PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA
AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
Olá, prezado aluno do Ponto dos Concursos!
Na aula de hoje, vamos estudar as classes de palavras. Você
verá como o Cetro cobra esse assunto em prova. Também terá questões de
outras bancas examinadoras para exercitar seu aprendizado.
Apontamos até aqui as “faltas” éticas no interior das práticas
escolares; cabe-nos agora esboçar alguns preceitos que, em nosso
entendimento, precisam ser preservados a qualquer custo na intervenção
pedagógica.
O
primeiro
remete
às
questões
que
envolvem
as
práticas
avaliativas, tão presentes nas preocupações dos educadores, bem como
de alguns órgãos governamentais do setor. Não é raro que encontremos
alegações do tipo: “é preciso avaliar constantemente”, ou então: “se não
houver reprovação, não há ensino de verdade”, ou mais drasticamente
ainda: “professor bom é aquele que reprova”. Note-se que, a partir de
enunciados como esses, acabamos tomando a avaliação (e não a ética)
como reguladora da ação profissional docente. Isto é, avaliar passa a ser
concebido como um direito “legal ou moral” do professor, enquanto ser
avaliado, um dever também “legal ou moral” do aluno.
Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou
exclusiva da relação pedagógica, corremos o risco também de naturalizar
o fracasso como seu efeito contingencial (e inevitável, portanto). É o alto
preço que se paga por transformar um encontro que se desdobra em
torno de regras construídas processualmente em um evento balizado por
normas apriorísticas, isto é, por um rígido padrão normativo (e, por
extensão, excludente) como é o da avaliação escolar, tal como a
conhecemos – ou melhor, insistimos em preservá-la.
Cabe-nos igualmente questionar o que temos priorizado como foco
de nossa atuação profissional: as nuanças e vicissitudes do processo
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ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados formais? E a que se
têm prestado nossas práticas avaliativas: a confirmar os prognósticos
fatalistas sobre a clientela, ou ao coroamento de nossos esforços
cotidianos? Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós
está sendo colocado sub judice.
Portanto, um desfocamento do afã avaliativo, além de bastante
oportuno, poderia promover uma ênfase mais nítida no dia-a-dia da sala
de aula, isto é, na “qualidade” mesma da intervenção escolar – parte
daquilo que entendemos como “ética pedagógica”. É no espaço sagrado
das aulas, no instigante confronto entre agentes e clientela, no coração
mesmo da relação professor-aluno, que a ética pedagógica (ou a falta
dela) se presentifica com mais força. O resto, e a avaliação dos
resultados aí incluída, é mera conseqüência!
AQUINO, Julio Groppa. Do cotidiano escolar – ensaios sobre a ética
e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 28-29.
1.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no primeiro parágrafo do texto,
no período: “cabe-nos agora esboçar alguns preceitos que (...) precisam
ser preservados”, a anteposição do pronome destacado em relação à
forma verbal “cabe” é proibida pela tradição gramatical, apesar de a
próclise ser a tendência do português falado no Brasil.
Comentário – Cabe lembrar que próclise é a ocorrência do pronome antes do
verbo (Fingiu que não o reconheceu.). Quando acontece o inverso, ou seja, o
pronome surge após o verbo, temos um caso de ênclise, que na escrita é
marcada pela presença do hífen (Dá-me sua ajuda.). A mesóclise, que só
ocorre com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, é o emprego
do pronome no “meio” do verbo, entre a forma infinitiva e a desinência modotemporal (Dar-lhe-ia minha ajuda.).
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É útil ainda recordar os casos obrigatórios de próclise:
Casos de Próclise
a) Palavras
de
sentido Nada me fará desistir.
negativo
Ninguém me fará desistir.
Aqui se fazem chaves.
b) Advérbios sem pausa
Talvez se cumprimentassem.
c) Conjunções
Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito.
subordinativas e pronomes O livro que me deste é muito interessante.
relativos
d) Conjunções
Ora se atribulava, ora se aquietava.
coordenativas alternativas
Das duas uma: ou as faz ela, ou as faço eu.
e) Pronomes e advérbios Quem lhe contou a verdade?
interrogativos
Por que te afliges tanto?
f) Pronomes indefinidos
Tudo me foi dado.
Alguém te contou a verdade?
g) Frases exclamativas e Como te atreves!
optativas
Deus o abençoe, meu filho!
h) Preposição
em
+ Em se tratando desse assunto, nada mudará.
verbo no gerúndio
Frise-se que o rigor gramatical impede que uma oração seja
iniciada por pronome oblíquo átono. Sendo assim, a construção aludida pela
banca está perfeita.
Resposta – Item certo
2.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no segundo parágrafo do texto,
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no trecho: “avaliar passa a ser concebido como um direito ‘legal ou moral’
do professor, enquanto ser avaliado, um dever também ‘legal ou moral’
do aluno”, a palavra destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro
gramatical ou prejuízo semântico, por “já que”, desde que a última
ocorrência de vírgula seja trocada pela locução verbal “passa a ser
concebido como”.
Comentário – As conjunções enquanto e já que pertencem a campos
semânticos diferentes.
A primeira exprime circunstância de temporalidade e indica,
no texto, que os fatos ocorrem concomitantemente. Também exprimem essa
circunstância as seguintes conjunções: quando, logo que, mal (= logo que),
sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, agora que, ao
mesmo tempo que, toda vez que.
A conjunção já que exprime circunstancia de causa, a
exemplo de porque (junto e sem acento), que, pois, como, porquanto, visto
que, visto como, uma vez que, desde que.
Resposta – Item errado
3.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no terceiro parágrafo do texto,
no trecho: “Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou
exclusiva da relação pedagógica, corremos o risco também de naturalizar
o fracasso”, as formas verbais destacadas podem ser substituídas,
respectivamente,
sem
necessidade
de
adaptações
no
texto,
por
“naturalizasse” e “correríamos”, sem que ocorra erro gramatical ou
prejuízo semântico.
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Comentário – Os verbos utilizados originalmente estão conjugados no
presente do indicativo, pois o autor considera as ações indicadas por eles uma
ocorrência certa e válida para o momento do discurso e/ou habitual.
A mudança proposta, apesar de manter a correlação verbal
entre os verbos substitutos, acarretaria prejuízo semântico ao texto. As formas
“naturalizasse” (pretérito imperfeito do subjuntivo) e “correríamos” (futuro do
pretérito do indicativo) são utilizadas para expressar o valor hipotético,
provável do que se declara.
A propósito, saiba um pouco mais a respeito do emprego do
emprego desses tempos e modos verbais.
O presente do indicativo pode indicar valores semânticos
tais como:
1.
fato que se realiza no momento do discurso.
Ex.: A turma toda estuda agora.
2.
fato permanente.
Ex.: O sol aquece a Terra.
3.
fato habitual.
Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta-se bem e treina intensamente.
4.
presente histórico, ou seja, substitui o pretérito para enfatizar a
descrição do fato, conferir mais vivacidade a ele.
Ex.: Antes de subir aos céus, Jesus diz a seus discípulos: “Eu sou o caminho, a
verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).
5.
certeza do fato a que nos referimos e que acontecerá brevemente,
substituindo o futuro do presente.
Ex.: O artilheiro disse que joga amanhã.
linguagem
jornalística
Presidente americano chega amanhã ao Brasil.
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Dentre os valores semânticos do futuro do pretérito do
indicativo, destaco:
1.
o que indica ação futura em relação a outra no passado.
Ex.: Em virtude dos acontecimentos, decidiram que ficariam em casa.
2.
aquele que indica um fato cuja realização depende de uma condição que
não se concretizou no passado e que, provavelmente, não se realizará. Nesse
caso, é reforçado o caráter hipotético da declaração.
Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.
CUIDADO! Empregando-se a forma verbal da primeira oração no presente ou
no futuro do subjuntivo (estudemos ou estudarmos), com as devidas
modificações, a condição expressa por ela será tomada como uma hipótese
que poderá ocorrer, ou não.
Caso estudemos mais, obteremos a classificação.
Se estudarmos mais, obteremos a classificação.
Em relação ao subjuntivo, note que os tempos podem indicar
hipótese, condição ou vontade do indivíduo que fala enunciadas no presente,
no pretérito ou no futuro.
Ex.: Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do subjuntivo)
Paula
talvez
lhe
telefonasse
à
noite.
(pretérito
imperfeito
do
subjuntivo)
Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo)
Também é digno de nota o emprego do pretérito imperfeito do
subjuntivo como condição para a ocorrência de outra ação verbal.
Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.
Resposta – Item errado
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4.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no quarto parágrafo do texto,
é possível, segundo a tradição gramatical, reescrever o trecho “E a que se
têm prestado nossas práticas avaliativas” da seguinte maneira, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “E a que se tem prestado
nossas práticas avaliativas”.
Comentário – Não se esqueça de que os verbos TER e VIR, empregados na
terceira pessoa do plural por força do sujeito (“nossas práticas avaliativas”),
recebem acento circunflexo: eu tenho/venho; tu tens/vens; ele tem/vem; nós
temos/vimos; vós tendes/vindes; eles têm/vêm.
Resposta – Item errado
5.
(Cetro/TJ-RS/Oficial
de
Transportes/2012)
As
alternativas
abaixo
apresentam verbos destacados com conjugação no modo indicativo,
exceto uma. Assinale-a.
(A) O primeiro deles é a dignidade da pessoa humana, do qual derivam os
Direitos Humanos e os valores e as atitudes fundamentais para o convívio
social democrático como o respeito mútuo e o repúdio às discriminações
de qualquer espécie, atitude necessária à promoção da justiça.
(B) Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para
isso, é necessário ter equidade, o que, por sua vez, fundamenta a
solidariedade.
(C) Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade
constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o
trânsito.
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(D) Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito
exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio
social, portanto na convivência no trânsito.
(E) É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais
humano, harmonioso, mais seguro e mais justo para que sejamos
cidadãos mais responsáveis.
Comentário – A exceção está última alternativa: sejamos, forma verbal
conjugada no presente do subjuntivo. Todas as demais formas destacadas
estão no presente do indicativo.
