volume i - SEED - Estado do Paraná

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ISBN 978-85-8015-054-4
Cadernos PDE
VOLUME I
Versão Online
2009
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS
DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
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COMO A MÚSICA NA ESCOLA PODERIA INTERFERIR NA
MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM DE UMA LE? A
música como motivação no ensino de inglês
José Dirceu Silveira1
Caroline de Araújo P. Hagemeyer2
RESUMO:
O principal objetivo deste Artigo é realçar que a música na escola motiva
o aluno a adquirir o conhecimento que lhe é proposto, de forma prazerosa e
divertida, tornando-o mais envolvido, participativo e comprometido socialmente.
Durante as 15 (quinze) aulas utilizadas para a aplicação das atividades
de 5 (cinco) músicas propostas, houve total participação e a aceitação pelo
ensino da Língua Inglesa com música, que ficou evidenciado nas respostas do
questionário aplicado ao final do projeto.
Embora a difusão musical esteja bastante diversificada atualmente,
percebeu-se que as letras escolhidas para esse trabalho, foram muito bem
aceitas pela turma onde o Projeto foi desenvolvido, uma vez que abordaram
temas reais e pertinentes.
Assim sendo, busca-se com esse trabalho utilizando-se da música em
sala, subsídios para a prática docente na área de Língua Inglesa e poderá
também servir de sugestão para outros professores de outras áreas do
conhecimento.
Palavras-chave:
Motivação. Música. Inglês. Ensino.
_____ 1 Professor graduado pela Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) e Especialista em Língua Portuguesa pela
Fafijan (Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Jandaia do Sul). Professor de Língua Inglesa da rede pública estadual de ensino
do Paraná e participante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) – turma 2009. E-mail: [email protected]
_______ 2 Professora Orientadora. Graduada pela Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste) e Especialista em Língua
Inglesa pela Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste). Mestre pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
Professor de Língua Inglesa da rede pública estadual de ensino do Paraná e da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste)
em Guarapuava – Paraná.
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ABSTRACT:
The main purpose of this article is to highlight how the use of music in the
classroom can motivate the students to learn in an enjoyable and funny way,
becoming more involved, participant and socially engaged.
During the fifteen (15) classes used to implement the activities of five (5)
proposed songs, there was plenty participation and the acceptance by the
teaching (in the case of the English) with music, which was evidenced in the
responses of the questionnaire applied at the end of the project.
Although music diffusion is much diversified nowadays, it was noticed
that lyrics chosen for this work have been very well accepted by the class where
the project was developed as it deals with detached and relevant issues.
Therefore, it is intended with this investigation subsidies to the teaching
of English with music, which can also provide suggestion to teachers of other
areas of knowledge.
KEYWORDS: Motivation. Music. English. Teaching.
1. INTRODUÇÃO:
O trabalho do professor muitas vezes se torna desalentador e até inócuo,
principalmente quando se percebe que todas as tentativas de se ensinar um
conteúdo se tornam insignificantes àqueles que mais deveriam se interessar
pelo assunto. Muitas vezes até sabem da importância de se aprender o idioma,
da sua funcionalidade, mas não têm motivação ou não são motivados
suficientemente para permanecerem no curso e adquirir conhecimento.
Há momentos em qualquer profissão e para qualquer profissional que é
preciso parar, refletir, repensar, avaliar, recalcular e, não raramente, mudar o
curso, a direção para extrair esse combustível necessário a toda caminhada: A
motivação.
É preciso buscar forças, readquirir o ânimo, a auto-estima, até que essa
motivação seja encontrada e um dos caminhos sugeridos é a música. A música
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relaxa, distrai e acalma, encanta, concentra e atrai, e, está aí ao alcance de
todos. Na sua variedade e diversidade a música é sempre atual e seu gênero
traz sempre uma inovação para a prática docente, permitindo-se que seja
abandonada de vez aquela prática repetitiva e insalubre que afasta e até
marginaliza o estudante.
O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), ofertado pela SEED,
proporciona aos educadores paranaenses essa oportunidade de voltar às
Universidades, perfazendo ou até refazendo o caminho para o resgate de uma
educação mais comprometida e voltada aos anseios da comunidade como um
todo e uma das etapas desse Programa é o GTR (Grupo de Trabalho em
Rede), onde os Professores do Paraná inscritos nesse curso puderam
participar on line e além de estarem sendo certificados para sua formação
continuada, colaboraram com seus relatos de experiências, realização de
tarefas, compartilhamento de ideias e sugestões para o bom desenvolvimento
desse Projeto. Percebeu-se muita animação e entusiasmo entre os professores
participantes, conforme o relato de alguns depoimentos como os que se
seguem:
1.
“Adorei o Projeto como os demais colegas. (...) A música na educação é
comprovadamente um dos melhores métodos de aprendizagem (...).
Parabéns pelo trabalho, você transformou suas aulas num momento de
aprendizado lúdico, dinâmico, motivador e significativo para os alunos”
(Professora Vivian Simone Urban – participante do grupo)
2.
“Este GTR deixou-me mais motivada para trabalhar com música, algo
que os alunos gostam muito...” (Professora Silvana Bilinski – participante
do grupo).
3.
“Tivemos vários momentos durante esse grupo de trabalho e podemos
dizer que crescemos conforme íamos terminando cada unidade...”
(Professora Soeli B. Pantano– Participante do grupo).
Com todo esse apoio e tentando encontrar na música uma maneira de
motivar o estudante, desenvolveu-se no Colégio Estadual Antonio Dorigon –
EFMP, na cidade de Pitanga no Estado do Paraná, em cumprimento de uma
das tarefas desse Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), o
Projeto: A Música como Motivação no Ensino de Língua Inglesa, baseados em
pesquisadores como Dörney, Murphey, Tapia, Shütz, entre outros.
