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TRABALHOS CIENTÍFICOS – PÔSTER
ALTERNATIVA ECONÔMICA DE PROTEÇÃO DA PAREDE ABDOMINAL
EM COLECTOMIA LAPAROSCÓPICA
Autores: Ingrid Daiane Silva, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do
Itajaí; Ana Paula Michels Costa, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do
Itajaí; Isabela Cristina Coelho da Cunha, médica residente em cirurgia geral no Hospital
e Maternidade Marieta Konder Bornhausen; Bruno Lorenzo Scolaro, professor do curso
de medicina da Universidade do Vale do Itajaí, médico coloproctologista no Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen e UNIMED Itajaí e Gustavo Becker Pereira,
professor do curso de medicina da Universidade do Vale do Itajaí, médico
coloproctologista no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen e UNIMED
Itajaí.
INTRODUÇÃO: O aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas laparoscópicas tem
refletido diretamente no crescente aumento de ressecções laparoscópicas de cólon,
principalmente no que tange às cirurgias oncológicas. Os benefícios são inúmeros,
sendo expressiva a redução de complicações pós-operatórias. Contudo, embora raras, as
recorrências neoplásicas na parede abdominal após laparoscopias oncológicas têm
aumentado em ritmo alarmante, exigindo medidas eficazes de proteção da parede
abdominal que impeçam a implantação de células neoplásicas.OBJETIVO: Descrever
um dispositivo protetor e de baixo custo para isolamento de peça cirúrgica em
colectomia laparoscópica. METODOLOGIA: Trata-se de um trabalho descritivo e
retrospectivo, realizado no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen
(HMMKB), Itajaí/SC, Brasil. A utilização do dispositivo ocorreu mediante o
consentimento dos pacientes submetidos à colectomia laparoscópica por adenorcinoma,
no período de agosto/2015 até a data atual. O dispositivo utilizado foi confeccionado
com uma luva cirúrgica estéril tamanho 8 e uma sonda uretral com diâmetro de 20 Fr,
os quais atuaram como pertuito ou conduto. RESULTADOS: Observou-se que sua
confecção não demanda treinamento específico, sendo facilmente produzido no
transoperatório, com tempo médio inferior à 2 minutos - da confecção à sua instalação
na cavidade abdominal. O dispositivo mostrou-se eficaz em evitar o contato da peça
cirúrgica com a parede abdominal, possibilitando a redução do risco de implantação
neoplásica e a prevenção de infecções no sitio cirúrgico. Além disso, permitiu boa
visualização laparoscópica do campo, favorecendo também a manutenção do
pneumoperitônio. O maior benefício foi referente ao custo, quando comparado a outro
método atual que utiliza plástico estéril de polietileno ao invés de luva cirúrgica. Seu
custo total foi de R$ 8,70, sendo R$ 1,20 do par de luvas cirúrgicas e R$ 7,50 da sonda
uretral; representando redução superior a 50% do valor do método citado e
aproximadamente 95% do valor do dispositivo americano Alexis®, da Applied Medical,
destinado a essa função. CONCLUSÃO: A confecção do dispositivo apresentado
mostrou-se viável e eficaz, podendo ser executada pela própria equipe cirúrgica, com
custos ainda menores que os apresentados por alternativas atuais.
HEPATITE TÓXICA INDUZIDA POR AZATIOPRINA EM TRATAMENTO
DE RETOCOLITE ULCERATIVA: RELATO DE CASO
Autores: Ana Paula Michels Costa, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do
Itajaí; Ingrid Daiane Silva, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do Itajaí;
Bruno Lorenzo Scolaro, professor do curso de medicina da Universidade do Vale do
Itajaí, médico coloproctologista no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen
e UNIMED Itajaí; Everson Fernando Malluta, professor do curso de medicina da
Universidade do Vale do Itajaí, médico gastroenterologista no Hospital e Maternidade
Marieta Konder Bornhausen e UNIMED Itajaí e Fangio Ferrari, professor do curso de
medicina da Universidade do Vale do Itajaí, médico gatrtoenterologista no Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen e UNIMED Itajaí.
INTRODUÇÃO: A Azatiorpina (AZA) é um pró-fármaco imunossupressor utilizado
como terapia em pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DII). Pouco se sabe
sobre a sua hepatotoxicidade, sendo caracterizada como um quadro raro. Estudos
indicam que entre 9% e 25% dos pacientes em tratamento de DII abandonam a terapia
devido aos efeitos tóxicos do tratamento. A Hepatotoxicidade devido à AZA abrange
síndromes incluindo a colestase, hipersensibilidade caracterizada por lesão
hepatocelular e peliose por lesão da célula endotelial. Nesse trabalho, apresenta-se o
caso de hepatite tóxica na vigência do tratamento com AZA que respondeu clinicamente
e laboratorialmente bem na suspensão do uso do medicamento.OBJETIVO: Relatar
possíveis efeitos hepatotóxicos no tratamento com Azatioprina.MÉTODOS: Relato de
caso descritivo.RESULTADOS: Paciente feminina, 41 anos, com Retocolite Ulcerativa
há 17 anos, em uso de Azatioprina 150 mg/dia e Infliximabe 300 mg a cada 60 dias,
iniciou quadro náuseas, vômitos alimentares esporádicos, astenia e icterícia, evoluindo
para acolia fecal e colúria. Negou febre, diarreia ou elementos patológicos nas fezes,
procurando atendimento médico 6 dias após o início do quadro. Exames laboratoriais
evidenciaram hiperbilirrubinemia às custas da fração direta (BT: 21,89; BD: 19,60),
transaminases e enzimas canaliculares elevadas (AST: 119 U/L; ALT: 77 U/L; GGT:
106 U/L; FA: 157 U/L), hipoalbuminemia (albumina: 2,3 g/l), tempo de protrombina,
tempo da tromboplastina parcial ativada, amilase e lipase inalteradas, sorologias para
hepatites virais negativas e fator antinuclear negativos. Exames de imagem não
evidenciaram alterações hepáticas. A conduta foi manter tratamento sintomático e
suspender o uso de Azatioprina, visto que fora afastada outras causas de hepatite aguda.
A paciente evoluiu com melhora clínica e laboratorial, recebendo alta hospitalar 14 dias
após admissão.CONCLUSÃO: A monitorização terapêutica gera o benefício de
acompanhamento em relação à adaptação e intervenções a possíveis reações dos
medicamentos propostos. A análise da resposta terapêutica e mudança de tratamento de
forma precoce para os pacientes que não tem uma boa relação com a droga de escolha
resultam em uma menor taxa de complicações e uma maior taxa de adesão ao
tratamento.
HIDRADENITE SUPURATIVA ASSOCIADA À FÍSTULAS ANAIS
CRIPTOGRANDULARES: RELATO DE CASO
Autores: Ingrid Daiane Silva, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do
Itajaí; Ana Paula Michels Costa, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do
Itajaí; Bruno Lorenzo Scolaro, professor do curso de medicina da Universidade do Vale
do Itajaí, médico coloproctologista no Hospital e Maternidade Marieta Konder
Bornhausen e UNIMED Itajaí; Gustavo Becker Pereira, professor do curso de medicina
da Universidade do Vale do Itajaí, médico coloproctologista no Hospital e Maternidade
Marieta Konder Bornhausen e UNIMED Itajaí e Fangio Ferrari, professor do curso de
medicina da Universidade do Vale do Itajaí, médico gatrtoenterologista no Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen e UNIMED Itajaí.
INTRODUÇÃO: A hidradenite supurativa (HS) caracteriza-se como inflamação
folicular crônica e recorrente, através da formação de nódulos inflamatórios e abscessos
que evoluem com cicatrização e fistulização nas áreas de glândulas apócrinas, mais
comumente em regiões axilares e inguinais. Seu curso clínico é variável, e considera-se
sua origem multifatorial. Incide principalmente entre a 2ª e 3ª décadas de vida, com
predileção ao sexo feminino e prevalência estimada em 1%. O diagnóstico é clínico, e
opções terapêuticas incluem desde antibióticos à imunossupressores em casos graves.
Contudo, a cirurgia tem sido considerada a única medida curativa efetiva.
OBJETIVOS: Relatar um caso de HS associada à fístulas anais (FA) criptograndulares.
MÉTODOS: Trata-se de um trabalho qualitativo, do tipo relato de caso.
RESULTADOS: Feminina, 48 anos, referindo quadro de abcessos perianais, perineais
e glúteos de repetição há 20 anos. Negou sintomas gastrointestinais associados ou
comorbidades. Ao exame proctológico, múltiplas fístulas glúteas perianais e inguinais à
esquerda, com secreção e sinais flogísticos. A conduta inicial foi realizar
antibioticoterapia com ciprofloxacino e metronidazol, e solicitar colonoscopia, RNM e
exames laboratoriais. A RNM evidenciou fístulas interesfincterianas com trajeto
secundário, e os demais exames mostraram-se inalterados. Diante da associação de HS e
FA criptoglandulares, optou-se pela ressecção profunda das áreas acometidas pela HS e
colocação de drenos de sedenho nas fístulas interesfincterianas, com cirurgia definitiva
após cicatrização das áreas acometidas pela HS.CONCLUSÃO: Por tratar-se de
condições com manifestações clínicas inespecíficas e evolução arrastada, salienta-se a
importância de uma avaliação complementar precisa, a fim de otimizar a abordagem
terapêutica. No caso descrito, a investigação criteriosa objetivou afastar Doença de
Crohn e outras causas inflamatórias e infecciosas de FA, pelo fato de essas entidades
poderem coexistir ao quadro de HS, dificultando e atrasando seu diagnóstico. Tal
associação não está referenciada na literatura, sendo as FA e abscessos peri/ísquio-retais
descritos apenas como diagnósticos diferenciais de HS, ressaltando a importância deste
relato a fim de divulgá-lo entre a comunidade médica.
MASSA EM LIGAMENTO REDONDO DO FÍGADO PÓS PANCREATITE
AGUDA
Gustavo Galvan Debiasi1, Eden Sartor Camargo1, Isabela Cristina Coelho da Cunha2
1. Médico cirurgião do corpo clínico do Hospital e Maternidade Marieta Konder
Bornhausen, Itajaí/SC.
2. Médica residente do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Itajaí/SC.
OBJETIVO: Relatar um caso de tumor de ligamento redondo secundário a pancreatite
aguda.MATERIAL/METODOLOGIA: relato de caso com coleta de dados do
prontuário e discussão com revisão da literatura. RESULTADOS: T.R.V., 35 anos,
feminina, atendida no pronto socorro com quadro de pancreatite aguda leve associada a
icterícia obstrutiva. Submetida a tomografia de abdome com critérios de Balthazar A e
dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas, colédoco de dimensões até 11mm e
colelitíase, e ultrassonografia sem identificação de fator obstrutivo de vias biliares.
Remissão do quadro 5 dias após admissão. Em planejamento de tratamento cirúrgico,
teve colangiorressonância de abdome, realizada no oitavo dia após a admissão, que
evidenciou: vias biliares de calibre normal; massa heterogênea, com intensidade de sinal
predominantemente de gordura, com septações internas, espessadas, com aspecto
intraperitoneal junto à porção anterior do lobo hepático esquerdo, relacionado ao
ligamento falciforme, medindo 92x49mm. Assintomática, optado por investigação
ambulatorial antes do tratamento cirúrgico. Sem evidências de malignidade ou outros
tumores associados, realizada colecistectomia e exérese de tumor abdominal 45 dias
após o diagnóstico inicial. Anatomopatológico: Necrose adiposa com orla linfohistiocitária e microcalcificações em tecido fibro-adiposo, achados histopatológicos
compatíveis com necrose adiposa peritoneal pós pancreatite aguda; colecistite crônica;
sem sinais de malignidade. Recebeu alta no 3º pós-operatório, sem complicações em
acompanhamento ambulatorial até 4 meses após a intervenção. CONCLUSÃO: as
alterações mais comuns do ligamento redondo do fígado são secundárias à hipertensão
portal. Os tumores primários deste são raros e geralmente de origem mesenquimal e os
secundários de origem metastática. Não foi encontrado relato de tumor secundário a
pancreatite.
