ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I Versão Online 2009 O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO UNICENTRO – GUARAPUAVA PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE “O PAPEL DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS NO PROCESSO DE PREVENÇÃO ÀS DSTs ” SONIA MARA CHEFER CHOPINZINHO – PR 2010 Ficha para catálogo de Produção Didático-Pedagógica Professor PDE/2009 Título O PAPEL DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS NO PROCESSO DE PREVENÇÃO ÀS DSTs Autor Escola de Atuação Município da escola Núcleo Regional de Educação Orientador SONIA MARA CHEFER COL.EST. JOSÉ ARMIM MATTE - EFMN CHOPINZINHO PATO BRANCO CARLOS EDUARDO BITTENCOURT STANGE UNICENTRO CIÊNCIAS UNIDADE DIDÁTICA ALUNOS (de uma determinada 7ª série do EF) COL.EST. JOSÉ ARMIM MATTE – EFMN RUA FREI EVERALDO,777 CHOPINZINHO -PR Optou-se pela realização deste, conscientes da importância do papel dos Professores e, dentre eles, principalmente os da área de Ciências, na orientação sexual escolar, visando, à prevenção das doenças sexualmente transmissíveis na adolescência. Esta ação orientadora tem por objetivo possibilitar a identificação do papel do Professor de Ciências nas orientações sobre sexualidade, que levem à tomada de decisões conscientes e à prática de ações responsáveis que contribuam para a redução dos casos de contágio por DSTs na adolescência. Proceder-se-á com a aplicação de um pré e pós-teste, sondando os conhecimentos adquiridos no desenvolvimento das atividades para análise científica, que servirão de dados estatísticos para a conclusão das atividades do projeto e na elaboração do artigo científico, documento final do PDE. Instituição de Ensino Superior Área do Conhecimento Produção Didático-Pedagógica Público Alvo Localização Apresentação Palavras-chave Professor de Ciências, DSTs, Adolescência UNICENTRO, 11 de julho de 2010. ______________________________ Sônia Mara Chefer - Prof. PDE 2009 UNIDADE DIDÁTICA “O PAPEL DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS NO PROCESSO DE PREVENÇÃO ÀS DSTs ” 7ª série – Ensino Fundamental ESCOLA: Colégio Estadual José Armim Matte – EFM NÚCLEO: Pato Branco NOME DO PROFESSOR: Sônia Mara Chefer E-MAIL: [email protected] ORIENTADOR: Carlos Eduardo Bittencourt Stange NÍVEL DE ENSINO: Ensino Fundamental TÍTULO: O PAPEL DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS NO PROCESSO DE PREVENÇÃO ÀS DSTs. DISCIPLINA: Ciências CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Sistemas Biológicos CONTEÚDO BÁSICO: Sistema Reprodutor Humano CONTEÚDO ESPECÍFICO: Doenças Sexualmente Transmissíveis INTRODUÇÃO Este material é parte integrante das atividades desenvolvidas no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE/2009 e é dirigido a professores e alunos do Ensino Fundamental. A presente unidade didática traz uma abordagem sobre as DSTsDoenças Sexualmente Transmissíveis, enfatizando sua prevenção na adolescência, sob orientação do professor de Ciências. A adolescência é um período em que o exercício da sexualidade e o risco de DSTs se mostram com grande vulnerabilidade e conseqüências indesejáveis. É nesse período que as fantasias, os medos, os tabus se apresentam de forma mais intensa e duvidosa, porém transitória. Nesta fase, é de grande importância uma orientação especializada, junto a uma educação familiar consciente, que mostre sexo com prevenção, responsabilidade e dignidade. Essa necessidade de informação mais clara e realista, diante da evidência da desinformação desses adolescentes, favorece um crescimento no número contágios com DSTs. Propomos neste trabalho atividades que promovam ao adolescente, o conhecimento de si mesmo, a melhoria da auto-estima e outros valores significativos para que desenvolva atitudes mais humanas, fraternas, coerentes, responsáveis e livres de preconceitos, encarando o seu corpo e a sua sexualidade com naturalidade e enfrentando de forma corajosa, os desafios propostos pela vida. Esperamos que a leitura do mesmo contribua para o esclarecimento de dúvidas, em nossos jovens, em relação às DSTs. 1. O QUE SÃO AS DSTs (DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS) ? As DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), antigamente chamadas de Doenças Venéreas (relativo a Vênus - deusa da formosura) são tão antigas quanto a humanidade. São chamadas assim porque a transmissão de uma pessoa para outra costuma acontecer durante a relação sexual, entre pessoas de sexos diferentes (relações heterossexuais) ou entre pessoas do mesmo sexo (relações homossexuais). Existem muitas DST, que podem ser causadas por diferentes tipos de microrganismos, como vírus, bactérias, protozoários ou fungos. As DSTs mais conhecidas são transmitidas por: - fungos: candidíase - bactérias: clamídia, gonorréia, sífilis, cancro mole, linfogranuloma, gardnerela - protozoários: tricomoníase - vírus: herpes genital, condiloma HPV, AIDS, hepatite As DST podem interferir no exercício da sexualidade principalmente quando desencadeiam dor. Apresentam sintomas e sinais variados. No homem algumas inflamações e infecções do pênis podem ocasionar dor até mesmo durante a ereção. Na mulher, além da dor à penetração encontrada nos processos inflamatórios agudos ou crônicos, a infecção vaginal pode desencadear desconforto, ardor ou mesmo dor genital, além do odor desagradável ocasionado por algumas infecções vaginais. Em casos de lesões superficiais dolorosas, podem também ocorrer dificuldades para o desempenho sexual. Devem ser corretamente diagnosticadas e tratadas por um médico, pois os medicamentos e as dosagens variam de um caso para outro. Além de aliviar os sintomas, o tratamento das DST, quando adequados e feitos no início da doença, pode evitar complicações. Se não forem tratadas, podem evoluir para complicações graves como infertilidade, infecções neonatais, malformações congênitas, e aborto (no caso de gestantes), câncer e até a morte. A falta de informação e o preconceito fazem com que muitos não procurem cuidados médicos. O uso de preservativo, chamados “camisinha”, nas relações sexuais, evita o contágio pelas DSTs. Atividade 1: PRÉ - TESTE Objetivo Geral: Verificar os conhecimentos que os alunos da 7ª série, da Escola Estadual José Armim Matte - EFMN , possuem sobre DSTs. Objetivo Específico: Análise das respostas do pré-teste dos alunos da 7ª série sobre sexualidade para elaboração de dados estatísticos para o desenvolvimento das atividades do projeto. Atividade a ser desenvolvida: A sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos será realizada através de uma pesquisa de campo, que constituirá o pré-teste de implementação do projeto, com perguntas sobre o que sabem a respeito de sexualidade, para posterior análise científica que servirá de dados estatísticos para o desenvolvimento das atividades do projeto. Objetivo da atividade: Sondagem dos conhecimentos sobre sexualidade. Resultado esperado: Que os alunos tenham conhecimento mínimo de 30% a 50% sobre as noções básicas de sexualidade. Pré- teste: 1- Você sabia que relações sexuais podem transmitir doenças? Como elas se chamam? O que podemos fazer para nos prevenir contra essas doenças? 2- A AIDS é uma DST. Você sabe como se previne o seu contágio? Existe cura para essa doença? 3- De que maneira você obteve informações sobre as DSTs? 4- Quais são as consequências de uma DST na adolescência? 