Para o desenvolvimento desse trabalho foram selecionadas (5) músicas
bastante interessantes, com temas bem atuais e sugestivos e aplicados numa
turma de 3º ano, através do Projeto de Implementação na Escola, no
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estabelecimento supra mencionado. Ao final desse projeto, distribuiu-se um
questionário individual com 16 questões onde os alunos puderam opinar
livremente com relação à música e sua influência no cotidiano de cada um.
(Veja o Quadro demonstrativo das respostas ao questionário dessa
pesquisa nos Anexos na página 17)
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA (REVISÃO DA LITERATURA)
2.1 Motivação
A motivação no ensino é algo que deve atrair o aluno do início ao fim da
aula, do início ao fim do ano, e assim por diante. Mas o que fazer para manter
essa motivação? “Não se pode esperar que todos os alunos queiram estudar e
se interessem, pois muitos acham a escola chata e a frequentam por
obrigação.” Afirma o Professor de Psicologia Educacional da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (USP), Antonio Santos.
E como fica o papel do professor nessa questão da “escola chata?”
Afinal ele também é vítima ou é vilão nessa problemática? Quando se diz
“escola” o professor também não está inserido?
TAPIA (2006:38-58) descreve a “ponte” que o professor deve construir
desde o início da aula até a avaliação da aprendizagem. E afirma que algo que
o professor deve conseguir no começo da aula, como condição necessária
para motivar seus alunos, é atrair sua atenção, despertando sua curiosidade e
interesse (grifo meu), pois uma aula totalmente expositiva é completamente
diferente de uma aula demonstrativa.
Questiona e exemplifica: ao invés de falar das características da
atmosfera, como a pressão atmosférica, não seria mais motivador observar o
que acontece quando enchem um copo de água, tapam-no com a mão, viramno, introduzem-no rapidamente em outro recipiente com água e observam que
o copo não se esvazia (...). Experiências novas e inesperadas, capazes de
despertar a curiosidade dos alunos. E a diferença entre a curiosidade e o
interesse persiste em manter a atenção centrada em algo. O interesse consiste
em compreender a relação em ter as ideias, que se apresentam sempre com
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imagens concretas, o que permite ao aluno fazer a conexão entre elas.
Resumindo, não é algo que ele já conhece, mas que apreende quando faz a
relação com a informação e assimilação.
Ao professor cabe, além da preocupação com a curiosidade e o
interesse do aluno, atentar para a importância dos conteúdos, que é o que
mantêm ou dispersa a sua atenção. Todo aluno enfrenta a atividade escolar
com uma pergunta implícita ou explícita: “Para que necessito saber isto?”
Buscando assim o significado instrumental ou de meta da tarefa. Organizar
bem as atividades tem repercussões importantes na motivação. É preciso que
haja autonomia para que uma pessoa possa realizar uma tarefa de mudança
de comportamento, por exemplo, além de ser uma sugestão externa, ela
também a assuma como algo que escolheu de forma autônoma e voluntária.
Isso também é válido com relação aos alunos, porque se essa condição não
ocorre, podem rejeitar a atividade escolar e não progredir em sua
aprendizagem. A aceitação da atividade escolar como algo positivo e desejável
se vê facilitada ou dificultada dependendo da forma como os professores a
apresentam.
O autor cita também a importância da interação dos alunos, promovendo
a cooperação entre eles, evitando-se a competição e a interação entre o
professor e os alunos. Segundo ele, essa interação, é um dos fatores
contextuais que mais contribuem para definir a motivação dos alunos e, a
mensagem dada pelo professor facilita ou dificulta a aprendizagem. Para se
realizar uma tarefa é preciso atentar para a mensagem dada pelo professor
antes da realização da tarefa, durante a realização e após a realização.
Outro fator, talvez o mais importante dos fatores contextuais que
condicionam a motivação ou a desmotivação é a Avaliação da aprendizagem.
Há aqui sempre um mito a ser entendido; um tabu a ser quebrado!
(comentário e grifo meu). Tapia afirma com esse termo que a avaliação da
aprendizagem é um momento, que dependendo do que o professor diga ou
não, faz com que esse processo afete de modo positivo ou negativo a
motivação.
Está, portanto, claro que a motivação para a aprendizagem tem no
professor um fiel aliado. E é ele, o próprio professor quem deve ser o carro-
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chefe nessa tarefa. Deve ser o líder e incentivador do grupo. Dörney (2001: p.
34) em sua obra Motivational strategies in the languages classroom, afirma que
na posição de líder do grupo, o professor encorpa o espírito da classe.
Amplamente falando, se você se mostra comprometido com o progresso e
aprendizagens dos estudantes, eles têm grande chance de fazer o mesmo. É
importante todos na sala terem a consciência de que você não está ali apenas
pelo salário; que é importante para você que todos os seus alunos sejam bem
sucedidos. (...) os alunos são extremamente sensíveis a tudo que vem do
professor.
Em outro momento, na mesma obra, (p. 106) ele sugere uma mudança
no papel do professor, que passará a ser um “facilitador” da aprendizagem. Diz
ele que o professor sendo esse facilitador não “ensina” no sentido tradicional,
isto é, não considera os estudantes como um recipiente vazio que terá que ser
preenchido com palavras de sabedoria, vindo diretamente do próprio professor
e do livro didático - course book -, mas visualiza-se como um auxiliar, ajudante,
que conduz os alunos a descobrir e criar seus próprios significados sobre o
mundo.
E como fazer ou o que fazer para manter a motivação? Seria
interessante não fosse intrigante, observar o anseio e as expectativas de uma
criança que está para entrar na escola. Comenta com seus pais, irmãos,
amigos, providencia seu material e não vê a hora de chegar o grande dia da
primeira aula, a primeira escola, a primeira professora ou o primeiro professor.