Resposta – E
6.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no quinto parágrafo do texto,
na frase: “no coração mesmo da relação professor–aluno”, a palavra
destacada tem o mesmo valor semântico que no trecho “Mesmo porque,
numa reprovação final, algo de todos nós está sendo colocado sub judice”,
do período final do parágrafo anterior.
Comentário – Na primeira ocorrência, a palavra destacada denota realce ou
ênfase; na segunda, inclusão.
De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira, serão
classificadas à parte certas palavras e locuções – outrora consideradas
advérbios – que não se enquadram em nenhuma das dez classes conhecidas.
Tais palavras e locuções, chamadas “denotativas”, podem exprimir:
a)
afetividade – Felizmente, não me machuquei.
b)
designação – Eis o anel que perdi.
c)
exclusão – Voltaram todos, menos André.
d)
inclusão – Aqui falta tudo, até água.
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e)
limitação – Só Deus é perfeito.
f)
realce – É isso mesmo!
g)
retificação – Aquele casal era japonês, aliás, descendente de japonês.
h)
explanação: Os elementos do mundo físico são quatro, a saber: terra,
fogo, água e ar.
i)
situação: Então, que achou do filme?
Resposta – Item errado
Por que as crianças obedecem? Foi esta a pergunta que, no começo
de nosso século [o século XX], intrigou vários autores. Foram em busca
de respostas e várias foram encontradas: superego, sentimento de
agrado, heteronomia, hábito etc. Respostas diferentes entre si, mas que
levavam em conta o que era considerado um fato: as crianças obedecem
a seus pais e, em geral, também a seus professores. Hoje, parece-me
que a pergunta formulada espontaneamente seria a inversa: por que as
crianças não obedecem, nem a seus pais, muito menos a seus
professores? Exagero? É bem provável. Não sei se, antigamente, elas
obedeciam tanto assim e se são tão desobedientes hoje. Porém, parece
ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo “limite”: as
crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não
os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.
(...).
O tema é delicado, perigoso até. Por três razões, pelo menos.
A primeira: pode-se facilmente cair no moralismo ingênuo e, sob a
aparência de descrever o real, tratar de normatizá-lo. Por exemplo, a
indisciplina em sala de aula seria decorrência da falta de valores de
nosso tempo. Porém, falta de quais valores?
A segunda: o reducionismo, que explica um fato por uma única
dimensão. Existe o reducionismo psicológico que, ao fazer abstração de
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características sociais, culturais e históricas, reduz o fenômeno estudado
ao jogo de mecanismos mentais isolados do contexto em que estão.
Porém, há também o reducionismo sociológico, que consiste em atribuir
a causas gerais todo comportamento humano, desprezando variáveis
psicológicas
(estas
consideradas
como
mero
subproduto
de
determinações sociais). Para fugir do reducionismo, duas soluções: ou
possuir um grande sistema explicativo que articule várias dimensões ou,
na ausência de tal sistema (que é o caso mais freqüente), situar
claramente a análise no nível escolhido e sem afirmar a onipotência da
explicação apresentada.
A terceira: a complexidade e, até, ambigüidade do tema. De fato, o
que é disciplina? O que é sua negação, indisciplina? Não é tão simples.
Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto
de normas, a indisciplina poderá se traduzir de duas formas: 1) a revolta
contra essas normas; 2) o desconhecimento delas. No primeiro caso, a
indisciplina traduz-se por uma forma de desobediência insolente; no
segundo, pelo caos dos comportamentos, pela desorganização das
relações. Aproveito para dizer que, hoje, o segundo caso parece-me
valer. Estamos longe de contextos como aquele escolhido pelo filme
Sociedade dos Poetas Mortos, em que é retratada uma revolta discente.
Hoje, o cinismo (negação de todo valor e, logo, de qualquer regra)
explica melhor os desarranjos das salas de aulas. Anteontem, o professor
falava a alunos dispostos a acatar; ontem, a certos alunos (pré-)
dispostos a discordar e propor; hoje, tem auditório de surdos. Estou de
novo exagerando, só não sei exatamente o quanto...
De La Taille, Yves. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In:
Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio
Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1996.
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7.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) no trecho do primeiro parágrafo: “Não sei se, antigamente, elas
obedeciam tanto assim”, o valor semântico da conjunção destacada é
equivalente ao que ela tem na frase “Se entendermos por disciplina
comportamentos regidos por um conjunto de normas”, do último
parágrafo.
(B) no trecho do primeiro parágrafo: “Porém, parece ser esta a queixa atual,
traduzida notadamente pelo vocábulo ‘limite’”, o pronome destacado
refere-se às afirmações feitas depois dos dois-pontos, isto é, de “as
crianças, hoje, não teriam limites” a “a televisão os sabotaria etc”.
(C) no trecho do primeiro parágrafo: “as crianças, hoje, não teriam limites,
os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os
exigiria, a televisão os sabotaria”, o tempo e o modo verbais utilizados
nas formas destacadas expressam hipótese com a qual o autor do texto
concorda.
(D) no trecho do primeiro parágrafo: “os pais não os imporiam, a escola não
os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.”,
segundo a gramática normativa, a repetição do pronome é proibida, por
isso todas as ocorrências destacadas devem ser suprimidas.
(E) o trecho do terceiro parágrafo “a indisciplina em sala de aula seria
decorrência da falta de valores de nosso tempo” pode ser reescrito da
seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico:
“A falta de valores de nosso tempo implica indisciplina em sala de aula”.
Comentário – Alternativa A: está errado o que se afirma nela. Na primeira
ocorrência, o “se” é simplesmente conjunção integrante, serve para ligar a
oração principal “Não sei” a sua subordinada “antigamente, elas obedeciam
tanto assim” e é desprovida de valor semântico (a exemplo de “que”, outra
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conjunção integrante). Na segunda ocorrência, a conjunção “se” exprime uma
condição para que se realize o fato expresso na oração “a indisciplina poderá
se traduzir de duas formas: 1) a revolta contra essas normas; 2) o
desconhecimento delas”.
Alternativa B: abordou corretamente a função coesiva do
pronome este (e variações). Este e isto são empregados quando ainda vai
ser feita a referência; promove a coesão textual conhecida como catafórica:
Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. Esse e isso são
empregados quando já foi feita a referência; promove a coesão textual
conhecida como anafórica: Não há democracia sem justiça. Esse é meu
argumento.
Alternativa C: os verbos em destaque estão conjugados no
futuro do pretérito do indicativo e de fato exprimem hipótese, como já foi
explicado anteriormente. Mas o autor do texto não concorda com essa ideia.
Para ele, “Hoje, o cinismo (negação de todo valor e, logo, de qualquer regra)
explica melhor os desarranjos das salas de aulas”.
Alternativa D: completamente descabida a argumentação da
banca examinadora; não há o menor fundamento no que ela diz.
Alternativa E: novamente o Cetro explorou as relações
semânticas dos tempos verbais. No trecho original, ressalta-se o valor
hipotético da declaração, graças ao emprego do futuro do pretérito do
indicativo em “seria”. Na reescritura, o fato foi considerado como certo, real,
graças ao uso do presente do indicativo em “implica”.
Resposta – B
8.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no quarto e no quinto parágrafos do texto,
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(A) o trecho “Para fugir do reducionismo, duas soluções” pode ser reescrito da
seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico:
“Para fugir do reducionismo, havia duas soluções”.
(B) não haverá prejuízo semântico se, no trecho “Se entendermos por
disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas”, a forma
verbal destacada for substituída por “entendemos”.
(C) no trecho: “Anteontem, o professor falava a alunos dispostos a acatar”, a
forma verbal destacada pode ser trocada, sem que ocorra erro gramatical
ou prejuízo semântico, por “falou”, já que ambas expressam ações
ocorridas no passado.
Comentário – Alternativa A: note como a instituição vem exigindo a
compreensão dos valores semânticos expressos pelos verbos. O trecho indica a
existência atual, efetiva de soluções para o problema. A utilização de “havia”
(pretérito imperfeito do indicativo) nos daria a clara noção de que o as
soluções eram algo disponível no passado. Aproveite para recordar os aspectos
indicados pelo pretérito imperfeito do indicativo:
1.
indica fato que ocorria habitualmente.
Ex.: Joãozinho era o primeiro a terminar as provas.
2.
seu uso em substituição ao presente traduz cortesia e atenua uma
afirmação ou um pedido.
Ex.: Eu queria saber se o diretor já chegou.
3.
indica simultaneidade entre dois fatos passados.
Ex.: Os alunos estudavam para o concurso quando o edital foi publicado.
4.
denota consequência de um fato hipotético; substitui, nesses casos, o
futuro do pretérito.
Ex.: Houvesse estudado mais, passava em primeiro lugar.
Alternativa B: há prejuízo sim! No original, é reforçado o
caráter futuro e hipotético da declaração. A troca indica que o fato de entender
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se realiza no momento do discurso, podendo ser considerado habitual e/ou
permanente.
Alternativa C: não é bem assim, não! De fato, as ações foram
expressas no passado: “falava”: pretérito imperfeito do indicativo; “falou”:
pretérito perfeito do indicativo. Mas a primeira conjugação denota continuidade
ou duração, e mesmo a falta de conclusão do fato. A segunda forma exprime
que o fato foi completamente concluído; perde-se, com ela, a noção de
continuidade.
Resposta – Itens errados
Final de aula, numa quarta série, uma menina aproxima-se de uma
colega de classe e lhe pergunta:
– Adri, por que você nunca fala na hora da correção das fichas?
A resposta, em tom calmo e (auto) compreensivo, surpreende:
– Sabe o que é, Lu? É que eu sou lenta e quando a professora
manda parar de fazer para começar a corrigir, eu ainda não acabei...
Esta cena havia sido antecedida de outra em que a professora de
português comentara a não participação de Adriana nas discussões de
tarefas feitas pelos alunos, individualmente, na primeira parte da aula.
