleção baseada em análises univariadas e multivariadas. Optou-se por considerar os clones com até seis coincidências totalizando, portanto, 10 clones experimentais selecionados para a próxima fase de experimentação, adicionados dos dois controles. Os novos clones de quimiótipo linalol selecionados foram: 280, 238, 251, 241, 219, 201, 70, 288, 199 e 109 e os dois controles IAC 2 e IAC 8. 4.5 Estimativas de Parâmetros Genéticos As estimativas das variâncias genéticas entre médias de progênies clonais de meios irmãos foram superiores às variâncias de ambiente para as três características avaliadas. É importante ressaltar que, segundo SIQUEIRA et al. (1994) as variâncias de ambiente fornecidas pelo resíduo das análises estatísticas, no presente modelo utilizado, contêm além de erros provocados por diferenças de ambiente intrablocos, também parte da variância genética aditiva que é expressa dentro de progênies de meios irmãos que não é explorada na expressão do ganho genético por serem tomados dados com médias de parcelas. Isto significa que no “ambiente” aqui referido incluem-se também desvios devido a causas genéticas, resultando, de certa forma, numa superestimativa do 81 quadrado médio do resíduo (QMR) da ANAVA. Mesmo assim, as variâncias genéticas entre progênies de meios irmãos (1/4 σA2 ) foram de tal ordem que permitiu estimativas elevadas de herdabilidades no sentido restrito (hr2>90,0%), para os tamanhos efetivos de progênies testados em (três) características ligadas à estacas, tabela 20. Tabela 20 - Resultados das estimativas de parâmetros genéticos em caracteres de estacas para três diferentes números de progênies de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas. Características M σ 2P h r 2 (%) CV G (%) CV E (%) b GS G S (%) 0,55g 0,034 91,8 33,5 20,0 1,7 0,123 22,4 23 0,59g 0,030 90,2 29,6 19,5 1,5 0,115 19,7 7 0,43g 0,032 94,5 17,9 20,1 0,9 0,122 28,3 6,95g 6,410 95,8 36,4 15,3 2,4 1,734 25,0 23 7,36g 6,196 95,2 33,8 15,2 2,2 1,700 23 ,1 7 6,61g 5,580 97,1 42,1 14,6 2,9 1,629 29,0 96,81% 180,86 51,4 17,8 17,3 1,0 17,33 17,9 23 96,95% 204,19 55,9 18,8 16,8 1,1 19,09 19,7 7 96, 73% 162,11 54,6 16,9 15,4 1,1 16,92 17,5 Progênies 30 (População + IACs) Mb (População) (IACs) 30 (População + IACs) Cb (População) (IACs) 30 (População + IACs) S% (População) (IACs) M:média; σP2: variância entre progênies; hr2: herdabilidade no sentido restrito; CVG%: Coeficiente de variação genética; CVE%: Coeficiente de variação ambiental; b: Relação CVG% / CVE%; GS: Ganho de seleção absoluto; GS%: Ganho de seleção relativo. Da mesma forma, a proporção relativa (%) dos desvios das médias, devido aos efeitos genéticos aditivos (CVG%), foram superiores ou equivalentes quando comparados com os de ambiente (CVE%), para todas características e grupos de progênies formadas. O menor CVG% foi observado para Mb no estudo das sete progênies IAC, obtendo-se o menor valor (17,9%). A relação CVG% / CVE% dada por VENKOVSKY (1978) definida como valor b reflete a predominância, (exceto Mb para sete progênies), de efeitos genéticos (no caso aditivos) expressos para as características 82 avaliadas. Segundo VENCOVSKY (1978) valores de b iguais ou acima da unidade significam populações favoráveis para o melhoramento genético. Assim, a característica mais favorável à seleção foi Cb, onde os valores de b foram maiores que 2,0 nos três grupos de progênies estudados. Para Mb obtiveram-se valores de b entre 0,9 (7 progênies IAC), 1,5 (23 progênies da população) e 1,7 (IAC + população). Para Cb foram obtidos os seguintes valores: 2,9 (IAC); 2,2 (população) e 2,4 (IAC + população). Para S%, os valores b foram de 1,0 a 1,1. Com as estimativas de b e de hr2 obtidas neste trabalho, pôde-se prever ganhos genéticos significativos, aplicando-se seleção truncada entre as melhores progênies (VENCOVSKY, 1978 e CRUZ, 2005). Com uma intensidade de seleção de 20%, observou-se pelo Quadro 1, estimativas de ganhos genéticos absolutos (Gs) praticamente semelhantes entre os três tamanhos efetivos de progênies, ou seja, entre 0,115 a 0,123 g para Mb, de 1,629 a 1,734 cm e de 16,92 a 19,09% para S%. Em termos de ganhos relativos (Gs%), os valores diferiram um pouco mais devido às diferenças entre as médias dos três grupos de progênies formadas. Os maiores Gs% foram estimados para as progênies de sete clones IAC (28,32% - Mb e 29,05% - Cb). Curiosamente, isto ocorreu para tamanho efetivo menor (sete progênies IAC e um ciclo de recombinação) onde poderia ser esperado menor variância genética com perdas de alelos (deriva genética) por questões de amostragem. Ressalte-se, entretanto que, conforme comentários anteriores, os ganhos absolutos assumem valores muito próximos entre si para todos os tamanhos de população de progênies, porém as médias é que apresentaram