No entanto, para a maioria delas, essa motivação é efêmera de maneira que já,
na primeira semana não tem mais o mesmo entusiasmo e depende de um
incentivo familiar para que continue seus estudos. Isso acontece também
quando a criança sai do 4º ano para entrar na 5ª série (6º ano- antigo ginásio).
Nova escola, novos professores, novos métodos e de repente a auto-estima
despenca. Percebe que a “mesmice” continua e que são apenas algumas
nomenclaturas e siglas que são diferentes.
É de fato um trabalho bastante complexo tentar decifrar o caso da
motivação. Tanto que são poucos os autores que se arriscam a tratar do
assunto. Todavia, os que se aí estão dão uma visão bastante ampla desse
fenômeno. Há que se considerar quando se quer motivar o aluno ou alguém a
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realizar uma tarefa, os fatores internos e externos, que Dörney (2001) os
apresentam como dicotomias: intrínseca versus extrínseca e instrumental
versus integrativa, onde a motivação intrínseca é o interesse de investir esforço
na educação por si só; a motivação extrínseca é aquela derivada de algum tipo
de incentivo externo, onde o mais conhecido é a nota no final do bimestre; a
motivação instrumental é o desejo de se obter reconhecimento social ou
vantagens econômicas com a língua; e a integrativa que é aquela caracterizada
pelas atitudes positivas em relação ao grupo de falantes da língua-alvo, pelo
desejo ou vontade de integração nesse grupo.
Também Shütz (s/d) com relação ao tema diz:
“A motivação é uma força interior propulsora, de importância decisiva no
desenvolvimento do ser humano. Assim como na aprendizagem em geral, o
ato de se aprender línguas é ativo e não passivo. Não se trata de se
submeter a um tratamento, mas sim de construir uma habilidade. Não é o
professor que ensina nem o método que funciona; é o aluno que aprende.
Por isso, a motivação do aprendiz no aprendizado de línguas é um elemento
chave (...). A sua origem é sempre o desejo de se satisfazer necessidades. O
ser humano é um animal social por natureza e, como tal, tem uma
necessidade absoluta de se relacionar com os outros de seu ambiente. Essa
tendência integrativa da pessoa é o principal fator interno ativador da
motivação para muitos de seus atos. Por exemplo, se estivermos em um
ambiente caracterizado pela presença de uma língua estrangeira,
naturalmente teremos uma forte e imediata motivação para assimilarmos
essa ferramenta que nos permite interagir no ambiente, dele participar e nele
atuar. Aprender uma língua fora do ambiente de sua cultura seria como
aprender a nadar fora d'água. (...)”(SHÜTZ, Ricardo, S/d)
Por outro lado Keller (1983) na sua teoria de motivação voltada ao
ensino distingue quatro fatores básicos para aumentar a motivação dos alunos:
interesse, relevância, expectativa e recompensa. O primeiro, do ponto de vista
cognitivo, refere-se a uma resposta positiva ante a um estímulo, baseado em
alguma estrutura cognitiva preexistente que desperta e mantém a curiosidade
do aluno, isto é, a atividade deve ser desafiadora; o segundo refere-se ao
requisito prévio para uma motivação contínua. Aquilo que é apresentado ao
aluno no contexto docente é percebido por ele como importantes para suas
próprias necessidades pessoais e assinala que os seres humanos têm
necessidade de sucesso, associação e poder. No terceiro, o autor diz que
aqueles alunos que se julgam capazes de realizar as diversas atividades de
forma correta estarão mais motivados do que aqueles que fracassarão na sua
realização. A sua auto-estima deve ser levada em consideração. O último, é o
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castigo ou resultado e diz respeito às atividades cuja carga emocional ocorre
ao final e são extrinsecamente motivadoras.
Nesse contexto, poder-se-ia atribuir a falta de motivação para a
aprendizagem da língua inglesa a fatores como timidez do aluno em se
comunicar em outro idioma temendo erros e correções por parte dos colegas e
do professor, o que o leva a uma preocupação excessiva em pronunciar
corretamente os vocábulos, elaborar frases e discursos melhor estruturados, do
que depende uma maior segurança na sua proficiência. Há que considerar
também o seu próprio desconhecimento da importância e praticidade do uso de
outra língua e de sua cultura, número reduzido de aulas da disciplina por
semana, a falta de material, inadequação do ambiente para a apropriação e
aquisição do conhecimento e práticas necessárias, descrença no futuro,
causado muitas vezes pela perspectiva de vida, trabalho e inclusão social,
entre vários outros.
Tapia na sua obra: “A motivação em sala de aula. O que é, como se
faz?”, explica um pouco mais sobre o significado de tudo isso:
“Quando deparamos com alunos aparentemente pouco motivados,
tendemos a pensar que são desinteressados, que sua atenção está em
outras coisas, que talvez não lhes interesse o que ensinamos, porque não o
entendem etc. Às vezes pensamos que o motivo está no fato de que as
condições em que trabalhamos não facilitam a motivação para a
aprendizagem. Além disso, acreditamos que a maioria dessas condições programas excessivamente carregados, muitos alunos por sala de aula, falta
de materiais adequados, influência negativa da família, perspectivas de futuro
negativas etc.- escapa ao nosso controle, o que costuma nos dar uma visão
bastante pessimista da possibilidade de motivar esses alunos, pessimismo
que aumenta à medida que avança a escolaridade.” (TAPIA 2006, p. 13)
Ensinar e aprender uma língua estão tão estreitamente ligados que não
se pode conceber um isolado do outro. É o mundo visto por muitos, mas por
um mesmo prisma, uma mesma percepção. Nas DCE do Estado do Paraná
encontramos que:
“no ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.
Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretendem
com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica. Ou seja: ensinar e
aprender línguas são também ensinar e aprender percepções de mundo e
maneiras de atribuir sentido, é formar subjetividades, é permitir que se
reconheçam no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,
independentemente do grau de proficiência atingido.” (DCE 2008 – LEM,
p.55)
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2.2 Música
E o que a música tem a ver com tudo isso? Qual o seu papel e onde ela
se enquadra em meio a tanta reflexão?
Segundo Tim Murphey, em seu livro: Music and Song (1992), é comum
esquecermos tudo o que aprendemos, exceto as poucas músicas aprendidas
(...). Ainda afirma o autor que é mais fácil cantar que falar a língua. Cita ainda a
adolescent motherese, que trata da linguagem altamente afetiva e musical
usada pelos adultos com as crianças, que na adolescência, perde-se por um
lado essa afetividade, mas com o passar do tempo, ela se reativa, de maneira
que não só os jovens, adolescentes, mas todos nós temos a necessidade
desse sentimento em nossa vida.
Para ele, a música ocupa a maior parte do mundo à nossa volta e está
presente em tudo e em todo lugar: óperas, teatros, hospitais (nos transplantes
e parto), nos restaurantes e cafés, nos eventos esportivos, em nossos carros,
apenas é menos incidente nas escolas. Cita a facilidade de obter-se material
musical aliada à motivação que as músicas proporcionam aos alunos com
algumas das vantagens de serem utilizadas em aulas de língua estrangeira.
Ele defende a música na educação por ser uma fonte quase que inesgotável de
material didático, fontes, na maioria das vezes confiável e com grandes
chances de aceitação pelos alunos. O professor, por sua vez, deve saber como
utilizar-se desse recurso didático da melhor forma, tendo-se em vista que
apenas ouvir músicas em inglês não levará, necessariamente, à aquisição da
aprendizagem.
Nessa trajetória, não se pode menosprezar de forma alguma o papel
imprescindível da Internet, que mais que subsídio, é a luz ao final do túnel para
o professor. Se ele, também motivado, reconhece-se como sujeito e um dos
protagonistas dessa caminhada, basta um clique num site de pesquisa e
encontrará inesgotáveis fontes de auxílio para seu trabalho. O que é preciso
muitas vezes é um conhecimento básico de informática e um pouco de tempo e
paciência para selecionar temas e atividades pertinentes ao conteúdo que se
quer explorar, desde o trabalho com um mapa dos Estados Unidos, por
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exemplo, até a gravação e a letra de uma canção que se enquadre ao tema de
trabalho proposto.
O autor afirma ainda que a linguagem aprendida por meio da música
pode ser assimilada mais naturalmente, em maior quantidade e com melhor
fixação. Acredita que a música tenha surgido como uma manifestação das
emoções dos nossos antepassados e, esta capacidade da música de
sensibilizar e despertar a sensação de prazer torna favorável a sua utilização
nas aulas de língua inglesa comprovando a sua importância no ensino de
língua estrangeira. A mídia utiliza a música como recurso de persuasão para
seu público-alvo. Ela é muito usada em comerciais de TV ou ainda em
campanhas políticas pela sua eficácia em fixar conceitos.
RIDDIFORD (1999) também cita a música como uma maneira de
promover um ambiente relaxado, lúdico com baixo stress que é muito propício
para a aprendizagem do idioma, pois minimiza o impacto dos efeitos
psicológicos que bloqueiam a aprendizagem e dá vários outros conselhos e
exemplos da importância da música em nossas vidas.
Entretanto nem tudo são flores quando se fala em música na escola. Há
ainda aqueles que confundem a sua utilização em sala como algo sem objetivo,
apenas como pretexto para passar tempo e não vêm na música um importante
subsídio de motivação. Vejamos o que pensa Murphey (1992) sobre essa
questão:
“Administradores, professores, alunos, não levam a música a sério,
porque está fora do conteúdo curricular e é vista como perda de tempo”.
Afirma.
Com relação a essa afirmação, não é o que os alunos entrevistados
acham, segundo a resposta dada por eles e representada graficamente na
análise e discussão dos resultados.
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3. METODOLOGIA:
3.1 . Escola
A Escola (Colégio) onde o trabalho foi desenvolvido foi muito receptiva e
atendeu a todos as expectativas. É um estabelecimento mantido pelo Governo
Estadual e possui 45 turmas distribuídas nos três turnos: manhã, tarde e noite.
O Colégio também oferece ensino Fundamental e Médio (blocos) e ensino
Profissionalizante (Técnico em Informática), além do Curso Subsequente e
atende a comunidade há mais de 35 anos.
3.2 . Alunos
O Projeto foi desenvolvido numa turma de 3º Ano no período vespertino,
com um número de 24 alunos (12 meninos e 12 meninas) com idade variando
entre 16 a 21 anos.
3.3 . Dados
Ao final do trabalho, foi distribuído um questionário aberto (Anexo I) para
que cada participante preenchesse e assim fazer um levantamento das suas
músicas, cantores, bandas e ritmos favoritos, bem como identificar os
diferentes estilos musicais preferidos por eles. Apesar das diferentes respostas,
pode-se ter uma ideia mais generalizada das preferências, gostos e opiniões,
bem como do conhecimento sobre música que cada um possui.
3.4 . Aulas
As quinze (15) aulas ministradas tiveram como objetivo principal,
verificar e analisar a influência proporcionada pela música na motivação dos
alunos em aprender uma língua estrangeira, a Língua Inglesa. Houve total
envolvimento da turma que cantou, dançou e alguns alunos que sabiam tocar
algum instrumento musical puderam mostrar um pouco do seu talento na sala.