O que parece absolutamente corriqueiro, aqui, encerra muitas das
faces, da complexidade e dos afetos supostos na constituição da
alteridade, na relação com a diferença. As escolas, como qualquer outra
instituição concreta, são ocasião para desdobramentos sem fim dessas
situações que, como uma pintura, dão forma a milhões de palavras. Tudo
que nelas está não se apreende senão por pontos de vista ou, como
prefiro dizer, por recortes.
GUIRARDO, Marlene. Diferença e alteridade: dos equívocos
inevitáveis. In: Diferenças e preconceitos na escola: alternativas
teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1998.
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9.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto, é correto afirmar que
no trecho do quinto parágrafo: “Esta cena havia sido antecedida de
outra”, o pronome destacado pode ser trocado, sem que ocorra prejuízo
semântico, por “Essa”.
Comentário – No trecho, o autor retoma o que disse anteriormente. Com
efeito, seria até melhor que a troca fosse feita, de acordo com o que já
expliquei a respeito dos processos de coesão (catafórica e anafórica)
envolvendo os pronomes esta, isto, esse, isso. Vai dizer que você já
esqueceu?
Resposta – Item certo
No momento em que se aproximam as eleições de outubro de
2006, a Anistia Internacional se dirige a Vossas Excelências, candidatos à
Presidência e aos governos estaduais, com o objetivo de reforçar a
tradição de manter uma comunicação aberta e, ao mesmo tempo,
entabular um diálogo positivo com os futuros governos. Aproveitamos
ainda esta oportunidade para, juntamente com esta carta, apresentarlhes um breve DVD com a mensagem da organização aos candidatos a
cargos executivos nestas eleições. (...)
A Anistia Internacional pede a Vossas Excelências, na condição de
candidatos e potenciais detentores de cargos, que apresentem uma
política de segurança pública de longo prazo, estruturada e financiada
adequadamente. (...)
A
Anistia
Internacional
exorta
ainda
Vossas
Excelências
a
incentivarem um debate transparente sobre a questão da segurança
pública, em todos os níveis de governo e com a sociedade civil, visando a
adoção de medidas concretas para reduzir os níveis de violência nas
cidades brasileiras.
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Por fim, a Anistia Internacional espera que todos os candidatos e
os futuros governos se disponham a aceitar o convite para se engajar
com a Anistia Internacional, bem como outras organizações de direitos
humanos, em um diálogo aberto que permita prosseguir com o debate
acerca dessas questões da maior urgência e importância.
Atenciosamente,
Irene Khan
Secretária-Geral
Anistia Internacional
10. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, nos dois primeiros parágrafos do texto,
(A) no trecho: “Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com
esta carta, apresentar-lhes um breve DVD”, o pronome destacado pode
ser trocado, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por
“essa”.
(B) no trecho: “Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com
esta carta, apresentar-lhes um breve DVD”, o pronome destacado tem de
ser trocado por “vos”, porque a carta se dirige aos candidatos tratados por
“Vossas Excelências”.
(C) no trecho: “A Anistia Internacional pede a Vossas Excelências (...) que
apresentem uma política de segurança pública”, é proibida a substituição
da forma verbal destacada por “apresenteis”.
Comentário – Alternativa A: muito cuidado agora! Aqui, o pronome
demonstrativo foi usado para indicar a posição da “carta” em relação à pessoa
do discurso (o próprio autor), situando-a no espaço (os demonstrativos
também podem situar os seres no tempo). Sim, veja o quadro abaixo.
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Pronomes
Este (s), esta (s), isto
Esse (s), essa (s), isso
Aquele (s), aquela (s),
Tempo
Espaço
Presente; momento atual Perto de quem fala
Passado próximo
Perto da pessoa com
quem se fala
Passado longínquo
aquilo
Longe de quem fala e da
pessoa com quem se fala
Ex.: Nestas últimas horas tenho aprendido muito. (note o verbo usado no
presente do indicativo)
Este rapaz ao meu lado é meu amigo. (note que o pronome indica a
primeira pessoa do discurso, aquela que faz uso da palavra)
Essas horas que passamos na praia foram muito agradáveis. (note as
formas verbais no pretérito)
O que é isso aí do teu lado? (note o pronome indicando a segunda
pessoa do discurso, aquela com quem falamos)
Naquela época, a vida era melhor. (o verbo no pretérito contribui para a
indicação de um fato passado)
O que é aquilo atrás do carro? (agora o objeto está situado distante do
locutor e do interlocutor)
Alternativa B: agora a banca requer conhecimento sobre o
emprego dos pronomes de tratamento. As formas de tratamento designam
indiretamente à segunda pessoa do discurso (aquela com quem se fala), mas
conduzem toda as concordâncias nominal e verbal da frase para a terceira
pessoa (do singular ou do plural, conforme o caso). O pronome “lhes”
representa a terceira pessoa do plural; o pronome “vos” refere-se à segunda
pessoa do plural. Atente ainda para algumas particularidades.
a)
Vossa Excelência fez um belo discurso. (para dirigir-se à pessoa, ainda
que por meio de correspondências)
Sua Excelência fez um belo discurso. (para falar da pessoa)
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b)
Vossa Excelência, que hoje está muito disposto, apresentará seus
projetos? (note que o verbo e o pronome possessivo correspondem à
terceira pessoa e o adjetivo tende a concordar com o gênero da pessoa
referida – concordância ideológica)
c)
Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado)
Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo (você). (certo)
(muito cuidado: mesmo os pronomes de tratamento informal levam os
outros pronomes para a terceira pessoa)
Alternativa C: por se referir à segunda pessoa do plural do
presente do subjuntivo, o verbo “apresenteis” não pode ser utilizado na
substituição indicada.
Resposta – C
11. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, nos dois últimos parágrafos do texto,
(A) o trecho “exorta ainda Vossas Excelências a incentivarem um debate
transparente” pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico: “exorta ainda Vossas Excelências a
que incentiveis um debate transparente”.
(B) no trecho: “aceitar o convite para se engajar com a Anistia Internacional,
bem como outras organizações de direitos humanos”, a expressão
destacada pode ser trocada, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo
semântico, por “posto que”.
Comentário – Alternativa A: já encontrou o problema? Ele está na forma
verbal “incentiveis”, segunda pessoa do plural do presente do subjuntivo, que
não se relaciona com pronomes de tratamento.
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Alternativa
B:
a
conjunção
“para”
expressa
finalidade,
propósito, objetivo; a locução conjuntiva “posto que” integra segmento com
valor semântico concessivo, a exemplo de ainda que; embora; mesmo que;
por mais que; se bem que; por pouco que; nem que; conquanto etc.:
“descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala”. (Graciliano Ramos)
Resposta – Itens errados
12. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Analise as afirmativas a
seguir, em relação às classes de palavras.
I.
No trecho: “É bastante concebível que um naturalista, refletindo sobre as
afinidades mútuas dos seres orgânicos, suas relações embrionárias, sua
distribuição geográfica, sucessão geológica e outros fatos similares,
chegasse
à
conclusão
de
que
cada
espécie
não
fora
criada
independentemente, mas se originara de outra espécie.”, as palavras
destacadas são, respectivamente: advérbio de intensidade; verbo na
forma nominal do gerúndio; verbo no pretérito mais-que-perfeito simples;
e advérbio (que possui o final em “mente” porque deriva de um adjetivo).
II.
No trecho: “Em seu livro – produto de quase 28 anos de pesquisa
bibliográfica e de campo –, Darwin se dispôs a responder a uma das
questões que havia muito despertava a curiosidade de estudiosos: qual a
origem da vida, do homem e da natureza? Baseado em evidências
observadas em diversas regiões do globo e apoiado nas ideias de outros
pensadores, ele criou uma fronteira na ciência”, as palavras destacadas
são, respectivamente: substantivo primitivo; verbo na forma nominal do
infinitivo; pronome pessoal interrogativo; e pronome pessoal oblíquo.
III. No trecho: “Segundo a teoria de Darwin, tanto os organismos vivos como
os que encontrou fossilizados se originavam de um único ancestral comum
e se transformavam ao longo do tempo. Semelhante a uma bactéria, esse
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primeiro ser vivo sofreu modificações até gerar toda a variedade de
animais e plantas do planeta, seguindo um padrão evolutivo, que
permanece ativo”, as palavras destacadas são, respectivamente: adjetivo;
verbo no pretérito imperfeito do indicativo; pronome demonstrativo; e
pronome relativo.
É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) I, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) III, apenas.
(E) II e III, apenas.
Comentário – Item I: certo.
O vocábulo “bastante” é advérbio de intensidade quando
relacionado a verbo, adjetivo ou outro advérbio. Na dúvida troque-o por
“muito”: É muito concebível que... Outros exemplos: Comi bastante (=
muito). Moro bastante longe (= muito). Cuidado para não confundi-lo com o
pronome indefinido adjetivo: Neste curso, há bastantes (muitos) alunos
matriculados. Observe que agora o vocábulo acompanha substantivo e
varia em número.
O vocábulo “refletindo” é uma das três formas nominais do
verbo REFLETIR. O infinitivo (REFLETIR) é caracterizado pela terminação –R; o
gerúndio (REFLETINDO) é marcado pela terminação –NDO; o particípio
(REFLETIDO) é indicado pela terminação –IDO).
A forma verbal “fora” é o verbo IR conjugado no pretérito
mais-que-perfeito do indicativo: eu fora, tu foras, ele fora, nós fôramos, vós
fôreis, eles foram. Lembre-se de que os tempos compostos são caracterizados
pelo auxílio dos verbos TER e HAVER e pelo particípio do verbo principal.
Analise as tabelas abaixo:
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FORMAS NOMINAIS
infinitivo
TEMPOS COMPOSTOS
cantar
ter/haver cantado
cantar
ter/haver cantado
cantares
teres/haveres cantado
infinitivo
cantar
ter/haver cantado
pessoal
cantarmos
termos/havermos cantado
cantardes
terdes/haverdes cantado
cantarem
terem/haverem cantado
gerúndio
cantando
tendo/havendo cantado
particípio
cantado
impessoal
MODOS
TEMPOS COMPOSTOS
pretérito
Perfeito
(tenho/hei cantado)
mais-que-perfeito
(tinha/havia cantado)
do presente
(terei/haverei cantado)
do pretérito
(teria/haveria cantado)
Perfeito
(tenha/haja cantado)
mais-que-perfeito
(tivesse/houvesse cantado)
Indicativo
futuro
pretérito
Subjuntivo
futuro
ATENÇÃO!
