Documento 57571

Propaganda
Colégio Estadual José de Anchieta Ensino Fundamental Médio e Normal - Borrazópolis-Pr
Professor(a): Renata Navarro de Sá
Disciplina: Filosofia
1. Título da proposta: A Influência da Leitura no Contexto Filosófico
2. Descritores: D01
3. Conteúdos:
Conteúdo estruturante: Mito e Filosofia
Conteúdo básico: Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade do
mito; O que é Filosofia?
Conteúdo(s) específico(s): A Influência do Pensamento Filosófico Antigo, Moderno e
Contemporâneo na vida do indivíduo.
4.
Quantidade de aulas: 3
Etapa: ensino médio
Turmas: 1, 2 e 3 anos
5.
Recursos a serem utilizados
-Uso do livro didático;
- Música;
-Textos complementares;
-Uso do Pen-drive
-Vídeo, DVDs,CDs.
-Uso de Internet;
- Quadro negro e giz;
- Jornais;
- Revistas;
- Computador;
- TV PEN-DRIVE;
- Material escolar;
- Recortes de filmes do You Tube.
6.
Encaminhamentos metodológicos
A metodologia aplicada será a leitura de textos acompanhada de debates,
perguntas, questionamentos, inferências às concepções de verdade e falsidade
relacionadas
à
realidade
contemporânea,
reconhecimento
do
processo
de
desenvolvimento racional e cognitivo na história da humanidade e dos saberes por ele
desenvolvido. Se faz necessário ainda:
- Pesquisas com várias fontes de informação;
- Atividades com diferentes fontes de informações;
- Aula expositiva;
- Leitura de textos e imagem;
- Exibição de recortes de filmes e vídeos;
- Produção textual;
- Apresentação de painéis e murais;
- Comentários e discussão dos textos trabalhados;
- Leitura de textos do livro didático;
- Apresentação de slides;
- Confecção de cartazes.
- Apresentação dos trabalhos realizados em sala de aula: seminário.
- Problematização, investigação e produção de conceito;
7.
Perspectiva de abordagem interdisciplinar
8.
Material complementar
- Entrevistas;
- Viagens
- Visitas culturais
- Documentários
9. Programação:
Aula 1:
Leitura do texto “Mito e Filosofia”, acompanhado de debate, perguntas e escrita.
Inicialmente, permitir que os alunos exponham suas idéias acerca do que é a filosofia.
Após breve debate, um texto será distribuído para leitura em voz alta, com pausas para
explicações e apontamentos com a contemporaneidade, com aspectos das disciplinas
que convergem no tema, bem como a exposição dos temas cotidianos e contemporâneos
que dialogam com o assunto. Esta explanação é acompanhada por perguntas e debate,
de acordo com o interesse dos alunos; bem como de perguntas da professora para os
alunos no intuito de estimulá-los ao questionamento e à participação.
AULA 2:
Leitura do texto “Os Pré-Socráticos e Os Sofistas”, acompanhado de perguntas, debates e
escrita. Mesma programação metodológica acima descrita.
AULA 3:
Apresentação da música Gita – Raul Seixas seguida de debate acerca da linguagem
filosófica presente na letra da canção.
AULA 1:
Mito e Filosofia
As pessoas em geral procuram obter o conhecimento e a sabedoria das coisas e, para tal,
utilizam instrumentos. Por exemplo, um alpinista para chegar ao pico de uma montanha
utiliza equipamentos específicos. O filósofo – amante da sabedoria – tem como
instrumento a reflexão.
No início dos tempos o homem começou a refletir e desenvolveu naturalmente a
necessidade de explicar o mundo. Tanto sua capacidade de raciocinar, quanto seu
conhecimento dos fatos eram limitados e escassos, apresentando, assim, explicações
que não eram totalmente corretas. Estas explicações repletas de fantasias e erros deram
origem aos mitos. Estes explicavam o desconhecido com base na experiência particular
de cada comunidade.
Assim, segundo o antropólogo Lévi-Strauss, “mito é a explicação do mundo por
princípios simbólicos, muito próxima da religião”.As comunidades, no entanto,
comunicavam-se e perceberam – com o tempo - que estas explicações eram
contraditórias, pois para o mesmo problema (por exemplo, a seca) cada comunidade
inventava um mito que pretendia explicar o evento. A partir da constatação de que os
mitos não eram suficientes para responder às necessidades humanas de conhecimento,
surgiram as explicações filosóficas (por volta do século VII ou VI a.C.), que utilizavam a
capacidade de reflexão do Homem com o objetivo de conhecer a verdade. O que a
diferencia dos mitos é seu objetivo de explicar logicamente e racionalmente os
fatos. Inicialmente, a filosofia referia-se a todas as áreas do conhecimento humano, isto
é, Matemática, Física, Biologia, Química, Geometria, etc. Seu objetivo, com o passar dos
séculos, foi restringido e se separou das demais ciências. O filósofo diferencia-se,
atualmente, do cientista, na maneira como se interessa pelos problemas estudados. O
cientista pretende explicar sistematicamente um fenômeno, enquanto o filósofo se
preocupa em entender: - O que é um fenômeno? Por que ele existe? Procura as causas
primeiras. Enquanto o cientista estuda as coisas que existem no universo, o filósofo
estuda o porquê das coisas estarem no universo e serem o que são. A natural
vontade do Homem de conhecer a essência profunda das coisas e descobrir o sentido da
vida não preocupa a Ciência, mas sim, a Filosofia.