INTESTINO NEUROGÊNICO E ATUAÇÃO INTERPROFISSIONAL NAS
ÁREAS DE NUTRIÇÃO E ENFERMAGEM EM PACIENTES COM TRAUMA
RAQUIMEDULAR
Carla Dadalt1, Scheyla Paula Bollmann Oleskovicz2, Adriana Dutra Tholl3, Ana Maria
Petters4, Flávia Costa Britto4 1Nutricionista; 2Fisioterapeuta e chefe do setor de
Neuroreabilitação adulto; 3Enfermeira e chefe do setor de Enfermagem; 4Enfermeira.
1,2,3,4Servidoras públicas do Centro Catarinense de Reabilitação – Secretaria de Estado
da Saúde (CCR/ CER II/ SES - SC).
Objetivo: Avaliar o intestino neurogênico de pacientes com trauma raquimedular
(TRM) do setor de Neuroreabilitação Adulto do Centro Catarinense de Reabilitação.
Material e Metodologia: Estudo retrospectivo em prontuários de pacientes com TRM
avaliados em 2015. Resultados: Foram atendidos 72 pacientes, sendo 72% do sexo
masculino (n=62). Entre os anos de 2011-2015, 86,1% ingressaram na instituição para
programa de reabilitação, sendo 70,8% provenientes da grande Florianópolis e 73,6%
tiveram a lesão medular nesse período. A maioria era adultos jovens na faixa etária de
21 a 30 anos no momento da lesão medular (29,1%). O nível da lesão foi 59,7%
torácico (n= 43), 32% cervical (n= 23), 7% lombar (n= 5) e um caso não foi descrito
esta informação. Passaram por avaliação de enfermagem 93% dos pacientes e
receberam orientações sobre os cuidados com o intestino neurogênico, destacando
manobras de reeducação intestinal. Na nutrição foram avaliados 68% dos pacientes e
receberam orientações sobre dieta, fibras, hidratação e suplementando se necessário
(9,7% foram encaminhados, mas faltaram à consulta). Com relação ao número de
evacuações, 33,3% evacuam diariamente, 40,2% em até 3 dias, 11,1% de 3 a 7 dias,
1,4% acima de 7 dias, 7% referiram irregularidade de dias e em 7% não foi descrito.
Utilizou-se suplemento de fibras/simbióticos/probióticos em 32% dos pacientes (8,3%
não descrito) e uso de algum tipo de laxante em 22,2% (34,7% não descrito esta
informação). Conclusões: O TRM interfere na função intestinal em maior ou menor
grau, conforme o nível da lesão. Verificou-se baixo percentual de constipação, apesar
do uso do laxante. Destaca-se o acompanhamento interprofissional auxiliando na
melhora da função intestinal e por consequência na qualidade de vida desses pacientes.
“CAP POLYPOSIS”: UMA APRESENTAÇÃO RARA DE PÓLIPOS
COLORRETAIS
Manoel Carlos de Brito Cardoso, Rafael Ostermann, Aline Búrigo, Natália Alberton
Cunha, José Guezzi Júnior.
Liga Acadêmica de Gastroenterologia e Hepatologia da Universidade do Extremo Sul
Catarinense – UNESC e CLINIGASTRO Medicina Integrada, Criciúma – SC.
Objetivo do Trabalho: Relatar o caso de um paciente com diagnóstico de “Cap
Polyposis”, doença rara pouco descrita na literatura, cuja imagem colonoscópica revela
pólipos pediculados na junção retossigmóide, com fibrina de superfície. Material:
Prontuário, imagens endoscópicas, biópsia, bibliografias. Metodologia: As informações
foram obtidas por meio de revisão do prontuário, registro fotográfico da colonoscopia,
descrição anatomopatológica dos fragmentos excisados e revisão de literatura.
Resultados: Paciente masculino, 24 anos, com hematoquezia esporádica e dor em
hipogástrio. À colonoscopia, foi evidenciada a presença de conglomerado de pólipos
pediculados (Paris 0-Ip), medindo entre 5 e 10 mm, de aspecto arboriforme localizado
no sigmóide, impossibilitando a progressão do endoscópio pelo caráter suboclusivo. Os
pólipos apresentavam fibrina de superfície e acúmulo de muco entre as lesões. Três
lesões foram excisadas com alça de polipectomia diatérmica e enviadas para análise
histopatológica a qual revelou processo inflamatório crônico e agudo erosivo acentuado
e ausência de granulomas, criptite ou malignidade. Concluiu-se pelo diagnóstico de
“Cap Polyposis”. Conclusões: A etiopatogenia é mal compreendida, porém acredita-se
que ela faça parte de um espectro de apresentação da chamada “síndrome de prolapso
mucoso”, a qual é desencadeada por dismotilidade colônica com subsequente isquemia
e inflamação locais. Os pólipos caracterizam-se como sésseis ou pedunculados, solitário
ou múltiplos, com maior frequência no cólon sigmóide. As lesões são eritematosas,
cobertas por muco e fibrina. À microscopia, glândulas alongadas e hiperplásicas, além
de infiltrado infamatório misto na lâmina própria. “Cap polyposis”, apesar de raro, pode
assemelhar-se clinicamente a outras patologias como doença inflamatória intestinal,
colite pseudomembranosa e câncer colorretal. É importante reconhecer o caráter
benigno da doença a fim de obter o manejo mais adequado.
TUMOR DESMOIDE: UMA NEOPLASIA INCOMUM DE TECIDOS MOLES
Manoel Carlos de Brito Cardoso, Rafael Ostermann, Daniel Izé Ronchi, Aline Búrigo,
Natália Alberton Cunha, Júlia Kellers de Souza.
Liga Acadêmica de Gastroenterologia e Hepatologia da Universidade do Extremo Sul
Catarinense – UNESC e CLINIGASTRO Medicina Integrada, Criciúma – SC.
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com diagnóstico de tumor desmoide,
neoplasia responsável por menos de 3% de todos os tumores de tecidos moles. Apesar
do baixo potencial de metastatização, esta patologia pode levar ao desfecho fatal por ser
localmente agressiva. Materiais: Prontuário, imagens tomográficas, biópsia,
bibliografias. Metodologia: As informações foram obtidas por meio de revisão de
prontuário, análise de tomografia computadorizada, descrição anatomopatológica e
imunohistoquímica da peça excisada e revisão da literatura. Resultados: Paciente
feminina, 58 anos, com queixa de fortes dores em epigástrio, náuseas e vômitos.
Abdômen doloroso à palpação e presença de massa em região supra-umbilical. A
tomografia computadorizada mostrou formação expansiva em cavidade abdominal, na
topografia do mesentério entre alças jejuno-ileais. À laparoscopia, excisão de segmento
de intestino delgado, com porção de mesentério medindo 36 cm de comprimento.
Apresentou à microscopia, proliferação de células fusiformes mostrando núcleos
alongados, com nucléolos evidentes, citoplasma com limites imprecisos e imersas em
estroma colagenoso abundante. À imunohistoquímica, positivou para beta-catenina,
desmina e actina de músculo específico e negativou para actina de músculo liso, CD34 e
proteína S100. Diagnóstico final: fibromatose tipo desmoide. Conclusão: Tumores
desmoides são também conhecidos como fibromatose e acometem indivíduos entre 15 e
60 anos. Embora possam ocorrer em locais extra-abdominais, a maioria são intraabdominais ou envolvem a parede do abdômen. A etiologia é pouca conhecida, porém
existe associação com estados elevados de estrogênio na gravidez e trauma antecedente.
Mutações nos genes APC ou beta-catenina estão presentes na maioria desses tumores.
Apresenta-se como massa de grande volume, geralmente indolor e de crescimento lento,
podendo cursar com isquemia ou obstrução intestinal. Apresenta alta taxa de recorrência
se excisado de forma incompleta.
RELATO DE CASO: SÍNDROME OBSTRUTIVA E HIPOVOLÊMICA POR
LACERAÇÃO DE VENTRÍCULO DIREITO OU HEMOTÓRAX MACIÇO POR
LACERAÇÃO DE VENTRÍCULO DIREITO
Paulo Ricardo Pastre Marcon¹Fernando Antônio Campelo Spencer Netto²José Dantas de
Lima Junior³Rafael Reston Viana¹Raphael Flávio Cipriani¹Djoney Rafael Santos¹
1Residentes de Cirurgia Geral do Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
OBJETIVO:Relatar caso de paciente vítima de queda de nível que evoluiu com
síndromes obstrutiva e hipovolêmica, devido à lesão estrutural no pericárdio e
miocárdio.MATERIAL E MÉTODO:Trabalho com modelo de estudo em Relato de
Caso, com termo de consentimento prévio assinado pela Família do paciente.
RESULTADOS: Paciente N.R, do sexo masculino, 66 anos, deu entrada no Hospital
Universitário do Oeste do Paraná ( HUOP), no dia 24/02/16 às 15:00, vítima de queda
de nível de 6 metros de altura. Ao exame de admissão, apresentava-se com GLASGOW
de 15, respirando espontaneamente com oxigênio suplementar em máscara de O2, com
FR 30irpm e Sat 76%. Instável hemodinamicamente, com PA 90/60mmhg e FC
130bpm. Murmúrio vesicular ausente em hemitórax esquerdo com macicez a percussão.
Havia presença de cianose em região cervical, supra e infraclavicular à esquerda e
ingurgitamento de jugular. Abdome inocente, com FAST negativo em janelas
hepatorenal, esplenorenal e pericárdio. Pequena quantidade de líquido em região
retrovesical Realizou-se de imediato toracocentese em 2° espaço intercostal à esquerda
com saída de débito sanguinolento. Procedeu-se então drenagem torácica fechada em
hemitórax esquerdo com saída imediata de 2500ml de sangue. Evoluiu com
rebaixamento do nível de consciência, sendo realizada Intubação orotraqueal.
Concomitantemente, iniciou-se medidas de ressuscitação volêmica, com cristalóides e
hemoderivados, incluindo concentrado de hemáceas e plasma fresco. Foi infundido
também transamin 4 ampolas. Indicou-se Toracotomia Exploradora. Antes do inicio do
procedimento, porém, o paciente teve PCR, sendo realizado Toracotomia de
Reanimação. Realizado de imediato clampeamento da aorta descendente e busca ativa
da fonte de sangramento. Presença de ruptura de saco pericárdico em região ínferoposterior com herniação posterior do coração e possível estrangulamento dos vasos da
base. No ápice do ventrículo direito, presença de laceração de aproximadamente 5 cm
com sangramento ativo. Realizada rafia da lesão em três planos com pontos em U
usando prolene 2.0. Deixado pericárdio aberto sem rafias. CONCLUSÃO: As diferentes
lesões estruturais do pericárdio e miocárdio podem levar a síndromes obstrutivas,
hipovolêmicas ou ambas dependendo do grau e localização da lesão. O contexto clínico
deve ser considerado na definição da conduta.
SÍFILIS COMO CAUSA INCOMUM DE HEPATITE COLESTÁTICA:
RELATO DE CASO
Fernanda Dal Bello, Samantha Brandes, Flávia Solano Patrício da Silva, Fernanda
Oliverio, Bruna Luiza Zonta Ximenes Canfield
Hospital Regional Hans Dieter Schmidt – Joinville/SC
Residência de Clínica Médica e Gastroenterologia
Objetivo: Relatar o caso clínico de um paciente atendido no Hospital Regional Hans
Dieter Schmidt em 2015, acometido por sífilis secundária, tendo como manifestação
inicial sinais e sintomas de síndrome colestática – e a importância de incluir sífilis no
diagnóstico diferencial de colestases.Material/Método: Relato de caso a partir de dados
do prontuário do paciente.Resultado: Masculino, 60 anos, previamente diabético,
hipertenso e ex-tabagista, apresentando icterícia cutâneo-mucosa e colúria há 4 dias,
associada a dor abdominal intermitente em região de hipocôndrio esquerdo.
