MONITORAÇÃO TERAPÊUTICA

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MONITORAÇÃO TERAPÊUTICA
CONCEITOS IMPORTANTES
Droga
Fármaco
Medicamento
Tempo de meia-vida
Eficácia x Potência
Janela terapêutica
T1/2 = 0,693 . VD/CL
É importante para avaliar a posologia do fármaco no organismo
Monitoração de drogas terapêuticas (MDT)
Objetivo: obter melhores efeitos terapêuticos e evitar a
ocorrência de intoxicação;
Por que obter níveis sanguíneos terapêuticos de drogas?
•  verificar se alcançou concentração sanguínea adequada;
•  verificar se a concentração está próxima do nível tóxico ou
ultrapassou (é útil conhecer a medicação e o seu índice
terapêutico): redução da dose;
•  verificar se alcançou ou não o limite inferior da janela
terapêutica: aumento da dose.
•  sintomas de intoxicação com a posologia padrão: níveis
sanguíneos
excessivos
(provocados
por
outros
medicamentos, insuficiência hepática, insuficiência renal);
aumento dos níveis sanguíneos da droga livre (provocados
por alteração das proteínas plasmáticas, associação com
outros medicamentos);
•  ausência de efeito terapêutico com a posologia padrão:
níveis sanguíneos insuficientes (provocados por outros
medicamentos, insuficiência renal);
Quais os fatores podem influenciar nos níveis
sanguíneos das drogas?
ABSORÇÃO
VIA ORAL
Absorção limitada: hidrosolubilidade, vômitos, enzimas e PH,
esvaziamento gástrico, motilidade intestinal
Estrógenos: diminui o esvaziamento gástrico
Intenso metabolismo de primeira passagem
Fatores individuais: glicoproteína P nos enterócitos
Forma farmacêutica
DISTRIBUIÇÃO
Volume de distribuição: é o volume de líquido necessário para conter a
quantidade total da droga no organismo (Q), na mesma concentração presente
no plasma (Cp).
Reflete a extensão em que o fármaco está presente nos tecidos
extravasculares.
Vd = Q/Cp
Fatores que alteram a distribuição
Débito cardíaco
Ligação às proteínas plasmáticas
. Albumina
. Alfa 1 - glicoproteína ácida
ELIMINAÇÃO
Biotransformação
Excreção ou depuração
Conversão enzimática
Fígado (principalmente) e
rins, além de outros tecidos
Fármaco intacto ou metabólitos
Rins (principalmente) e fígado,
entre outras vias (leite materno,
suor, saliva, lágrimas,
pulmonar)
BIOTRANSFORMAÇÃO
AA(s) e seus derivados (cisteina e glicina);
Carboidratos e seus derivados (Ácido glicurônico e glicose);
Compostos simples (sulfato, acetato)
Principal enzima envolvida na fase 1: citocromo P- 450;
Metabolismo: mecanismo de ativação e desativação;
INDUÇÃO (barbitúricos) e INIBIÇÃO (cetoconazol) ENZIMÁTICAS;
Influência da metabolização na depuração.
EXCREÇÃO
DEPURAÇÃO OU EXCREÇÃO RENAL
Filtração glomerular, reabsorção tubular ativa, passiva e secreção tubular
ativa
Recém-nascidos e idosos: função renal menor
Reabsorção é dependente de PH
DEPURAÇÃO OU EXCREÇÃO BILIAR OU FECAL
Secreta tanto o fármaco quanto o metabólito na bile
Pode ocorrer circulação entero-hepática: benefício (medicamento),
maleficio (Cannabis sativa, mercúrio, dentre outros); flora bacteriana
FATORES QUE INTERFEREM NA DEPURAÇÃO
Patologias: insuficiência renal, hepática e cardíaca
Ligação às proteínas plasmáticas
Volume de distribuição
FATORES TÉCNICOS DE LABORATÓRIO
Momento da coleta
Erro laboratorial
ADESÃO DO PACIENTE
Uso posológico incorreto (alta taxa)
Omissão total do medicamento
Causa mais freqüente em pacientes submetidos a terapia
prolongada
DOSAGEM DE PICO OU DO NÍVEL RESIDUAL
Deve ter alcançado o estado de equilíbrio dinâmico: requer em
média 5 meias-vidas
Dosagem de Pico: 1-2 horas para via oral / 1 hora para IM e 30
minutos para IV
Dosagem do Nível Residual: 15 minutos antes da próxima dose
GRÁFICOS DE CINÉTICA
CLÍNICA
Quando obter amostras para Monitorização de Drogas
Terapêuticas (MDT)?
