Novo modelo de desenvolvimento Mundial: Capitalismo Financeiro

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Novo modelo de desenvolvimento Mundial: Capitalismo Financeiro ou Capitalismo de
Estado? 1
Irailton Silva Santana Júnior2
Marina da Silva Rapp2
Patrick Laurent Rohrer Rodrigues2
Conjuntura Internacional
No pós crise, ou melhor, no pós 2008, o modelo de desenvolvimento da economia de contratratos
se transmutou de uma forma de crescimento baseado na financeirização do capital produtivo para
um modus operandi calcado na ação do Estado como financiador e investidor da economia. O
Estado intervencionista atua não mais, apenas, como regulador do mercado e de seus fluxos, mas
sim como um apoio aos grandes lobbys, indústrias de “setores estratégicos”. As grandes
seguradoras, indústrias automotivas e grandes Bancos, agora, dependem da relação umbilical que
desfrutam e mantém com a máquina estatal. Nessa análise dos dados de desempenho da
Economia mundial fica evidanciada que o mundo tem se recuperado da crise, em algumas
regiões mais rapidamente, em outras de forma mais lenta e gradual. Todavia, denota-se um
salvamento do Mercado, via políticas expansionistas dos Estados Nacionais, que aumentam o
Produto dos países, reduz o desemprego e inicia uma tendência de retomada dos níveis de
atividade. Contudo, por outro lado, há um crescente aprofundamento dos déficits públicos e da
precarização da situação econômico-fiscal dos governos no mundo como um todo. O mercado,
portanto, em breve poderá dizer: tudo bem, obrigado !. Já o Estado, não poderá dizer o mesmo.
1
Relatório orientado pelos professores Celeste Maria Philigret Baptista e Paulo Balanco, membros do Núcleo de
Estudos Conjunturais da Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA.
2
Alunos do Curso de Graduação em Ciências Econômicas da Faculdade de Ciências Econômicas da UFBA e
bolsistas do Núcleo de Estudos Conjunturais (NEC-FCE-UFBa.)
2
Figura 1: Crescimento do PIB mundial (%) e em áreas especiais
Fonte: WEO(2010)
As projeções mais recentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) evidenciam que a economia
mundial tem se recuperado em comparação ao estouro da crise estadunidense. A taxa de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ainda se mostra inferior ao período pré-crise.
Contudo, o mundo tem saído do fundo do poço e pode, em breve, finalizar esse período de
insegurança e incerteza a respeito do desempenho econômico mundial. As economias
emergentes, de acordo com o FMI, deverão em 2010 alcançar taxas de crescimento em torno de
7%. As economias avançadas devem alcançar o patamar de 2,5%, evidenciando o rigído impacto
da crise nessas economias. O mundo como um todo deve apresentar taxas de crescimento de 4%.
(GLOBAL, 2010).
Na figura 1 observa-se o desprendimento das economias emergentes em relação ao desempenho
das demais economias. Isso pode ser explicado pela magnitude de importância de suas demandas
internas, da sua alta competitividade no mercado internacional de commodities e pelo papel dos
organismos públicos financeiros. Como exemplo, pode citar-se o Brasil, por meio da exportação
de soja, açucar e minério de Ferro, a importância dos Bancos Públicos no incentivo à dinâmica
3
econômica (especialmente na política de crédito à construção civil) e às transferências unilaterais
por parte do governo que incrementam a demanda interna, como é o caso do Bolsa Família.
Figura 2: Projeção de desempenho das economias
Fonte: WEO(2010)
Na figura 2, podemos podem-se analisar alguns importantes dados que tratam do desempenho
específico das principais economias mundiais. Os Estados Unidos apresentaram em 2009 um
decréscimo no PIB de 2.4%, tendo o FMI a expectativa de um crescimento substancial de 3.1%
em 2010 e de 2.6% em 2011. Esse crescimento seria determinado pela retomada dos índices de
produção e produtividade industrial, que tem como um dos determinantes a atuação do Estado
como financiador e salvaguarda do setor privado deste país. No entanto, a visão otimista do
Fundo Monetário Internacional não é consenso. O Prêmio Nobel Paul Krugman, em dezembro
de 2009, defendeu uma intervenção maior ainda por parte do Estado como se pode ver em sua
fala: “Seria necessário que o estímulo total atingisse uma marca próxima a um trilhão de dólares,
mas o que foi adotado atingiu o teto de US$ 700 bilhões”. Acreditava ele que o crescimento da
economia americana em 2010 seria em torno de 2%, apenas. Conclui-se, portanto, que, nesse
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início de ano, novos ventos sopram na economia americana, esvaindo-se a nuvem da crise e
vivendo-se novos tempos de recuperação. (KRUGMAN, 2010)
Inflação Mundial
Com a crise econômica global de 2008 ocorreu uma queda generalizada da renda mundial
(causada , sobretudo, pelo aumento do desemprego), que ocasionou uma redução da demanda
mundial por bens e, consequentemente,causou uma queda forte dos índices de preços,
observando-se em vários países do mundo avançado e emergente uma clara tendência
deflacionária. Com a recuperação produtiva no mundo, a partir do segundo semestre de 2009
passa a se configurar uma clara tendência de aumento inflacionário, e não mais de reduções.