Surgiram muitas perguntas, pois para cada música trabalhada, eram
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apresentadas e discutidas algumas informações sobre a música, seus autores
e intérpretes. Andando pela sala, ouviam-se os comentários entre eles a
respeito do tema.
Foram selecionadas cinco (5) letras bastante interessantes pelo seu
conteúdo, seu tema e mensagem, disponibilizando três (03) aulas para o
trabalho com cada uma, perfazendo assim um total de quinze (15). Ao final de
cada aula, era feito um relatório, uma análise da participação e comportamento
da turma.
A primeira música trabalhada foi: Life is too short da Banda Scorpions,
onde trabalhou-se o sentido da vida, razões existenciais, o que buscamos, de
onde viemos, para onde iremos, valores humanos e morais. Surgiram debates
com relação à vida e comportamento das pessoas, suas crenças e descrenças,
sobre o mistério que envolve a vida e o universo humano.
Na música nº 2: You needed me do grupo Boyzone, explorou-se as
questões de relações pessoais, como cooperação, colaboração, compreensão,
companheirismo, gratidão. Discutiu-se bastante a questão da cooperação entre
as pessoas, inclusive entre os alunos em casa, na escola, na rua, na
comunidade. Foi feito, dessa forma, em todas as aulas e para todos os temas,
uma espécie de “exame de consciência” entre professor e alunos.
A música nº 3: Dear Mr. President da cantora Pink, trouxe à discussão
problemas sociais como falta de moradia (homeless), desemprego, menores
abandonados, conflitos e problemas de relações internacionais, poder e política
X politicagem. Percebeu-se nessa música, muito interesse pela música em si,
pelo que conheciam sobre a cantora Pink, o que motivou ainda mais a sua
participação, mas não houve muito interesse na discussão sobre os temas
apresentados. Observou-se que a política é um assunto que não lhes atrai.
A música nº 4: Prejudice da Banda Accept, tratou do problema causado
pelo preconceito, a discriminação social e racial, o bulling e Cyberbulling. Aqui,
houve bastante interesse com relação ao tema proposto, muitos falaram de
problemas que tiveram e que já sofreram com a discriminação e o preconceito
e sobre o bulling, principalmente na escola. No entanto, percebeu-se certa
rejeição pela música, pela sua letra, talvez pelo estilo (heavy metal) e por ser
longa e de difícil interpretação.
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A musica 5: Wake up America da cantora Miley Cyrus, destacou temas
voltados ao meio ambiente e os problemas ambientais, aquecimento global,
desmatamentos, queimadas, poluição, poderia se dizer que foi a que mais
motivou a classe. Notou-se muito interesse pelo tema, pela música e pela
cantora, que é bastante jovem também. Discutiu-se a maneira como estão
tratando os rios, as matas em suas propriedades e o que poderá ser feito para
que sejam reparados os males causados à terra e maneiras de como evitar a
degradação ambiental, entre outros.
Importante salientar que uma vez familiarizados com o tema e a história
da música e do (s) cantor (es), ela era interpretada e acompanhada pelo violão
durante as aulas. A turma, também, ao final do projeto, realizou uma excursão
de confraternização num Hotel Fazenda no Município de Faxinal/PR, onde por
três dias todos se divertiram, sem esquecer que a tônica desse passeio foi a
música e a contemplação da natureza.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
Ao analisar o resultado do questionário aplicado ao final do projeto,
percebeu-se esse momento como o ponto mais alto de todo o trabalho, pois as
respostas na sua maioria foram positivas, fortalecendo ainda mais a ideia de
que a música é um subsídio muito importante para o trabalho principalmente
com crianças e adolescentes, não podendo ser desprezada ou ignorada,
devendo fazer parte de qualquer disciplina e/ou metodologia que se queira
aplicar.
A
música
é
altamente
motivadora,
especialmente
para
crianças,
adolescentes e adultos jovens. A música popular em suas diversas formas,
constitui uma poderosa subcultura com sua
própria
mitologia,
os
seus
próprios rituais e seu próprio sacerdócio. Como tal é uma parte da vida do
estudante de uma forma que tantas outras coisas que usamos não é (...)
(MURPHEY 1992. P.3).
Entre as 16 questões respondidas, serão analisadas três delas, por estarem
mais intimamente ligadas ao objetivo do trabalho.
Na Questão nº 12: “Você acha importante a música na sala de aula?” 23
dos 24 alunos entrevistados responderam afirmativamente. Apenas um não
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respondeu, talvez por não ter percebido a questão acabou por deixá-la em
branco (fig. 1).
Figura 1: Respostas da questão 12.
Aqui o que se observa é a quase unanimidade dos entrevistados em
perceber a importância da música na escola. Há que se acrescentar talvez o
fato da faixa etária os alunos ser um pouco avançada ou quem sabe por eles,
na sua grande maioria ser oriundos do interior da cidade, tendo na
agropecuária seu principal meio de sobrevivência e, onde a música é um dos
principais meios de diversão e lazer.
Outra questão apresentada foi a de nº 13: “Qual a disciplina que mais
trabalha com música em sua opinião na escola?” 22 participantes se referiram
à Língua Inglesa, 07 responderam Arte, apenas 01 aluno se referiu a Português
e 01 à Matemática (fig. 2)
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Figura 2: Respostas da questão 13.
Nessa questão se observa um contraste muito grande entre as disciplinas
voltadas ao ensino de um idioma. Desde a 5ª série, na disciplina de língua
inglesa, em quase todas as atividades a música estava presente. Por outro
lado, ouvia-se sempre a reclamação de que os professores de outras
disciplinas, especialmente de língua portuguesa, utilizavam-se muito pouco da
música em suas aulas. Talvez explique essa diferença exagerada entre as
disciplinas.