•  pacientes com sinais e/ou sintomas de intoxicação: durante
este período;
•  caso não seja possível: procurar colher a amostra a fim de
determinar o pico máximo (deve saber o horário que foi
administrada a dose anterior);
Obs: a digoxina é uma exceção, pois demora 6 – 8 horas para
o equilíbrio.
•  para saber se a posologia está adequada para produzir o
efeito desejado: determinar o nível residual;
•  tanto o pico máximo quanto o nível residual devem estar
dentro da janela terapêutica.
Monitorização de drogas terapêuticas no laboratório
•  o médico dever fornecer ao laboratório a amostra do paciente
com certas informações: droga(s) a serem determinadas, idade
do paciente, tempo decorrido desde a última dose até a
obtenção da amostra, dose, via de administração e possíveis
medicamentos que o paciente esteja utilizando;
• 
métodos de análise: Cromatografia líquida/gasosa,
Cromatografia de camada delgada e Imunológico;
•  MDT (aceitação em crescimento)
influenciando;
•  laboratório deve ser altamente especializado.
muitas variáveis
DROGAS ANTICONVULSIVANTES
 Fenitoína (Dilantin®); Primidona (Mysoline®);
(Gardenal ®); Carbamazepina (Tegretol®);
Fenobarbital
•  geralmente são associadas;
•  necessidade de ajuste posológico (nível residual);
•  Primidona se transforma parcialmente em Fenobarbital
(dosagem de ambas as substâncias);
•  crises convulsivas freqüentes: melhor visualização da eficácia
da medicação.
•  método de análise: Cromatografia gasosa/líquida
DROGAS ANTIDEPRESSIVAS
  Carbonato de Lítio (Carbolitium®) (depressão bipolar)
•  método de análise (fotometria de chama);
 
Antidepressivos Tricíclicos (Imipramina
Amitriptilina (Elavil®) (depressão unipolar)
•  método de análise (HPLC);
(Tofranil®),
DROGAS ANTIARRITÍMICAS
  Procainamida (anestésico)
•  administração via oral
  Lidocaína (Cloridrato de xilocaína®) (anestésico)
•  administração via IV
  Digoxina (Digox ®) (efeito inotrópico positivo)
•  o número de pedidos e a relativa facilidade de execução
(imunoensaio) faz com que seja facilmente determinada em
laboratório de pequeno porte;
•  uso disseminado, o índice terapêutico estreito e a natureza
inespecífica dos sinais e/ou sintomas tóxicos leves a moderados
(visão turva, confusão mental, diarréia, arritmias e alteração do
ECG) contribuem para a determinação dos níveis séricos da droga.
 Cont. Digoxina
•  interferentes no teste imunoensaio: substâncias que promovem
reação cruzada;
(terceiro trimestre da gravidez lactentes até seis meses de idade,
pacientes com insuficiência renal e com hepatopatia grave)
DROGA BRONCODILATADORA
 Aminofilina ou Teofilina (tratamento da asma)
•  janela terapêutica estreita;
•  via oral ou IV;
•  efeito cronotrópico positivo.
ANTIBIÓTICOS
  Gentamicina (Garamicina®)
•  praticamente não é absorvida via oral;
•  ativos contra Pseudomonas aeruginosa;
•  ototoxicidade e nefrotoxicidade;
•  método de análise: imunoensaio.
  Vancomicina (®)
•  praticamente não é absorvida via oral;
•  ativas contra bacterias gram +;
•  associada a gentamicina (sinergismo).
CICLOSPORINA
  Ciclosporina A
•  derivado fúngico e atividade imunosupressora;
•  utilizada para evitar rejeição;
•  via oral ou IV;
•  método de análise: cromatografia líquida e imunoensaio.