Figura 3: Inflação e Núcleo da inflação em diferentes regiões
Fonte:WEO (2010)
De acordo com o FMI, as economias emergentes devem apresentar em 2010 taxas de inflação de,
aproximadamente, 7%. As economias avançadas devem chegar ao patamar de algo em torno de
1,5%, ao passo em que o mundo poderá alcançar 3,5% de incremento da sua taxa inflacionária.
Desemprego Mundial
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Durante o auge da crise econômica mundial, o desemprego aumentou em todo mundo de
maneira substancial. À medida que os efeitos da crise foram se arrefecendo, com o gradual
reestabelecimento da confiança do empresariado na economia, a retomada do crédito e o gradual
aumento da demanda agregada, a tendência é de diminuição constante das taxas de desemprego.
Como se observa na Figura 4, a taxa de desemprego das economias avançadas chegou ao
patamar de 8,5%, no início de 2010, e de 6,25% nas nações emergentes e em desenvolvimento.
(Global...,2010)
Figura 4: Taxa de desemprego: economias avançadas e emergentes
Fonte: WEO (2010)
As taxas inferiores de desemprego das economias emergentes, quando comparadas às das
economias desenvolvidas, podem ser explicadas pelo pouco impacto que a crise do subprime
causou nos países em desenvolvimento. A pequena inserção desses países no panorama
financeiro internacional, suas demandas internas aquecidas e a intervenção, em geral, rápida e
eficaz do poder público, evitaram que a crise os atingisse de maneira substancial, fazendo com
que, no plano da ocupação, não sofressem grande reveses.
6
Figura 5: Taxa de Emprego Mundial
Fonte: GLOBAL (2010)
Quando analisadas as taxas de emprego mundial observa-se, também, uma clara tendência de
recuperação dos níveis pré-crise. De acordo com a Markit Economic Research, a partir do início
do ano de 2009 a economia mundial passa a reverter a tendência de queda no nível de empregos,
passando a apresentar taxas crescentes de empregabilidade. Como observado na figura 5, a taxa
de emprego medida pela Markit Economic Research, por meio da PMI Employement Índex,
chegou ao patamar de 35 pontos no início do ano de 2009, revertendo após esse ponto a
tendência de queda e ultrapassando, no início de 2010, a marca dos 50 pontos.
(GLOBAL...,2010)
Recuperação da Crise X Aumento da Dívida Pública
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Com o surgimento da crise mundial em 2008, os governos da esmagadora maioria dos países do
mundo se engajaram com o intuito de estimular, por meio do crédito e de gastos governamentais,
a recuperação econômica das nações. Montantes gigantescos foram utilizados para salvar
empresas da falência, incentivar o consumo e impedir a continuidade do aumento das taxas de
desemprego. Essas políticas foram, como os dados comprovam, eficazes no objetivo de
recuperar o nível de atividade, tendo como efeitos a redução do desemprego e o aumento do
Produto Interno Bruto Mundial. No entanto, essas políticas de recuperação dos efeitos da crise
tem de imediato um efeito negativo, que é demonstrado por meio do aumento do déficit publico
e da deterioração do balanço fiscal dos países.
Figura 6: Balanço Fiscal e dívida Pública
WEO (2010)
Como exemplo representativo desta situação pode-se observar na Figura 6 que, a partir de 2008,
a situação fiscal das regiões econômicas tem se deteriorado consideravelmente. A dívida pública
das economias avançadas, que em 2008 alcançava um patamar em torno de 70% do PIB,
alcançou, em 2010, 90% do valor do PIB e, segundo previsão do FMI, deve marcar 110% até
2015. Os mesmos países desenvolvidos, para continuar no mesmo exemplo, quando analisado o
déficit do Balanço Fiscal, apresentam resultado preocupante: o déficit que, no pré-crise,
alcançava -2%, em 2007, chegou ao nível de -8% no início de 2010.