maiores diferenças. As médias para as sete progênies IACs foram menores comparativamente às demais de maior tamanho efetivo (0,43g – Mb, 5,61cm – Cb e para S% não houve diferenças entre si), contribuindo para o incremento de Gs%. Resultados opostos foram obtidos por MONTANARI JR., (2005), onde se obteve baixa estimativa de herdabilidade, inclusive com valores negativos, evidenciando problemas de tamanho de amostra, com redução da variabilidade genética em sete progênies de meios irmãos de Pfaffia glomerata. Também foram apontadas como causas possíveis o menor controle ambiental e pela colheita precoce das plantas, onde não havia ainda a completa expressão fenotípica para biomassa. Estas estimativas de parâmetros genéticos obtidas em Lippia alba são inéditas e foram baseadas somente em progênies clonais de plantas de quimiótipo linalol, identificadas a priori. É importante mencionar que mesmo dentro de um único quimiótipo majoritário, houve plena recombinação gênica entre os indivíduos de outros quimiótipos da população base propiciando uma considerável variabilidade genética 83 entre as progênies de meios irmãos nas características avaliadas em estacas, Mbr, Cbr e S%. Mesmo no caso de progênies derivadas de somente sete clones IAC de quimiótipo linalol (selecionados por YAMAMOTO, 2006), onde se esperaria uma recombinação mais restrita comparativamente àquela ocorrida entre as plantas da população base (296 plantas com cinco quimiótipos diferentes), resultando nas 23 progênies também linalol aqui estudadas, todos os parâmetros genéticos obtidos foram praticamente equivalentes. Este fato demonstra que não houve perdas da variabilidade genética provocada por deriva genética ou por restrição de recombinação, provavelmente pela espécie Lippia alba ser auto-incompatível e, portanto, alógama (SCHOCKEN, 2007), resultando em heterozigosidade nos locos. Trata-se, portanto de uma espécie muito favorável para o melhoramento genético, pois mantém elevada variabilidade genética mesmo em populações pequenas. A seleção de indivíduos superiores pode ser feita por meio de seleção massal diretamente em população segregante ou em progênies, fixando-se o genótipo superior a cada ciclo de recombinação e seleção (YAMAMOTO, 2006 e SCHOCKEN 2007). Mesmo com todas as facilidades que esta espécie oferece, o melhoramento no Brasil ainda é incipiente (SILVA JÚNIOR, 1998; SALIMENA, 2000; BIASI & COSTA, 2003; EHLERT, 2003). Outras características importantes do ponto de vista agronômico e fitoquímico como, produção de massa fresca e seca de folhas, resistência a doenças e pragas, área foliar, porte de planta, rendimento de óleo total e perfil cromatográfico, deverão ser avaliadas, posteriormente, em vários locais em continuidade ao estudo iniciado no presente trabalho. São apresentados na tabela 21 os resultados das estimativas dos coeficientes de correlações fenotípica (rF%), genética aditiva (rA%) e de ambiente (rE%), bem como a contribuição destas duas últimas na correlação fenotípica, aplicando-se a fórmula proposta por SIQUEIRA et al. (1993). Foram determinadas rA% e rE% somente para os casos onde houve presença de correlação fenotípica. O caráter S% não apresentou correlação fenotípica com Mb (- 3,98%) e nem com Cb (- 1,17%), mostrando estar sob controle genético independente. 84 Tabela 21 - Resultados das estimativas das correlações fenotípica (rF%), genética aditiva (rA%) e de ambiente (rE%), baseadas em progênies clonadas de meios irmãos. Dados obtidos com médias de parcelas para dois caracteres avaliados em estacas. Progênies: População Progênies: População Progênies: clones base + IAC base IAC Correlações 30 progênies 23 progênies 7 progênies Comprimento (cm) dos Dez Maiores Brotos/Planta rF% = 96,03 Massa de rF% = 86,35 rF% = 89,82 Brotos(g)/ rA% = 91,11 rA% = 87,68 rA% = 99,90 Planta rE% = 74,77 rE% = 74,39 rE% = 69,48 G% = 95,0 G% = 94,09 G% = 98,80 E% = 5,0 E% = 5,91 E% = 1,2 rF% : correlação fenotípica; rA%: correlação aditiva; rE%: correlação de ambiente; G%: proporção dos efeitos genéticos na correlação ambiental; E% : proporção dos efeitos ambientais na correlação de ambiente. A determinação de correlações entre caracteres é importante sob o ponto de vista do melhoramento, pois se pode praticar seleção indireta, utilizando-se de uma característica de maior herdabilidade (menos influenciada pelo ambiente) de mais fácil avaliação para obter ganhos genéticos em outra característica de baixa herdabilidade (VENCOVSKY, 1978 e CRUZ, 2005). Os resultados do Quadro 2 mostram que todas as estimativas de correlações se classificaram entre moderada, forte e muito forte, indicando relação linear entre as características estudadas (CRUZ, 2005), com valores positivos e acima de 69,0%. Valores entre forte e muito fortes foram observados