1.
(tiver/houver cantado)
O quadro acima é uma síntese da formação dos tempos
compostos da voz ativa.
Ex.: Temos estudado muito.
Tinha posto a televisão na sala.
Havíamos chegado tarde.
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2.
presente
e
ao
Note que não há tempos compostos relativos ao
pretérito
imperfeito.
Eles
são
usados
para
formar,
respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito mais-que-perfeito
composto. Também não há tempo composto relativo ao modo imperativo.
3.
O tempo composto da voz passiva é formado com o
emprego simultâneo dos auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio
do verbo principal.
Ex.: Temos sido ensinados pelo professor.
O casal havia sido visto no restaurante.
O
vocábulo
“independentemente”
realmente
derivou
do
adjetivo independente. A ele foi acrescentado o sufixo –mente. Uma das
características dos sufixos é a capacidade de alterar a classe gramatical das
palavras primitivas.
Item II: errado.
O vocábulo “livro” é mesmo substantivo primitivo. Quanto à
origem de formação, a palavras podem ser:
1.
primitivas – não derivam de outras da Língua Portuguesa, mas podem
dar origem a outras palavras: pedra, pobre, ferro, livro.
2.
derivadas – originam-se de outras palavras da
língua: pedreiro,
empobrecer, ferradura, livraria.
O verbo “responder”, você agora já sabe, está de fato no
infinitivo.
O pronome “qual”, utilizado em uma frase interrogativa, é
mesmo pronome interrogativo, assim como que, quem, qual, quanto. Mas
dizer que ele é “pessoal” constitui erro. Pronome pessoal só se divide em
“reto” e “oblíquo”, de acordo com a função que desempenham. Veja a tabela
abaixo.
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PESSOAS
CASO OBLÍQUO
CASO RETO
ÁTONO
TÔNICO
1ª SINGULAR
EU
ME
MIM, COMIGO
2ª SINGULAR
TU
TE
TI, CONTIGO
3ª SINGULAR
ELE
SE, O, A, LHE
SI, CONSIGO, ELE, ELA
1ª PLURAL
NÓS
NOS
NÓS, CONOSCO
2ª PLURAL
VÓS
VOS
VÓS, CONVOSCO
3ª PLURAL
ELES
SE, OS, AS, LHES
SI, CONSIGOS, ELES, ELAS
Pela regra, o pronome que desempenha a função de sujeito de
verbo é pessoal (em alguns casos a de predicativo do sujeito também); o que
desempenha outra função é oblíquo:
Ele virou ela. – função de sujeito e de predicativo: pronome
pessoal do caso reto.
Quero falar com ele. – função de complemento verbal:
pronome pessoal do caso oblíquo.
Sendo assim, o que se declara a respeito do pronome “ele”, no
trecho destacado (“ele criou uma fronteira na ciência”), também está errado.
Item III: certo. Em virtude de outros comentários, aqui eu vou
enfatizar apenas o adjetivo e o pronome relativo.
Adjetivo
é
a
palavra
que
caracteriza
o
substantivo,
atribuindo-lhe qualidade (ou defeito), condição, estado, aparência. Exemplo: O
jovem
brasileiro
tornou-se
participativo.
–
O
brasileiro
jovem
tornou-se participativo.
Locução adjetiva é o conjunto de palavras que exerce função
de adjetivo. Exemplos: homem de coragem, fome de cão (preposição +
substantivo); jornal de hoje, gente de longe (preposição + advérbio)
CUIDADO: Eu vim de longe apesar de também ser formada por
“preposição + advérbio”, a expressão de longe não é locução adjetiva, pois
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não se refere a substantivo. Neste exemplo a expressão é uma locução
adverbial, visto que se refere ao verbo “vim”.
Em muitos casos podemos transformar a locução adjetiva em
adjetivo, mas isso nem sempre é possível. Exemplos: homem corajoso, gente
longínqua, lei áurea; homem de caráter, loja de brinquedos.
Pronome relativo é aquele que, em uma oração, se refere a um
termo constante em oração anterior, chamado antecedente. São pronomes
relativos: que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os
quais, as quais. Considere os seguintes exemplos:
Eis os velhos amigos de que lhe falhei.
Eis o instrumento de que lhe falei.
O pronome relativo QUE pode ser empregado tanto para
substituir coisa quanto para representar pessoa. Rejeita preposições com
duas ou mais sílabas e dispensa sem e sob
Cuidado para não confundi-lo com uma conjunção integrante,
usada para unir uma oração subordinada de valor substantivo (objeto direto,
objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua
principal. Considere este fragmento: “...eles explicam que tipo de rodovia cada
uma é.”, em que a oração sublinhada é objeto direto da forma verbal
“explicam” e o “que” não é pronome relativo.
Resposta – C
13. (Cetro/TJ-RS/Oficial de Transportes/2012) Assinale a alternativa em que
todos os verbos destacados estejam conjugados no mesmo modo do
verbo destacado no trecho abaixo.
“Ser ‘veloz’, ‘esperto’ [...] são valores sempre presentes em parte da
sociedade.”
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(A) Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para
isso, é necessário ter equidade, o que, por sua vez, fundamenta a
solidariedade.
(B) Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade
constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o
trânsito.
(C) Os valores, por sua vez, expressam as contradições e os conflitos entre
os segmentos sociais e mesmo entre os papéis que cada pessoa
desempenha.
(D) Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito
exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio
social, portanto na convivência no trânsito.
(E) É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais
humano, harmonioso, mais seguro e mais justo para que sejamos
cidadãos mais responsáveis.
Comentário – Algo intrigante acontece aqui. O que o examinador chamou de
“modo” é, na verdade, uma forma nominal do verbo. Basta reler a tabelinha
acima para comprovar isso. Os modos são indicativo, subjuntivo e
imperativo. As formas nominais são infinitivo, gerúndio e particípio. Mas
vamos “dançar conforme a música”.
Apenas na primeira alternativa os dois verbos em negrito são
apresentados também no infinitivo. Em B e C, temos modo indicativo. Em D,
o primeiro verbo destacado também está no infinitivo, mas o segundo está
conjugado
no
modo
indicativo.
Em
E,
temos
indicativo
e
infinitivo
respectivamente.
Resposta – A, com ressalva.
14. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Leia as alternativas abaixo
e assinale a correta em relação ao grau do adjetivo.
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(A) O cientista é mais importante que o pesquisador. (A frase apresenta grau
comparativo sintético de superioridade).
(B) O pesquisador é tão competente quanto o cientista. (A frase apresenta
grau comparativo de igualdade. É importante ressaltar que esse grau se
faz somente na presença da palavra “quanto”).
(C) O pesquisador se sente menos inteligente que o cientista. (A frase
apresenta grau comparativo de inferioridade. É incorreto utilizar o termo
“do que” nessa situação; ele é utilizado somente na fala coloquial).
(D) O cientista apresentou um trabalho melhor que o pesquisador. (A frase
apresenta grau comparativo analítico de superioridade).
(E) O cientista é mais bom do que competente. (A frase apresenta forma
analítica de um adjetivo que geralmente é usado de forma sintética
porque está comparando duas qualidades de um mesmo ser).
Comentário – Vamos recapitular o grau do adjetivo e, assim, chegar à
resposta certa.
Dois são o grau dos adjetivos: comparativo e superlativo
(excluindo-se o grau normal ou positivo).
a)
Comparativo – indica a qualidade de um ser em
comparação com a de outro, ou compara duas qualidades de um mesmo ser,
dividindo-se em:
1 – SUPERIORIDADE antepondo-se ao adjetivo a advérbio MAIS e
pospondo-se-lhe a conjunção QUE (ou DO QUE).
Ex.: Meu estudo é mais importante que o seu. – João é mais esperto do que
gordo.
2 – INFERIORIDADE antepondo-se ao adjetivo o advérbio MENOS e
pospondo-se-lhe a conjunção QUE (ou DO QUE).
Ex.: Meu estudo é menos importante que o seu. – João é menos esperto do
que gordo.
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3
–
IGUALDADE
antepondo-se
ao
adjetivo
o
advérbio
TÃO
e
pospondo-se-lhe a conjunção QUANTO (ou COMO).
Ex.: Meu estudo é tão importante quanto o seu. – João é tão esperto como
gordo.
b)
Superlativo eleva ou reduz a qualidade de um ser no
mais alto grau em comparação ou não com a de outro ser, dividindo-se em:
1 – RELATIVO eleva ou reduz a qualidade no mais alto grau em comparação
com a de outro ser, podendo ser de:
1.1 – SUPERIORIDADE forma-se com a anteposição do artigo O, A, OS ou
AS à forma do comparativo de superioridade sem a presença das
conjunções comparativas.
Ex.: Você era a mais bonita das cabrochas desta ala.
1.2 – INFERIORIDADE forma-se pela anteposição do artigo definido à forma
do
comparativo
de
inferioridade
sem
a
presença
da
conjunção
comparativa.
Ex.: Você era a menos bonita das cabrochas desta ala.
2 – ABSOLUTO eleva ou reduz a qualidade de um ser sem comparação com
a de outro ser.
Ex.: O fato era estranhíssimo. (presença do sufixo) forma sintética.
Ela era muito branca. (presença do advérbio)
Ela era branca, branca. (repetição do adjetivo)
forma analítica
Ela era pra lá de rica. (expressão superlativante)
CUIDADO: alguns adjetivos apresentam apenas formas sintéticas para os
graus comparativo e superlativo.