Previamente ao quadro, relata surgimento de máculas eritematosas nas palmas da mãos
e dor em epigástrio há 2 semanas. Perda de 8kg neste período. Nega náuseas, vômitos e
diarreia. Exame físico: icterícia em escleras, auscultas pulmonar e cardíaca normais,
abdome sem alterações. Nos membros, lesões máculo-papulares eritematosas nas
palmas das mãos. Exames complementares: Hb 15,7 g/dl; plaquetas 199.000/mm3;
leucócitos 8.050/ mm3; bilirrubinas totais 9,16 mg/dl (as custas de BD 8,2 mg/dl); AST
127 U/l; ALT 75 U/l; FA 727 U/l; GGT 1.001 U/l; amilase 57 U/l; lípase 99 U/l;
albumina 3,2 g/dl; RNI 1,07; parcial de urina com bilirrubinas ++; US abdome total:
sinais de esteatose hepática moderada, sem dilatação de vias biliares e sem evidência de
cálculos na vesícula biliar. Sorologias para hepatite B, C e HIV negativas; VDRL 1:256.
Paciente foi internado devido icterícia colestática por quadro de sífilis secundária sendo
tratado com penicilina benzatina 2,4 milhões de unidades intramuscular semanal por 2
semanas, com boa evolução clínica e laboratorial. Conclusões: A hepatite sifilítica é
uma entidade conhecida, rara, porém deve ser considerada no diagnostico diferencial de
hepatites colestáticas. Estima-se que ocorra em cerca de 0,2% dos casos de sífilis.
Caracteriza-se por quadro de hepatite com níveis séricos elevados de fosfatase alcalina,
acompanhando-se de um aumento moderado das aminotransferases. Devido padrão
bioquímico inespecífico, o diagnóstico se baseia na alta suspeita clínica, com presença
de manifestações específicas de sífilis secundária associadas. O prognóstico é bom e o
tratamento é baseado em antibioticoterapia com penicilina.
HÉRNIA TRAUMÁTICA DE PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR, RELATO
DE CASO
Autores: Mariana J. Becker1, Annata T. Della Costa1, Fernanda H. Cintra1, Fernando
Spencer Netto2
1. Médica residente em Cirurgia Geral do Hospital Universitário do Oeste do Paraná –
HUOP- Cascavel (PR), Brasil.
2. Médico docente do Curso de Medicina da UNIOESTE e Preceptor da Residência
Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário do Oeste do Paraná – HUOP Cascavel (PR), Brasil.
OBJETIVO: Relatar o caso de um paciente com hérnia traumática de parede abdominal
anterior (HTPAA) por trauma abdominal contuso (TAC). MATERIAL E
METODOLOGIA: Relato de caso e revisão de literatura de paciente admitida no
Pronto-Socorro do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (PS-HUOP) com
HTPAA. Consentimento informado foi obtido. RESULTADOS: Mulher de 27 anos,
motociclista, colidiu contra automóvel e foi admitida no PS-HUOP com dor abdominal
e sinais vitais estáveis. Notava-se que a paciente apresentava equimose e abaulamento
infra umbilicais e reação de defesa abdominal. A TC de abdome com contraste mostrou
líquido livre na cavidade peritoneal, pneumoperitônio, e HTPAA. Indicada laparotomia
exploradora, constatando HTPA infra umbilical e lesões de intestino delgado,
mesentério, cólon transverso e cólon descendente, todas tratadas com sutura ou
ressecção e síntese primária. Realizada síntese parcial da pele. A paciente evoluiu com
eritema de parede abdominal, foi levada a reoperação no quinto dia pós operatório
(DPO). Verificada fasceíte necrotizante e ressecado segmento de pele correspondente ao
local de desluvamento da pele (15x10cm), instituído antibioticoterapia de amplo
espectro. Por piora da dor abdominal, do laboratório e febre, sem progressão da fasceíte,
a paciente foi levada a nova laparotomia, sendo constatado vazamento de sutura do
cólon transverso, e realizada colostomia. Paciente teve alta no 15º DPO.
CONCLUSÃO: HTPAA é uma entidade rara e deve ser ativamente procurada através
do exame físico por ter alta correlação com lesões intra-abdominais; A complicação de
HTPAA com fasceíte necrotizante não foi encontrada durante esta revisão de literatura.
O reconhecimento da complicação ocorre após alta suspeita clínica, e é confirmado
durante a abordagem cirúrgica. Métodos clínicos e laboratoriais de detectar infecção no
tecido desluvado são falhos e o cirurgião deve retornar a explorar a parede abdominal
em centro cirúrgico se houver dúvida. O tratamento de tecido desvitalizado deve ser
agressivo, e baseia-se em diagnóstico e debridamento precoce extensivo até alcançar
tecido viável. A antibioticoterapia de amplo espectro é importante como adjuvante no
processo. Mesmo com abordagem rápida, a morbimortalidade é alta, e um dos fatores
determinantes do prognóstico é o tempo entre diagnóstico e a cirurgia.
PÓLIPO HIPERPLÁSICO DE RETO OCASIONANDO SANGRAMENTO
IMPORTANTE
Autores: Claudia Theis, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do Itajaí,
Ingrid Daiane dos Santos, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do Itajaí,
Bruno Lorenzo Scolaro, professor do curso de medicina da Universidade do Vale do
Itajaí, médico coloproctologista no Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen
e UNIMED Itajaí, Gustavo Becker Pereira, professor do curso de medicina da
Universidade do Vale do Itajaí, médico coloproctologista no Hospital e Maternidade
Marieta Konder Bornhausen e UNIMED Itajaí e Fangio Ferrari, professor do curso de
medicina da Universidade do Vale do Itajaí, médico gatroenterologista no Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen e UNIMED Itajaí.
RESUMO: Pólipos hiperplásicos (PH) encontram-se mais comumente em reto e cólon
sigmoide e apresentam tamanho inferior a 5mm. São mais frequentes em indivíduos do
sexo masculino com mais de 50 anos. Os PH retais são tidos como não neoplásicos
devido a semelhança com a mucosa normal, tendo a proliferação celular restrita a
camada basal. A degeneração maligna ocorre em 2-3% dos casos, quando o pólipo
hiperplásico apresenta também componente adenomatoso. Pacientes portadores de PH,
em mais de 90% dos casos, são assintomáticos, sendo achados ocasionais de exame
proctológico ou colonoscopia.OBJETIVO: Relatar um caso de paciente com pólipo
hiperplásico de reto ocasionando sangramento importanteMÉTODOS: Relato de caso
descritivo RESULTADOS: Paciente masculino, 20 anos, previamente hígido, há 2
meses com sangramento vermelho vivo independente das evacuações, com frequência
irregular e volume variável. Negava comorbidades ou cirurgias prévias e possuía
história familiar de câncer colorretal (avô aos 65 anos). O exame físico geral não
demonstrou anormalidades. No exame proctológico, à inspeção e ao toque retal não
observou-se lesões e na anuscopia apenas hemorroidas de pequeno volume. Foi
realizada colonoscopia completa até íleo terminal, na qual observou-se pólipo
subpediculado, de aproximadamente 15 mm, localizado no reto proximal, friável e
sangrante ao toque com o aparelho. Realizada polipectomia com alça, sem
intercorrências e o resultado anatomopatológico foi de pólipo hiperplásico de reto.
CONCLUSÃO: Com este relato os autores chamam a atenção sobre a importância da
valorização das queixas dos pacientes independente da idade e do exame físico.
Salientam também que todo sangramento intestinal deve ser avaliado com exame físico
proctológico e se necessário lançar mão de maiores recursos, pois, como no caso
apresentado, uma lesão aparentemente benigna e comum pode apresentar-se de forma
atípica e ocasionar sintomas severos.
RELATO DE CASO DE HÉRNIA UTERINA INGUINAL
Autores: Claudia Theis, acadêmica de medicina da Universidade do Vale do Itajaí,
Nadhine Feltrin Ronsoni, acadêmica de medicina da , Maria Eduarda Ampessan
Panassol, acadêmica de medicina da Universidade de Caxias do Sul, Gilda Guerra,
médica residente em cirurgia geral na 10ª enfermaria da Irmandade da Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre, Lucas Ernani, médico residente em cirurgia geral na 10ª
enfermaria da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Rodrigo
Koprovski Menguer, médico residente em cirurgia geral na 10ª enfermaria da
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre
Resumo: A presença de hérnia inguinal uterina verdadeira é uma condição rara em
adultos, geralmente relacionada a outras alterações genitourinárias, essas são geralmente
devido a persistência do conduto peritoniovaginal (CPV), ou processo vaginal. Após
levantamento da hipótese, o diagnóstico de hérnia uterina, e seus anexos, pode ser
suspeitado no pré-operatório pela ultrassonografia e confirmado durante o procedimento
cirúrgico. O tratamento da hérnia inguinal é cirúrgico e deve ser efetuado quando
diagnosticado, já que ela não se resolve espontaneamente e corre risco de
encarceramento. OBJETIVO: Relatar um caso de paciente com hérnia inguinal uterina.
MÉTODOS: relato de caso descritivo. RESULTADOS: Mulher, 46 anos, previamente
hígida, relatava abaulamento irredutível na região inguinal direita há 10 dias, com
eritema e dor intensa no local. Foi internada no dia 17/11/2015 por provável hérnia
inguinal encarcerada. No exame físico apresentava sinais vitais estáveis e desconforto
abdominal difuso à palpação, sem sinais de peritonismo. À ecografia, hérnia inguinal
direita, evidente aos esforços, redutível; caudal à hérnia, imagem anecóide alongada,
não redutível, de origem indeterminada ao presente exame. No dia 20/11/15 foi
submetida a herniorrafia inguinal direita. À exploração do saco herniário identificou-se
a Trompa de Falópio direita, realizando-se então ligadura da mesma em sua base e
secção com fixação de tela de marlex pela técnica de Lichtenstein modificada. No dia
seguinte recebeu alta sem intercorrências. CONCLUSÃO: Hérnias uterinas inguinais
uterinas são condições raras, sendo mais prevalentes em prematuros, tendo poucos casos
relatados em adultos. Sendo então, importante que o cirurgião esteja atento e
capacitado, afim de realizar o tratamento cirúrgico de escolha evitando maiores
complicações decorrentes do encarceramento de hérnias.
ANÁLISE DE PACIENTES SUBMETIDOS À ENTEROSCOPIA POR DUPLO
BALÃO – INDICAÇÕES, ACHADOS, TERAPÊUTICA E COMPLICAÇÕES
Serviço de Endoscopia do Hospital Sugisawa – Curitiba (PR), Brasil.
Flávio Heuta Ivano; Izabela Rodrigues Villela; Lívia Fouani de Miranda
OBJETIVO: O objetivo fundamental é a análise casuística de pacientes submetidos à
enteroscopia por duplo balão (EDB). Os objetivos específicos compreendem estabelecer
as indicações para realização desse método, avaliar os achados obtidos pela EDB,
analisar as terapêuticas realizadas e observar as complicações decorrentes do
procedimento, correlacionando com a literatura atual. MATERIAL E
METODOLOGIA: O estudo consiste em uma análise retrospectiva dos prontuários
dos os pacientes submetidos à EDB no Hospital Sugisawa de Curitiba, entre 2011 e
2014. Foram analisados 65 prontuários eletrônicos, dos quais foram coletados os dados:
idade, sexo, indicações para a realização do procedimento, achados e possíveis
diagnósticos obtidos por intermédio dessa técnica, terapêuticas realizadas e
complicações posteriores. Os dados foram analisados estatisticamente pelo programa
computacional SPSS versão 20.0. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná e não houve conflito
de interesses. RESULTADOS: As enteroscopias realizadas totalizaram 65
procedimentos em 50 pacientes, sendo 63,1% mulheres e 36,9% homens, com média de
idade de 50,94 anos. A principal indicação para a sua realização foi o sangramento
intestinal, seguida por dor abdominal e Doença de Crohn. A maioria dos procedimentos
foi considerada normal e o achado mais prevalente foram os pólipos, seguido por
angioectasias e duodenites. Em 49,2% dos exames foi realizado algum procedimento
terapêutico, sendo a biópsia o mais prevalente. Houve apenas um caso de complicação
de pancreatite aguda. CONCLUSÃO: A enteroscopia por duplo balão é um excelente e
seguro método para a avaliação do intestino delgado, possuindo como principais
indicações o sangramento intestinal e a dor abdominal. Seus principais achados variam
conforme a população estudada. A EDB possui baixas taxas de complicações e, por
meio de suas opções terapêuticas, diminui a necessidade de cirurgias.
