Agosto de 2005 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL nando Coruja – PPS/SC e o Deputado Raul Jungmann – PPS/PE como titular e suplente, respectivamente, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito destinada a apurar denúncias de recebimento de quaisquer vantagens patrimoniais e/ou pecuniárias indevidas por membros do Congresso Nacional, com a finalidade de aprovar as matérias de interesse do Poder Executivo e, as acusações do mesmo teor nas deliberações da Proposta de Emenda à Constituição nº 1/1995 que dispõe sobre a reeleição para mandatos executivos. Atenciosamente, – Deputado Dimas Ramalho, Líder. Ofício nº 307/2005 – GLDBA Brasília, 5 de agosto de 2005 Senhor Presidente Nos termos regimentais, comunico que o Senador Flávio Arns passará a compor, na qualidade de Suplente, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar as causas e conseqüências de denúncias de atos delituosos praticados por agentes públicos nos Correios – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em substituição ao Senador Antonio Carlos Valadares. Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe minhas cordiais saudações. – Senador Delcídio Amaral, Líder do Partido dos Trabalhadores e do Bloco de Apoio ao Governo. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) – Serão feitas as substituições solicitadas. O SR. PRESIDENTE (Tião Viana. Bloco/PT – AC) – Há oradores inscritos. Concedo a palavra ao eminente Senador Marco Maciel. S. Exª dispõe de até 15 minutos. O SR. MARCO MACIEL (PFL – PE. Pronuncia o seguinte discurso. Com revisão do orador.) – Exmo Sr. Presidente desta sessão, Senador Tião Viana, Srªs e Srs. Senadores, realizou-se anteontem a reunião extraordinária da Subcomissão Permanente de Ciência e Tecnologia do Senado Federal em atendimento ao requerimento assinado pelo Senador Roberto Saturnino e por mim com o objetivo de discutir os Fundos Setoriais nas Áreas de Ciência e Tecnologia. Os participantes da audiência foram o Dr. Odilon Antonio Marcuzzo do Canto, Presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), entidade responsável pelo gerenciamento dos Fundos Setoriais; o Professor Ênnio Candotti, Presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), instituição aliás muito reputada da comunidade científica brasileira, e o Professor Roberto Nicolsky, Diretor-Geral da Protec (Sociedade Brasileira Pró-inovação Tecnológica). Sábado 6 26681 Sr. Presidente, os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia foram criados pelo Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Os recursos são gerados pelas contribuições dos setores da economia objeto da desestatização promovida na economia, uma espécie de royalties sobre as receitas obtidas na exploração da atividade econômica a que esses fundos se dedicam, e se constituem, a meu ver, numa notável alavanca para o desenvolvimento científico e tecnológico do País, pois o patrimônio desses fundos destina-se a fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, inclusive inovações, o que é fundamental e extremamente relevante para as respectivas áreas de atividade. Cada fundo, como dispõe lei sobre o assunto, está voltado para uma área tecnológica como aeroespacial, agronegócio, biotecnologia, telecomunicações, saúde, Amazônia, energia, entre outros. Hoje são 15 ao todo, cabendo destacar o Fundo VerdeAmarelo, cujo objetivo é mais genérico, qual seja, proporcionar recursos para promover integração da universidade e dos centros de pesquisa científica com o setor produtivo. Interessante destacar que a destinação dos recursos é feita por meio de projetos aprovados por um Comitê Gestor, associado ao respectivo Fundo, que é composto de representantes do Governo (ministérios e agências reguladoras pertinentes), da comunidade científica e da iniciativa privada, que ainda tem no Brasil uma baixa participação na alocação de recursos para a promoção da atividade científico-tecnológica. Se compararmos com outros países, ainda é pequena, muito pequena, a participação, infelizmente, das empresas nessa área. Essa composição do Comitê Gestor é também estabelecida em lei e deve fazer com que os recursos tenham uma destinação objetiva e socialmente produtiva. A instituição dos Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia representou, não podemos deixar de reconhecer, efetivamente, uma das iniciativas mais importantes no que se refere ao esforço de estimular o desenvolvimento científico e tecnológico do País, inclusive na área da inovação. A necessidade de realizar investimentos substanciais e crescentes nessa área demanda, como é de conhecimento público, somas crescentes de recursos financeiros, e o advento dos fundos significou considerável incremento nas perspectivas de desenvolvimento das atividades na área de ciência e tecnologia do nosso País. Para darmos apenas um exemplo, Sr. Presidente, a CT-Petro (Fundo Setorial do Petróleo e Gás Natural) implementado em 1999, investiu mais de R$37 milhões em variadas atividades do setor científico-