para as correlações genéticas aditivas (87,68 a 99,9%), dentre os três grupos de progênies avaliadas, indicando que os alelos aditivos exercem efeitos simultâneos e no mesmo sentido para ambas características, Mb e Cb. Segundo FALCONER (1981) a presença de correlações genéticas reflete o mecanismo de ação pleiotrópica dos genes, ou seja, a magnitude da correlação expressa a quantidade pelas quais duas características são influenciadas pelos mesmos genes. O ambiente também pode atuar causando correlação tanto positiva quanto negativa, dependendo da característica (FALCONER, 1981; RAMALHO et al., 2000). Por outro lado, CRUZ (2005), também considera como causas de correlação entre caracteres, além do pleiotropismo, as ligações gênicas em situações de desequilíbrios. Se não houver forte ligação entre os genes, a correlação pode ser alterada em gerações avançadas por quebra nos conjuntos gênicos pelas permutas (CRUZ, 85 2005). Novamente, as correlações considerando-se somente sete progênies IAC, foram maiores para rF% e rA% em comparação com as 23 e 30 progênies; estas duas praticamente semelhantes entre si. Para o caso de estimativas de correlações onde são utilizados produtos médios e covariâncias (ANCOVA) os valores podem ser superestimados em populações pequenas, como no caso das sete progênies IAC. MONTANARI JR, (2005), encontrou correlações genéticas acima de 100,0% em função, provavelmente do reduzido número de progênies avaliadas para P. glomerata. Nestes casos onde houve inconsistência nos resultados, o autor aplicou a correlação linear de Pearson por meio das médias fenotípicas obtidas, desprezando-se os resultados de rA%. Foram obtidas correlações positivas de moderada (69,5%) a forte (~74,5%) para correlações de ambiente, rE%. Da mesma forma que foi comentado anteriormente, sobre o resíduo de ANAVA de progênies de meios irmãos conter tanto efeitos médios de causas não genéticas quanto genéticas (variâncias dentro de progênies) (SIQUEIRA et al., 1993, 1994), estas últimas, contribuíram para elevação dos valores estimados de E%. FALCONER (1981), apresenta estimativas de correlações genuinamente ambientais, estimadas diretamente pelas correlações fenotípicas em linhas endogâmicas e cruzamentos e aquelas com efeitos de causas genéticas não aditivas em rE%. Os resultados de rE% do Quadro 2 para os três tipos de progênies avaliadas apresentaram valores muito próximos. De qualquer forma, os caracteres avaliados em nível de estacas possuem predomínio de efeitos genéticos ao invés do ambiente em todos os tipos de progênies testados. Esta afirmação pode parecer incorreta ao observarmos que as magnitudes das correlações de ambiente foram de certa forma, elevadas (69,0 a 75,0%). Entretanto, segundo SIQUEIRA et al. (1993), usando-se a fórmula geral de rF% apresentada por FALCONER (1981), pode-se fazer a partição nos efeitos de “ambiente” (E%) e genético (G%), e verificar quanto representa proporcionalmente cada um deles para rF%. Pelo Quadro 2, observaram-se valores praticamente desprezíveis de E% (1,0 e 6,0%) nos três grupos de progênies enquanto que para G%, foram maiores que 94,0% para o valor de rF%. Isto significa que a correlação fenotípica estimada para as características avaliadas em estacas de progênies é explicada principalmente pelos efeitos genéticos (>94,0%). 86 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O Ep 1 foi o que apresentou as menores médias para as características avaliadas e também foi aquele com alteração de posicionamento dos clones avaliados, o que contribuiu para a interação de clones x ambientes. Este fato pode ser explicado pela alta compactação do solo neste experimento. Baseado nos coeficientes de determinação genotípico, verificou-se que as diferenças observadas entre as características avaliadas são em sua maior parte devida a efeitos de genótipos, exceto para a variável número de brotos, que se mostrou altamente influenciada pelo ambiente. As correlações fenotípicas simples para a maioria dos caracteres foram de médio a forte, formando uma base de dados importantes para auxiliar o melhorista no processo de seleção precoce de novos clones. Na análise das variáveis, verificou-se CVs% variando entre médios e altos, contudo, foi possível identificar indivíduos superiores aos dois controles empregados. Estes altos valores dos coeficientes de variação já eram esperados e podem ser explicados pelo elevado número de tratamentos avaliados (65 clones) em apenas quatro repetições. Por se tratar de espécie selvagem, portanto, ainda não domesticada, sugerese para trabalhos futuros, o aumento do tamanho da parcela experimental, contudo com menor número de clones ou tratamentos, visando assim, a diminuição dos desvios causados pelo acaso. Com relação às estimativas de parâmetros genéticos, nota-se que a espécie apresenta adequada variabilidade genética para prática de seleção. Embora as características avaliadas não sejam as de maior interesse agronômico, ou seja, foram obtidas em nível de estacas de progênies (progênie clonal), foi possível estabelecer que, neste caso, os parâmetros genéticos independem do tamanho efetivo populacional. Sendo assim, pode-se obter ganhos importantes em caracteres relativos ao vigor de estacas utilizando-se reduzido número efetivo de progênies. 