5- Você sabe quais agentes transmitem as DSTs? 6- Pode-se pegar DST com sexo sem camisinha? Atividade 2 : Aspectos biológicos, psico-afetivos e sócio-culturais do ser humano. Objetivo Geral: Estimular à reflexão antes de agir e ao posicionamento crítico do adolescente. Objetivo Específico: Busca da consciência crítica do adolescente, trabalhando para diminuir preconceitos numa perspectiva não autoritária, valorizando o debate democrático baseado no respeito mútuo. Atividade a ser desenvolvida: A partir do levantamento dos dados do pré-teste, serão abordados os aspectos biológicos do ser humano como: puberdade; anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor; relação sexual e DSTs; Aspectos psico-afetivos: auto-estima e auto cuidado; respeito pelo seu corpo e do outro (violência); relacionamentos (ficar, namoro, casamento); prevenção às DSTs; Aspectos sócio-culturais: relações de gênero, machismo, patriarcalismo; mídia e corpo perfeito; mídia e “modos de ser”. Objetivo da atividade: Fazer com que o adolescente entenda que tem o direito de exercer a sua sexualidade com prazer e responsabilidade, desde que não se firam os direitos humanos. Resultado esperado: Que todas as pessoas, independente de sexo, orientação sexual, religião, raça, cor, e condições sócio-econômicas têm o direito de exercer a sua sexualidade com prazer e responsabilidade, desde que não se firam os direitos humanos. 2. HISTÓRIA DA CAMISINHA A prevenção às DSTs , assim como à gravidez indesejada, sempre fizeram parte das civilizações urbanas. A cidade trouxe consigo a necessidade de planejar o crescimento, a produção de alimentos, a disponibilidade de moradia. Relações fora do casamento, culminando com o nascimento de filhos fora da união oficial, sempre foi motivo de escândalo social. Tudo isso levou à criação de métodos capazes de evitar as DSTs e a gravidez, sem, no entanto, furtar o prazer do ato sexual. Os chineses foram os criadores da primeira versão do preservativo: envoltórios de papel de seda untados com óleo. Os japoneses também possuíam hábito semelhante. Os egípcios utilizavam métodos contraceptivos desde 1850 a.C. As mulheres colocavam em suas vaginas uma série de produtos para bloquear ou matar os espermatozóides. Elas utilizavam fezes de crocodilos (por possuírem pH alcalino, tal qual os espermicidas modernos), gomas e uma mistura de mel e bicarbonato de sódio. Os homens utilizavam protetores para o pênis, confeccionados em linho ou a partir de intestinos de animais. Tais protetores, porém, não possuíam função contraceptiva: funcionavam como estojos. Eles protegiam o pênis contra galhos e picadas de insetos durante as caçadas. A mitologia grega apresentou a camisinha para o Ocidente. O rei Minos, filho de Zeus e Europa, era casado com Pasiphë. O monarca era conhecido por seu amor pelas mulheres e suas inúmeras amantes. Por obra de Pasiphë, Minos passou a ejacular serpentes, escorpiões e lacraias, que matavam todas aquelas que se deitasse com o soberano. Pasiphë era imune ao feitiço aplicado a Minos, mas este tornou o rei incapaz de procriar. Minos, no entanto, se apaixonou por Procris. Para evitar que a relação com Minos lhe trouxesse a morte, Procris introduziu em sua vagina uma bexiga de cabra. Os monstros ficaram aprisionados na bexiga e Minos voltou a poder ter filhos. Durante o século XVI a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis assolava a Europa. Nessa época elas eram chamadas de doenças venéreas. Esse nome faz referência às sacerdotisas dos templos de Vênus, que exerciam a prostituição como forma de culto à Deusa do Amor. Foi quando o anatomista e cirurgião Gabrielle Fallopio confeccionou o que descreveu como uma "bainha de tecido leve, sob medida, para proteção das doenças venéreas". Tratava-se de um forro de linho do tamanho do pênis e embebido em ervas. Ele a denominou De Morbo Gallico, em um artigo escrito em 1564. Shakespeare denominou-a "luva de Vênus". No final do século XVI os preservativos de linho passaram a ser embebidos em soluções químicas e depois secados. Eram as precursoras dos espermicidas modernos. No século XVII, um médico inglês conhecido como doutor Condom, alarmado com o número de filhos ilegítimos de Carlos II da Inglaterra (1630-1685), criou para o rei um protetor feito com tripa de animais. Gabrielle Fallopio e sua invenção: a 'luva de Vênus', nas palavras de Shakespeare http://www.giv.org.br/dstaids/camisinha.htm, disponível em 22.03.10 Em inglês, camisinha é "condom", em referência a esse médico. Outro episódio contribuiu para a difusão da camisinha. Ao final da Guerra da Sucessão Espanhola, líderes das principais nações européias reuniram-se na cidade de Utrecht (1713-1714). Tal evento chamou para o local toda a sorte de donzelas, ávidas em proporcionar diversão aos congressistas e desejosas por conseguir algum dinheiro. Mas traziam consigo algo já bem conhecido da ciência européia: doenças venéreas. Um criativo artesão local teve uma idéia: costurou na forma de uma bainha anatômica um ceco de carneiro e obteve, assim, um preservativo. Camisinha de vísceras animais (ceco, bexiga) do século XVIII http://www.giv.org.br/dstaids/camisinha.htm, disponível em 22.03.10 Em 1780 a expressão “preservativo” foi utilizada pela primeira vez nos anúncios das casas de prostituição de Paris: "Nesta casa fabricam-se preservativos de alta segurança, bandagens e artigos de higiene" . Ela foi logo substituída por uma expressão curiosa, "redingote anglaise", que queria dizer "sobretudo inglês", o que equivaleria hoje ao termo "camisa-de-vênus" ou mais intimamente falando, "camisinha". Charles Goodyear, em 1839, descobriu o processo de vulcanização da borracha. A vulcanização consiste na transformação da borracha crua em uma estrutura elástica resistente. Isso permitiu a confecção de preservativos de borracha. Esses eram grossos e caros. Eles eram lavados e utilizados diversas vezes, até que a borracha arrebentasse. preservativo de borracha (1861) http://www.giv.org.br/dstaids/camisinha.htm, disponível em 22.03.10 A partir de 1880, a evolução surgiu com as camisinhas de látex. Em 1901, a primeira camisinha com reservatório para o esperma apareceu nos Estados Unidos. As camisinhas de látex adquiriram popularidade apenas a partir da década de 30. Cerca de um milhão e meio de camisinhas foram comercializadas nos Estados Unidos, em 1935. Nas décadas seguintes, a camisinha foi caindo em desuso, principalmente após a descoberta da pílula anticoncepcional, na década de sessenta. Mas o aparecimento da AIDS, na década de oitenta, mudou para sempre a mentalidade mundial: a contaminação de indivíduos pelo vírus HIV, causador da doença, dava-se por meio de contato sexual ou transfusão sanguínea. Falar abertamente sobre sexo seguro e uso injetável de drogas passou de tabu à necessidade e obrigação. A camisinha passou ser a grande arma desse esforço preventivo. E ainda hoje é! A camisinha é a única capaz de reunir em um único método a prevenção da gravidez indesejada e das doenças sexualmente transmissíveis. Desse modo, permite relacionamentos sexuais seguros e minimiza o efeito da exposição a fatores de risco sofridos por um dos parceiros. Ela protege e respeita a escolha e os desejos sexuais de cada um. Com o advento da AIDS as camisinhas voltaram a ser comercializadas em grande escala. Estima-se que hoje mais de cinco bilhões de camisinhas são consumidas anualmente. As apresentações também se diversificaram. Há camisinhas de tamanhos, espessuras e cores diferentes e também, camisinhas aromatizadas. Atualmente, existe 2 tipos de preservativos: feminino e masculino. Veja: Camisinha masculina http://www.giv.org.br/dstaids/camisinha.htm, disponível em 22.03.2010 