TEMPO DE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO DE UMA INSTITUIÇÃO DO
EXTREMO SUL CATARINENSE
Autores: Nicole Bento Bazzi1;Liz Correa Fabre2;Denise Maccarini Tereza3
Nutricionista Clínica – Hospital Unimed Criciúma/SC1
Nutricionista Clínica – Hospital Unimed Criciúma/SC2
Enfermeira Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade do Extremo Sul
Catarinense3
Objetivo: Identificar o tempo de jejum pré-operatório de pacientes submetidos a
cirurgias eletivas de uma Instituição do Extremo Sul Catarinense. Material: Utilizou-se
um questionário semi-estruturado desenvolvidos pelas pesquisadoras com o objetivo de
coletar dados de identificação do paciente, tempo de jejum, tipo de cirurgia e o horário
da última refeição referida pelo paciente. Metodologia: A coleta de dados foi realizada
entre janeiro e março de 2016. O Estudo foi composto por pacientes de ambos os sexos,
internados para cirurgias eletivas. Para a tabulação de dados utilizou-se o programa
Microsoft Office Excel 2007. Resultados: Avaliou-se o tempo de jejum pré-operatório
das seguintes especialidades cirúrgicas: Otorrinolaringológica (n =17; 23%), Urológica
(n= 15; 21%), Plástica (n =9; 13%), Aparelho digestivo (n = 9; 13%), Ginecológicas (n
=8; 11%), Ortopédicas (n = 4; 6%), Geral (n =3; 4%), Proctologia (n =3; 4%), Torácica
(n =2; 3%); Oftalmológicas (n = 1; 1%), Vascular (n = 1; 1%), Coluna (n = 1; 1%).
Verificou-se que o tempo de jejum pré-operatório foi maior que 12 horas para 38% das
cirurgias, foi maior que 8 horas para 26% das cirurgias, foi igual a 8 horas para 20% das
cirurgias, igual a 6 horas para 15% das cirurgias e igual a 4 horas para 1% das cirurgias.
Conclusões: Percebeu-se que o tempo de jejum pré-operatório está acima do que é
preconizado em estudos atuais. O Hospital onde foi desenvolvido o estudo possui
protocolo de jejum pré-operatório. Apesar das diversas recomendações e estudos que
comprovam que a abreviação do jejum pré-cirúrgico não aumenta os riscos de aspiração
pulmonar, ainda persiste a prática de jejum prolongado via oral, desde o dia ou a noite
que antecede a cirurgia. Com isso conclui-se que para haver uma maior adesão do
protocolo depende do comprometimento de toda a equipe multiprofissional.
PERFIL DE PACIENTES COM CÂNCER DE CÓLON DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ
Flávia Cristina Kufner; Luciana Gonçalves; Melina Capraro Alcântara, Tiago Cesar
Mierzwa; Fábio Negretti; André Pereira Westphalen.
Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE
OBJETIVO: Estabelecer o perfil clínico e patológico dos pacientes portadores de câncer
de cólon tratados no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), com avaliação
dos fatores prognósticos pré-operatórios, fatores de risco, conduta realizada,
anatomopatológico dos tumores, tempo de internação e mortalidade. MATERIAL E
MÉTODO: Pesquisa aplicada, retrospectiva, descritiva e de natureza quantitativa
realizada em campo, abrangendo de janeiro de 2010 a março de 2015. Os pacientes
foram identificados pelos laudos anatomopatológicos deste período, encontrando um
total de 43 pacientes. Desses, três foram excluídos por não preencherem critérios de
inclusão. RESULTADOS: Obtivemos dados de 40 pacientes, dos quais 26 do sexo
feminino e 14 do sexo masculino, com idade média de 59,65 anos. Todos os pacientes
eram sintomáticos, com sintomas há 30 dias ou mais. Foram considerados eletivos os
pacientes em acompanhamento ambulatorial com diagnóstico prévio (27) e de
emergência os admitidos por meio dos serviços de pronto-atendimento da região (13).
Dentre as comorbidades, houve predominância de hipertensos (19) e diabéticos (10).
Nove pacientes apresentavam anemia com hemoglobina inferior a 10. Cinco
procedimentos foram videolaparoscópicos, os demais todos foram laparotomicos. 23
pacientes apresentavam lesões na porção retossigmoide. Doze pacientes necessitaram de
reabordagens devido a complicações pós-cirúrgicas, quatro foram a óbito em
decorrência da primeira abordagem cirúrgica (15,38% emergenciais e 7,4% eletivos) e
um foi a óbito em internamento posterior. CONCLUSÃO: O perfil de pacientes
portadores de câncer de cólon atendidos no Hospital Universitário do Oeste do Paraná é
mulher, com idade média de 59,62 anos, com queixas há mais de 30 dias, com
predominância de adenocarcinomas de retossigmoide e com maior mortalidade nas
abordagens emergenciais.
“ESTUDO DA GASTROPATIA HIPERTENSIVA PORTAL EM PACIENTES
CIRRÓTICOS SUBMETIDOS AO PROGRAMA DE LIGADURA ELÁSTICA
DO HU-UFSC”
Autores: Isadora Cardoso Schweitzer; Gustavo Luís Rodrigues Carvalho; Viriato
João Leal da Cunha; Cíntia Zimmermann de Meireles
Serviço de Endoscopia – Hospital Universitário (Universidade Federal de Santa
Catarina)
Objetivos: Verificar a presença e características da gastropatia em pacientes cirróticos
com hipertensão portal de diferentes graus de Child-Pugh e correlacionar a presença de
gastropatia com o calibre das varizes esofágicas. Material e Método: Estudo
observacional transversal que analisou dados de laudos endoscópicos de 65 pacientes
com hipertensão portal cirrótica, atendidos pelo serviço de Endoscopia Digestiva do
HU/UFSC, no período de julho/2012 a julho/2015. Foi utilizado o software SPSS 18.0
para tabulação dos dados e análise estatística. O grau da classificação de Child-Pugh
considerado e o calibre das varizes esofágicas correspondem àqueles verificados na
primeira sessão endoscópica de ligadura elástica, não sendo levadas em conta as
variações encontradas após o início do tratamento. Resultados: Foram avaliados 65
pacientes com idade média de 52,7±12,7 (DP) anos. 39 pacientes eram Child-Pugh A,
22 classe B e 4 classe C. As principais etiologias de cirrose foram hepatite C (27,7%),
álcool (21,53%), criptogênica (13,84%) e hepatite B (7,7%). Dos pacientes observados,
49 (75,4%) apresentavam gastropatia na primeira sessão de ligadura elástica, sendo que,
em 34 (69,4%) destes, era de leve intensidade e 15 (30,6%), severa. Todos os pacientes
classe C possuíam gastropatia, bem como 71,8% dos A e 77,2% dos B. Indivíduos
classe A tiveram maior prevalência de gastropatia severa (28,2%) que os demais e
aqueles classe B, a menor (13,6%). Com relação ao calibre das varizes esofágicas, a
maior prevalência de gastropatia severa (39,1%) foi encontrada nos pacientes com
varizes de médio calibre (49,2%). No entanto, pacientes com varizes de grande calibre
apresentaram maior probabilidade (80,7%) de possuir algum grau de gastropatia.
Conclusão: A idade média dos pacientes submetidos à ligadura elástica foi de 52,7 anos
e as etiologias cirróticas predominantes foram hepatite C e álcool. A maioria dos
pacientes avaliados (¾) apresentavam gastropatia, sendo em sua maioria de grau leve.
Observou-se que, em concordância com a literatura, à medida que se eleva o grau de
disfunção hepática e, quanto maior o calibre varicoso, maior a prevalência de
gastropatia.
RELATO DE CASO: TRATAMENTO CONSERVADOR DE LESÃO RENAL
TRANSFIXANTE POR FERIMENTO DE ARMA DE FOGO.
Autores: Malcom J.K. Brigo; Mariana T. B. Silva; Fernanda H.Cintra; Douglas
Marcello Pazetto; Paulo Ricardo Montini Nunes;
1. Docente do Curso de Medicina da UNIOESTE e Preceptor da Residência Médica em
Cirurgia Geral no Hospital Universitário do Oeste do Paraná – HUOP - Cascavel (PR),
Brasil.
2. Cirurgiã Geral formada pelo Hospital Universitário do Oeste do Paraná – HUOPCascavel (PR), Brasil.
3. Médica residente em Cirurgia Geral do Hospital Universitário do Oeste do Paraná –
HUOP- Cascavel (PR), Brasil.
4. Discente de Medicina pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
– Cascavel (PR), Brasil.
OBJETIVO.Relatar um caso de lesão renal transfixante por arma de fogo tratado de
modo conservador.MATERIAL E MÉTODOS: Estudo descritivo, através da análise de
prontuário eletrônico e revisão de artigos científicos.RESULTADOS:Paciente de 60
anos, masculino, admitido no pronto socorro do Hospital Universitário do Oeste do
Paraná (HUOP), em Agosto de 2015, por ferimento de arma de fogo (chumbinho) em
região lombar alta a direita. Paciente referia dor local, irradiada para flanco e fossa
ilíaca direita, do tipo latejante, de forte intensidade, com piora à palpação.
Hemodinamicamente estável, eupneico, lúcido e orientado, com dor a palpação
profunda em quadrante inferior direito do abdome, sem sinais de peritonite. Submetido
à Tomografia Computadorizada de Abdome contrastada, a qual evidenciou rins
concentrando e excretando contraste, sem extravasamento do mesmo, com densificação
da gordura perirrenal a direita e projétil metálico retrocaval ao nível da veia renal
direita. Optado por tratamento conservador, paciente permaneceu internado com
reavaliações periódicas, mantendo sinais vitais estáveis, diurese clara e abdome
inocente. Hemoglobina estável e níveis de escórias nitrogenadas dentro da normalidade.
Após três dias paciente recebeu alta hospitalar para acompanhamento.CONCLUSÃO:
Trauma renal penetrante apresenta uma morbimortalidade importante quando associado
a laceração do parênquima renal e lesões renovasculares. O domínio do seu manejo é de
extrema importância para profissionais atuantes em serviços de emergência. Mais
pesquisas são necessárias na área de tratamento conservador de lesões renais
ocasionadas por projétil de arma de fogo, mas este relato indica uma boa alternativa
terapêutica em relação ao tratamento cirúrgico, visando reduzir o número elevado e
indesejado de nefrectomias, isso quando realizado em pacientes bem indicados, em
centros de trauma com estrutura e profissionais adequados, seguindo rigorosamente
protocolos específicos.
TERAPÊUTICA DE SUCESSO NO MANEJO COM O INTESTINO
NEUROGÊNICO EM PESSOAS COM LESÃO MEDULAR EM UM CENTRO
ESPECIALIZADO DE REABILITAÇÃO
Carla Dadalt1, Adriana Dutra Tholl2, Flávia Costa Britto3, Ana Maria Petters3, Scheyla
Paula Bollmann Oleskovicz4, Patricia Khan5.
1Nutricionista; 2Enfermeira e chefe do setor de Enfermagem; 3Enfermeira;
4Fisioterapeuta e chefe do setor de Neuroreabilitação adulto; 5Médica fisiatra.
1,2,3,4,5Servidoras públicas do Centro Catarinense de Reabilitação – Secretaria de
Estado da Saúde (CCR/ CER II/ SES - SC).