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bom
mau
grande pequeno
Comparativo de Superior.
melhor
pior
maior
menor
Superl. Relat. de Superior.
o melhor
o pior
o maior o menor
Superl. Absoluto
ótimo
péssimo máximo mínimo
Ex.: Conquistar é melhor do que ganhar. (observe a presença da locução
conjuntiva comparativa)
João é o menor aluno da turma. (observe a presença do artigo)
Este assunto é péssimo. (observe a ausência da conjunção comparativa
e do artigo)
ATENÇÃO: quando comparadas duas qualidades do mesmo ser, usa-se a
forma analítica desses adjetivos.
Ex.: João é mais pequeno do que inteligente.
Seu comportamento é mais bom do que mau.
Resposta – E
15. (Cetro/Pref.
de
Mairinque-SP/Almoxarife/2009)
Acerca
dos
tempos
verbais, leia as afirmativas abaixo.
I.
Talvez o dirigente tivesse sido guiado pelo poder da intuição. (A forma
verbal destacada está no pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo).
II.
É provável que os assistentes tenham sido observados durante todo o
tempo. (A forma verbal destacada está no pretérito imperfeito do
subjuntivo).
III. Se o trabalho for feito com dedicação, tudo sairá a contento. (A forma
verbal destacada está no futuro simples do subjuntivo).
IV. O programa pode ser discutido por muitos especialistas. (A forma verbal
destacada é nominal e está no infinitivo presente impessoal).
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É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) II, apenas.
Comentário – Lembra-se das tabelas que eu forneci a você na questão 11?
Pois é, aqui você precisará dela. Volte ao comentário daquela questão e confira
que o item I está correto e o item II está errado. A forma verbal destacada no
item II está no pretérito perfeito composto do subjuntivo. No tempo
composto, não existe o pretérito imperfeito.
Para resolver os itens III e IV, ambos corretos, você precisa
saber que, em uma locução verbal, a determinação do tempo e modo é
feita pelo auxiliar, exatamente como foi indicado pela banca.
Resposta – D
16. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que:
no trecho “indo pela Praia da Lapa, em um bond comum, encontrei um
dos elétricos”, do primeiro parágrafo, a substituição da expressão
destacada por “à” é correta gramaticalmente e não tem implicações
semânticas.
Comentário – Ao contrário do que alguns pensam, as preposições transmitem
valores semânticos. No trecho “indo pela Praia...”, a preposição serviu para
exprimir o local onde a ação verbal se desenvolvia. O emprego do vocábulo
“à”, ainda que gramaticalmente correto (preposição a + artigo feminino
definido a = à), alteraria a relação semântica estabelecida no texto, pois
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indicaria o deslocamento de um ponto de origem a outro de chegada (a Praia
da Lapa)
Resposta – Item errado
17. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) no trecho: “Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.”, do
primeiro parágrafo, o pronome destacado pode ser substituído, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “esses”.
(B) no trecho: “Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.”, do
primeiro parágrafo, a supressão do pronome destacado comprometeria a
coerência e a clareza do texto, além de ser incorreta gramaticalmente.
Comentário – Alternativa A: o pronome situa o termo “olhos” no espaço, ou
seja, perto de quem fala. O locutor se refere aos seus próprios olhos. A
utilização de “esses” mudaria a referência para os olhos da pessoa com quem
o locutor fala. Além disso, seria incoerente a utilização do pronome possessivo
“meus” (que também aponta para algo próprio de quem fala) ao lado de
“esses”.
Alternativa B: também incorreta, pois a supressão não
comprometeria a coerência e a clareza do texto, visto que elas são
possibilitadas pelo uso da forma “estes”.
Resposta – Itens errados
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(...)
18. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é coreto afirmar que
(A) na oração: “Para não mentir, direi que o que me impressionou”, do
segundo parágrafo, a preposição destacada pode ser substituída, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “afim de”.
(B) no trecho: “passavam por cima da gente que ia no meu bond”, do
segundo parágrafo, a preposição “em”, contraída com artigo no termo
destacado e regida pela forma verbal “ia”, é considerada, atualmente,
incorreta pela gramática normativa.
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Comentário – Alternativa A: “Para” exprime finalidade, a exemplo da locução
prepositiva a fim de, escrita separadamente. A forma “afim de” não existe.
Cuidado para não confundir com afim (= semelhante), adjetivo: Nossos
projetos são afins (semelhantes, guardam afinidades ente si, têm algo em
comum).
Alternativa
B:
proposição
descabida!
A
contração
não
apresenta problema. A preposição foi utilizada para indicar que as pessoas
estavam dentro do “bond”, que era utilizado como o meio de transporte delas.
Resposta – Itens errados
19. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) no trecho: “Sentia-se nele a convicção de que inventara”, do segundo
parágrafo, a forma verbal destacada pode ser substituída, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico, por “inventar”.
(B) é diferente o valor semântico das conjunções destacadas nos seguintes
trechos: “Anteontem, porém, indo pela Praia da Lapa, em um bond
comum”, do primeiro parágrafo, e “mas a própria eletricidade”, do
segundo.
Comentário – Alternativa A: a substituição afeta a coesão e a coerência do
texto: “Sentia-se nele a convicção de que inventar, não só o bond, mas a
própria eletricidade”. Percebeu a falta de uma conclusão? A forma “inventara”
(pretérito mais-que-perfeito) situa o processo verbal antes mesmo de outra
ação também pretérita (“Sentia”). A forma “inventar” (infinitivo impessoal)
deixa escapar essa noção.
Alternativa
B:
“porém”
exprime
ideia
adversativa.
Normalmente, a conjunção mas também transmite essa mesma ideia. Todavia
isso dependerá do contexto, pois é possível que ela expresse outro sentido,
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como o que está no trecho indicado. Lá, a ideia é de adição. Leia o que
eminentes professores nos ensinam:
Bechara: “A expressão enfática da conjunção aditiva e pode
ser expressa pela série não só... mas também e equivalentes” (grifos meu). Eis
o exemplo que o ilustre pesquisador nos fornece:
“Não só o estudo mas também a sorte são decisivos na vida.”
Cegalla: ao tratar das conjunções coordenativas, relaciona
entre as aditivas as expressões enfáticas “mas também, mas ainda, senão
também, como também, bem como”. Ele exemplifica o que ensina utilizando,
entre outras, a frase abaixo:
“Os livros não só instruem, mas também divertem.”
Resposta – B
20. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
têm o mesmo valor semântico as duas ocorrências da palavra “como”,
destacadas nas orações a seguir, ambas do segundo parágrafo: “como
lhes queiram chamar espíritos vadios.” E “se não valem tanto como as de
plena propriedade”.
Comentário – Os valores são diferentes. No primeiro o valor é de
conformidade;
no
segundo,
de
comparação.
Aliás,
eis
uma
excelente
oportunidade para verificarmos os possíveis empregos desse vocábulo de
múltiplas “faces”.
1.
VERBO: Eu como pouco.
2.
ADVÉRBIO INTERROGATIVO DE MODO: Como vai?
3.
ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: Como chove!
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4.
PREPOSIÇÃO ACIDENTAL (por = na qualidade de, com caráter de):
Como professor ele é muito prudente. / É tido como sábio.
5.
PALAVRA EXPLICATIVA ( = a saber, assim, isto é): Teve boas notas em
algumas matérias, como em Matemática, Geografia e História.
6.
PALAVRA DE REALCE (pode ser retirada da oração, sem prejuízo do
sentido desta): Sentiu um como estalo na cabeça. / Assim é como se
deve falar.
7.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA TEMPORAL (= quando, logo que): O
menino, como ouviu isto, levantou e correu!
8.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CAUSAL (= porque): Como estivesse
doente, faltou à aula.
9.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA COMPARATIVA: O rapaz era preto como
carvão.
10.
CONJUNÇÃO
SUBORDINATIVA
CONFORMATIVA
(=
conforme):
Respondeu como devia.
11.
CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE: Vê como ele canta bem! /
Aposto como ele virá para o jantar. / Garanto como ele se apresentará
bem.
12.
CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADITIVA (= e): “Assim Saul como Davi
eram homens de grandes espíritos”. (Pe. Antônio Vieira)
Resposta – Item errado
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(...)
21. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) no trecho: “autorizou o Marquês de Monte Alegre, o Conselheiro Pimenta
Bueno e o Barão de Mauá a incorporarem, do primeiro parágrafo, a
forma verbal destacada poderia ter sido flexionada no singular, sem que
houvesse erro gramatical ou prejuízo semântico.
(B) no trecho: “partindo das vizinhanças da cidade de Santos, onde for mais
conveniente, se aproxime da de São Paulo”, do primeiro parágrafo, a
colocação do pronome destacado é incorreta, de modo que é obrigatório
deslocá-lo para a posição enclítica.
Comentário – Alternativa A: percebemos no trecho “o governo (...) autorizou
o Marquês de monte Alegre, o Conselheiro Pimenta Bueno e o Barão de Mauá a
incorporarem (...) uma companhia” que o sujeito (“o Marquês de monte
Alegre, o Conselheiro Pimenta Bueno e o Barão de Mauá”) do infinitivo
destacado é diferente do sujeito (“o governo”) do verbo “autorizou”. Quando
isso ocorre, o infinitivo flexiona-se. Ocorre que o infinitivo está imediatamente
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regido por preposição e serve de complemento do verbo da oração principal, o
que desobriga a flexão.
Alternativa B: para responder corretamente, você deve voltar
um pouco mais no texto: “usar e custear uma estrada de ferro que, partindo
das vizinhanças da cidade de Santos, onde for mais conveniente, se aproxime
da de São Paulo”. O pronome relativo destacado é fator de atração. Isso
justifica o emprego do pronome. As vírgulas entre o relativo e o pronome
oblíquo apenas servem para marcar a intercalação de termos entre eles.
Resposta – A
22. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
é idêntico o valor semântico das expressões destacadas nos trechos
“superadas, afinal, pelo sistema de planos inclinados” e “ia se alargando
pelo território paulista”, ambos do terceiro parágrafo.
Comentário – Negativo. Na primeira ocorrência, a expressão (per + o) indica
o agente da ação verbal; na segunda, “pelo” indica os limites ou a direção do
alargamento.