8
Essa deterioração da situação fiscal dos países é problemática, pois, a longo prazo, pode
representar um bloqueio do papel atuante das nações na economia em tempos de crise. Esse
efeito negativo na situação fiscal, portanto, poderá fazer com que, no futuro, diante do
surgimento de uma nova grande crise, o estado se mostre incapaz, devido ao panorama das
contas públicas, de intervir de maneira correta e contundente com o objetivo de restabelecer os
níveis pré crise de emprego, preço e comércio.
Europa e os déficits públicos: continuação da crise
A crise grega tem se desenrolado de forma marcante, agora agravada pelo déficit público, que tem como
causa a evasão fiscal generalizada e um orçamento inflacionário do serviço público, privando o estado de
20 bilhões de euros anualmente. Segundo as normas da União Européia, o déficit público não deveria
ultrapassar 3% do PIB, mas já está em 13,6% para 2009. Operações de swap cambial realizadas entre
Goldman Sachs e o governo da Grécia para diminuir o déficit orçamentário grego, maquiando-o no
momento em que o país foi submetido a avaliações para entrar na União Européia estão em investigação.
Para que o Tesouro grego possa pagar uma dívida de 8,5 bilhões de euros que vence em 19 de maio e
estabilizar sua economia, foi negociado um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional (30 bilhões
de euros) e membros da União Européia (80 bilhões de euros) para o país no valor de 110 bilhões de
euros ao longo de três anos.
O governo alemão e o FMI pedem medidas de austeridade para conceder essa ajuda, no sentido de que ela
seja efetiva, uma vez que a taxa de risco sobre os títulos do tesouro grego não deve diminuir com a ajuda
financeira, continuando a alta do rendimento dos títulos de dívida gregos. Os de 10 anos bateram um novo
recorde histórico em 26 de Abril, chegando a 9, 385%. Os títulos a dois anos passaram dos 12,85%. Isso
faz com que o governo grego ainda tenha que arcar com um forte peso financeiro, mesmo após receber o
bailout, tornando-o insuficiente. Além disso, espera-se que a Grécia não consiga cumprir as exigências,
tendo que haver uma renegociação da dívida, presente ainda o risco de default. A expectativa negativa do
mercado, suportada pelas classificações de risco de instituições como a Standard & Poor’s, que rebaixou a
dívida da Grécia para junk bond e o rating soberano de Portugal para A-, provoca especulação contra o
euro, tornando mais difícil a superação da crise.
“A Grécia deve reduzir drasticamente seus déficits nos próximos anos, controlar sua dívida e fazer
ajustes estruturais para tornar sua economia mais competitiva", diz o ministro grego das Finanças,
9
Giorgos Papaconstantinou (GRÉCIA...,2010). Isso será feito através de congelamento de contratações e, a
partir de 2011, redução no funcionalismo público; cortes e congelamento por três anos em aposentadorias,
pensões e salários e corte de bônus de natal e páscoa, mas com proteção para os que têm menores
salários; reforma na previdência; vendas de patrimônio imobiliário do Estado; aumento nos impostos
sobre itens de luxo, álcool, tabaco e gasolina; impostos especiais sobre imóveis de luxo e herança; corte
nos gastos militares além de medidas estruturais como modernização da administração pública e
privatizações. Mas, essas medidas que totalizam um esforço fiscal de 11% do PIB até 2013 (30 bilhões de
euros) e têm como objetivo reduzir o déficit para 8,7% em 2010 e para 3% do PIB em 2014, podem frear
ainda mais o crescimento econômico grego.
O maior problema da crise grega é a possibilidade da mesma crise se espalhar para outros países da zona
do Euro (Espanha, Irlanda, Portugal e Itália, principalmente), fazendo com que o próprio euro e a UE
como um todo entrem em crise. A Irlanda teve déficit de 14,3% do PIB, o maior da Europa ano passado.
A Espanha já elevou a previsão de seu déficit para 9,8% do PIB em 2010; 7,5%, em 2011. Jose Luis
Rodriguez Zapatero, Primeiro Ministro Espanhol, disse a repórteres que especulação sobre um bailout
para a Espanha é “completa loucura”. Portugal, prevenindo uma crise maior, anunciou novos cortes
orçamentários que incluem desde restrições no setor público e outras rubricas de gasto a cortes
orçamentários.