Objetivo: Relatar a terapêutica de sucesso no manejo do intestino neurogênico em
pessoas com lesão medular no Centro Catarinense de Reabilitação. Método: Relato de
experiência do Serviço de Enfermagem – Ambulatório de Cuidado às Pessoas com
Intestino Neurogênico. Os pacientes com Lesão Medular são inseridos no referido
Ambulatório por meio de uma Avaliação de Ingresso realizada pelo Fisiatra, na qual são
encaminhados aos Serviços de Enfermagem e Nutrição, onde são orientados de maneira
teórica e prática, individualmente e em grupo sobre os cuidados com o intestino, tendo a
participação da família no processo. Os atendimentos são realizados em momentos
distintos, mas interligados pela meta de reabilitação que é estimular a evacuação eficaz,
frequência regular (diária ou em dias alternados, considerando o hábito intestinal antes
da lesão), consistência adequada, horário escolhido, preestabelecido pelo paciente,
prevenindo a incontinência fecal, ou outras complicações, como fecaloma, em um
período aproximado de dois meses, com acompanhamento periódico até que seja
atingida a meta de reabilitação. Resultado: Dentre as manobras de reeducação intestinal,
a terapêutica de maior sucesso no manejo do intestino neurogênico é a massagem
abdominal, seguida do estímulo dígito-retal para os dois tipos de intestino neurogênico
(Reflexo e Arreflexo), associado ao ortostatismo diário por quarenta minutos, ao
consumo de fibras e de 1,5 a 2 litros de água/dia. Conclusão: O sucesso da reabilitação
em lesados medulares com intestino neurogênico pode ser influenciado pela forma
como é conduzido, especialmente, pela comunicação entre profissionais, pacientes e
famílias/ cuidadores. A equipe interdisciplinar tem papel fundamental na modulação das
fases iniciais ao TRM pela aproximação com o quotidiano desses indivíduos, mas a
vontade própria e determinação dos pacientes são fundamentais a fim
USO DE TENSÃO PROGRESSIVA E VÁCUO NO FECHAMENTO DE
EXTENSOS DESLUVAMENTOS TRAUMÁTICOS: RELATO DE 2 CASOS E
SUGESTÃO DE PROTOCOLO
Hemanuelli Barreto¹, Henrique Saburó Shiroma¹, Isabella de Oliveira Rosa¹, Ayessa
Bertoldi¹, Marcelo Ribeiro Jr. ², Fernando Spencer Netto3
¹ Acadêmico do curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná
(UNIOESTE), Cascavel- PR, Brasil.
² Professor titular e livre docente em Cirurgia da Universidade de Santo Amaro
(UNISA), São Paulo- SP, Brasil.
3
Doutor em Cirurgia e docente da UNIOESTE, Cascavel- PR, Brasil.
Objetivo: Demonstrar o uso tensão progressiva vácuo assistida no fechamento de
extensas feridas por desluvamento. Material e Método: Foram relatados 2 casos de
pacientes com feridas extensas por desluvamento traumático em que foi usado tensão
progressiva vácuo assistida para fechamento das lesões. Durante a admissão dos
mesmos, foi obtido consentimento e dados coletados prospectivamente. Resultados:
Caso 1: Paciente de 33 anos, feminina, obesa mórbida, admitida devido à colisão de
motocicleta. Apresentava lesão corto-contusa extensa e profunda em regiões dorsal,
glútea e face posterior da coxa esquerda. Na exploração cirúrgica, verificou-se
contaminação extensa e proximidade com ânus. Procedeu-se lavagem e aproximação
das bordas. Evoluiu com necrose de tecido desluvado, necessitando de 2 debridamentos
e colostomia. Com melhora do aspecto da ferida, aplicou-se fechamento com tensão
progressiva vácuo assistida (4 cirurgias e curativos à beira do leito), com redução da
área cruenta de 2400 cm² para 375 cm² em 30 dias, quando foi descontinuado o
fechamento vácuo-assistido. Desenvolveu IRA não dialítica e infecção da ferida
residual por Pseudomonas sp. (em itálico), sendo tratada com antibiótico e recebendo
alta 60 dias após admissão. Caso 2: Paciente de 33 anos, masculino, admitido após
acidente com colheitadeira com extensa lesão de hemiabdome esquerdo (desluvamento
e evisceração de alças). Na laparotomia havia hematoma em mesosigmóide e serosa de
sigmoide, sem perfuração de alça intestinal, sendo submetido a colorrafia, fechamento
primário de hérnia traumática e deixado curativo a Barker na área desluvada. Realizado
debridamento no 7º dia de pós-operatório (DPO) e iniciado fechamento com tensão
progressiva vácuo assistida no 9º DPO (ferida inicial com aproximadamente 900cm2 - 3
procedimentos cirúrgicos). Recebeu alta no 21º DPO, com ferida residual de 4cm2.
Conclusão: O uso de fechamento com tensão progressiva vácuo assistida pode ser útil
no tratamento de desluvamentos traumáticos, diminuindo a área ou evitando o uso de
enxertos para reconstrução da lesão.
COMPRESSÃO
MEDULAR
POR
METÁSTASE
DE
TUMOR
ESOFÁGICO OCASIONANDO ATONIA COLÔNICA E MIMETIZANDO
SÍNDROME DE OGILVIE - RELATO DE CASO
YOSHINO, L.H.1; PEREIRA, G.B.2; PEREIRA, R.B.2; SCOLARO, B.L.2; THEIS,
C.3
1 – Médico Residente de Cirurgia Geral do Hospital e Maternidade Marieta Konder
Bornhausen (HMMKB) – Itajaí/SC.
2 – Coloproctologista e Preceptor da Residência Médica de Cirurgia Geral do Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen (HMMKB) – Itajaí/SC.
3 – Acadêmica de Medicina na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – Itajaí/SC
RESUMO: A coluna vertebral é o sítio mais comum de metástases ósseas do trato
gastrointestinal, mas para o câncer esofágico compreende apenas 4-10%. Quando ocorre
compressão medular o primeiro sintoma a aparecer é a dor (96%), seguido de alterações
motoras e autonômicas, incluindo disfunções sexuais, esfincterianas, constipação e
retenção urinária. É raro a apresentação do quadro exclusivamente com obstrução
intestinal, gerando o diagnóstico diferencial com a síndrome de Ogilvie, por apresentar
um quadro clínico semelhante com uma dilatação colônica difusa sem evidência de fator
obstrutivo.OBJETIVO: Relatar um caso de paciente com compressão medular que
evoluiu com quadro clínico de obstrução intestinal.MÉTODOS: relato de caso
descritivo. RESULTADOS: Paciente masculino, 57 anos, em tratamento quimioterápico
adjuvante de tumor esofágico avançado metastático para fígado, apresentou quadro
progressivo de constipação há 30 dias e evoluiu para obstrução intestinal. Em
investigação com tomografia computadorizada de abdome total, evidenciou distensão
colônica de todos os segmentos, principalmente de cólon direito com diâmetro de ceco
de 10 cm e lesão metastática compressiva em canal medular no nível de T9/T10.
Submetido à laparotomia exploradora, foi evidenciado importante distensão de todos os
segmentos colônicos com sinais isquêmicos em cólon direito e doença metastática
hepática extensa invadindo cólon transverso proximal. Realizada cecoascendentostomia
com melhora do quadro obstrutivo. Nos pós-operatório evoluiu com paraplegia, sendo
avaliado pelo cirurgião de coluna, indicando radioterapia.CONCLUSÃO: Apresentamos
uma patologia rara, de difícil diagnóstico e complicações com necessidade de
intervenção imediata. O tratamento deve ser individualizado e precoce sendo, em
quadros iniciais, tratada com pró-cinéticos ou descompressão colônica por
colonoscopia, mas, se avançado, a terapêutica cirúrgica se torna necessária pelo risco de
perfuração e complicações sépticas.
COMPARAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL DE PACIENTES SUBMETIDOS AO
TRATAMENTO COM EVEROLIMO, COM A FUNÇÃO RENAL DOS QUE
NÃO UTILIZAM ESSE MEDICAMENTO APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO,
EM BLUMENAU - SC.
Anderson Sbardelatti, Marcelo Agusto Scheidemantel Nogara, Leonardo Bandeira de
Andrade, Marcos Ferranti Smaniotto, Charlles Camierchcki Picollo, Geovana Sartori.
Universidade Regional de Blumenau – SC.
O objetivo deste estudo foi comparar a função renal de pacientes submetidos à terapia
de imunossupressão com Everolimo e pacientes que não utilizaram o medicamento e
fizeram uso apenas de outros imunossupressores após transplante hepático. Este estudo
foi realizado no período de janeiro de 2014 a dezembro de 2015 no Hospital Santa
Isabel de Blumenau – Santa Catarina. Foram obtidos dados de prontuários de 12
pacientes em uso de Everolimo e 23 pacientes não submetidos a droga. Os pacientes
responderam ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes de sua inclusão no
estudo. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, raça, imunossupressor (es) em uso,
nível de Creatinina Sérica e existência ou não de rejeição ao órgão transplantado. Para
determinação da função renal foi calculada a taxa de filtração glomerular (TGF) pela
fórmula MDRD, através do Software QxMD. Nos pacientes que fizeram uso de
Everolimo, a TGF média foi 73,18 mL/min/1,73m², sendo o maior valor 198
mL/min/1,73m², e o menor 20 mL/min/1,73m². Enquanto nos pacientes que não
utilizaram esse medicamento, mas fizeram uso de imunossupressores de outras classes
(Inibidores da Calcineurina ou agentes antimetabólicos), a média da TGF foi de 69,19
mL/min/1,73m², sendo o valor mínimo encontrado 31 mL/min/1,73m², e o máximo
124mL/min/1,73m². Durante o estudo, não foi observada relação entre a terapia
imunossupressora de escolha e a rejeição ao órgão transplantado. Portanto, pacientes
submetidos à imunoterapia com Everolimo após transplante hepático apresentaram
melhor preservação da função renal em comparação ao grupo que não fez uso o
imunossupressor, segundo o índice da TGF. Contudo, apesar dos resultados de nosso
trabalho, entendemos que mais estudos são necessários, de forma a contribuir para
encontrarmos a melhor opção terapêutica para pacientes após transplante hepático.
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR DE PACIENTES EM USO DE
EVEROLIMO ASSOCIADO À DIFERENTES IMUNOSSUPRESSORES EM
TERAPIA APÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO.
Anderson Sbardelatti, Marcelo Agusto Scheidemantel Nogara, Leonardo Bandeira de
Andrade, Marcos Ferranti Smaniotto, Beatriz Bandeira de Andrade, Clarissa Novello
Batzner. Universidade Regional de Blumenau – SC.
O objetivo do presente estudo foi observar se existem diferenças significativas na taxa
de filtração glomerular (TGF) de pacientes que utilizam o medicamento Everolimo
(pertencente à classe dos inibidores do Mtor) associado à inibidores da calcineurina
(Ciclosporina ou Tacrolimus), comparados aos que utilizam Everolimo associado à
agentes antimetabólicos (Mofetil Micofenolato) e aos que utilizam Everolimo associado
à outro inibidor do Mtor: Sirolimo. Foram utilizados dados de prontuários de 23
pacientes em acompanhamento no Hospital Santa Isabel de Blumenau – Santa Catarina,
em terapia imunossupressora pós-transplante hepático. A coleta de dados foi realizada
através de busca ativa dos prontuários entre janeiro e setembro de 2014. Os pacientes
responderam a um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes de sua inclusão
no estudo. Para a análise dos resultados, utilizou-se o programa Microsoft Excel 2010.