Resposta – Item errado
23. (FGV/TRE-PA/Analista Judiciário/2011) Essa é uma forma de contribuir
para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda
a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores. (L.54-57)
A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a
afirmativa a seguir:
Em toda a cadeia produtiva, a supressão do artigo a não provoca
alteração de sentido.
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Comentário – Há, sim, alteração de sentido. Com a retirada do artigo,
deixa-se de considerar a totalidade da cadeia produtiva e passa-se a
considerar qualquer cadeia produtiva. Em outras palavras, a ausência do artigo
faz surgir um sentido indefinido, de caráter geral, impreciso.
Resposta – Item errado.
Saiba mais a respeito desse assunto.
Todos
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento
posterior, caso este admita o seu uso.
Ex.:
Todos os atletas foram declarados vencedores.
Todas as leis devem ser cumpridas.
Todos vocês estão suspensos.
Todo
Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo para indicar
integralidade do que é considerado, totalidade da parte; não se usa para
indicar generalização.
Ex.:
Todo o país participou da greve. (O país todo, completamente.)
Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os países
indistintamente.)
ATENÇÃO! Quando surge em prova, normalmente é perguntado se o emprego
ou a retirada do artigo preserva ou altera a informação original. Perceba que
há alteração de sentido. Tomando o segundo exemplo como ponto de partida,
a construção Todos os países (no plural mesmo) sofrem por algum motivo
conserva o significado inicial.
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24. (FGV/Codesp/Advogado/2010) ...algumas iniciativas inovadoras começam
a apresentar resultados, o que pode motivar a reprodução dessa
experiência pelo país inteiro. (L.31-33)
No trecho acima, há quantos artigos?
(A) Um.
(B) Nenhum.
(C) Quatro.
(D) Três.
(E) Dois.
Comentário – Os artigos são “a” (que acompanha o substantivo “reprodução”
em “motivar a reprodução”) e “o” (que se uniu à preposição “per” em “pelo
país”).
Eis alguns cuidados que você deve tomar:
– em “começam a apresentar”, o “a” é preposição que
articula a locução verbal (saiba que verbo repele artigo antes dele);
– em “o que”, há pronome demonstrativo (equivalente a
isso), o qual retoma por coesão anafórica toda a ideia anterior.
Resposta – E
25. (FGV/SAD-AP/Delegado de Polícia/2010) Assinale a alternativa em que o
termo sublinhado tenha função adjetiva.
(A) Característica da nação.
(B) Ameaça de colapso.
(C) Deterioração de valores.
(D) Instituição da escravidão.
(E) Uso de violência.
Comentário – Apenas a locução “da nação” atribui ao substantivo com o qual
se relaciona uma qualidade, um atributo. As demais expressões sublinhadas
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complementam o sentido dos respectivos substantivos, característica típica de
complemento nominal. Anote uma importante distinção entre locução adjetiva
e
complemento
nominal
(ambos
surgem preposicionados e
podem se
relacionar com substantivos):
– a locução adjetiva (que sintaticamente é adjunto adnominal)
representa a origem ou o agente causador do que se está declarando: amor de
Deus (Deus é a origem do amor; ele é o agente que ama);
– o complemento nominal representa o objeto ou o paciente
do que se declara: amor a Deus (Deus agora é o objeto/alvo do amor; ele
recebe/sofre os efeitos desse amor).
Resposta – A
Destacarei dois fatos importantes sobre o emprego dos adjetivos.
O primeiro é que também atingem o grau superlativo (eleva ou reduz a
qualidade de um ser no mais alto grau em comparação ou não com a de outro
ser) com a repetição do adjetivo:
Ex.:
O filme foi muito lindo.
O final do filme foi lindo, lindo.
O segundo fato é que, quando comparamos a mesma qualidade
atribuída a dois seres, não empregamos as formas mais bom, mais mau,
mais grande e mais pequeno.
Ex.:
Conquistar é melhor do que ganhar.
A reprovação é pior do que alguns meses de dedicação.
Mas quando comparadas qualidades diferentes do mesmo ser,
usamos a forma analítica desses adjetivos.
Ex.:
João é mais pequeno do que inteligente.
Seu comportamento é mais bom do que mau.
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26. (FGV/TRE-PA/Técnico Judiciário/2011) Aliás, o melhor para a democracia
seria separar os fundos partidários dos destinados às campanhas
eleitorais. (L.24-26)
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:
I.
Há três preposições.
II.
Há quatro artigos.
III. Há um pronome demonstrativo.
Assinale
(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
Comentário – Item I: certo. São preposições essenciais os vocábulos: a,
ante, até, após, com, contra, de, desde, entre, para, por, perante, em, sem,
sob, sobre, trás. Dessas, apareceram no período acima as que estão em
negrito. Detalhes: a preposição de surgiu contraída com o pronome
demonstrativo os (= aqueles) em “dos” e a preposição a surgiu contraída com
o artigo as em “às” (= a + as).
Item II: certo. Os quatro artigos (definidos) referidos são, “o”
(“o melhor”), “a” (“a democracia”), “os” (“os fundos”) e “as” (“às campanhas
eleitorais”).
Item III: certo. Há diferença entre artigo o(s)/a(s) e
pronome
demonstrativo
o(s)/a(s).
aquele(s)/aquilo/aquela(s),
como
Este
no
pode
segmento
ser
substituído
“separar
os
por
fundos
partidários dos (= daqueles) destinados às campanhas eleitorais”.
Resposta – A
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As preposições servem para conectar (ligar) palavras e orações,
estabelecendo uma relação de subordinação do termo consequente ao termo
antecedente.
Ex.:
O caderno de português ficou na escola. (a preposição estabeleceu
vínculo entre as palavras “caderno” e “português”, pertencentes à
mesma oração)
O medo de fracassar atormentava-o dia e noite. (agora, a
preposição promoveu o vínculo entre o substantivo “medo” e a
oração completiva nominal “fracassar”)
Usualmente, as preposições são desprovidas de valor semântico.
Porém, às vezes indicam noções fundamentais à compreensão da frase.
Ex.:
Estou com você. (associação, a favor)
Estou contra você. (posição contrária)
Pus sob a mesa. (posição inferior)
Pus sobre a mesa (posição superior)
Às noites, jogava dominó. (tempo habitual, periodicidade)
Dei pirulitos para as crianças, uma a uma. (distribuição)
Veio de casa. (origem)
27. (FGV/MEC/Documentador/2009) Nas alternativas a seguir, a frase em que
o vocábulo sublinhado pertence a uma classe gramatical diferente de
todas as demais ocorrências é:
(A) "Um relatório da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) revelou que, nos
últimos doze meses...".
(B) "Assim, um juiz que, de forma monocrática...".
(C) "...passa
a
constituir
uma
aberração
dentro
do
poder
que
ele
representa...".
(D) "A frequência com que esse tipo de atitude...".
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(E) "...defesa da liberdade de imprensa e do livre pensamento, que é princípio
fundamental dos regimes democráticos."
Comentário – Em “revelou que” (alternativa A), o vocábulo sublinhado é
conjunção integrante, pois introduz o complemento (objeto direto) do verbo
transitivo direto revelar.
Nas demais opções, o “que” é pronome relativo, pois se refere
a um termo antecedente (“juiz”; “poder”; “frequência”; “defesa da liberdade
de imprensa e do livre pensamento”), substituindo-o na oração adjetiva que
inicia.
Resposta – A
Fiquemos por aqui. Abaixo estão as questões sem os respectivos
comentários. Adiante está o gabarito. Tudo para você revisar o conteúdo.
Um abraço e que Deus abençoe seus estudos!
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Lista das Questões Comentadas
Apontamos até aqui as “faltas” éticas no interior das práticas
escolares; cabe-nos agora esboçar alguns preceitos que, em nosso
entendimento, precisam ser preservados a qualquer custo na intervenção
pedagógica.
O
primeiro
remete
às
questões
que
envolvem
as
práticas
avaliativas, tão presentes nas preocupações dos educadores, bem como
de alguns órgãos governamentais do setor. Não é raro que encontremos
alegações do tipo: “é preciso avaliar constantemente”, ou então: “se não
houver reprovação, não há ensino de verdade”, ou mais drasticamente
ainda: “professor bom é aquele que reprova”. Note-se que, a partir de
enunciados como esses, acabamos tomando a avaliação (e não a ética)
como reguladora da ação profissional docente. Isto é, avaliar passa a ser
concebido como um direito “legal ou moral” do professor, enquanto ser
avaliado, um dever também “legal ou moral” do aluno.
Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou
exclusiva da relação pedagógica, corremos o risco também de naturalizar
o fracasso como seu efeito contingencial (e inevitável, portanto). É o alto
preço que se paga por transformar um encontro que se desdobra em
torno de regras construídas processualmente em um evento balizado por
normas apriorísticas, isto é, por um rígido padrão normativo (e, por
extensão, excludente) como é o da avaliação escolar, tal como a
conhecemos – ou melhor, insistimos em preservá-la.
Cabe-nos igualmente questionar o que temos priorizado como foco
de nossa atuação profissional: as nuanças e vicissitudes do processo
ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados formais? E a que se
têm prestado nossas práticas avaliativas: a confirmar os prognósticos
fatalistas sobre a clientela, ou ao coroamento de nossos esforços
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cotidianos? Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós
está sendo colocado sub judice.
Portanto, um desfocamento do afã avaliativo, além de bastante
oportuno, poderia promover uma ênfase mais nítida no dia-a-dia da sala
de aula, isto é, na “qualidade” mesma da intervenção escolar – parte
daquilo que entendemos como “ética pedagógica”. É no espaço sagrado
das aulas, no instigante confronto entre agentes e clientela, no coração
mesmo da relação professor-aluno, que a ética pedagógica (ou a falta
dela) se presentifica com mais força. O resto, e a avaliação dos
resultados aí incluída, é mera conseqüência!
AQUINO, Julio Groppa. Do cotidiano escolar – ensaios sobre a ética
e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 28-29.
1.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no primeiro parágrafo do texto,
no período: “cabe-nos agora esboçar alguns preceitos que (...) precisam
ser preservados”, a anteposição do pronome destacado em relação à
forma verbal “cabe” é proibida pela tradição gramatical, apesar de a
próclise ser a tendência do português falado no Brasil.
