Capítulo 17 - Exercícios 17.65) Os passageiros, a gôndola e a estrutura de balanço ilustrados abaixo têm uma massa total de 50 Mg (ton.), com centro de massa em G e raio de giração k B 3,5 m . Adicionalmente, o bloco de aço de 3 Mg (ton.) em A pode ser considerado como um ponto de massa concentrada. Determine o ângulo θ até o qual a gôndola vai oscilar antes que ela pare momentaneamente, sabendo que, no ponto mais baixo de sua trajetória, ela tem angular ω = 1 rad/s. velocidade Solução: O momento de inércia de massa da gôndola e do bloco de aço (que age como um contrapeso) em torno do ponto B é dado por I B m g k B2 m b rb2 50000.(3,5) 2 3000.(3) 2 639500 kg.m 2 Considerando a equação do momento em torno do ponto B, tem-se que (ah) M B I B 3000.(9,81).3sen 50000.(9,81).5sen 639500 3,697sen rad/s 2 0 Como d d d 3,697send 1 0 30,1 17.110) O navio ilustrado na figura ao lado tem massa de 2x106 kg e centro de gravidade em G. Dois rebocadores de peso desprezável são usados para girá-lo. Se cada rebocador empurra o navio com uma força T = 10 kN, determine a aceleração inicial de seu centro de gravidade G e sua aceleração angular. Seu raio de giração em relação a G é kG = 37,5 m. Desprezar a resistência da água. Solução: O momento de inércia de massa do navio em torno de seu centro de massa é 2 IG mk G2 2x106 37,5 2,81x109 kg.m 2 A partir do diagrama de corpo livre, mostrado ao lado, têm-se as seguintes equações de movimento; Fy m a G y 10000 10000 2x106 a a 0 m / s 2 (ah) M G IG 10000(30) 10000(60) 2,81x109 3, 20x104 rad/s 2 Capítulo 18 - Exercícios 18.5) O teste de impacto de Charpy é usado nas características avaliações de absorção das de energia de um material durante um impacto. O pêndulo da máquina de impacto Charpy, ilustrado ao lado, possui massa de 50 kg e raio de giração kA = 1,75 m. Se ele é solto do repouso, em θ = 0°, determine sua velocidade angular imediatamente antes dele atingir o corpo de prova S, em que θ = 90°. Solução: Pode-se aplicar, nesse caso, o princípio da conservação de energia, tomando a linha de referência, para a energia potencial gravitacional, no ponto de partida, quando θ = 0°. Assim sendo, T1 V1 T2 V2 1 0 0 I A 22 mgh 2 1 2 2 50(1,75) 2 (50).(9,81).(1, 25) 2 2 2,83 rad/s 18.6) Dois rebocadores exercem, cada um, uma força constante F sobre o navio da figura ao lado. Essas forças são sempre perpendiculares à linha de centro do navio. Se o navio tem massa m e raio de giração k G em torno de seu centro de massa G, determine a velocidade angular do navio após ele girar 90°. O navio está originalmente em repouso. Solução: Os dois rebocadores criam um momento M = F.d para girar o navio ao longo do deslocamento angular 2 radianos. 2 O momento de inércia de massa em torno de G é IG mk G . Pelo princípio do trabalho e energia, tem-se, então, que T1 U12 T2 1 0 M. IG 2 2 1 0 F.d mk G2 2 2 2 1 kG Fd m 18.50) O painel da porta retangular uniforme ilustrada abaixo tem uma massa de 25 kg e é mantido em equilíbrio acima da horizontal, na posição 60 pela barra BC. Determine a rigidez da mola torcional A, necessária para que a velocidade angular da porta se torne zero quando ela atingir a posição fechada, em 0 , depois da barra ser removida. Ressalta-se que a mola não está deformada quando 60 . Solução: No tocante à energia potencial, tem-se, como esboçado na figura ao lado, que a energia potencial gravitacional da porta nas posições 1 e 2 é (Vg )1 P.(yG )1 25.(9,81).0,6sen60 127, 4 J (Vg )2 P.(yG ) 2 25.