UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DADOS PARA DIMENSIONAMENTO CAMPO MOURÃO 2015 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3 2. TRAÇÃO .............................................................................................................................. 3 3. 4. 2.1. Corpos de Prova ............................................................................................................ 3 2.2. Resultados ..................................................................................................................... 4 COMPRESSÃO .................................................................................................................... 6 3.1. Corpos de Prova ............................................................................................................ 6 3.2. Resultados ..................................................................................................................... 7 RESUMO .............................................................................................................................. 9 1. INTRODUÇÃO As propriedades do papel que será utilizado para o dimensionamento das pontes foram determinados através de ensaios de tração e compressão realizados no Laboratório de Sistemas Estruturais da UTFPR. Os resultados dos ensaios serão apresentados neste relatório e poderão servir como referência para o dimensionamento dos elementos de treliça das pontes na II Competição de Pontes de Papel no ano de 2015. As folhas de papel ensaiados são oriundas do mesmo “lote” que serão entregues no dia da montagem da ponte pela comissão organizadora, por isso a importância de serem utilizados somente estas folhas de papel. Através de um paquímetro determinou-se que a espessura do papel é de 0,35 mm. A partir dos resultados médios de ensaio devem ser utilizados coeficientes de segurança, a critério de cada equipe, para tentar suprir os erros de execução e não homogeneidade do material, assim, tentando obter o resultado mais preciso. 2. TRAÇÃO 2.1. Corpos de Prova Para realização dos ensaios de tração foram utilizadas tiras de papel cortadas na direção longitudinal (na direção vertical com a folha em retrato) e transversal (na direção horizontal com a folha em retrato) com larguras de 5, 10 e 15 mm. Foram ensaiados um total de dezoito corpos de prova para cada direção, divididos entre as três larguras (Tabela 1). Tabela 1: Divisão dos corpos de prova Direção Longitudinal Longitudinal Longitudinal Transversal Transversal Transversal Quantidade 6 6 6 6 6 6 Largura (mm) 5 10 15 5 10 15 2.2. Resultados A partir do ensaio foi possível determinar a força máxima em newtons de cada C.P. (corpo de prova), com a seção transversal conhecida, através da equação 1 foi calculada a tensão máxima de cada C.P. As tabelas 2 e 3 mostram os resultados de força máxima obtidos em ensaio e suas respectivas tensões máximas calculadas pela equação 1. Tabela 2: Força máxima e Tensão máxima dos corpos de prova (Direção longitudinal) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 5,25 5,25 5,25 5,25 5,25 5,25 42 40 45 42 37 39 87 77 93 97 93 92 150 152 149 148 159 147 24,0 22,9 25,7 24,0 21,1 22,3 24,9 22,0 26,6 27,7 26,6 26,3 28,6 29,0 28,4 28,2 30,3 28,0 Tabela 3: Força máxima e Tensão máxima dos corpos de prova (Direção Transversal) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 1,75 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 3,5 20 23 23 23 23 23 50 49 44 51 49 49 11,4 13,1 13,1 13,1 13,1 13,1 14,3 14,0 12,6 14,6 14,0 14,0 13 14 15 16 17 18 5,25 5,25 5,25 5,25 5,25 5,25 73 74 67 62 73 76 13,9 14,1 12,8 11,8 13,9 14,5 A média das tensões aferidas para a direção longitudinal foram de 25,9 Mpa. Para a direção transversal a tensão média foi de 13,4 Mpa, apresentando valores consideravelmente menores do que na direção longitudinal, sendo assim, aconselha-se que para a construção das pontes usar preferencialmente a direção longitudinal. O gráfico da figura 1 apresenta os resultados obtidos e a figura 2 a direção longitudinal que deve ser preferencialmente adotada. 