No Brasil, a “era Lula” - GAUSS Pré

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• No Brasil, a “era Lula” trouxe avanços na
área social e escândalos políticos. Ela
terminou com a eleição de Dilma
Rousseff, a primeira mulher a ocupar o
cargo de presidente no país.
• O ano de 2010 trouxe fatos inéditos e
velhos dilemas que irão influenciar nossas
vidas nos próximos. No Brasil, a "era Lula"
termina com a eleição de Dilma Rousseff.
A primeira mulher a ocupar o cargo de
presidente no país conseguiu se eleger
graças à popularidade de Lula. No
entanto, ela enfrentará problemas
deixados pela gestão anterior.
• 2010 também foi o ano em que o Brasil
perdeu a Copa do Mundo e ganhou outra
batalha, esta contra o tráfico, com a
ocupação do Complexo do Alemão pela
polícia carioca.
• No mundo, vimos o poder dos Estados
Unidos “encolher” diante os reflexos da
crise econômica de 2008, e a China
conquistar o segundo lugar na economia
mundial. Dois rebeldes, porém, roubaram
a cena: o dissidente chinês Liu Xiaobo,
que ganhou o Nobel da Paz (mas, preso,
não pode receber), e o ex-hacker Julian
Assange, cujo site, o Wikileaks, divulgou
milhares de documentos secretos da
diplomacia norte-americana.
• O mundo também se emocionou com o
terremoto que devastou o Haiti, país mais
pobre do continente, e o resgate de 33
mineiros no Chile, que escaparam da
morte para virar celebridades
• Os oito anos do governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, que deixa o
cargo dia 1º de janeiro, tiveram duas
principais características: crescimento
econômico com redução da pobreza e
escândalos políticos que abalaram o PT.
1
•
O presidente termina o mandato com 83%
de aprovação popular (o maior patamar
desde o fim da ditadura) e a eleição de
sua sucessora, Dilma Rousseff.
• Na economia, o maior mérito foi a
manutenção do Plano Real, que permitiu a
estabilidade econômica. O PIB (Produto
Interno Bruto), teve um crescimento médio
anual de 4,0% nos dois mandatos.
Programas sociais como o Bolsa Família,
a expansão do crédito e o aumento de
empregos formais e do salário mínimo
melhoraram a vida das classes mais
pobres.
• O pior aspecto do governo petista foram
os sucessivos escândalos políticos. O
“mensalão”, em 2005, foi um divisor de
águas. O esquema envolvia o pagamento
de propinas a parlamentares em troca de
apoio ao governo em votações no
Congresso. As denúncias derrubaram o
principal ministro de Lula, José Dirceu
(Casa Civil), e toda a cúpula do PT.
• O dissidente chinês Liu Xiaobo foi
condecorado com o prêmio Nobel da Paz. A
premiação irritou a China, que não permitiu
que nenhum representante do ativista fosse
receber o prêmio em seu lugar na cerimônia
em Oslo, na Noruega. Foi a primeira vez que
isso aconteceu em 75 anos.
• Xiaobo foi condenado a 11 anos de prisão por
manifestações em prol da democracia e dos
direitos humanos. Ele está preso em Pequim.
Sua mulher, também dissidente, cumpre prisão
domiciliar.
• A reação do governo chinês ocorreu de
duas maneiras. Externamente, usou a
diplomacia para tentar boicotar a
cerimônia – aderiram, entre outros,
Rússia, Cuba e Venezuela. Internamente,
bloqueou sites de notícias, interrompeu a
transmissão do evento, reprimiu
simpatizantes e criou seu próprio prêmio,
o Confúcio da Paz.
A China é hoje a segunda economia do mundo
e um dos poucos regimes comunistas
remanescentes do século 20. Xiaobo ficou
conhecido depois do massacre da Praça da Paz
Celestial em 1989, em que aderiu à greve
estudantil, e por ser o principal autor da “Carta
8”, documento que pede reformas políticas em
seu país.
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• É o segundo ano consecutivo em que o
Nobel da Paz gera polêmicas. No ano
passado, o laureado foi o presidente
norte-americano Barack Obama, mesmo
com os Estados Unidos envolvidos em
duas guerras, no Iraque e no Afeganistão.
