Manejo clínico da febre de chikungunya: um estudo de caso Milena M. Melo1; Maira D. C. Miranda2; Ana K. B. Costa3; Débora P. Pinheiro3; Patrícia F. Solano3; Marília A. Furtado3; Pedro J. de Almeida3 1. Acadêmica de Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Rua Justiniano de Serpa, 462, apto 101. CEP: 60.011-110. Fortaleza, Ceará, Brasil. E-mail: 2. [email protected] Enfermeira. Professora Associada ao Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará. Rua Alexandre Baraúna, 1115. CEP: 60.430-160. Fortaleza, Ceará, Brasil. 3. Discente de Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. Rua Alexandre Baraúna, 1115. CEP: 60.430-160. Fortaleza, Ceará, Brasil. A febre de chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV). A viremia persiste por até dez dias após o surgimento das manifestações clínicas. A transmissão ocorre pela picada de fêmeas dos mosquitos Aedes Aegypti. Os sinais e os sintomas são clinicamente parecidos com os da dengue – febre de início agudo, dores articulares e musculares, cefaleia, náusea, fadiga e exantema. A principal manifestação clínica que as difere são as fortes dores nas articulações. Embora o chikungunya não seja uma doença de alta letalidade, tem caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, tendo como consequência a redução da produtividade e da qualidade de vida. Nesse caso, faz-se necessário o adequado manejo dessa enfermidade. Objetivou-se descrever a evolução clínica de um paciente com diagnóstico de febre de chikungunya. Trata-se de um estudo de caso realizado no período de junho de 2016, na unidade de referência em Doenças Infecciosas de Fortaleza-Ceará, sendo realizado através de histórico e prontuário. Paciente admitido na instituição dia 19/06/2016 apresentando poliartralgia, febre, cefaleia, edema, deambulação prejudicada, TGO e TGP aumentadas. Tratamento do quadro incluiu aplicação de compressa de gelo nas articulações mais doloridas 4 vezes ao dia, dipirona, codeína posteriormente substituída por ibuprofeno, tramadol quando dor forte. Após 10 dias de internação, paciente recebeu alta sem edema nas articulações, afebril, ausência de dor em articulações de membros superiores, dor leve em membros inferiores ao deambular. Casos graves de Chikungunya estão sendo atendidos com necessidade de internação para tratamento sintomático devido às dores de grande intensidade em múltiplas articulações causando incapacidade temporária de locomoção desses pacientes de diferentes faixas etárias, cujo seguimento dos mesmos deve ser feito pós alta, uma vez que o tempo de recuperação total dos sintomas pode durar vários meses com possibilidade de alterações articulares de longo prazo. Palavras-chaves: Febre de chikungunya, Manejo clínico, dor.