Departamento de Antropologia FCSH-UNL Direitos Humanos e novos Humanitarismos Programa 2011 1. Objectivos A disciplina de Direitos e Novos Humanitarismos propõe-se Percorrer historicamente a construção do conceito de Direitos Humanos e das Instituições que lhe estão directamente associadas. Entender a emergência dos movimentos e instituições humanitaristas Recensear e enfrentar os diferentes desafios epistemológicos e éticos inerentes à proclamação dos Direitos Humanos Percorrer as etnografias relativas a algumas das áreas mais significativas de preocupação e aplicação dos Direitos Humanos Percorrer as etnografias de algumas organizações internacionais governamentais e não governamentais ligadas aos Direitos Humanos Fornecer instrumentos metodológicos para a investigação na área dos Direitos Humanos. 2. Funcionamento da disciplina A cadeira funciona em regime de seminário. Serão alternados momentos de enquadramento teórico com sessões temáticas de discussão em torno de textos, filmes e estudos de caso apresentados para cada um dos módulos temáticos. Para algumas sessões serão convidados antropólogos com investigação e intervenção na área das ONGs humanitárias e dos Direitos Humanos. A participação dos alunos será imprescindível e avaliada de acordo com um calendário de apresentações/moderações. O ritmo de trabalho obrigará à leitura de, pelo menos, dois texto para cada aula, para além da leitura progressiva das obras consideradas de formação teórica global. Para além de alguns dos textos referenciados para discussão outros materiais / notícias/ filmes serão colocados no blogue dos participantes na disciplina http://direitosehumanos.wordpress.com/, pelo que a sua visita regular e contribuição é imprescindível. 3. Avaliação De acordo com as normas em vigor (ver http://www.fcsh.unl.pt/alunos/regulamento-de-avaliacao-1011.pdf), a avaliação da disciplina contemplará: a presença e participação regular nos debates temáticos na aula e no blogue (40%) e no blog (10%) a elaboração de um ensaio final (50%) com base nos materiais e apresentações em aula 4. Bibliografia e materiais de apoio Para cada aula serão referidos os textos em discussão seleccionados, bem como outra bibliografia relativa aos temas a tratados. Os textos de difícil acesso serão, sempre que existam em formato digital, colocados no blog dos participantes da disciplina. Serão também arquivados no dossier da disciplina, na loja das fotocópias. Horário de atendimento de alunos: por marcação [email protected] Bom trabalho, Maria Cardeira da Silva 5. Conteúdos e calendarização (versão provisória) Data 24.2 3.3 10.3 17.3 24.3 31.3 7.4 14.4 28.4 5.5 12.5 Tema Apresentação e organização Genealogia dos Direitos Humanos. As diferentes «gerações» Antropologia militante? Textos em discussão ISHAY, Michelin R., 2004. The History of Human Rights. From Ancient Times to the Globalization Era. U. of California Press Reader Declaração Universal dos Direitos do Homem http://dre.pt/comum/html/legis/dudh.html VALE DE ALMEIDA, Miguel. 2004 “Cidadania e Antropologia: perplexidades de um agente social híbrido”. In Ensaios de Antropologia e Cidadania - Porto: Das Letras do Campo HASTRUP, K. e ELSASS, Peter, 1990. “Anthropology Advocacy. A Contradiction in Terms?” Curr. Anthropology, V. 31- 3, pps 301-311. SCHEPER-HUGHES,Nancy,1995.“The Primacy of the Ethical:Propositions for a Militant Anthropology”. Cur. Anthropology, 36- 3, 409-440 Antropologia militar? RILES, Annelise. 2006. “Anthropology, Human Rights, and Legal Knowledge: Culture in the Iron Cage.” American Anthropologist. KEENAN, Jeremy “Conspiracy theories and ‘terrorists’:How the ‘war on terror’ is placing new responsibilities on anthropology” Anthropology Today. GUSTERSON, Hugh 2007 “Anthropology andMilitarism” Annu. Rev. Anthropology.36:155-175 Convidada Ana Bénard da Costa Bibliografia a indicar (CEA/ISCTE-UL) Desenvolvimento, ONGs, FERGUSON, James 2005. “Anthropology and its Evil Twin: “Development” in the Constitution of a Discipline.” In EDELMAN, Marc e HAUGERUD, Objectivos do Milénio e outras ‘utopias’Angelique. 