87 6 CONCLUSÕES De acordo com os resultados obtidos é permitido concluir que: a) O clone 280, oriundo de recombinação é superior aos dois controles para a maioria das variáveis analisadas. b) Selecionou-se um individuo “off type” ou transgressivo (clone 201) nas tendências de correlações observadas entre os caracteres de área foliar, comprimento de internódios e massa fresca e seca de folhas. c) Dois clones (201 e 251) possuem excelente produção média de linalol como óleo majoritário. d) O clone 288 produziu maior teor de linalol (83,3%) do que o IAC 2 (79,4%). e) Foram selecionados para experimentação posterior de validação, utilizando-se das três estratégias de análises, dez novos clones linalol, sendo eles 70, 109, 199, 201, 219, 238, 241, 251, 280 e 288. f) As herdabilidades estimadas para os caracteres avaliados em nível de estacas, foram elevadas, bem como os ganhos genéticos previsto. g) O valor b calculado foi alto para os três tipos de progênies avaliadas, indicando que o presente material possui potencial para fins de melhoramento genético. h) Os três grupos de progênies formados apresentaram parâmetros genéticoestatísticos equivalentes para caracteres de vigor de estacas independente do tamanho efetivo analisado. 88 7 REFÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ABAD, M.J.; SÁNCHEZ, S.; BERMEJO, P.; VILLAR, A.; CARRASCO, L. 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Estatística aplicada à pesquisa agrícola / Francisco José Pfeilsticker Zimmermann, Santo Antônio de Goiás, Embrapa Arroz e Feijão, 1ªed., p. 25-48, 2004. 99 ANEXOS Anexo 1 – Análise de solo dos três experimentos logo após a instalação dos experimentos. DETERMINAÇÕES M.O. (g/dm3) pH P (mg/dm3) K (mmolc/dm3) Ca (mmolc/dm3) Mg (mmolc/dm3) A.P. (mmolc/dm3) S.B. (mmolc/dm3) C.T.C. (mmolc/dm3) Sat. B. (%) EXPERIMENTOS EXP 1 EXP 2 EXP 3 30,00 48,00 22,00 5,30 6,40 5,40 36,00 318,00 6,00 2,80 2,70 0,90 33,00 72,00 22,00 16,00 28,00 10,00 28,00 13,00 20,00 51,80 102,70 32,90 79,60 116,00 53,10 65,00 89,00 62,00 Exp 1: primeiro experimento de Campinas (entomologia), Exp 2: segundo experimento de Campinas (hortaliças), Exp 3: experimento de Monte Alegre do Sul, M.O.: matéria orgânica, P: fósforo, K: potássio, Ca: cálcio, Mg: magnésio, A.P.: acidez potencial, S.B.: soma de bases, C.T.C.: capacidade de torça de cátions e Sat. B.: saturação de bases. 100 Anexo 2 – Dados climáticos e de localização dos experimentos. Locais APTA Regional Leste Paulista Monte Alegre do Sul Centro Experimental de Campinas IAC/ APTA Solo Latossolo vermelho-amarelo argiloso Clima Mesotérmico umido Trópico quente Longitude Latitude 46° 22° 37 min W 43 min S 47° 22° 05 min W 54 min S Altitude 820 m 674 m 101 Anexo 3 – Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do primeiro experimento de Campinas (Ep 1). SUBSTÂNCIA sabineno 6-metil-5-hepten-2-ona mirceno 1,8 cineol trans-β-ocimeno γ-terpineno cis-óxido de linalol linalol α-terpineol neral geranial linalol isobutirato β-elemeno trans-cariofileno α-humuleno trans-β-farneseno γ-muroleno γ-cadineno germacreno B Total (%) 166 2,03 nc 0,37 10,69 0,38 0,28 0,24 77,20 0,52 nc nc nc tr 1,16 0,17 nc 0,73 0,28 0,19 94,24 CLONES 201 251 0,90 0,83 nc nc 0,16 tr 5,31 4,91 0,25 0,39 0,15 nc 0,31 0,52 88,04 86,47 0,20 tr nc 0,28 nc 0,33 nc nc tr 0,21 0,24 0,35 nc tr nc tr 0,41 0,63 0,13 0,18 0,63 0,93 96,73 96,03 280 0,16 0,23 0,30 nc 0,37 tr 0,30 78,08 tr 3,65 4,59 0,40 0,65 1,18 nc nc 0,88 0,31 1,06 92,16 288 tr nc 0,27 nc tr nc 0,27 81,43 nc 1,20 1,49 nc nc 3,31 0,19 0,41 0,79 0,60 1,74 91,70 IAC 2 1,28 nc 0,25 7,27 0,53 nc 0,26 78,81 tr 0,47 0,58 nc 0,44 1,46 tr tr 1,47 0,34 1,16 94,32 IAC 8 1,01 nc 0,18 5,55 0,41 nc 0,34 82,53 0,20 0,66 0,80 nc 0,27 0,95 tr tr 0,85 0,31 0,71 94,77 Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14). 