Teoria Teoria do ressalto elástico: as forças tectónicas exercem tensões sobre os materiais constituintes do interior da Terra até ser atingido o limite máximo de elasticidade. Quando tal ocorre, origina-se uma rutura do material que culmina com libertação de uma grande quantidade de energia. Princípios A libertação de energia acumulada, a partir do hipocentro, transmite-se através de ondas sísmicas que podem propagar-se no interior da Terra ou à superfície. Neste último caso, as vibrações das partículas do solo, transmitem-se às construções, podendo causar-lhes danos diversos ou até mesmo a destruição O centro de massa dos edifícios pode entender-se como um ponto imaginário, no qual se concentra a sua massa. Assim, quanto mais afastado do solo estiver o centro de massa dos edifícios, maior será o seu desequilíbrio. Claro que, para se verificar a influência da altura, é necessário manter constante o material da estrutura do edifício. Todos os edifícios têm um período de oscilação natural - o tempo que o edifício leva para balançar de um lado para outro, uma vez. Se a oscilação natural de um edifício tem o mesmo período de oscilação das partículas do solo, durante um sismo, o edifício vai oscilar mais. Em termos comportamentais, sabe-se que os diversos materiais podem ter um comportamento frágil ou dúctil de acordo com a tensão que lhes é aplicada. Diferentes tipos de materiais apresentam comportamento distinto, logo o seu ponto de cedência é também distinto. A densidade dos materiais é também um fator de enorme importância na prevenção de danos nas construções. Conceitos Sismos; ondas sísmicas; forças tectónicas; tensão; libertação de energia; ressalto elástico; abalo sísmico; centro de massa; oscilação; frágil; dúctil; densidade. Figura 1. Modelo para o ensino. De que forma a altura e o tipo de material de construção dos edifícios condiciona a sua resposta aos abalos sísmicos? Juízos de valor Com este modelo, não análogo, pretende-se mimetizar os efeitos de um abalo sísmico sobre edifícios de diferentes alturas e constituições. É importante referir que existem outros fatores que influenciam os danos nas construções, quando ocorre um sismo. É também de salientar que, embora se tenha observado que o edifício de madeira oscila menos, este material não é considerado na construção antissísmica, pois é mais suscetível a processos de deterioração. Conclusões Mantendo constantes as restantes condições, a vibração que simula o abalo sísmico, provoca um movimento oscilatório nos edifícios, afetando-os de forma diferente, conforme a altura ou o tipo de estrutura. Os edifícios mais altos, devido ao facto do seu centro de massa estar mais afastado do solo, tendem a oscilar mais, perante um abalo sísmico. Deste modo, os edifícios mais altos estão mais sujeitos a colapsos e danos. Os edifícios constituídos por betão oscilam mais. O edifício de madeira é o que oscila menos porque apresenta menos densidade e absorve mais a energia. O edifício de aço apresenta oscilação intermédia. Condicionantes Antes da Vibração Diferentes alturas Edifícios permanecem imóveis Edifícios permanecem imóveis Diferentes materiais Após a Vibração Maior oscilação: edifício mais alto; Menor oscilação: edifício mais baixo. Maior oscilação: edifício de betão; Menor oscilação: edifício de madeira. Tabela1. Transformações observadas. Registos Após vibração os três edifícios, de diferentes alturas, apresentam diferentes períodos de oscilação; Após vibração os três edifícios, de diferentes constituições, oscilam com diferentes velocidades. Acontecimentos e/ou objetos a. b. Figura 2. Modelo para o ensino - altura dos edifícios. c. Recorrer à modelação para a realização desta atividade, usando para o efeito, um modelo para o ensino representativo de uma cidade, previamente construído (Figura 1); Provocar manualmente a vibração do modelo, simulando um abalo sísmico, utilizando as pegas que o mesmo possui em cada um dos lados, e observar o efeito da vibração nos três edifícios que apresentam diferentes alturas (Figura 2); Provocar, novamente, a vibração do dispositivo experimental e observar o efeito nos três edifícios, de igual altura, mas com estruturas distintas: madeira, aço e betão (Figura 3). Figura 2. Modelo para o ensino - Material de construção dos edifícios.