ENSAIO DE TRAÇÃO (aula 1) ABNT NBR ISO 6892-1:2013 - ASTM E8/E8M - 13 Em um ensaio de tração, um corpo de prova é submetido a um esforço que tende a alongá-lo ou esticá-lo até à ruptura. Geralmente, o ensaio é realizado num corpo de prova de formas e dimensões padronizadas, para que os resultados obtidos possam ser comparados ou, se necessário, reproduzidos. Este é fixado numa máquina de ensaios que aplica esforços crescentes na sua direção axial, sendo medidas as deformações correspondentes. Os esforços ou cargas são mensurados na própria máquina, e, normalmente, o ensaio ocorre até a ruptura do material (ensaio destrutivo). Tensão - σ = F / Ao Onde, temos que: F = Força aplicada (Kgf ou N ) Ao = Área da seção transversal do corpo (antes da aplicação da carga) Unidades Kgf/mm2 ou MPa (106 N/m2 ) 1Kgf/mm2 = 10 MPa Deformação: Já a deformação sofrida pelo Cp pode ser calculada em função do alongamento sofrido durante o ensaio. ε = (L f- Lo) / Lo Lf= Comprimento final Lo=Comprimento inicial Unidade: adimensional, ou % se multiplicar na fórmula por 100. Resultado típico do ensaio de tração: Gráfico da esquerda: Diversas pontos importantes do resultado do ensaio de tração com patamar de escoamento. Gráfico da direita: Critério mais usual para determinar a tensão de escoamento em curvas que não apresentem patamar de escoamento. Valor da tensão de escoamento usando o critério 900 N/mm2 (MPa). As deformações elásticas não são permanentes, ou seja, quando a carga é removida, o corpo retorna ao seu formato original. Acima de uma certa tensão, os materiais começam a se deformar plasticamente, ou seja, ocorrem deformações permanentes. O ponto no qual estas deformações permanentes começam a se tornar significativas é chamado de limite de escoamento (força ou tensão de escoamento). Para metais e ligas que não apresentem patamar de escoamento nítido ( Só os aços de baixo e médio carbono apresentam esse patamar) ) é difícil determinar a tensão ou força de escoamento precisamente. Como consequência, criou-se uma convenção na qual é construída uma linha reta paralela à porção elástica, passando pela deformação de 0,2% (0,002 adimensional) da deformação total na abscissa. A tensão correspondente à intersecção desta linha com a curva tensãodeformação é o limite de escoamento. Gráfico da direita acima mostra o emprego desse critério. Durante a deformação plástica, a tensão necessária para continuar a deformar um metal aumenta até um ponto máximo, chamado de limite de resistência à tração, no qual a tensão atinge o valor máximo na curva tensão-deformação de engenharia. Isto corresponde à maior tensão que o material pode resistir; se esta tensão for aplicada e mantida, o resultado será a fratura. Toda a deformação até este ponto é uniforme na seção. No entanto, após este ponto, começa a se formar uma estricção, na qual toda a deformação subsequente está confinada e, é nesta região que ocorrerá ruptura. A tensão que corresponde à fratura é chamada de limite de ruptura. Observando o eixo das abscissas determina-se uma propriedade chamada DUTILIDADE que é a capacidade de um material sofrer deformação plástica antes de romper. Para materiais muito dúteis pode-se usar 0,05 (5%) e não 0,002 (0,2%) que é o valor usual Tipos de rupturas: Fratura tipo TAÇA E CONE Fratura reta sem deformação (ou pouca deformação) plástica visível. a) Dútil b) Frágil Características geométricas dos corpos de prova para respeitarem a norma do ensaio: 1- Lo = 5 do 2 - Raio de curvatura entre a parte espessa e a zona útil, deve ser no mínimo igual ao diâmetro da parte útil Materiais que serão realizados ensaios de tração: AÇO SAE 1020 (AÇO COMUM AO CARBONO COM 0,2% DE CARBONO – BAIXO CARBONO) AÇO SAE 1045 (AÇO COMUM AO CARBONO COM 0,45% DE CARBONO- MÉDIO CARBONO) AÇO SAE 1045 TEMPERADO E REVENIDO (AÇO COMUM AO CARBONO COM 0,45% DE CARBONO- MÉDIO CARBONO, ONDE FOI REALIZADO UM AQUECIMENTO A 850ºC E RESFRIADO EM ÁGUA – TÊMPERA SEGUIDO DE UM REAQUECIMENTO A 350ºC- REVENIDO )