102 Anexo 4 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do primeiro experimento de Campinas (Ep 1). CLONES SUBSTÂNCIA sabineno 6-metil-5-hepten-2-ona mirceno 1,8 cineol trans-β-ocimeno γ-terpineno cis-óxido de linalol linalol α-terpineol neral geranial linalol isobutirato β-elemeno trans-cariofileno α-humuleno trans-β-farneseno γ-muroleno γ-cadineno germacreno B Total (%) 166 2,27 nc 0,42 11,42 0,62 0,29 tç 73,77 0,62 nc nc nc 0,28 1,5 0,22 nc 1,15 0,24 0,21 93,01 201 1,03 nc 0,25 5,86 0,35 0,17 0,27 85,96 0,18 0,2 0,24 nc 0,2 0,31 nc nc 0,47 0,17 0,71 96,37 251 0,64 nc tr 4,61 0,52 nc 0,75 85,14 tr tr 0,22 nc 0,28 0,41 nc nc 1,01 0,2 1,24 95,02 280 tr nc 0,35 0,24 0,42 tr 0,39 78,83 tr 3,57 4,53 0,39 0,69 1,3 nc nc 1,04 0,24 0,95 92,94 288 0,53 nc tr 3,1 0,46 tr 0,49 89,16 tr nc nc nc 0,49 nc nc nc 0,57 0,45 1,29 96,54 IAC 2 1,08 nc tr 6,7 0,49 tr 0,55 79,19 0,23 tr 0,27 nc 0,51 1,47 nc nc 1,48 0,44 1,11 93,52 IAC 8 1 nc 0,18 5,77 0,59 tr 0,44 80,89 0,19 0,61 0,78 nc 0,31 0,99 nc nc 1,1 0,33 0,77 93,95 Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14). 103 Anexo 5 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco II do segundo experimento de Campinas (Ep 2). CLONES SUBSTÂNCIA sabineno 6-metil-5-hepten-2-ona mirceno 1,8 cineol trans-β-ocimeno γ-terpineno cis-óxido de linalol linalol α-terpineol neral geranial linalol isobutirato β-elemeno trans-cariofileno α-humuleno trans-β-farneseno γ-muroleno γ-cadineno germacreno B Total (%) 166 2,53 nc 0,51 11,41 0,89 0,26 tr 73,82 0,66 nc nc nc 0,23 1,47 nc 0,16 1,22 nc nc 93,16 201 1,21 nc 0,26 5,55 0,64 0,13 0,19 84,36 0,27 nc nc nc 0,11 0,3 nc nc 0,68 nc 0,79 94,49 251 0,86 nc 0,18 4,75 1,08 tr 0,3 81,95 0,26 0,3 0,4 nc 0,32 0,45 nc nc 1,25 tr 1,47 93,57 280 0,36 tr 0,32 1,24 0,68 tr tr 79,95 nc 1,2 1,57 nc 1,42 1,71 nc nc 1,71 nc 1,57 91,73 288 0,76 nc 0,19 3,47 1,06 tr 0,29 84,71 0,12 tr 0,11 nc 0,55 0,16 0,21 0,17 0,95 0,3 1,7 94,75 IAC 2 1,59 nc 0,34 7,6 1,05 0,17 tr 77,95 0,37 3,39 0,27 nc 0,37 1,04 nc nc 1,22 0,2 0,9 96,46 IAC 8 1,05 nc 0,24 5,24 1,1 nc nc 79,24 0,27 0,24 0,28 nc 0,69 1,49 0,18 0,17 1,98 0,18 1,29 93,64 Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14). 104 Anexo 6 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do segundo experimento de Campinas (Ep2). CLONES SUBSTÂNCIA sabineno 6-metil-5-hepten-2-ona mirceno 1,8 cineol trans-β-ocimeno γ-terpineno cis-óxido de linalol linalol α-terpineol neral geranial linalol isobutirato β-elemeno trans-cariofileno α-humuleno trans-β-farneseno γ-muroleno γ-cadineno germacreno B Total (%) 166 2,53 nc 0,53 11,42 0,92 0,27 tr 73,11 0,83 nc nc nc 0,25 1,46 nc nc 1,23 tr 0,18 92,73 201 1,24 nc 0,28 5,88 0,57 0,14 0,17 84,4 0,28 nc nc nc 0,08 0,2 nc nc 0,47 tr 0,62 94,33 251 0,96 nc 0,24 4,5 1,11 tr 0,26 81,92 0,24 nc nc nc 0,4 0,54 nc 0,19 1,4 nc 1,66 93,42 280 0,14 0,23 0,36 0,23 0,61 nc nc 79,72 nc 2,16 2,75 0,27 0,59 0,91 nc nc 1,02 0,17 0,99 90,15 288 0,73 nc 0,2 3,24 0,96 tr 0,27 84,24 tr nc nc nc 0,57 0,19 0,24 0,18 1,04 0,31 2 94,17 IAC 2 1,61 nc 0,35 7,17 1,05 0,17 tr 76,09 0,39 0,24 0,32 nc 0,47 1,36 tr tr 1,64 0,26 1,2 92,32 IAC 8 1 nc 0,19 5,19 0,72 tr 0,21 79,85 0,25 1,34 1,73 nc 0,31 0,92 nc nc 1,07 0,22 0,83 93,83 Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14). 105 Anexo 7 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco I do terceiro experimento (Ep 3). SUBSTÂNCIA sabineno 6-metil-5-hepten-2-ona mirceno 1,8 cineol trans-β-ocimeno γ-terpineno cis-óxido de linalol linalol α-terpineol neral geranial linalol isobutirato β-elemeno trans-cariofileno α-humuleno trans-β-farneseno γ-muroleno γ-cadineno germacreno B Total (%) 166 3,03 nc 0,64 1,37 0,9 0,33 tr 67,5 1,01 nc nc nc 0,27 2,02 nc nc 1,69 nc 0,2 78,96 CLONES 201 251 1,51 1,04 nc nc 0,33 0,24 6,54 5,05 0,63 1,18 0,16 nc tr nc 81,41 80,25 0,41 0,28 0,31 0,35 0,4 0,43 nc nc 0,14 0,38 0,41 0,61 0,11 0,18 nc nc 0,87 1,57 nc nc 1,06 1,75 94,29 93,31 280 0,24 0,28 0,54 0,42 0,34 tr 0,94 74,46 nc 3,17 4 0,29 1,09 1,75 0,22 nc 1,92 tr 1,68 91,34 288 0,85 nc 0,26 3,63 1,14 nc 0,21 80,41 0,2 nc nc nc 0,86 0,28 0,29 0,28 1,67 0,37 0,14 90,59 IAC 2 1,86 nc 0,43 8,38 1,15 nc 0,19 74,47 0,42 0,29 0,34 nc 0,44 1,54 tr nc 1,78 0,21 1,11 92,61 IAC 8 1,28 nc 0,33 5,85 0,98 nc nc 75,42 0,39 0,68 0,88 nc 0,58 1,72 nc 0,22 2,05 0,26 1,4 92,04 Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14). 106 Anexo 8 - Perfil fitoquímico do óleo essencial dos sete clones avaliados no bloco III do terceiro experimento (Ep 3). SUBSTÂNCIA sabineno 6-metil-5-hepten-2-ona mirceno 1,8 cineol trans-β-ocimeno γ-terpineno cis-óxido de linalol linalol α-terpineol neral geranial linalol isobutirato β-elemeno trans-cariofileno α-humuleno trans-β-farneseno γ-muroleno γ-cadineno germacreno B Total (%) 166 2,55 0,17 0,54 12,65 0,85 0,29 nc 71,4 0,97 nc nc nc 0,17 1,38 0,16 nc 1,16 nc 0,14 92,43 CLONES 201 251 1,41 1,09 nc nc 0,31 0,25 6,77 5,37 0,54 1,35 0,16 nc nc 0,21 83,87 82,65 0,41 0,35 nc 0,26 nc 0,3 nc nc nc 0,25 0,24 0,43 nc nc nc nc 0,49 1,06 nc tr 0,6 0,1 94,8 93,67 280 0,21 nc 0,51 0,33 0,88 nc nc 73,85 nc 3,38 4,36 0,25 1,18 1,87 nc 0,24 1,95 nc 1,8 90,81 288 0,8 nc 0,24 3,59 1,17 nc 0,21 82,11 0,26 0,25 0,3 nc 0,67 0,21 0,29 0,23 1,41 0,24 2,34 94,32 IAC 2 1,69 nc 0,41 8,04 1,1 nc 0,17 72,32 0,56 0,31 0,38 nc 0,68 2,03 nc 0,22 2,43 0,2 1,48 92,02 IAC 8 1,13 nc 0,31 5,28 1,03 nc nc 76,55 0,42 0,6 0,72 nc 0,61 1,64 nc 0,18 2,19 0,17 1,34 92,17 Nc: ausência da substância; tr: traço da substância (≤ 0,14). 