Escoamento em uma curva: A vazão de ar nas condições padrões, num duto plano, deve ser determinada pela instalação de tomadas de pressão numa curva. O duto tem 0,3 m de profundidade por 0,1 m de largura. O raio interno da curva é 0,25 m. Se a diferença medida de pressão entre as tomadas for de 40 mm de água, calcule a vazão aproximada, em volume, admitindo que a velocidade é uniforme na curva. A Equação de Bernoulli – A integração da Eq. de Euler ao longo d euma linha de corrente A analise de volume de controle diferencial, conduziu a uma Eq. Diferencial, que quando integrada, levou a uma forma da Eq. de Bernoulli. A fim de dar um claro entendimento físico a respeito das restrições aos resultados, uma dedução adicional será apresentada. Dedução com o emprego de coordenadas de linhas de corrente A Eq. de Euler para escoamento permanente ao longo de uma linha de corrente é dada por: Se uma partícula fluida mover-se de uma distancia, ds, ao longo de uma linha de corrente, então: Assim após multiplicar a Eq. anterior por ds, pode-se escrever: Integrando esta equação: Para o caso especial do escoamento incompressível, ρ = constante, a Eq. anterior torna-se a Eq. de Bernoulli. A Eq. de Bernoulli é um instrumento útil porque relaciona as variações de pressão com as de velocidade e elevação ao longo de uma linha de corrente. Ela dá resultados corretos apenas se aplicada a uma situação de escoamento onde todas as 4 restrições são razoáveis. Pressão estática de estagnação e dinâmica A pressão p da Eq. de Bernoulli, é a pressão termodinâmica que comumente é chamada de pressão estática e é bastante difícil de medir numa situação pratica. Foi demonstrado que não há variação de pressão numa direção normal as linhas de corrente retilíneas. Isto torna possível medir a pressão estática num fluido em movimento usando uma “tomada” de pressão na parede do duto. Se o orifício for perpendicular a parede do tubo e isento de rebarbas, medições precisas da pressão estática poderão ser feitas pela sua conexão a um medidor adequando. A pressão estática pode ser medida também pelo emprego cuidadoso de uma sonda de pressão. Esta deve ser projetada de modo que os orifícios medidores sejam colocados corretamente com relação à ponta e à haste da sonda. A seção medidora deve ser alinhada coma direção do escoamento local. As sondas de pressão encontram-se disponíveis no comercio em tamanhos tão pequenos quanto 1,5 mm de diâmetro. A pressão de estagnação é obtida quando um fluido em movimento é desacelerado até velocidade zero por meio de um processo sem atrito. No escoamento incompressível a Eq. de Bernoulli pode ser usada para relacionar estas pressões, desprezando diferenças de elevação. Se a pressão estática for p, com velocidade V, a pressão de estagnação p0 (onde a vel. de estagnação V0=0) seria: A Eq. anterior é um anunciado matemático da definição de pressão de estagnação valido para escoamento incompressível. O termo ½ ρV2 é geralmente chamado de pressão dinâmica. A pressão de estagnação é medida no laboratório usando-se uma sonda com um orifício que fica voltado diretamente para a montante, conforme mostrado na figura. Esse instrumento é chamado de sonda de pressão ou tubo de Pitot. A seção de medição deve ficar alinhada com a direção do escoamento local. Duas possíveis configurações experimentais são mostradas: As figuras mostram a medição simultânea das pressões estática e de estagnação. O Tubo de Pitot estático também é conhecido como Tubo Prandtl. Tubo de Pitot Um tubo de Pitot inserido num escoamento de ar (Patm=715mmHg e T0=16°C) a fim de medir a velocidade. O tubo é introduzido de forma que montante aponta e a para pressão sentida pela sonda é a de estagnação. A pressão estática é medida no mesmo ponto do escoamento pelo emprego de uma tomada de pressão na parede. Se a diferença de pressão é de 30 mm de Hg, determine a velocidade de