Artigo de Revisão O uso de medicamentos na gravidez: uma revisão científica The use drugs in pregnancy: a scientific revision Yula de Lima Merola Fábio de Souza Terra 3 Ana Maria Duarte Dias Costa 1 2 Farmacêutica-Bioquímica-Mestranda em Saúde-Universidade José do Rosário Vellano Mestre em Saúde pela Unifenas e Professor da Universidade José do Rosário Vellano 3 Doutora em Farmacologia pela Unicamp e Professora da Faculdade de Odontologia e Medicina, Universidade José do Rosário Vellano 1 2 Trabalho realizado na Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG Descritores: Medicamentos. Gestantes. Antibióticos. Key words: Drugs. Pregnancy. Antibiotics. INTRODUÇÃO A utilização de medicamentos industrializados tem crescido ao longo dos anos, a ponto de incorporar-se ao acervo popular de conhecimentos, permitindo os palpites diagnósticos e terapêuticos, num processo que leva à automedicação; e como toda a população, a gestante está sujeita a intercorrências de saúde que impõem o uso de medicamentos1. A gestação compreende situação única, na qual a exposição à determinada droga envolve dois organismos. A resposta fetal, diante da medicação, é diferente da observada na mãe, podendo resultar em toxicidade fetal, com lesões de variada monta, algumas irreversíveis. É difícil afirmar que um medicamento cause um determinado efeito deletério ao feto, em virtude das impossibilidades éticas envolvidas nas pesquisas envolvendo os seres humanos. Os dados disponíveis são oriundos da observação clínica de casos em que se associem os fatores causa-efeito2. Entretanto, nem sempre se pode afirmar tal associação para todos os casos, pois os fatores que podem intervir num determinado resultado não necessariamente precisam ser os mesmos para todos os organismos. Em especial, as malformações congênitas, iatrogênicas ou não, têm significado mais grave que sua própria incidência ou prevalência, as quais são baixas e, até certo ponto, consideradas raras3. Por considerar que no Brasil há um elevado grau de permissividade no uso de medicamentos, inclusive durante o ciclo Correspondência: Yula de Lima Merola Rua Minas Gerais, 664 - 5º Andar - CEP: 37701-002 Poços de Caldas - MG Fone: (35)3697-2277 E-mail: [email protected] Rev Soc Bra Clin Med 2008; 6(2): 59-63 reprodutivo feminino, o presente estudo objetivou analisar por meio de uma revisão científica o uso de medicamentos durante a gravidez e sua relação com as características maternas. Terapêutica medicamentosa na gestação A utilização de medicamentos por gestantes e seus efeitos sobre o feto passou a ser objeto de grande preocupação após a tragédia da talidomida ocorrida entre 1950 e 1960. Cerca de 10 mil crianças nascidas naquele período apresentaram focomelia, bem como outras alterações congênitas, associadas à utilização deste medicamento durante a gravidez. Essa catástrofe teve importante repercussão internacional, constituindo-se um alerta sobre a questão da segurança na utilização de novos fármacos, da importância de normas mais rigorosas em estudos clínicos antes da liberação de medicamentos para o consumo e a necessidade de criação de órgãos de farmacovigilância. Especificamente em relação à gravidez, provocou também decisivas mudanças nas atitudes e práticas relativas à prescrição4,5. Acreditava-se, até então, que a placenta funcionava como uma barreira, protegendo o feto de qualquer agressão farmacológica. Sabe-se que a maioria dos fármacos contidos nos medicamentos utilizados por gestantes atravessa a placenta e atinge a corrente sangüínea do feto4,6. Deve-se considerar, então, que quando uma grávida ingere ou recebe qualquer medicamento dois organismos serão afetados, sendo que um deles (o feto) ainda não tem a mesma capacidade de metabolizar substâncias que a mãe, estando, portanto, mais sujeito aos efeitos negativos não esperados7. O mesmo autor observa que enquanto há certeza do uso e segurança ao feto para alguns medicamentos, na maioria dos casos o conhecimento é limitado, transformando a prescrição medicamentosa na gravidez num grande dilema que deve ser avaliado entre o médico e a paciente e, na maioria dos medicamentos, o potencial teratogênico é desconhecido. Tais alterações, principalmente as malformações congênitas, têm maior risco de acontecer quando o medicamento com potencial tera- 59 Merola YL et al. togênico é utilizado no primeiro trimestre de gravidez (período de diferenciação embriológica). Nos outros períodos podem ocorrer danos fetais decorrentes de alterações na fisiologia materna, efeitos farmacológicos sobre o feto e interferência no desenvolvimento fetal. Conforme Briggs, Freeman e Yaffi8, ao longo de décadas, a terapêutica medicamentosa durante a gravidez