107 Anexo 9 - Médias da variável massa fresca total / broto (MFT/BRO) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta. CL 280 219 238 IAC 2 70 IAC 8 261 201 144 251 137 147 43 120 166 9 196 172 288 128 44 199 49 241 235 27 213 80 136 212 47 109 135 2 22 216 129 146 32 31 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 48,85 B a 47,70 B a 46,28 B ab 46,26 B ab 44,45 B abc 41,98 B abcd 39,55 B abcde 36,93 B abcdef 36,12 B abcdefg 34,90 B abcdefgh 34,73 B abcdefghi 34,65 B abcdefghi 34,41 A abcdefghij 33,62 B abcdefghij 26,23 B bcdefghij 25,96 B bcdefghij 24,30 B cdefghij 24,16 A cdefghij 23,72 B cdefghij 23,68 B cdefghij 23,31 B defghij 22,87 B defghij 21,50 B defghij 21,09 B defghij 21,00 B defghij 20,01 B efghij 19,89 B efghij 19,64 A efghij 19,46 A efghij 19,22 B efghij 19,18 C efghij 18,82 B efghij 17,95 A fghij 16,49 B fghij 15,35 B ghij 15,26 B ghij 14,59 B hij 14,57 B hij 13,83 B ij 13,58 B j 26,9 C 27,61 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL Ep 2 Tukey SK CL a 251 166,74 A a a 280 a 280 164,74 AB a a IAC 2 a 70 149,50 A ab a 238 a IAC 2 144,95 AB abc a 70 a IAC 8 138,16 A abcd b IAC 8 a 137 130,12 A abcde b 219 b 109 129,21 A abcde b 199 b 144 113,55 A abcdef b 44 b 129 111,40 A bcdef b 43 b 196 99,89 A bcdefg c 166 b 128 95,87 A cdefgh c 261 b 201 94,12 A cdefghi c 251 b 219 93,55 B cdefghi c 288 b 32 91,45 A defghi c 109 c 120 88,97 A defghij c 129 c 43 88,56 A defghij c 27 c 199 87,94 AB defghij c 212 c 213 84,96 A defghij c 137 c 44 84,44 AB efghij c 120 83,54 AB efghij c 2 c 166 c 2 82,47 A efghij c 144 c 238 78,25 B efghij c 147 c 146 78,24 A efghij c 213 c 135 77,91 A efghij c 32 c 47 75,63 A fghij c 146 c 147 75,05 A fghij c 235 74,61 A fghij c 235 c 128 c 212 73,21 A fghij c 135 c 261 72,64 AB fghij c 241 c 9 72,08 A fghij c 216 c 241 65,84 A fghij d 9 c 172 64,06 A fghij d 49 c 27 62,97 AB fghij d 201 c 49 54,05 AB ghij d 47 c 288 51,12 B ghij d 22 c 216 49,04 AB ghij d 196 c 31 47,35 A ghij d 136 c 136 44,22 A hij d 172 c 80 42,24 A ij d 31 c 22 36,46 AB j d 80 87,98 B 21,40 Ep 3 Tukey 252,51 A a 229,88 A ab 201,33 A abc 186,10 A abcd 177,51 A abcde 166,52 A abcdef 161,37 A abcdef 146,08 A abcdef 136,08 A abcdef 133,88 A abcdef 130,67 A abcdef 127,80 A abcdef 126,79 A abcdef 123,80 A bcdef 113,57 A bcdef 112,47 A bcdef 111,99 A bcdef 101,23 AB cdef 99,88 A cdef 98,98 A cdef 97,49 A cdef 97,33 A cdef 94,40 A cdef 85,37 A cdef 84,12 A cdef 82,96 A cdef 80,62 A cdef 79,85 A cdef 76,94 A cdef 69,63 A def 67,06 A def 65,67 A def 64,57 B def 58,45 B def 57,52 A ef 54,85 B ef 53,44 A ef 51,54 A ef 51,13 A ef 44,49 A f 108,9 A 41,56 SK CL a 280 a IAC 2 a 70 a IAC 8 a 251 b 238 b 219 b 199 b 109 b 137 b 43 b 44 b 144 b 166 c 261 c 129 c 120 c 147 c 212 c 288 c 128 c 213 c 2 c 201 c 27 c 32 c 196 c 235 c 146 c 135 c 9 c 241 c 47 c 49 c 172 c 216 c 136 c 31 c 22 c 80 CJ Tukey 155,37 a 140,36 ab 126,68 abc 119,21 abcd 109,81 bcde 108,62 bcdef 102,59 bcdefg 90,73 cdefgh 90,61 cdefgh 88,69 cdefghi 86,35 cdefghi 84,61 cdefghi 82,39 cdefghij 81,21 defghijk 80,95 defghijk 79,85 defghijkl 74,16 efghijkl 69,01 efghijkl 68,14 efghijkl 67,21 efghijkl 66,72 efghijkl 66,42 efghijkl 65,98 efghijkl 65,21 fghijkl 65,15 fghijkl 63,55 ghijkl 59,68 ghijkl 59,52 ghijkl 58,98 ghijkl 58,57 ghijkl 55,03 hijkl 54,62 hijkl 51,08 hijkl 47,07 hijkl 46,59 hijkl 44,64 ijkl 39,04 jkl 37,35 kl 36,44 l 35,46 l 74,59 38,38 SK a a a a a a a b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 108 Anexo 10 - Médias da variável massa seca total / broto (MST/BRO) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta. CL IAC 2 280 IAC 8 219 261 238 43 147 70 144 47 251 120 9 201 172 109 166 288 235 137 27 44 49 128 135 241 196 213 199 212 136 22 2 129 216 80 31 146 32 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 14,84 C a 14,59 B ab 14,45 B ab 14,25 C abc 13,52 B abcd 13,52 B abcd 13,25 B abcde 12,21 B abcdef 11,77 C abcdefg 11,36 B abcdefgh 10,53 A abcdefgh 10,33 B abcdefgh 10,29 B abcdefgh 10,21 B abcdefgh 10,16 B abcdefgh 8,83 A abcdefgh 8,36 B abcdefgh 8,27 B abcdefgh 8,02 B abcdefgh 7,80 C abcdefgh 7,65 B abcdefgh 7,24 B abcdefgh 7,21 B abcdefgh 7,10 B abcdefgh 7,01 B abcdefgh 6,96 B abcdefgh 6,28 C abcdefgh 6,24 B abcdefgh 6,17 C abcdefgh 6,05 B abcdefgh 5,95 C abcdefgh 5,65 B bcdefgh 5,38 B cdefgh 4,69 C defgh 4,37 B efgh 4,24 C efgh 4,16 B fgh 3,91 A fgh 3,09 B gh 2,61 B h 8,46 C 37,82 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL SK CL Ep 2 Tukey a 280 45,22 A a a IAC 2 a IAC 2 43,14 B ab a 70 a IAC 8 41,42 AB abc a 219 a 251 40,45 A abcd a 199 a 70 35,32 B abcde b 280 