Yuan desvalorizado
A china vem mantendo a sua moeda, o Yuan, desvalorizada em mais de 40% em relação ao dólar,
provocando fortes críticas e uma crescente pressão do mundo ocidental para que o câmbio chinês se
valorize. O crescimento mundial, argumentam países como Brasil e Estados Unidos, está sendo
prejudicado pela política cambial chinesa, que também contribui para a recessão mundial. Vários países
estão presos em uma armadilha de liquidez, e a política chinesa gera um anti-estímulo que esses países
não são capazes de combater por medidas de estímulo ao consumo como a redução da taxa de juros. No
oriente, países como Hong Kong, Malásia, Taiwan, Japão e Tailândia se beneficiam da situação ao
manterem suas moedas também desvalorizadas.
10
Figura 7: Países selecionados; variação cambial em % (*)
Fonte: estudo realizado pelos economistas William R. Cline e John Williamson – Instituto Peterson. (*) cálculo da variação das cotações das
moedas com relação ao dólar norte-americano entre março e dezembro/09, ponderadas pela importância relativa das moedas de seus países no
comércio exterior dos EUA. /1números negativos significam sobrevalorização da moeda e números positivos significam subvalorização
A estratégia chinesa, além de favorecer a geração de maior valor agregado, traz competitividade aos seus
produtos no mercado internacional, beneficiando suas exportações. Por outro lado, torna as importações
mais caras, tornando mais difícil manter o crescimento atual devido às crescentes pressões inflacionárias
no mercado interno. As importações de bens e serviços poderiam conter a inflação que vem evoluindo:
em 2009 houve deflação de 1,6%, tendo atingido seu auge em Julho com 1,8%; em fevereiro a inflação
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subiu para 2,7% e em 2010 foi de 2,4% para Março, mesmo com subsídio oficial aos produtos de maior
consumo.
Entretanto, a desvalorização do Yuan se tornou uma questão de orgulho nacional. Mostra-se muito
improvável que o governo chinês irá promover uma súbita valorização de sua moeda, mesmo que o
próprio banco central chinês seja a favor de uma flexibilização da moeda a longo prazo. Contudo, é
possível que uma mudança progressiva na política cambial aconteça. Os mercados já têm a expectativa de
que a China permita uma valorização de 3% nos próximos 12 meses. Para efeito de comparação, o país
permitiu uma valorização de 12% em relação ao dólar entre 2005 e 2008.
Conseqüências do Yuan Valorizado no Mundo:
Ásia:
Para que a o câmbio chinês não prejudique tanto seus concorrentes asiáticos, há a tentativa de impedir que
suas moedas se valorizem frente ao Yuan aumentando em muito suas reservas internacionais em dólar.
Coréia do Sul, Taiwan e Tailândia vem acumulando reservas recordes. Somados, os três países acumulam
US$ 720 bilhões em reservas.
Brasil:
Para o Brasil, a perda de competitividade em relação à China, provocada pela política cambial de ambos
os países (o Brasil tem o Real sobrevalorizado frente ao dólar), tende a gerar desindustrialização no país e
possíveis desequilíbrios no Balanço de Pagamentos.
“O déficit em transações correntes vem aumentando de forma muito rápida. Isso não é um problema de
curto prazo, porque o nível de reservas cambiais é muito confortável e tem havido crescentes ingressos de
capitais estrangeiros no País. Mas, no médio e longo prazos gera uma excessiva dependência de
financiamento em dólares, o que em outras experiências significou a necessidade de interromper o
crescimento da economia.” Antonio Corrêa de Lacerda (LACERDA 2010)
EUA:
Os Estados Unidos, por lei, duas vezes ao ano deve emitir um relatório identificando os países que
“manipulam a taxa de câmbio entre sua moeda e o dólar americano visando impedir o balanço eficaz dos
pagamentos ou ganhar vantagens competitivas injustas no comércio internacional”. Mas, por anos
negligenciou o caso da China. Após a crise mundial, presos numa armadilha de liquidez, a pressão estado-
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unidense sobre o país aumenta e o senado lança um projeto que penaliza a China, mesmo sem citar seu
nome, por sua desvalorização cambial, por obter vantagens comerciais desleais.
“É verdade que se a China descartasse seus ativos americanos, o valor do dólar cairia frente a outras
grandes moedas, como o euro. Mas isso seria bom para os Estados Unidos, já que tornaria nossos
produtos mais competitivos e reduziria nosso déficit comercial. Por outro lado, seria ruim para a China,
que sofreria grandes perdas em suas reservas em dólar. Resumindo, no momento a China é que está sob a
ponta de uma arma americana, não o contrário.” Paul Krugman (YUAN...,2010)
SETOR EXTERNO
O Copom (Conselho de Política Monetária) decidiu elevar a taxa básica de juros (Selic) de
8,75% para 9,5% ao ano, o equivalente a um aumento de 0,75 pontos percentuais, o que já era
esperado, porém não se sabia ao certo o percentual do crescimento. A justificativa do Banco
Central para a elevação da taxa, é continuar dando seguimento ao processo de ajuste das
condições monetárias ao cenário prospectivo da economia, para assegurar a convergência da
inflação às metas estipuladas.
