Desenvolvimento de uma Sequência Investigativa sobre Solos nas

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MODALIDADE DE TRABALHO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Desenvolvimento de uma Sequência Investigativa sobre Solos nas aulas de Química
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Tiago de Miranda Piuzana (PQ); Nilma Soares da Silva
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Universidade Federal de Minas gerais; Universidade Federal de Minas Gerais
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Palavras Chave: blog, ensino por investigação, sequência de ensino, solos.
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta uma experiência docente de elaboração e
desenvolvimento de uma sequência de ensino sobre Solos para alunos do ensino
médio de uma escola estadual de Belo Horizonte. A sequência de atividades almeja
estratégias como leituras, discussões de textos, problematizações, atividades em
grupo, atividades experimentais investigativas, coleta de dados e construção de
blogs pelos alunos. Ressaltamos que a sequência de didática é parte do produto
elaborado no contexto de desenvolvimento de uma pesquisa aplicada de Mestrado
Profissional em Educação. Participaram da pesquisa 38 alunos de duas turmas de
primeiro ano do ensino médio, 22 alunos da turma A e 16 alunos da turma B.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A sequência foi elaborada levando em consideração trabalhos sobre o ensino
por investigação em ciências (MUNFORD E LIMA, 2007; SÁ, LIMA E AGUIAR,
2011). Dessa maneira, com o objetivo de promover uma investigação acerca do
tema Solos, a sequência apresenta problematização, aborda temas como a
agricultura familiar, apresenta atividades experimentais para estudo dos parâmetros
físico-químicos relacionados ao solo, trabalha com textos em uma abordagem que
relaciona Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) e conclui com uma atividade de
produção de texto nos moldes do ENEM (Exame nacional do Ensino Médio) pelos
alunos. O material elaborado também fornece orientações para utilização do Blog
como
uma
ferramenta
de
apoio
didático
para
auxiliar
o
professor
no
desenvolvimento de habilidades relacionadas ao processo de produção escrita pelos
alunos.
A problematização que iniciou a aplicação da sequência de ensino foi
desencadeada por meio de uma visita à horta da escola, onde os alunos puderam
entrevistar o zelador da horta que apresentou os procedimentos e os problemas no
cultivo de vegetais no solo da escola. Os trabalhos relacionados à investigação
foram realizados em grupos de quatro a cinco alunos que permaneceram no mesmo
III SMEQ / UFJF – 18, 19 e 20 de Setembro de 2015
MODALIDADE DE TRABALHO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
grupo até o final do projeto. Cada grupo de alunos possuía um blog para publicação
de suas atividades. Dessa forma, eles elaboraram e publicaram em seus blogs um
texto contando sobre a entrevista realizada com o zelador da horta da escola. O
papel do professor foi direcionar a atenção dos alunos para o problema evidenciado
no relato e nas entrevistas, o qual culminou na problematizarão da investigação:
“Por que o zelador da horta não conseguiu plantar no Solo da Escola?”
A pedido do professor, os alunos analisaram suas publicações nos blogs e
apontaram a utilização do “adubo orgânico” como a principal medida adotada pelo
zelador para resolver o problema. Sendo assim, o professor deu prosseguimento à
aula trabalhando os conceitos científicos pertinentes para o aprofundamento da
questão problema, bem como as possíveis soluções e medidas adotadas pelo
zelador. Devido ao curto tempo disponível para aplicar a sequência de ensino, não
fizemos as atividades experimentais e a atividade final. Assim, foi necessário
adequar a sequência de ensino ao tempo disponível no contexto escolar. A atividade
final, por exemplo, foi substituída por uma roda de conversa na horta da escola,
onde retomamos a problematização e comparamos as previsões dos alunos com os
resultados de um experimento que realizamos plantando cebolinhas em diferentes
tipos de solos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sequência de ensino sofreu adequações pelo próprio autor devido ao tempo
limitado para sua aplicação. Ressaltamos, portanto, a importância da possibilidade
alteração da sequência de ensino para que o professor possa adequá-la ao contexto
de sua sala de aula. O material também está sendo validado pelos professores e
bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), o que
poderá trazer mais subsídios para análise da sequência elaborada e sua aplicação
em contextos diferenciados.
REFERÊCIAS
1. MUNFORD, D.; LIMA, M.E.C.C..Ensinar Ciências por Investigação: Em quê Estamos de
Acordo? Ensaio, n.1, v. 9, jul. 2007.
2. SÁ, E. F. de; LIMA, M. E. C. de C.; AGUIAR JR., O. A Construção De Sentidos Para o Termo
Ensino Por Investigação no Contexto de Um Curso De Formação. Jornal: Investigações em
Ensino de Ciências. Vol. 16, p. 79-102, 2011.
III SMEQ / UFJF – 18, 19 e 20 de Setembro de 2015
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