Vídeos: História da Camisinha: http://www.youtube.com/watch?v=1GBYCswksSQ Uso da camisinha: http://www.youtube.com/watch?v=cw_GIBfuZ3Y, Uso da camisinha (homossexual): http://www.youtube.com/watch?v=WqiMeRpFGes Namoro com camisinha: http://www.youtube.com/watch?v=OlHkABRvSwI Disponíveis em 22.03.2010. Como colocar a camisinha: http://www.youtube.com/watch#!v=WnZdfJsgSTM&feature=related, disponível em 20.04.2010 3. QUAIS OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE UMA DST? Existem alguns sinais que fazem a gente suspeitar de uma DST. Ao se deparar com algum desses sintomas é importante procurar um médico para examinar o que está acontecendo. Veja o vídeo : http://www.youtube.com/watch?v=ZgoyILR2FIM, disponível em 22.03.2010 Estes são os principais sintomas das DSTs: Feridas: Feridas que aparecem onde o micróbio da doença entrou no corpo. Assim, aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo usada durante a relação sexual, podem ser ou não doloridas e nem sempre coçam ou incomodam. Podem aparecer isoladamente ou em grande número. Vale ressaltar que as feridas aumentam o risco de adquirir outras doenças, inclusive a AIDS. Corrimentos: Os corrimentos aparecem nos órgãos genitais dos homens e das mulheres. Podem ser amarelados como pus, esbranquiçados ou esverdeados. Alguns têm cheiro forte e ruim. Tem gente com corrimento que sente dor ao urinar e nas relações sexuais. Tem gente que não sente nada! Na mulher, quando o corrimento é pouco, só é visto pelo profissional de saúde ao fazer seu exame ginecológico. Verrugas: São como uns caroços enrugados, parecendo uma couve-flor. A verruga não dói, às vezes dá uma coceira ou irritação. O tratamento não mata o vírus que causa a DST, só destrói a verruga, então a pessoa precisa de acompanhamento médico regular. Ardência ou coceira: Esses sintomas podem ser mais sentidos ao urinar ou durante as relações sexuais. Há pessoas que apresentam os dois sintomas, outras um só, e outras que não sentem nada. Dor ou mal-estar: A dor ou mal-estar pode ser sentido embaixo do umbigo, na parte mais alta da barriga, durante as relações sexuais ou ao urinar. Atividade 3: 1. Cadeia de Transmissão Objetivo: Reconhecer comportamentos vulneráveis, identificar a cadeia de transmissão e refletir sobre a vivência sexual responsável. Duração: 40 minutos. Material: Aparelho de som e fichas de papel com desenhos Desenvolvimento: 1. Distribuir uma ficha para cada participante. 2. Enquanto estiver tocando a música, todos devem caminhar pela sala. Quando a música parar, devem se aproximar de um colega e copiar todos os desenhos da ficha do seu colega. 3. Colocar novamente a música e quando ela parar, todos devem se aproximar de outro colega e copiar todos os desenhos da ficha do colega. 4. Repetir esta operação por 4 ou 5 vezes e depois apresentar ao grupo a legenda. 5. Ao lado da legenda, colocar o nº de pessoas: o Que têm na sua ficha pelo menos um triângulo. o Que iniciaram com a ficha que tinha um círculo e depois copiaram pelo menos um triângulo. o Que iniciaram com a ficha que tinha a estrela azul e depois copiaram pelo menos um triângulo. 6. Promover uma reflexão sobre: auto-cuidado, vivência sexual prazerosa e responsável, comportamento de risco e cadeia de transmissão. Legenda Portador HIV (Uma única ficha - triângulo verde). Fez uso de Preservativo (Metade do número de participantes - círculo vermelho). « Não fez uso de preservativo (Metade do número de participantes estrela azul). Observação: Facilitar a participação do grupo, nas conclusões da vivência: Quem fez uso do preservativo, entrou em contato com a situação de risco, mas estava protegido. Quem não usou, correu risco. Algumas pessoas não usaram preservativo e não tiveram contato com o portador do HIV, mas estão em uma situação de risco em relação à AIDS e tiveram sorte. Todas as vezes que a música parou, é como se tivéssemos trocado de parceiro(a) sexual. Quando copiamos os desenhos do colega, são os relacionamentos anteriores que acompanham os novos relacionamentos. O único portador do HIV, colocou "x" pessoas em risco. 4. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS DSTS? As principais DSTs são : 1. Cancro mole: Causada pelo microrganismo Haemophilus ducreyi (bactéria). A doença afeta homens e mulheres. Caracteriza-se por feridas tipo úlcera, semelhante a sífilis, diferenciando-se desta por apresentar geralmente lesões múltiplas (pode ser única), por serem dolorosas, de borda irregular com contornos avermelhados e fundo irregular, cobertos por secreção amarelada, purulenta, com odor fétido e tendência a sangramento em leves traumatismos. Pode haver formação de íngua na região da virilha. A transmissão é por via sexual em qualquer forma (vaginal, oral, anal), aparecendo as lesões entre 3 a 5 dias após a relação sexual. Não há complicações sérias em nenhum sexo , uma vez que pela dor e incomodo a vítima sempre procura ajuda médico em curto espaço de tempo. Mas no caso de demora o diâmetro da úlcera pode aumentar dificultando o tratamento e deixando uma "porta" aberta para outras infecções. O tratamento é feito com antibióticos específicos. Prevenção: Preservativo e higienização antes e depois da relação sexual Glande apresentando uma ferida do Cancro mole – Fonte: PN-DST/AIDS/SVS/MS. 2. Candidíase ou moliníase: A candidíase é provocada por um fungo, a "candida albicans" ( o mesmo que provoca o sapinho na boca de recém nascidos). Como sinais e sintomas apresenta coceira na região infectada, dor a relação sexual, secreções e corrimentos esbranquiçados semelhantes a nata de leite na mulher . O homem geralmente apresenta apenas coceira no pênis, podendo muitas vezes não ter nenhum sintoma. Como pode surgir por outros motivos que levem a queda da resistência do organismo como a presença de diabetes, gravidez, obesidade, uso constante de roupas de tecido sintético e apertadas e com o uso de alguns medicamentos como antibióticos, corticóides, etc, não se trata exclusivamente de uma DST pura,. Não há nenhuma complicação séria, no tratamento tardio , exceto o incomodo dos sintomas. O tratamento é feito com medicamentos por via oral e/ou cremes vaginais. Prevenção: Preservativo e higienização antes e depois da relação sexual, evitar o uso constante de roupas sintéticas justas, tratar corretamente doenças existentes incluindo o parceiro mesmo que não apresente sintomas. 3. Condiloma ou verruga genital: É uma DST popularmente conhecida como "crista de galo" causada por um vírus (HPV - Human Papilloma Virus) caracterizada pelo crescimento de uma lesão tipo verruga (couve-flor) na região de contato (pênis, vagina ou anus). A presença do vírus pode ser assintomática principalmente na mulher ou a lesão inicial pode ser pequena e passar despercebida a ambos os sexos. A transmissão é feita por contato direto durante a relação sexual, podendo aparecer a lesão entre 2 semanas a 1 ano após o contato. Complicações do tratamento tardio ou não tratamento: em ambos os sexos :crescimento exagerado das verrugas, trazendo alterações estéticas da área genital, dificultando inclusive a higienização, propiciando assim a possibilidade de infecções secundarias. Na mulher: existe forte correlação entre a presença desta classe de vírus (HPV) com câncer de colo uterino. Daí a importância do exame ginecológico preventivo. No recém-nascido: contaminação durante o parto. O tratamento é realizado com a cauterização local ou cirurgia para a retirada de verrugas mais extensas. É comum as lesões tornarem a aparecer após o tratamento, devendo-se ficar