Esta é a primeira alta de juros desde setembro de 2008, quando ocorreu o estopim da crise
financeira internacional.
Figura 8 – Evolução da Taxa Selic
abr/10
ar/10
m
jan/10
dez/09
out/09
set/09
jul/09
jun/09
abr/09
ar/09
m
jan/09
dez/08
out/08
set/08
jul/08
jun/08
abr/08
ar/08
m
jan/08
16
14
12
10
8
6
4
2
0
132ª133ª134ª135ª136ª137ª138ª139ª140ª141ª142ª143ª144ª145ª146ª147ª148ª149ª150ª
13
Fonte: BACEN
A decisão provocou descontentamento em instituições representativas da indústria, do comércio
e nas centrais sindicais. As forças sindicais criticaram a decisão do Bacen afirmando que tal
medida é perversa para com o setor produtivo, que gera emprego e renda. Caso se confirmem, os
aumentos previstos até o final de 2010 para a taxa Selic podem causar impactos no Balanço de
Pagamento brasileiro, via aumento da entrada de capital especulativo, que vem em busca de juros
altos e tende a diminuir ainda mais a cotação do dólar, reduzindo a competitividade dos
exportadores brasileiros. Por outro lado, com o aumento da taxa, o serviço da divida do governo
também cresce, tendo em vista que os títulos públicos são corrigidos pela Selic.
BALANÇA COMERCIAL
Nos quatro primeiros meses de 2010, as operações de comércio exterior do Brasil com o resto do
mundo, o que inclui a soma das exportações com as importações, alcançou uma cifra US$
106,605 bilhões, o que representa um aumento de 32,8% em relação ao mesmo período de 2009,
quando apresentou uma corrente de US$ 80,268 bilhões.
No acumulado, as exportações brasileiras alcançaram US$ 54,390 bilhões, nível superior em
25% aos US$ 43, 449 bilhões registrados em 2009. Já as importações atingiram US$ 52,215
bilhões, o que equivale a uma expansão de 41,8% frente aos US$ 36, 819 bilhões alcançados no
mesmo período do ano anterior. Por conseguinte, para os quatro primeiros meses do ano, houve
superávit no saldo comercial de US$ 2,175 bilhões, cifra bem distante dos US$ 6,630 bilhões
registrados em 2009.
14
Figura 9 – Evolução da Balança Comercial – Janeiro/Abril – US$ milhões
60000
50000
40000
Balança Comercial
30000
Exportação
20000
Importação
10000
0
2008
2009
2010
Fonte: BACEN
Devido à queda do comércio mundial em 2009, era previsível que quando comparado a 2010
tanto exportações quanto importações apresentassem expansão. Por outro lado, o resultado do
saldo comercial mostrou expressivo decréscimo, contribuindo para a intensificação no déficit em
conta corrente.
Os cálculos elaborados pela Funcex – Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior –
indicam que os índices de preço e de quantum das exportações brasileiras, no período
comparativo
janeiro/março-2010/2009,
registraram
crescimento
de
13,9%
respectivamente.
TABELA 1 - VARIAÇÃO (%) DOS ÍNDICES DE PREÇO E QUANTUM
JANEIRO/MARÇO – 2010/2009
Preço
Quantum
Exportação Total
13,9
10,6
Básicos
Semimanufaturados
Manufaturados
16,6
23,4
7,7
14,8
5,4
9,2
Elaboração: FUNCEX
Obs : Dados preliminares sujeitos a alterações
e
10,6%,
15
No acumulado dos três primeiros meses de 2010, houve expansão para todos os fatores
agregados referentes às exportações, em relação a igual período do ano passado. Esse
crescimento era previsível pelo período de comparação, já que no primeiro trimestre de 2009 a
demanda internacional havia recuado consideravelmente, em virtude do desaquecimento da
economia mundial provocado pela crise financeira.
TABELA 2 - EXPORTAÇÃO BRASILEIRA POR FATOR AGREGADO
JANEIRO/MARÇO – 2010/2009 - US$ MILHÕES FOB
Jane iro/M ar ço
2010
2009
Var.% 2010/09
p/ média diária
Par t. %
2009
2008
Básicos
15.467
11.649
32,8
39,4
37,4
Industrializados
22.750
18.861
20,6
58,0
60,5
5.584
4.307
29,6
14,2
13,8
17.166
14.554
17,9
43,8
46,7
1.012
667
51,7
2,6
2,1
39.229
31.177
25,8
100,0
100,0
. Semimanuf aturados
. Manuf aturados
Op. Especiais
Total
Fonte: SECEX/MDIC.
