ENERGIA DO HIDROGÊNIO O hidrogênio é o elemento mais abundante no Universo e também o mais leve, sendo também o primeiro elemento da Tabela Periódica de Mendelev. . O átomo de hidrogênio tem apenas um próton e um elétron. Muitas estrelas, cometas e planetas são feitos de hidrogênio ou contem grandes percentagens desse elemento. Acredita-se que o hidrogênio tenha sido o primeiro elemento na formação do Universo. O hidrogênio quando coletado por forças gravitacionais pelas estrelas, ele é convertido em Hélio, por fusão nuclear, sendo esta conversão à fonte da energia solar e de todas as estrelas. O planeta Júpiter é constituído de hidrogênio sólido, líquido e gasoso. Na terra, não existe o hidrogênio livre, ele está sempre associado aos outros elementos e para obtê-lo puro é necessário gastar energia de dissociação de uma fonte primária. Na figura abaixo vemos o fluxograma do hidrogênio, tomando-se por base a eletrólise da água. Desde o momento em que se tornou evidente que os combustíveis fosseis não eram ilimitados e que cresceram as preocupações com meio ambiente, que, o interesse dos homens de ciência responsáveis pelo planejamento do futuro da terra, voltou-se para a potencialidade energética do sistema do hidrogênio, como substituto dos combustíveis fosseis. Neste sistema que estamos focalizando, o hidrogênio não é uma fonte primaria de energia, mas, sim, uma forma intermediária, por isso não podemos nos referir a ele como uma fonte energética, ele é apenas um vetor energético, uma moeda energética. Júlio Verne em seu livro A Ilha Misteriosa, já vislumbrava o papel do hidrogênio no futuro, "água decomposta em seus elementos constituintes... e decomposta sem duvida pela eletricidade... Acredito que a água será um dia usado como combustível, que o hidrogênio e o oxigênio que a constituem, usados juntos ou separados, fornecerão uma fonte inesgotável de calor e luz, com intensidade bem maior do que o carvão é capaz”. O sistema energético do hidrogênio está esquematizado na figura abaixo, onde estão indicadas as varias possibilidades para a sua produção e uso numa sociedade industrial. A variedade de fontes, diversidade de métodos de produção, opções para armazenamento e distribuição, e o vasto espectro de usos finais possíveis do hidrogênio, permitem o desenvolvimento de um sistema energético muito flexível. O hidrogênio como combustível universal tem uma particularidade que lhe é exclusiva, da sua queima resulta apenas água, da qual ele pode ser obtido, o que é muito importante do ponto de vista ecológico. Deve-se frisar que eletricidade e hidrogênio são interconversiveis, seja usando-se a eletrólise da água, com eficiência de 60% ou células a combustível, o que contribui para aumentar a flexibilidade desse sistema energético. A Economia do Hidrogênio Pelos registros que se dispõe, a idéia de uma economia baseada na utilização do hidrogênio, surgiu em 1972 (época da cries energética) por proposição de D.P. Gregory, num Congresso em New York. A característica mais importante da Economia do Hidrogênio está na substituição de matériasprima obtidas dos combustíveis fosseis, em diversos segmentos industriais, como na produção de fertilizantes, na siderurgia, na redução direta do minério Fe2 O3, para produção de ferro esponja. No mesmo ano, W. Leeth Hauz, na Reunião da "American Chemical Society", sobre conversão de energia, propunha a utilização do hidrogênio como Eco-energia, considerando os problemas de poluição ambiental e o hidrogênio como forma de preservação do meio ambiente. O hidrogênio como combustível universal tem uma particularidade que lhe é exclusiva, da sua queima resulta apenas água, da qual ele pode ser obtido, o que é muito importante do ponto de vista ecológico. Do ponto de vista da preservação de recursos energéticos, é inesgotável, sendo esta vantagem uma dádiva da natureza, principalmente nas regiões ou países bastante industrializados. Eletrólise x Hidrelétrica Os recursos hídricos brasileiros, bem como energias solares, eólicas, de marés, geotérmica e nuclear são compatíveis com um sistema energético baseado em hidrogênio eletricidade. Cada uma das fontes citadas pode contribuir de maneira diferente para amenizar o problema energético do país. A grande vantagem do sistema conjugado (hidrogenio-eletricidade) é que pode acomodar grande quantidade de opções e conveniências regionais, sem ter que transformar a estrutura atual de distribuição e utilização final. O Brasil recebeu a bênção de possuir o segundo hidro-potencial do mundo (255 mil MW) de grandes quedas, sem contar com 100 mil de miniquedas, cujo potencial, facultará o atendimento das nossas necessidades em energia elétrica até meados do século XXI, quando aproveitadas as quedas da área norte da Amazônia e Territórios. Nas usinas hidrelétricas, existem horários de demanda mais alta e horária de demanda baixa, ou seja, de menor consumo, que mesmo nos casos de turbinas ajustáveis, não aproveitam toda energia potencial da queda d'água, porque nessas horas, a água que passa e gera energia não consumida é potencial desperdiçado. Estamos reformulando planos, visando aproveitar a parte ociosa para gerar hidrogênio por eletrólise, ficando essa produção, reduzida a um custo simbólico, pois o custo da energia hidrelétrica, gerada nas horas de ociosidade é praticamente nulo, já que está sendo desperdiçado, pois energia não consumida, jamais será aproveitada, por isso o hidrogênio seria produzido a custo mínimo, transportado por gasodutos construídos para gás natural, chegando ao consumidor enriquecendo o gás natural ou biogás, que teria maior poder calorífico. Combustão do Hidrogênio Quando duas moléculas de hidrogênio combinam-se com uma molécula de oxigênio, em presença de um agente ignidor, a reação é do tipo oxidante, exotérmica violenta, produzindo luz e calor intenso, gerando 28.890 kcal/kg e água vaporizada (PCI) e a liberação de tanta energia térmica, pode ser aproveitada de várias maneiras, sem preocupação com a poluição, pois o subproduto é novamente água. O hidrogênio pode ser também utilizado, para outras finalidades: Industria alimentícia, na hidrogenação de gorduras. Industria sabão em pó, na hidrosulfurização do óleo. Industria química, para fertilizantes, amônia, etc. Industria farmacêutica, auxilia processos específicos. Industria de vidros, aumenta a temperatura de fusão. Industria metalúrgica, redução de minérios e aço. Dessulfuração de combustíveis retira enxofre. Produzir energia elétrica em célula combustível. Potencialidade do Brasil O Brasil, segundo Marcus Zwanziger da Unicamp, já tem tecnologia suficiente para entrar na era do hidrogênio, sem pedir ou comprar "know-how" no exterior. Na área de geração e armazenamento de hidrogênio, as inovações que foram introduzidas pela Unicamp, colocaram o Brasil em igualdade de condições com cinco ou seis países dos mais desenvolvidos nesse campo. O hidrogênio pode ser obtido de várias formas: Eletrólise da água..............................Unicamp Decomposição da amônia..........................Unicamp Decomposição de metanol.........................Japão Reação de hidretos metálicos....................Unicamp De ligas de ferro-titânio.......................Unicamp De ligas de níquel-magnézio.....................Unicamp Cloroplastos artificiais (Melvin Calvin)...Berkeley-USA Bioenergia - Engenharia Genética.......C.Marchetti-USA No Brasil, na Unicamp, já podem ser construídos eletrolizadores tipo tanque ou tipo filtro, para capacidade de produção até 100 Nm3/h. Experiências feitas na Unicamp foi obtido o hidrogênio a partir da amônia. No Japão já foi obtido hidrogênio puro a partir do metanol misturado com água num reator tubular a temperatura de 280 a 300oC em presença de catalisadores específicos, verificando-se a seguinte reação: CH3OH + H2O ---> CO2 + 3H2 Para uma unidade típica, produzindo 350Nm3/h, se faz necessário 240 Kg de metanol, 144 Kg de H2O (desmineralizada), 14 kW de energia elétrica DC e 7m3 de água para refrigeração do sistema. Na área de Bioenergia o uso de cloroplastos artificiais desenvolvidos por Melvin, na Califórnia, galhas (nódulos) nas raízes do tipo Rhizobium podem ser conectadas a tubulações e por meio de bombas coletoras, retira-se o hidrogênio. Também Marchetti através de alterações de DNA e RNA, em carvalho, conseguiu produzir galhas, desde a dimensão de uma cabeça de alfinete, até o tamanho de uma bola de futebol, para produção de hidrogênio. Vetor Energético do Hidrogênio O hidrogênio, pela potencialidade que oferece, considerando a quantidade