A TGF estimada foi calculada pela fórmula MDRD, através do Software QxMD. O
grupo de pacientes que apresentou pior TGF foi o que estava em uso associado de
Everolimo e Sirolimo (média TGF: 24,74 mL/min/1,73m2). Já os pacientes em uso de
Everolimo, Tacrolimo e Micofenolato apresentaram uma TGF média de 62,89
mL/min/1,73m2, e o grupo em uso de Everolimo e Micofenolato, TGF média de 65,44
mL/min/1,73m2. As melhores TGF estimadas foram encontradas entre os pacientes em
associação terapêutica de Everolimo e Tacrolimo, com média de 101,57
mL/min/1,73m2. Dez pacientes estavam com o prontuário incompleto em relação aos
dados necessários para cálculo da função renal e foram excluídos desta análise do
estudo. Com o presente estudo, foi possível observar que o uso de Everolimo e
Tacrolimo apresentou uma melhora importante na TGF em relação às demais
combinações estudadas. Contudo, sabemos das limitações impostas ao estudo devido à
reduzida amostra e da necessidade de outros trabalhos para encontrar a melhor
associação farmacológica para pacientes transplantados.
RELATO DE CASO: DIVERTÍCULO DE MECKEL PERFURADO
GATTO, Janaina1; KREVE, Fernanda2; ZORATTO, Jorides N.3; TAKADA, Jonas4
Acadêmica do curso de Medicina da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) – Cascavel - PR.
E-mail: [email protected]
2
Acadêmica do curso de Medicina da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) – Cascavel - PR.
E-mail: [email protected] 2Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade
Assis Gurgacz (FAG)
3
Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade Assis Gurgacz (FAG) – Cascavel – PR.
E-mail: [email protected]
4
Orientador Dr. Jonas Takada, cirurgião do aparelho digestivo, doutor em ciências
médicas pela Universidade de São Paulo, professor do departamento de anatomia da
Faculdade Assis Gurgacz (FAG). E-mail: [email protected]
OBJETIVO DO TRABALHO: Demonstrar a importância de em casos de abdômen
agudo cirúrgico, o divertículo de Meckel complicado ser considerado As maiores
casuísticas relacionam os divertículos a complicações, na medida em que a identificação
pré-operatória desta anomalia intestinal é infrequente.METODOLOGIA: Neste trabalho
será exposto, em forma de artigo, um relato de caso de paciente do gênero masculino,
com quadro de perfuracao intestinal como consequência de complicação rara do
Diverticulo de Meckel. O artigo foi elaborado a partir da coleta da história clínica da
paciente e dos dados obtidos pelo exame físico. Registraram-se, além disso, os dados de
exames complementares e achados cirúrgicos. Também foi realizada uma análise dos
casos similares descritos na literatura, tendo como base científica artigos do banco de
dados do PUBMED e SCIELO. DESCRICÃO DO CASO: M.J.S, 39 anos, sexo
masculino, com história prévia de epilepsia e déficit mental. Foi admitido no pronto
socorro com quadro de dor abdominal difusa de 3 dias de evolução, associado a
anorexia, náuseas e vômitos. Ausência de eliminação de gases e fezes durante o mesmo
período. No exame físico encontrava-se em regular estado geral, desidratado,
taquicárdico e com fácies de sofrimento. O abdome apresentava rigidez importante,
ruídos hidroaéreos diminuídos, dor difusa à palpação e à manobra de descompressão
brusca.Hemograma revelou importante leucocitose, não constatamos distúrbios
hidroeletrolíticos e a amilasemia encontrava-se dentro dos parâmetros normais. O
paciente foi submetido à radiografia simples de abdômem que demonstrou distensão
importante de alças intestinais, níveis líquidos e pneumoperitônio (figura 1) evidente em
região diafragmática direita.Após estabilização hemodinâmica, indicamos a intervenção
cirúrgica. Na laparotomia foi identificada grande quantidade de líquido entérico na
cavidade, alças de delgado edemaciadas e distendidas. Encontrou-se um divertículo de
Meckel perfurado na borda antimesentérica do íleo terminal a 60cm da válvula ileocecal
(figura 2 e 3). Foi realizada enterectomia segmentar englobando a área do divertículo e
enteroanastomose primária término-terminal em dois planos. O paciente apresentou
deiscência de parede abdominal no 4° dia do pós-operatório após quadro de agitação
psicomotora, sendo submetido à nova abordagem cirúrgica. Recebeu alta no 10° dia
sem novas intercorrências. Exame histológico da peça cirúrgica: divertículo de Meckel
com reação inflamatória difusa e perfuração local, sem achados de mucosa ectópica.
ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:A descrição da origem do
divertículo de Meckel ocorreu em 1809 por Johann Friedrich Meckel, tendo como base
embriológica a obliteração incompleta do ducto onfalomesentérico entre a 5ª e 7ª
semana de gestação. Trata-se de um divertículo verdadeiro que se localiza na borda antimesentérica do íleo, geralmente a cerca 100cm da válvula ileocecal1. Em média seu
tamanho é de 4cm, apresenta mucosa ectópica em 50% dos casos, advinda das células
pluripotentes que revestem o ducto vitelino. Dentre essas destacam-se as de origem
gástrica (correspondente a 60-85%) e pancreática (5-16%) ou uma combinação das duas
em 5-12% dos casos2.A possibilidade de diagnóstico através de tomografia
computadorizada é citada na literatura como infrequente. A cintilografia com Tecnésio
radioativo (Tc99m) é uma das opções diagnósticas que apresenta sensibilidade de até
90% em crianças e 46% em adultos, no entanto se restringe apenas a divertículos que
apresentam mucosa gástrica ectópica associada2. Portanto, o diagnóstico pré-operatório
é difícil e excepcional, já que é uma patologia rara, que pode mimetizar outras causas de
abdome agudo e apresenta-se de forma inespecífica na maioria dos estudos de
imagem.A manifestação de sinais e sintomas do divertículo está na dependência de
complicações3. Em recente revisão, as condições mais comumente associadas com
divertículo sintomático foram: idade menor que 50 anos, sexo masculino, divertículo
maior que 2cm e a presença de tecido ectópico4. Esse risco de complicações varia de 4%
a 25 % em vários estudos, sendo as mais comuns: hemorragia, obstrução do intestino
delgado, diverticulite e perfuração3. Elas são específicas para cada faixa etária. A
hemorragia, por exemplo, é a complicação mais observada abaixo dos 2 anos, devido a
ulceração da mucosa ileal adjacente, provocada pela produção ácida proveniente da
mucosa gástrica ectópica. Já em adultos a obstrução intestinal é apresentação clínica
mais comum, proveniente de mecanismos de intussuscepção, volvo, enterocolitos ou
fitobezoares.Perfuração é uma complicação rara e pode ser causada por diverticulite,
trauma, ulceração, tumor ou corpo estranho5. Diverticulite e perfuração ocorrem a uma
taxa combinada de quase 20% e muitas vezes apresentam-se de forma semelhante a um
quadro de apendicite aguda. Inicialmente, uma massa fecalóide obstrui o divertículo,
levando a inflamação, necrose e eventual perfuração. Mais raramente, divertículo de
Meckel pode ser perfurado por corpos estranhos6.Condutas frente ao divertículo de
Meckel dependem do modo como foi realizado o diagnóstico, se foi achado incidental
ou devido à presença de complicações. Em pacientes assintomáticos a ressecção do
divertículo ou do segmento ileal que o contém tem sido defendida na maioria dos
estudos, na medida em que estratégias para avaliar fatores de risco (idade, sexo,
comprimento do divertículo) provaram-se ineficazes na decisão de se remover ou não
profilaticamente o divertículo. O tratamento de um divertículo de Meckel complicado
deve ser sempre a intervenção cirúrgica visando a ressecção do divertículo. Julga-se ser
a enterectomia segmentar com reconstrução término-terminal a conduta mais apropriada
por garantir a remocão total do divertículo e mucosa ectópica na base do segmento
ileal7. Frente a um divertículo complicado cirurgicamente removido, a taxa de
mortalidade e morbidade pós-operatórias é de 2% e 12%, respectivamente1.
CONCLUSÃO:A raridade da condição do divertículo de Meckel perfurado, aliado ao
diagnóstico pré-operatório improvável dessa anomalia intestinal motivaram esse relato
de caso. A perfuração pode ser causada por diverticulite, trauma, ulceração, tumor ou
corpo estranho e gera um quadro de peritonite difusa de considerável morbimortalidade. No presente caso, o tratamento realizado apresentou bons resultados. A
ressecção do divertículo de Meckel foi realizada com certa margem de proteção, a
biópsia não demonstrou tecido ectópico remanescente.
RESSECÇÃO DE TUMOR RETAL
MINIMAMENTE INVASIVA (TAMIS)
POR
CIRURGIA
TRANSANAL
YOSHINO, L.H.1; SCHLINDWEIN, R.F.2; SCHLINDWEIN, M.G.L.A.F.3;
BERNHARDT, T. D4.
1 – Médico Residente de Cirurgia Geral do Hospital e Maternidade Marieta Konder
Bornhausen (HMMKB) – Itajaí/SC.
2 – Responsável pelo setor de Coloproctologia na Unidade de Alta Complexidade em
Oncologia (UNACON-Itajaí) e Preceptor da Residência Médica de Cirurgia Geral do
HMMKB.
3 – Coloproctologista e Preceptora da Residência Médica de Cirurgia Geral do Hospital
e Maternidade Marieta Konder Bornhausen (HMMKB) – Itajaí/SC.
4 – Acadêmica de medicina na Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI – Itajaí/SC
Introdução: O manejo do câncer retal e das doenças benignas de reto tornou-se alvo da
área de tratamento por cirurgia minimamente invasiva. Desenvolvido em 2009, a
cirurgia transanal minimamente invasiva (TAMIS) por single port vem sendo de
interesse global para tratamento destas afecções de forma segura e com resultados
similares aos outros métodos de tratamento.Objetivo: Relatar caso de conduta cirúrgica
para tratamento de tumor de reto “in situ” por ressecção via TAMIS.Metodologia:
Paciente masculino, 69 anos, previamente hígido, com quadro de constipação crônica e
enterorragia esporádica. Com diagnóstico via colonoscopia e anatomopatológico de
adenocarcinoma “in situ” de reto médio (lesão polipoide séssil com espraiamento lateral
ocupando cerca de ²/3 da luz intestinal – sem sucesso na tentativa de retirada via
colonoscopia). RNM de pelve evidenciando lesão restrita a mucosa. Realizado
ressecção por TAMIS com uso do SILS (Covidien®), excisão de parede total/até
gordura do mesorreto, com fechamento do defeito e margens livres
(Anatomopatológico: Adenoma túbulo-viloso com áreas de Adenocarcinoma “in
situ”).Resultados: A utilização do TAMIS via single port para ressecção de tumores “in
situ” de reto se mostra eficaz e segura, assim como no relato apresentado, obtendo uma
ressecção eficiente do tumor com boa evolução, recuperação pós-cirúrgica e seguimento
livre de doença (o paciente está há 32 meses livre de doença, em seguimento
ambulatorial).Conclusão: Um tratamento menos invasivo e menos mórbido associado
com melhores taxas de efetividade é o maior interesse atual, a TAMIS vem
demonstrando isto com regularidade, mas ainda com conteúdos e experiências escassas
na literatura, requerendo assim, a manutenção ascendente na utilização deste método.
TUMOR NEUROENDÓCRINO EM APÊNDICE CECAL
Autores: Cintra, Fernanda H. Cintra, UNIOESTE; Westphalen, André P., UNIOESTE;
Becker, Mariana J., UNIOESTE; Della Costa, Annata T. D., UNIOESTE, Barreto,
Hemanuelli S., UNIOESTE; Kufner, Flávia C., UNIOESTE.
Objetivo: Relatar o caso de um paciente portador de tumor neuroendócrino apendicular.