Janeiro-Março/2010: 61dias úteis; Janeiro-Março/2009: 61dias úteis
No comparativo janeiro/março-2010/2009, verificou-se expansão nas vendas externas brasileiras
para todos os principais blocos econômicos, exceto a África, que registrou uma redução de 8,2%.
Cabe destacar também que as vendas destinadas ao mercado norte-americano cresceram 18,7% e
totalizaram US$ 4,257 bilhões. No entanto, a participação relativa dos Estados Unidos como
mercado de destino das vendas externas brasileiras declinou de 11,5% para 10,9%, em virtude,
principalmente da expansão comercial brasileira com o mercado chinês.
TABELA 3 -EXPORTAÇÃO BRASILEIRA – PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS
JANEIRO/MARÇO – 2010/2009 - US$ MILHÕES FOB
16
Jan e ir o /M ar ço
2010
América Latina e Caribe
- Mercosul
. Argentina
- Demais da AL e Caribe
União Européia
Ásia
. China
EUA (1)
Áf rica
Oriente Médio
Europa Oriental
2009
9.880
4.405
3.549
5.475
8.762
9.373
4.649
4.257
1.803
1.896
989
6.921
2.824
2.236
4.097
7.502
7.121
3.420
3.585
1.963
1.357
635
Demais
2.269
2.093
T OT AL
39.229
31.177
Var.% 2010/09
p/média diária
42,8
56,0
58,7
33,6
16,8
31,6
35,9
18,7
-8,2
39,7
55,7
Par t. %
2010
25,2
11,2
9,0
14,0
22,3
23,9
11,9
10,9
4,6
4,8
2,5
8,4
25,8
2009
22,2
9,1
7,2
13,1
24,1
22,8
11,0
11,5
6,3
4,4
2,0
5,8
6,7
100,0
100,0
Fonte: SECEX/MDIC.
Janeiro-Março/201
0: 61dias úteis; Janeiro-Março/2009: 61dias úteis
(1
) inclui Porto Rico.
Tomando como base o comparativo entre os três primeiros meses de 2010/2009 e tendo como
referência as importações por categoria de uso, as compras brasileiras sofreram uma expansão de
36%. Todas as categorias de uso tiveram variações positivas: bens de capital, matérias-primas e
intermediários, bens de consumo, e combustíveis e lubrificantes. Nota-se que o segmento de
matérias-primas e intermediários, compõe a maior fatia de participação nas compras brasileiras
(46,3% das importações de 2009 e 48,2% das importações de 2009). O grupo de combustíveis e
lubrificantes também merece destaque, visto que para o acumulado do ano foi o segmento que
apresentou o maior crescimento (43,3%) Sublinhe-se o crescimento de 52,0% nos gastos com
petróleo e derivados.
TABELA 4 - IMPORTAÇÃO BRASILEIRA POR CATEGORIA DE USO
JANEIRO/MARÇO – 2010/2009 - US$ MILHÕES FOB
Janeiro/Março
2010
Bens de Capital
Var.% 2009/08
2009
Part. %
p/média diária
2010
2009
8.270
7.037
17,5
21,6
25,0
18.471
13.054
41,5
48,2
46,3
6.544
4.573
43,1
17,1
16,2
- Não-duráveis
2.901
2.375
22,1
7,6
8,4
- Duráveis
3.643
2.198
65,7
9,5
7,8
1.577
854
84,7
4,1
3,0
5.052
3.525
43,3
13,2
12,5
- Petróleo
2.407
1.584
52,0
6,3
5,6
- Demais
2.645
1.941
36,3
6,9
6,9
38.337
28.189
36,0
100,0
100,0
Matérias-primas e intermediários
Bens de Consumo
. Automóveis
Combustíveis e lubrificantes
Total
Fonte: SECEX/MDIC.
Janeiro-Março/2010: 61dias úteis; Janeiro-Março/2009: 61dias úteis
No período de janeiro a março de 2010, comparado com idêntico intervalo de tempo de 2009,
houve aumento das importações brasileiras de todos os blocos econômicos, com destaque para o
17
crescimento das relações comerciais com a Ásia, impulsionadas, sobretudo, pela China, que a
partir de 2008 se tornou o principal parceiro brasileiro tanto nas importações como nas
exportações. A África teve expansão de 92,3%, pelo aumento das compras de petróleo.
