Paciente com febre de início súbito maior que 38,5ºC e artralgia ou

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Nota Técnica
Monitoramento dos casos de Febre de
Chikungunya no Ceará
14/08/15
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OTA TÉCNICA SESA /Nº 01/2015
1. Cenário Nacional da Febre de Chikungunya
No Brasil, em 2014, entre as semanas epidemiológicas (SE) 37 e 53, foram notificados 3.657 casos autóctones suspeitos de
Febre de Chikungunya em oito municípios, pertencentes aos estados da Bahia, Amapá, Roraima, Mato Grosso do Sul, e ao
Distrito Federal. Também foram registrados casos importados confirmados por laboratório, nas seguintes Unidades da
Federação: Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul
e São Paulo. Em 2015, até a SE 28, foram notificados 9.022 casos autóctones suspeitos de Febre de Chikungunya. Destes,
3.546 foram confirmados, sendo 119 por critério laboratorial e 3.427 por critério clínico-epidemiológico; 5.201continuam
em investigação (Tabela 1).
Tabela 1 - Municípios com registros de casos autóctones de febre de chikungunya até a SE 28, Brasil, 2015.
Fonte: Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde (atualizado em 24/07/2015).
Dados sujeitos a alteração.
2. Cenário da Febre de Chikungunya no Ceará
No Ceará, em 2014, entre as SE 27 e 53 foram notificados 23 casos suspeitos de Febre de Chikungunya, destes 17 foram
descartados e seis confirmados, todos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença,
República Dominicana, Suriname e Taiti, registrados nos municípios de Fortaleza (4), Brejo Santo (1) e Aracoiaba (1). Em
2015, até a SE 32, foram notificados 515 casos suspeitos, destes 511 descartados e 4 confirmados, 3 importados do
Oiapoque e 1 da República Dominicana, registrados nos municípios de Fortaleza (2) e Aracati (2) (Figura 1).
Definição de caso suspeito de Febre de Chikungunya
Paciente com febre de início súbito maior que 38,5ºC e artralgia ou com artrite intensa de início
agudo, não explicado por outras condições, sendo residente ou tendo visitado áreas endêmicas ou
epidêmicas até duas semanas antes de início dos sintomas ou que tenha vínculo epidemiológico com
caso confirmado.
Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde / Núcleo de Vigilância Epidemiológica / SESA/Ce – Av. Almirante Barroso, 600 – Praia de
Iracema - Fortaleza – CEP: 60.060-440 – Fone: (85) 31015214 / 5215 – FAX: (85) 31015197 – homepage: www.saude.ce.gov.br [email protected]
Nota Técnica
Monitoramento dos casos de Febre de
Chikungunya no Ceará
14/08/15
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Figura 1 – Distribuição dos casos importados de Febre de Chikungunya, por municípios de notificação, Ceará, 2014 e 2015.
ALERTA
Diante da circulação do vírus da dengue no Ceará, da infestação do Aedes Aegypti em quase todos os municípios do
estado e do fluxo intenso de turistas procedentes de áreas com transmissão, o Estado apresenta o risco de introdução e
circulação viral. Alertamos aos estabelecimentos de saúde, Portos e Aeroportos para o aparecimento de casos suspeitos
de Febre de Chikungunya, a fim de desencadear as ações necessárias de investigação epidemiológica e controle vetorial
de forma oportuna evitando a disseminação da doença.
3. Recomendações frente a um caso suspeito de Febre de Chikungunya
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Todo caso suspeito de Febre de Chikungunya deve ser notificado imediatamente ao serviço de vigilância
epidemiológica municipal e estadual, em até 24 horas do atendimento.
A notificação de caso suspeito no estado do Ceará será através da CENTRAL/CIEVS pelo e-mail:
[email protected] ou telefones: 085-31015214/ 5215/ 4860 de segunda a sexta-feira, finais de semana e
feriados, das 7 às 17 horas.
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por meio de técnicas moleculares (PCR) e testes sorológicos
(titulação IgM), sendo necessário considerar o tempo de evolução da doença. Amostras coletadas do primeiro ao
oitavo dia de início de sintomas podem ser encaminhadas para as provas moleculares e sorológicas. A partir do
oitavo dia de início de sintomas, devem-se encaminhar as amostras somente para testes sorológicos.
Por se tratar de um evento potencialmente epidêmico, uma vez identificada a circulação do vírus em uma
determinada localidade, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde recomenda
que os demais casos sejam confirmados pelo critério clínico-epidemiológico.
Para evitar a ocorrência de casos graves, a equipe de saúde precisa estar atenta para as descompensações das
doenças de base preexistentes e monitoramento constante dos grupos de risco. Também alguns casos podem
evoluir para a fase crônica da doença e necessitarão de acompanhamento em longo prazo.
O manejo do paciente com suspeita de chikungunya é diferenciado de acordo com a fase da doença: aguda,
subaguda ou crônica. Diante de um caso suspeito, é importante utilizar a proposta de estadiamento clínico do
fluxograma do paciente com suspeita de chikungunya, recomendada pelo Ministério da Saúde, disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/fevereiro/19/febre-de-chikungunya-manejo-clinico.pdf
Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde / Núcleo de Vigilância Epidemiológica / SESA/Ce – Av. Almirante Barroso, 600 – Praia de
Iracema - Fortaleza – CEP: 60.060-440 – Fone: (85) 31015214 / 5215 – FAX: (85) 31015197 – homepage: www.saude.ce.gov.br [email protected]
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