PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Olá, prezado aluno do Ponto dos Concursos! Na aula de hoje, vamos estudar as classes de palavras. Você verá como o Cetro cobra esse assunto em prova. Também terá questões de outras bancas examinadoras para exercitar seu aprendizado. Apontamos até aqui as “faltas” éticas no interior das práticas escolares; cabe-nos agora esboçar alguns preceitos que, em nosso entendimento, precisam ser preservados a qualquer custo na intervenção pedagógica. O primeiro remete às questões que envolvem as práticas avaliativas, tão presentes nas preocupações dos educadores, bem como de alguns órgãos governamentais do setor. Não é raro que encontremos alegações do tipo: “é preciso avaliar constantemente”, ou então: “se não houver reprovação, não há ensino de verdade”, ou mais drasticamente ainda: “professor bom é aquele que reprova”. Note-se que, a partir de enunciados como esses, acabamos tomando a avaliação (e não a ética) como reguladora da ação profissional docente. Isto é, avaliar passa a ser concebido como um direito “legal ou moral” do professor, enquanto ser avaliado, um dever também “legal ou moral” do aluno. Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou exclusiva da relação pedagógica, corremos o risco também de naturalizar o fracasso como seu efeito contingencial (e inevitável, portanto). É o alto preço que se paga por transformar um encontro que se desdobra em torno de regras construídas processualmente em um evento balizado por normas apriorísticas, isto é, por um rígido padrão normativo (e, por extensão, excludente) como é o da avaliação escolar, tal como a conhecemos – ou melhor, insistimos em preservá-la. Cabe-nos igualmente questionar o que temos priorizado como foco de nossa atuação profissional: as nuanças e vicissitudes do processo Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados formais? E a que se têm prestado nossas práticas avaliativas: a confirmar os prognósticos fatalistas sobre a clientela, ou ao coroamento de nossos esforços cotidianos? Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós está sendo colocado sub judice. Portanto, um desfocamento do afã avaliativo, além de bastante oportuno, poderia promover uma ênfase mais nítida no dia-a-dia da sala de aula, isto é, na “qualidade” mesma da intervenção escolar – parte daquilo que entendemos como “ética pedagógica”. É no espaço sagrado das aulas, no instigante confronto entre agentes e clientela, no coração mesmo da relação professor-aluno, que a ética pedagógica (ou a falta dela) se presentifica com mais força. O resto, e a avaliação dos resultados aí incluída, é mera conseqüência! AQUINO, Julio Groppa. Do cotidiano escolar – ensaios sobre a ética e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 28-29. 1. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no primeiro parágrafo do texto, no período: “cabe-nos agora esboçar alguns preceitos que (...) precisam ser preservados”, a anteposição do pronome destacado em relação à forma verbal “cabe” é proibida pela tradição gramatical, apesar de a próclise ser a tendência do português falado no Brasil. Comentário – Cabe lembrar que próclise é a ocorrência do pronome antes do verbo (Fingiu que não o reconheceu.). Quando acontece o inverso, ou seja, o pronome surge após o verbo, temos um caso de ênclise, que na escrita é marcada pela presença do hífen (Dá-me sua ajuda.). A mesóclise, que só ocorre com verbos no futuro do presente e no futuro do pretérito, é o emprego do pronome no “meio” do verbo, entre a forma infinitiva e a desinência modotemporal (Dar-lhe-ia minha ajuda.). Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 2 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA É útil ainda recordar os casos obrigatórios de próclise: Casos de Próclise a) Palavras de sentido Nada me fará desistir. negativo Ninguém me fará desistir. Aqui se fazem chaves. b) Advérbios sem pausa Talvez se cumprimentassem. c) Conjunções Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito. subordinativas e pronomes O livro que me deste é muito interessante. relativos d) Conjunções Ora se atribulava, ora se aquietava. coordenativas alternativas Das duas uma: ou as faz ela, ou as faço eu. e) Pronomes e advérbios Quem lhe contou a verdade? interrogativos Por que te afliges tanto? f) Pronomes indefinidos Tudo me foi dado. Alguém te contou a verdade? g) Frases exclamativas e Como te atreves! optativas Deus o abençoe, meu filho! h) Preposição em + Em se tratando desse assunto, nada mudará. verbo no gerúndio Frise-se que o rigor gramatical impede que uma oração seja iniciada por pronome oblíquo átono. Sendo assim, a construção aludida pela banca está perfeita. Resposta – Item certo 2. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no segundo parágrafo do texto, Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 3 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA no trecho: “avaliar passa a ser concebido como um direito ‘legal ou moral’ do professor, enquanto ser avaliado, um dever também ‘legal ou moral’ do aluno”, a palavra destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “já que”, desde que a última ocorrência de vírgula seja trocada pela locução verbal “passa a ser concebido como”. Comentário – As conjunções enquanto e já que pertencem a campos semânticos diferentes. A primeira exprime circunstância de temporalidade e indica, no texto, que os fatos ocorrem concomitantemente. Também exprimem essa circunstância as seguintes conjunções: quando, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que. A conjunção já que exprime circunstancia de causa, a exemplo de porque (junto e sem acento), que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, uma vez que, desde que. Resposta – Item errado 3. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no terceiro parágrafo do texto, no trecho: “Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou exclusiva da relação pedagógica, corremos o risco também de naturalizar o fracasso”, as formas verbais destacadas podem ser substituídas, respectivamente, sem necessidade de adaptações no texto, por “naturalizasse” e “correríamos”, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 4 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Os verbos utilizados originalmente estão conjugados no presente do indicativo, pois o autor considera as ações indicadas por eles uma ocorrência certa e válida para o momento do discurso e/ou habitual. A mudança proposta, apesar de manter a correlação verbal entre os verbos substitutos, acarretaria prejuízo semântico ao texto. As formas “naturalizasse” (pretérito imperfeito do subjuntivo) e “correríamos” (futuro do pretérito do indicativo) são utilizadas para expressar o valor hipotético, provável do que se declara. A propósito, saiba um pouco mais a respeito do emprego do emprego desses tempos e modos verbais. O presente do indicativo pode indicar valores semânticos tais como: 1. fato que se realiza no momento do discurso. Ex.: A turma toda estuda agora. 2. fato permanente. Ex.: O sol aquece a Terra. 3. fato habitual. Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta-se bem e treina intensamente. 4. presente histórico, ou seja, substitui o pretérito para enfatizar a descrição do fato, conferir mais vivacidade a ele. Ex.: Antes de subir aos céus, Jesus diz a seus discípulos: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). 5. certeza do fato a que nos referimos e que acontecerá brevemente, substituindo o futuro do presente. Ex.: O artilheiro disse que joga amanhã. linguagem jornalística Presidente americano chega amanhã ao Brasil. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 5 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Dentre os valores semânticos do futuro do pretérito do indicativo, destaco: 1. o que indica ação futura em relação a outra no passado. Ex.: Em virtude dos acontecimentos, decidiram que ficariam em casa. 2. aquele que indica um fato cuja realização depende de uma condição que não se concretizou no passado e que, provavelmente, não se realizará. Nesse caso, é reforçado o caráter hipotético da declaração. Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação. CUIDADO! Empregando-se a forma verbal da primeira oração no presente ou no futuro do subjuntivo (estudemos ou estudarmos), com as devidas modificações, a condição expressa por ela será tomada como uma hipótese que poderá ocorrer, ou não. Caso estudemos mais, obteremos a classificação. Se estudarmos mais, obteremos a classificação. Em relação ao subjuntivo, note que os tempos podem indicar hipótese, condição ou vontade do indivíduo que fala enunciadas no presente, no pretérito ou no futuro. Ex.: Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do subjuntivo) Paula talvez lhe telefonasse à noite. (pretérito imperfeito do subjuntivo) Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo) Também é digno de nota o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo como condição para a ocorrência de outra ação verbal. Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação. Resposta – Item errado Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 6 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 4. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no quarto parágrafo do texto, é possível, segundo a tradição gramatical, reescrever o trecho “E a que se têm prestado nossas práticas avaliativas” da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “E a que se tem prestado nossas práticas avaliativas”. Comentário – Não se esqueça de que os verbos TER e VIR, empregados na terceira pessoa do plural por força do sujeito (“nossas práticas avaliativas”), recebem acento circunflexo: eu tenho/venho; tu tens/vens; ele tem/vem; nós temos/vimos; vós tendes/vindes; eles têm/vêm. Resposta – Item errado 5. (Cetro/TJ-RS/Oficial de Transportes/2012) As alternativas abaixo apresentam verbos destacados com conjugação no modo indicativo, exceto uma. Assinale-a. (A) O primeiro deles é a dignidade da pessoa humana, do qual derivam os Direitos Humanos e os valores e as atitudes fundamentais para o convívio social democrático como o respeito mútuo e o repúdio às discriminações de qualquer espécie, atitude necessária à promoção da justiça. (B) Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para isso, é necessário ter equidade, o que, por sua vez, fundamenta a solidariedade. (C) Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o trânsito. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 7 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (D) Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio social, portanto na convivência no trânsito. (E) É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais humano, harmonioso, mais seguro e mais justo para que sejamos cidadãos mais responsáveis. Comentário – A exceção está última alternativa: sejamos, forma verbal conjugada no presente do subjuntivo. Todas as demais formas destacadas estão no presente do indicativo. Resposta – E 6. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no quinto parágrafo do texto, na frase: “no coração mesmo da relação professor–aluno”, a palavra destacada tem o mesmo valor semântico que no trecho “Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós está sendo colocado sub judice”, do período final do parágrafo anterior. Comentário – Na primeira ocorrência, a palavra destacada denota realce ou ênfase; na segunda, inclusão. De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira, serão classificadas à parte certas palavras e locuções – outrora consideradas advérbios – que não se enquadram em nenhuma das dez classes conhecidas. Tais palavras e locuções, chamadas “denotativas”, podem exprimir: a) afetividade – Felizmente, não me machuquei. b) designação – Eis o anel que perdi. c) exclusão – Voltaram todos, menos André. d) inclusão – Aqui falta tudo, até água. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 8 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA e) limitação – Só Deus é perfeito. f) realce – É isso mesmo! g) retificação – Aquele casal era japonês, aliás, descendente de japonês. h) explanação: Os elementos do mundo físico são quatro, a saber: terra, fogo, água e ar. i) situação: Então, que achou do filme? Resposta – Item errado Por que as crianças obedecem? Foi esta a pergunta que, no começo de nosso século [o século XX], intrigou vários autores. Foram em busca de respostas e várias foram encontradas: superego, sentimento de agrado, heteronomia, hábito etc. Respostas diferentes entre si, mas que levavam em conta o que era considerado um fato: as crianças obedecem a seus pais e, em geral, também a seus professores. Hoje, parece-me que a pergunta formulada espontaneamente seria a inversa: por que as crianças não obedecem, nem a seus pais, muito menos a seus professores? Exagero? É bem provável. Não sei se, antigamente, elas obedeciam tanto assim e se são tão desobedientes hoje. Porém, parece ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo “limite”: as crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc. (...). O tema é delicado, perigoso até. Por três razões, pelo menos. A primeira: pode-se facilmente cair no moralismo ingênuo e, sob a aparência de descrever o real, tratar de normatizá-lo. Por exemplo, a indisciplina em sala de aula seria decorrência da falta de valores de nosso tempo. Porém, falta de quais valores? A segunda: o reducionismo, que explica um fato por uma única dimensão. Existe o reducionismo psicológico que, ao fazer abstração de Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 9 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA características sociais, culturais e históricas, reduz o fenômeno estudado ao jogo de mecanismos mentais isolados do contexto em que estão. Porém, há também o reducionismo sociológico, que consiste em atribuir a causas gerais todo comportamento humano, desprezando variáveis psicológicas (estas consideradas como mero subproduto de determinações sociais). Para fugir do reducionismo, duas soluções: ou possuir um grande sistema explicativo que articule várias dimensões ou, na ausência de tal sistema (que é o caso mais freqüente), situar claramente a análise no nível escolhido e sem afirmar a onipotência da explicação apresentada. A terceira: a complexidade e, até, ambigüidade do tema. De fato, o que é disciplina? O que é sua negação, indisciplina? Não é tão simples. Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas, a indisciplina poderá se traduzir de duas formas: 1) a revolta contra essas normas; 2) o desconhecimento delas. No primeiro caso, a indisciplina traduz-se por uma forma de desobediência insolente; no segundo, pelo caos dos comportamentos, pela desorganização das relações. Aproveito para dizer que, hoje, o segundo caso parece-me valer. Estamos longe de contextos como aquele escolhido pelo filme Sociedade dos Poetas Mortos, em que é retratada uma revolta discente. Hoje, o cinismo (negação de todo valor e, logo, de qualquer regra) explica melhor os desarranjos das salas de aulas. Anteontem, o professor falava a alunos dispostos a acatar; ontem, a certos alunos (pré-) dispostos a discordar e propor; hoje, tem auditório de surdos. Estou de novo exagerando, só não sei exatamente o quanto... De La Taille, Yves. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In: Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1996. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 10 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 7. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que (A) no trecho do primeiro parágrafo: “Não sei se, antigamente, elas obedeciam tanto assim”, o valor semântico da conjunção destacada é equivalente ao que ela tem na frase “Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas”, do último parágrafo. (B) no trecho do primeiro parágrafo: “Porém, parece ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo ‘limite’”, o pronome destacado refere-se às afirmações feitas depois dos dois-pontos, isto é, de “as crianças, hoje, não teriam limites” a “a televisão os sabotaria etc”. (C) no trecho do primeiro parágrafo: “as crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria”, o tempo e o modo verbais utilizados nas formas destacadas expressam hipótese com a qual o autor do texto concorda. (D) no trecho do primeiro parágrafo: “os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.”, segundo a gramática normativa, a repetição do pronome é proibida, por isso todas as ocorrências destacadas devem ser suprimidas. (E) o trecho do terceiro parágrafo “a indisciplina em sala de aula seria decorrência da falta de valores de nosso tempo” pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “A falta de valores de nosso tempo implica indisciplina em sala de aula”. Comentário – Alternativa A: está errado o que se afirma nela. Na primeira ocorrência, o “se” é simplesmente conjunção integrante, serve para ligar a oração principal “Não sei” a sua subordinada “antigamente, elas obedeciam tanto assim” e é desprovida de valor semântico (a exemplo de “que”, outra Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 11 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA conjunção integrante). Na segunda ocorrência, a conjunção “se” exprime uma condição para que se realize o fato expresso na oração “a indisciplina poderá se traduzir de duas formas: 1) a revolta contra essas normas; 2) o desconhecimento delas”. Alternativa B: abordou corretamente a função coesiva do pronome este (e variações). Este e isto são empregados quando ainda vai ser feita a referência; promove a coesão textual conhecida como catafórica: Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. Esse e isso são empregados quando já foi feita a referência; promove a coesão textual conhecida como anafórica: Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento. Alternativa C: os verbos em destaque estão conjugados no futuro do pretérito do indicativo e de fato exprimem hipótese, como já foi explicado anteriormente. Mas o autor do texto não concorda com essa ideia. Para ele, “Hoje, o cinismo (negação de todo valor e, logo, de qualquer regra) explica melhor os desarranjos das salas de aulas”. Alternativa D: completamente descabida a argumentação da banca examinadora; não há o menor fundamento no que ela diz. Alternativa E: novamente o Cetro explorou as relações semânticas dos tempos verbais. No trecho original, ressalta-se o valor hipotético da declaração, graças ao emprego do futuro do pretérito do indicativo em “seria”. Na reescritura, o fato foi considerado como certo, real, graças ao uso do presente do indicativo em “implica”. Resposta – B 8. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no quarto e no quinto parágrafos do texto, Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 12 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (A) o trecho “Para fugir do reducionismo, duas soluções” pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “Para fugir do reducionismo, havia duas soluções”. (B) não haverá prejuízo semântico se, no trecho “Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas”, a forma verbal destacada for substituída por “entendemos”. (C) no trecho: “Anteontem, o professor falava a alunos dispostos a acatar”, a forma verbal destacada pode ser trocada, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “falou”, já que ambas expressam ações ocorridas no passado. Comentário – Alternativa A: note como a instituição vem exigindo a compreensão dos valores semânticos expressos pelos verbos. O trecho indica a existência atual, efetiva de soluções para o problema. A utilização de “havia” (pretérito imperfeito do indicativo) nos daria a clara noção de que o as soluções eram algo disponível no passado. Aproveite para recordar os aspectos indicados pelo pretérito imperfeito do indicativo: 1. indica fato que ocorria habitualmente. Ex.: Joãozinho era o primeiro a terminar as provas. 2. seu uso em substituição ao presente traduz cortesia e atenua uma afirmação ou um pedido. Ex.: Eu queria saber se o diretor já chegou. 3. indica simultaneidade entre dois fatos passados. Ex.: Os alunos estudavam para o concurso quando o edital foi publicado. 4. denota consequência de um fato hipotético; substitui, nesses casos, o futuro do pretérito. Ex.: Houvesse estudado mais, passava em primeiro lugar. Alternativa B: há prejuízo sim! No original, é reforçado o caráter futuro e hipotético da declaração. A troca indica que o fato de entender Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 13 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA se realiza no momento do discurso, podendo ser considerado habitual e/ou permanente. Alternativa C: não é bem assim, não! De fato, as ações foram expressas no passado: “falava”: pretérito imperfeito do indicativo; “falou”: pretérito perfeito do indicativo. Mas a primeira conjugação denota continuidade ou duração, e mesmo a falta de conclusão do fato. A segunda forma exprime que o fato foi completamente concluído; perde-se, com ela, a noção de continuidade. Resposta – Itens errados Final de aula, numa quarta série, uma menina aproxima-se de uma colega de classe e lhe pergunta: – Adri, por que você nunca fala na hora da correção das fichas? A resposta, em tom calmo e (auto) compreensivo, surpreende: – Sabe o que é, Lu? É que eu sou lenta e quando a professora manda parar de fazer para começar a corrigir, eu ainda não acabei... Esta cena havia sido antecedida de outra em que a professora de português comentara a não participação de Adriana nas discussões de tarefas feitas pelos alunos, individualmente, na primeira parte da aula. O que parece absolutamente corriqueiro, aqui, encerra muitas das faces, da complexidade e dos afetos supostos na constituição da alteridade, na relação com a diferença. As escolas, como qualquer outra instituição concreta, são ocasião para desdobramentos sem fim dessas situações que, como uma pintura, dão forma a milhões de palavras. Tudo que nelas está não se apreende senão por pontos de vista ou, como prefiro dizer, por recortes. GUIRARDO, Marlene. Diferença e alteridade: dos equívocos inevitáveis. In: Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1998. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 14 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 9. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto, é correto afirmar que no trecho do quinto parágrafo: “Esta cena havia sido antecedida de outra”, o pronome destacado pode ser trocado, sem que ocorra prejuízo semântico, por “Essa”. Comentário – No trecho, o autor retoma o que disse anteriormente. Com efeito, seria até melhor que a troca fosse feita, de acordo com o que já expliquei a respeito dos processos de coesão (catafórica e anafórica) envolvendo os pronomes esta, isto, esse, isso. Vai dizer que você já esqueceu? Resposta – Item certo No momento em que se aproximam as eleições de outubro de 2006, a Anistia Internacional se dirige a Vossas Excelências, candidatos à Presidência e aos governos estaduais, com o objetivo de reforçar a tradição de manter uma comunicação aberta e, ao mesmo tempo, entabular um diálogo positivo com os futuros governos. Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com esta carta, apresentarlhes um breve DVD com a mensagem da organização aos candidatos a cargos executivos nestas eleições. (...) A Anistia Internacional pede a Vossas Excelências, na condição de candidatos e potenciais detentores de cargos, que apresentem uma política de segurança pública de longo prazo, estruturada e financiada adequadamente. (...) A Anistia Internacional exorta ainda Vossas Excelências a incentivarem um debate transparente sobre a questão da segurança pública, em todos os níveis de governo e com a sociedade civil, visando a adoção de medidas concretas para reduzir os níveis de violência nas cidades brasileiras. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 15 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Por fim, a Anistia Internacional espera que todos os candidatos e os futuros governos se disponham a aceitar o convite para se engajar com a Anistia Internacional, bem como outras organizações de direitos humanos, em um diálogo aberto que permita prosseguir com o debate acerca dessas questões da maior urgência e importância. Atenciosamente, Irene Khan Secretária-Geral Anistia Internacional 10. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, nos dois primeiros parágrafos do texto, (A) no trecho: “Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com esta carta, apresentar-lhes um breve DVD”, o pronome destacado pode ser trocado, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “essa”. (B) no trecho: “Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com esta carta, apresentar-lhes um breve DVD”, o pronome destacado tem de ser trocado por “vos”, porque a carta se dirige aos candidatos tratados por “Vossas Excelências”. (C) no trecho: “A Anistia Internacional pede a Vossas Excelências (...) que apresentem uma política de segurança pública”, é proibida a substituição da forma verbal destacada por “apresenteis”. Comentário – Alternativa A: muito cuidado agora! Aqui, o pronome demonstrativo foi usado para indicar a posição da “carta” em relação à pessoa do discurso (o próprio autor), situando-a no espaço (os demonstrativos também podem situar os seres no tempo). Sim, veja o quadro abaixo. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 16 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Pronomes Este (s), esta (s), isto Esse (s), essa (s), isso Aquele (s), aquela (s), Tempo Espaço Presente; momento atual Perto de quem fala Passado próximo Perto da pessoa com quem se fala Passado longínquo aquilo Longe de quem fala e da pessoa com quem se fala Ex.: Nestas últimas horas tenho aprendido muito. (note o verbo usado no presente do indicativo) Este rapaz ao meu lado é meu amigo. (note que o pronome indica a primeira pessoa do discurso, aquela que faz uso da palavra) Essas horas que passamos na praia foram muito agradáveis. (note as formas verbais no pretérito) O que é isso aí do teu lado? (note o pronome indicando a segunda pessoa do discurso, aquela com quem falamos) Naquela época, a vida era melhor. (o verbo no pretérito contribui para a indicação de um fato passado) O que é aquilo atrás do carro? (agora o objeto está situado distante do locutor e do interlocutor) Alternativa B: agora a banca requer conhecimento sobre o emprego dos pronomes de tratamento. As formas de tratamento designam indiretamente à segunda pessoa do discurso (aquela com quem se fala), mas conduzem toda as concordâncias nominal e verbal da frase para a terceira pessoa (do singular ou do plural, conforme o caso). O pronome “lhes” representa a terceira pessoa do plural; o pronome “vos” refere-se à segunda pessoa do plural. Atente ainda para algumas particularidades. a) Vossa Excelência fez um belo discurso. (para dirigir-se à pessoa, ainda que por meio de correspondências) Sua Excelência fez um belo discurso. (para falar da pessoa) Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 17 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA b) Vossa Excelência, que hoje está muito disposto, apresentará seus projetos? (note que o verbo e o pronome possessivo correspondem à terceira pessoa e o adjetivo tende a concordar com o gênero da pessoa referida – concordância ideológica) c) Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado) Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo (você). (certo) (muito cuidado: mesmo os pronomes de tratamento informal levam os outros pronomes para a terceira pessoa) Alternativa C: por se referir à segunda pessoa do plural do presente do subjuntivo, o verbo “apresenteis” não pode ser utilizado na substituição indicada. Resposta – C 11. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, nos dois últimos parágrafos do texto, (A) o trecho “exorta ainda Vossas Excelências a incentivarem um debate transparente” pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “exorta ainda Vossas Excelências a que incentiveis um debate transparente”. (B) no trecho: “aceitar o convite para se engajar com a Anistia Internacional, bem como outras organizações de direitos humanos”, a expressão destacada pode ser trocada, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “posto que”. Comentário – Alternativa A: já encontrou o problema? Ele está na forma verbal “incentiveis”, segunda pessoa do plural do presente do subjuntivo, que não se relaciona com pronomes de tratamento. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 18 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Alternativa B: a conjunção “para” expressa finalidade, propósito, objetivo; a locução conjuntiva “posto que” integra segmento com valor semântico concessivo, a exemplo de ainda que; embora; mesmo que; por mais que; se bem que; por pouco que; nem que; conquanto etc.: “descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala”. (Graciliano Ramos) Resposta – Itens errados 12. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Analise as afirmativas a seguir, em relação às classes de palavras. I. No trecho: “É bastante concebível que um naturalista, refletindo sobre as afinidades mútuas dos seres orgânicos, suas relações embrionárias, sua distribuição geográfica, sucessão geológica e outros fatos similares, chegasse à conclusão de que cada espécie não fora criada independentemente, mas se originara de outra espécie.”, as palavras destacadas são, respectivamente: advérbio de intensidade; verbo na forma nominal do gerúndio; verbo no pretérito mais-que-perfeito simples; e advérbio (que possui o final em “mente” porque deriva de um adjetivo). II. No trecho: “Em seu livro – produto de quase 28 anos de pesquisa bibliográfica e de campo –, Darwin se dispôs a responder a uma das questões que havia muito despertava a curiosidade de estudiosos: qual a origem da vida, do homem e da natureza? Baseado em evidências observadas em diversas regiões do globo e apoiado nas ideias de outros pensadores, ele criou uma fronteira na ciência”, as palavras destacadas são, respectivamente: substantivo primitivo; verbo na forma nominal do infinitivo; pronome pessoal interrogativo; e pronome pessoal oblíquo. III. No trecho: “Segundo a teoria de Darwin, tanto os organismos vivos como os que encontrou fossilizados se originavam de um único ancestral comum e se transformavam ao longo do tempo. Semelhante a uma bactéria, esse Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 19 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA primeiro ser vivo sofreu modificações até gerar toda a variedade de animais e plantas do planeta, seguindo um padrão evolutivo, que permanece ativo”, as palavras destacadas são, respectivamente: adjetivo; verbo no pretérito imperfeito do indicativo; pronome demonstrativo; e pronome relativo. É correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) I, apenas. (C) I e III, apenas. (D) III, apenas. (E) II e III, apenas. Comentário – Item I: certo. O vocábulo “bastante” é advérbio de intensidade quando relacionado a verbo, adjetivo ou outro advérbio. Na dúvida troque-o por “muito”: É muito concebível que... Outros exemplos: Comi bastante (= muito). Moro bastante longe (= muito). Cuidado para não confundi-lo com o pronome indefinido adjetivo: Neste curso, há bastantes (muitos) alunos matriculados. Observe que agora o vocábulo acompanha substantivo e varia em número. O vocábulo “refletindo” é uma das três formas nominais do verbo REFLETIR. O infinitivo (REFLETIR) é caracterizado pela terminação –R; o gerúndio (REFLETINDO) é marcado pela terminação –NDO; o particípio (REFLETIDO) é indicado pela terminação –IDO). A forma verbal “fora” é o verbo IR conjugado no pretérito mais-que-perfeito do indicativo: eu fora, tu foras, ele fora, nós fôramos, vós fôreis, eles foram. Lembre-se de que os tempos compostos são caracterizados pelo auxílio dos verbos TER e HAVER e pelo particípio do verbo principal. Analise as tabelas abaixo: Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 20 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA FORMAS NOMINAIS infinitivo TEMPOS COMPOSTOS cantar ter/haver cantado cantar ter/haver cantado cantares teres/haveres cantado infinitivo cantar ter/haver cantado pessoal cantarmos termos/havermos cantado cantardes terdes/haverdes cantado cantarem terem/haverem cantado gerúndio cantando tendo/havendo cantado particípio cantado impessoal MODOS TEMPOS COMPOSTOS pretérito Perfeito (tenho/hei cantado) mais-que-perfeito (tinha/havia cantado) do presente (terei/haverei cantado) do pretérito (teria/haveria cantado) Perfeito (tenha/haja cantado) mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado) Indicativo futuro pretérito Subjuntivo futuro ATENÇÃO! 1. (tiver/houver cantado) O quadro acima é uma síntese da formação dos tempos compostos da voz ativa. Ex.: Temos estudado muito. Tinha posto a televisão na sala. Havíamos chegado tarde. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 21 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 2. presente e ao Note que não há tempos compostos relativos ao pretérito imperfeito. Eles são usados para formar, respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito mais-que-perfeito composto. Também não há tempo composto relativo ao modo imperativo. 3. O tempo composto da voz passiva é formado com o emprego simultâneo dos auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio do verbo principal. Ex.: Temos sido ensinados pelo professor. O casal havia sido visto no restaurante. O vocábulo “independentemente” realmente derivou do adjetivo independente. A ele foi acrescentado o sufixo –mente. Uma das características dos sufixos é a capacidade de alterar a classe gramatical das palavras primitivas. Item II: errado. O vocábulo “livro” é mesmo substantivo primitivo. Quanto à origem de formação, a palavras podem ser: 1. primitivas – não derivam de outras da Língua Portuguesa, mas podem dar origem a outras palavras: pedra, pobre, ferro, livro. 2. derivadas – originam-se de outras palavras da língua: pedreiro, empobrecer, ferradura, livraria. O verbo “responder”, você agora já sabe, está de fato no infinitivo. O pronome “qual”, utilizado em uma frase interrogativa, é mesmo pronome interrogativo, assim como que, quem, qual, quanto. Mas dizer que ele é “pessoal” constitui erro. Pronome pessoal só se divide em “reto” e “oblíquo”, de acordo com a função que desempenham. Veja a tabela abaixo. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 22 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA PESSOAS CASO OBLÍQUO CASO RETO ÁTONO TÔNICO 1ª SINGULAR EU ME MIM, COMIGO 2ª SINGULAR TU TE TI, CONTIGO 3ª SINGULAR ELE SE, O, A, LHE SI, CONSIGO, ELE, ELA 1ª PLURAL NÓS NOS NÓS, CONOSCO 2ª PLURAL VÓS VOS VÓS, CONVOSCO 3ª PLURAL ELES SE, OS, AS, LHES SI, CONSIGOS, ELES, ELAS Pela regra, o pronome que desempenha a função de sujeito de verbo é pessoal (em alguns casos a de predicativo do sujeito também); o que desempenha outra função é oblíquo: Ele virou ela. – função de sujeito e de predicativo: pronome pessoal do caso reto. Quero falar com ele. – função de complemento verbal: pronome pessoal do caso oblíquo. Sendo assim, o que se declara a respeito do pronome “ele”, no trecho destacado (“ele criou uma fronteira na ciência”), também está errado. Item III: certo. Em virtude de outros comentários, aqui eu vou enfatizar apenas o adjetivo e o pronome relativo. Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo, atribuindo-lhe qualidade (ou defeito), condição, estado, aparência. Exemplo: O jovem brasileiro tornou-se participativo. – O brasileiro jovem tornou-se participativo. Locução adjetiva é o conjunto de palavras que exerce função de adjetivo. Exemplos: homem de coragem, fome de cão (preposição + substantivo); jornal de hoje, gente de longe (preposição + advérbio) CUIDADO: Eu vim de longe apesar de também ser formada por “preposição + advérbio”, a expressão de longe não é locução adjetiva, pois Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 23 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA não se refere a substantivo. Neste exemplo a expressão é uma locução adverbial, visto que se refere ao verbo “vim”. Em muitos casos podemos transformar a locução adjetiva em adjetivo, mas isso nem sempre é possível. Exemplos: homem corajoso, gente longínqua, lei áurea; homem de caráter, loja de brinquedos. Pronome relativo é aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante em oração anterior, chamado antecedente. São pronomes relativos: que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais. Considere os seguintes exemplos: Eis os velhos amigos de que lhe falhei. Eis o instrumento de que lhe falei. O pronome relativo QUE pode ser empregado tanto para substituir coisa quanto para representar pessoa. Rejeita preposições com duas ou mais sílabas e dispensa sem e sob Cuidado para não confundi-lo com uma conjunção integrante, usada para unir uma oração subordinada de valor substantivo (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua principal. Considere este fragmento: “...eles explicam que tipo de rodovia cada uma é.”, em que a oração sublinhada é objeto direto da forma verbal “explicam” e o “que” não é pronome relativo. Resposta – C 13. (Cetro/TJ-RS/Oficial de Transportes/2012) Assinale a alternativa em que todos os verbos destacados estejam conjugados no mesmo modo do verbo destacado no trecho abaixo. “Ser ‘veloz’, ‘esperto’ [...] são valores sempre presentes em parte da sociedade.” Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 24 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (A) Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para isso, é necessário ter equidade, o que, por sua vez, fundamenta a solidariedade. (B) Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o trânsito. (C) Os valores, por sua vez, expressam as contradições e os conflitos entre os segmentos sociais e mesmo entre os papéis que cada pessoa desempenha. (D) Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio social, portanto na convivência no trânsito. (E) É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais humano, harmonioso, mais seguro e mais justo para que sejamos cidadãos mais responsáveis. Comentário – Algo intrigante acontece aqui. O que o examinador chamou de “modo” é, na verdade, uma forma nominal do verbo. Basta reler a tabelinha acima para comprovar isso. Os modos são indicativo, subjuntivo e imperativo. As formas nominais são infinitivo, gerúndio e particípio. Mas vamos “dançar conforme a música”. Apenas na primeira alternativa os dois verbos em negrito são apresentados também no infinitivo. Em B e C, temos modo indicativo. Em D, o primeiro verbo destacado também está no infinitivo, mas o segundo está conjugado no modo indicativo. Em E, temos indicativo e infinitivo respectivamente. Resposta – A, com ressalva. 14. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Leia as alternativas abaixo e assinale a correta em relação ao grau do adjetivo. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 25 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (A) O cientista é mais importante que o pesquisador. (A frase apresenta grau comparativo sintético de superioridade). (B) O pesquisador é tão competente quanto o cientista. (A frase apresenta grau comparativo de igualdade. É importante ressaltar que esse grau se faz somente na presença da palavra “quanto”). (C) O pesquisador se sente menos inteligente que o cientista. (A frase apresenta grau comparativo de inferioridade. É incorreto utilizar o termo “do que” nessa situação; ele é utilizado somente na fala coloquial). (D) O cientista apresentou um trabalho melhor que o pesquisador. (A frase apresenta grau comparativo analítico de superioridade). (E) O cientista é mais bom do que competente. (A frase apresenta forma analítica de um adjetivo que geralmente é usado de forma sintética porque está comparando duas qualidades de um mesmo ser). Comentário – Vamos recapitular o grau do adjetivo e, assim, chegar à resposta certa. Dois são o grau dos adjetivos: comparativo e superlativo (excluindo-se o grau normal ou positivo). a) Comparativo – indica a qualidade de um ser em comparação com a de outro, ou compara duas qualidades de um mesmo ser, dividindo-se em: 1 – SUPERIORIDADE antepondo-se ao adjetivo a advérbio MAIS e pospondo-se-lhe a conjunção QUE (ou DO QUE). Ex.: Meu estudo é mais importante que o seu. – João é mais esperto do que gordo. 2 – INFERIORIDADE antepondo-se ao adjetivo o advérbio MENOS e pospondo-se-lhe a conjunção QUE (ou DO QUE). Ex.: Meu estudo é menos importante que o seu. – João é menos esperto do que gordo. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 26 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 3 – IGUALDADE antepondo-se ao adjetivo o advérbio TÃO e pospondo-se-lhe a conjunção QUANTO (ou COMO). Ex.: Meu estudo é tão importante quanto o seu. – João é tão esperto como gordo. b) Superlativo eleva ou reduz a qualidade de um ser no mais alto grau em comparação ou não com a de outro ser, dividindo-se em: 1 – RELATIVO eleva ou reduz a qualidade no mais alto grau em comparação com a de outro ser, podendo ser de: 1.1 – SUPERIORIDADE forma-se com a anteposição do artigo O, A, OS ou AS à forma do comparativo de superioridade sem a presença das conjunções comparativas. Ex.: Você era a mais bonita das cabrochas desta ala. 1.2 – INFERIORIDADE forma-se pela anteposição do artigo definido à forma do comparativo de inferioridade sem a presença da conjunção comparativa. Ex.: Você era a menos bonita das cabrochas desta ala. 2 – ABSOLUTO eleva ou reduz a qualidade de um ser sem comparação com a de outro ser. Ex.: O fato era estranhíssimo. (presença do sufixo) forma sintética. Ela era muito branca. (presença do advérbio) Ela era branca, branca. (repetição do adjetivo) forma analítica Ela era pra lá de rica. (expressão superlativante) CUIDADO: alguns adjetivos apresentam apenas formas sintéticas para os graus comparativo e superlativo. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 27 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA bom mau grande pequeno Comparativo de Superior. melhor pior maior menor Superl. Relat. de Superior. o melhor o pior o maior o menor Superl. Absoluto ótimo péssimo máximo mínimo Ex.: Conquistar é melhor do que ganhar. (observe a presença da locução conjuntiva comparativa) João é o menor aluno da turma. (observe a presença do artigo) Este assunto é péssimo. (observe a ausência da conjunção comparativa e do artigo) ATENÇÃO: quando comparadas duas qualidades do mesmo ser, usa-se a forma analítica desses adjetivos. Ex.: João é mais pequeno do que inteligente. Seu comportamento é mais bom do que mau. Resposta – E 15. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Acerca dos tempos verbais, leia as afirmativas abaixo. I. Talvez o dirigente tivesse sido guiado pelo poder da intuição. (A forma verbal destacada está no pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo). II. É provável que os assistentes tenham sido observados durante todo o tempo. (A forma verbal destacada está no pretérito imperfeito do subjuntivo). III. Se o trabalho for feito com dedicação, tudo sairá a contento. (A forma verbal destacada está no futuro simples do subjuntivo). IV. O programa pode ser discutido por muitos especialistas. (A forma verbal destacada é nominal e está no infinitivo presente impessoal). Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 28 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA É correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) III, apenas. (C) II, III e IV, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) II, apenas. Comentário – Lembra-se das tabelas que eu forneci a você na questão 11? Pois é, aqui você precisará dela. Volte ao comentário daquela questão e confira que o item I está correto e o item II está errado. A forma verbal destacada no item II está no pretérito perfeito composto do subjuntivo. No tempo composto, não existe o pretérito imperfeito. Para resolver os itens III e IV, ambos corretos, você precisa saber que, em uma locução verbal, a determinação do tempo e modo é feita pelo auxiliar, exatamente como foi indicado pela banca. Resposta – D 16. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que: no trecho “indo pela Praia da Lapa, em um bond comum, encontrei um dos elétricos”, do primeiro parágrafo, a substituição da expressão destacada por “à” é correta gramaticalmente e não tem implicações semânticas. Comentário – Ao contrário do que alguns pensam, as preposições transmitem valores semânticos. No trecho “indo pela Praia...”, a preposição serviu para exprimir o local onde a ação verbal se desenvolvia. O emprego do vocábulo “à”, ainda que gramaticalmente correto (preposição a + artigo feminino definido a = à), alteraria a relação semântica estabelecida no texto, pois Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 29 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA indicaria o deslocamento de um ponto de origem a outro de chegada (a Praia da Lapa) Resposta – Item errado 17. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que (A) no trecho: “Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.”, do primeiro parágrafo, o pronome destacado pode ser substituído, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “esses”. (B) no trecho: “Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.”, do primeiro parágrafo, a supressão do pronome destacado comprometeria a coerência e a clareza do texto, além de ser incorreta gramaticalmente. Comentário – Alternativa A: o pronome situa o termo “olhos” no espaço, ou seja, perto de quem fala. O locutor se refere aos seus próprios olhos. A utilização de “esses” mudaria a referência para os olhos da pessoa com quem o locutor fala. Além disso, seria incoerente a utilização do pronome possessivo “meus” (que também aponta para algo próprio de quem fala) ao lado de “esses”. Alternativa B: também incorreta, pois a supressão não comprometeria a coerência e a clareza do texto, visto que elas são possibilitadas pelo uso da forma “estes”. Resposta – Itens errados Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 30 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (...) 18. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é coreto afirmar que (A) na oração: “Para não mentir, direi que o que me impressionou”, do segundo parágrafo, a preposição destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “afim de”. (B) no trecho: “passavam por cima da gente que ia no meu bond”, do segundo parágrafo, a preposição “em”, contraída com artigo no termo destacado e regida pela forma verbal “ia”, é considerada, atualmente, incorreta pela gramática normativa. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 31 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Alternativa A: “Para” exprime finalidade, a exemplo da locução prepositiva a fim de, escrita separadamente. A forma “afim de” não existe. Cuidado para não confundir com afim (= semelhante), adjetivo: Nossos projetos são afins (semelhantes, guardam afinidades ente si, têm algo em comum). Alternativa B: proposição descabida! A contração não apresenta problema. A preposição foi utilizada para indicar que as pessoas estavam dentro do “bond”, que era utilizado como o meio de transporte delas. Resposta – Itens errados 19. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que (A) no trecho: “Sentia-se nele a convicção de que inventara”, do segundo parágrafo, a forma verbal destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “inventar”. (B) é diferente o valor semântico das conjunções destacadas nos seguintes trechos: “Anteontem, porém, indo pela Praia da Lapa, em um bond comum”, do primeiro parágrafo, e “mas a própria eletricidade”, do segundo. Comentário – Alternativa A: a substituição afeta a coesão e a coerência do texto: “Sentia-se nele a convicção de que inventar, não só o bond, mas a própria eletricidade”. Percebeu a falta de uma conclusão? A forma “inventara” (pretérito mais-que-perfeito) situa o processo verbal antes mesmo de outra ação também pretérita (“Sentia”). A forma “inventar” (infinitivo impessoal) deixa escapar essa noção. Alternativa B: “porém” exprime ideia adversativa. Normalmente, a conjunção mas também transmite essa mesma ideia. Todavia isso dependerá do contexto, pois é possível que ela expresse outro sentido, Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 32 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA como o que está no trecho indicado. Lá, a ideia é de adição. Leia o que eminentes professores nos ensinam: Bechara: “A expressão enfática da conjunção aditiva e pode ser expressa pela série não só... mas também e equivalentes” (grifos meu). Eis o exemplo que o ilustre pesquisador nos fornece: “Não só o estudo mas também a sorte são decisivos na vida.” Cegalla: ao tratar das conjunções coordenativas, relaciona entre as aditivas as expressões enfáticas “mas também, mas ainda, senão também, como também, bem como”. Ele exemplifica o que ensina utilizando, entre outras, a frase abaixo: “Os livros não só instruem, mas também divertem.” Resposta – B 20. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que têm o mesmo valor semântico as duas ocorrências da palavra “como”, destacadas nas orações a seguir, ambas do segundo parágrafo: “como lhes queiram chamar espíritos vadios.” E “se não valem tanto como as de plena propriedade”. Comentário – Os valores são diferentes. No primeiro o valor é de conformidade; no segundo, de comparação. Aliás, eis uma excelente oportunidade para verificarmos os possíveis empregos desse vocábulo de múltiplas “faces”. 1. VERBO: Eu como pouco. 2. ADVÉRBIO INTERROGATIVO DE MODO: Como vai? 3. ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: Como chove! Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 33 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 4. PREPOSIÇÃO ACIDENTAL (por = na qualidade de, com caráter de): Como professor ele é muito prudente. / É tido como sábio. 5. PALAVRA EXPLICATIVA ( = a saber, assim, isto é): Teve boas notas em algumas matérias, como em Matemática, Geografia e História. 6. PALAVRA DE REALCE (pode ser retirada da oração, sem prejuízo do sentido desta): Sentiu um como estalo na cabeça. / Assim é como se deve falar. 7. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA TEMPORAL (= quando, logo que): O menino, como ouviu isto, levantou e correu! 8. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CAUSAL (= porque): Como estivesse doente, faltou à aula. 9. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA COMPARATIVA: O rapaz era preto como carvão. 10. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA CONFORMATIVA (= conforme): Respondeu como devia. 11. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA INTEGRANTE: Vê como ele canta bem! / Aposto como ele virá para o jantar. / Garanto como ele se apresentará bem. 12. CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADITIVA (= e): “Assim Saul como Davi eram homens de grandes espíritos”. (Pe. Antônio Vieira) Resposta – Item errado Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 34 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (...) 21. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que (A) no trecho: “autorizou o Marquês de Monte Alegre, o Conselheiro Pimenta Bueno e o Barão de Mauá a incorporarem, do primeiro parágrafo, a forma verbal destacada poderia ter sido flexionada no singular, sem que houvesse erro gramatical ou prejuízo semântico. (B) no trecho: “partindo das vizinhanças da cidade de Santos, onde for mais conveniente, se aproxime da de São Paulo”, do primeiro parágrafo, a colocação do pronome destacado é incorreta, de modo que é obrigatório deslocá-lo para a posição enclítica. Comentário – Alternativa A: percebemos no trecho “o governo (...) autorizou o Marquês de monte Alegre, o Conselheiro Pimenta Bueno e o Barão de Mauá a incorporarem (...) uma companhia” que o sujeito (“o Marquês de monte Alegre, o Conselheiro Pimenta Bueno e o Barão de Mauá”) do infinitivo destacado é diferente do sujeito (“o governo”) do verbo “autorizou”. Quando isso ocorre, o infinitivo flexiona-se. Ocorre que o infinitivo está imediatamente Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 35 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA regido por preposição e serve de complemento do verbo da oração principal, o que desobriga a flexão. Alternativa B: para responder corretamente, você deve voltar um pouco mais no texto: “usar e custear uma estrada de ferro que, partindo das vizinhanças da cidade de Santos, onde for mais conveniente, se aproxime da de São Paulo”. O pronome relativo destacado é fator de atração. Isso justifica o emprego do pronome. As vírgulas entre o relativo e o pronome oblíquo apenas servem para marcar a intercalação de termos entre eles. Resposta – A 22. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que é idêntico o valor semântico das expressões destacadas nos trechos “superadas, afinal, pelo sistema de planos inclinados” e “ia se alargando pelo território paulista”, ambos do terceiro parágrafo. Comentário – Negativo. Na primeira ocorrência, a expressão (per + o) indica o agente da ação verbal; na segunda, “pelo” indica os limites ou a direção do alargamento. Resposta – Item errado 23. (FGV/TRE-PA/Analista Judiciário/2011) Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores. (L.54-57) A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a afirmativa a seguir: Em toda a cadeia produtiva, a supressão do artigo a não provoca alteração de sentido. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 36 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Comentário – Há, sim, alteração de sentido. Com a retirada do artigo, deixa-se de considerar a totalidade da cadeia produtiva e passa-se a considerar qualquer cadeia produtiva. Em outras palavras, a ausência do artigo faz surgir um sentido indefinido, de caráter geral, impreciso. Resposta – Item errado. Saiba mais a respeito desse assunto. Todos Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento posterior, caso este admita o seu uso. Ex.: Todos os atletas foram declarados vencedores. Todas as leis devem ser cumpridas. Todos vocês estão suspensos. Todo Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo para indicar integralidade do que é considerado, totalidade da parte; não se usa para indicar generalização. Ex.: Todo o país participou da greve. (O país todo, completamente.) Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os países indistintamente.) ATENÇÃO! Quando surge em prova, normalmente é perguntado se o emprego ou a retirada do artigo preserva ou altera a informação original. Perceba que há alteração de sentido. Tomando o segundo exemplo como ponto de partida, a construção Todos os países (no plural mesmo) sofrem por algum motivo conserva o significado inicial. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 37 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 24. (FGV/Codesp/Advogado/2010) ...algumas iniciativas inovadoras começam a apresentar resultados, o que pode motivar a reprodução dessa experiência pelo país inteiro. (L.31-33) No trecho acima, há quantos artigos? (A) Um. (B) Nenhum. (C) Quatro. (D) Três. (E) Dois. Comentário – Os artigos são “a” (que acompanha o substantivo “reprodução” em “motivar a reprodução”) e “o” (que se uniu à preposição “per” em “pelo país”). Eis alguns cuidados que você deve tomar: – em “começam a apresentar”, o “a” é preposição que articula a locução verbal (saiba que verbo repele artigo antes dele); – em “o que”, há pronome demonstrativo (equivalente a isso), o qual retoma por coesão anafórica toda a ideia anterior. Resposta – E 25. (FGV/SAD-AP/Delegado de Polícia/2010) Assinale a alternativa em que o termo sublinhado tenha função adjetiva. (A) Característica da nação. (B) Ameaça de colapso. (C) Deterioração de valores. (D) Instituição da escravidão. (E) Uso de violência. Comentário – Apenas a locução “da nação” atribui ao substantivo com o qual se relaciona uma qualidade, um atributo. As demais expressões sublinhadas Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 38 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA complementam o sentido dos respectivos substantivos, característica típica de complemento nominal. Anote uma importante distinção entre locução adjetiva e complemento nominal (ambos surgem preposicionados e podem se relacionar com substantivos): – a locução adjetiva (que sintaticamente é adjunto adnominal) representa a origem ou o agente causador do que se está declarando: amor de Deus (Deus é a origem do amor; ele é o agente que ama); – o complemento nominal representa o objeto ou o paciente do que se declara: amor a Deus (Deus agora é o objeto/alvo do amor; ele recebe/sofre os efeitos desse amor). Resposta – A Destacarei dois fatos importantes sobre o emprego dos adjetivos. O primeiro é que também atingem o grau superlativo (eleva ou reduz a qualidade de um ser no mais alto grau em comparação ou não com a de outro ser) com a repetição do adjetivo: Ex.: O filme foi muito lindo. O final do filme foi lindo, lindo. O segundo fato é que, quando comparamos a mesma qualidade atribuída a dois seres, não empregamos as formas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Ex.: Conquistar é melhor do que ganhar. A reprovação é pior do que alguns meses de dedicação. Mas quando comparadas qualidades diferentes do mesmo ser, usamos a forma analítica desses adjetivos. Ex.: João é mais pequeno do que inteligente. Seu comportamento é mais bom do que mau. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 39 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 26. (FGV/TRE-PA/Técnico Judiciário/2011) Aliás, o melhor para a democracia seria separar os fundos partidários dos destinados às campanhas eleitorais. (L.24-26) A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há três preposições. II. Há quatro artigos. III. Há um pronome demonstrativo. Assinale (A) se todas as afirmativas estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (C) se nenhuma afirmativa estiver correta. (D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. Comentário – Item I: certo. São preposições essenciais os vocábulos: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, entre, para, por, perante, em, sem, sob, sobre, trás. Dessas, apareceram no período acima as que estão em negrito. Detalhes: a preposição de surgiu contraída com o pronome demonstrativo os (= aqueles) em “dos” e a preposição a surgiu contraída com o artigo as em “às” (= a + as). Item II: certo. Os quatro artigos (definidos) referidos são, “o” (“o melhor”), “a” (“a democracia”), “os” (“os fundos”) e “as” (“às campanhas eleitorais”). Item III: certo. Há diferença entre artigo o(s)/a(s) e pronome demonstrativo o(s)/a(s). aquele(s)/aquilo/aquela(s), como Este no pode segmento ser substituído “separar os por fundos partidários dos (= daqueles) destinados às campanhas eleitorais”. Resposta – A Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 40 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA As preposições servem para conectar (ligar) palavras e orações, estabelecendo uma relação de subordinação do termo consequente ao termo antecedente. Ex.: O caderno de português ficou na escola. (a preposição estabeleceu vínculo entre as palavras “caderno” e “português”, pertencentes à mesma oração) O medo de fracassar atormentava-o dia e noite. (agora, a preposição promoveu o vínculo entre o substantivo “medo” e a oração completiva nominal “fracassar”) Usualmente, as preposições são desprovidas de valor semântico. Porém, às vezes indicam noções fundamentais à compreensão da frase. Ex.: Estou com você. (associação, a favor) Estou contra você. (posição contrária) Pus sob a mesa. (posição inferior) Pus sobre a mesa (posição superior) Às noites, jogava dominó. (tempo habitual, periodicidade) Dei pirulitos para as crianças, uma a uma. (distribuição) Veio de casa. (origem) 27. (FGV/MEC/Documentador/2009) Nas alternativas a seguir, a frase em que o vocábulo sublinhado pertence a uma classe gramatical diferente de todas as demais ocorrências é: (A) "Um relatório da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) revelou que, nos últimos doze meses...". (B) "Assim, um juiz que, de forma monocrática...". (C) "...passa a constituir uma aberração dentro do poder que ele representa...". (D) "A frequência com que esse tipo de atitude...". Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 41 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (E) "...defesa da liberdade de imprensa e do livre pensamento, que é princípio fundamental dos regimes democráticos." Comentário – Em “revelou que” (alternativa A), o vocábulo sublinhado é conjunção integrante, pois introduz o complemento (objeto direto) do verbo transitivo direto revelar. Nas demais opções, o “que” é pronome relativo, pois se refere a um termo antecedente (“juiz”; “poder”; “frequência”; “defesa da liberdade de imprensa e do livre pensamento”), substituindo-o na oração adjetiva que inicia. Resposta – A Fiquemos por aqui. Abaixo estão as questões sem os respectivos comentários. Adiante está o gabarito. Tudo para você revisar o conteúdo. Um abraço e que Deus abençoe seus estudos! Professor Albert Iglésia Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 42 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Lista das Questões Comentadas Apontamos até aqui as “faltas” éticas no interior das práticas escolares; cabe-nos agora esboçar alguns preceitos que, em nosso entendimento, precisam ser preservados a qualquer custo na intervenção pedagógica. O primeiro remete às questões que envolvem as práticas avaliativas, tão presentes nas preocupações dos educadores, bem como de alguns órgãos governamentais do setor. Não é raro que encontremos alegações do tipo: “é preciso avaliar constantemente”, ou então: “se não houver reprovação, não há ensino de verdade”, ou mais drasticamente ainda: “professor bom é aquele que reprova”. Note-se que, a partir de enunciados como esses, acabamos tomando a avaliação (e não a ética) como reguladora da ação profissional docente. Isto é, avaliar passa a ser concebido como um direito “legal ou moral” do professor, enquanto ser avaliado, um dever também “legal ou moral” do aluno. Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou exclusiva da relação pedagógica, corremos o risco também de naturalizar o fracasso como seu efeito contingencial (e inevitável, portanto). É o alto preço que se paga por transformar um encontro que se desdobra em torno de regras construídas processualmente em um evento balizado por normas apriorísticas, isto é, por um rígido padrão normativo (e, por extensão, excludente) como é o da avaliação escolar, tal como a conhecemos – ou melhor, insistimos em preservá-la. Cabe-nos igualmente questionar o que temos priorizado como foco de nossa atuação profissional: as nuanças e vicissitudes do processo ensino-aprendizagem ou a avaliação dos resultados formais? E a que se têm prestado nossas práticas avaliativas: a confirmar os prognósticos fatalistas sobre a clientela, ou ao coroamento de nossos esforços Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 43 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA cotidianos? Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós está sendo colocado sub judice. Portanto, um desfocamento do afã avaliativo, além de bastante oportuno, poderia promover uma ênfase mais nítida no dia-a-dia da sala de aula, isto é, na “qualidade” mesma da intervenção escolar – parte daquilo que entendemos como “ética pedagógica”. É no espaço sagrado das aulas, no instigante confronto entre agentes e clientela, no coração mesmo da relação professor-aluno, que a ética pedagógica (ou a falta dela) se presentifica com mais força. O resto, e a avaliação dos resultados aí incluída, é mera conseqüência! AQUINO, Julio Groppa. Do cotidiano escolar – ensaios sobre a ética e seus avessos. São Paulo: Summus, 2000. p. 28-29. 1. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no primeiro parágrafo do texto, no período: “cabe-nos agora esboçar alguns preceitos que (...) precisam ser preservados”, a anteposição do pronome destacado em relação à forma verbal “cabe” é proibida pela tradição gramatical, apesar de a próclise ser a tendência do português falado no Brasil. 2. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no segundo parágrafo do texto, no trecho: “avaliar passa a ser concebido como um direito ‘legal ou moral’ do professor, enquanto ser avaliado, um dever também ‘legal ou moral’ do aluno”, a palavra destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “já que”, desde que a última Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 44 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA ocorrência de vírgula seja trocada pela locução verbal “passa a ser concebido como”. 3. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no terceiro parágrafo do texto, no trecho: “Se a avaliação se naturaliza como a estratégia dominante ou exclusiva da relação pedagógica, corremos o risco também de naturalizar o fracasso”, as formas verbais destacadas podem ser substituídas, respectivamente, sem necessidade de adaptações no texto, por “naturalizasse” e “correríamos”, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico. 4. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no quarto parágrafo do texto, é possível, segundo a tradição gramatical, reescrever o trecho “E a que se têm prestado nossas práticas avaliativas” da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “E a que se tem prestado nossas práticas avaliativas”. 