escoamento. P2 Livro texto: - Introdução a Mecânica dos Fluidos – R. Fox Cap 3: Escoamentos incompressíveis de fluidos não viscosos. - Introdução às ciências Térmicas - Schimidt, F.W., Cap 4. Escoamento interno e externo - Mecânica dos Fluidos – Franco Brunetti Resolução P1 1A. Responder verdadeiro (V) ou falso (F) nos seguintes enunciados: (10 ptos) a) Quando o escoamento é tanto sem atrito como rotacional a equação da quantidade de movimento se reduz a equação de Euler. (F) b) Um escoamento de fluido inicialmente irrotacional pode se tornar rotacional se existirem gradientes de entropia causados por ondas de choques curvas.(V) c) A viscosidade cinemática resulta da relação da viscosidade dinâmica e o volume específico. (F) d) Eq. da viscosidade foi analisada por I. Newton que supôs uma película de lubrificante entre duas laminas, umas das quais é fixa. (V) e) Para o ar em condições padrões, um escoamento pode ser considerado incompressível se a velocidade for menor que cerca de 100 km/h (F) 1B. Responder verdadeiro (V) ou falso (F) nos seguintes enunciados: (10 ptos) a) È possível classificar os escoamentos como: permanente ou não permanente, não viscoso ou viscoso, incompressível ou compressível, gás ou liquido. (V) b) Se considera fluxo hipersônico para um N°de Mach igual ou acima de 3. (F) c) As abordagens básicas para as analise de problemas de escoamento podem ser: de grande escala, de pequena escala e escala intermédia. (F) d) A equação básica da quantidade de movimento, trata de uma equação vetorial de 8 termos. (F) e) A condição de irrotacionalidade é valida para um escoamento nas quais as forças viscosas são desprezíveis. (V) 2A. Responder as seguintes perguntas (20 ptos) Quais são as restrições da Equação de Bernoulli? 1. Escoamento permanente – uma hipótese comum, aplicável a muitos escoamentos. 2. Escoamento incompressível – aceitável, se o número de Mach do escoamento for menor que 0,3. 3. Escoamento sem atrito – muito restritiva, as paredes solidas introduzem efeitos de atrito. 4. Escoamento ao longo de uma linha de corrente – linhas de corrente diferentes podem ter diferentes “ constantes de Bernoulli” w0 = p/ρ + V2/2 + gz, dependendo das condições do escoamento. 5. Ausência de trabalho de eixo entre 1 e 2 – sem bombas ou turbinas sobre a linha de corrente. 6. Ausência de troca de calor entre 1 e 2 – seja calor adicionado, seja calor removido. 2B. Responder as seguintes perguntas (20 ptos) Explicar brevemente o fenômeno de cavitação em bombas hidráulicas. CAVITAÇÃO 3A e B. Resolver o exercício. (20 ptos) Se z é “para cima”, quais são as condições sobre as constantes a e b para que o campo de velocidades u = ay, v = bx, w = 0 seja uma solução exata das equações da continuidade e de Navier-Stokes para escoamento incompressível?. O fluxo é irrotacional?. 4A. Resolver o exercício. (20 ptos) Considere a turbina extraindo energia através de um conduto forçado em uma barragem, como na figura. Para escoamento turbulento em dutos, a perda de carga por atrito é aproximadamente hf = CQ2, onde a constante C depende das dimensões do conduto forçado e das propriedades da água. Mostre que para uma dada geometria de conduto forçado e vazão variável Q do rio, a máxima potencia possível da turbina nesse caso é Pmax = 2ρgHQ/3 e ocorre quando a vazão é Q = [H/(3C)]1/2. 4B. Resolver o exercício. (20 ptos) A bomba da figura cria um jato de água a 20°C, orientado para atingir uma distância horizontal máxima. As perdas por atrito do sistema são de 6,5 m. O jato pode ser aproximado pela trajetória de partículas sem atrito. Qual potencia a bomba deve entregar? 5A e B Resolver o exercício. (30 ptos) O acessório horizontal Y da figura, divide em partes iguais a vazão de água a 20°C. Se Q1 = 142 l/s, P1 = 172,4 kPa (manométrica) e as perdas são desprezadas, calcule (a) P2, (b) P3 e (c) o vetor força necessário para manter o Y no lugar.