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A questão nº 15, “Qual a sua opinião sobre o uso da música no ensino de
uma disciplina (matéria)?” Também apresentou um resultado surpreendente e
motivante: conforme a representação a seguir (fig. 3), onde 21 dos 24
entrevistados consideram importante. 03 não souberam informar ou se
esqueceram de assinalar a questão e nenhum (0) disse que é perca de tempo.
Figura 2: respostas da questão 15.
Houve comentários dos alunos com relação a essa questão, que a música
deveria estar presentes em todas as disciplinas, pois acalma, relaxa e faz com
que o tempo passe mais rápido. Pelas discussões e opiniões dos alunos
envolvidos e de acordo com as respostas dadas ao questionário aplicado,
reforça ainda mais a idéia de que a música é indispensável na escola.
Percebeu-se que os temas trabalhados suscitaram entre eles algum desejo de
mudança de atitude, novas crenças e valores, que certamente, mesmo em
longo prazo surtirão efeitos positivos. Para isso é preciso que os conteúdos, os
métodos e programas contemplem realmente aquilo que se espera do
educando, para que a educação de fato se efetive, conforme a citação da
professora Maria E.de L. Oliveira, professora PDE turma 2008:
É preciso que a educação esteja em seu conteúdo, em seus programas
e em seus métodos, adaptada ao fim que se persegue: permitir ao homem
chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo e
estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade, fazer a cultura
e a história. (FREIRE, Paulo 1974, p.42 apud OLIVEIRA, Maria E. de L.)
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Com relação ao material didático aplicado, observando os comentários dos
alunos e anotações feitas após cada aula, observou-se que esteve bastante
ligado ao tema proposto que era: A música como motivação no ensino de
inglês. Ao iniciar a aula, as carteiras eram dispostas em círculo para facilitar o
debate e a participação integral da turma. Os vídeos eram veiculados e as
músicas eram exibidos no data show e as atividades realizadas em grupo.
Na condução das aulas e na realização das atividades, observou-se o
envolvimento e comprometimento total dos alunos. Pode se dizer que essa
disposição e receptividade tanto individual quanto em grupo, está associada à
motivação proporcionada pela música, que tem como uma das funções
desinibir o estudante, tornando-o mas receptível, sociável e “encorajado” em
suas ações. Murphey (1992), diz:
(...)O mais importante, talvez, é que as canções são relaxantes. Elas
proporcionam variedade e diversão, e incentivam a harmonia dentro de si
mesmo e dentro de um grupo. Não admira que elas são ferramentas
importantes em culturas de sustentação, religiões, patriotismo e, sim, até
mesmo revoluções. (MURPHEY, Tim, 1992. p.08)
Ao final de cada unidade, de cada música, em grupos os alunos elaboraram
cartazes com questões e frases pertinentes aos temas trabalhados, ilustrandoos com o vocabulário estudado. Reforçou-se mais ainda a certeza de que é
preciso provocar e incentivar a motivação e o interesse na busca do
conhecimento e discernimento daquilo que é relevante. A música assume em
parte esse papel, mas é apenas um meio, um subsídio. É preciso, antes de
qualquer coisa que o professor também se sinta motivado e com objetivos
claros, que use a criatividade sem ficar alienado aos livros e quadro de giz com
aulas unicamente expositivas, preso entre quatro paredes. É preciso prever
atividades ao ar livre, dobraduras, teatro, apresentações em ocasiões
especiais, entre outras, perseguindo sempre atingir a meta, o objetivo, que é a
aprendizagem propriamente dita.
E por falar em aprendizagem, percebeu-se que ela ocorreu de fato, quando
as atividades propostas foram realizadas a contento e as participações e
colaborações entre os elementos no seu grupo e na turma em geral ficou
evidenciada. Com relação ao vocabulário das letras das músicas, que
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geralmente tem significados variados, gírias, ambiguidade, notou-se um bom
domínio e entendimento, quando utilizaram as palavras destacadas para a
produção de frases e cartazes.
Surgiram, evidentemente, algumas dificuldades durante a aplicação das
atividades, principalmente nas primeiras aulas, no que se refere à percepção e
compreensão da(s) ideia(s) implícita no texto (o que o autor/a quis dizer).
Problema esse que com o passar do tempo, foi se extinguindo, com os alunos
tornando-se cada vez mais desinibidos de modo que todos acabaram
contribuindo com o debate.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A literatura estudada sobre motivação neste contexto da aprendizagem
da língua inglesa através do uso da música, aliada à prática em sala de aula,
apresentou muitos pontos positivos para o trabalho em si, embora ciente de
que a música é mais um fator de motivação extrínseca. Isto é, nem todo aluno
tem a música como algo nato e nem tampouco o professor que além do pouco
conhecimento de música enquanto ciência, a desconhece também como uma
grande aliada no seu cotidiano de trabalho. O que Murphey (1992) salienta é
que “o fato do professor não ser conhecedor de música, não deve ser um
empecilho para que a música, ou pelo menos o ato de cantar, seja parte
integrante do processo de aprendizagem de línguas."
Mesmo que timidamente, há uma luz no fim do túnel, pois hoje no
estabelecimento onde esse projeto foi desenvolvido, há um material didático e
midiático que serve como excelente apoio àqueles que se utilizam da música
ou outra atividade lúdica em suas aulas, tais como: vídeos, pendrives,
notebooks, telão, data show, projetor, TV com saída para USB e Cartão de
Memória, microsistem, microfones, caixas de som, entre outros. O colégio
conta também com um sistema de som interno e externo, onde se podem dar
recados em todas as salas através dele, parabenizar alunos e professores
aniversariantes, por exemplo, podendo selecionar uma sala apenas ou todas.
