viveiro terapêutico

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A Terapia no Viveiro
PARQUE JOSÉ AVIDES MOREIRA
Cristina Ferreira | [email protected]
Teresa Rodrigues | [email protected]
Apresentação
• 8 Municípios
• Área – 648 km2
• População – 1 milhão habitantes
• Produção RU (2014) – 482.653 ton
• Capitação – 1,37 kg/hab/dia
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Visão LIPOR
“Conceber, adotar e implementar
soluções sustentáveis de gestão
de resíduos, tendo em
consideração as necessidades dos
nossos parceiros e das
comunidades que servimos.”
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Horta da Formiga
Surge em 2002
Objetivos
 Sensibilizar para a prevenção de resíduos orgânicos e a importância da agricultura biológica
 Promover o contacto com a natureza, alimentação saudável e a qualidade de vida
 Promover a sustentabilidade ambiental e a biodiversidade
 Levar à mudança de comportamentos
Horta da Formiga
8.500 compostores
20.000 formandos
43 hortas
1.395 talhões
9,36 hectares
1,5 milhões m2
1.300 cartas compromisso
22 restaurantes
7.600 formandos
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O Parque José Avides Moreira
• Recuperação paisagística do espaço
• (Bio)DiverCidade
• Sustentabilidade
• O bem-estar e saúde mental através da natureza
• Interação da comunidade com os utentes do Centro Hospitalar
• Sensibilização e mudança de comportamentos
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O Parque José Avides Moreira
Viveiro terapêutico
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Viveiro terapêutico
O que é um viveiro de plantas?
• “Berçário de plantas“
• Espaço dedicado à multiplicação de espécies vegetais até
que se tornem aptas para serem transplantadas ou
comercializadas
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Viveiro terapêutico
O que é um viveiro terapêutico?
• “Escola de plantação“
• Espaço dedicado a actividades agrícolas, a serem realizadas por
utentes em terapia
• Local que promove a Felicidade e o Bem-estar
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Viveiro terapêutico
Alguns exemplos de actividades agrícolas com potencial terapêutico:
• Multiplicação (sementeira, estacaria e divisão de pé)
• Envasamento
• Mobilização de solo
• Plantação
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• Multiplicação (sementeira, estacaria e divisão de pé)
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• Envasamento
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Viveiro terapêutico
• Mobilização de solo
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Viveiro terapêutico
• Plantação
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Viveiro terapêutico
HORTICULTURA
TERAPÊUTICA
POTENCIAL
TERAPÊUTICO
SAÚDE MENTAL
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Viveiro terapêutico
Conceitos
Doença Mental, Demência e Saúde Mental
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Doença Mental
• A doença mental abrange um leque alargado de perturbações
que afetam o funcionamento e o comportamento emocional,
social e intelectual, mais por desadequação ou distorção do
que por falta ou deficiência das capacidades anteriores à
doença.
• As doenças mentais manifestam-se em determinado momento
ao longo da vida, antes do qual não existem alterações ou
perda de capacidades.
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Viveiro terapêutico
Doença Mental
• A Organização Mundial de Saúde divulgou em 2001 a seguinte
definição: “A perturbação mental caracteriza-se por alterações
do modo de pensar e das emoções, ou por desadequação ou
deterioração do funcionamento psicológico e social. Resulta
de fatores biológicos, psicológicos e sociais.”
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Viveiro terapêutico
Demência
• A demência é uma síndrome devido à doença do cérebro geralmente de uma natureza crónica ou progressiva - em que
há perturbação de múltiplas funções corticais superiores,
incluindo a memória, o pensamento, orientação,
compreensão, cálculo, capacidade de aprendizagem,
linguagem e julgamento.
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Viveiro terapêutico
Demência
• O comprometimento das funções cognitivas são comumente
acompanhado, e, ocasionalmente, precedida por uma
deterioração no emocional controle, comportamento social ou
da motivação. Esta síndrome ocorre em um grande número de
condições que afetam a título principal ou acessório o cérebro.
(Relatório Organização Mundial da Saúde 2015)
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Saúde Mental
O conceito de saúde mental é ainda mais lato, mas foi também
definido pela OMS em 2001, como estando associada a :
• um estado de bem-estar subjetivo;
• capacidades de comunicação e relacionamento interpessoal;
• competências na vida pessoal e social;
• capacidades de autonomia e escolha de um projeto de vida;
• autorrealização intelectual e emocional;
• adequação à realidade.
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Saúde Mental
Depende:
• fatores pessoais e ambientais.
Promoção através de:
• programas adequados;
• melhoria das condições sociais;
• prevenção do stress;
• outros fatores de risco;
• luta contra o estigma.
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Viveiro terapêutico
Importância do viveiro em contexto terapêutico
• No século XVIII e XIX, inicialmente na Europa e depois na
América do Norte, Philippe Pinel (1745-1826) propôs o
“Tratamento Moral”, iniciado por este médico francês no
hospital de Bicetrê e por William Tuke (1732-1822) no York
Retreat.
• No século XIX, o Dr. Benjamin Rush, um dos signatários da
Declaração de Independência, foi o primeiro a documentar o
efeito positivo de quem trabalhava no jardim e o efeito que
tinha em indivíduos com doença mental.
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Viveiro terapêutico
Importância do viveiro em contexto terapêutico
• Em 1940 e 1950, os cuidados de reabilitação de veteranos de
guerra hospitalizados expandiu significativamente a aceitação
da prática. Já não se limita a tratar a doença mental, a prática
Horticultura Terapêutica ganhou em credibilidade e foi
abraçado por uma gama muito maior de diagnósticos e opções
terapêuticas.