DROGAS ASSOCIADAS AO ABUSO
•  circunstâncias: superdosagem e/ou avaliação de indivíduos
clinicamente normais para detectar o uso de droga;
•  problemas: amostra (principalmente urina): diluição (altera a
temperatura da amostra, pH, cor e cheiro), amostra de cor
semelhante (não tem creatinina), amostra de outra pessoa;
•  métodos de análise: triagem inicial (cromatografia de camada
delgada e/ou imunoensaio), teste definitivo (cromatografia gasosa
ou líquida com espectroscopia de massa).
MACONHA (cannabis) ou MARIJUANA
MACONHA (cannabis) ou MARIJUANA
•  princípio ativo Δ9-THC (tetraidrocanabinol)
componente da Cannabis sativa;
=
Principal
•  canabinol (CBN) = Não existe na planta in natura → É produto da
transformação do Δ9-THC pelo calor, luz, ácidos e atmosfera do
ar → corresponde a 10% da psicoatividade do Δ9-THC;
MACONHA (cannabis) ou MARIJUANA
•  excreção dos metabólitos: 2/3 fezes e 1/3 urina;
•  principal metabólito: carboxi-THC (não psicogênico): geralmente
detectado na urina;
• 
a duração de excreção urinária detectável depende da
quantidade, tipo e número de administrações por dia;
•  limite de tolerância de carboxi-THC: 20 ng/mL ou 100 ng/mL;
•  as amostras de urina podem ser congeladas (preserva o carboxiTHC);
MACONHA (cannabis) ou MARIJUANA
• 
determinação na saliva: THC permanece na saliva até um
período de 5 horas após a inalação de maconha: indica o uso
recente;
•  fumar 1 cigarro com THC: detectáveis após 1 hora e permanecem
detectáveis no limite de 100 ng/mL por 1-3 dias e 2 -7 dias no
limite de 20 ng/mL;
•  usuário crônico: de 30-40 dias quando param de fumar;
•  avaliar a sensibilidade do método e o efeito da diluição e/ou
concentração da urina.
Análise Química Forense
1)  Análise macroscópica
a) 
c) 
Caules eretos e folhas em números ímpares (3, 5 ou 7);
Frutos ovóides característicos (2,5 a 3 mm);
2) Exame Químico
2.1) Teste de bancada
 
Teste de Duquenois
• 
• 
Uma porção da amostra do material em um tubo de ensaio;
Adicionar 2 mL do reagente (0,4 g de vanilina dissolvidos em 20 mL de etanol a
95 %, sendo adicionados, a seguir, 0,5 mL de acetaldeído);
Agitar por um minuto;
• 
Resultado: coloração violeta na camada inferior
3) Exame de triagem: CCD
4) Exame confirmatório: Cromatografia gasosa e/ou líquida.
COCAÍNA (Erytroxylum coca)
COCAÍNA (Erytroxylum coca)
PADRÕES DE USO
Pasta de cocaína:
•  Geralmente é fumada sozinha ou misturada com maconha.
Cloridrato de cocaína (muito utilizada):
•  Via intranasal (“cafungar” ou cheirar) → nesta forma de sal é a mais
utilizada.
•  Intravenosa:
•  Oral (pouco usada):
OBS: não pode ser fumada.
•  Cocaína na forma de base livre ou “crack” ou “pedra”: 1992
•  Ato de fumar → via em crescimento em relação às outras.
•  Vem se misturando com maconha para ser fumada (“Beirute”).
Merla:
Pasta que é considerada um subproduto da cocaína.
Geralmente é fumada.
Biotransformação:
Éster metilecgonidina (32-45%);
Benzoilecgonina (29-45%);
Cocaína inalterada (2-14%);
Norcocaína (2-6%) → Hepatotóxica para o fígado.
Eliminação:
Preferencialmente Renal;
Detecção da cocaína:
•  soro (uma dose não é mais detectável na urina após 6 – 10
horas);
•  urina (uma dose não é mais detectável na urina após 12
horas);
•  pesquisa do Benzoilecgonina;
•  o tempo dectável depende de vários fatores;
•  usuário crônico: 2-5 dias.