atento. O uso de preservativo é o único método que oferece alguma proteção. Imagem de condiloma acuminado em genital masculino e feminino – Fonte: PN-DST/AIDS/SVS/MS. 4. Gonorréia ou blenorragia: É uma DST caracterizada secreção purulenta (amarelada) na uretra do homem e vagina na mulher. Inicia-se geralmente com coceira e ardência para urinar. É ainda hoje, uma das DSTs mais comuns por muitas vezes não apresentar sintomas importantes na mulher,sendo causada por uma bactéria : a Neisseria gonorrhoeae. É de transmissão muito fácil ao contato sexual, aparecendo os sintomas entre 2 a 10 dias após a relação com parceiro infectado. Se não diagnosticada a tratada precocemente, pode ocasionar: na mulher: abortamentos, parto prematuro, doença inflamatória pélvica, infeção uterina pós-parto. No homem : epididimite e prostatite. Em ambos os sexos: infertilidade, infecção renal, meningite, miocardite septicemia , artrite aguda. No recém-nascido: baixo peso,conjuntivite gonocócica, otite média,etc.Por relações anais: secreção anal além dos já citados para o homem . Os parceiros devem ser comunicados e tratados com antibióticos ao mesmo tempo. Prevenção: Preservativo e boa higiene. Gonorréia em homem – Fonte: PN-DST/AIDS/SVS/MS. 5. Herpes genital: É causado por um vírus chamado de "Virus herpes simplex", tipo 2. O primeiro sintoma é o aparecimento de minúsculas bolhas agrupadas (vesículas) que causam dor e ardência no local de inoculação (contato). Com o passar dos dias estas vesículas vão se rompendo e liberando pequena quantidade de líquido os quais formarão crostas ao secarem. Este líquido contém grande quantidade de vírus e é altamente infectante. Durante a fase de ruptura das vesículas pode haver febre e ínguas na região inguinal. A transmissão se dá por relação sexual em suas várias formas (vaginal, oral e anal), podendo aparecer sintomas iniciais entre 2 a 12 dias após a relação sexual nas áreas de contato. Complicações do tratamento tardio ou não tratamento: na mulher: abortamentos, parto prematuro e infecções uterinas, Em ambos os sexos: O herpes recidivante genital é freqüente e tende a durar de 5 a 10 dias, retornando em "crises" quando há queda da resistência corporal do portador do vírus. No recém-nascido: ocorre contaminação da criança durante o parto quando a mãe apresenta as lesões na hora do parto, estando indicado parto por cesárea nestes casos. O herpes neonatal é grave e muitas vezes fatal. Dos sobreviventes, 50% têm seqüelas neurológicas ou nos olhos. Não há tratamento que acabe com o herpes genital. O tratamento tem função de controle do número e intensidade das recidivas que certamente ocorrerão. Prevenção: O uso de preservativos previne a transmissão apenas nas áreas de pele recobertas pelos mesmos, podendo desta forma surgir a doença em áreas circunvizinhas desprotegidas que tiverem contato direto como bolsa escrotal, coxas, lábios, nádegas, etc. Herpes genital em homem – Fonte: PN-DST/AIDS/SVS/MS. 6. Linfogranuloma venéreo: É uma doença causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que causa inflamação de gânglios linfáticos (ínguas) da região da virilha. Inicialmente surge uma ou mais pequenas úlceras (2 ou 3mm) que cicatrizam sozinhas em cerca de 4 dias. Depois de 2 a 4 semanas da cicatrização surge o inchaço dos gânglios inguinais (virilha) que tornam-se grandes, dolorosos e com úlceras extravasando grande quantidade de líquido purulento. Nesta fase há geralmente sintomas gerais como febre, mal estar, etc. A transmissão é feita por contato sexual, surgindo os primeiros sintomas após 30 a 60 dias da relação. Complicações do tratamento tardio ou não tratamento: na mulher: elefantíase (inchaço) vaginal, partos prematuros. No homem: elefantíase peniano e escrotal (inchaço intenso) . Em ambos os sexos: em casos de relações anais ,evacuação sanguinolenta, diarréias, dor abdominal. No recémnascido: conjuntivite ou pneumonites neonatais. O tratamento é feito com antibióticos específicos por via oral. Prevenção: o uso de preservativos pode ser eficiente. 7. Pediculose do púbis ou “chato”: A doença não se trata de uma infecção e sim de uma infestação por um inseto da família do piolho, o Phtirus Pubis, que se aloja na região de implantação dos pelos pubianos, do baixo ventre, coxas e pelos anais. Popularmente conhecido como "chato" por causar coceira continuamente. A transmissão não é exclusivamente sexual, podendo ocorrer por roupas de cama contaminadas, roupas emprestadas sem lavar, etc. Não há complicações pela falta de tratamento, porém é difícil não procurar ajuda, devido a intensidade da coceira. O tratamento é local, exterminado o inseto e seus ovos, além de orientações de higiene doméstica. Neste caso o preservativo em nada ajuda. A escolha de um parceiro com bons hábitos de higiene, o que é fundamental na prevenção de todas as DSTs. 8. Sífilis ou cancro duro: É uma doença infecciosa de evolução crônica (lenta) tendo como agente causador o Treponema pallidum. As manifestações clínicas da sífilis dispõemse em fases distintas podendo iniciar-se de 2 a 3 meses após a relação. Sífilis primária: I nicia-se com a formação de uma úlcera (cancro) geralmente única, com a base endurecida, lisa, brilhante, contendo um pouco de secreção. Esta ulcera ocorre no local em que houve o contato e penetração, podendo ocorrer no pênis, na vagina (interna ou externamente) , podendo ainda ser encontrada nos lábios , interior da boca, dedos ou qualquer parte do corpo que tenha entrado em contato com a ferida do parceiro contaminado. IMPORTANTE: esta úlcera tende a cicatrizar-se sozinha em 3 a 5 semanas levando a pessoa a crer que “sarou”. Desta forma ela deixa de procurar tratamento médico, evoluindo para a segunda fase da sífilis. Sífilis secundária. Com a falta de tratamento a pessoa começa a apresentar mal estar e feridas na pele dos braços, tórax e abdome que também tendem a desaparecer espontaneamente em poucos dias ou semanas, o que leva algumas pessoas a continuarem sem tratamento médico, evoluindo para a fase mais perigosa desta doença : a sífilis terciária Sífilis terciária Com o passar dos anos sem tratamento lesões mais graves começam a surgir também em órgãos internos como coração, rins, artérias e cérebro resultando por fim a morte por falência dos órgãos. A transmissão se dá pelo contato sexual, em qualquer de suas formas. Complicações do tratamento tardio : na mulher : em grande a mulher não apresenta sintomas e não vê a úlcera por estar dentro da vagina, exceto na região anal. No homem : incomodo pela presença da úlcera. No recémnascido: lesões graves no cérebro, coração e rins, O tratamento é realizado com o uso de antibióticos que conseguem realmente curar a vítima e evitar graves complicações quando utilizado no início da doença. Prevenção: diminuir o número de parceiros, higiene antes e após o sexo.O uso do preservativo oferece alguma proteção. A imagem abaixo mostra as lesões papulosas em pênis (Sifílides papulosas). Essas lesões são também denominadas de condiloma plano, sendo extremamente infectantes. São lesões úmidas e apresentam odor ativo. Fonte: http://www.vivatranquilo.com.br/saude/colaboradores/ministerio_saude/doencas /dst/fotografias/fotografias_sifilis_secundaria4.htm, disponível em 22.03.2010. 