ATA DA 20ª REUNIÃO DA CÂMARA SETORIAL DE MANDIOCA Data : 08/10/2000 Local: Conchal - SP Membros Presentes : Aldo Baraldi Junior, Katuyuki Kinoshita, Elza Shisue Kurita Aoki, Geraldo Buzolin, José Osmar Lorenzi, Santo Augusto Pissinati Filho. Convidados: Silvio Cesar de Souza, José Roberto da Silva, José Eduardo Camargo, Francisco E. Correa, Antonio Cambaúva Cheto, Moise E. Beçak. Pauta da Reunião: 1. Aprovação da ata da reunião anterior; 2. Palestra: "Combate biológico da lagarta da mandioca (mandorova) - Prof. Silvio José Bicudo - UNESP/Botucatu; 3. Outros assuntos A Secretária da Câmara fez a abertura da reunião justificando a ausência do Sr. José Reynaldo Bastos da Silva, que não pode comparecer por motivos particulares. Aprovada a ata da reunião anterior passou-se a palavra ao palestrante, Sr. Silvio José Bicudo que proferiu palestra sobre o "Combate biológico da lagarta da mandioca": Alguns prejuízos causados pelo mandorova - desfolha a planta, diminui a produção da raiz, aumenta a possibilidade de doenças como a bacteriose e diminui a quantidade do material para plantio. Formas de controle: Controle de pulpas - no preparo do solo; Catação manual das lagartas - áreas pequenas; Produtos químicos; Armadilhas luminosas; Inimigos naturais (vespa, mosca, aves, doenças da própria lagarta). Doenças do mandorova - Agente: Baculovirus erynnys (virus específico da lagarta da mandioca). O Prof. Silvio fez uma demonstração de como é extraído o vírus do Baculovirus erynnys preparando um "suco" para ser aplicado via pulverizador nas plantações. Cerca de 20 ml desse extrato diluído em 600 litros de água, devendo ser aplicado 200 litros por hectare pela manhã. A lagarta comendo a folha pulverizada será contaminada pelo vírus. Inspeções periódicas na plantação é de grande importância na detecção das larvas. Pouca chuva também favorece a infestação por pragas de mandorová. Essa alternativa de controle de pragas é bastante eficaz embora ainda pouco divulgada. Custo extremamente reduzido. Esse defensivo biológico age somente nesse tipo de praga, assim não oferece danos ao meio ambiente. O mandorova mesmo infectado pode passar de pulpa para adulto mas será uma lagarta doente com baixa qualidade de vida. É importante observar os cuidados na aplicação para que sejam pulverizadas todas as plantas garantindo a infestação de grande parte das lagartas. O controle dos adultos ainda sobreviventes ao virus pode ser feito com armadilhas luminosas. O Sr. Silvio do SEBRAE sugeriu divulgar esse tipo de controle de pragas para os produtores através de cursos nos EDR´s para os extencionistas da CATI. O Sr. Lorenzi do IAC falou sobre as variedades de mandioca com boa qualidade para a indústria. Ressaltou que a bacteriose é o grande inimigo da cultura portanto a sanidade do material para cultivo é de grande importância. Na região de Ubatuba a temperatura favorece o desenvolvimento de plantas isentas de bacteriose. Falou ainda da importância de se estabelecer uma ponte entre vendedor de Ubatuba e o comprador de manivas. Ailza F. S. Calderani Secretária Executiva