TABELA 5 - IMPORTAÇÃO BRASILEIRA – PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS
JANEIRO/MARÇO – 2010/2009 - US$ MILHÕES FOB
Jane ir o/M ar ço
2010
2009
Ásia
. China
União Européia
América Latina e Caribe
- Mercosul
. Argentina
Demais da AL e Caribe
EUA (1)
África
Oriente Médio
Europa Oriental
Demais
11.672
5.256
8.320
6.646
3.623
3.107
3.023
5.707
2.644
920
510
1.918
8.218
3.613
6.278
4.722
2.567
2.189
2.155
5.368
1.375
540
248
1.440
TOTAL
38.337
28.189
Var.% 2010/09
Par t. %
p/média diária
2009
2008
30,4
13,7
21,7
17,3
9,5
8,1
7,9
14,9
6,9
2,4
1,3
5,0
29,2
12,8
22,3
16,8
9,1
7,8
7,6
19,0
4,9
1,9
0,9
5,1
100,0
100,0
42,0
45,5
32,5
40,7
41,1
41,9
40,3
6,3
92,3
70,4
105,6
33,2
36,0
Fonte: SECEX/MDIC.
Janeiro-Março/2010: 61dias úteis; Janeiro-Março/2009: 61dias úteis
(1) inclui Porto Rico.
CONTA SERVIÇOS
Nos três primeiros meses de 2010, o déficit da conta serviços alcançou a cifra de US$ 6,316
bilhões, o que equivale a uma expansão de 222,5% sobre o mesmo período de 2009, quando
foram contabilizados 2,838 bilhões.
O subgrupo Aluguel de Equipamentos no mês de março do corrente ano apresentou um déficit de
US$1,257 bilhões, o que representa um crescimento de 67,8% sobre o mês anterior. No
acumulado do ano, tal déficit já totaliza US$ 2,880 bilhões, crescimento de 47,8% sobre os US$
1,948 bilhões registrados nos primeiros três meses de 2009.
18
Outro subgrupo que merece destaque é o de Transportes que em março apresentou déficit de
US$ 574 milhões, expansão de 42,4% sobre o mês imediatamente anterior. Para o acumulado do
ano o déficit registrado já é de US$ 1,259 bilhões, crescimento de 89% ante os US$ 666 milhões
registrados no mesmo período de 2009.
Por fim, na conta serviços nota-se que o item Computação e Informações no mês de março se
mostrou deficitário em US$ 361 milhões, expansão de 68,6% comparado a fevereiro do mesmo
ano. Já para o acumulado o déficit totalizou US$ 838 milhões, o que equivale a uma expansão de
42,5% em relação aos US$ 588 milhões alcançados no mesmo período de 2009.
Figura 10 – Evolução da Conta Serviços e seus sub-grupos - Janeiro/Março - US$ milhões
0
Serviços
Aluguel de Equipamentos
Transporte
Computação e Informação
-1000
-2000
-3000
2008
2009
-4000
2010
-5000
-6000
-7000
Fonte: BACEN
Na conta serviços, apura-se que a maioria dos sub-grupos que a compõe apresentaram
crescimento sobre igual período de 2009, fato que é explicado pelo momento de turbulência que
vivenciava a economia mundial naquele período.
CONTA RENDAS
No que tange à conta rendas do Balanço de Pagamentos, historicamente negativa, o déficit para
os três primeiros meses de 2010 totalizou US$ 7,508 bilhões, o que equivale a uma expansão de
26% relativamente aos US$ 5,950 bilhões alcançados no mesmo período de 2009.
19
Sem dúvida a remessa de Lucros e Dividendos, tanto no âmbito dos Investimentos Diretos
quanto no dos Investimentos em Carteira, é a principal forma de envio de renda para o exterior
contribuindo massivamente para o déficit na conta de rendas.
No que concerne ao Investimentos Diretos, isto é, ao setor produtivo, o déficit do item Lucros e
Dividendos nos três primeiros meses de 2010 já atingiu a cifra de US$ 3,630 bilhões,
representando um crescimento de 34,3% diante dos US$ 2,701 bilhões contabilizados no mesmo
período de 2009.
O envio de Lucros e Dividendos relativos aos Investimentos em Carteira também é significativo.
No acumulado apresenta um déficit de US$955 milhões, o que equivale a um crescimento de
11,5% em comparação aos US$856 milhões registrados no mesmo período de 2009.