9. Tricomoníase: É uma infecção dos genitais, causada pelo Trichomonas vaginalis. Pode não apresentar sintomas algum ou aparecer na mulher como um corrimento amarelo abundante com mau cheiro, coceira na região vaginal, dor abdominal e ardência ao urinar. O homem raramente apresenta ardência ao urinar ou um pouco de secreção amarela saindo pelo pênis. Os sintomas quando presentes costumam aparecer em torno de 10 dias após a relação. A tricomoníase é transmitida durante sexo vaginal. Não há comprovação de transmissão através de sexo oral ou anal. Complicações do tratamento tardio ou não tratamento: na mulher: vaginite. No homem: prostatite (infeção da próstata). O tratamento é realizado com antibióticos por via oral e creme local (na mulher) Prevenção: o uso de preservativo é um bom método preventivo. 10. AIDS A AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Acquired Immunodeficiency Syndrome) é causada pelo vírus HIV. Uma vez no organismo, o vírus instala-se no sistema imunológico, alterando e prejudicando os mecanismos de defesa. Isso deixa a pessoa exposta a infecções, que poderiam ser combatidas com eficiência por um organismo saudável. O vírus HIV é transmitido principalmente por: relações sexuais que podem ser de sexo vaginal (pênis-vagina), oral (pênis-boca, boca-vagina) ou anal (pênis-ânus), sem o uso de preservativos; pelo uso de seringas contaminadas entre usuários de drogas injetáveis; pelo contato com objetos pontudos ou cortantes contaminados, como bisturis, agulhas e outros instrumentos cirúrgicos; pela transfusão de sangue infectado ou de seus derivados (soro, plasma, etc.); da mãe para o bebê durante a gravidez, através da placenta, ou na amamentação. O vírus HIV reduz a resistência do nosso organismo exatamente por se instalarem dentro dos glóbulos brancos tornando-os ineficientes e deixandonos expostos a infecções por vírus e bactérias oportunistas, as que se aproveitam da queda de nosso sistema de defesa (imunológico) para infectarnos. Por isso são chamadas de infecções oportunistas. Estar "doente" com AIDS significa ser portador do vírus e ter infecções oportunistas como pneumonias, infecções intestinais, etc. que podem por fim levar a morte. O grande problema reside no fato de algumas pessoas possuírem o vírus no corpo e não saberem. Estes são os chamados portadores assintomáticos, que continuam mantendo relações sexuais com vários parceiros disseminando o vírus. Não existe nenhum sinal externo que nos permita saber se uma pessoa é portadora do vírus ou não. Desta forma a prevenção ainda é o melhor remédio, e para que haja prevenção e preciso ter informação. Não há atualmente um tratamento que elimine o vírus HIV. O que existe são remédios que associados (coquetel) e tomados diariamente reduzem muito a multiplicação do vírus em nosso organismo. 11. GARDNERELLA A doença é causada pela bactéria Gardnerella vaginalis. Provoca corrimento forte com um odor desagradável principalmente durante a menstruação e nas relações sexuais. Na verdade esta bactéria existe normalmente na vagina da maioria das mulheres sem causar problemas, mas por motivos desconhecidos podem começar a se proliferar demasiadamente causando infecção. Transmissão: Esta infecção na mulher pode ser primária, ou seja as bactérias já se encontravam nela. A transmissão ao homem é por via sexual. Complicações do tratamento tardio ou não tratamento: na mulher: inflamação do útero e trompas. Ruptura prematura de placenta em gestantes. No homem inflamação da uretra (canal da urina) raramente forma secreção na uretra. O tratamento é feito com medicamentos por via oral e vaginal (na mulher) Prevenção: Boa higiene e uso de preservativos é o caminho preventivo correto. 12. HEPATITE B A hepatite B é uma doença do fígado que pode persistir por vários anos, e em 10 % dos casos pelo resto da vida. Ela é causada pelo HBV (vírus da hepatite B) que pode ser encontrado em fluídos do corpo de uma pessoa infectada (sangue, secreções vaginais, sêmen (esperma) e saliva). Esta hepatite muitas vezes não apresenta nenhum sintoma ou sinal aparente (50% dos casos) . Quando surgem, é em média de 60 a 90 dias após o contato e contaminação. Os primeiros sintomas são febre, mal-estar, desconforto, dores abdominais, mais tarde surgem icterícia (a pele e os olhos tornam-se amarelados), urina escura (cor de coca-cola)e fezes claras e prurido (coceira) no corpo. A transmissão pode ser por relações sexuais; uso de drogas injetáveis compartilhadas com outros usuários; exposição a agulhas ou outros instrumentos contaminados (exemplos: tatuagens, perfuração da orelha, etc.); transfusão de sangue e seus derivados, sem pré investigação laboratorial para doenças transmissíveis que tornaram-se raras hoje em dia; procedimentos odontológicos e médicos (cirurgias e hemodiálises), se não observadas as normas segurança e esterilização. Existe também a possibilidade de transmissão de mãe para filho, no momento do nascimento e no leite da mãe contaminada. Complicações do tratamento tardio ou não tratamento: em ambos os sexos: Hepatite crônica ativa apresentando "surtos" podendo levar ao coma hepático e morte. Pode ainda lentamente evoluir para cirrose e mais tarde câncer no fígado. Não existe tratamento específico para a hepatite B. Ele é feito sintomaticamente, isto é: medicamentos para combater os sintomas como náuseas, vômitos e dores relacionadas a hepatite e suas complicações. A prevenção se faz evitando os modos de transmissão. O uso de preservativo em relações sexuais é um deles. Esta é uma doença de notificação obrigatória à vigilância sanitária que irá acompanhar o tratamento, conscientizar e orientar a pessoa infectada para evitar a disseminação do vírus. Existe hoje uma vacina contra hepatite B, que vem sendo aplicada na população infantil, menores de 1 ano de idade e, nos locais com maior prevalência da infecção, isto é, Estados que compõem a Amazônia Ocidental, Espírito Santo, a na região ocidental de Santa Catarina e Paraná nos indivíduos menores de 15 anos de idade. Também estão sendo vacinados os grupos de risco.(fonte FUNASA) 13. CLAMÍDIA A clamídia é uma doença sexualmente transmissível comum causada pela bactéria Chlamydia trachomati, a qual pode danificar os órgãos reprodutores da mulher. Ainda que os sintomas da clamídia sejam geralmente moderados ou ausentes, ela pode gerar complicações sérias que causam danos irreversíveis, incluindo infertilidade, antes que a mulher reconheça o problema. Clamídia também causa secreção no pênis de homens contaminados. A clamídia pode ser transmitida durante o sexo vaginal, anal ou oral. Clamídia também pode ser passada da mãe infectada ao bebê durante o parto natural. Qualquer pessoa sexualmente ativa pode ser infectada com clamídia. Quanto maior o número de parceiros sexuais, maior o risco de infecção. Uma vez que o cérvix (entrada para o útero) de garotas adolescentes e mulheres jovens não está totalmente amadurecido, ele está sob risco particularmente alto de infecção em atividades sexuais. Já que clamídia também pode ser transmitida pelo sexo oral ou anal, relações homossexuais masculinas também apresentam risco. Clamídia é conhecida como uma doença "silenciosa" porque em torno de 3/4 das mulheres e metade dos homens infectados não apresentam sintomas. Caso os sintomas apareçam, eles geralmente se manifestam entre 13 semanas depois da contaminação. Nas mulheres a bactéria inicialmente infecta o cérvix e a uretra. Mulheres que apresentam sintomas podem ter secreções vaginais anormais e sensação de queimação ao urinar. Quando a infecção se espalha do cérvix aos tubos de falópio algumas mulheres ainda podem não apresentar nenhum sintoma, outras têm dores no abdômen inferior e na parte de baixo das costas, náusea, febre, dor durante o sexo e sangramento entre os ciclos menstruais. Infecção de clamídia no cérvix pode se espalhar para o reto. Homens com sintomas podem ter secreções no pênis ou sensação de queimação ao urinar. Homens também podem ter queimação e coceira ao redor da abertura do pênis. Dor e inchaço nos testículos são incomuns. Homens ou mulheres que tiveram intercurso anal receptivo podem adquirir infecção de clamídia no reto, o que pode causar dor na região, secreções ou sangramento. Clamídia também pode acontecer na garganta de homens e mulheres que tiveram sexo oral com parceiros infectados. Caso não tratada, as infecções de clamídia podem progredir para sérios problemas reprodutivos e de saúde com conseqüências de curto e longo prazo. Assim como a doença, os danos que a clamídia causam são freqüentemente "silenciosos". 