• Hoje, a Horticultura Terapêutica é aceite como uma
modalidade terapêutica benéfica e eficaz. É amplamente
utilizado dentro de uma ampla gama de configurações de
reabilitação, de formação profissional, e da comunidade.
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Viveiro terapêutico
Importância do viveiro em contexto terapêutico
• As mais importantes raízes da
Terapia Ocupacional encontram-se no “Tratamento Moral”;
• Algumas das premissas mais importantes deste tratamento
são (Kielhofner, 2007): respeito pela individualidade humana,
existência de uma avaliação compreensiva do doente através da
observação no desempenho de atividades, existência da crença
entre a unidade corpo-alma e a ideia generalizada de que o
doente podia adaptar-se e realizar-se no seu contexto através da
participação em atividades significativas.
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Para a Associação Americana de Horticultura Terapêutica,
fundada em 1973, as plantas:
• “crescem e mudam, respondem aos cuidados
e não julgam;
• estimulam a participação e os sentidos e
oferecem esperança;
• são capazes de elevar a autoestima, aliviar
a depressão, melhorar as funções motoras,
a concentração, a motivação, a resistência no trabalho;
• melhorar destreza manual daqueles que as manipulam”.
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A Associação Canadiana de Horticultura Terapêutica (CHTA)
promove o uso de terapia de horticultura e horticultura terapêutica
para diversas populações e em uma ampla variedade de
configurações.
A CHTA é uma organização sem fins lucrativos, constituída em Maio
de 1987.
Promove a educação e a prática e
tem uma base adesão de mais de
175 indivíduos e instituições localizadas
no Canadá, Estados Unidos e
internacionalmente.
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O Fórum Internacional de Horticultura Terapêutica recentemente
publicou no jornal “The Observer”:
“The garden of peace: helping veterans heal the mental scars of
war
The charity Gardening Leave uses therapy to draw lost soldiers
out of their isolation. Now it needs help to reach more of them!”
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Viveiro terapêutico
As atividades em grupo e/ ou individuais, visam trabalhar os
seguintes objetivos terapêuticos:
• Estimular as funções sociais, cognitivas, físicas e psicológicas,
reduzindo a ansiedade e melhorando o humor e a qualidade
de vida;
• Desenvolver exercícios físicos que apoiem a libertação do
stress de forma consciente;
• Controlar a mente e as emoções, quaisquer que sejam as
circunstâncias externas, libertando-se das inquietações e do
desconforto mental e emocional;
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• Desenvolver as suas Hortas em pequenos espaços e de forma
biológica, adquirindo competências de conhecimentos
ancestrais de como cultivar;
• Promover a interação com a natureza, fundamental para
pessoas que sofrem de depressão, ansiedade, stress, falta de
autoestima, entre outros. Sendo também um satisfatório
processo criativo;
• Estimular a concentração;
• Observar a natureza, aprendendo a conhecer e a enfrentar a
vida. Adquirindo uma nova consciência indispensável para
superar os desafios do quotidiano.
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• Em artigo publicado na newsletter "American Horticultural
Therapy Association", diz que esta forma de tratamento na
esquizofrenia e psicose, teve apoio e acompanhamento da
psiquiatra Nize da Silveira (1906-1999), pioneira na busca por
novas terapias para usuários de serviços de saúde mental e
fundadora do Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de
Janeiro. "Esse tipo de trabalho desperta a autoestima,
desenvolvendo a relação com o outro“.
• Enquanto o participante tem preocupação em cuidar do seu
canteiro, está indiretamente auto cuidando-se e descobrindo a
sua capacidade de criar vida.
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• "Quando comecei a trabalhar com a Nize da Silveira, vi que
existiam outras possibilidades de trabalho que não eram
verbais. Temos percebido que os integrantes já conseguiram
maior autonomia nas suas relações interpessoais, tornaram-se
mais participativos e sabem lidar melhor com suas dificuldades
nas situações cotidianas“.
• Em 2002, o projeto desenvolveu uma oficina de jardinagem
terapêutica com crianças com transtorno mental grave em um
canteiro coletivo dentro da universidade:
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"A responsabilidade de cada paciente com as plantas, a
manutenção do jardim e o uso das ferramentas produzem um
caráter terapêutico que poderá interferir na forma de ele lidar
com os cuidados pessoais e com a capacidade de entendimento
social“…
"É possível aprender muito com as plantas. A gente se coloca na
situação delas, entende a planta e se entende também. Eu gosto
muito do bambu, que é flexível, pode ir até o chão numa
tempestade, mas nunca quebra.“
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• A Horticultura Terapêutica proporciona oportunidades de
envolvimento estimulantes e significativas à pessoa com
Demência (Jarrott et al., 2002), que a acolhe como uma
ocupação produtiva ou de lazer, consoante as suas
experiências de vida. Tarefas como colocar terra em vasos,
semear, transplantar plantas para o vaso, podar, desfolhar e
sentir o odor de ervas aromáticas, regar;
• Os benefícios desta atividade incluem o aumento de iniciativa
e interação espontânea com o ambiente, a criação de hábitos
e rotinas, a partilha de vivências associadas à agricultura/
jardinagem/ culinária, a diminuição da agitação psicomotora, e,
principalmente, o aumento do sentido de autoeficácia,
evidente após a concretização do produto final.
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Para Saber Mais…
www.lipor.pt
www.scmp.pt
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