a 109 33,63 AB abcdef b 43 a 137 33,20 A abcdef b 238 a 144 31,89 A abcdefg b IAC 8 a 128 28,40 A abcdefgh c 44 a 129 27,78 A abcdefgh c 288 a 120 26,91 A abcdefgh c 251 a 219 25,21 B bcdefgh c 109 a 32 25,12 A bcdefgh c 212 a 238 24,41 B bcdefgh c 166 a 199 23,76 B cdefgh c 2 b 47 23,71 A cdefgh c 129 b 196 23,01 A cdefgh c 147 b 135 22,67 A cdefgh c 213 b 43 21,41 B defgh c 261 b 166 20,86 B efgh c 144 b 80 20,83 A efgh c 32 b 146 20,80 A efgh c 120 b 9 20,70 A efgh c 128 b 31 20,34 A efgh c 216 b 44 20,30 B efgh c 27 b 201 19,97 A efgh c 241 b 288 19,69 B efgh c 137 b 213 19,34 B efgh c 9 b 212 18,72 B efgh c 235 b 261 18,47 B efgh c 49 b 147 c 146 18,22 B efgh b 2 17,14 B efgh c 47 b 172 17,00 A efgh c 22 b 241 16,34 B efgh c 136 b 235 15,58 B fgh c 135 b 136 15,31 AB fgh c 201 b 27 14,34 B fgh c 31 b 216 13,21 B gh c 196 b 49 11,96 B h c 172 b 22 9,19 B h c 80 23,62 B 28,99 Ep 3 Tukey 98,59 A a 59,86 A b 57,61 A bc 57,52 A bc 55,01 A bcd 55,00 A bcd 53,13 A bcde 51,85 A bcde 45,30 A bcdef 42,96 A bcdefg 40,14 A bcdefgh 39,80 A bcdefgh 36,42 A cdefghi 35,93 A cdefghi 35,89 A cdefghi 34,91 A defghi 33,48 A defghi 32,50 A efghi 31,83 A efghi 31,69 A efghi 31,45 A efghi 28,39 A fghi 27,34 A fghi 27,32 A fghi 27,12 A fghi 25,75 A fghi 25,54 A fghi 24,90 A fghi 24,56 A fghi 22,90 A ghi 22,73 A ghi 22,14 A ghi 20,72 A hi 20,66 A hi 20,49 A hi 20,47 A hi 20,23 A hi 16,53 AB i 15,83 A i 14,94 AB i 34,74 A 22,59 SK CL a IAC 2 b 280 b IAC 8 b 70 b 219 b 238 b 251 b 43 c 199 c 109 d 144 d 44 d 288 d 129 d 137 d 120 d 166 d 147 d 261 d 128 d 212 e 32 e 213 e 2 e 47 e 9 e 201 e 135 e 27 e 241 e 235 e 146 e 196 e 216 e 31 e 49 e 172 e 136 e 80 e 22 CJ Tukey SK 52,19 a a 38,27 b b 35,91 bc b 35,65 bc b 32,36 bcd b 30,35 bcde b 30,31 bcde b 29,89 bcdef b 29,11 bcdefg b 27,26 cdefgh b 24,98 defghi c 24,27 defghij c 23,56 defghijk c 22,35 efghijkl c 22,13 efghijkl c 21,86 efghijkl c 21,69 efghijkl c 21,30 efghijklm c 21,28 efghijklm c 20,92 efghijklm c 20,36 fghijklm c 19,73 ghijklm c 19,34 ghijklm c 19,24 hijklm c 18,79 hijklm c 18,60 hijklm c 16,87 ijklm c 16,71 ijklm c 16,23 ijklm c 16,12 ijklm c c 15,98 ijklm 15,54 ijklm c 15,26 ijklm c 14,92 jklm c 14,83 jklm c 13,99 klm c 13,89 klm c 13,87 klm c 13,31 lm c 11,76 m c 22,27 28,24 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 109 Anexo 11 - Médias da variável massa fresca de folhas / broto (MFF/BR) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta. CL IAC 2 238 201 219 IAC 8 280 70 137 144 9 166 43 47 261 251 147 120 213 235 288 241 135 212 49 32 44 80 128 136 109 172 199 216 2 129 22 27 196 146 31 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 15,01 a B 14,30 ab B 12,55 abc B 12,48 abcd B 12,41 abcd B 11,84 abcde B 11,78 abcde C 10,87 abcdef B 10,66 abcdef B 9,77 abcdef A 9,41 abcdef B 9,07 abcdef A 9,04 abcdef B 8,83 abcdef B 8,81 abcdef A 8,63 abcdef B 8,61 abcdef B 8,36 abcdef B 8,24 abcdef B 8,12 abcdef B 7,84 abcdef B 7,83 abcdef B 7,71 abcdef B 7,42 bcdef B 6,91 bcdef B 6,77 bcdef C 6,47 cdef B 6,36 cdef B 6,29 cdef B 6,20 cdef B 6,16 cdef A 6,08 cdef B 5,25 cdef B 4,98 def B 4,71 ef C 4,49 ef B 4,44 ef B 4,36 ef B 4,28 ef B 4,16 f B 8,19 C 32,72 CLONES e EXPERIMENTOS SK CL SK CL Ep 2 Tukey a 137 37,13 a A a 280 a 280 36,88 a AB a 251 a 251 33,67 ab A a 238 a 213 33,37 ab A a 70 a 136 31,27 abc A a 199 a 70 30,98 abcd B a IAC 2 a IAC2 30,59 abcd AB a 219 a 201 29,58 abcde A a 9 a 109 28,88 abcdef A a IAC 8 a 196 28,30 abcdef A a 44 b 199 27,97 abcdef AB a 288 b IAC 8 27,55 abcdef AB a 166 b 2 26,53 abcdef A a 109 b 144 26,43 abcdef A a 2 b 43 26,37 abcdef A a 129 b 47 26,27 abcdef A a 235 b 235 25,07 abcdefg AB a 212 b 44 22,90 abcdefg B b 261 b 135 22,34 abcdefg A b 213 b 166 22,32 abcdefg AB b 137 b 80 21,20 abcdefg A b 27 b 147 20,96 abcdefg A b 120 20,48 abcdefg B b 146 b 238 b 32 20,12 abcdefg A b 147 c 212 20,01 abcdefg A b 201 c 219 18,56 bcdefg B b 135 c 261 17,86 bcdefg AB b 43 c 288 17,71 bcdefg B b 241 c 128 17,60 bcdefg A b 128 c 49 16,91 bcdefg AB b 144 c 9 16,07 cdefg A b 49 c 146 15,67 cdefg AB b 32 c 172 15,47 cdefg A b 216 c 129 14,82 cdefg B b 196 c 31 14,54 cdefg A b 136 c 216 14,28 cdefg A b 47 c 120 14,06 defg B b 31 c 241 13,37 efg AB b 22 c 27 12,05 fg AB b 80 c 22 8,43 g AB b 172 22,61 B 26,79 Ep 3 Tukey 71,32 a A 66,06 ab A 59,84 abc A 52,05 abcd A 51,48 abcd A 46,04 abcd A 44,43 abcd A 44,41 abcd A 43,36 abcd A 40,48 abcd A 39,20 abcd A 38,21 abcd A 33,15 abcd A 31,23 abcd A 29,43 abcd A 28,81 abcd A 27,77 abcd A 27,66 abcd A 27,09 abcd A 26,05 abcd AB 24,95 bcd A 24,58 bcd A 24,45 bcd A 23,20 bcd A 22,87 bcd A 21,69 bcd A 20,88 bcd A 20,31 cd A 19,29 cd A 18,54 cd AB 18,46 cd A 17,59 cd A 16,57 cd A 16,25 cd AB 16,15 cd AB 15,62 cd B 14,24 d A 12,48 d A 11,98 d B 10,38 d A 29,96 A 53,47 SK CL a 280 a 251 a 70 b 238 