Análise Química Forense
1)  Kits de bancada
  Tiocianato de Cobalto II (Co(SCN)2)
• 
Material suspeito em um tubo de ensaio;
• 
Adicione uma ou duas gotas de ácido clorídrico a 16 %;
• 
Adicione uma a duas gotas de Tiocianato de Cobalto II (2,5 g de
tiocianato de cobalto II em 100 mL de água;
• 
Resultado positivo: coloração azul;
• 
Obs:. Teste utilizado para alcalóides. Pode gerar falso-positivo.
Ex: cafeína
 Reagente de Mayer (2,71 g Cloreto de mercúrio + 10
g iodeto de potássio + qsp 200 mL de água)
• 
Material suspeito em um tubo de ensaio e dissolvê-lo em
aproximadamente 1 mL de água;
• 
Adicione duas a três gotas do reagente de Mayer;
• 
Caso não ocorra a dissolução (crack), adicione algumas gotas de
ácido clorídrico diluído e continuar as análises;
• 
Resultado positivo: precipitado branco;
• 
Confirmação: O precipitado formado dissolve-se com a adição de
álcool etílico;
• 
Obs:. Teste ulitizado para alcalóides. Pode gerar falso-positivo.
2)  Cromatografia de placa
• 
Extração feita por clorofórmio;
• 
Fase móvel (metanol e amônia) – 100 partes para 150 partes;
• 
Revelador utilizado: iodoplatina (1 g de cloreto de platina + 20
gramas de iodeto de potássio em 320 mL água destilada)
Resultado: cor marrom
Outras possibilidades: Cromatografia gasosa e a cromatografia
líquida
ETANOL
•  60% dos acidentes automobilísticos nas cidades e rodovias é
causado pelo álcool (1/3 o pedestre está embriagado)
Código de Trânsito Brasileiro
Das Infrações:
•  Art. 165. “ Dirigir sob a influência de álcool, em nível superior a seis
decigramas por litro de sangue, ou de qualquer substância
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica”
o caput do art. 165 passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
• 
Infração - gravíssima;
• 
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses;
• 
Medida Administrativa - retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento
de habilitação.
• 
III - o art. 276 passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165
deste Código.
• 
Parágrafo único. Órgão do Poder Executivo federal disciplinará as margens de tolerância para casos
específicos.” (NR)
ETANOL
•  amostra ideal para muitos analistas: soro;
•  outras amostras: sangue total (condizente com sinais e/ou
sintomas da embriaguês) (mais utilizada) e urina (não avalia o
grau de efeito do álcool);
•  sangue: 20 % menos de etanol que no soro. Influência do
hematócrito;
•  Relação de conversão S/ST = 1,20;
ETANOL
•  bafômetros: multiplica o valor por 2100 (correlaciona bem com
os valores do sangue total) quando no estado pós-absortivo
(aguarda-se pelo menos 15 minutos);
•  corpos cetônicos no diabético podem interferir na determinação
do etanol pelo método da respiração;
• 
triagem laboratorial do alcoolismo: dosagem da enzima gama
GT, AST (TGO) e VCM (volume médio dos eritrócitos)
aumentados;
Funcionamento do bafômetro
•  O álcool presente no "bafo", é convertido em ácido acético:
•  Nesta reação o etanol é convertido a ácido acético e o cromo, na
forma de íon cromato (amarelo alaranjado) é transformado em Cr + 3
(coloração verde).
•  Quanto maior a concentração de álcool mais intensa é a coloração
esverdeada obtida.
Identificação de álcool
1)  Reação com dicromato de potássio a 2 %:
• 
Colocar em um tubo de ensaio 1 a 2 mL do líquido
questionado;
• 
Adicionar 1 a 2 mL de ácido sulfúrico;
• 
Adicionar 1 a 2 gotas de solução de dicromato de potássio a
2%;
• 
Resultado positivo: coloração esverdeada
Obs:. Não é específico para etanol
2) Titulação
1K2Cr2O7 + 6I- → 3I2 + 2Cr+3 ….
