ESTRUTURAS DE MADEIRA II Marcio Varela Parâmetros Geométricos Momento de Inércia (I) Relação geométrica entre a área da seção e a distância da extremidade da seção ao seu centro. Deve ser verificada em relação aos dois lados da seção. Seção retangular: y b ⋅ h3 Ix = 12 b3 ⋅ h Iy = 12 x h b Parâmetros y Seção circular Ix = Iy = π ⋅d4 64 x Parâmetros Raio de Giração (i) Raiz quadrada da razão momento de inércia/área da seção. i= I A Parâmetros Comprimento de Flambagem (Lfl) Relação entre o comprimento da peça e sua condição de contorno. Bi-rotulado Lf = L Parâmetros Engastado Lf = 2 ⋅ L Engastado-Rotulado 2 Lf = ⋅ L 3 Parâmetros Índice de Esbeltez (λ) Dado pela relação entre o comprimento de flambagem/raio de giração. λ= Lf i Propriedades Mecânicas Tensão de Ruptura na Compressão fc = Nu A fc = tensão de ruptura; Nu = Carga de ruptura; A = área da seção da peça. Tensões Admissíveis Tensão admissível à compressão simples paralelas às fibras: f c0,k f c0,d = k mod × 1,4 f c0,d = Tensão admissível; f c0,k = Tensão de Ruptura Tensões Admissíveis Estabilidade para peças comprimidas Peças comprimidas podem atingir seu estado limite por perda de estabilidade em função da sua esbeltez. Assim, além da verificação da resistência deve-se verificar a estabilidade da peça de acordo com as indicações a seguir, considerando-se os seguinte casos: Tensões Admissíveis λ < 40 ; Não há efeito de flambagem, a peça tende a romper por esmagamento, ou seja, prevalece a tensão admissível a compressão simples. Ou seja: σ fl = f C 0,d Tensões Admissíveis 40 < λ < λc; Ocorre flambagem inelástica, ou seja, tensões superiores ao limite de proporcionalidade. 1 (λ − 40 ) σ fl = f C 0,d ⋅ 1 − ⋅ ; 3 (λC − 40 ) λC = π ⋅ 3⋅ E ; 8 ⋅ fC 0d Tensões Admissíveis λ > λc; A tensão admissível é dada pela fórmula de Euler, aplicada com coeficiente de segurança global igual a 4. π2 ⋅E σ fl = 0,25 ⋅ 2 ; λ λC = π ⋅ 3⋅ E ; 8 ⋅ f C 0,d A Norma Brasileira estabelece que neste caso: 2 3 σ fl ≤ ⋅ f C 0,d Exemplo Exercício Determinar a tensão admissível a compressão na direção das fibras em uma peça de seção retangular 7,5 x 15 cm, com comprimento de flambagem igual a: 0,75 m; 1,23 m; 1,80 m. Solução: Calcular l: λ= l fl ; i I i= ; A λ < 40 σ fl = f C 0,d λ > λC π2 ⋅E σ fl = 0,25 ⋅ 2 ; λ 40 < λ < λC : 1 (λ − 40) ; 3 (λC − 40) σ fl = f C 0,d ⋅ 1 − ⋅ λC = π ⋅ 3⋅ E ; 8 ⋅ f C 0,d Exercício Dimensionar um pilar de seção quadrada com a madeira Quarubarana para suportar uma carga de 15 tf, sendo 10 tf de carga permanente e 5 tf de carga acidental. Sabendo-se que funcionará como bi-rotulada e que seu comprimento são 3 metros. A madeira utilizada será serrada, classe de umidade 3 e de 2ª categoria. Para a seção transversal usar um valor inteiro em centímetros para o lado do quadrado. Tensões Admissíveis Compressão normal as Fibras σ cn = 0,25 ⋅ α n ⋅ f C 90,k O valor de αn pode ser calculado pela equação abaixo: αn = (e + 1) ; e Obs.: a tensão σcn só poderá ser acrescida do coeficiente αn quando a carga estiver afastada, pelo menos, 7,5 cm da borda. F ∆e/2 ∆e/2 b e < 7,5 cm Tensões Admissíveis Tabela de αn Fornecida Pela Norma Exercício Determinar a tensão admissível a compressão em uma peça vertical de pinho-doparaná com lfl = 75 cm, apoiada sobre uma peça de peroba rosa, conforme indicado na figura. Na peça de apoio deve ser analisado apenas a pressão de contato com a peça vertical. Pinho do paraná f c 0, d = 51kgf / cm 2 E = 105000kgf / cm 2 Peroba rosa f c 90,k = 425kgf / cm 2 E = 95250kgf / cm 2 F 22,5 7,5 10