4.1 *Curiosidade 1: Em 1928, Alexander Fleming descobriu a penicilina e com isso houve uma redução do número de casos de sífilis, uma das mais temidas DSTs da época. Leia este texto e reflita: “Presume-se que os primeiros casos de AIDS tenham ocorrido por volta de 1977-78 na África, no Haiti e nos Estados Unidos e a denominação de AIDS para a nova doença veio a ocorrer em 1982. No Brasil, os primeiros casos foram diagnosticados em 1982. Atualmente, Estados Unidos, Brasil, Uganda e França são os países com maior número de casos de AIDS detectados. A AIDS pegou de surpresa a classe médica. Era uma doença nova, poucas pessoas a compreendiam e não havia pessoal treinado para lidar com os pacientes infectados. Em pouco tempo, a doença serviu para aumentar os preconceitos em relação à sexualidade. Como a grande maioria das pessoas contaminadas era de homossexuais, logo moralistas entenderam a doença como castigo de Deus. Chamavam mesmo de "peste gay". E os puritanos culpavam a liberdade sexual. Essas posturas geraram muito medo e insegurança. Percebeu-se, em seguida, no entanto, que pessoas com outras características também se contaminavam com o vírus HIV, além dos homossexuais. Notou-se que havia a possibilidade de contaminação por transfusões de sangue (e, na época, o sangue ainda não era testado para a presença do HIV). Assim, muitos hemofílicos, que necessitam periodicamente de transfusões de sangue, se contaminaram. Foi o caso do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e de seu irmão, o cartunista e chargista Henfil. Quase simultaneamente, descobriu-se que pessoas que compartilhavam seringas, no ritual de consumo de drogas, também se contaminavam. Criou-se então a denominação de grupos de risco para aqueles conjuntos de pessoas mais suscetíveis de se contaminarem pelo HIV. Assim, pessoas que não faziam parte dos chamados grupos de risco não se preocupavam com a contaminação e não se protegiam em seus contatos sexuais. Dessa forma, o contágio acabou por se expandir também para pessoas heterossexuais que nunca haviam tido experiências com drogas injetáveis, contatos homossexuais ou transfusões de sangue. A falta de cuidado fez com que a AIDS se disseminasse tremendamente entre jovens e mulheres. Atualmente, cerca de 1/5 das pessoas com AIDS têm por volta de 20 anos de idade. Em 1985, a proporção de homens contaminados para mulheres contaminadas era de 28 homens para uma mulher. Em 1990 já era de 6 para 1 e em 1997 chegou a 3 para 1. As pesquisas têm mostrado que a maioria das mulheres infectadas em São Paulo tem parceiro fixo, possui baixa escolaridade e ocupação não- qualificada, não pertencendo ao chamado 'grupo de risco'. Quanto ao perfil socioeconômico, até 1984, a incidência da infecção ocorria entre pessoas que tinham nível superior de escolaridade. Hoje, a maioria das pessoas infectadas não são alfabetizadas ou possui escolaridade até a 4ª série". Assim, o modo de contágio foi-se modificando e, hoje em dia, não se fala mais em grupos de risco, mas sim em comportamentos de risco. Dessa forma, qualquer pessoa corre o risco de se contaminar pela AIDS, já que uma pessoa portadora do HIV não tem nenhuma característica que a distinga de uma outra pessoa sã. Dos dados estatísticos que vimos, conclui-se que o papel do educador aumenta muito em importância já que, atualmente, os grupos que mais têm aumentado o percentual de contaminação são os de jovens e de mulheres.” http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2001/se2/se2txt2.htm, disponível em 22.04.2010 4.2 Curiosidade 2: Como o HIV atua no organismo: “Após a contaminação, o vírus, começa a penetrar, principalmente, no interior das células do sistema imunológico (glóbulos brancos, macrófagos etc.) e pode aí permanecer por um intervalo de tempo que pode variar muito de pessoa para pessoa. Durante esse período, o organismo produz anticorpos anti-HIV, mas que não são capazes de debelar o vírus. No entanto, é exatamente a detecção desses anticorpos no organismo que permitirá o diagnóstico da infecção pelo HIV através de um exame de sangue. Tal detecção só será possível cerca de 90 (noventa) dias após o contágio. Esse período é chamado de "janela imunológica". Ocorrida a infecção, há um período de incubação de 6 meses a 8 anos (com duração média de 9 a 22 meses). Nesse período de incubação, a grande maioria dos infectados permanece assintomática. Algumas pessoas, no entanto, desenvolvem sintomas como febre, mal-estar, fadiga, dores articulares, diarréia, vômitos, dores de cabeça e outros, que coincidem com o período em que as reações sorológicas, no exame de sangue, se tornam positivas. Após este período, entretanto, o indivíduo pode permanecer assintomático por tempo indeterminado mas continua transmitindo o vírus. A progressiva destruição das células infectadas vai levando ao enfraquecimento do sistema imunológico do indivíduo, permitindo que outras infecções e alguns tipos de câncer se desenvolvam. Essas doenças acabam por debilitar a pessoa. http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2001/se2/se2txt2.htm, disponível em 22.04.2010. Atividade 4: - Pesquisar mais sobre as principais DST, suas causas, sintomas, tratamento, índice de ocorrências entre os homens e mulheres. - Pesquisar quais são os métodos anticoncepcionais mais utilizados no Brasil. Atividade 5: Testando Lubrificantes Objetivo geral : Mostrar que só lubrificantes à base de água não rompem a camisinha. Duração: 10 minutos. Material: Camisinhas e lubrificante íntimo KY da Johnson ou Preserv Gel e vaselina. Desenvolvimento: 1. O facilitador solicita que os participantes encham duas camisinhas como bexiga; em seguida, pede quatro voluntários. 2. Coloca que dois voluntários segurarão cada camisinha e que os outros dois irão passar lubrificantes diferentes em cada camisinha. 3. Explica que um irá passar vaselina e o outro o lubrificante à base de água. 4. O facilitador pergunta aos outros participantes o que acham que irá acontecer. 5. Solicita então que os dois voluntários comecem ao mesmo tempo a esfregar, rapidamente e sempre no mesmo lugar, os diferentes lubrificantes que receberam, simulando o atrito de uma relação sexual. 6. Depois de um tempo, o preservativo com a vaselina deverá estourar. Então, o facilitador conclui com os alunos a importância de só utilizar lubrificantes à base de água, pois esses não são prejudiciais ao preservativo. 