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Há que se destacar também que o sinal de início e término de cada aula
é feito através de música, dispensando a antiga e estridente sirene ou sineta, o
que vem colaborando sobremaneira com a calma e mantendo a disciplina na
escola.
Uma vez que para o desenvolvimento desse trabalho, as ações e
atividades realizadas tiveram como parâmetro principal a música e a sua
influência na motivação da aprendizagem da língua inglesa, acredita-se que
com base nas atividades propostas e desenvolvidas, a aceitação e participação
dos alunos e a cooperação da Direção e Equipe Pedagógica, a disponibilidade
e capacidade da Professora orientadora e o compromisso assumido pelo
Governo do Estado com relação à formação continuada dos professores,
através da SEED, das IES e dos NRES, as metas estabelecidas foram
atingidas. São esses os pontos positivos desse projeto, somado à oportunidade
de pesquisas e experiências para a busca de novos rumos, novas perspectivas
de realização de um trabalho discente e docente com muito menos sacrifício,
mais motivante e motivador.
Analisando, assim, toda a trajetória e os caminhos percorridos, os
objetivos propostos e a certeza de mudanças e melhorias na prática docente,
consideram-se os resultados como satisfatórios e a consciência de mais um
dever cumprido em prol de uma educação cada vez mais comprometida e de
qualidade.
É inegável, no entanto, que há ainda muito a ser feito para que haja uma
maior intimidade nesse campo da motivação para a aprendizagem e não só da
disciplina em destaque, mas em todas as disciplinas. Pesquisas terão que ser
elaboradas e estudadas nesse aspecto, obras terão que ser revistas e criadas,
autores terão que serem estudados e terão que surgir outros nessa linha de
pensamento, até porque o interesse por esse tema por pesquisadores se
apresenta-se meio que timidamente. E como já foi citado neste documento, o
fator motivacional é imprescindível para qualquer pessoa em qualquer
atividade.
E para o caso da aprendizagem seja ela de que natureza for, a
motivação começa na pessoa do professor. O compromisso e o magistério, por
si mesmo deverão ser fatores intrínsecos que nortearão essa motivação e que
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tornará esse profissional cada vez mais engajado e conivente com uma
educação motivada e motivadora. Sabe-se que não é uma tarefa de fácil
execução, mas a partir do momento que o aluno se sinta importante, que seja
ouvido e perceba-se sujeito e cúmplice nesse trajeto, que descubra a
importância da interação em sala de aula e percebendo-se desafiado e
responsável pela consequência de sua opção, certamente que terá a
segurança necessária nesse ato de aprender um conteúdo.
Assim, para aquele professor que encara com confiança, fé e
compromisso essa árdua missão de educar, os fatores extrínsecos virão por
acréscimo e não deverão ser o tom mais forte nessa caminhada, para que a
partir do momento que algo não saia de acordo com as suas vontades e
objetivos, isso não venha a recair num ensino de baixa qualidade, culminando
com o fracasso escolar resultando em baixa estima, repetência e evasão.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
6.1 .DÖRNEY, Zoltan. Motivational strategies in the language classroom.
New York, USA, 2001.
6.2 . FLORENZANO, Everton. Dicionário Escolar Inglês/Português,
Português/inglês, 40ª ed. RJ (s/d), Edit. Ediouro.
6.3 . KELLER, J.M. Motivational Design of Instruction. In C. M. Reigeluth
(Ed.), Instructional-design theories and models: an overview of their
current status. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum Associates. 1983.
Disponível
em:
http://www.learning-theories.com/kellers-arcs-model-ofmotivational-design.html. Acesso em 19/05/2011.
6.4 . MURPHEY, Tim. Music and Song. Resource Book for Teachers.
Oxford University Press, 1992.
6.5 . OLIVEIRA, Maria E. de L. letra, música e a utilização de novas
tecnologias como fator motivacional no ensino de língua inglesa.
Professora PDE, turma 2008. SEED/PR
6.6 . PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Superintendência
da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira
Moderna para Educação Básica. Curitiba SEED, 2008.
P á g i n a | 21
6.7 . RIDDIFORD, Nicky. “Singing your Way to Fluency: Songs in
Language Education” (I999). Disponível em: http://br.cellep.com/1bimproving-your-english-by-listening-to-music/ acesso em 19/05/2011.
6.8 . Schütz, Ricardo. Motivação e Desmotivação no Aprendizado de
Línguas.
English Made in Brazil <http://www.sk.com.br/skmotiv.html>.atualizado em novembro 2003.
6.9 . TAPIA, Jesus Alonso. A MOTIVAÇÃO NA SALA DE AULA, o que
é, como se faz? Editora Loyola, SP, 2006, 7. Ed. Trad. GARCIA,
Sandra. Título Original: La motivación em La aula. (Madrid,
Espanha).
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7. ANEXOS:
P á g i n a | 23
7.1 . Anexo 1:
8.
Quadro demonstrativo das respostas ao questionário aplicado no
Projeto de Intervenção na escola: 3
Questão 1: Com que freqüência você ouve música?
Todo dia: 21
Às vezes: 03
Nunca: 00
Questão 2: Onde você ouve música?
Casa: 22
Escola: 12
Trabalho: 00
Carro: 06
Restaurantes: 00
Casa de amigos: 07
Questão 3: Quais os principais meios pelos quais você ouve música?
Rádio: 18
TV: 10
Toca CD: 16
MP3: 5
Celular: 14
Outros: 03
Questão 4: Tipos de músicas em inglês que mais gosta?
Pop:
07
Rap:
03
Jazz:
00
Dance:
04
Country:
13
Reggae:
01
Classic:
01
Român
tica: 13
Blue:
00
Rock:
08
Heavy
metal:
00
Ou
tros:
02
Questão 05: Como você se sente ouvindo música?