5. (Cetro/TJ-RS/Oficial de Transportes/2012) As alternativas abaixo apresentam verbos destacados com conjugação no modo indicativo, exceto uma. Assinale-a. (A) O primeiro deles é a dignidade da pessoa humana, do qual derivam os Direitos Humanos e os valores e as atitudes fundamentais para o convívio Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 45 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA social democrático como o respeito mútuo e o repúdio às discriminações de qualquer espécie, atitude necessária à promoção da justiça. (B) Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para isso, é necessário ter equidade, o que, por sua vez, fundamenta a solidariedade. (C) Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o trânsito. (D) Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio social, portanto na convivência no trânsito. (E) É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais humano, harmonioso, mais seguro e mais justo para que sejamos cidadãos mais responsáveis. 6. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no quinto parágrafo do texto, na frase: “no coração mesmo da relação professor–aluno”, a palavra destacada tem o mesmo valor semântico que no trecho “Mesmo porque, numa reprovação final, algo de todos nós está sendo colocado sub judice”, do período final do parágrafo anterior. Por que as crianças obedecem? Foi esta a pergunta que, no começo de nosso século [o século XX], intrigou vários autores. Foram em busca de respostas e várias foram encontradas: superego, sentimento de agrado, heteronomia, hábito etc. Respostas diferentes entre si, mas que levavam em conta o que era considerado um fato: as crianças obedecem Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 46 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA a seus pais e, em geral, também a seus professores. Hoje, parece-me que a pergunta formulada espontaneamente seria a inversa: por que as crianças não obedecem, nem a seus pais, muito menos a seus professores? Exagero? É bem provável. Não sei se, antigamente, elas obedeciam tanto assim e se são tão desobedientes hoje. Porém, parece ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo “limite”: as crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc. (...). O tema é delicado, perigoso até. Por três razões, pelo menos. A primeira: pode-se facilmente cair no moralismo ingênuo e, sob a aparência de descrever o real, tratar de normatizá-lo. Por exemplo, a indisciplina em sala de aula seria decorrência da falta de valores de nosso tempo. Porém, falta de quais valores? A segunda: o reducionismo, que explica um fato por uma única dimensão. Existe o reducionismo psicológico que, ao fazer abstração de características sociais, culturais e históricas, reduz o fenômeno estudado ao jogo de mecanismos mentais isolados do contexto em que estão. Porém, há também o reducionismo sociológico, que consiste em atribuir a causas gerais todo comportamento humano, desprezando variáveis psicológicas (estas consideradas como mero subproduto de determinações sociais). Para fugir do reducionismo, duas soluções: ou possuir um grande sistema explicativo que articule várias dimensões ou, na ausência de tal sistema (que é o caso mais freqüente), situar claramente a análise no nível escolhido e sem afirmar a onipotência da explicação apresentada. A terceira: a complexidade e, até, ambigüidade do tema. De fato, o que é disciplina? O que é sua negação, indisciplina? Não é tão simples. Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 47 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA de normas, a indisciplina poderá se traduzir de duas formas: 1) a revolta contra essas normas; 2) o desconhecimento delas. No primeiro caso, a indisciplina traduz-se por uma forma de desobediência insolente; no segundo, pelo caos dos comportamentos, pela desorganização das relações. Aproveito para dizer que, hoje, o segundo caso parece-me valer. Estamos longe de contextos como aquele escolhido pelo filme Sociedade dos Poetas Mortos, em que é retratada uma revolta discente. Hoje, o cinismo (negação de todo valor e, logo, de qualquer regra) explica melhor os desarranjos das salas de aulas. Anteontem, o professor falava a alunos dispostos a acatar; ontem, a certos alunos (pré-) dispostos a discordar e propor; hoje, tem auditório de surdos. Estou de novo exagerando, só não sei exatamente o quanto... De La Taille, Yves. A indisciplina e o sentimento de vergonha. In: Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1996. 7. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que (A) no trecho do primeiro parágrafo: “Não sei se, antigamente, elas obedeciam tanto assim”, o valor semântico da conjunção destacada é equivalente ao que ela tem na frase “Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas”, do último parágrafo. (B) no trecho do primeiro parágrafo: “Porém, parece ser esta a queixa atual, traduzida notadamente pelo vocábulo ‘limite’”, o pronome destacado refere-se às afirmações feitas depois dos dois-pontos, isto é, de “as crianças, hoje, não teriam limites” a “a televisão os sabotaria etc”. (C) no trecho do primeiro parágrafo: “as crianças, hoje, não teriam limites, os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria”, o tempo e o modo verbais utilizados Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 48 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA nas formas destacadas expressam hipótese com a qual o autor do texto concorda. (D) no trecho do primeiro parágrafo: “os pais não os imporiam, a escola não os ensinaria, a sociedade não os exigiria, a televisão os sabotaria etc.”, segundo a gramática normativa, a repetição do pronome é proibida, por isso todas as ocorrências destacadas devem ser suprimidas. (E) o trecho do terceiro parágrafo “a indisciplina em sala de aula seria decorrência da falta de valores de nosso tempo” pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “A falta de valores de nosso tempo implica indisciplina em sala de aula”. 8. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, no quarto e no quinto parágrafos do texto, (A) o trecho “Para fugir do reducionismo, duas soluções” pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “Para fugir do reducionismo, havia duas soluções”. (B) não haverá prejuízo semântico se, no trecho “Se entendermos por disciplina comportamentos regidos por um conjunto de normas”, a forma verbal destacada for substituída por “entendemos”. (C) no trecho: “Anteontem, o professor falava a alunos dispostos a acatar”, a forma verbal destacada pode ser trocada, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “falou”, já que ambas expressam ações ocorridas no passado. Final de aula, numa quarta série, uma menina aproxima-se de uma colega de classe e lhe pergunta: – Adri, por que você nunca fala na hora da correção das fichas? Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 49 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA A resposta, em tom calmo e (auto) compreensivo, surpreende: – Sabe o que é, Lu? É que eu sou lenta e quando a professora manda parar de fazer para começar a corrigir, eu ainda não acabei... Esta cena havia sido antecedida de outra em que a professora de português comentara a não participação de Adriana nas discussões de tarefas feitas pelos alunos, individualmente, na primeira parte da aula. O que parece absolutamente corriqueiro, aqui, encerra muitas das faces, da complexidade e dos afetos supostos na constituição da alteridade, na relação com a diferença. As escolas, como qualquer outra instituição concreta, são ocasião para desdobramentos sem fim dessas situações que, como uma pintura, dão forma a milhões de palavras. Tudo que nelas está não se apreende senão por pontos de vista ou, como prefiro dizer, por recortes. GUIRARDO, Marlene. Diferença e alteridade: dos equívocos inevitáveis. In: Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. Julio Groppa Aquino (org.). São Paulo: Summus, 1998. 9. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto, é correto afirmar que no trecho do quinto parágrafo: “Esta cena havia sido antecedida de outra”, o pronome destacado pode ser trocado, sem que ocorra prejuízo semântico, por “Essa”. No momento em que se aproximam as eleições de outubro de 2006, a Anistia Internacional se dirige a Vossas Excelências, candidatos à Presidência e aos governos estaduais, com o objetivo de reforçar a tradição de manter uma comunicação aberta e, ao mesmo tempo, entabular um diálogo positivo com os futuros governos. Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com esta carta, apresentarlhes um breve DVD com a mensagem da organização aos candidatos a cargos executivos nestas eleições. (...) Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 50 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA A Anistia Internacional pede a Vossas Excelências, na condição de candidatos e potenciais detentores de cargos, que apresentem uma política de segurança pública de longo prazo, estruturada e financiada adequadamente. (...) A Anistia Internacional exorta ainda Vossas Excelências a incentivarem um debate transparente sobre a questão da segurança pública, em todos os níveis de governo e com a sociedade civil, visando a adoção de medidas concretas para reduzir os níveis de violência nas cidades brasileiras. Por fim, a Anistia Internacional espera que todos os candidatos e os futuros governos se disponham a aceitar o convite para se engajar com a Anistia Internacional, bem como outras organizações de direitos humanos, em um diálogo aberto que permita prosseguir com o debate acerca dessas questões da maior urgência e importância. Atenciosamente, Irene Khan Secretária-Geral Anistia Internacional 10. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, nos dois primeiros parágrafos do texto, (A) no trecho: “Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com esta carta, apresentar-lhes um breve DVD”, o pronome destacado pode ser trocado, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “essa”. (B) no trecho: “Aproveitamos ainda esta oportunidade para, juntamente com esta carta, apresentar-lhes um breve DVD”, o pronome destacado tem de Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 51 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA ser trocado por “vos”, porque a carta se dirige aos candidatos tratados por “Vossas Excelências”. (C) no trecho: “A Anistia Internacional pede a Vossas Excelências (...) que apresentem uma política de segurança pública”, é proibida a substituição da forma verbal destacada por “apresenteis”. 11. (Cetro/SEE-SP/Secretário Escolar/2008) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que, nos dois últimos parágrafos do texto, (A) o trecho “exorta ainda Vossas Excelências a incentivarem um debate transparente” pode ser reescrito da seguinte maneira, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico: “exorta ainda Vossas Excelências a que incentiveis um debate transparente”. (B) no trecho: “aceitar o convite para se engajar com a Anistia Internacional, bem como outras organizações de direitos humanos”, a expressão destacada pode ser trocada, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “posto que”. 12. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Analise as afirmativas a seguir, em relação às classes de palavras. I. No trecho: “É bastante concebível que um naturalista, refletindo sobre as afinidades mútuas dos seres orgânicos, suas relações embrionárias, sua distribuição geográfica, sucessão geológica e outros fatos similares, chegasse à conclusão de que cada espécie não fora criada independentemente, mas se originara de outra espécie.”, as palavras destacadas são, respectivamente: advérbio de intensidade; verbo na forma nominal do gerúndio; verbo no pretérito mais-que-perfeito simples; e advérbio (que possui o final em “mente” porque deriva de um adjetivo). Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 52 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA II. No trecho: “Em seu livro – produto de quase 28 anos de pesquisa bibliográfica e de campo –, Darwin se dispôs a responder a uma das questões que havia muito despertava a curiosidade de estudiosos: qual a origem da vida, do homem e da natureza? Baseado em evidências observadas em diversas regiões do globo e apoiado nas ideias de outros pensadores, ele criou uma fronteira na ciência”, as palavras destacadas são, respectivamente: substantivo primitivo; verbo na forma nominal do infinitivo; pronome pessoal interrogativo; e pronome pessoal oblíquo. III. No trecho: “Segundo a teoria de Darwin, tanto os organismos vivos como os que encontrou fossilizados se originavam de um único ancestral comum e se transformavam ao longo do tempo. Semelhante a uma bactéria, esse primeiro ser vivo sofreu modificações até gerar toda a variedade de animais e plantas do planeta, seguindo um padrão evolutivo, que permanece ativo”, as palavras destacadas são, respectivamente: adjetivo; verbo no pretérito imperfeito do indicativo; pronome demonstrativo; e pronome relativo. É correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) I, apenas. (C) I e III, apenas. (D) III, apenas. (E) II e III, apenas. 13. (Cetro/TJ-RS/Oficial de Transportes/2012) Assinale a alternativa em que todos os verbos destacados estejam conjugados no mesmo modo do verbo destacado no trecho abaixo. “Ser ‘veloz’, ‘esperto’ [...] são valores sempre presentes em parte da sociedade.” Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 53 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (A) Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para isso, é necessário ter equidade, o que, por sua vez, fundamenta a solidariedade. (B) Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o trânsito. (C) Os valores, por sua vez, expressam as contradições e os conflitos entre os segmentos sociais e mesmo entre os papéis que cada pessoa desempenha. (D) Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio social, portanto na convivência no trânsito. (E) É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais humano, harmonioso, mais seguro e mais justo para que sejamos cidadãos mais responsáveis. 14. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Leia as alternativas abaixo e assinale a correta em relação ao grau do adjetivo. (A) O cientista é mais importante que o pesquisador. (A frase apresenta grau comparativo sintético de superioridade). (B) O pesquisador é tão competente quanto o cientista. (A frase apresenta grau comparativo de igualdade. É importante ressaltar que esse grau se faz somente na presença da palavra “quanto”). (C) O pesquisador se sente menos inteligente que o cientista. (A frase apresenta grau comparativo de inferioridade. É incorreto utilizar o termo “do que” nessa situação; ele é utilizado somente na fala coloquial). (D) O cientista apresentou um trabalho melhor que o pesquisador. (A frase apresenta grau comparativo analítico de superioridade). Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 54 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (E) O cientista é mais bom do que competente. (A frase apresenta forma analítica de um adjetivo que geralmente é usado de forma sintética porque está comparando duas qualidade de um mesmo ser). 15. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Acerca dos tempos verbais, leia as afirmativas abaixo. I. Talvez o dirigente tivesse sido guiado pelo poder da intuição. (A forma verbal destacada está no pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo). II. É provável que os assistentes tenham sido observados durante todo o tempo. (A forma verbal destacada está no pretérito imperfeito do subjuntivo). III. Se o trabalho for feito com dedicação, tudo sairá a contento. (A forma verbal destacada está no futuro simples do subjuntivo). IV. O programa pode ser discutido por muitos especialistas. (A forma verbal destacada é nominal e está no infinitivo presente impessoal). É correto o que se afirma em (A) I e II, apenas. (B) III, apenas. (C) II, III e IV, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) II, apenas. 16. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que: no trecho “indo pela Praia da Lapa, em um bond comum, encontrei um dos elétricos”, do primeiro parágrafo, a substituição da expressão Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 55 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA destacada por “à” é correta gramaticalmente e não tem implicações semânticas. 17. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que (A) no trecho: “Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.”, do primeiro parágrafo, o pronome destacado pode ser substituído, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “esses”. (B) no trecho: “Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.”, do primeiro parágrafo, a supressão do pronome destacado comprometeria a coerência e a clareza do texto, além de ser incorreta gramaticalmente. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 56 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (...) 18. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é coreto afirmar que (A) na oração: “Para não mentir, direi que o que me impressionou”, do segundo parágrafo, a preposição destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “afim de”. (B) no trecho: “passavam por cima da gente que ia no meu bond”, do segundo parágrafo, a preposição “em”, contraída com artigo no termo destacado e regida pela forma verbal “ia”, é considerada, atualmente, incorreta pela gramática normativa. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 57 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 19. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que (A) no trecho: “Sentia-se nele a convicção de que inventara”, do segundo parágrafo, a forma verbal destacada pode ser substituída, sem que ocorra erro gramatical ou prejuízo semântico, por “inventar”. (B) é diferente o valor semântico das conjunções destacadas nos seguintes trechos: “Anteontem, porém, indo pela Praia da Lapa, em um bond comum”, do primeiro parágrafo, e “mas a própria eletricidade”, do segundo. 20. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que têm o mesmo valor semântico as duas ocorrências da palavra “como”, destacadas nas orações a seguir, ambas do segundo parágrafo: “como lhes queiram chamar espíritos vadios.” E “se não valem tanto como as de plena propriedade”. (...) Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 58 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 21. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que (A) no trecho: “autorizou o Marquês de Monte Alegre, o Conselheiro Pimenta Bueno e o Barão de Mauá a incorporarem, do primeiro parágrafo, a forma verbal destacada poderia ter sido flexionada no singular, sem que houvesse erro gramatical ou prejuízo semântico. (B) no trecho: “partindo das vizinhanças da cidade de Santos, onde for mais conveniente, se aproxime da de São Paulo”, do primeiro parágrafo, a colocação do pronome destacado é incorreta, de modo que é obrigatório deslocá-lo para a posição enclítica. 22. (Cetro/MT/Agente Administrativo/2010) Levando em consideração as afirmações do texto e as orientações da gramática normativa tradicional, é correto afirmar que é idêntico o valor semântico das expressões destacadas nos trechos “superadas, afinal, pelo sistema de planos inclinados” e “ia se alargando pelo território paulista”, ambos do terceiro parágrafo. 23. (FGV/TRE-PA/Analista Judiciário/2011) Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores. (L.54-57) A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a afirmativa a seguir: Em toda a cadeia produtiva, a supressão do artigo a não provoca alteração de sentido. Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 59 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 24. (FGV/Codesp/Advogado/2010) ...algumas iniciativas inovadoras começam a apresentar resultados, o que pode motivar a reprodução dessa experiência pelo país inteiro. (L.31-33) No trecho acima, há quantos artigos? (A) Um. (B) Nenhum. (C) Quatro. (D) Três. (E) Dois. 25. (FGV/SAD-AP/Delegado de Polícia/2010) Assinale a alternativa em que o termo sublinhado tenha função adjetiva. (A) Característica da nação. (B) Ameaça de colapso. (C) Deterioração de valores. (D) Instituição da escravidão. (E) Uso de violência. 26. (FGV/TRE-PA/Técnico Judiciário/2011) Aliás, o melhor para a democracia seria separar os fundos partidários dos destinados às campanhas eleitorais. (L.24-26) A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há três preposições. II. Há quatro artigos. III. Há um pronome demonstrativo. Assinale Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 60 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA (A) se todas as afirmativas estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (C) se nenhuma afirmativa estiver correta. (D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 27. (FGV/MEC/Documentador/2009) Nas alternativas a seguir, a frase em que o vocábulo sublinhado pertence a uma classe gramatical diferente de todas as demais ocorrências é: (A) "Um relatório da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) revelou que, nos últimos doze meses...". (B) "Assim, um juiz que, de forma monocrática...". (C) "...passa a constituir uma aberração dentro do poder que ele representa...". (D) "A frequência com que esse tipo de atitude...". (E) "...defesa da liberdade de imprensa e do livre pensamento, que é princípio fundamental dos regimes democráticos." Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 61 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA AGENTE ADMINISTRATIVO DO MINISTÉRIO DAS CIDADES PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Gabarito das Questões Comentadas 1. Item certo 2. Item errado 3. Item errado 4. Item errado 5. E 6. Item errado 7. B 8. Itens errados 9. Item certo 10. C 11. Itens errados 12. C 13. A 14. E 15. D 16. Item errado 17. Itens errados 18. Itens errados 19. B 20. Item errado 21. A 22. Item errado 23. Item errado 24. E 25. A 26. A 27. A Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 62