5. Contextualização Quando a vida nos apresenta algum tipo de problema, precisamos de alguma maneira enfrentá-lo. Assim acontece em relação à sexualidade, ao aumento do número de contágios por DSTs, apesar de toda campanha publicitária e de orientação ao uso de “camisinha” e de outros métodos contraceptivos. Hoje não é difícil encontrar jovens que estejam nesta situação pois iniciam cada vez mais cedo a vida sexual, influenciados pela cultura do corpo perfeito, erotizado e explorado através dos diferentes veículos da mídia, onde o sexo é banalizado e sem conseqüências. Portanto, é necessário que o adolescente receba informações corretas que possibilitem o conhecimento sobre o sexo e sua sexualidade levando-o a uma reflexão e aos cuidados para prevenção dos problemas inicialmente citado, ajudando-o a formar conceitos e tomar atitudes baseadas na afetividade no respeito ao próprio corpo, cultura e valores. http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/html/451/body/07.htm, acesso em 15/03/2010. 6. DINÂMICAS: a) DINÂMICA: EXPRESSANDO A SEXUALIDADE Objetivo: Discutir com os adolescentes as manifestações da sexualidade. O que você irá precisar: Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas e jornais atuais, tesouras e cola. Tempo: 30 minutos. O que você faz: Trabalho individual: 1 - Pedir para os adolescentes pensarem em algo que tenham visto, ouvido, falado ou sentido sobre sexualidade. 2 - Solicitar que guardem para eles esses pensamentos. Não é necessário escrever. Trabalho em grupo: 1 - Formar grupos de 5 adolescentes e solicitar que conversem sobre diferentes situações em que a sexualidade é manifestada pelas pessoas e no ambiente social. 2 - Entregar revistas, jornais, folhas de papel, canetas, tesouras e cola aos grupos. 3 - Solicitar que os grupos montem um painel com as figuras, os anúncios e textos que estejam relacionados com a sexualidade. 4 - Após a elaboração do painel, pedir para cada grupo eleger um representante para explicar como foi o processo de discussão e de montagem do painel. 5 - Cada coordenador de grupo coloca seu painel em uma parede da sala e explica para o grupão o seu real significado. 6 - Após as apresentações dos coordenadores, abrir um debate com todos os participantes. 7 - O facilitador poderá fazer uma síntese dos tópicos apresentados e incentivar a reflexão sobre essas manifestações da sexualidade em diferentes culturas. Pontos para discussão: a) Por que as pessoas confundem sexualidade com sexo? b) De que maneiras a sexualidade pode ser expressada? c) Que sentimentos podem estar envolvidos na expressão da sexualidade? d) O que se entende por sexualidade, sensualidade, erotismo e pornografia? Resultados esperados: Ter esclarecido as concepções do grupo sobre sexualidade e suas diferentes formas de expressão. b) POR QUE TANTA DIFERENÇA? Objetivo Geral: Discutir como os participantes percebem os papéis sexuais entre homens e mulheres na sociedade. O que você irá precisar: Sala ampla, folhas de papel sulfite, canetas, cartolinas ou papel manilha. Tempo: 40 minutos. O que você faz: 1 - Dividir os participantes em 6 grupos: 03 grupos do sexo masculino; 03 grupos do sexo feminino. 2 - Solicitar que os 03 grupos do sexo masculino, discutam por subgrupos: vantagens de ser mulher; desvantagens de ser mulher. 3 - Solicitar que os 03 grupos do sexo feminino, discutam por subgrupos: vantagens de ser homem; desvantagens de ser homem. Após a discussão, devem preparar uma lista com as referidas vantagens e desvantagens de ser homem ou mulher. 4 - Após a montagem da listagem cada grupo apresenta seus resultados. Observação: Nesta dinâmica de grupo é proposital os garotos pensarem sobre as vantagens e desvantagens de ser mulher e vice-versa. Dessa forma, um sexo se coloca no lugar do outro. Pontos para discussão: a) Qual a origem dessas diferenças? b) Como essas diferenças são vistas em outras sociedades? c) Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das mulheres? d) Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e quais são estereotipadas? e) É possível ser homem e ter ou fazer alguns dos tópicos listados em "mulher" e vice-versa? f) O que significa "masculino" e "feminino"? É o mesmo que "macho" e "fêmea"? Resultados esperados: Membros do grupo terão iniciado a pensar sobre as diferenças dos papéis sexuais. c) A BALANÇA Objetivo: Auxiliar os adolescentes a avaliarem as razões para adiar ou iniciar precocemente as relações sexuais. O que você irá precisar: Sala ampla e confortável, tiras de papel cartão, 1 cabide para cada grupo, barbante, pratos descartáveis de bolo, etiquetas auto-adesivas, canetas hidrográficas. Tempo: 40 minutos. O que você faz: 1 - O facilitador solicita que os participantes formem grupos de 4 a 5 pessoas. 2 - Pede-se que montem uma balança ou as receberão prontas. 3 - Cada prato da balança será etiquetado com números e eles simbolizam: Prato 1: o porquê de se iniciar relações sexuais precocemente; Prato 2: o porquê de se adiar relações sexuais precocemente. 4 - O facilitador distribui 10 fichas (tiras de papel cartão) para cada grupo (ou de acordo com a necessidade dos grupos). 5 - Cada grupo debate sobre razões/situações que se refiram ao porquê de iniciá-las ou adiá-las. 6 - O grupo escreve em cada ficha uma situação apontada durante a discussão. 7 - Cada grupo coloca no prato 1 da balança todas as fichas que se refe-rem ao início precoce das relações sexuais e, no prato 2, todas as fichas referentes ao adiamento. 8 - Cada grupo apresenta seu trabalho, equilibrando a balança no dedo, identificando em qual dos pratos predomina a opção do grupo (o prato mais pesado). 9 - O facilitador pendura uma balança em seu dedo com os pratos vazios. Ele expõe as razões citadas pelos grupos. 10 - A cada situação mencionada pelo facilitador, os grupos vão até a balança e colocam uma ficha correspondente e debatem sobre o assunto. 11 - A cada ficha colocada em um dos pratos da balança do facilitador, os participantes visualizam o equilíbrio X desequilíbrio da mesma, mostrando a decisão do grupão, a partir do prato mais pesado. Pontos para discussão: a) Identificar situações de pressão/sedução que levam à relação sexual. b) Saber decidir se vai ter ou não relação sexual. c) Avaliar as conseqüências de se iniciar precocemente as relações sexuais. Resultados esperados: Ter auxiliado a reflexão sobre relações sexuais precoces na adolescência e ao posicionamento de não ceder às pressões para o fato. d) JOGO DAS APARÊNCIAS Objetivo Geral: Demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem na comunicação. O que você irá precisar: Sala ampla e confortável, balões, pedaços de papel, lápis ou canetas, música alegre e movimentada. Tempo: 30 minutos. O que você faz: 1 - Entregar um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em branco para cada um dos participantes. 2 - Cada pessoa deve escrever no papel 3 (três) características pessoais, de maneira que a partir destas características ela possa ser identificada pelos outros participantes. 3 - A seguir os participantes devem dobrar o papel e colocá-lo dentro do balão. 4 - Agora, cada pessoa deve encher o seu balão. Quando todos os ba-lões estiverem cheios devem ser jogados todos para cima ao mesmo tempo ao som de uma música animada. 5 - Quando a música parar, cada um deve pegar o balão que estiver na sua frente e estourar. 6 - Finalmente, cada participante deve ler o papel que encontrar dentro do balão e tentar identificar a pessoa que apresenta as características descritas. Pontos para discussão: a) Como adquirimos os estereótipos? b) Por que, muitas vezes, as aparências enganam? c) Os estereótipos influenciam no comportamento e nos sentimentos das pessoas? De que forma? Resultados esperados: Ter discutido os estereótipos conhecidos na comunidade. e) A RODA DA SURPRESA Objetivo Geral: Auxiliar o adolescente a refletir sobre situações de medo, angústia, negação, transferência de responsabilidade e recusa, frente ao desconhecido DST/AIDS. O que você irá precisar: Caixas de vários tamanhos (para uma caber dentro da outra), presentes (apito, mamadeira, meia, óculos, lenço, pente e chupeta). Música alegre e movimentada. Tempo: 30 minutos O que você faz: 1 - Colocar o presente dentro da caixa menor, e colocá-la dentro das outras caixas; e 2 - Solicitar que os participantes façam um grande círculo e explicar o jogo. DENTRO DESTE PACOTE TEM UM PRESENTE. O PACOTE VAI PASSAR DE MÃO EM MÃO AO SOM DE UMA MÚSICA. QUANDO A MÚSICA PARAR, A PESSOA QUE ESTIVER COM O PACOTE DEVE ABRI-LO E USAR O PRESENTE NA FRENTE DE TODOS. 