Relaxado, calmo: 14
Nervoso, agitado: 01
Triste: 04
Alegre: 12
Motivado: 06
Questão 06: Você prefere ouvir músicas:
Calmas, lentas: 15
Barulhentas, agitadas: 09
Questão 07: Você gosta de ouvir música:
Com som alto: 19
Com som baixo: 05
Questão 08: Cite pelo menos 3 cantores ou bandas que você prefere e que cantam em inglês:
Mais citados: Pink(4), Miley Cyrus(5), Akon(6), simple Plan(2), John Lennon(2), Rhiana(4), Lady gaga (2 ),
Black Eyed Peas (5), Shakira(4), James Blunt, Kiss, Mariah Carey, Celine Dion, Michael Jackson(3),
Eminem, Avril Lavigne, Britney Spears, Evanescence, Linking Park, Beyoncé, Gun’s N’ Roses, Usher,
Oasis(2), Abba, Justin Bieber(7), Alan Jackson, Chris Brown, Nickelback(2).
Questão 09: Cite 4 músicas em inglês que você gosta:
As mais citadas: Hello, Never gonna be alone, Gipsy, Stand by me, Let it burn, Street of dreams, Same
girl, Going under, Sober, Please don’t leave me, Party in the USA, Send it on, Your love is a lie, We made
you, Sweet child O’mine, Angel, Candy shop, Hallo, Right now (na, na, na), Poker face, Sexy chick, Kiss
kiss(2); Baby, Thriller, I’ll try, You needed me, Beautiful (3), The climb, Somebody to Love, Bad romance,
dear Mr. President(4), I gotta feeling(5)
Questão 10: Qual a sua relação com a música?
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Toca algum
instrumento: 03
Faz aulas de
música: 02
Faz aulas de
dança:
02
Toca em
alguma
banda: 02
Escreve música:
01
NDA:
17
Questão 11: Na sua família tem alguém que é músico?
Sim: 05
Não: 19
Questão 12: Você acha importante a música na sala de aula?
Sim, a música motiva: 23 (01 não respondeu)
Não, a música atrapalha: 00
Questão 13: Qual a disciplina que mais trabalha com música em sua opinião?
Matemática: 01
Port.: 01
Ed. Física:
00
Ed. Art.: 07
Inglês: 22
Ciências: 00
Outras: 00
Questão 14: Você prefere música nacional ou internacional?
Nacional: 09
Internacional: 06
Ambas: 08
Nenhuma: 01
Questão 15: Qual a sua opinião sobre o uso da música no ensino de uma disciplina?
Importante: 21
É perca de tempo: 00
Não sei: 03
Questão 16: Defina: aula com música e aula de música: 4
9.
10.
3
11.
4
Fonte: próprio autor
Muitas vezes a soma das respostas extrapola o número de participantes (24), haja vista que por
ser um questionário aberto, alguns optaram por assinalar mais que uma questão.
Nessa questão, houve as mais variadas respostas. No entanto, todos souberam definir e
distinguir aula com música de aula de música.
7.2. ANEXO 2:
QUESTIONÁRIO A SER APLICADO AO FINAL DO PROJETO DE
IMPLEMENTAÇÃO
NOME:_____________________________________________
IDADE:_____________________________________________
ESCOLA:____________________________________________
1. Com que freqüência você ouve música?
( ) todo dia ( ) às vezes ( ) nunca
2. Onde você ouve música?
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( ) em casa, no quarto ( ) na escola ( ) no trabalho
carro ( ) nos restaurantes ( ) na casa de amigos
(
) no
3. Quais os principais meios com os quais você ouve música?
( ) rádio ( ) TV ( ) aparelho de CD ( ) MP3 ( ) Celular ( )
outros:______________________________
4. Quais as músicas em inglês que você mais gosta? Assinale com
um X as suas preferências:
( ) Popular ( ) Rap ( ) Jazz ( ) Balanço ( ) Country
(Sertaneja) ( ) Reggae ( ) Clássica ( ) Romântica ( ) Blue (
) Rock ( ) Heavy Metal ( ) Outros_______________
5. Como você se sente ouvindo música?
( ) relaxado, calmo ( ) nervoso, agitado (
( ) mais motivado a desenvolver alguma tarefa
) triste
(
) alegre
6. Você prefere ouvir músicas:
( ) calmas, lentas.
( ) barulhentas, agitadas.
7. Você gosta de ouvir músicas:
( ) com som alto
( ) com som baixo
8. Cite pelo menos 3 cantores (as) ou bandas que você prefere e
que cantam em inglês:
a)________________________________
b)________________________________
c) ________________________________
9. Cite 4 músicas em inglês que você gosta e seu(s) respectivo (s)
cantor (es):
a)________________________________
b)________________________________
c)________________________________
d)________________________________
10. Qual a sua relação com música?
( ) toca algum instrumento ( ) faz aulas de música ( ) faz aulas
de dança ( ) escreve música ( ) toca em alguma banda
11. Na sua família tem alguém que é músico?
( ) sim
( ) não
12. Você acha importante a música na sala de aula?
(
) Sim, a música motiva
(
) não, a música atrapalha
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13. Qual a disciplina que mais trabalha com música na sua opinião?
(
) matemática
( ) Inglês
(
) Português
( ) Ciências
(
) Ed. Física
(
) Ed. Artística
( ) outras______________________
14. Você prefere a música nacional ou internacional?
( ) Nacional
( ) Internacional
15. Qual a sua opinião sobre o uso da música no ensino de uma
disciplina (matéria)?
( ) Importante
( ) é perda de tempo
( ) não sei
16. Pense um pouco e tente definir:
a) Aula com música:___________________________
b) Aula de música:____________________________
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