b IAC 2 b 199 b IAC 8 b 219 b 137 b 9 b 44 b 166 c 213 c 109 c 288 c 201 c 2 c 235 c 43 c 144 c 212 c 261 c 136 c 147 c 135 c 47 c 129 c 196 c 120 c 32 c 146 c 128 c 49 c 241 c 27 c 80 c 216 c 31 c 172 c 22 CJ Tukey 40,01 a 36,18 ab 31,61 abc 31,54 abc 30,55 abcd 28,51 abcde 27,77 abcde 25,16 abcdef 24,68 abcdef 23,42 bcdefg 23,38 bcdefg 23,31 bcdefg 22,94 bcdefg 22,74 bcdefg 21,68 bcdefg 21,66 bcdefg 20,91 bcdefg 20,71 bcdefg 18,77 cdefg 18,55 cdefg 18,49 cdefg 18,12 cdefg 17,90 cdefg 17,60 cdefg 17,29 cdefg 16,98 cdefg 16,32 cdefg 16,30 cdefg 15,75 defg 14,87 efg 14,80 efg 14,42 efg 14,26 efg 13,84 efg 13,81 efg 13,22 efg 12,03 fg 10,98 fg 10,67 fg 8,47 g 20,25 49,42 SK a a a a a a a a a a a a a a b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b b Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 110 Anexo 12 - Médias da variável massa seca de folhas / broto (MSF/BR) para 40 clones e três experimentos, teste de Tukey e Scott & Knott a 5% para análise de variância simples e conjunta. CL 238 IAC 2 219 IAC 8 280 147 70 47 201 261 120 137 251 144 135 235 43 288 213 166 9 241 199 136 80 2 49 212 172 32 44 216 128 109 146 31 22 129 196 27 Médias CV(%) Ep 1 Tukey 4,44 B a 4,18 C ab 4,00 B abc 3,69 B abcd 3,68 B abcd 3,63 B abcde 3,63 C abcde 3,56 B abcdef 3,43 C abcdefg 3,42 B abcdefg 3,19 B abcdefgh 3,18 C abcdefgh 3,01 B abcdefghi 2,99 A abcdefghi 2,95 A abcdefghi 2,83 B abcdefghi 2,72 A abcdefghi 2,63 B abcdefghi 2,57 B abcdefghi 2,55 B abcdefghi 2,45 B abcdefghi 2,44 B abcdefghi 2,39 C abcdefghi 2,21 B abcdefghi 2,18 B abcdefghi 2,17 B abcdefghi 2,16 A abcdefghi 2,14 B bcdefghi 2,08 B bcdefghi 2,02 B bcdefghi 1,91 B bcdefghi 1,81 B cdefghi 1,79 B cdefghi 1,69 B defghi 1,37 B efghi 1,35 B fghi 1,29 B fghi 1,22 B ghi 0,96 B hi 0,85 B i 2,57 C 31,43 CLONES e EXPERIMENTOS Ep 2 Tukey SK CL SK CL a 280 14,46 A a a 199 a 251 14,05 A ab a 238 a IAC 2 12,85 B abc a IAC 2 a IAC 8 12,85 A abc a 70 a 199 11,37 A abcd b 280 a 137 11,11 A abcd b 219 a 70 10,36 B abcde b IAC 8 a 109 10,06 A abcdef b 44 a 136 9,75 A abcdef b 288 a 213 9,35 A abcdef b 251 a 128 9,26 A abcdef b 109 a 201 8,95 A abcdefg b 166 a 2 8,40 A bcdefg c 212 a 196 8,14 A cdefg c 129 a 32 8,00 A cdefg c 235 a 166 7,91 A cdefg c 147 a 47 7,78 A cdefg c 120 b 43 7,74 A cdefg c 261 b 144 7,55 A cdefg c 2 b 135 7,29 A cdefg c 43 b 212 7,23 A cdefg c 213 b 238 7,23 B cdefg c 135 b 235 7,19 AB cdefg c 146 b 219 6,97 B defg c 32 b 288 6,87 B defg c 137 b 147 6,71 A defg c 128 b 120 6,70 AB defg c 241 b 44 c 27 6,54 B defg b 146 6,48 AB defg c 9 b 261 6,34 AB defg c 144 b 216 c 216 6,13 A defg b 9 6,10 A defg c 201 b 172 5,99 A defg c 49 c 129 c 196 5,95 A defg c 49 5,15 A efg d 136 c 31 4,66 A efg d 31 c 80 d 172 4,53 A fg c 241 4,44 AB fg d 22 c 27 4,31 A fg d 47 c 22 3,24 AB g d 80 7,90 B 26,05 Ep 3 Tukey 21,80 A a 21,36 A a 19,10 A ab 17,85 A abc 17,15 A abcd 15,72 A abcde 15,17 A abcdef 12,93 A bcdefg 12,68 A bcdefgh 11,87 A bcdefghi 11,83 A bcdefghi 10,34 A cdefghi 9,92 A cdefghi 9,59 A cdefghi 8,89 A defghi 8,80 A efghi 8,58 A efghi 8,50 A efghi 8,42 A efghi 8,00 A efghi 7,84 A efghi 7,37 A fghi 7,34 A fghi 7,27 A fghi 7,03 B fghi 6,77 A ghi 6,54 A ghi 6,48 A ghi 6,41 A ghi 6,34 A ghi 6,01 A ghi 5,67 B ghi 5,55 A ghi 5,53 A ghi 5,15 AB ghi 4,99 A ghi 4,78 AB ghi 4,49 A hi 4,41 B hi 3,81 AB i 9,46 A 31,10 SK CL a IAC 2 a 199 a 280 a 238 a 70 b IAC 8 b 251 b 219 b 109 b 288 b 44 c 137 c 166 c 213 c 212 c 147 c 2 c 235 c 120 c 43 c 261 c 201 c 128 c 135 c 32 c 136 c 144 c 129 c 47 c 146 c 9 c 196 c 216 c 241 c 49 c 172 c 27 c 31 c 80 c 22 CJ Tukey SK 12,04 a a 11,85 a a 11,76 a a 11,01 ab a 10,61 abc a 10,57 abc a 9,65 abcd a 8,89 abcde a 7,86 bcdef a 7,39 cdefg b 7,13 defgh b 7,11 defgh b 6,93 defghi b 6,58 defghij b 6,43 defghij b 6,38 defghij b 6,33 efghij b 6,30 efghijk b 6,16 efghijk b 6,15 efghijk b 6,09 efghijk b 6,01 efghijk b 5,94 efghijk b 5,87 efghijk b 5,76 efghijk b 5,70 efghijk b 5,62 efghijk b 5,59 fghijk b 5,25 fghijk b 5,07 fghijk b 4,99 fghijk b 4,88 fghijk b 4,65 fghijk b 4,47 ghijk b 4,28 ghijk b 4,28 ghijk b b 3,88 hijk 3,67 ijk b 3,50 jk b 3,01 k b 6,64 31,98 Médias seguidas da mesma letra maiúscula (horizontal) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para experimentos pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Tukey. Médias seguidas da mesma letra minúscula em negrito (vertical) não diferem significativamente entre si a 5% de probabilidade para clones pelo teste de Scott & Knott. CL: clones experimentais; Ep1: primeiro experimento de Campinas (Unidade Entomologia/IAC); Ep2: segundo experimento de Campinas (Unidade Hortaliças/IAC); Ep3: experimento de Monte Alegre do Sul/APTA; SK: teste de médias de Scott & Knott; CJ: análise conjunta dos três experimentos CV(%): coeficiente de variação ambiental. 111