3 - O facilitador entrega a caixa a um dos participantes, que deverá passar para o colega do lado ao som de uma música; 4 - Quando a música parar, quem estiver com a caixa deve abri-la; retira- se a primeira caixa e dá-se continuidade ao jogo; e 5 - O jogo continua até que alguém pegue o presente. 6 - O participante que encontrar o presente deverá usá-lo na frente de todos. Pontos para discussão: a) O que você pensava enquanto o pacote passava por você? b) Qual o seu sentimento frente ao desconhecido? Resultados esperados: No final do exercício, os adolescentes terão refletido sobre medos, negação, transferência de responsabilidade, crenças e atitudes em relação às DST/AIDS. f) NUNCA VI MEU PARCEIRO - QUERO TRANSAR! Objetivo: Demonstrar aos adolescentes a importância no uso do preservativo em todas as relações sexuais, pois os aspectos físicos, embora pareçam saudáveis, não quer dizer que sejam imunes às DST/AIDS. O que você irá precisar: Toca-fitas; fita com música rápida e lenta, vendas para os olhos, barbante. Tempo: aproximadamente 20 minutos. O que você faz: 1 - Iniciar a atividade ainda com os adolescentes sentados em círculo, reforçando que o nosso papel, enquanto educadores, é respeitar a orientação sexual de cada indivíduo. Nisto inclui também o respeito pelas mais diferentes formas de realizações sexuais. 2 - Situar o grupo no espaço físico que será utilizado para a realização da atividade (círculo feito de barbante), não sendo permitido o toque nos colegas com as mãos, mas com outras partes do corpo (rosto, cabeça, tórax e pernas). 3 - Vendar os olhos de todos os participantes. 4 - Colocar uma música de dança rápida por aproximadamente 3 minutos. 5 - Colocar uma música lenta e solicitar que cada um encontre um parceiro. 6 - Com a ajuda do facilitador tentar fazer com que fiquem em dupla e so-licitar que ambos se entrelacem com as pernas e com os braços. 7 - Retirar as vendas e solicitar que cada um dê um abraço no colega e em seguida, sentem-se. Pontos de Discussão: Levantar com o grupo as percepções: como acontecem os envolvimentos sexuais ocasionais? conhecemos realmente o estado de saúde dos nossos parceiros pela aparência física? se não os conhecemos, como nos envolvermos sem correr risco na transmissão das DST/AIDS? eis a questão: transamos ou não transamos? Observações: Deixar claro para o adolescente que nesta atividade deve predominar o respeito à qualquer tipo de envolvimento e orientação sexual. g) Dramatização Objetivo Geral: Refletir sobre os preconceitos sociais acerca das DSTs. Objetivos Específicos compreender o significado biopsicosocial das DSTs; valorizar a vivência sexual responsável como expressão de maturidade pessoal e relacional; identificar o conhecimento sobre as DSTs. Duração: 1 hora. Desenvolvimento: 1. Distribuir a cada um dos grupos uma situação a ser dramatizada. Estas situações devem ser adaptadas e contextualizadas de acordo com o grupo a ser trabalhado. Situações Sugeridas para Dramatização André e Marina estão namorando há quatro meses. André apresentou uma secreção uretral purulenta e ardência ao urinar três dias após a primeira relação sexual com Marina. André foi ao Centro de Saúde e ao saber o diagnóstico ficou revoltado. José descobriu uma lesão única e indolor no seu pênis. Conversou com seu colega e foi junto com ele à farmácia comprar uma pomada. Depois de alguns dias a lesão desapareceu. Maria tem 20 anos e está de casamento marcado com Marcos para Dezembro. Descobriu há 15 dias que Felipe, seu ex-namorado, era usuário de drogas e foi internado com aids. Represente o namorado, a família e os amigos de Maria. Luís tem 17 anos e ficou preocupado após ouvir uma palestra sobre aids na escola, porque este ano "ficou" com mais de dez meninas sem usar preservativo. Represente os amigos de Luís, a família e as "namoradas". Paulo tem 18 anos e há 2 meses tem apresentado diarréia, perda de peso acentuada sem causa aparente, e agora apareceu com pneumonia por Pneumcystis carini. Represente a família e os amigos de Paulo. 7 - Recursos didáticos 7.1 Sites http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMISCEBD192APTBRIE.htm, acessado em 15/03/2010. Site oficial do Ministério da Saúde onde estão disponíveis informações de fácil entendimento constituindo-se num material de pesquisa sobre Aids e DSTs. Apresenta um link “Betinho” com textos sobre sua trajetória e luta contra a AIDS. 7.2 Sons e vídeos 3.2.1 Sons http://www.cazuza.com.br/ acesso 16/10/2010 Título: Vida louca vida. Intérprete: Cazuza Faixa- 1ª Título do CD : O tempo não para Gravadora e ano : PolyGram – 1988. Compositor: Lobão e Bernardo Vilhena Vida breve... Já que eu não posso te levar... Quero que você me leve Vida louca vida... Vida imensa... Ninguém vai nos perdoar Nosso crime não compensa .......Se ninguém olha quando você passa você logo acha 'Eu tô carente' 'Eu sou manchete popular' Tô cansado de tanta caretice, tanta babaquice Desta eterna falta do que falar Comentário Ao lançar o CD “A Vida não para” com as músicas "Vida louca vida" e "O tempo não pára" Cazuza já sabia que era portador do vírus da AIDS. Atividade proposta: buscar o significado de expressões da letra, propor discussão e elaboração de um painel. Título: O tempo não pára Intérprete: Cazuza Faixa- 6ª Título do CD : O tempo não para Gravadora e ano : PolyGram – 1988 Compositor: Cazuza e Arnaldo Brandão Disparo contra o sol Sou forte, sou por acaso Minha metralhadora cheia de mágoas Eu sou o cara Cansado de correr Na direção contrária Sem pódio de chegada ou beijo de namorada Eu sou mais um cara Mas se você achar Que eu tô derrotado Saiba que ainda estão rolando os dados Porque o tempo, o tempo não pára Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo sem um arranhão Da caridade de quem me detesta Comentário A música evidencia a luta pela vida, sabendo do pouco tempo que lhe resta e o sofrimento que o atordoa. Atividade proposta: pesquisa e debate sobre a vida e hábitos deste cantor, levando-o a adquirir o vírus da AIDS e a sensação causada pela música. 7.2.2 Vídeos Rap da prevenção http://www.youtube.com/watch?v=fLCAqQqEtNI Produção: Ritamarpaula duração 03:32 Rap entoado por três jovens que apresentam as principais DSTs , apresenta os métodos de transmissão ,evidencia a necessidade do uso da camisinha como prevenção. Faz referência aos perigos da AIDS. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AUSUBEL, D.P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo. Moraes: 1982 BRASIL. Ministério da Saúde. Dados e pesquisas em DST e AIDS. Brasília: MS, 2004a. Disponível em: <http:www.aids.gov.br>. Acesso em: 28 abr. 2009. CAETANO, Márcio Rodrigo Vale. Os gestos do silêncio para esconder as diferenças. In: SOARES, Guiomar Freitas; SILVA, Meri Rosane Santos da; RIBEIRO, Paula Regina Costa (orgs). Corpo, Gênero e Sexualidade: problematizando práticas educativas e culturais, p. 95-107. 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