2Na2S2O3 + I2 → 2I- + S4O6-2 + Na+
Obs:. O excesso de dicromato reage com o iodeto, formando
iodo que será titulado por tiosulfato de sódio (Na2S2O3)
OUTRAS DROGAS DE ABUSO
  ANFETAMINAS
•  metanfetamina e outros;
•  via oral, IV e fumada;
•  geralmente são detectadas na urina dentro de 3 horas após a
administração de dose única;
•  pode permanecer até 48 horas no organismo;
•  método de triagem: radioimunoensaio (reação cruzada com outros
anfetamínicos);
•  método confirmatório: Cromatografia gasosa.
OUTRAS DROGAS DE ABUSO
  OPIÁCEOS E OPIÓIDES
•  morfina, codeína e heroína;
•  geralmente injetadas, exceto a codeína;
•  tempo detectável: 36-60 horas;
•  metabólito da heroína e codeína = morfina;
•  métodos de análise: mesmo das anfetaminas.
OUTRAS DROGAS DE ABUSO
  BARBITÚRICOS
•  fenobarbital (gardenal®);
•  via oral e IV;
•  muito utilizado em suicídio;
•  sangue ou urina juntamente como conteúdo estomacal;
•  CCD método de triagem;
•  Método confirmatório: Cromatografia líquida.
OUTRAS DROGAS DE ABUSO
  ACETAMINOFENO OU PARACETAMOL
•  adultos: evitar doses acima de 4 g/dia (metabólito extremamente
tóxico - N-acetil-p-benzoquinona );
•  raros efeitos colaterais gástricos, renais e plaquetários;
•  janela terapêutica relativamente estreita – suicídios;
•  morte geralmen te: acima de 15 gramas;
•  análise da droga: 4 horas após a ingestão da dose, a fim de atingir
o pico máximo;
•  métodos de análise: kits (métodos colorimétricos);
•  dosa-se AST (TGO) para avaliar a função hepática.
OUTRAS DROGAS DE ABUSO
 ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (aspirina®)
•  toxicidade grave: acima de 50 mg/100 mL – acidose metabólica;
•  efeitos gástricos, renais e plaquetários;
•  superdosagem: provoca piloroespasmo: retarda a absorção;
•  análise da droga: 6 horas após a ingestão da superdosagem;
•  CCD método de triagem;
•  método confirmatório: Cromatografia líquida.
METAL PESADO
  CHUMBO
•  o mais utilizado na indústria;
•  fontes de exposição: alimentos do mar, indústrias de pilhas,
bateria, solda, mineração, zarcão, arma de fogo, fumaça do cigarro,
dentre outros;
• 
raramente intoxicação aguda,
trabalhadores (exposição crônica);
sendo
freqüentemente
•  saturnismo (doença profissional mais comum);
•  deposita principalmente nos ossos e tecidos moles;
em
METAL PESADO
CHUMBO: AVALIAÇÃO LABORATORIAL
 Achados hematológicos:
•  anemia hipocrômica e eritrócitos com pontilhados basófilos;
  Desidrase do ácido delta aminolevulínico (ALA-D):
•  apresenta-se diminuído após o quarto dia de exposição (exposição
recente);
•  constitui um indicador muito sensível de toxicidade pelo chumbo;
•  boa correlação da atividade da enzima com a plumbemia, até um
certo platô;
•  a enzima deve ser determinada até 24 horas após a obtenção da
amostra
•  Método de análise: espectrofotometria de absorção molecular
METAL PESADO
CHUMBO: AVALIAÇÃO LABORATORIAL
  Chumbo no sangue:
•  indica geralmente uma exposição aguda (atual). Rapidamente
excretado;
•  exposição crônica (deposita nos ossos);
•  valores acima de 40 µg/100 mL (não permitidos);
•  sintomas: aparecem com 80 µg/100 mL;
•  problema: contaminação da amostra (tubo de ensaio, vidraria de
laboratório, dentre outros);
•  Método de análise: espectrofotometria de absorção atômica.
METAL PESADO
CHUMBO: AVALIAÇÃO LABORATORIAL
 Determinação da excreção
aminolevulínico (ALA-U):
urinária
de
ácido
delta
•  constitui também um indicador de sobrecarga de chumbo no
sangue;
•  a excreção começa a aumentar quando o chumbo atinge os valores
acima de 40 µg/100 m L;
•  problema: amostra de 24 horas/a luz, temperatura ambiente e pH
alcalino diminuem os níveis de ALA-U;
•  Método de análise: espectrofotometria de absorção molecular.