Visto que, nestes o diagnóstico é geralmente efetuado após excisão do órgão, em quadro
sugestivo de apendicite ou por detecção de alteração no apêndice durante intervenção
cirúrgica abdominal motivada por doença em outro órgão intracavitário. O estudo
histopatológico demonstra a natureza real da lesão e define a conduta subsequente a
seguir. A maioria dos tumores ocorre no apêndice distal e não há dificuldades em seu
tratamento. Material: Prontuário, registro fotográfico das lâminas do material
anatomopatológico.Metodologia: As informações contidas neste trabalho foram obtidas
por meio de entrevista com o paciente, revisão de prontuário, registro fotográfico das
lâminas do material anatomopatológico os quais corroboraram com o diagnóstico, além
de revisão de literatura. Resultados: No caso descrito encontrou-se um tumor
neuroendócrino, diferenciado, com tamanho de 1,5cm em seu maior eixo com invasão
da muscular própria, além de margens cirúrgicas livres e sem embolia angiolinfática
detectada. Os tumores do apêndice são representados por três tipos histológicos
distintos, o benigno (16% casos), o maligno (27% casos) e o carcinoide (57% casos);
este foi recentemente classificado como entidade isolada devido ao seu comportamento
particular, com caráter benigno quando menor que 2 cm ou maligno quando maior que
2cm. O caso relatado e publicações levantadas trazem à luz a discussão da terapêutica
em tumores menores e desprovidos de caráter invasivo, em que a simples
apendicectomia será suficiente para o tratamento definitivo da lesão. Porém, há
situações clínicas em que se torna imperiosa avaliação para decisão sobre a necessidade
ou não de realização de intervenção cirúrgica maior. São precisas indicações para
reintervenção e realização de hemicolectomia direita com excisão da cadeia de
drenagem linfática local: tumores que invadem a parede cecal; lesões maiores que 2 cm
de diâmetro; produção de mucina; invasão de linfáticos, serosa ou mesoapêndice e
pleomorfismo celular com elevado índice de mitoses. Conclusão: Desta forma, percebese a importância de estudar tal entidade a fim de diagnosticar precocemente casos de
reintervenção, além de determinar o seguimento correto do paciente quando a
apendicectomia é curativa.
TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES NO ESOFAGO DISTAL –
RESSECÇAO ENDOSCOPICA POR MUCOSECTOMIA APÓS LIGADURA
ELÁSTICA
Manoel Carlos de Brito Cardoso, Nicolas Caetano Simon, José Guezzi Júnior, Natália
Alberton Cunha, Patrick Luiz Amboni Canela, Everton Coan Berger
Objetivo: Relatar o caso de um tumor de células granulares de ocorrência rara no trato
gastrointestinal.Material: Dados do prontuário do paciente, relacionados a endoscopia,
ecoendoscopia e laudo anatomopatológico.Metodologia: Relato de caso.Relato de caso:
Paciente masculino, 54 anos, queixando-se apenas de disfagia, foi submetido a
endoscopia digestiva alta (EDA), onde foi detectada lesão séssil de 8mm em terço distal
do esôfago com coloração amarelada, sendo realizada biópsia.Laudo anatomopatológico
indicando tumor de células granulares (TCG). Ecoendoscopia mostrou acometimento da
mucosa e submucosa, preservando muscular própria.Realizada mucosectomia com alça
diatérmica após sucção da lesão e ligadura elástica (formação de
pseudopólipo).Conclusão: Primeiramente descrito em 1854 por Weber, o TCG é um
tumor quase invariavelmente benigno, com origem nas células de Scwhann. Mais
comumente encontrado na pele e língua, é de ocorrência rara no TGI. Soyeon An em
2015, avaliou 95 pacientes com TCG no TGI, observando que 75% dos casos ocorreram
no esôfago e 21% no cólon e reto. O aspecto endoscópico mais comum é de um nódulo
submucoso de superfície amarelada e firme ao toque. À histologia, nota-se camadas de
células com citoplasma eosinofílico abundante e núcleos pequenos, sendo os grânulos
citoplasmáticos correspondentes a vacúolos contendo fragmentos semelhantes à
mielina, que são tipicamente PAS e S-100 positivos. A maioria dos casos de TCG
esofágico são assintomáticos, porém, até 40% dos pacientes apresentam disfagia. Dor
retroesternal, epigastralgia, vômitos são outros sintomas, diretamente relacionados ao
tamanho e número de lesões. TCGs malignos são raros, sendo comprovados pela
presença de metástases, porém os casos já descritos tiveram apenas acometimento
linfonodal e não metástases à distância. O caso aqui descrito corrobora com dados
encontrados na literatura sobre TCG esofágico, uma vez que houve sintomatologia e
aspecto macro e microscópico semelhantes.
VAAFT – VIDEO-ASSISTED ANAL FISTULA TREATMENT. RELATO DE
DOIS CASOS – EXPERIÊNCIA INICIAL.
SCHLINDWEIN, R. F.1; SCHLINDWEIN, M.G.L.A.F.1; DE CASTRO, J.M.2
1 – Coloproctologista e Preceptor da Residência Médica de Cirurgia Geral do Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen (HMMKB) – Itajaí/SC.
2 – Médica Residente de Cirurgia Geral do HMMKB.
Objetivo: O objetivo do estudo é apresentar a experiência de dois casos de fistula anal
complexa, tratadas por meio de VAAFT (Video-Assisted Anal Fistula
Tratament).Material: Foram utilizados os aparelhos da KARL STORZ. O conjunto
contém o fisteloscópio de MEINEIRO, um eletrodo monopolar que é conectado a um
bisturi elétrico com uma corrente de alta frequência no módulo spray, uma escova para
fístula e uma pinça. O fisteloscópio é equipado com um canal ótico, um canal de
trabalho e um canal de irrigação.Metodologia: Os dois pacientes foram colocados em
posição de litotomia e submetidos a anestesia raquidiana e sedação com midazolam para
realização do procedimento. Uma única dose de antibiótico foi feita na indução
anestésica como profilaxia.Resultados: 1ª Paciente: Feminina, 26 anos, com fístula
complexa, sequela de drenagem espontânea de abscesso isquiorretal para o reto. RNM:
Trajeto fistuloso na região perianal direita com 2 origens no canal (6h e 9h). Lesão
transfixa o aspecto superior do esfíncter anal externo/inserção do musculo elevador do
ânus na topografia de 9h, ganhando a fossa isquioanal, onde apresenta trajeto inferior e
posterior até tocar a pele. Realizado Fistulotomia com cauterização do trajeto com
VAAFT + retalho mucoso sobre o orifício interno proximal. Apresentou sangramento
anal no 5º PO evidenciando deiscência total do retalho visto em exame anal sob
anestesia – Realizado recolocação do sedenho que existia antes do procedimento.2ª
Paciente: Feminina, 24 anos, com fistula anal complexa, transesfincteriana longa +
pequena coleção líquida no aspecto ântero-lateral esquerdo do canal anal anterior (entre
12 e 2h). Colonoscopia: sem particularidades. Realizado fistulotomia com cauterização
do trajeto com VAAFT (destruição dos debris/granulomas/ cavidade) + colocação de
sedenho frouxo (vessel loop) para posterior nova abordagem.Conclusões: A VAAFT é
uma nova técnica minimamente invasiva segura e eficaz para o tratamento das fistulas
anais complexas. Ela evita morbidades dos procedimentos convencionais como feridas
abertas na região perianal e lesões esfincterianas. A experiência inicial no tratamento
das fistulas anais utilizando a VAAFT em nossa instituição, como todo novo método,
exige curva de aprendizado sobre um número maior de pacientes.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO MEGACÓLON CHAGÁSICO: RELATO DE
CASO E REVISÃO DE LITERATURA.
INSTITUIÇÃO: HOSPITAL E MATERNIDADE MARIETA KONDER
BORNHAUSEN (HMMKB), EM ITAJAÍ-SANTA CATARINA- BRASIL.
Autores: Lucas da Silva Morastoni, Bruno Lorenzo Scolaro, Gustavo Becker Pereira,
Rodrigo Becker Pereira, Claudia Theis.
RESUMO: O megacólon chagásico está relacionado às lesões dos plexos mioentéricos
do trato digestivo, levando a disperistalse e dilatação de vísceras ocas. O quadro clínico
caracteriza-se por constipação intestinal progressiva. O tratamento é clínico e a
indicação cirúrgica ocorre na sua falha. Existem diversas técnicas cirúrgicas e, portanto,
há que se individualizar os casos e indicações. OBJETIVO: Relatar um caso de
paciente tratada cirurgicamente por megacólon chagásicoMÉTODOS: Relato de caso
descritivo.RESULTADOS: N.P.P.L., 66 anos, feminina, portadora de doença de
Chagas há 20 anos. Apresentava quadro de constipação crônica, dor e distensão
abdominal com piora progressiva há 6 anos, não respondendo ao tratamento clínico. No
exame físico não apresentava particularidades. Realizou RX de trânsito colônico com
acúmulo de marcadores na pelve, sugestivo de sigmoidocele. TC abdome com sigmóide
alargado e redundante. Defecografia por RNM com sigmóide redundante e ausência de
eliminação do contraste acumulado no sigmóide. Diagnosticada com dolicossigmóide,
optou-se pela conduta cirúrgica, sendo realizado retossigmoidectomia anterior
videolaparoscópica com anastomose colorretal primária. Recebeu alta no 4º pós
operatório, porém apresentou descencia de anastomose e necessitou reintervensão com
realização cirurgia à Hartmann. Mantem acompanhamento clínico e programação de
reconstrução do trânsito. CONCLUSÃO: As técnicas cirúrgicas empregadas para
tratamento do megacólon chagásico são a retossigmoidectomia anterior,
hemicolectomia esquerda, técnica de Duhamel-Haddad e a colectomia total, sendo que
as mais utilizadas são a retossigmoidectomia anterior e a hemicolectomia esquerda,
devido a um melhor prognóstico, com um menor número de reicidivas de constipação
intestinal, além de apresentarem diminuição nos índices de morbimortalidade. Portanto,
apesar de existirem diferentes técnicas para tratamento cirúrgico, é importante que os
casos sejam individualizados, diminuindo os riscos de complicação, recidiva e para
obtenção de um melhor resultado funcional.
FISTULA COLO-VESICAL TARDIA APOS DIVERTICULITE AGUDA.
RELATO DE CASO
Luiz Henrique Bastos Mendes, Luciano Dias de Oliveira Reis, Vitor Lucio Ross
Fabiani, Cassiana Franco D. Reis, Bruno B Ferraz, Alex A Paula Costa
Hospital Nossa Senhora da Saúde e Urocentro. Santo Antônio da Platina, Paraná.
Objetivo. Relatar raro caso de fistula colo-vesical tardia apos tratamento clinico de
diverticulite aguda, seus sintomas, métodos diagnósticos e tratamento cirúrgico
efetivo.Material. Paciente diabético, obeso IMC>40, sexo masculino, 63 anos de idade,
com 2 semanas apresentando quadro de pneumaturia e fecaluria, que em seu prontuário
medico apresentava ter sido tratado de diverticulite aguda com antibioticoterapia e
remissão dos sintomas/melhora clinica ha 2 anos. Submetido a ultrassonografia com
presença de gas no interior da bexiga, confirmada através de tomografia
computadorizada demonstrando a comunicação patológica do sigmóide e bexiga
urinaria.Resultado. Paciente submetido a laparotomia com evidência de pequena
aderência firme entre colon sigmóide e cúpula vesical de aproximadamente 3cm
facilmente desfeita demonstrando diminuto trajeto mucoso/fistuloso. Após liberação dos
órgãos optou-se por cistectomia parcial de cúpula de tecido fibroso com posterior
fechamento da mesma em dois planos, sigmoidectomia parcial com anastomose manual.
Manutenção de sonda Folley por 10 dias. Evolução sem intercorrências, com eliminação
de gases e fezes. Após retirada da sonda houve micção normal. Segue em controle
ambulatorial.Conclusão. Fistula colo-vesical ocorre em 1-4% dos casos de diverticulite
aguda, sendo que em 50-60% dos casos no colon sigmoide. Essa complicação é rara
mas grave pela morbimortalidade. Pneumatúria e fecalúria são patognomônicos de
fistula colo-vesical mesmo apos um único episódio de diverticulite. Portanto anamnese,
exame físico, e exames complementares são fundamentais para o diagnóstico. A
tomografia computadorizada é o exame de grande acurácia. A conduta é cirúrgica e
neste caso foi de fácil realização e efetiva.
