Junho de 2008 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL Não, Sr. Presidente. Nós não podemos aceitar essas injustiças como fizeram comigo hoje, impondo a mim um preconceito, uma ineficiência como mulher, uma incapacidade de não ter bom-senso, de não ter criatividade e, muito pior, um preconceito de achar que sou uma irresponsável, que não tenho sensibilidade com a preservação ambiental. Eu tenho, sim, Sr. Presidente. Sou mulher feito elas, e uma delas já foi Ministra, mas não é duas! Eu sou só Senadora, mas também não sou metade. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PTB – SP) – Senadora Kátia, eu quero agradecer ao Senador Jefferson Praia, que não só aqui ficou para ouvir o importante e digno discurso de V. Exª, mas para dar número a fim de que a sessão não se interrompesse por falta de Senadores. A SRA. KÁTIA ABREU (DEM – TO) – Muito obrigada, Senador Jefferson. Agradeço a sua paciência. O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PTB – SP) – Eu queria, também, cumprimentar V. Exª. Receba a minha solidariedade, não como Presidente, mas como Senador e admirador do trabalho de V. Exª. A SRA. KÁTIA ABREU (DEM – TO) – Muito obrigada, Sr. Presidente, pela paciência e pela atenção. O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma. PTB – SP) – Sobre a mesa pareceres que passo a ler. São lidos os seguintes: PARECERES Nºs 530 A 532, DE 2008 Sobre a Indicação nº 1, de 2006, que sugere à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional e à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, bem como à Comissão de Assuntos Econômicos, que procedam a estudos sobre a criação de um Fundo Mundial Ambiental (FMA), na forma proposta no texto da justificação desta Indicação. PARECER Nº 530, DE 2008 (Da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional) Relator: Senador João Tenório Relator ad hoc: Senador Mozarildo Cavalcanti I – Relatório Em 7 de dezembro de 2006, o Senador Aloizio Mercadante apresentou a Indicação nº 1, que foi designada para as três Comissões Permanentes que menciona. Protocolada nesta Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional em 27 de dezembro de 2006, foi distribuída ao Senador Tasso Jereissati no dia 8 de Quarta-feira 11 19143 fevereiro de 2007, que a devolveu à Comissão com parecer em 9 de abril de 2007. Por força de alteração da composição da CRE, a matéria foi redistribuída a este novo Relator signatário, em 23 de maio de 2007. II – Análise Cuida-se de importante sugestão de estudo, apresentada pelo Senador Aloizio Mercadante, já com elevado grau de elaboração, sobre o tema dos problemas ambientais globais, incluindo a proposta de criação de um fundo mundial para enfrentá-los. A Indicação traz um alentado rol de princípios e justificações e a idéia, também com detalhes, de um fundo financeiro de suporte para uma política ambiental global. O grande problema ambiental global hoje é o câmbio climático. Como não poderia deixar de ser, portanto, a Indicação do Senador Mercadante reporta-se com mais ênfase a essa situação. O mundo se debruça sobre o tema do aquecimento global em busca de mecanismos que atenuem ou resolvam o problema que a ação do homem vem causando ao planeta. O Senado brasileiro, assim como outras instituições, vem desempenhando seu papel nessa missão. Particularmente, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) criou, na reunião do dia 27 de fevereiro de 2007, a Subcomissão Permanente sobre Mudanças Climáticas, com a relevante tarefa de acompanhar, estudar e sistematizar soluções na área das políticas públicas de combate ao aquecimento global. Nesse intervalo entre a preparação do Parecer do eminente Senador Tasso Jereissati e sua redistribuição, foi aprovada e instalada nova instância técnica de alto nível no Congresso Nacional afeta ao tema. Criou-se e está em plena atividade a Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas, presidida pelo Deputado Eduardo Gomes (Tocantins), tendo como vice-presidente o Senador Fernando Collor e Relator o Senador Renato Casagrande. Pode-se até considerar que, em certo sentido, a Subcomissão da CRE teve seus trabalhos sobrestados no aguardo dos resultados da Comissão bicameral. Nesse sentido, parece oportuno que a Indicação em análise seja encaminhada à Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas, informando-se sobre este envio à Subcomissão Permanente sobre Mudanças Climáticas da CRE, para que seja objeto de discussão e até de tema para uma audiência pública, e, assim, dar seguimento à sugestão contida na Indicação da forma que parecer mais apropriada. III – Voto Por todo o exposto, nosso voto é pelo encaminhamento da Indicação nº 1, de 2006, à Comissão Mista do Congresso Nacional sobre Mudanças Climáticas. Sala da Comissão, 6 de setembro de 2007.