Aula 2:
OS PRÉ-SOCRÁTICOS
Heráclito: O Ser se Modifica – MOBILISMO.
Heráclito defendia a idéia de que a realidade estava em constante modificação e por isso
costumava dizer: “Você não pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, porque as águas
se renovam a cada instante”.Para ele não havia estabilidade, pois tudo fluía e por isso
todos os seres eram transitórios. Segundo sua teoria, a realidade das cosias é um vir a
ser contínuo.
Este vir a ser é chamado devir. O elemento originário (princípio comum) de todas as
coisas é o fogo, pois traduz na energia o movimento deste eterno devir das coisas.
Parmênides: O ser é eterno – imobilismo.
Parmênides critica a idéia de devir e estabelece quando o ser se modifica torna-se algo
que anteriormente não era – e isto é impossível. Por exemplo, a flor é o ser flor e o não
ser fruto. Quando ele se torna fruto, seu ser é fruto e o não ser flor e semente.
Parmênides diz então que o ser é e o não-ser não é. O ser é eterno, único, infinito,
imóvel. Porém, ao observar que as coisas não são eternas, declara que existe, então,
dois mundos – a saber, o
primeiro mundo onde o ser é eterno, e o segundo, onde as coisas estão em
constantes mudanças. No primeiro mundo onde o ser é eterno, podemos penetra-lo
somente pela razão e no segundo, penetramos pelos sentidos.
Os Sofistas e Protágoras.
Na Grécia antiga existiram diversos filósofos que defendiam diferentes teorias, muitas
vezes contraditórias. Neste ambiente de contradições, algumas pessoas passaram a
comercializar o saber e a oratória e eram conhecidas como sofistas. Eles não se
preocupavam com a verdade ou falsidade do que ensinavam e importavam apenas em
convencer as pessoas dos seus argumentos, cobrando altas taxas pelos serviços
prestados.
Protágoras foi o mais importante sofista e ensinou por muitos anos em Atenas. Sua tese
está expressa na frase: “o homem é a medida de todas as coisas”.Assim, toda teoria
poderia ser considerada como verdadeira, pois tudo não passava de diferentes pontos de
vista. Reagindo contra os sofistas, surgiu Sócrates, um marco da História da Filosofia
Grega.
Aula 3: “GITA” – Raul Seixas
“Eu que já andei pelos quatro cantos
do mundo procurando”,
“Foi justamente num sonho que ele
me falou”
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado
Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou eu fui eu vou
Gita
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada
Por que você me pergunta
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra,
Do fogo, da água, do ar
Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim
ATIVIDADES:
1. Elaboração de um breve texto em casa sobre o tema da primeira aula de no máximo 15
linhas, com o objetivo de propiciar uma reflexão e material para análise posterior.
2. Participação nas aulas, por meio de perguntas realizadas pelos alunos, de respostas
frente à perguntas propostas pela professora, com o objetivo de exercitar a auto
observação da fala, do pensamento, de propiciar desenvolvimento da fala, da defesa de
idéias, do raciocínio, da autonomia do pensamento, da interpretação da fala e do texto
escrito, do exercício do diálogo, da tolerância com as diferenças, da reflexão sobre as
responsabilidades sócias.
3. Aplicação de um questionário para ser respondido no final da aula 3, a saber:
A. O que é a Filosofia?
B. Qual é a importância, para você, do ensino de Filosofia?
C. O que causa interesse em você durante as aulas de Filosofia?
10. Avaliação:
Será pedida uma análise do poema “GITA” com base no texto da aula 2 “Os pré
Socráticos”, destacando a máxima de Protágoras “O Homem é a medida de todas as
coisas”.
11.
Referências consultadas
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia / Maria Lúcia de
Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins. – 4.ed.-São Paulo: Moderna, 2009.
ARANHA, M. L. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.
Caderno de Expectativas de Aprendizagem – Disciplina: Filosofia.
LUCKESI, C. Introdução à Filosofia: aprendendo a pensar. São Paulo: Ed. Cortez, 1995.
PRADO, C. JR. O que é Filosofia. Col. Primeiros Passos. São Paulo: Brasiliense, 1987.
PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a
Rede
Pública Estadual do Paraná. Filosofia. Curitiba, 2008.
Proposta Pedagógica Curricular de Filosofia.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental
Médio e Normal.
Regimento Escolar do Colégio Estadual José de Anchieta – Ensino Fundamental Médio e
Normal.
Download