tem sido objeto de numerosas publicações que forneceram dados que possibilitam estimar a relação risco/benefício de farmacoterapias para a gestante e para o feto. O amplo conhecimento acumulado sobre esse tema possibilitou a classificação dos medicamentos em categorias de risco para uso na gestação, orientando o prescritor acerca de quais medicamentos prescrever e, especialmente, de quais não prescrever durante a gravidez. A classificação de medicamentos conforme o risco associado ao seu uso durante a gravidez, adotada pelo Food and Drug Administration (FDA), Estados Unidos, enquadra os medicamentos em cinco categorias8. • Categoria A: medicamentos para os quais não foram constatados riscos para o feto em ensaios clínicos cientificamente desenhados e controlados; • Categoria B: medicamentos para os quais os estudos com animais de laboratório não demonstraram risco fetal (mas não existem estudos adequados em humanos) e medicamentos cujos estudos com animais indicaram algum risco, mas que não foram comprovados em humanos em estudos devidamente controlados; • Categoria C: medicamentos para os quais os estudos em animais de laboratório revelaram efeitos adversos ao feto, mas não existem estudos adequados em humanos e medicamentos para os quais não existem estudos disponíveis; • Categoria D: medicamentos para os quais a experiência de uso durante a gravidez mostrou associação com o aparecimento de malformações, mas que a relação risco-benefício pode ser avaliada; • Categoria X: medicamentos associados com anormalidades fetais em estudos com animais e em humanos e/ou cuja relação risco-benefício contra-indica seu uso na gravidez. Outro aspecto que deve ser observado, quando se trata da utilização de medicamentos por mulheres grávidas, segundo Castro6, é a provável alteração de características farmacocinéticas dos medicamentos no período da gestação. Segundo Young9, pouco se sabe sobre estas alterações. Os medicamentos que uma mulher toma durante a gravidez pode afetar o feto de várias maneiras: • Por atuar diretamente no feto, causando dano, desenvolvimento anormal ou morte. • Por alterar a função da placenta, usualmente pela constrição dos vasos sangüíneos e conseqüente redução da troca de oxigênio e nutrientes entre o feto e a mãe. • Por causar contração intensa dos músculos uterinos, prejudicando indiretamente o feto pela redução do suprimento sangüíneo. 60 Caso haja necessidade da prescrição de uma determinada droga, deve ser dada, a mais baixa dose efetiva pelo mais curto tempo de duração possível. Teratogênos podem causar aborto espontâneo, anormalidades congênitas, retardo do crescimento intra-uterino, retardo mental, carcinogênese e mutatogênese9. Medicalização da gestante Apesar de todos os riscos, o quadro que se apresenta atualmente é o da “medicalização da gestante”, fenômeno relatado por diferentes autores, tanto em países europeus, Estados Unidos e Brasil, fruto, entre outras determinantes, da lógica de mercado inerente às práticas dos produtores de medicamentos e, por outro lado, da hegemonia da visão mecanicista, biomédica e cartesiana do processo saúde-doença. Considerando as constantes mudanças do mercado farmacêutico que influenciam o padrão de prescrição e até mesmo o de automedicação, conhecer o perfil de uso de medicamentos na gravidez se faz urgente e necessário3,10. Vale ressaltar que segundo Laporte, Porta e Capella11, a utilização de medicamentos durante a gravidez deve ser vista com cautela e estar sujeita à criteriosa avaliação de risco/benefício, devido às implicações sobre a higidez do feto. Muitos profissionais ainda recorrem com maior freqüência ao seu banco de experiências pessoais e à consulta com outros colegas especialistas. Estima-se também que o uso de ferramentas epidemiológicas e estatísticas na revisão crítica da literatura não seja habitual. A despeito da recomendação de uma atitude conservadora no uso dos medicamentos, neste grupo populacional, a prática tem-se demonstrado intervencionista, seja pela demasiada prescrição médica, seja pela automedicação1,2,11. No que tange à prescrição de medicamentos, a tomada de decisão clínica tem evoluído para a aplicação dos princípios da medicina baseada em evidências, fundamentada nas análises sistemáticas de resultados de ensaios clínicos controlados e estudos epidemiológicos, bem como na avaliação de qualidade do cuidado12. A gestação oferece, no entanto, empecilhos éticos e técnicos à realização de ensaios clínicos, tornando de grande importância à construção de evidências capturadas em estudos observacionais, descritivos e analíticos. Grandes estudos na área perinatal, envolvendo uso de medicamentos, são originários dos países europeus que detêm