DOENÇA DE WHIPPLE: UM RELATO DE CASO
Autores: Augusto Barg, Fernanda Dal Bello, Flávia Solano Patrício da Silva, Luis
Fernando da Silveira Lobo Cicogna, Samantha Brandes.
Instituição: Hospital Regional Hans Dieter Schmidt – Joinville (SC)
Objetivo: Relatar o caso clínico de um paciente acometido por Doença de Whipple
durante a internação no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, no ano de 2015, em
Joinville (SC).
Material/Metodologia: Relato de caso com dados coletados do prontuário do
paciente.Relato de caso:Masculino, 57 anos. Emagrecimento 35kg em 4 meses, dor
abdominal, diarreia aquosa, 8-10 episódios ao dia, sem produtos patológicos. Exame
físico: tórax e abdome sem alterações. Exames complementares: tomografia
computadorizada de abdome: moderada ascite e linfonodos infracentimétricos na região
retroperitoneal; endoscopia digestiva alta: gastrite enantematosa leve; colonoscopia;
normal. Leucócitos 6210/mm3, hemoglobina 8,3g/dl, plaquetas 134.000/mm3, RNI 2.5,
albumina 1,4g/dl, sorologias negativas. Líquido ascítico: GASA=1, negativo para
células neoplásicas. Coprologia normal. Evolução para edema agudo de pulmão e
posterior óbito. Biópsia duodenal: vilosidades alargadas, encurtadas por extensas
coleções de macrófagos, infiltrado inflamatório mono e polimorfonuclear, eosinófilos,
formação de coleções neutrofílicas na base da mucosa e submucosa. Coloração PAS
com material granuloso no interior dos macrófagos vacuolados, compatível com doença
de Whipple. Conclusão: A doença de Whipple é uma doença rara, multissistêmica,
causada pela bactéria Tropheryma whipple, um bacilo gram-positivo da família das
Actinobacterias. Ocorre preferencialmente em homens brancos, de meia idade. O
sintoma gastrointestinal mais comum é a perda de peso, geralmente associada a diarreia.
Dor abdominal, artrite, febre e linfadenopatia também podem ocorrer. Com menos
frequência, pode acometer sistema nervoso central e coração. Apesar do
desenvolvimento dos meios diagnósticos, o diagnóstico da doença de Whipple
permanece difícil devido a não especificidade dos sintomas. O diagnóstico final é
baseado na histologia a partir da biópsia de intestino delgado ou de outros órgãos
acometidos – com o uso da coloração PAS. Seu tratamento deve ser iniciado o mais
precoce possível, baseado em antibioticoterapia prolongada.
TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DA DOENÇA DIVERTICULAR
COMPLICADA (DDC) EM PACIENTE COM OSTEOGÊNESE IMPERFEITA:
UM RELATO DE CASO
Instituição: Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Itajaí- Santa CatarinaBrasil
Autores: Bruno Fernandes Ceranto, Carla Juliana Ribas, Bruno Lorenzo Scolaro,
Gustavo Becker Pereira, Rodrigo Becker Pereira.
INTRODUÇÃO: A doença diverticular do cólon acomete normalmente pacientes a
partir das 5 e 6 décadas de vida e a diverticulite aguda é a complicação mais comum.
Em casos de quadros inflamatórios repetidos com insucesso da terapêutica clínica a
intervenção cirúrgica está indicada e a videolaparoscopia é a técnica de escolha. A
osteogênese imperfeita (OI) é uma doença genética de padrão predominantemente
autossômico dominante. A apresentação clínica é heterogênea destacando-se a baixa
estatura, osteopenia, fragilidade e deformidades ósseas progressivas entre outras. O
diagnóstico é clínico e radiológico. Ainda não há tratamento específico para doença.
OBJETIVO: Relatar um caso de tratamento videolaparoscópico para doença diverticular
recorrente em paciente jovem com OI. MATERIAIS E MÉTODOS: Paciente feminina,
31 anos, portadora de OI, com quadros de diverticulite de repetição há 3 anos.
Inicialmente responsiva ao tratamento clínico, porém com piora progressiva nos últimos
12 meses, apresentando diverticulite perfurada e bloqueada. Evoluiu com recesso no
cólon sigmóide e formação de abcessos de repetição. Foi indicada retossigmoidectomia
videolaparoscópica. O procedimento foi adaptado para garantia da boa técnica,
respeitando a condição clínica da paciente, que possui 103 cm de altura e histórico de
aproximadamente 60 fraturas ao longo da vida. Não foram utilizadas perneiras e os
trocateres foram posicionados mais próximos. RESULTADOS: Não houve
intercorrências na cirurgia, assim como no pós-operatório. Paciente recebeu alta no 5°
dia sem queixas. Mantém acompanhamento ambulatorial. CONCLUSÃO: O tratamento
cirúrgico da DDC deve ser individualizado, considerando as características clínicas do
paciente, a forma de manifestação da doença e a gravidade do quadro. Desta forma,
devido a fragilidade óssea da paciente, a necessidade de cuidados especiais menos
invasivos e menos traumáticos foram fundamentais para o sucesso terapêutico.
SÍNDROME DE BOUVERET: RELATO DE CASO
Instituição: HOSPITAL E MATERNIDADE MARIETA KONDER BORNHAUSEN
(HMMKB) ITAJAÍ (SANTA CATARINA) - BRASIL
Autores: Lucas da Silva Morastoni, Leonardo Fayad, Carlos Antônio da Silva Couto,
Carolina Perrone Marques, Davi Landim, Alexandre Viana
INTRODUÇÃO: Síndrome de Bouveret (SB) é tipo raro de íleo biliar (IB) na qual
ocorre obstrução intestinal alta pela impactação de cálculo biliar no bulbo duodenal
após a migração do mesmo através de fístula colecistoentérica. A sintomatologia mais
frequente inclui vômitos, dor abdominal, desidratação, hematêmese, perda de peso e
anorexia. OBJETIVO Relatar um caso de síndrome de Bouveret atendido no HMMKB.
DESCRIÇÃO A.P.O., 75 anos, masculino, história de dor epigástrica há 2 meses,
associado a vômitos pós alimentares e perda ponderal de 10 kg. Ao exame físico estava
emagrecido, desnutrido, hipocorado e com sensibilidade importante à palpação do
epigástrio, associado a difícil caracterização de massa nesta região. Submetido a
endoscopia digestiva alta que evidenciou grande quantidade de resíduos alimentares na
câmara gástrica devido a deformidade antro-pilórica e obstrução da passagem do
endoscópio na região do bulbo duodenal, onde foi identificada formação arredondada,
enegrecida e endurecida. Tomografia de abdome evidenciou espessamento parietal do
antro/duodeno que estende-se ao leito biliar e borramento da gordura adjacente. USG de
abdome mostrou extensa imagem hiperecóica formadora de sombra acústica posterior
(cálculo), medindo 57 mm na topografia da vesícula biliar, sem plano de clivagem
definido com alça do duodeno. Houve a suspeição de impactação de corpo estranho no
bulbo duodenal. Realizada gastrotomia horizontal na porção do antro gástrico,
lateralmente ao piloro, fragmentando cálculo de 6 cm em duas partes com consequente
extração destes. Houve boa evolução seguido de alta hospitalar no quinto dia de pós
operatório. CONCLUSÃO: A SB é causa incomum de abdome agudo obstrutivo e que
necessita de elevado índice de suspeição, principalmente em pacientes idosos devido a
elevada taxa de morbimortalidade que chega a 60%. O manejo do IB deve ser
individualizado, com tratamento da obstrução através da endoscopia digestiva ou
cirurgia.
INTUSSUSCEPÇÃO COLO-ANAL. RELATO DE CASO
Luciano Dias de Oliveira Reis, Luiz Henrique B. Mendes, Orlando Papi Fernandes,
Celso A. Milani Cardoso Filho, Cassiana Franco D. Reis, Alex A. Paula Costa
Hospital Nossa Senhora da Saúde. Santo Antônio da Platina, Paraná.
Objetivo. Relatar raro caso de intussuscepção colo-anal, seus sintomas, métodos
diagnósticos e tratamento Material. Paciente do sexo masculino, 60 anos com dor
intermitente no abdômen por alguns dias, que evoluiu com intussuscepção intermitente
do colon pelo anus. Após registro fotográfico pela enfermagem, paciente foi submetido
a TC abdômen que mostrava lipoma como causa da intussuscepção. Enquanto
aguardava cirurgia o prolapso aumentou e colon ficou isquêmico. Após redução manual
do colon, paciente foi submetido a retosigmoidoscopia rígida e TC. Farta documentação
foi obtida. Resultado. Com a redução do colon, a TC mostrou a localização original do
lipoma e imenso edema colo-retal. Durante ato cirúrgico sofrimento colônico orientou a
conduta cirúrgica. Retosigmoidectomia à Hartmann foi por segurança a conduta de
escolha. Lipoma com cerca de 3 cm foi o responsável pela intussuscepção. Paciente
encontra-se bem aguardando reconstrução do trânsito intestinal. Conclusão:
Intussuscepção colo-anal é uma entidade clinica grave e rara. Anamnese,
retosigmoidoscopia / colonoscopia e TC são os métodos de diagnóstico. Ressecção do
segmento afetado é o tratamento de escolha.
ESTRONGILOIDÍASE GÁSTRICA EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE:
RELATO DE CASO
Autores: Carolina Perrone Marques, Carla Juliana Ribas, Leonardo Fayad, Fangio Ferrari,
Daniel Cury Ogata.
Instituição: HOSPITAL E MATERNIDADE MARIETA KONDER BORNHAUSEN – ITAJAÍ
- SANTA CATARINA- BRASIL.
INTRODUÇÃO A estrongiloidíase humana é uma helmintose intestinal pertencente ao gênero
Strongyloides. Os fatores de risco para estrongiloidíase incluem idade avançada, sexo
masculino, doença pulmonar crônica subjacente, imunodeficiências adquiridas ou congênitas,
uso prolongado dede corticosteroides ou inibidores de bomba protônica (IBP). Embora na
hiperinfecção o Strongyloides possa infectar diversos órgãos, o envolvimento gástrico isolado é
raro. Sintomatologia gastrointestinal inclui diarreia, desconforto abdominal, náuseas ou
anorexia. O diagnóstico por exame parasitológico de fezes (EPF) é limitado e o exame
histopatológico pode fornecer diagnóstico definitivo. OBJETIVO Relatar um caso atípico de
verminose em paciente imunocompetente. DESCRIÇÃO: Feminina, 77 anos, hipertensa e
usuária crônica IBP´s. História de dor abdominal difusa há um ano, sendo que há dois meses
teve piora do quadro associado a inapetência, mal estar e perda ponderal de 3 kg. Negava febre,
diarreia, icterícia ou imunodepressão. Exame físico sem achados relevantes. Exames
laboratoriais apresentavam apenas anemia discreta com macrocitose leve. ELISA antiHIV não
reagente. Endoscopia digestiva alta identificou mucosa antral com erosões levemente elevadas,
avermelhadas, intercaladas por edema e pequenas placas pardacentas de tamanhos variados,
entremeados por áreas de atrofia da mucosa. O histopatológico evidenciou infiltrado
eosinofílico moderado associado a presença do helminto S. stercoralis. Foram realizados cinco
EPFs que não identificaram o parasito. A paciente recebeu ivermectina com remissão total do
quadro. CONCLUSÃO: diagnóstico precoce da infecção pelo Strongyloides em pacientes de
risco é de suma importância, visto que a taxa de mortalidade associada a hiperinfecção é alta. É
recomendado que a estrongiloidíase entre na lista de diagnóstico diferencial em pacientes
imunocomprometidos e que fazem uso crônico de IBP´s assim como provenientes de áreas
endêmicas e que apresentam queixa de dor abdominal, náuseas e vômitos sem causa aparente.
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