d'água da superfície do planeta terra, (326 bilhões de m3), pode ser considerado como vetor de energia de módulo infinito, se considerarmos que as reações são verdadeiras nos dois sentidos: H2 + ½ O2 ---------> H2O + 33.890 kcal/kg H2O - 39,41 WDC -----> H2 + ½ O2 ( * ) (*) Considerando energia hidrelétrica ociosa. Pelo seu potencial, pela ausência de ruídos ou resíduo poluente, pela facilidade de ser obtido e armazenado, o hidrogênio pode otimizar a eficiência das Usinas Termelétricas, utilizando hidrogênio gerado nas horas ociosas, para funcionar as turbinas a gás. Célula à Combustível A célula à combustível a hidrogênio produz eletricidade diretamente do combustível, através de processo eletroquímico, com eficiência de 90%. Essa eficiência pode ser obtida em sistema de potência, utilizando célula a combustível a hidrogênio com cogeração. A tecnologia atual consiste de potência, com três subsistemas: 1 - Processamento do combustível convertendo-o a uma mistura gasosa, rica em hidrogênio. 2 - A célula converte a energia química da mistura em corrente contínua e energia térmica. 3 - O inversor transforma a corrente contínua em corrente alternada e a energia térmica gera vapor. Bio-Energia O cientista Melvin Calvin (Prêmio Nobel de Química de 1964), conhece as potencialidades em biomassas do Brasil, depois de várias visitas para pesquisas, divulga seus estudos sobre a Bio-Energia-Genética, focalizando "A arvore de Hidrogênio" (Rhizobium) de onde se pode colher o hidrogênio ou gás metano, de uma cavidade fechada, chamada galha, que pode ser esvaziada por meio de uma bomba, no circuito das reações químicas, produzidas pelas reações da fotossíntese, conforme descrito abaixo: A galha provoca o inverso da fotossíntese e torna o hidrogênio ou metano, disponível em uma cavidade fechada que pode ser esvaziada com uma bomba coletora apropriada. Hidrogênio, símbolo H, elemento gasoso reativo. Seu número atômico é 1 e pertence ao grupo 1 (ou IA) do sistema periódico. Há três isótopos: hidrogênio simples, composto de um próton; deutério,(Deutério: isótopo de hidrogênio, estável e não radioativo, com uma massa atômica de 2,01363, cujo símbolo é D ou 2H. A água pesada (óxido de deutério, D2O) tem um ponto de ebulição de 101,42 °C e um ponto de congelamento de 3,81 °C. À temperatura ambiente, sua densidade é 10,79% maior do que a da água normal. Junto com o trítio, o deutério, sob a forma de deuterino de lítio, é um componente essencial das armas de fusão nuclear.) Com um próton e um nêutron; e trítio, um isótopo radioativo e instável, que contém um próton e dois nêutrons. É abundante no Sol e outras estrelas, sendo o elemento mais comum no Universo. Na Terra, o composto mais abundante e importante do hidrogênio é a água, H2O. É ainda parte essencial de todos os hidrocarbonetos e dos ácidos. O hidrogênio reage com elementos não metálicos: com nitrogênio, formando amônia; com enxofre, ácido sulfídrico; com cloro, cloreto de hidrogênio, e com oxigênio para formar água. Combina-se ainda com certos metais, como sódio e lítio, formando hidretos. É empregado, em grandes quantidades, na elaboração do amoníaco e na síntese do álcool metílico. A hidrogenação também requer quantidades expressivas de hidrogênio. Na natureza, são encontrados dois isótopos de hidrogênio: o hidrogênio normal ou leve e o hidrogênio pesado (deutério). O terceiro isótopo, o trítio, é radioativo, com uma vida média de 12,26 anos. Embora o trítio seja conhecido, sobretudo por seu papel na fusão nuclear, também é usado como traçador para estudar reações biológicas. O carbono tem três isótopos naturais: o carbono 12 constitui 98,89% do carbono natural e serve de padrão para a escala de massas atômicas; o carbono 13 é o único isótopo magnético do carbono e é usado em estudos estruturais de compostos que contêm este elemento; o carbono 14, produzido pelo bombardeio de nitrogênio com raios cósmicos, radioativos (com uma vida média de 5.760 anos), é empregado para datar objetos arqueológicos. Eletroquímica parte da química que trata da relação entre as correntes elétricas e as reações químicas, e da conversão da energia química em elétrica e vice-versa. A maioria dos compostos inorgânicos e alguns dos orgânicos se ionizam ao fundir-se, ou quando se dissolvem