tradição nos estudos de utilização de medicamentos (EUM), desde o nascimento dessa modalidade de investigação no final da década de 6013. No Brasil, país onde se estima largo o uso de medicamentos por mulheres em idade reprodutiva, esses estudos são em número reduzido e voltado para a introdução de nova tecnologia ou da utilização de fármaco específico para indicação também específica3. Ademais, é difícil estabelecer padrões prescritivos generalizados, no que tange tanto a quantidade quanto às classes de medicamentos. Pode-se dizer que, a exemplo do diagnóstico internacional realizado no início da década de 90, não Rev Soc Bra Clin Med 2008; 6(2): 59-63 O uso de medicamentos na gravidez se tem uma panorâmica quanto à utilização de medicamentos por mulheres na gestação. Há carência de estudos no que se refere à quantificação e avaliação do uso de medicamentos, bem como aos tratamentos medicamentosos no período perinatal, em especial no pré-parto, o que incentiva o encaminhamento de iniciativas de cunho local ou multicêntrico, na tentativa de apontar perfis de utilização, padrões prescritivos e de consumo6,13. Uma das questões que cercam os estudos envolvendo uso de medicamentos é a relação entre quantificação da exposição com os desfechos de segurança e efetividade. Quanto a mais do medicamento é necessário e suficiente para resultar em efeitos desejáveis, com o mínimo de efeitos indesejáveis, ou que benefícios incrementais podem ser associados a doses mais altas ou mais freqüentes? Laporte, Tognoni e Rosenfeld14 relatam que é neste sentido que deve ser favorecida a investigação da quantificação dos efeitos farmacológicos, tanto quanto a da verificação de eficácia ou mesmo da vigilância sobre possíveis riscos inerentes ao uso adequado. Para Fonseca10, deve ser exatamente essa a preocupação do clínico ou do pesquisador que deseja abordar, conceitual ou praticamente, a temática do uso de medicamentos na gestação. Maior ainda deve ser a preocupação do profissional que presta assistência direta à gestante em conhecer e também formular questionamentos sobre o uso de medicamentos nessa população, aplicando as metodologias de pesquisa clínicas mais adequadas a cada situação. Os estudos do uso de medicamentos na gravidez, em que cada exposição envolve o futuro tanto da mãe como do concepto, cria grandes desafios éticos e técnicos. No entanto, a necessidade de fundamentar a prática clínica em evidências científicas adequadas é tão premente neste campo como em qualquer outra área da medicina. Digno de nota é que a Colaboração Cochrane – voltada para a avaliação de eficácia de tratamento clínico e levando o nome do grande epidemiologista inglês que levantou a bandeira do estudo da eficácia – começou seu trabalho justamente no campo da gravidez e parto15. Avaliação da segurança dos medicamentos: o papel da farmacoepidemiologia A Organização Mundial de Saúde (OMS), atenta ao crescente influxo de novos fármacos e novas tecnologias em saúde, tendência iniciada na década de 1930 e consolidada nos anos 50 e 60, vem, há mais de 25 anos, promovendo a política do uso racional de medicamentos, por meio de vários programas, como o Drug Action Programme on Essential Drugs and Vaccines (DAP). Tal programa enfatiza a necessidade de constante avaliação de todos os aspectos ligados aos processos envolvendo medicamentos, a necessidade de incremento da qualidade da terapêutica medicamentosa por parte dos profissionais de saúde e a responsabilidade dos pacientes e da comunidade no processo16,17,18. Rev Soc Bra Clin Med 2008; 6(2): 59-63 Os objetivos do programa incluem o estabelecimento de políticas e estratégias que promovam o uso racional, como a adoção de listas de medicamentos essenciais e de protocolos clínicos, a regulamentação da propaganda, e o desenvolvimento de sistemas efetivos de informação sobre medicamentos. Deseja-se, para cada paciente, estabelecer a real necessidade do uso do medicamento, a escolha do medicamento apropriado de acordo com as características de eficácia e segurança, a prescrição apropriada em relação ao tipo, forma farmacêutica, dose e período, a garantia do acesso e da qualidade, a dispensação orientada e responsável e o correto cumprimento do regime terapêutico medido pela avaliação dos efeitos e pela informação ao paciente19. O medicamento, antes estudado principalmente pela farmacologia clínica como ferramenta terapêutica, passou a ter interesse para a epidemiologia, pela extensão de seu uso envolvendo populações e pela percepção de risco associado à sua utilização. A farmacoepidemiologia nasceu como disciplina a partir dessa conjugação de interesses. Uma das vertentes dos estudos farmacoepidemiológicos diz respeito