(9,81).0 0 J Como a mola, inicialmente, não está deformada, tem-se que a energia potencial elástica (Ve )1 0 J . Após o giro de 60( 3) , a energia potencial elástica é 2 1 2 1 2 (Ve ) 2 k k kJ 2 2 3 18 Solução (cont.): Portanto, a energia potencial total, nos instantes 1 e 2, é V1 (Vg )1 (Ve )1 127, 4 0 127, 4 J 2 2 V2 (Vg ) 2 (Ve ) 2 0 k kJ 18 18 Quanto à energia cinética, tem-se que a porta está em repouso na posição 1 e requer-se que ela pare quando a posição 2 for alcançada. Ou seja, T1 T2 0 Assim sendo, pelo princípio da conservação de energia, resulta que 2 T1 V1 T2 V2 0 127, 4 0 k 18 k 232 N.m/rad Capítulo 19 – Exemplo e Exercícios 19.5) O teste de impacto de Charpy visa avaliar as características de absorção de energia de um material durante um impacto. Para tanto, usa-se o pêndulo ilustrado na figura ao lado, que tem massa m, centro de massa em G e raio de giração kG. A colisão com o corpo de prova S deve ocorrer no ponto P, de forma tal que a força horizontal no pino A seja quase nula. Supondo que o corpo de prova absorva toda a energia cinética que o pêndulo adquire durante a queda, de modo que ele pare na posição θ = 0°, determinar a distância rP de P até A. Solução: – Diagrama de corpo livre. Como mostrado no diagrama de corpo livre da figura ao lado, as condições do problema exigem que o impulso horizontal em A seja aproximadamente zero. Imediatamente antes da colisão, o pêndulo terá velocidade angular 1, correspondente a um movimento no sentido horário, com o centro de massa se movendo para a esquerda com velocidade escalar v G 1 r1. Solução (cont.): – Princípios de impulso e quantidade de movimento lineares e de impulso e quantidade de movimento angulares. Aplicando os princípios de impulsos e quantidades de movimento, logo antes e logo depois da colisão, tendo como referência o ponto A, tem-se que I A 1 M A dt I A 2 m vG 1 Fdt m vG 2 (1) m r1 Fdt 0 De (1), tem-se que o impulso (2) IA 1 Fdt Fdt r P é igual a m r1 . Substituindo em (2) e 2 mr 2 , decorre que considerando que I A mk G 0 mk G2 mr 2 1 m r1 rP 0 (3) Solução (cont.): Eliminando m1 na equação (3), obtém-se rrP k G2 r 2 (3) donde resulta, para rP , que k G2 rP r r (4) O ponto P, onde ocorre a colisão com o corpo de prova, de forma que a força horizontal no pino A é essencialmente nula, é denominado centro de percussão. Localizando-se o ponto de impacto em P, a força no pino é, portanto, minimizada. Nos esportes, muitas raquetes, tacos e outros instrumentos são desenvolvidos de modo que a colisão com o objeto a ser rebatido ocorra no centro de percussão. Consequentemente, nenhum ‘golpe’ ou desconforto é sentido pelo jogador. 19.38) O corpo do satélite C, ilustrado abaixo, tem massa de 200 kg e raio de giração em torno do eixo z de k z 0, 2 m . Se o satélite gira em torno do eixo z com velocidade angular igual a 5 rev/s, quando os paineis solares estão na posição 0 , determinar a velocidade angular do satélite quando os paineis solares são girados para a posição 90 . Considerar cada painel solar como uma placa fina, tendo massa igual a 30 kg. Desprezar as massas das hastes entre paineis e corpo do satélite. Solução: Em 0 e 90 , os momentos de inércia de massa do satélite são 1 (I z )1 200 0, 22 2 (30) 0,52 0, 42 30 0,752 43,8 kg.m 2 12 1 (I z ) 2 200 0, 22 2 (30) 0,52 30 0,752 43 kg.m 2 12 Então, pela conservação da quantidade de movimento angular, tem-se que (H z )1 (H z ) 2 (I z )1 1 (I z ) 2 2 43,8(5) 432 2 = 5,09 rev/s 19.14) O disco mostrado na figura abaixo tem massa igual a 12 kg e velocidade angular ω = 20 rad/s. Se o freio ABC é aplicado de forma tal que a intensidade da força P varia com tempo como mostrado graficamente na figura, determine o tempo necessário para parar o disco. O coeficiente de atrito cinético em B é c 0,4 . Despreze a espessura do freio. Solução: Como há deslizamento no ponto B, a força de atrito é Fa c N B 0, 4N B . Do diagrama de corpo livre (a), mostrado ao lado, nota-se que a força normal NB pode ser obtida pela equação do momento em torno do ponto A, de modo que (ah) M A 0 N B (0,5) 0, 4N B (0, 4) P(1) 0 N B 2,94P e Fa 1,18P . O momento de inércia de massa do disco em torno de seu centro de massa O é 1 2 1 IO mr (12)(0, 2) 2 0, 24 kg.m 2 . 2 2 Solução (cont.): Pelo princípio do impulso e quantidade de movimento angulares, com o auxílio do diagrama de corpo livre (b), apresentado ao lado, decorre que t2 IO 1 M O dt IO 2 t1 t 0, 24(20) 1,18 Pdt (0, 2) 0 (1) 0 Ocorre que a integral acima é a área sob a curva no gráfico P x t. Assumindo, então, que t > 2s, então, 1 Pdt (5)(2) 5(t 2) (5t 5) N.s (2) 0 2 t Solução (cont.): Substituindo (2) em (1), tem-se que 0, 24(20) 1,18 5t 5 (0, 2) 0 t 5,07 s .