na água ou outros líquidos (ver Ionização). Caso se coloque um par de eletrodos em uma solução de um eletrólito (ou composto ionizável) e se conecte uma fonte de corrente contínua entre eles, os íons emigram até o eletrodo de sinal oposto. Esta decomposição produzida por uma corrente elétrica se chama eletrólise. A quantidade de material depositado em cada eletrodo segue a lei descoberta por Michael Faraday: a massa de cada elemento transformado é proporcional à sua massa atômica dividida por sua valência. Para produzir uma corrente elétrica a partir de uma reação química, é necessário ter um oxidante, isto é, uma substância que ganhe elétrons facilmente, e um redutor, uma substância que os perca. Em uma solução assim, dois eletrodos podem aproveitar esse trânsito de elétrons. A galvanotecnia, uma aplicação industrial eletrolítica, é usada para depositar películas de metais preciosos em metais base e ligas em peças metálicas que precisem de um revestimento resistente e duradouro. Pilha eletroquímica, mecanismo que converte a energia química em elétrica. Todas as pilhas consistem em um eletrólito, um eletrodo positivo e um eletrodo negativo. O eletrólito é um condutor iônico; um dos eletrodos produz elétrons e o outro os recebe. Ao conectar os electrodos a um circuito, produz-se uma corrente elétrica. As pilhas em que o produto químico não pode retornar à sua forma original são chamadas primárias ou voltaicas. Se for possível reconstituir o produto químico, pela passagem de uma corrente elétrica na direção oposta, elas são chamadas de secundárias ou acumuladores. A pilha primária mais comum é a pilha seca, em que o eletrólito é uma mistura de cloreto de amônia e cloreto de zinco, o eletrodo negativo é de zinco e o eletrodo positivo é de carbono. Esta pilha produz uma força eletromotriz de cerca de 1,5 V. A pilha de Planté é uma pilha secundária; é uma bateria de chumbo e ácido, sendo a mais empregada na atualidade. Esta bateria é utilizada em automóveis, caminhões, aviões e outros veículos. As pilhas solares produzem eletricidade, quando a luz incide sobre uma substância capaz de liberar elétrons. Desenvolvida em 1850, a pilha de dicromato consistia em eletrodos de zinco e carbono, situado em um frasco de cristal, cheio de ácido crômico. O projeto desta bateria foi considerado muito mais seguro do que o de suas precedessoras, por não utilizar ácido nítrico concentrado, que solta fumaças venenosas. Armas nucleares, dispositivos explosivos, utilizados principalmente por militares, que liberam energia nuclear em grande escala. A primeira bomba atômica (ou bomba A) foi testada em 16 de julho de 1945 perto de Alamogordo, Novo México. Tratava-se de um tipo inteiramente novo de explosivo que obtinha sua potência da ruptura ou fissão dos núcleos atômicos de vários quilos de plutônio. Uma esfera do tamanho de uma bola de beisebol produziu uma explosão equivalente a 20 mil toneladas de trinitrotolueno (TNT), aproximadamente a mesma energia liberada pela bomba lançada pelos Estados Unidos sobre Hiroshima, em 1945. Em 1905, Albert Einstein publicou a teoria da relatividade. De acordo com ela, a relação entre massa e energia é dada pela equação E = mc2: uma pequena quantidade de matéria equivale a uma grande quantidade de energia. Mais tarde, em 1939, a física austríaca Lise Meitner e seu sobrinho, o físico britânico Otto Frisch, explicaram a reação da fissão nuclear, descoberta pelo físico alemão Otto Hahn com a ajuda de Meitner. A fissão possibilita a liberação da energia nuclear. A quantidade mínima de material físsil, com uma forma dada, necessária para manter a reação em cadeia, é chamada de massa crítica. Para se ter à bomba atômica, é preciso unir, e colocar em contato, uma massa de material físsil maior que a massa crítica, durante um milionésimo de segundo antes da explosão. As armas nucleares também podem utilizar a energia liberada na fusão dos elementos mais leves, como o hidrogênio. Por essa razão, a bomba de fusão nuclear é chamada também de bomba de hidrogênio, ou bomba H. A energia que libera 0,5 kg de um isótopo de hidrogênio é equivalente a 29 quilotons de TNT, ou seja, três vezes mais que a mesma quantidade de urânio. A fusão só se produz em temperaturas de vários milhões de graus e a velocidade