35 30 25 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Média de Tensões Longitudinais Média de tensões transversais Tensões longitudinais de ensaio Tensões transversais de ensaio 17 Figura 1: Tensões obtidas em cada corpo de prova e as tensões médias para cada direção. Figura 2: Definição da direção longitudinal em uma folha na posição paisagem. 18 3. COMPRESSÃO 3.1. Corpos de Prova Os corpos de prova ensaiados para determinar a tensão máxima média de compressão foram construídos com seção transversal caixão, em dois formatos: um com todos os lados iguais, aproximadamente 10x10 e o outro com lados diferentes, aproximadamente 5x10. Como mostra o esquema das figuras 3 e 4. Os corpos de prova foram feitos somente na direção longitudinal. Figura 3: Corpo de prova 10x10 Figura 4: Corpo de prova 5x10 A figura 4 mostra os corpos de prova com seções 10x10, antes do ensaio. Figura 4: Corpos de prova à compressão 3.2. Resultados As reais dimensões e a força de ruptura de ensaio de todos os corpos de prova são apresentados nas tabelas 4 e 5. As medidas L1 e L2 foram obtidas com paquímetro na parte externa do corpo de prova. Considerar a espessura nominal da folha de papel à 0,35mm. Tabela 4: Características corpos de prova submetidos a compressão (10x10) C.P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 L1 (mm) 10,7 10,6 11,3 11,6 10,3 11 11,6 11 11,2 10 11,5 11 L2 (mm) 11 11 11,4 11,4 11 10,5 11 10,7 11,2 11,8 11,7 11,3 Comprimento (mm) 101 121,9 151,6 177 201,9 227 224,4 249,4 274,4 290,6 324 349 Força de Ruptura (N) 113,38 107,16 113,35 112,61 109,55 94,38 103,73 104,47 104,97 88,4 91,88 83,4 Tabela 5: Características corpos de prova submetidos a compressão (6x10) C.P. 1b 2b 3b 4b 5b 6b 7b 8b 9b 10b L1 (mm) L2 (mm) 10,5 10,9 10,5 10,4 10,5 10,8 10,9 10,7 10 11 Comprimento (mm) 61 80,6 100,6 120,7 140,2 159,7 180,2 199,7 219,2 240 6 6,1 6,5 6,4 6,1 6,2 6,2 5,8 6,5 5,7 Força de Ruptura (N) 88,83 87,67 94,89 84,64 78,69 70,64 69,02 52,38 45,5 56,81 Para compressão o coeficiente de esbeltez deve ser considerado, pois quanto mais esbelta uma peça for, mais propícia à instabilidade ela estará. O coeficiente de elbeltez pode ser calculado de acordo com a equação 2: √ A tabela 6 ordena todos os corpos de prova de acordo com seus respectivos coeficientes de esbeltez e apresenta a tensão máxima em cada um deles. A tensão máxima foi calculada de acordo com a equação 1, considerando a área efetiva da seção transversal (papel). Tabela 6: Corpos de prova e coeficiente de esbeltez. C.P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1b 2b 3b 4b 5b 6b 7b 8b 9b 10b λ 25,13848 30,59651 35,75738 40,78301 51,9967 55,47963 51,96373 60,79306 65,39923 76,11158 74,96072 84,42478 33,40254 43,7982 51,3046 62,29388 75,65395 85,40013 96,53557 113,0493 110,7191 138,6032 Tensão 6,22967 5,922078 5,93145 5,797169 6,161417 5,195706 5,418125 5,707184 5,564272 4,9043 4,704557 4,453939 6,953425 6,644183 7,229714 6,527087 6,126119 5,360653 5,203166 4,088993 3,586207 4,36916 Quando o coeficiente de elbeltez de uma peça for menor que 40, a tensão resistente desta peça é igual à média das tensões obtidas nos ensaios para peças com λ < 40 que foi de 6,26MPa. Quando o coeficiente for maior que 40, a tensão resistente deve ser calculada através da equação empírica (3) obtida através dos resultados do ensaio. O gráfico da figura 5 representa a curva tensão x coeficiente de esbeltez. 8,0 7,5 7,0 TENSÃO 6,5 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 Coeficiente de Esbeltez Figura 4: Curva tensão x coeficiente de esbeltez. 4. RESUMO Tipo de solicitação Tensão Máxima Resistente Tração Longitudinal 25,9 Mpa Compressão (Barra com λ < 40) 6,26 Mpa Compressão (Barra com λ > 40) Usar equação 3 150