METAL PESADO
CHUMBO: AVALIAÇÃO LABORATORIAL
  Determinação da protoporfirina eritrocitária (protoporfirina –
zinco ou ZZP):
•  outro indicador de exposição ao chumbo;
•  emite fluorescência visual com microscópio equipado com luz UV,
ao contrário da protoporfirina com ferro;
•  prova de triagem rápida para intoxicação pelo chumbo;
METAL PESADO
CHUMBO: AVALIAÇÃO LABORATORIAL
CHUMBO NO SANGUE E ALA-U NORMAIS E ALA-D DIMINUIDO
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O que é Cromatografia?
•  É uma técnica utilizada na separação de componentes em
uma mistura, é baseada na distribuição dos componentes
entre uma fase estacionária e uma fase móvel;
•  Esta separação resulta na diferença das velocidades dos
componentes arrastados pela fase móvel devido às
diferentes interações com a fase estacionária.
Cromatografia
 
A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de
compostos, por comparação com
padrões previamente
existentes, para a purificação de compostos, separando-se as
substâncias indesejáveis;
 
Uma técnica analítica em que os componentes da amostra são
separados para depois serem identificados e quantificados.
• Cromatografia planar: CP e CCD
• Cromatografia em coluna CG e CL
-estado físico da F.M (gás/líquido/supercrítico)
-fase estacionária (líquido/sólido)
Polaridade da fase estacionária:
Fase normal - Fase estacionária polar
Fase reversa - Fase estacionária apolar
•  Rapidez
•  Alto poder de separação
•  Amostras voláteis
•  Separação de várias classes •  Compostos termicamente
estáveis
de compostos em uma
análise
•  Sensibilidade (ppm - ppb)
•  Variedade de detetor
(especificidade)
1
6
2
4
5
3
1 - Reservatório de Gás de arraste
2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra.
3 - Coluna Cromatográfica e Forno da
Coluna.
4 - Detector.
5 – Amplificador de Sinal.
6 - Registro de Sinal (Registrador ou
Computador).
• 
Tempo de retenção (avalia também a pureza da amostra)
Obs:. Cuidado:
Existem várias substâncias que podem apresentar o
mesmo tempo de retenção
Relação concentração
x
Área do pico ou altura do
pico
Padrão externo
Fator de resposta
Padrão interno
Padrão externo – construção de curva de
calibração
Solução contendo padrões de todas as substâncias a serem
analisadas
Padrões em concentrações próximas à amostra
Condições analíticas devem ser as mesmas, inclusive o volume de
injeção
Fator de resposta
concentração/área
Y= 8,5 x + 91,7
Padrão interno
•  Uma substância conhecida é adicionada em concentração
definida em todos os padrões e nas amostras;
•  É estável e detectado na concentração em que se encontra;
•  Na amostra a ser analisada não pode ter a substância padrão
interno;
Etapas:
Faz-se uma curva de calibração baseada na razão entre a área
ou altura do analito com a área ou altura dos PI;
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
HPLC ou CLAE
•  É a mais recente das técnicas cromatográficas;
•  Aplicação em diversos compostos orgânicos;
•  Técnica de separação fundamentada na distribuição
componentes de uma mistura entre duas fases imiscíveis;
dos
•  A fase móvel deve ser desgaseificada (a fim de evitar alargamento na
banda);
•  Pode ser aplicada a substâncias não-voláteis e termicamente
instáveis;
•  Empregada a alta pressão;
Figura 1: Aparelho de CLAE
Figura 2: Aparelho de CLAE com
registrador
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURTIS, C A; ASHWOOD, E.R.; ALDRICH, J E.; TIETZ, T.E Fundamentos de Química Clínica. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1998. 836p.
GOODMAN, L S; GILMAN, A G; BRUNTON, L L.; LAZO, J S.;
PARKER, K L.. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da
Terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2009 1821 p.
OGA, S. Fundamentos de Toxicologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu,
2003. 474 p.
RAVEL, R. Laboratório Clínico, 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1997. 616p.
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