aos Estudos de Utilização de Medicamentos (EUM), definidos pela OMS como sendo “o exame da comercialização, distribuição, prescrição e uso de medicamentos em uma sociedade, com ênfase especial sobre as conseqüências médicas, sociais e econômicas resultantes”. Esses estudos constituem arma valiosa para a avaliação da qualidade da assistência sanitária prestada a uma comunidade11,20. Outra vertente da farmacoepidemiologia é a farmacovigilância. Laporte, Tognoni e Rosenfeld14 definiram farmacovigilância como “a identificação e a avaliação dos efeitos de uso, agudo e crônico, dos tratamentos farmacológicos no conjunto da população ou em subgrupos de pacientes expostos a tratamentos específicos”. A Organização Mundial da Saúde prefere adotar hoje uma definição mais ampla de farmacovigilância: “a ciência e o conjunto de atividades relacionadas à detecção, à avaliação, à compreensão e à prevenção de efeitos adversos, ou de qualquer outro problema relacionado a medicamentos”21. É muito vasta essa interface, assim nessa perspectiva, os estudos sobre reações adversas aos medicamentos são complementados pelos estudos sobre eventos adversos, definidos como qualquer ocorrência clínica desfavorável que pode se apresentar no decurso de uma terapia medicamentosa, sem que possua, necessariamente, relação causal com o medicamento21,22. Uma âncora para o uso racional, segundo Catro6, reside na prática, cada vez mais estabelecida no âmbito sanitário, de avaliar os medicamentos não somente sob o ponto de vista da sua eficácia, mas, também, da sua segurança, custo/benefício, eficiência e efetividade nos mais diversos cenários socioculturais, não somente antes de sua introdução no mercado, mas também em longo prazo. Partindo do pressuposto que não há como abster gestante da utilização de medicamentos e, conseqüentemente, da exposição de seus filhos aos riscos inerentes a uma terapia medi- 61 Merola YL et al. camentosa, os estudos epidemiológicos podem ser utilizados para protegê-los de riscos desnecessários23. 2. Considerações finais 3. O uso de medicamentos na gestação merece especial atenção pelos riscos potenciais ao feto em desenvolvimento, devendo ser, por princípio, evitado. A gravidez é uma ocasião única, dado que a exposição de um afeta dois organismos. Os efeitos sobre o feto dependem do fármaco ou substância, da paciente, da época de exposição durante a gestação, da freqüência e da dose total, redundando potencialmente em teratogenia ou com conseqüências farmacológicas e toxicológicas diversas3,24. Percebe-se que a medicalização da gestante é um fato. E, apesar da insuficiência de informações quanto ao risco da utilização de medicamentos durante a gravidez, o uso indiscriminado decorrente de automedicação ou de prescrições médicas sem critérios técnicos científicos é relatado em diferentes países25. Recomenda-se, então, que medidas de intervenção sejam tomadas para minimizar os riscos inerentes à terapia medicamentosa, promovendo uma utilização racional dos medicamentos e a otimização dos recursos disponíveis, como: • estabelecimento de programas de educação em saúde visando conscientização das gestantes sobre os riscos da automedicação; • orientação sobre medidas não-farmacológicas que podem ser adotadas pelas mulheres para controlar sintomas comuns na gravidez (como náuseas, vômitos e constipação), diminuindo a necessidade da utilização de medicamentos; • estímulo à educação continuada dos profissionais de saúde envolvidos com o pré-natal, visando uma melhoria da qualidade das prescrições e, conseqüentemente, da atenção à gestante15. Deve ser exatamente essa a preocupação do clínico ou do pesquisador que deseja abordar, conceitual ou praticamente, a temática do uso de medicamentos na gestação. Maior ainda deve ser a preocupação do profissional que presta assistência direta à gestante em conhecer e também formular questionamentos sobre o uso de medicamentos nessa população, aplicando as metodologias de pesquisa clínica mais adequadas a cada situação. Por fim, o estudo do uso de medicamentos na gravidez, em que cada exposição envolve o futuro tanto da mãe como do concepto, cria grandes desafios éticos e técnicos. No entanto, a necessidade de fundamentar a prática clínica em evidências científicas adequadas é tão premente neste campo como em qualquer outra área da medicina17. Referências 1. 62 Sorensen HT, De Jong-Van Den Berg L. Phar maco epidem iological st udies i n preg nancy: T he need for i nter nat ional collaborat ion. I nter nat ional Jou r nal of r isk and safet y i n medici ne. 1997; 10:203-5. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. Melli n GW; Katzenstei n M. 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