2005 The Anthropology of Development and Globalization. Oxford: Blaxkwell Publishing. Introduction Convidada Susana Durão (ICS) FERGUSON, James, 2007, 'Transnational Topographies of Power. Beyond the State and the 'Civil Society' in the Study of African Politics, in Global Juventude & Polícia. Uma etnografia de projectos Shadows. Africa in the Neoliberal World Order, Drham e London, Duke Univ Press. sociais no Brasil DURÃO, Susana e M. C. Coelho, 2011, “As ‘Tecnologias Sociais’ do Grupo Cultural AfroReggae: moral e emoção nos movimentos culturais’” (working paper) Convidado Lorenzo Bordonaro(CRIA/FCSH- Antropologia, crianças e direitos - Bibliografia a referenciar UNL). Convidada Sónia Ramalho (CRIA/FCSH-UNL). ALBUQUERQUE, R. 2000, ‘Political Participation of Luso-African Youth in Portugal: some hypothesis for the study of gender’, Papers 60, pp. 167-182. Direitos Humanos / Direitos das Mulheres e KOFMAN, E. et al. 2000, “Citizenship, rights and gender” in Gender and International Migration in Europe. Employment, Welfare and politics. Routledge: Migrações Pós-Coloniais em Portugal. London and NY, pp.77-104 Modalidades de participação cívica de mulheres OYEWUMI, O. 2004, ‘Conceptualizing gender: Eurocentric foundations of feminist concepts and the challenge of African epistemologies’, in S. Anfred et de origem são-tomense no contexto pós-colonial al., African Gender Scholarship: Concepts, Methodologies and Paradigms, Council for the Development of Social Science Research in Africa - CODESRIA português Gender Series 1, Dakar, pp. 1-8. YUVAL-DAVIS, Nira. 2006, ‘Human/Women’s Rights and Feminist Transversal Politics’ in M. Ferree e A. Tripp (eds) Global Feminism. Transnational Women’s Activism, Organizing and Human Rights, New York University Press., NY/London pp. 275 - 295 Direitos das Mulheres e a retórica da ABU-LUGHOD, L. 2002. “Do Muslim Women Really Need Saving?” American Anthropologist. 104 (3). «Salvação das Mulheres». Feminismo e MAHMOOD, Saba, 2005. “Teoria feminista, agência e sujeito liberatório: algumas reflexões sobre o revivalismo islâmico no Egipto”. Etnográfica. Feminismo Islâmico 2006.X,Nº1. BENTHAL, J., 2003. “NGOs in the Contemporary Muslim World”. In The Charitable Crescent. Politics of Aid in the Muslim World. BENTHAL, J. e BELLION-JOURDAN, J. (eds.), Londres/N. Iorque: I.B.Tauris Convidada Cristina Santinho CRIA/ ISCTE / Bibliografia a referenciar ULHT. Direitos Humanos e a Antropologia dos SANTINHO, Maria Cristina “Asylum-seekers and Refugees in Portugal: field perspectives concerning psychical and mental health” (Working paper) Refugiados MALKKI, Lisa H., 1996, “Speechless Emissaries: refugees, Humanitarism, and Dehistoricization”, Cult.Anthropology, 11-3, pps 377-404. Direitos Humanos e Multiculturalismo ERICKSEN, Thomas H., 1997, “Multiculturalism, Individualism and Human Rights: Romanticism, the Enlightenment and Lessons from Mauritius” in WILSON, Richard Ashby (Ed.) Human Rights, Culture and Context. Anthropological Perspectives. Londres, Chicago, Illinnois: Pluto Press SANTOS, Boaventura de Sousa, 1997. “Por uma Concepção Multicultural dos Direitos Humanos”. Revista Crítica de Ciências Sociais, Vol. 48, pps. 11-32 STOLKE, Verena, 1995. “Talking Culture: New Boundaries, New Rethorics of Exclusion in Europe”. Current Anthropology. Vol. 36, nº1, Special Issue: Ethnographic Authority and Cultural Explanation. Pps 1-24. TURNER, Terence, 1993. “Anthropology and Multiculturalism: What is Anthropology that Multiculturalists Should be Mindful of It?”, Cultural Anthropology. Vol. 8, nº 4, pps- 411-429. Direitos e movimentos indígenas Visionamento do filme: Kayapo:Out of the forest. 1989 Michael Beckham Convidado a confirmar: ou/ TURNER, Terence 1991 Representing, resistance, rethinking: historical transformation of Kayapo culture and anthropological consciousness. In G. Stocking, ed., Colonial Situations: Essays on the Contextualization of Ethnographic Knowledge. History of Anthropology. Vol. 7. Madison: Univ. of Wisconsin P., pp. 285-313.