Figura 11 – Evolução da Conta Rendas e seus sub-grupos – Janeiro/Março - US$ milhões
0
Rendas
-2000
-4000
-6000
-8000
Lucros e Dividendos Lucros e Dividendos
(investimento
(investimento
direto)
carteira)
2008
2009
2010
-10000
-12000
Fonte: BACEN
Como se pode observar na figura 11, em 2008 a renda enviada ao exterior foi superior aos US$
10,000 bilhões. No entanto, a partir de setembro com o estouro da crise essa remessa para as
matrizes ficou comprometida sendo reduzida fortemente, apura-se que com a retomada da
atividade econômica e atrelado ao câmbio valorizado que facilita a remessa de lucro, esse
resultado voltou a crescer em 2010.
20
CONTA CAPITAL E FINANCEIRA
TABELA 5 - Síntese do balanço de pagamentos – Janeiro/Março
Discriminação
2008
2009
2010
Transações correntes
-10260
-4938
-12145
Conta capital e financeira
22356
3557
19371
170
338
239
22186
3219
19132
Investimento direto
4346
5735
-271
Investimento em carteira
5652
-2919
8774
Derivativos
-195
204
-26
12383
199
10655
Conta capital
Conta financeira
Outros investimento
Fonte: Bacen
Entre janeiro e março de 2010, o déficit registrado nas transações correntes do balanço de
pagamentos atingiu a cifra de US$ 12,145 bilhões, um aumento no déficit de 145,9% sobre o
mesmo período de 2009. Grande parte deste déficit tem sua fonte no déficit dos serviços e
rendas, e neste momento soma-se a forte queda do resultado da balança comercial.
Não há dúvida que o impacto da crise internacional afetou profundamente a conta capital e
financeira. No entanto, o entusiasmo dos investidores internacionais pelo Brasil voltou a ganhar
força no final de 2009, movimento que se manteve no inicio deste ano. Para o acumulado do ano
apura-se um ingresso na referida conta de US$ 19,371 bilhões, o que representa uma expansão
de 444,5% em relação aos US$ 3,557 bilhões registrados no mesmo período de 2009.
21
Cabe destacar a entrada de capital via investimento em carteira, atrativo devido às taxas de juros
brasileiras serem das mais altas do mundo. No primeiro trimestre de 2010, já foram totalizados
US$ 8,774 bilhões, ante o déficit de US$ 2,919 bilhões do mesmo período de 2009.
Figura 12 – Evolução do investimento em carteira - US$ milhões
20000
15000
10000
5000
-5000
8
/0
n
ja
f
8
v/0
e
8
r/0
a
m
8
r/0
b
a
8
i/0
a
m
8
/0
n
ju
8
l/0
ju
8
/0
go
a
8
t/0
se
8
t/0
u
o
8
v/0
o
n
8
z/0
e
d
9
/0
n
ja
9
v/0
fe
9
r/0
a
m
9
r/0
b
a
9
i/0
a
m
9
/0
n
ju
9
l/0
ju
9
/0
go
a
9
t/0
se
9
t/0
u
o
9
v/0
o
n
9
z/0
e
d
0
/1
n
ja
0
v/1
fe
0
r/1
a
m
0
-10000
-15000
Conta Capital e Financeira
Investimento carteira
O gráfico acima mostra o crescimento do investimento em carteira a partir de fevereiro de 2009,
logo após uma queda brusca devido à crise financeira. Quando comparado o 4° trimestre de 2009
ao 1° trimestre de 2010 nota-se uma queda no investimento em carteira, refletindo a taxação
imposta pelo governo com o intuito de frear a entrada de capital especulativo, e combater a
desvalorização do dólar.
Mas com o aumento da taxa básica de juros (Selic), o Bacen também aumenta a atratividade para
investidores internacionais. Deste modo, surge a grande discussão sobre o aumento da taxa, pois
ela reduz os investimentos tidos como produtivos, isto é, desestimula os empresários, ao passo
22
que atrai os especuladores. É por isso que os empresários pedem corte nas taxas, para viabilizar
investimentos.
.
Referências Bibliográficas:
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GRÉCIA compromete-se a adotar medidas de rigor fiscal para obter ajuda. UOL Online Disponível em:
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GRÉCIA cumpre requisitos e Comissão Europeia libera ajuda, diz EU.Folha Online. Disponível em
<http://www1.folha.uol.com.br> Acesso em: 2 Mai 2010.
23
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Disponível em <www.uol.com.br> Acesso em 1 Mai 2010.
IPEA.
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DE
CONJUNTURA.
Mar
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LACERDA, Antônio Correa de. Os riscos do real valorizado e o Yuan desvalorizado. Disponível em
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WORLD economic outlook : a survey by the staff of the International Monetary Fund. Disponível em:
<www.imf.org>. Acesso em: 29 abr.2010
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