• A polícia com o apoio das Forças Armadas
ocupou na manhã do último domingo (28 de
novembro) o Complexo do Alemão, um
conjunto de favelas controladas por
traficantes no Rio de Janeiro.
A operação marcou o início de uma nova
estratégia do governo de recuperar áreas
dominadas pelo crime organizado. O objetivo,
não declarado, é tornar a cidade mais segura
para receber a Copa do Mundo de 2014 e as
Olimpíadas de 2016.
• Os traficantes se instalaram há três
décadas nos morros cariocas,
beneficiados pelo descaso do governo. O
Comando Vermelho, facção criminosa que
dominava o Complexo do Alemão, surgiu
nos anos 1970 em presídios cariocas. O
governo agora deve estender as
ocupações para outras favelas, inclusive
aquelas dominadas por milícias – grupos
paramilitares formados por policiais.
INVASÃO NO RIO
• A ofensiva começou após uma série de
atentados ocorridos desde 21 de novembro.
Vândalos queimaram 106 veículos em
retaliação contra a instalação de UPPs
(Unidades de Polícia Pacificadora) em 13
comunidades. As UPPs consistem em postos
permanentes da Polícia Militar em favelas que
antes eram domínios do tráfico e de milícias.
Foram mobilizados cerca de 2.600 policiais e
integrantes das Forças Armadas, além de
veículos blindados da Marinha.
CÓLERA NO HAITI
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• Uma epidemia de cólera matou, até agora, 1.110
pessoas no Haiti. De acordo com o governo, 18,3
mil haitianos foram hospitalizados com sintomas da
doença desde outubro.
• Desde então, 1,3 milhão de sobreviventes vivem em
condições precárias em acampamentos improvisados. A
falta de saneamento básico e de água potável contribuiu
para que a doença se espalhasse rapidamente.
O caos na saúde pública provocou protestos que
deixaram três mortos na capital, Porto Príncipe, a
poucas semanas das eleições presidenciais e
legislativas (marcadas para 28 de novembro).
Cólera é uma infecção diarreica aguda, causada pela
exposição ou ingestão de comida e água contaminadas
pela bactéria Vibrio cholerae. Os sintomas são febre,
diarreia e vômitos, causando desidratação. O tratamento
é feito com reidratação e antibióticos.
O Haiti é um dos mais pobres do mundo. A situação
do país se agravou com um terremoto de grau 7 na
escala Richter que devastou Porto Príncipe, em 12
de janeiro. O tremor deixou 250 mil mortos e afetou
um terço da população.
Em todo o mundo, estima-se que, por ano, haja de 3 a 5
milhões de contaminados e de 100 a 120 mil mortes.
Países pobres e em guerra são focos constantes da
moléstia desde o século 19, quando foram
documentados os primeiros casos na Índia.
O G20
• O G20, grupos das vinte maiores economias
do mundo, se reúne entre os dias 10 e 12 de
novembro, sem Seul, capital da Coreia do
Sul. O principal assunto discutido no encontro
será a chamada "guerra cambial".
"Guerra cambial" é um conjunto de medidas
econômicas adotada por governos para
desvalorizar suas moedas. O objetivo é gerar
competitividade de seus produtos no
mercado internacional, estimulando as
exportações.
• Os dois maiores protagonistas da disputa são Estados
Unidos e China - as duas maiores economias do
planeta. A China mantém o câmbio fixo. Isso significa
que é o governo que controla a cotação da moeda local,
o yuan, frente ao dólar. Na maioria dos países, vigora o
câmbio livre, em que a cotação é ditada por operações
do mercado financeiro.
Já os Estados Unidos, para enfrentar a crise e a
concorrência chinesa, colocaram mais dinheiro em
circulação. Com isso, o dólar ficou desvalorizado diante
das outras moedas. É como se os supermercados
fossem abarrotados de um determinado produto,
fazendo com que seu preço caísse.
• A queda do dólar provoca prejuízos aos demais
países, principalmente os emergentes, como o
Brasil, que têm uma economia estável.
A desvalorização da moeda americana afeta
tanto o mercado externo, pois os produtos
nacionais ficam mais caros, quanto o mercado
interno, uma vez que fica mais barato importar
produtos estrangeiros.
A reunião do G20 vai negociar soluções para
evitar que a desvalorização do dólar continue
afetando economias.
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