2.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no segundo parágrafo do texto,
no trecho: “avaliar passa a ser concebido como um direito ‘legal ou moral’
do professor, enquanto ser avaliado, um dever também ‘legal ou moral’
do aluno”, a palavra destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro
gramatical ou prejuízo semântico, por “já que”, desde que a última
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ocorrência de vírgula seja trocada pela locução verbal “passa a ser
concebido como”.
3.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no terceiro parágrafo do texto,
no trecho: “Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou
exclusiva da relação pedagógica, corremos o risco também de naturalizar
o fracasso”, as formas verbais destacadas podem ser substituídas,
respectivamente,
sem
necessidade
de
adaptações
no
texto,
por
“naturalizasse” e “correríamos”, sem que ocorra erro gramatical ou
prejuízo semântico.
4.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no quarto parágrafo do texto,
é possível, segundo a tradição gramatical, reescrever o trecho “E a que se
têm prestado nossas práticas avaliativas” da seguinte maneira, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “E a que se tem prestado
nossas práticas avaliativas”.
5.
(Cetro/TJ-RS/Oficial
de
Transportes/2012)
As
alternativas
abaixo
apresentam verbos destacados com conjugação no modo indicativo,
exceto uma. Assinale-a.
(A) O primeiro deles é a dignidade da pessoa humana, do qual derivam os
Direitos Humanos e os valores e as atitudes fundamentais para o convívio
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social democrático como o respeito mútuo e o repúdio às discriminações
de qualquer espécie, atitude necessária à promoção da justiça.
(B) Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para
isso, é necessário ter equidade, o que, por sua vez, fundamenta a
solidariedade.
(C) Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade
constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o
trânsito.
(D) Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito
exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio
social, portanto na convivência no trânsito.
(E) É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais
humano, harmonioso, mais seguro e mais justo para que sejamos
cidadãos mais responsáveis.
6.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no quinto parágrafo do texto,
na frase: “no coração mesmo da relação professor–aluno”, a palavra
destacada tem o mesmo valor semântico que no trecho “Mesmo porque,
numa reprovação final, algo de todos nós está sendo colocado sub judice”,
do período final do parágrafo anterior.
Por que as crianças obedecem? Foi esta a pergunta que, no começo
de nosso século [o século XX], intrigou vários autores. Foram em busca
de respostas e várias foram encontradas: superego, sentimento de
agrado, heteronomia, hábito etc. Respostas diferentes entre si, mas que
levavam em conta o que era considerado um fato: as crianças obedecem
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a seus pais e, em geral, também a seus professores. Hoje, parece-me
que a pergunta formulada espontaneamente seria a inversa: por que as
crianças não obedecem, nem a seus pais, muito menos a seus
professores? Exagero? É bem provável. Não sei se, antigamente, elas
obedeciam tanto assim e se são tão desobedientes hoje. Porém, parece
ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo “limite”: as
crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não
os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.
(...).
O tema é delicado, perigoso até. Por três razões, pelo menos.
A primeira: pode-se facilmente cair no moralismo ingênuo e, sob a
aparência de descrever o real, tratar de normatizá-lo. Por exemplo, a
indisciplina em sala de aula seria decorrência da falta de valores de
nosso tempo. Porém, falta de quais valores?
A segunda: o reducionismo, que explica um fato por uma única
dimensão. Existe o reducionismo psicológico que, ao fazer abstração de
características sociais, culturais e históricas, reduz o fenômeno estudado
ao jogo de mecanismos mentais isolados do contexto em que estão.
Porém, há também o reducionismo sociológico, que consiste em atribuir
a causas gerais todo comportamento humano, desprezando variáveis
psicológicas
(estas
consideradas
como
mero
subproduto
de
determinações sociais). Para fugir do reducionismo, duas soluções: ou
possuir um grande sistema explicativo que articule várias dimensões ou,
na ausência de tal sistema (que é o caso mais freqüente), situar
claramente a análise no nível escolhido e sem afirmar a onipotência da
explicação apresentada.
A terceira: a complexidade e, até, ambigüidade do tema. De fato, o
que é disciplina? O que é sua negação, indisciplina? Não é tão simples.
Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto
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de normas, a indisciplina poderá se traduzir de duas formas: 1) a revolta
contra essas normas; 2) o desconhecimento delas. No primeiro caso, a
indisciplina traduz-se por uma forma de desobediência insolente; no
segundo, pelo caos dos comportamentos, pela desorganização das
relações. Aproveito para dizer que, hoje, o segundo caso parece-me
valer. Estamos longe de contextos como aquele escolhido pelo filme
Sociedade dos Poetas Mortos, em que é retratada uma revolta discente.
Hoje, o cinismo (negação de todo valor e, logo, de qualquer regra)
explica melhor os desarranjos das salas de aulas. Anteontem, o professor
falava a alunos dispostos a acatar; ontem, a certos alunos (pré-)
dispostos a discordar e propor; hoje, tem auditório de surdos. Estou de
novo exagerando, só não sei exatamente o quanto...
De La Taille, Yves. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In:
Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio
Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1996.
7.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) no trecho do primeiro parágrafo: “Não sei se, antigamente, elas
obedeciam tanto assim”, o valor semântico da conjunção destacada é
equivalente ao que ela tem na frase “Se entendermos por disciplina
comportamentos regidos por um conjunto de normas”, do último
parágrafo.
(B) no trecho do primeiro parágrafo: “Porém, parece ser esta a queixa atual,
traduzida notadamente pelo vocábulo ‘limite’”, o pronome destacado
refere-se às afirmações feitas depois dos dois-pontos, isto é, de “as
crianças, hoje, não teriam limites” a “a televisão os sabotaria etc”.
(C) no trecho do primeiro parágrafo: “as crianças, hoje, não teriam limites,
os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os
exigiria, a televisão os sabotaria”, o tempo e o modo verbais utilizados
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nas formas destacadas expressam hipótese com a qual o autor do texto
concorda.
(D) no trecho do primeiro parágrafo: “os pais não os imporiam, a escola não
os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.”,
segundo a gramática normativa, a repetição do pronome é proibida, por
isso todas as ocorrências destacadas devem ser suprimidas.
(E) o trecho do terceiro parágrafo “a indisciplina em sala de aula seria
decorrência da falta de valores de nosso tempo” pode ser reescrito da
seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico:
“A falta de valores de nosso tempo implica indisciplina em sala de aula”.
8.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, no quarto e no quinto parágrafos do texto,
(A) o trecho “Para fugir do reducionismo, duas soluções” pode ser reescrito da
seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico:
“Para fugir do reducionismo, havia duas soluções”.
(B) não haverá prejuízo semântico se, no trecho “Se entendermos por
disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas”, a forma
verbal destacada for substituída por “entendemos”.
(C) no trecho: “Anteontem, o professor falava a alunos dispostos a acatar”, a
forma verbal destacada pode ser trocada, sem que ocorra erro gramatical
ou prejuízo semântico, por “falou”, já que ambas expressam ações
ocorridas no passado.
Final de aula, numa quarta série, uma menina aproxima-se de uma
colega de classe e lhe pergunta:
– Adri, por que você nunca fala na hora da correção das fichas?
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A resposta, em tom calmo e (auto) compreensivo, surpreende:
– Sabe o que é, Lu? É que eu sou lenta e quando a professora
manda parar de fazer para começar a corrigir, eu ainda não acabei...
Esta cena havia sido antecedida de outra em que a professora de
português comentara a não participação de Adriana nas discussões de
tarefas feitas pelos alunos, individualmente, na primeira parte da aula.
O que parece absolutamente corriqueiro, aqui, encerra muitas das
faces, da complexidade e dos afetos supostos na constituição da
alteridade, na relação com a diferença. As escolas, como qualquer outra
instituição concreta, são ocasião para desdobramentos sem fim dessas
situações que, como uma pintura, dão forma a milhões de palavras. Tudo
que nelas está não se apreende senão por pontos de vista ou, como
prefiro dizer, por recortes.
GUIRARDO, Marlene. Diferença e alteridade: dos equívocos
inevitáveis. In: Diferenças e preconceitos na escola: alternativas
teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1998.
9.
(Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto, é correto afirmar que
no trecho do quinto parágrafo: “Esta cena havia sido antecedida de
outra”, o pronome destacado pode ser trocado, sem que ocorra prejuízo
semântico, por “Essa”.
No momento em que se aproximam as eleições de outubro de
2006, a Anistia Internacional se dirige a Vossas Excelências, candidatos à
Presidência e aos governos estaduais, com o objetivo de reforçar a
tradição de manter uma comunicação aberta e, ao mesmo tempo,
entabular um diálogo positivo com os futuros governos. Aproveitamos
ainda esta oportunidade para, juntamente com esta carta, apresentarlhes um breve DVD com a mensagem da organização aos candidatos a
cargos executivos nestas eleições. (...)
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A Anistia Internacional pede a Vossas Excelências, na condição de
candidatos e potenciais detentores de cargos, que apresentem uma
política de segurança pública de longo prazo, estruturada e financiada
adequadamente. (...)
A
Anistia
Internacional
exorta
ainda
Vossas
Excelências
a
incentivarem um debate transparente sobre a questão da segurança
pública, em todos os níveis de governo e com a sociedade civil, visando a
adoção de medidas concretas para reduzir os níveis de violência nas
cidades brasileiras.
Por fim, a Anistia Internacional espera que todos os candidatos e
os futuros governos se disponham a aceitar o convite para se engajar
com a Anistia Internacional, bem como outras organizações de direitos
humanos, em um diálogo aberto que permita prosseguir com o debate
acerca dessas questões da maior urgência e importância.
Atenciosamente,
Irene Khan
Secretária-Geral
Anistia Internacional
10. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, nos dois primeiros parágrafos do texto,
(A) no trecho: “Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com
esta carta, apresentar-lhes um breve DVD”, o pronome destacado pode
ser trocado, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por
“essa”.