do processo de fusão aumenta conforme a temperatura. Essas reações são chamadas, por isso, reações termonucleares (induzidas pelo calor). No dia primeiro de março de 1954, os Estados Unidos fizeram explodir uma bomba de fusão com uma potência de 15 megatons. Isso provocou uma bola de fogo de mais de 4,8 km de diâmetro e uma enorme nuvem em forma de cogumelo, que se elevou com muita rapidez até a estratosfera. Essa bomba era uma arma de três fases. A primeira era uma bomba A, que atuava como detonador. A segunda era uma bomba H, resultante da fusão de deutério e trítio em seu interior. Ao detonar, formavam-se átomos de hélio e nêutrons de alta energia. A terceira fase se iniciava com o impacto desses nêutrons com a superfície externa da bomba, feita de urânio natural (também chamado de urânio 238). Assim como acontece com as explosões de armas convencionais, a maior parte dos danos causados por uma explosão nuclear vem dos efeitos da onda de expansão. Os danos são produzidos tanto pelo grande volume (ou sobrepressão) de ar que antecede a onda, como pelos ventos, tão fortes que continuam depois de sua passagem. O raio de devastação aumenta conforme a potência da bomba e proporcionalmente a sua raiz cúbica. 2. EFEITOS TÉRMICOS As temperaturas altíssimas alcançadas por uma explosão nuclear se devem à formação de uma massa de gás incandescente muito quente, chamada bola de fogo. Numa bomba de 10 quilotons detonada no ar, forma-se uma bola de fogo com 300 m de diâmetro. A bola de fogo de uma bomba de 10 megatons ocupa 4,8 quilômetros. A radiação térmica provoca queimaduras na pele e incêndios em materiais inflamáveis secos, como papel e alguns tecidos. 3. RADIOATIVIDADE Existem dois tipos de radiação nuclear provocada por uma explosão: a radiação instantânea e a radiação residual. A radiação instantânea consiste na propagação de nêutrons e raios gama numa zona de vários quilômetros quadrados. Os efeitos dos raios gama são idênticos aos dos raios X. A radiação residual pode ser um perigo em zonas afastadas, que nem tenham sofrido qualquer dos outros efeitos da explosão. Os produtos da fissão geram nos restos da bomba uma radioatividade permanente, que pode ser medida por dias, meses ou anos. 4. EFEITOS CLIMÁTICOS Além dos danos causados pela onda de expansão e pela radiação, uma guerra nuclear em grande escala teria, quase com certeza, um efeito catastrófico sobre o clima mundial, o que poderia significar o fim da civilização humana. Dados técnicos do produto: Peso molecular: 2,016 g/mol Densidade relativa: 0,0696 (ar=1) à 21oC Temperatura crítica: -240,2 oC Pressão Crítica: 13,23 kgf/cm2 abs. Volume específico: 11,97 m3/kg Risco principal: fogo e alta pressão. Toxidez: simples asfixiante Potencial de inflamabilidade: inflamável entre as concentrações de 4,0% a 75%. Odor: inodoro Gás incolor, inodoro, inflamável, comprimido a altas pressões. Vazamentos de alta pressão freqüentemente inflamam espontaneamente, produzindo uma chama incolor. No ONU: 1049 Aplicações: Empregado como gás de queima na fabricação de pedras preciosas artificiais, como gás de arraste e/ou queima, em cromatografia gasosa, em misturas para solda, tratamento de metais e hidrogenação de gorduras vegetais (margarina). A bomba de hidrogênio é uma aplicação bélica da fusão nuclear que visa causar destruição com base na colossal energia e no grande fluxo de nêutrons liberados nas reações de fusão. Para que ocorra a fusão nuclear é usada, antes, uma bomba de fissão, para que a energia necessária seja atingida. Nunca uma bomba H foi usada numa guerra, mas em testes nucleares a maior bomba de todos os tempos foi a MONSTER BOMB, detonada pela Rússia, lançada de avião, que alcançou 57 MEGATONS. Fusão nuclear A palavra fusão significa junção, união, incorporação. Fusão nuclear é a junção de dois ou mais núcleos atômicos leves originando um único núcleo atômico e a liberação de uma quantidade colossal de energia. Quanto maior a energia de ligação dos núcleos de um átomo, mais estável será o seu núcleo. A fusão de núcleos leves como o hidrogênio, o deutério ou o trítio, produzindo um núcleo de hélio, equivale a um aumento na energia de ligação (empacotamento) dos núcleos e, portanto, a uma maior estabilidade. Essa maior estabilidade é conseguida à custa