(B) no trecho: “Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com
esta carta, apresentar-lhes um breve DVD”, o pronome destacado tem de
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ser trocado por “vos”, porque a carta se dirige aos candidatos tratados por
“Vossas Excelências”.
(C) no trecho: “A Anistia Internacional pede a Vossas Excelências (...) que
apresentem uma política de segurança pública”, é proibida a substituição
da forma verbal destacada por “apresenteis”.
11. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que, nos dois últimos parágrafos do texto,
(A) o trecho “exorta ainda Vossas Excelências a incentivarem um debate
transparente” pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico: “exorta ainda Vossas Excelências a
que incentiveis um debate transparente”.
(B) no trecho: “aceitar o convite para se engajar com a Anistia Internacional,
bem como outras organizações de direitos humanos”, a expressão
destacada pode ser trocada, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo
semântico, por “posto que”.
12. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Analise as afirmativas a
seguir, em relação às classes de palavras.
I.
No trecho: “É bastante concebível que um naturalista, refletindo sobre as
afinidades mútuas dos seres orgânicos, suas relações embrionárias, sua
distribuição geográfica, sucessão geológica e outros fatos similares,
chegasse
à
conclusão
de
que
cada
espécie
não
fora
criada
independentemente, mas se originara de outra espécie.”, as palavras
destacadas são, respectivamente: advérbio de intensidade; verbo na
forma nominal do gerúndio; verbo no pretérito mais-que-perfeito simples;
e advérbio (que possui o final em “mente” porque deriva de um adjetivo).
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II.
No trecho: “Em seu livro – produto de quase 28 anos de pesquisa
bibliográfica e de campo –, Darwin se dispôs a responder a uma das
questões que havia muito despertava a curiosidade de estudiosos: qual a
origem da vida, do homem e da natureza? Baseado em evidências
observadas em diversas regiões do globo e apoiado nas ideias de outros
pensadores, ele criou uma fronteira na ciência”, as palavras destacadas
são, respectivamente: substantivo primitivo; verbo na forma nominal do
infinitivo; pronome pessoal interrogativo; e pronome pessoal oblíquo.
III. No trecho: “Segundo a teoria de Darwin, tanto os organismos vivos como
os que encontrou fossilizados se originavam de um único ancestral comum
e se transformavam ao longo do tempo. Semelhante a uma bactéria, esse
primeiro ser vivo sofreu modificações até gerar toda a variedade de
animais e plantas do planeta, seguindo um padrão evolutivo, que
permanece ativo”, as palavras destacadas são, respectivamente: adjetivo;
verbo no pretérito imperfeito do indicativo; pronome demonstrativo; e
pronome relativo.
É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) I, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) III, apenas.
(E) II e III, apenas.
13. (Cetro/TJ-RS/Oficial de Transportes/2012) Assinale a alternativa em que
todos os verbos destacados estejam conjugados no mesmo modo do
verbo destacado no trecho abaixo.
“Ser ‘veloz’, ‘esperto’ [...] são valores sempre presentes em parte da
sociedade.”
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(A) Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para
isso, é necessário ter equidade, o que, por sua vez, fundamenta a
solidariedade.
(B) Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade
constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o
trânsito.
(C) Os valores, por sua vez, expressam as contradições e os conflitos entre
os segmentos sociais e mesmo entre os papéis que cada pessoa
desempenha.
(D) Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito
exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio
social, portanto na convivência no trânsito.
(E) É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais
humano, harmonioso, mais seguro e mais justo para que sejamos
cidadãos mais responsáveis.
14. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Leia as alternativas abaixo
e assinale a correta em relação ao grau do adjetivo.
(A) O cientista é mais importante que o pesquisador. (A frase apresenta grau
comparativo sintético de superioridade).
(B) O pesquisador é tão competente quanto o cientista. (A frase apresenta
grau comparativo de igualdade. É importante ressaltar que esse grau se
faz somente na presença da palavra “quanto”).
(C) O pesquisador se sente menos inteligente que o cientista. (A frase
apresenta grau comparativo de inferioridade. É incorreto utilizar o termo
“do que” nessa situação; ele é utilizado somente na fala coloquial).
(D) O cientista apresentou um trabalho melhor que o pesquisador. (A frase
apresenta grau comparativo analítico de superioridade).
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(E) O cientista é mais bom do que competente. (A frase apresenta forma
analítica de um adjetivo que geralmente é usado de forma sintética
porque está comparando duas qualidade de um mesmo ser).
15. (Cetro/Pref.
de
Mairinque-SP/Almoxarife/2009)
Acerca
dos
tempos
verbais, leia as afirmativas abaixo.
I.
Talvez o dirigente tivesse sido guiado pelo poder da intuição. (A forma
verbal destacada está no pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo).
II.
É provável que os assistentes tenham sido observados durante todo o
tempo. (A forma verbal destacada está no pretérito imperfeito do
subjuntivo).
III. Se o trabalho for feito com dedicação, tudo sairá a contento. (A forma
verbal destacada está no futuro simples do subjuntivo).
IV. O programa pode ser discutido por muitos especialistas. (A forma verbal
destacada é nominal e está no infinitivo presente impessoal).
É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I, III e IV, apenas.
(E) II, apenas.
16. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que:
no trecho “indo pela Praia da Lapa, em um bond comum, encontrei um
dos elétricos”, do primeiro parágrafo, a substituição da expressão
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destacada por “à” é correta gramaticalmente e não tem implicações
semânticas.
17. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) no trecho: “Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.”, do
primeiro parágrafo, o pronome destacado pode ser substituído, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “esses”.
(B) no trecho: “Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.”, do
primeiro parágrafo, a supressão do pronome destacado comprometeria a
coerência e a clareza do texto, além de ser incorreta gramaticalmente.
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18. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é coreto afirmar que
(A) na oração: “Para não mentir, direi que o que me impressionou”, do
segundo parágrafo, a preposição destacada pode ser substituída, sem que
ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “afim de”.
(B) no trecho: “passavam por cima da gente que ia no meu bond”, do
segundo parágrafo, a preposição “em”, contraída com artigo no termo
destacado e regida pela forma verbal “ia”, é considerada, atualmente,
incorreta pela gramática normativa.
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19. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) no trecho: “Sentia-se nele a convicção de que inventara”, do segundo
parágrafo, a forma verbal destacada pode ser substituída, sem que ocorra
erro gramatical ou prejuízo semântico, por “inventar”.
(B) é diferente o valor semântico das conjunções destacadas nos seguintes
trechos: “Anteontem, porém, indo pela Praia da Lapa, em um bond
comum”, do primeiro parágrafo, e “mas a própria eletricidade”, do
segundo.
20. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
têm o mesmo valor semântico as duas ocorrências da palavra “como”,
destacadas nas orações a seguir, ambas do segundo parágrafo: “como
lhes queiram chamar espíritos vadios.” E “se não valem tanto como as de
plena propriedade”.
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21. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
(A) no trecho: “autorizou o Marquês de Monte Alegre, o Conselheiro Pimenta
Bueno e o Barão de Mauá a incorporarem, do primeiro parágrafo, a
forma verbal destacada poderia ter sido flexionada no singular, sem que
houvesse erro gramatical ou prejuízo semântico.
(B) no trecho: “partindo das vizinhanças da cidade de Santos, onde for mais
conveniente, se aproxime da de São Paulo”, do primeiro parágrafo, a
colocação do pronome destacado é incorreta, de modo que é obrigatório
deslocá-lo para a posição enclítica.
22. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as
afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional,
é correto afirmar que
é idêntico o valor semântico das expressões destacadas nos trechos
“superadas, afinal, pelo sistema de planos inclinados” e “ia se alargando
pelo território paulista”, ambos do terceiro parágrafo.
23. (FGV/TRE-PA/Analista Judiciário/2011) Essa é uma forma de contribuir
para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda
a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores. (L.54-57)
A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a
afirmativa a seguir:
Em toda a cadeia produtiva, a supressão do artigo a não provoca
alteração de sentido.
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24. (FGV/Codesp/Advogado/2010) ...algumas iniciativas inovadoras começam
a apresentar resultados, o que pode motivar a reprodução dessa
experiência pelo país inteiro. (L.31-33)
No trecho acima, há quantos artigos?
(A) Um.
(B) Nenhum.
(C) Quatro.
(D) Três.
(E) Dois.
25. (FGV/SAD-AP/Delegado de Polícia/2010) Assinale a alternativa em que o
termo sublinhado tenha função adjetiva.
(A) Característica da nação.
(B) Ameaça de colapso.
(C) Deterioração de valores.
(D) Instituição da escravidão.
(E) Uso de violência.
26. (FGV/TRE-PA/Técnico Judiciário/2011) Aliás, o melhor para a democracia
seria separar os fundos partidários dos destinados às campanhas
eleitorais. (L.24-26)
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:
I.
Há três preposições.
II.
Há quatro artigos.
III. Há um pronome demonstrativo.
Assinale
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(A) se todas as afirmativas estiverem corretas.
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se nenhuma afirmativa estiver correta.
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
27. (FGV/MEC/Documentador/2009) Nas alternativas a seguir, a frase em que
o vocábulo sublinhado pertence a uma classe gramatical diferente de
todas as demais ocorrências é:
(A) "Um relatório da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) revelou que, nos
últimos doze meses...".
(B) "Assim, um juiz que, de forma monocrática...".
(C) "...passa
a
constituir
uma
aberração
dentro
do
poder
que
ele
representa...".
(D) "A frequência com que esse tipo de atitude...".
(E) "...defesa da liberdade de imprensa e do livre pensamento, que é princípio
fundamental dos regimes democráticos."
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Gabarito das Questões Comentadas
1.
Item certo
2.
Item errado
3.
Item errado
4.
Item errado
5.
E
6.
Item errado
7.
B
8.
Itens errados
9.
Item certo
10. C
11. Itens errados
12. C
13. A
14. E
15. D
16. Item errado
17. Itens errados
18. Itens errados
19. B
20. Item errado
21. A
22. Item errado
23. Item errado
24. E
25. A
26. A
27. A
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