de uma perda de massa que é liberada do núcleo na forma de energia: E=mc2. As reações de fusão constituem a fonte de energia das maiores usinas do universo: as estrelas. Embora uma estrela seja inicialmente apenas uma nuvem de hidrogênio, a contração, causada pela sua própria atração gravitacional, aumenta sua pressão, densidade e temperatura. Os choques entre átomos aumentam em número e violência, até que eles passem a liberar seus elétrons. A massa de núcleos e elétrons assim produzida é conhecida como plasma. Este é o quarto estado da matéria, sendo os outros três o sólido, o líquido e o gasoso. É no plasma que se realizam as reações de fusão. Gases industriais Propano, gás incolor e inodoro da série dos alcanos dos hidrocarbonetos, cuja fórmula é C3H8. Encontra-se no petróleo cru no gás natural e como produto derivado do refinamento do petróleo. Serve como combustível e também como fonte de obtenção do propeno e etileno. Hidrocarbonetos, em química orgânica, família de compostos orgânicos que contêm carbono e hidrogênio. Classifica-se em dois grupos principais, de cadeia aberta e cíclica. Nos de cadeia aberta, os átomos de carbono estão unidos entre si, formando uma cadeia linear que pode ter uma ou mais ramificações. Nos compostos cíclicos, os átomos de carbono formam um ou mais anéis fechados. Os hidrocarbonetos saturados (todos as ligações C-C são simples), de cadeia aberta, formam um grupo denominado alcanos ou parafinas. Incluem o metano, CH4, etano, C2H6, propano, C3H8 e butano, C4H10. O grupo dos alcenos ou olefinas é formado por hidrocarbonetos de cadeia aberta, nos quais há uma ligação dupla entre os átomos de carbono. Dentro deste grupo, figura o etileno, C2H4. Os alcadienos contêm duas ligações duplas. São importantes o butadieno, C4H6, e o isopreno, C5H8. Os alcinos contêm uma ligação tripla entre dois átomos de carbono da molécula. São os mais ativos quimicamente. O mais importante é o etino ou acetileno, C2H2. O mais simples dos hidrocarbonetos cíclicos saturados ou ciclanos é o ciclopropano, C3H6. Os hidrocarbonetos cíclicos insaturados mais importantes são os aromáticos. Entre eles, figuram o benzeno, o tolueno, o antraceno e o naftaleno. Acetileno. Gás inflamável, inodoro e incolor, pouco mais leve do que o ar, cuja fórmula é H2C2. Comercialmente, prepara-se por reação do bicarbonato de cálcio com a água. Empregado principalmente na solda oxiacetilênica, é usado ainda na fabricação do cloroetileno (cloreto de vinil). Enzeno, líquido incolor de odor característico e sabor de queimado, cuja fórmula é C6H6. A molécula de benzeno consiste em um anel fechado de seis átomos de carbono, cada um unido, por sua vez, a um átomo de hidrogênio. É um dos solventes mais empregados nos laboratórios de química orgânica. De reconhecidos efeitos cancerígenos, pode mostrar-se venenoso. O benzeno e seus derivados estão incluídos no grupo químico conhecido como compostos aromáticos. Obtém-se do petróleo, extraindo-o diretamente de certos tipos de petróleo cru ou por tratamento químico do mesmo (reformação e ciclotização). Nitrogênio, símbolo N, é um elemento gasoso que compõe a maior parte da atmosfera terrestre. Seu número atômico é 7 e pertence ao grupo 15 (ou VA) da tabela periódica. Sua massa atômica é 14,007. É um gás não tóxico, incolor, inodoro e insípido. O nitrogênio puro é obtido por destilação fracionada do ar líquido. Utiliza-se para sintetizar amoníaco. A partir deste amoníaco, preparam-se uma grande variedade de produtos químicos, como fertilizantes, ácido nítrico, ácido nitroso, uréia, hidrazida,, aminas e óxido nitroso (N2O), usado como anestésico em cirurgia. O nitrogênio líquido é amplamente aplicado no campo da criogenia. Butano, hidrocarboneto saturado ou alcano de fórmula química C4H10. Com freqüência, acrescenta-se a ele propano para a elaboração de gás engarrafado. É possível transformá-lo em butadieno para fabricar borracha sintética. Butadieno, composto químico sintético, utilizado principalmente na fabricação da borracha sintética, náilon e pinturas de látex. É um hidrocarboneto gasoso incolor, cuja fórmula é C4H6. Gás liquefeito de petróleo (GLP), mistura de gases tornados líquidos, principalmente o propano ou o butano. O GLP é obtido a partir de gás natural ou de petróleo.